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Urolitiase Porquinho da Índia

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Pertencem a ordem Rodentia, família Cavidae e são roedores exóticos. Esses roedores têm certas particularidades anatômicas, principalmente no crânio que é alongado, com olhos localizados lateralmente, e tem diferenças fisiológicas, com relação aos demais mamíferos.
 
Essa espécie possui algumas características importantes: são dóceis e seus grupos familiares possuem um macho dominante, sua expectativa de vida varia entre 3 á 8 anos.
São roedores 100% herbívoros, portanto sua dieta deve ser baseada em frutas e vegetais. É muito importante fornecer ração com feno (sempre disponível), pois isso garantirá o consumo adequado de fibras. Para frutas e vegetais, deve-se sempre escolher frutas e vegetais que contenham mais vitamina C, pois esse nutriente é essencial para os animais (só pode ser obtido através da alimentação). Se estiver se alimentando de porquinhos-da-índia, procure uma ração que já contenha a dose recomendada de vitamina C.
Porquinho da índia.
Introdução:
Urolitíase é um termo técnico usado para caracterizar cálculos ou "pedras" que aparecem em qualquer parte do trato urinário, incluindo os rins, ureteres, vesícula urinária (bexiga) e uretra. Esses urólitos são comumente encontrados em cães, gatos e humanos, e são comumente conhecidos.
Como o número de animais não convencionais, como roedores, aumentou, os casos conhecidos de urolitíase entre esses animais aumentaram. Roedores herbívoros são frequentemente diagnosticados. De um modo geral, porquinhos-da-índia e roedores fêmeas com mais de 4 anos de idade são mais prováveis. Em porquinhos da índia, a causa não é totalmente compreendida, mas a alimentação insuficiente pode ser um fator predisponente.
Etiologia:
Os porquinhos da índia são animais de criação simples, domesticados e frequentemente demandam cuidados veterinários, sendo a urolitíase um problema comum. Apesar da sua etiologia ainda não ser totalmente clara, uma dieta desbalanceada, com elevadas concentrações de cálcio e a presença de infecções bacterianas no trato urinário também podem ter participação na formação de cálculos.
Os cálculos vesicais devem ser removidos por causar dor e cistite, já que predispõem infecções do trato urinário, além da possibilidade de migrar para a uretra causando obstrução, que consequentemente se não for tratada resulta em morte do animal.
Urolitíase:
A urolitíase, incluindo uretrolitíase, é uma doença frequente em porquinhos da índia. Essa doença ocorre no trato urinário devido a formação de cristais e ou cálculos que se agregam de forma sólida. Os porquinhos-da-índia apresentam um predominante componente químico em seu organismo, o carbonato de cálcio, e o outro mais comum é o estruvita. Há estudos que demonstram que a idade com maior tendencia de desenvolver urólito é em média de 3 anos, entretanto, não há causa definitiva da urolitíase nesta espécie, não foi identificado nesse estudo. Investigações anteriores indicadas que infecções bacterianas do trato urinário inferior podem predispor as cobaias à urolitíase. Sexo é outro fator contribuinte no desenvolvimento de urólitos em porquinhos-da-índia, com resultados de um estudo indicando que porquinhos-da-índia fêmeas podem ser mais propensos à urolitíase, enquanto análises em outro estudo não comprovaram esse resultado. Também foi levantada a hipótese de que o consumo de pouca água, levando a urina muito concentrada e estagnação da urina na bexiga, poderia contribuir para a formação de urólitos. No entanto, isso foi refutado por outro estudo, no qual os investigadores concluíram que cobaias com urolitíase tinham isostenúria. Outra hipótese descrita para a formação de urólitos em cobaias foi esse excesso de cálcio da dieta que pode ser potencialmente um fator predisponente, já que cobaias excretam uma grande quantidade de cálcio em sua urina. No entanto, um relatório anterior envolvendo roedores histicomorfos indicou que a quantidade de cálcio excretado na urina não é influenciada pela quantidade de cálcio na dieta.
Patogenia:
Os porquinhos da índia são animais de criação simples, domesticados e frequentemente demandam cuidados veterinários, sendo a urolitíase um problema comum. Apesar da sua etiologia ainda não ser totalmente clara, uma dieta desbalanceada, com elevadas concentrações de cálcio e a presença de infecções bacterianas no trato urinário também podem ter participação na formação de cálculos.
Os cálculos vesicais devem ser removidos por causar dor e cistite, já que predispõem infecções do trato urinário, além da possibilidade de migrar para a uretra causando obstrução, que consequentemente se não for tratada resulta em morte do animal.
Sintomatologia:
A sintomatologia varia da localização, tamanho e quantidade do urólito, e o animal pode apresentar anorexia, anuria, dor abdominal que é caracterizada por uma postura curvada, poliúria, vocalização, letargia, disúria, letargia, dor e desconforto. Esse quadro nem sempre apresenta obstrução, porém é essencial que os cálculos sejam removidos.
Diagnóstico:
O diagnóstico baseia-se na urinálise (análise da urina) e exames de imagem como radiografia e ultrassonografia. Para realizar a análise da urina, pode se obter a amostra por micção espontânea ou tentando manter um local da gaiola limpo para posterior aspiração. Caso não seja possível, a compressão manual cuidadosa (pode predispor a rupturas ou presença de sangue), cateterização ou cistocentese (cuidado com o ceco que possui elevado volume – fazê-la guiada por ultrassom) são opções, porém mais estressantes. Além disso pode-se solicitar exames bioquímicos e hemograma, com a função de saber o grau de acometimento dos rins.
 
