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Fisiologia e diagnóstico da gestação em fêmeas domésticas

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Fisiologia e diagnóstico da 
gestação em fêmeas domésticas 
06/04/2021 
 
TERMINOLOGIAS 
Embrião: 
- organismo no estágio inicial do seu desenvolvimento 
- sem as características anatômicas que o reconhecem 
como membro de uma determinada espécie 
 
Feto: 
- organismo com características de sua espécie, com 
formação de suas estruturas 
Concepto: 
- feto ou embrião e seus anexos 
DURAÇÃO DA GESTAÇÃO 
Intervalo entre serviço fértil e data do parto: 
Asininos – 360 dias 
Equinos – 336 dias 
Bovinos zebuínos – 285 dias 
Bovinos taurinos – 280 dias (278 – 292) 
Caprinos e ovinos – 150 dias 
Suínos – 114 dias 
Cães e gatos – 60 dias (57 – 63) 
 
HORMÔNIOS DA GESTAÇÃO 
 
Fase de implantação: equilíbrio entre progesterona 
(correta implantação) e estrógeno 
 
Excesso de estrógeno: impede a nidação 
→ Modifica o trânsito do embrião 
→ Modifica o ambiente uterino 
 
A progesterona não é o único hormônio de uma 
gestação, deve existir um sinergismo hormonal. 
Estrógeno: de origem embrionária, ação mais local 
MANUTENÇÃO 
Progesterona de diferentes fontes 
 
Varia com a espécie e com a idade gestacional! 
Dentro da mesma espécie a progesterona pode vir do 
corpo lúteo, da placenta ou das 2 fontes ao mesmo 
tempo. 
AÇÃO DA PROGESTERONA: 
→ Ramificação das gl. Endomentriiais (com E2) 
→ Secreção do leite uterino 
→ Quiescência do miométrio 
→ Economia do metabolismo corporal 
→ Uso eficiente dos nutrientes 
→ Aumento do apetite e ganho de peso 
→ Diminuição da atividade física 
→ Aumento do volume plasmático 
→ Comportamento materno, junto com prolactina 
O que nutre o embrião? As secreções do endométrio 
O que mantem o embrião por tanto tempo vivo dentro 
de uma circulação sanguínea – secreção do leite uterino 
Deixa o miométrio relaxado 
Influencia no metabolismo corporal, visando aumentar a 
chance de sobrevivência do feto 
Provoca resistência insulínica, faz com que a insulina não 
trabalhe tão bem, fique mais tempo disponível no 
sangue para passar pela placenta 
Desenvolvimento da glândula mamária 
ESTROGÊNIOS 
→ Produzidos pelo embrião 
→ Aumento do número de receptores para P4 no 
útero 
→ Promove trocas maternas (nutrientes e gases) 
antes da placenta ser formada 
→ Aumento do fluxo sanguíneo no útero 
→ Estimula síntese de proteínas de contração nas 
células milometriais (actina e miosina) 
Desenvolvimento fetal adequado 
Trabalho de parto correto 
 
→ Estimula a proliferação, mitose, hiperplasia 
→ Vasodilatador 
PROLACTINA 
Secretado pela neurohipófise 
→ Hormônio proteico 
Fonte: células lactotróficas da neuro-hipófise 
Função: lactação, comportamento materno e 
manutenção do CL em algumas espécies 
Tende a aumentar do meio para o final da gestação, 
aumenta mais no final. 
RELAXINA 
→ Produzida pelas células de trofoblasto 
→ Contribui com a quiescência uterina 
→ 80 dias: 1ª elevação na concentração materna 
→ Durante o parto: 2ª elevação (retro-estímulo da 
ocitocona) 
→ Pós-parto: diminuição progressiva com a 
liberação da placenta 
→ Produzido pelo embrião 
→ Contribui com o relaxamento do útero, provoca 
um relaxamento de todas as estruturas moles 
que compõe a via fetal, tende a aumentar mais 
no final da gestação. 
SINERGISMO HORMONAL 
Prolactina – efeito luteotrófico, inibe degradação de 
progesterona 
P4 + prolactina – comportamento materno 
Relaxina – facilitador do parto 
 
 
PROGESTERONA 
→ BOVINOS 
Principal fonte: corpo lúteo 
→ Funcional durante TODA a gestação 
→ Luteólise 2 dias pré-parto 
Fonte secundária: placenta (final da gestação) 
Gestação bovinos: Corpo lúteo dependente, para a 
gestação existir, precisa de corpo lúteo 
 
 
→ OVINOS 
Até 60 dias de gestação: corpo lúteo 
2 primeiros meses: corpo lúteo dependente 
Depois dos 2 meses a placenta começa a produzir 
progesterona (5x mais que o corpo lúteo) / gestação 
placenta dependente 
 
 
→ CAPRINOS 
Nos primeiros 2 meses – corpo lúteo dependente 
Após 60 dias continua sendo corpo lúteo dependente 
pois a placenta não produz suficiente 
 
