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Resumo feito com base na aula: https://www.youtube.com/watch?v=oq3yx- yrwnM Normalmente as provas de concursos pedem três tipos de análise: análise morfológica, sintática e semântica de uma frase. Semântica: tem a ver com o significado, com o sentido, com o que a frase quer dizer. Morfológica: tem relação com a classe de palavras. O nome que a palavra recebe. A classificação, dentro das classes da língua portuguesa, que a palavra vai receber (verbo, adjetivo, numeral, adverbio, entre outros). Sintática: tem a ver com verificar as funções que determinada palavra, ou expressão, vai exercer dentro de uma frase específica. É o sujeito, predicado, objeto. Revisão de transitividade verbal Pode chamar essa aula também de predicação verbal, o qual é o estudo do objeto, do verbo de ligação e afins. Inicialmente, é importante saber que vai classificar os verbos em: verbo de ação e verbo de ligação. 1. Verbo de ação: vai indicar alguma coisa acontecendo. Uma ação sendo executada. Exemplos: O aluno chegou. O verbo “chegar” indica uma ação. A menina quebrou a cadeira. Ação de quebrar. A escola precisa de reforma. Ação de precisar. Não creio em fantasmas. Ação de crer. Todas essas frases indicam uma ação. Não tem características dos sujeitos, em regra. 2. Verbo de ligação: é um verbo que não indica nenhuma ação e tem a função de trazer uma característica do sujeito até o sujeito. Todos os verbos servem apenas para indicar características, fixas ou temporárias dos sujeitos. Exemplos: O aluno é dedicado. Está falando do aluno, ele é dedicado, quem faz a ponte entre o sujeito e a característica é o “é”, por isso é um verbo de ligação. A menina ficou alegre. A característica da menina é alegre, quem fez a ponte foi o “ficou”. A escola está linda. Está falando da escola, ela é o sujeito, a característica é linda, quem faz a ligação é o verbo estar. Não sou medroso. O sujeito é “eu”, a característica é “medroso”, quem traz a característica foi o “sou”, verbo ser, sendo um verbo de ligação. 3. Verbos significativos: os verbos de ação também podem ser chamados de significativos. Os verbos significativos indicam uma ação. O mesmo verbo numa frase pode ser transitivo direto, e em outra frase pode ser intransitivo ou transitivo indireto. O que é isso? O verbo transitivo é aquele que indica uma ação, essa ação pode exigir um complemento. Se a frase for “ela falou”, o verbo pede uma complementação e, a depender do tipo de complemento que aparecer, vai saber se o verbo é transitivo direto, indireto ou intransitivo ou ambos. Exemplos: Ela falou a verdade. Como não tem preposição (não tem obrigatoriedade de usar preposição), diz-se que ele completa diretamente o verbo, não precisa da ajuda da preposição para complementar. - Objeto é o que completa o sentido do verbo. Quando não tem preposição é um objeto direto. “a verdade” é o objeto direto. Se na frase, o verbo tem o objeto direto, vai chamar esse verbo de VTD (verbo transitivo direto). Ela falou ao professor. Tem outro tipo de complemento, não sabe o que ela falou, mas sabe a quem foi. Nesse caso, quando quer direcionar a uma pessoa, a preposição é obrigatória. O “a” alguém é um objeto indireto, então, a classificação do verbo vai ser “verbo transitivo indireto” (VTI). Ela falou a verdade ao professor. Nessa terceira frase a classificação do “falou” é VTDI (verbo transitivo direto e indireto), ele é os dois, ao mesmo tempo. Ela falou muito ontem. Não sabe o que ela falou e nem a quem. Nessa frase não tem objeto, nem direto e nem indireto, sendo, portanto, um verbo intransitivo (VI). Não tem complemento e não tem objeto. O que tem são noções adverbiais, pois sabe que ela falou muito (intensidade, o quanto ela falou) e o “ontem” (tempo). Essas ideias adverbiais não podem ser objetos. Advérbio não completa sentido de verbo. O que se entende como advérbio (tempo, lugar, modo, intensidade, negação, afirmação, dúvida, instrumento, entre outros), não completa o sentido do verbo. Se identificar que a ideia é adverbial, então não tem o objeto, salvo se tiver a ideia adverbial e o objeto, ao mesmo tempo, como, por exemplo: ela falou a verdade ontem. Exemplos de verbos de ligação: A moça é bonita. O “é” é o verbo “ser”, sendo um verbo de ligação. A moça está bonita. O verbo estar traz uma característica do sujeito até ele, sendo um verbo de ligação. O aluno continua animado. Liga a característica até o sujeito. Ela é minha mãe. Traz uma característica do sujeito. Ela não é qualquer pessoa, é “minha mãe”. A demissão foi desnecessária. A demissão é o sujeito e ela foi desnecessária, por isso é verbo de ligação. Observações: O verbo, por exemplo, ser, na posição do é, se disser: a escola é grande – a “escola” é o sujeito, o “é” é o verbo e “grande” é a característica. Esse “é”, o ser, é o verbo de ligação. Contudo, se disser: a escola é aqui – “escola” é o sujeito, o “é” é um verbo, mas “aqui” não é uma característica, e sim uma marcação de lugar, um advérbio (é a marcação de um local, onde a escola se localiza). Nenhum advérbio vai servir para objeto direto ou indireto, ele não é objeto. Então o “é” não é um verbo de ligação e não tem objeto na frase, por isso, ele é um verbo intransitivo. O que aparece muito em prova: “Carol mora em Mesquita” – “Carol” é o sujeito, “mora” é o verbo e a expressão “em Mesquita” transmite a ideia de lugar, sendo advérbio. Assim, o verbo é intransitivo. Intransitivo não é aquele que não precisa de complemento, mas sim aquele que não possui complemento na frase. Se não tem complemento é intransitivo. RESUMINDO: Objeto indireto: é o complemento do verbo que tem preposição obrigatória. Objeto direto: é o complemento do verbo que a preposição não é obrigatória. Se o verbo é intransitivo, o restante da frase é classificado como? Depende da frase, nessa frase: “Carol mora em Mesquita” – “Carol” é o sujeito, “mora” é o verbo e “em Mesquita” é um adjunto adverbial de lugar. Exemplos: Ela virou o copo. Ela virou vegana. São duas frases diferentes, mas com o mesmo verbo. A primeira frase tem uma ação, então é um verbo significativo e ele tem uma transitividade a ser analisada – ela virou o que? O copo, então é o complemento do verbo. Não teve preposição, então é objeto direto. Assim, a primeira frase tem um verbo transitivo direto. Na segunda frase, o verbo virar não transmite uma ação, mas sim a ideia de “passar a ser”. Então, esse verbo não indica uma ação, então ele é um verbo de ligação, porque ele só está na frase para fazer a ponte entre a característica do sujeito e sua característica. Dúvidas: Quando um verbo estiver seguido de um advérbio, ele será sempre intransitivo? Não, por exemplo: ela comprou ontem (nessa frase o verbo é intransitivo), mas se disser: ela comprou ontem o carro (a expressão “o carro” é o complemento do verbo, então ele não é intransitivo). O verbo é classificado como de ligação apenas quando passa a característica do sujeito ou pode acontecer em outras circunstâncias? Não existe verbo de ligação sem a característica. Não existe verbo de ligação sem predicativo. Para ter verbo de ligação, precisa ter o predicativo. Exemplos: A menina está feliz. “Feliz” é um adjetivo, é uma característica do sujeito, ligada ao sujeito por meio de um verbo de ligação. Então, o verbo “está” é um verbo de ligação. A menina está em casa. Nesse caso, “em casa” não é uma característica da menina, mas sim o lugar que ela está, é uma identificação do local. Então, o verbo não é de ligação, assim, as