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OBRIGAÇÕES NATURAIS A essência/objetivo principal de uma obrigação natural, é de não ser judicialmente exigíveis. (exemplo: dívida prescrita). A obrigação natural, embora se expire, não é uma obrigação moral. Juridicidade limitada, porém, se situa no campo do direto. São chamadas de obrigações imperfeitas. DIREITO ROMANO A obrigação natural era fundada na equidade, ou seja, embora o vínculo do devedor e credor, não existia sanção para descumprimento de pagamento, era chamado de vinculum a equitas, basicamente obrigação civil. Tinham duas classes de obrigações naturais: As que não tiveram o direito de ação e aquelas que tiveram o direito de ação, mas perderam, se tornando uma obrigação natural. DIREITO BRASILEIRO O legislador deixa para a doutrina fixar os parâmetros legais. Lei substantiva: Código Civil. Lei adjetiva: Código de Processo Civil Quase totalmente omissa, quanto as obrigações naturais. No atual Código, o legislador retrata as obrigações naturais como, obrigação judicialmente inexigível. • Art. 882. Não se pode repetir o que se pagou para solver dívida prescrita, ou cumprir obrigação judicialmente inexigível. (não se pode devolver pagamento feito em dívida prescrita). • Art. 883. Não terá direito à repetição aquele que deu alguma coisa para obter fim ilícito, imoral, ou proibido por lei. Parágrafo único. No caso deste artigo, o que se deu reverterá em favor de estabelecimento local de beneficência, a critério do juiz. Ninguém poderá se valer da própria torteza. • Art. 814. As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito. (dívida de jogo, não obriga o pagamento, mas feito o ato, não pode ser exigido que o valor seja devolvido). RT 488/126 – a divisa oriunda realizada em hipódromo é regular. (pode cobrar dívida). Art. 815. Não se pode exigir reembolso do que se emprestou para jogo ou aposta, no ato de apostar ou jogar. NATUREZA JURÍDICA DAS OBRIGAÇÕES NATURAIS Parte da obrigação moral. A legislação não estabelece o que é obrigação natural, mas da legalidade em alguns casos. EFEITOS DAS OBRIGAÇÕES NATURAIS 1- Não podemos pedir a restituição da prestação 2- A prestação efetuada vale como cumprimento e não existe ação para forçar o devedor a efetuar o comprimento. OBRIGAÇOES REAIS – PROPTER REM OU OB REM Propter Rem: significa “em razão de”, “ou em vista de” Ob Rem: significa “Diante de”, “por causa de”. Existem situação em que o proprietário é sujeito da obrigação apenas pelo fato de ser proprietário. Surge pelo fato do sujeito ser titular de um direito real. Obrigação relacionada com a coisa. Ação regressiva: pagamento de uma dívida que não é sua. Para que exista uma obrigação Propter Rem precisa de um conflito entre dois direitos reais. Pode ser convencionada entre as partes. Pode surgir de um conflito ou de um acordo. ONUS REAIS Um gravame que recai sobre a coisa, e restringe o direito do titular de um direito real. Responde com o imóvel, a não ser que seja o único imóvel. A lei permite que o imóvel do fiador seja penhorado, mesmo que seja o único imóvel. Ônus real é diferente do dever. O dever é sobre a obrigação, tem característica de coercibilidade, no ônus não tem coercibilidade. ONUS REAIS E OBRIGAÇÕES REAIS A responsabilidade pelo ônus real é limitada ao bem onerado, ou seja, é limitada ao valor do bem. Na obrigação propter rem o obrigado responde com seu patrimônio. O ônus real desaparece quando desaparece o objeto/coisa. Mas os efeitos da obrigação permanecem, mesmo que a coisa desapareça. O que caracteriza a natureza real é a sua vinculação do bem imóvel. OBRIGAÇÕES COM EFICÁCIA REAL Tem obrigações oriundas de contrato que abrange o direito real. Obrigação solidaria Art. 264 começa a falar das obrigações de solidariedade. Obrigação será solidaria quando a totalidade do seu objeto poder ser reclamada por qualquer dos devedores ou qualquer dos credores. Solidariedade do credor = solidariedade ativa Solidariedade do devedor = solidariedade passiva. O efeito fundamental é que a possibilidade de reclamar a totalidade da dívida não deriva da natureza da prestação, deriva das vontades das partes e da lei. Noção fundamental no sentido em que o devedor paga, extingue a obrigação, (vem do direito romano) Obrigações IN SOLIDUM. Vários agentes devendo a totalidade, contudo não são solidários. Surge mais de uma responsabilidade. Ambos não são solidários. Características da solidariedade 1. Unidade de prestação, (qualquer o número de credor ou devedor, o débito é único. 2. Puridade e independência do vínculo (pluralidade de devedor e pluralidade de credores. FONTE DA SOLIEDARIEDADE A solidariedade não se presume. Resulta da lei ou das vontades das expressa das partes. A solidariedade tem que ser expressa, (constar no contrato). SOLIDARIEDADE ATIVA A partir do Artigo 267 ao Artigo 274 do CC. Tem mais de um credor, e qualquer um deles pode cobrar a dívida toda do devedor. Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba. Remetido = perdoado. Efeitos da solidariedade ativa 1. Cada credor pode reclamar de qualquer dos devedores a dívida toda. 2. O pagamento feito a qualquer um dos credores extingue a obrigação. 3. Qualquer credor poderá propor ação de cobrança do credito. 4. , 5. Se falecer um dos credores solidários e deixar herdeiros, cada herdeiro corresponde a sua cota corresponde que o credor receberia. SOLIDARIEDADE PASSIVA Obriga a todos os devedores ao pagamento total da dívida. Efeitos da obrigação solidaria geral 1. Direito individual de persecução (cada credor tem direito de reclamar ao devedor a dívida toda). 2. A morte de um dos devedores solidários não extingue a solidariedade, (a parte é paga pelo herdeiro correspondente a sua cota). 3. Se a obrigação não for comprida por culpa de um dos devedores, deverá ser acrescentado a divida perdas e danos somente ao culpado. Se for sem culpa a obrigação é prescrita. EXTINÇÃO DA SOLIDARIEDADE A solidariedade se extingue, quando a obrigação for paga. Quando o credor renúncia a solidariedade. Obrigação não for comprida sem culpa dos devedores, também não se extingue a solidariedade. RENUNCIA DA SOLIDARIEDADE Art. 282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores. Parágrafo único. Se o credor exonerar da solidariedade um ou mais devedores, subsistirá a dos demais.
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