 
→ PORCINOS 
Principal fonte: corpo lúteo, elevada durante toda a 
gestação 
Queda dias antes do parto 
 
→ CADELAS E GATAS 
Corpo lúteo dependente durante toda a gestação 
→ Semelhante na cadela prenhe e não-prenhe 
→ NÃO indicativo de gestação 
 
→ < 2 ng/ML: parto em 24 a 48 horas 
→ Não existe mecanismo de bloqueio de luteólise 
na cadela e na gata 
 
→ EQUINOS 
Corpo lúteo primário: da ovulação ao 40º dia da 
gestação 
Cálices Endometriais: produz eCG 
→ Nódulos de 0,5 – 1,0 cm de tecido diferenciado 
→ Do 33º dia ao 90º dia de gestação 
→ 90 dias: regressão e resposta leucocitária 
materna 
Corpo lúteo acessório: 40º aos 160º dia de gestação 
Após a degradação do corpo lúteo primário, as éguas 
induzem o surgimento de novos corpos lúteos. 
De onde vem o CL? De um folículo (que tem células da 
granulosa que sob a ação do hormônio LH se luteiniza e 
depois forma o corpo lúteo) então, é esse processo que 
acontecerá na égua gestante. 
Os folículos do seu ovário serão luteinizados e os 
transformarão em corpo lúteo, chamados de corpo 
lúteo acessório. Como ela consegue fazer isso sem o 
LH? Usando o hormônio ECG (gonadotrofina coriônica 
equina) tem ação de FSH e LH, conseguindo estimular o 
desenvolvimento dos folículos e luteinizar estes folículos. 
É produzido pelo embrião 
ECG é produzido nos cálices endometriais da placenta, 
começa a ser liberado por volta do trigésimo terceiro 
dia e dura até os 90 dias de gestação, depois desse 
período não produz mais corpo lúteo acessório, os 
cálices endometriais vão sumir. Mas os corpos lúteos 
formados ficarão por lá produzindo progesterona, a 
gestação continua sendo corpo lúteo dependente. Sofre 
luteólise por volta dos 160 dias de gestação, e a partir 
daí a placenta assumirá a gestação. 
A placenta começa a produzir progesterona com 70 
dias de gestação, mas não é suficiente. Somente a 
partir do quinto mês começa a produzir na quantidade 
que precisa 
 
 
MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO 
Importância do diagnóstico: 
→ Essencial para adoção de um manejo 
reprodutivo eficiente 
→ Controlar os índices de fertilidade (coletiva e 
individual) 
→ Manejar adequadamente as matrizes 
→ Adotar medidas preventivas 
→ Diminuir intervalo entre partos 
 
 
 
 
 
NÃO RETORNO AO ESTRO 
→ Método mais utilizado em suínos!! 
→ Manifestação clínica: edema vulvar, muco 
vaginal, inquietação, diminuição do apetite, 
RTIM/RTH 
→ Cio 18 a 24 dias após a monta / IA 
→ Pequenos ruminantes e bovinos 
→ Feito nas fêmeas poliéstricas 
Falhas: 
Falso positivo – falha na luteólise, cio silencioso 
Falso negativo – éguas, dominância 
 
MANUAL – palpação retal 
→ SUÍNOS 
→ Método moroso e pouco prático 
→ Não seguro antes dos 300 dias de gestação 
→ Avaliação de cérvix, útero e avaliação da artéria 
uterina média (frêmito) 
→ Muito desconfortável para a fêmea 
→ Na prática fazemos nas éguas e vacas 
 
→ EQUINOS 
Preparação para o exame: 
→ Contenção do animal 
→ Técnica 
→ Remoção das fezes 
→ Aplicar pressão leve 
→ Muita lubrificação, evitar laceração retal 
durante o exame 
 
20º dia de gestação: vesícula embrionária 30-40mm, 
bom tônus uterino 
 
30º dia de gestação: vesícula embrionária 40-50 mm, 
pequena quantidade de líquido flutuante na porção 
ventral, tônus mais flácido próximo à saliência 
embrionária – bola de ping pong 
 
40º dia de gestação: vesícula embrionária 65mm, tônus 
uterino diminuído, tônus cervical excelente – laranja 
 
Cérvix com tônus muito forte 
50º dia de gestação: vesícula fetal, com pelo menos, 
8cm de diâmetro, tônus uterino diminuído, acúmulo de 
fluido no corpo e cornos uterinos – melão pequeno 
 
60º dia da gestação: vesícula fetal com 10-13 cm de 
diâmetro, útero começa a ser deslocado cranial / 
ventralmente. Ovários aproximam-se. Vesícula urinária 
pode ser confundida com líquido fetal – melão 
 
Vesícula bem grande cheia de liquido, aproximaçãodos 
ovários que antes eram bem lateralizados 
60 – 100 dias de gestação: útero aumenta de tamanho, 
deslocado ventralmente no abdômen. Ovários estão 
deslocados ventralmente e unidos medialmente 
→ Palpação direta do feto ou balotamento é muito 
difícil 
→ Piometra pode ser confundida com útero 
gravídico 
Bola de futebol 
Os ovários vão se unindo de tal modo que ficam 
completamente juntos 
100 dias de gestação – bola de futebol: 
 
100-120 dias de gestação: feto pode ser facilmente 
palpado, útero em topografia abdominal 
→ Frêmito da artéria uterina 
 
Frêmito – sensação de pulsação 
Quando não se sente o frêmito é um prognóstico muito 
ruim, podendo indicar a morte do feto. 
 