opções são: verbo transitivo direto, indireto, intransitivo ou bitransitivo (os dois). Nessa segunda frase não tem objeto direto e nem indireto, não é verbo de ligação, então é um verbo intransitivo, porqueé um verbo de ação, mas não tem objeto direto e nem indireto. Quem está, está em algum lugar, tendo, assim, o objeto indireto, certo? Não, porque todas as noções adverbiais (modo, lugar, tempo, intensidade, negação, afirmação), tudo que tem relação com advérbio, não serve para ser objeto, nem direto e nem indireto. O advérbio vai continuar sendo advérbio, na análise sintática ele é chamado de “adjunto adverbial”. Exemplos: Análise morfológica: O aluno é dedicado – o “O” é um artigo; “aluno” é um substantivo; “é” é um verbo; “dedicado” é um adjetivo (é uma característica do substantivo. Análise sintática: “O aluno” é o sujeito; “é” é um verbo que não indica ação, mas traz a característica do sujeito até ele; “dedicado” é o predicativo do sujeito (é a característica do sujeito, a qual está ligada ao sujeito por um verbo de ligação). Exemplos: João anda cansado. João anda rápido. O advérbio de modo é invariável, ele não vai para o plural e nem para o feminino. Ele se relaciona com o verbo, adjetivo e outro advérbio, diferente do adjetivo que só se relaciona com substantivo e concorda com ele. O “cansado” é uma característica de João. O termo concorda com quem caracteriza, pode identificar isso mudando o sujeito, exemplo: mudar João para “os meninos”, a frase ficaria: os meninos andam cansados. O termo concorda diretamente com quem ele caracteriza. Então, o verbo é de ligação. Na segunda frase, o “rápido” não muda se alterar o sujeito, exemplo: os meninos andam rápido. Não há alteração. O verbo está falando da ação de andar, então o verbo é intransitivo. O rapaz estuda muito. O verbo é estudar, o que ele estuda? Não sabe. Essa frase não tem objeto. O “muito” é um advérbio de intensidade, isso não é complementação de sentido, mas sim indicação de quantidade, de intensidade. Intensidade é uma noção adverbial. O advérbio nunca será objeto. Assim, não tem objeto na primeira frase, por isso, o verbo é intransitivo. Verbo intransitivo nunca tem objeto. O rapaz estuda português. O que ele estuda? Português. Mas ele estuda quanto? Não sabe. Onde? Não sabe. O objeto é direto, porque não teve preposição, então, o verbo vai ser transitivo direto. O rapaz estuda muito português. Não muda nada, continua sendo verbo transitivo direto. Apenas acrescentou a noção de intensidade. Tipos de sujeito Resumo com base na aula: https://www.youtube.com/watch?v=RQ6dfKsVRYc O que é o sujeito da frase? O sujeito, basicamente, é tudo sobre o que está falando. O sujeito é o tema daquela oração. O sujeito vai ser classificado de acordo com o tipo de núcleo que ele tem, ou de acordo com o número de núcleos que ele tem. O sujeito vai ser de quem está falando, podendo ser apenas um termo, um pronome, uma sequência de palavras, depende da frase. Dentro das classes de palavras existem as variáveis e as invariáveis, sendo que apenas duas classes de palavras podem fazer o papel de núcleo do sujeito, sendo elas: substantivo ou pronome que esteja fazendo o papel do substantivo. O pronome é a única classe que pode fazer o papel do substantivo, que é de dar nome às coisas. Exemplo: a professora chegou OU ela chegou. Precisa perceber de quem se fala. Exemplo: se a frase é “a professora novata começou hoje” – o sujeito vai ser “a professora novata” (está falando dela), isso tudo é o sujeito da frase. Quem é o núcleo do sujeito nessa frase? Professora. O núcleo é quem tem a base do significado desse sujeito. Tudo que vai além do sujeito é o predicado. Dependendo do número de núcleos, ele pode ser classificado como simples ou composto. 