 Urólito encontrado no exame de radiografia.
Tratamento:
O melhor tratamento escolhido depende de como está esse urólito, para o tratamento suporte deve ser instituído com antibioticoterapia, quando houver infecções ou para prevenção, fluidoterapia, controle de dor. Ainda é necessário manejo nutricional com redução do número de fibras e teor de cálcio, estimular a ingestão de água, optar preferencialmente por bebedores de mamilo. Pododermatite, miíase e dermatite de períneo podem ser possíveis complicações relacionadas aos urólitos. Em fêmeas com cálculos pequenos, é possível removê-los com terapia intensiva ou podem ser acompanhados por exames periódicos de radiografias
O tratamento de eleição para urolitiase é a remoção cirúrgica, por uretrotomia, cistostomia. Não há nenhum tratamento clínico descrito eficaz para dissolução de urólitos em pequenos herbívoros.
 
 Cálculos uretrais em porquinho da índia.
Prevenção:
Estudos indicam que, uma alimentação balanceada e o controle de cálcio nesses animais, seja uma forma de prevenção de cálculos. O excesso de vitamina D pode aumentar a excreção renal de cálcio por aumentar a absorção intestinal, e a vitamina C pode induzir a síntese de urólitos, então, a dieta balanceada é necessária para prevenir.
Alguns autores ainda ressaltam que, o aumento do consumo de água e dieta rica em Brachiaria plantaginea (capim-marmelada), aveia, pellets e frutas podem minimizar o risco de urolitíase.
Existe um estudo que cita o tratamento preventivo fitoterápico do trato urinário em porquinho da índia, com ingestão de Cranberry. Apesar de promissor, existem poucos relatos do seu uso.
Referências:
Bellamy D, Weir DJ. Urine metabolism of some hystricomorph rodents confined to metabolism cages. Comp Biochem Physiol A 1972;42:759–771
Cubas, Zalmir. Silva, Jean. Catão-Dias, José. Tratado de Animais Selvagens. Segunda edição. São Paulo – SP. Editora Roca, 2014.
Fehr M. Harnsteinbildung bei 20 Meerschweinchen (Cavia porcellus). Tierarztl Prax 1997;25:543–547.
HAMMARSTROM DOBLER, Guilherme. Urolitíase em Cavia porcellus submetida à cistotomia: relato de caso. Jornal Interdisciplinar de biociências. Rio Grande do Sul, v.5, n.2, p. 42-47, 2020. Disponível em: https://www.ojs.ufpi.br/index.php/jibi.
Hawkins MG, Ruby AL,Drazenovich TL, et al. Composition and characteristics of urinary calculi from guinea pigs. J Am Vet Med Assoc 2009;234:214–220.
Liv Ruiz Vasconcelos IZIDORO; Rochele Bezerra ARAÚJO; Estéfanni de Castro PINHEIRO; Gabriela Maria SCHWINDEN; Tainá Landim ARAÚJO; Ana Karine Lima de SOUZA. TRATAMENTO FITOTERÁPICO DE UROLITÍASE COM CRANBERRY EM UM PORQUINHO-DA-ÍNDIA. Ciência Animal, v.28, n.3, p.75-78, 2018. Edição Especial. Acesso em: 18/05/21.
Okewole PA, Odeyemi PS, Oladunmade MA, et al. An outbreak of Streptococcus pyogenes infection associated with calcium oxalate urolithiasis in guinea pigs (Cavia porcellus). Lab Anim 1991;25:184–186
Parkinson, L. A. B., Hausmann, J. C., Hardie, R. J., Mickelson, M. A., & Sladky, K. K. (2017). Urethral diverticulum and urolithiasis in a female guinea pig (Cavia porcellus). Journal of the American Veterinary Medical Association, 251(11), December 1, 2017
Pimenta, Yara. et al. Urolitíase em Porquinho-da-Índia (Cavia porcellus): Relato de Caso. Universidade de Guarulhos. São Paulo – Guarulhos, 2019. Disponível em: https://www.pubvet.com.br/uploads/3ef3b3e4b9088c5130cafd6bf92a6110.pdf
Peng X, Griffith JW, Lang CM. Cystitis, urolithiasis and cystic calculi in ageing guinea pigs. Lab Anim 1990;24:159–163.
QUESENBERRY K.E.; CARPENTER J.W. Ferrets, Rabbits, and Rodents: Clinical Medicine and Surgery.3. Ed. Elsevier Health Sciences, 2012. 608p.

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