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última atualização do app: 12/10/2020 Após Estabilização em Sala de Parto Laqueadura do cordão umbilical: Fixar o clamp à distância de 2 a 3 cm do anel umbilical, envolvendo o coto com gaze embebida em álcool etílico 70% ou clorexidina alcóolica 0,5%. Nos recém-nascidos (RN) de extremo baixo peso, usar SF. Tentar amamentação em seio materno logo na sala de parto se não houver contraindicações. Antropometria: Realizar exame físico, tomando o cuidado de aferir o peso, comprimento e perímetros cefálico, torácico e abdominal. Prevenção da doença hemorrágica do recém-nascido: Fazer vitamina K 1 mg IM ou SC, após o nascimento antes de seis horas de vida para evitar hemorragia por deficiência de vitamina K. Aplicação da vacina anti-Hepatite B: 0,5 mL IM nas primeiras 12 horas de vida para todos os recém-nascidos. Se a mãe for HBsAg positivo, o RN também deve receber imunoglobulina anti-hepatite B. Detecção de incompatibilidade sanguínea materno-fetal: Realizar coleta do cordão umbilical para avaliação dos antígenos ABO e Rh do recém-nascido. Se o tipo sanguíneo materno for negativo, acrescentar coombs direto na avaliação do sangue do cordão umbilical e avaliar o coombs indireto do sangue materno. Identificação do RN: Realizar o registro da impressão plantar do RN e da digital materna; essas identificações constarão nas três vias da Declaração de Nascido Vivo. Colocar pulseiras na mãe e no recém-nascido contendo nome da mãe, registro hospitalar, data e hora do nascimento e sexo do RN. Alojamento conjunto: RN estável deve permanecer com a mãe após os primeiros cuidados, e os dois devem ser transportados juntos ao alojamento. Cuidados no Alojamento Conjunto Podem ser transportados para o alojamento conjunto: ●Mães livres de condições que impossibilitem ou contraindiquem o contato com o RN; ●RN com boa vitalidade, capacidade de sucção e controle térmico; ●RN com idade gestacional ≥ 34 semanas, peso de nascimento ≥ 1800 g e índice de Apgar > 6 no quinto minuto; ●RN com icterícia ou outras patologias de baixa complexidade podem permanecer em alojamento conjunto; ●RN terminando antibioticoterapia (após estabilização em UTI neonatal) ou em tratamento com antibióticos para sífilis neonatal também podem permanecer em alojamento conjunto. Cuidados a serem tomados: ●Estimular o aleitamento materno exclusivo sob livre demanda logo na sala de parto; ●Não oferecer nenhum outro líquido ao RN além do leite materno (salvo em casos de indicação médica); ●Não oferecer bicos artificiais ou chupetas, para evitar a confusão de bicos e o desmame precoce; ●Orientar as mães em relação aos problemas causados pelo aleitamento cruzado; ●Realizar testes de triagem neonatal antes da alta: teste do coraçãozinho em RN com IG > 34 semanas, aparentemente hígido entre 36 e 48 horas de vida, antes da alta; teste do reflexo vermelho (olhinho); e teste da orelhinha no segundo ou terceiro dia de vida. Orientações à Mães após Alta Amamentação: ● Manter o aleitamento materno exclusivo em livre demanda, oferecendo as mamas em torno de oito a dez vezes ao dia. Explicar às mães que os recém-nascidos podem ter necessidade de mamar mais do que oito a dez vezes por dia, pois eles não usam a amamentação apenas para nutrição: eles também podem querer mamar por medo, desconforto, necessidade de carinho materno, aumento da ingesta hídrica (principalmente em dias quentes), ou simplesmente por querer ficar próximo da mãe; Uma amamentação bem estabelecida implica em retorno do peso do RN ao peso de nascimento por volta do décimo dia de vida e trocas diárias de fraldas de pelo menos seis a oito vezes. Cuidados com o RN: Lavar as mãos sempre que for pegar o recém-nascido. Evitar muitas visitas durante o primeiro mês de vida, e evitar que muitas pessoas diferentes da mãe tenham contato com o RN. Fazer o teste do pezinho: Encaminhar RN para a unidade básica de saúde ou clínica particular caso ainda não tenha sido coletado durante a internação; idealmente deve ser feito entre o terceiro e o quinto dia de vida. Higiene do coto umbilical: ● Limpar o umbigo com álcool 70% a cada troca de fraldas. Após a mumificação e a queda do coto umbilical, manter higiene local com álcool 70% nos locais circunjacentes ao remanescente mumificado; ● Não cobrir o umbigo - não colocar cintas, moedas, gazes ou outros objetos no coto umbilical; ● Não colocar nenhuma substância além do álcool 70% no coto umbilical. Outras medidas que não essas podem estar relacionadas a onfalites e ao tétano neonatal. Banho: Dar banho diário no RN (apenas um por dia), tomando cuidado com a temperatura da água (sempre testar com termômetro ou com o cotovelo) e com sabonete de glicerina apropriado. ●Cremes e/ou perfumes: não são apropriados para uso em recém-nascido; ●Talco: não é indicado o uso em crianças pelo risco de aspiração. Troca de fraldas: Recomenda-se a troca de fraldas assim que o RN apresentar eliminações fisiológicas. Evitar a manutenção de fraldas sujas, pois o contato das eliminações com a pele do recém-nascido aumenta a chance de desenvolvimento de dermatite de contato. ●Limpeza da área de fraldas: utilizar algodão com água morna para limpeza da região de fraldas após micção, e água com sabão após evacuação. Evitar uso rotineiro de lenços umedecidos, pois eles contêm substâncias que podem causar irritação da pele e mucosa; ●Óxido de zinco profilático: não há necessidade do uso rotineiro do óxido de zinco na região genital do RN após as trocas de fraldas. Vestimentas: Evitar superaquecimento do bebê com muitas roupas, especialmente em regiões de clima quente. Na prática, sugere-se vestir o bebê com uma camada de roupa a mais do que o que é confortável para um adulto que está no mesmo ambiente que a criança (ex.: uma blusa de frio para o adulto, duas blusas para a criança). Posição de dormir: Orientar os pais a colocarem o recém-nascido para dormir de barriga para cima para minimizar os riscos da síndrome de morte súbita. Preferencialmente, utilizar berço apropriado, sem protetores de berço, lençóis, bichos de pelúcia, travesseiro, cobertores ou qualquer outro utensílio no qual o bebê possa se sufocar. Levar o RN para as consultas de rotina preconizadas: A primeira consulta deve ser realizada preferencialmente em 3 dias após a alta hospitalar. Fumantes: Pais tabagistas devem evitar fumar dentro de casa. Sinais de Alarme em menores 2 meses ● Sucção do seio materno débil ou ausente; ● Dificuldade respiratória; ● Secreção purulenta no umbigo; ● Apatia; ● Diarreia ou fezes com sangue; ● Febre ou hipotermia; ● Vômitos em grande quantidade; ● Icterícia; ● Cianose.
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