momeiro carica papaya

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Produtividade e qualidade de frutos de mamoeiro com 
diferentes doses de boro e potássio 
INTRODUÇÃO
O mamoeiro (Carica papaya L.) é uma das fruteiras mais comuns na maioria dos países da América Tropical, sendo descoberto pelos espanhóis na região compreendida entre o sul do México e o norte da Nicarágua. A distribuição e dispersão desta espécie frutífera ocorreram amplamente em várias regiões tropicais, estendendo-se a 32° de latitude norte e sul, encontrando no Brasil ótimas condições para o seu desenvolvimento e produção (BRITO NETO et al., 2011).
 Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE apontam que o Brasil é classificado como o primeiro produtor mundial de mamão, com uma produção de 1.650.000 t/ano, também um dos principais países exportadores, principalmente para o mercado europeu (IBGE, 2009). O fruto é cultivado em quase todo o território brasileiro, em destaque os estados
da Bahia, Espírito Santo, Ceará e Rio Grande do Norte, por serem responsáveis por aproximadamente 92% da produção nacional.
 
Estudo sobre a nutrição mineral do mamoeiro confirma que a planta absorve e exporta quantidade relativamente altas de macro e micronutrientes, principalmente o nitrogênio e o boro, sendo o boro importante para produção e qualidade dos frutos. Foi verificado que a deficiência deste micronutriente na planta provoca aborto de flores e frutos, que ficam com aspecto encaroçado e mal formado, com escorrimento de látex pela casca, tornando-se impróprios para a comercialização (CUNHA; HAGG, 1980). A deficiência severa do boro na cultura do mamoeiro afeta diretamente nos processos fisiológicos e morfológicos da planta, conseqüentemente, no seu desenvolvimento, o que pode intensificar posteriormente na produção e na qualidade dos frutos. 
 
 O potássio é o nutriente mais requerido pelo mamoeiro, sendo exigido de forma constante e crescente durante todo o ciclo da planta. Possui importância particular após o estádio de florescimento e frutificação, por proporcionar frutos maiores, com teores mais elevados de açúcares e sólidos solúveis totais (melhor qualidade do fruto). O potássio também é importante para a manutenção da quantidade de água nas plantas, O mecanismo de abertura e fechamento dos estômatos depende inteiramente do fluxo de potássio sobre a taxa de assimilação de CO2.
 Na sua deficiência as plantas apresentam uma redução drástica do número de folhas e frutos, menores diâmetro do tronco e folhas com pecíolo inclinado para baixo e de cor amarelo esverdeada, com leve necrose das margens. A sua deficiência severa afeta o ponto de crescimento da planta.
 
 
 Objetivo 
O objetivo deste trabalho consiste em avaliar a produtividade e qualidade de frutos de mamoeiro com diferentes doses de boro e potássio em relação a incidência de doenças fitopatógênicas. A justificativa para o desenvolvimento deste estudo se faz necessário na perspectiva de realizar uma comparação com a produtividade obtida nos tratamentos com doses diferentes de boro e potássio em relação ao nível de incidências de doenças fitopatogenicas geradas no mesmo, cujo tal incidência é um fator limitante na produtividade do mamoeiro. Por outro lado, o trabalho também tem mérito no meio acadêmico, a partir da geração do conhecimento científico para os estudantes de graduação do curso de agronomia.
 
METODOLOGIA
O trabalho se realizará na Fazenda São Geraldo pertencente ao IFNMG - Campus Janúaria, onde se avaliará uma cultivar de mamoeiro (Carica papaya), submetida ao levantamento da produtividade e qualidade de frutos com aplicação de diferentes doses de B e potássio em relação a incidência de doenças fitopatogênicas. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) – 5º Distrito de Meteorologia de Minas Gerais – os dados climatológicos anuais do município de Januária são: temperatura média mínima = 18,2ºC; temperatura média máxima = 30,8ºC; umidade relativa média = 65,7%; precipitação = 1.057mm; evaporação = 1.833mm e insolação = 2.730 horas.
Após a escolha da área experimental, serão feitas as coletas de amostras de solo para a análise físico-química, o preparo do solo (aração e gradagem), montar o sistema de irrigação a marcação e a abertura das covas, seguida da adubação e preparo das mesmas. A adubação química será feita de acordo com os resultados da análise do solo juntamente com 20 litros de esterco por cova. O espaçamento adotado será de 3,0 m entre as fileiras e 2,0 m entre plantas, com uma densidade de 1.667 plantas por hectare. As covas terão dimensões de 40 cm x 40 cm x 40 cm.
As mudas serão produzidas no próprio viveiro do IFNMG- Campus Januária, sendo que inicialmente serão plantadas três mudas em cada cova. No início do florescimento das plantas se fará o desbaste, deixando-se apenas uma planta por cova composta de flores hermafroditas.
Os tratos culturais iniciarão após o plantio e “pegamento” das mudas, envolvendo atividades de controle de plantas invasoras, adubação em cobertura, controle preventivo de pragas e doenças e irrigação localizada. A adubação das doses de boro será feita em cinco aplicações via foliar, conforme a metodologia adotada por Brito Neto et al. (2011). Quanto à aplicação dos níveis de potássio, estas dependerão dos resultados da análise do solo. 
 As variáveis a serem avaliadas serão: crescimento e desenvolvimento das plantas (diâmetro do caule, área foliar, número de folhas, altura do caule), massa fresca e seca das folhas (limbo + pecíolo), acúmulo de nutrientes nas folhas, número de flores hermafroditas (gemas florais), número de frutos, diâmetro equatorial dos frutos, peso médio do fruto, comprimento dos frutos, aspectos externos dos frutos (casca com deformações), rendimento de polpa (menos casca e sementes), teor de sólidos solúveis totais (SST).
O delineamento experimental será em blocos casualizados, quatro repetições e com arranjo fatorial 2 x 2. As doses de boro serão 0 (testemunha), 1,5; 2,5 e 3,5 kg/hectare). Os dados coletados serão tabulados e, posteriormente, submetidos à análise de variância. Caso seja revelado efeito significativo em alguma variável, as médias serão comparadas pelo o teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade. Como também, se analisará a regressão polinomial a fim de avaliar os efeitos do B sobre as variáveis estudadas. 
Orçamento
	Item	Materiais	Unid.	Valor unit. R$	Total R$						
	1.	mudas	60								
	2.	Adubos	Kit	20,00	20,00						
	3.	Herbicida	200 ml	28,00	28,00						
		Inseticida	1 kg	24,00	24,00						
		Fungicida	1 l	31,00	31,00						
	4.	Acido bórico	500g	15,00	15,00						
	5.	Cloreto de potássio	1 kg	10,40	10,40						
	6.	Frete	1 	 10,00	10,00						
Total= 138,4 R$