→ BOVINOS 
Dias de gestação: 
28 dias: vesícula amniótica = 2cm / vesícula 
alantoideana = 18cm 
35 dias: feto = 1,8 cm / vesícula amniótica = 3cm 
45 dias: palpação do alanto-córion e presença do CL 
adjacente ao corno uterino dilatado (início de assimetria) 
Na palpação bovina os cornos uterinos não são 
lateralizados 
 
 
3 meses de gestação: 
 
4 meses: feto palpável em 50% das vezes 
- Frêmito da artéria uterina 
- Tensão da cérvix 
- Aumento da glândula mamária 
 
 
5 e 6 meses: feto NÃO palpável 
- Prova do balotamento 
- Cérvix distendida 
- Placentônios e membrana dupla 
 
 
 
 
 
FINAL DE GESTAÇÃO 
 
Testes de vitalidade por meio dos reflexos fetais 
 
MANUAL – Palpação Abdominal 
Pequenos animais: 
- Muito cuidadosa: maior risco de absorção 
- 22 a 28 dias pós-ovulação: vesículas 
corioalantoideanas com 5cm de diâmetro 
- 35 a 45 dias pós-ovulação: crescimento e 
alongamento das vesículas 
 
Dificuldades: raças gigantes, obesas, abdômen tenso, 
feto único 
Gatas: 
- 15 dias pós-coito: vesículas de 1cm de diâmetro 
- 28 dias pós-coito: vesículas de 2cm de diâmetro 
 
 
 
 
 
 
 
 
ÚTERO GRAVÍDIO DE GATA COM 20 DIAS DE GESTAÇÃO 
 
 
RADIOGRAFIA ABDOMINAL 
Pequenos animais: 
- Até 21 dias pós-ovulação: NÃO IDENTIFICAÇÃO de 
distensão uterina 
- 21 a 42 dias pós-ovulação: útero distendido com 
conteúdo líquido 
 
Início da mineralização óssea fetal: 42 a 46 dias pós-
ovulação 
Úmero, escápula e fêmur: após 45 dias P.O 
Rádio, ulna, tíbia, pelve: mais tarde ainda! 
Quando? Em final de gestação para contagem do 
número de fetos 
Identificação: cabeça – números / coluna – letras 
 
Sempre fazer 2 projeções: latero-lateral e ventro-
dorsal: 
 
AVALIAÇÃO DA COMPATIBILIDADE MATERNO-FETAL 
Diâmetro biparietal fetal deve ser MENOR que o 
diâmetro pélvico materno 
 
Errado falar: ‘’esse vai nascer de frente, esse vai 
nascer de trás’’ 
 
 
ULTRASSONOGRAFIA 
Baseia-se na produção de imagens pelo uso de ondas 
sonoras de alta frequência 
Teoria dos ecos 
Vantagens: Seguro, acurado, não invasivo,prático, pode 
ser realizado a campo, técnica simples, diagnóstico 
precoce, outros exames, barato (??) 
IMAGENS DA FASE INICIAL DA GESTAÇÃO: 
- Presença de líquido intra-uterino 
- Vesícula embrionária 
- Batimento cardíaco 
- Diferenciação de cabeça e tronco 
- Cordão umbilical 
 
Suíno: 18 a 23 dias 
 
Equinos: 12 e 16 dias 
 
Equinos – 45 dias 
 
Gestação gemelar 
 
 
Cadelas e gatos: peristaltismo intestinal é um marcador 
de amadurecimento final 
EFEITO DOPPLER 
- Emissão de ultrassons, que são refletidos por 
superfícies móveis 
- Avaliação do fluxo sanguíneo corrente e resistência 
- Fluxo da artéria uterina 
- Fluxo da artéria umbilical 
 
Pequenos animais: 
- Auscultação cardíaca fetal 
- A partir de 25 dias de gestação 
- Avaliação de estresse fetal 
 
AUSCULTAÇÃO ABDOMINAL 
 
Pequenos animais: 
- A partir do segundo mês 
- FC fetal = 200 a 240 bpm 
- Estresse fetal < 170 bpm 
 
LABORATORIAIS 
 
Matrizes biológicas utilizadas: soro, sangue, leite, urina, 
fezes 
O que é testado? Hormônios (estrogênio, progesterona), 
eCG 
 
→ Conhecer muito bem a endocrinologia da 
gestação da espécie em questão

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