1. Simples: possui apenas um núcleo. 2. Composto: possui dois ou mais núcleos. Atenção! Quando está tratando de sujeito simples e composto é muito importante ler a frase até o final, para perceber se a frase está na ordem direta (quando o sujeito vem antes do verbo). Se tiver na ordem indireta (sujeito vem depois do verbo) não está errado, mas na ordem direta fica mais fácil de identificar. Também existe a chamada “locução adverbial de companhia”, a qual coloca dentro da frase uma ideia de alguém que acompanha outra pessoa na ação. Exemplo: eu quero almoçar com você – o termo “com você” é a locução adverbial de companhia; o sujeito é “eu”. Qualquer pronome que tiver escondido vai gerar um sujeito oculto? Não, sujeito oculto vai acontecer quando estiver escondido os pronomes: eu, tu, ele, ela, nós e vós. Se tiver escondido os pronomes: eles ou elas, o sujeito vai ser indeterminado e não oculto. O que é o sujeito indeterminado? Quando fala o que aconteceu, mas não sabe ou não quer dizer quem foi. Existem três formas de fazer isso: 1. Coloca escondido o pronome da terceira pessoa do plural (eles ou elas). Não pode ser verbo no transitivo direto (VTD). 2. Verbo no singular mais a partícula “se”. Esse verbo não pode ser VTD e nem VTDI. 3. Com a oração sugestiva. OBS: algumas provas podem chamar o sujeito oculto de simples, como também de implícito, subentendido. Sujeito inexistente: pode chamar o sujeito de inexistente, ou dizer que a oração é sem sujeito (OSS). Ele vai acontecer em 04 casos específicos: 1. Quando tem na oração um verbo que indica um fenômeno da natureza. Não é a oração que indica o fenômeno, mas sim o verbo. Exemplo: ventava muito durante a tempestade – o verbo é “ventava”, o qual, por si só, dá a oração a ideia de um fenômeno da natureza; não tem objeto e não tem sujeito, o verbo é intransitivo. Exemplo: a flor nasceu no jardim – nesse caso tem um sujeito simples (flor), por isso não é a ideia da frase, mas sim o verbo. Às vezes, vai ter o sentido metafórico do verbo, exemplo: um patrão trovejava críticas aos funcionários – o verbo é trovejava, o qual, normalmente, ilustra um fenômeno da natureza, mas na frase ele está no sentido metafórico. Então, nessa frase, como o verbo está no sentido metafórico, o sujeito é simples. Às vezes, mesmo sendo um fenômeno da natureza, de fato, tem um termo responsável pela ação e ele vai ser o sujeito. Exemplo: pedras de granizo choveram pela tarde – é um fenômeno da natureza, mas possui um sujeito (pedras de granizo). Tanto é que o verbo na frase está no plural, concordando com o sujeito. Quando não tem nada para concordar, o verbo fica no singular. RESUMINDO Sujeito oculto: pronomes eu, tu, ele, ela, nós ou vós, escondidos. Sujeito indeterminado: pronomes eles ou elas, escondidos. 2. Toda vez que aparecer o verbo “haver” no sentido de existir. O verbo “haver” pode ter vários significados: ter, existir, comportar-se. Exemplo: nesta aula há muitos alunos incríveis – pode trocar por “existir”. Se conseguir fazer essa troca com o verbo haver, então vai ser sujeito inexistente. Resumindo, se conseguir trocar o “haver” pelo “existir”, significa que na frase não tem sujeito. Exemplo: sempre há uma solução – pode mudar para: sempre existe uma solução, então o sujeito é inexistente. Isso acontece apenas com o verbo “haver” para o verbo “existir”, e não o contrário. Exemplo: sempre existe uma solução – vai ter que procurar um sujeito para o verbo, porque o verbo “existir” não está na regra. Vai mudar a frase até encontrar o sujeito, então ela vai ficar: uma solução existe sempre – solução é o núcleo do sujeito, sendo um sujeito simples. Se o verbo “haver” estiver dentro de uma locução verbal (quando tem dois ou mais verbos fazendo o papel de um verbo só), e puder ser trocado por “existir”, também vai ter sujeito inexistente. Exemplo: deve haver uma solução. Se conseguir substituir pelo verbo “existir”, então vai ter sujeito inexistente. As orações sem sujeito vão manter os seus verbos no singular. Exemplo: há sempre solução; há sempre soluções. O verbo “haver” vai continuar sempre no singular. 3. São 4 verbos (ser, estar, fazer e haver) que,quando estiverem indicando tempo, esse tempo pode ser climático ou cronológico, vai ter oração sem sujeito. Exemplo: está calor – é um verbo sem sujeito, porque está indicando o tempo. Atenção! Os verbos fazer e haver, normalmente, indicam tempo decorrido, tempo que já passou. Exemplo: faz 2h que espero você chegar; há anos tento aprender essa matéria – esses dois exemplos são verbos que indicam o tempo que já passou. Eles sempre vão aparecer no singular. Exceção: o verbo “ser”, na indicação de data ou hora, entra na exceção, mesmo com sujeito inexistente, pode ser que ele vá para o plural. Na data: com exceção do dia 1º (sempre vem no singular), do dia 2 em diante pode fazer no singular ou plural, ou seja, pode falar: hoje é 3 de janeiro ou hoje são 3 de janeiro. Na hora: do 00 até 01:59 faz no singular (é); do 2h em diante (até chegar o 00 de novo) faz no plural (são). Exemplo: agora são 8:52; agora é meio-dia; agora é uma e meia. Contudo, se escrever a palavra “dia” na frase, então o verbo vai concordar com ela. 4. O verbo “chegar” e “bastar”, indicando um pedido para parar, a frase não tem sujeito, o sujeito é inexistente. Exemplo: chega de brigas; basta de conversa. Precisa entender a diferença do significado, o “chegar” pode ser de parar ou de ir até um lugar. O sujeito vai ser inexistente quando a ideia de “chegar” for para parar. Atenção! Quando tem o modo imperativo do verbo (quando o verbo está dando ordem ou fazendo um pedido), normalmente, o sujeito fica oculto. Exemplo: pegue um copo d’água para mim – pegue você. No verbo chegar, se falar: chega aqui – sujeito oculto, porque traz a ideia de chegar tu; mas se falar: chega de briga – sujeito inexistente, porque é o chegar mandando parar. Exemplo 01: Ariana, vem aqui! – Ariana não é o sujeito, mas sim o vocativo, porque sujeito é de quem se fala. Nessa frase, não está falando da Ariana, mas sim COM ela. Nessa frase, está dando uma ordem, seria um “vem tu”, então é sujeito oculto. Exemplo 02: João, chega de mentiras! – o sujeito não é João, porque está falando com ele, então ele é vocativo. O verbo “chega” está mandando parar, então é sujeito inexistente. Exemplo 03: João, chega aqui! – João não é sujeito, é vocativo. O chega não é pedindo para parar, mas sim para ele vir, é uma ordem, “chega tu”, então, é sujeito oculto. Predicado Aula: https://www.youtube.com/watch?v=d2DdR3KKSZw. O que é? De quem falamos na frase é o sujeito, então tudo que sobra do sujeito é o predicado. Exemplo: meu querido primo chegou atrasado – “meu querido primo” é o sujeito e “chegou atrasado” é o predicado. Não importa o que está sobrando, pode ser verbo significativo ou de ligação. Existem 03 tipos de predicado: São classificados de acordo com o tipo de núcleo, o qual pode ser: verbal, nominal ou ambos. 1. Predicado verbal (PV): o núcleo do predicado vai ser verbal quando tem um verbo que indica ação, um verbo significativo. Então, o predicado verbal vai apresentar um verbo significativo (de ação) e não vai apresentar um predicativo (a característica do sujeito ou do objeto que está na frase). Exemplo: Mariana dançava muito – “dançava muito” é o predicado da frase. Nessa estrutura de predicado não tem nenhuma característica da Mariana (sujeito), então, nessa frase, o predicado é “dançava muito” e o núcleo do predicado é “dançava” (verbo significativo). 2. Predicado nominal (PN): o verbo é de ligação. Se o verbo é de ligação o predicado é nominal. Exemplo: Mariana estava animada – nesse caso, o sujeito continua sendo “Mariana” e o predicado é “estava animada”, mas o verbo “estava” é de ligação (ele não indica uma ação, está ali apenas para ligar uma característica do sujeito até ele). Por conta disso, no predicado, a palavra mais importante, é a característica, porque o verbo está apenas ligando, então o núcleo vai ser “animada”, a qual é um nome e não um verbo. Então, esse predicado é nominal, e não verbal. 3. Predicado verbo-nominal (PVN): é o predicado que possui um verbo de ação (verbo significativo) e uma característica. Exemplo: Mariana dançava animada – o sujeito continua sendo “Mariana”, tudo que sobre é o predicado. “Dançava” é um verbo de ação, mas para ser predicado verbal não pode ter uma característica, mas na frase tem uma característica. Nesse caso, tem dois núcleos, um é verbo e outro é nome, por isso é predicado verbo-nominal. Resumo: Tipos de predicado Verbo de ação Verbo de ligação Predicativo PV SIM NÃO NÃO PN NÃO SIM SIM PVN SIM NÃO SIM Exemplos: A professora chegou agora. – O sujeito é “a professora” e “chegou agora” o predicado. O verbo chegar é de ação e não tem predicativo nessa ação, então é predicado verbal. A professora chegou cansada. – O verbo é de ação, mas “cansada” é uma característica do sujeito, então o predicado é verbo-nominal. Bruna continua atrasada. – Como saber se a palavra “cansada” é uma característica do sujeito ou o modo? Se for variável, porque quando é um advérbio não vai variar. Então, “atrasada” é uma característica do sujeito (Bruna) e o verbo é de ligação, assim, o predicado é nominal. Bruna surgiu atrasada. – O verbo “surgir” é de ação e tem uma característica, então o predicado é verbo-nominal. Minha professora está muito feliz. – O sujeito é “minha professora”, tudo que sobre é o predicado (está muito feliz). O “está” não indica ação, ele puxa a característica da pessoa, então é um verbo de ligação, por isso o predicado é nominal. Minha professora está aqui. – O “aqui” não é uma característica da professora, é apenas o lugar onde ela está, então não é uma característica da professora. Se não tem característica o verbo não pode ser de ligação, então o verbo é intransitivo. Os alunos gostaram do projeto. – “Os alunos” é o sujeito e “gostaram do projeto” é o predicado. O verbo é de ação, não tem nenhuma característica do sujeito. O predicado é verbal. Os alunos estão apaixonados. – O verbo não indica ação, ele está na frase para trazer uma característica do sujeito, então o predicado é nominal. OBS: Toda vez que tiver verbo de ligação, o predicado vai ser nominal. Se tem verbo de ligação, tem predicativo do sujeito. ▪ Predicativo do objeto O predicativo do sujeito é uma característica, do sujeito, ligada a ele, por meio de um verbo de ligação, podendo ser fixa ou temporária. Exemplos: a professora ficou chateada – “ficou” é algo temporário, o “chateada” é um predicativo; a professora é animada – o “é” representa algo fixo, uma característica fixa, que também é predicativo. Isso é o predicativo do sujeito. O predicativo do objeto deve ser uma característica do objeto que ele ganhou no contexto da frase, então não pode ser fixa. Exemplos: Sua notícia deixou o aluno feliz. – O sujeito é “sua notícia”, então o resto é predicado. O aluno é sempre feliz? Não, a notícia que o deixou feliz. “O aluno” é o objeto direto e ele ganhou uma característica, quando isso acontecer, essa característica vai ser chamada de predicativo do objeto. O verbo é significativo e tem um predicativo, então, o predicado é verbo- nominal. Se tem o predicativo do objeto, o predicado tem que ser verbo-nominal. Isso acontece porque se tem predicativo do objeto, significa que também tem o VTD, então é PVN. Eu conheci um aluno feliz. – O sujeito é “eu” e o resto o predicado, tudo é objeto direto, não tem predicativo. O aluno ele é feliz, ele não se tornou feliz, é algo fixo, então não tem predicativo do objeto. O predicado é verbal, porque no predicado tem um núcleo que é o verbo. Meu pai achou o vestido curto. – “Meu pai” é o sujeito e o resto o predicado. O vestido ganhou a característica “curto” na frase, então, o “curto” não é fixo do vestido, é uma opinião. Tem o predicativo do objeto. A igrejaagendou uma bela reforma. – A palavra “bela” é fixa da reforma. Tudo é objeto direto. A reforma deixou a igreja bela. – No contexto dessa frase, a igreja passou a ser bela, então, o objeto ganhou uma característica, sendo o predicativo do objeto. OBS: deve analisar a frase em si, e não tentar interpretar. Se no contexto da frase a característica for fixa, não tem predicativo do objeto; se a característica for temporária, então tem predicativo do objeto. Se tem, no predicado, apenas o verbo de ação, ele é verbal, não tendo nenhum predicativo, nem do sujeito e nem do objeto. Se o verbo for de ligação, o predicado vai ser nominal, mas se o predicado tiver um dos verbos significativo e tiver um predicativo, seja do sujeito ou objeto, ele é predicado verbo-nominal. Exemplos: Bruna surgiu atrasada. – Tem verbo de ação e tem um predicativo do sujeito, então o predicado é PVN. Minha professora está muito feliz. – Quem traz a característica é o verbo, então é de ligação, por isso, o predicado é nominal. Minha professora está aqui. – O verbo não é de ligação, é um verbo de ação e não tem predicativo. Então o predicado é verbal. Termos Integrantes Aula: https://www.youtube.com/watch?v=poYiPTKz0FE Exemplos: Eu amo música. – Tem um VTD (verbo transitivo direto). O termo “música” é o complemento do verbo, não é preposição obrigatória, sendo objeto direto. Eu gosto de música. – “Eu” é sujeito; o termo “de música” é o complemento do verbo e é de preposição obrigatória, então é objeto indireto. O verbo é transitivo indireto. Objeto direto preposicionado (ODP): acontece quando tem uma frase em que o verbo não exige preposição, ou seja, o verbo não exige preposição, por isso é verbo transitivo direto, mas, por alguma razão que a gramática chancela, o autor coloca preposição onde não precisava. Casos: 1. Cerimônia: a presença da preposição na razão de alguém deixa a frase mais respeitosa, mais cerimoniosa. Exemplo: bíblico – amo a Deus. O verbo é transitivo direto, “a Deus” é a complementação e não exige preposição, mas como tem essa preposição, vai ser objeto direto preposicionado. Dica: tira a preposição para saber se é obrigatório ou não. Se tirar e fizer falta, significa que é obrigatória, mas se não fizer falta, então não era obrigatória. 2. Parte: quando quer fazer a indicação de uma parte. Exemplo 01: ela soube da fofoca. O verbo saber não exige preposição obrigatória. O termo “da” quer indicar que soube uma parte da fofoca, mas não ela toda. Exemplo 02: comi do bolo – indica que comeu apenas uma parte do bolo, mas não o bolo todo. Esse verbo não exige a preposição, por isso tem o objeto direto preposicionado. 3. Ambiguidade: * Exemplo 01: um poema Maria leu. Pode organizar a frase: Maria leu um poema – o “um poema” é o objeto, “Maria” o sujeito e “leu” é o verbo. O termo “um” é um artigo, não uma preposição. Exemplo 02: a cobra a moça matou. Não tem como organizar com certeza essa frase, porque a moça pode matar a cobra e a cobra pode matar a moça. Essa frase está ambígua, porque tem duplo sentido, não tem como saber o que aconteceu, por isso, pode usar uma preposição. Atenção! O sujeito nunca começa com preposição. Então, pode colocar crase: a cobra à moça matou – já sabe que “a cobra” é o sujeito, “à moça” é objeto direto preposicionado e “matou” é o verbo transitivo direto. Ou pode colocar: à cobra a moça matou – “à cobra” é o objeto direto preposicionado, “a moça” é o sujeito e “matou” o verbo transitivo direto. Sempre que tiver termos que podem exercer a função de sujeito e objeto, os dois, e o verbo for VTD, vai ter ambiguidade na frase. Exemplo 03: o tigre o menino mordeu. Pelo contexto não tem como ter certeza, porque o tigre e o menino podem ser sujeitos e objeto, então a frase é ambígua. Pode mudar: ao tigre o menino mordeu – “o menino” o sujeito, “mordeu” o verbo transitivo direto e “ao tigre é o objeto direto preposicionado. Quanto tiver um termo preposicionado que completa o sentido de um nome, vai chamar de complemento nominal. Exemplos: eu tenho medo de altura; a aula está cheia de alunos; ela mora longe do trabalho. Nome é o substantivo abstrato, o adjeto ou de um adverbio (quando esses forem os casos, vai trabalhar com um complemento nominal). Objeto pleonástico: pleonasmo acontece quando repete uma ideia com palavras diferentes. Quando tem o mesmo objeto retomado pelo pronome, tem o objeto pleonástico. Exemplo 01: essa turma, eu a amo. – “eu” sujeito”, “amo” verbo transitivo direto, “essa turma” objeto direto”, “a” se refere à turma, então o pronome é chamado de objeto direto pleonástico. Exemplo 02: desse filme, gosto muito dele. – o sujeito é oculto; “desse filme” é objeto indireto; o “dele” se refere ao filme, sendo um pronome que representa o objeto novamente, por isso é objeto indireto pleonástico. Pode ser que tenha mais de um objeto na frase, não tem problema. O objeto vai ser pleonástico quando o pronome repetir o objeto que já está na frase. Agente da passiva: é o termo que pratica a ação do verbo, mas não é reconhecido como sujeito. Na estrutura que tem o agente da passiva tem a locução verbal (tem dois verbos fazendo o papel de um verbo só). Exemplo 01: a moça foi mordida pelo cão. “Foi mordida” a ação é de morder. “A moça” não mordeu ninguém, quem mordeu foi o “cão”, foi ele quem praticou a ação, mas não é o sujeito da frase, é chamado de agente da passiva. Exemplo 02: o bolo será feito por Ana. “Será feito” a ação é fazer. “O bolo” é o sujeito, quem fez foi “Ana”, é o termo preposicionado que pratica ação do verbo, mas não é reconhecido como sujeito, sendo o agente da passiva. Função sintática do pronome relativo Aula: https://www.youtube.com/watch?v=w6jqdTCM4cY. O pronome relativo é aquele que é usado para retomar uma palavra e evitar a sua repetição (pronome “que”). Exemplo: eu tenho uma caneta / a minha caneta é verde. Para evitar a repetição vai usar: a caneta que tenho é verde. Pode substituir o “que” por “a qual”. É importante prestar atenção no nome que aparece depois do “que” para saber se pede ou não preposição. Exemplo: a caneta em que confio é verde. O “em” surge da regência do verbo confiar, porque quem confia em alguém ou em alguma coisa. Identificação da função sintática: Quando trabalha com um pronome relativo está trabalhando com orações subordinadas (então tem uma principal e uma subordinada). Ou seja, trabalha com duas estruturas – dois sujeitos, dois verbos, entre outros. Exemplo: A caneta que tenho é verde. Oração principal – a caneta é verde. Oração subordinada adjetiva – que tenho. A palavra caneta tem função de objeto direto nessa oração, então, a função sintática do “ter” vai ser de objeto direto. Precisa isolar a oração subordinada adjetiva, pegar o pronome e substituir a palavra a qual ele se refere. Assim, vai encontrar a função que ele está exercendo. No exemplo anterior, para encontrar precisou substituir o “que” pela palavra “caneta” (a quem ele se refere).
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