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GRANDES FELINOS Curso: Bacharelado em Zootecnia Discente: Diego Vinicius Santos Barreto DEFINIÇÃO O termo grande felino ou grande gato (o qual não é uma classificação biológica) é usado informalmente para distinguir as espécies maiores de felídeos das menores. A mais difundida definição de "grande felino" inclui os quatro membros do gênero Panthera: os tigres, leões, o jaguar e os leopardos. Os membros deste gênero inclusive são os únicos felídeos capazes de rugir. Recentemente foi acrescentado ao termo um "novo" membro do gênero Panthera, o leopardo-das-neves. Uma definição mais ampla de "grandes felinos", que considera o tamanho, também inclui o guepardo e o puma. Apesar das enormes diferenças em tamanho, as várias espécies de felinos são bastante similares em estrutura e comportamento, com a exceção do guepardo, o qual é significantemente diferente de qualquer dos grandes ou pequenos felídeos. Todos os felídeos são carnívoros e predadores eficientes. O seu alcance inclui a América, África, Ásia e Europa. - LEÃO - Leão • Nome científico: Panthera leo • Estado de conservação: Vulnerável • Desde crianças estamos habituados a ouvir falar dos leões como os Reis da Selva. O fato dos leões serem majestosos, terem uma juba exuberante e um estilo de vida “de Rei” certamente contribuiu para que fossem assim chamados, embora seja interessante notar que nem sequer vivem na selva, pois não gostam de ambientes úmidos e com vegetação alta, preferem as savanas, que são quentes e possuem a vegetação mais rasteira. • Os leões são os segundos maiores felinos do mundo, ficando atrás apenas dos tigres. São também os felinos mais sociais que existem e os únicos que se organizam em grupos para caçar. • Os leões não possuem predadores naturais, embora possam ser enfrentados com sucesso por animais de maiores dimensões quando se sentem ameaçados, como búfalos e elefantes. • As leoas são excelentes caçadoras e são conhecidas por proteger os seus filhotes arriscando a própria vida, chegando a travar duelos com outros leões quando sentem que estes ameaçam as suas crias. • O raro leão branco não é uma espécie diferente, mas sim um leão comum com uma mutação genética chamada de leucismo (não deve ser confundido com albinismo). O oposto do leucismo é o melanismo, que torna os animais escuros, como a tão bem conhecida pantera negra. • As leoas utilizam a tonalidade da juba do macho, como base para escolherem seus parceiros, sabendo assim que ele é mesmo um leão poderoso, com bons genes para serem passados para sua futura prole. - TIGRE - Tigre • Nome científico: Panthera tigris • Estado de conservação: Em perigo • O tigre é o maior felino do mundo. São animais de hábitos solitários e reconhecidos pelas suas espantosas listas negras. O tigre é um dos poucos felinos que não tem qualquer problema em entrar dentro da água, inclusive para perseguir uma presa, chegando a ficar totalmente submerso. • Já existiram 9 subespécies de tigres, mas 3 delas foram extintas durante o séc. XX. Tratava-se do Tigre de Bali, o Tigre cáspio e o Tigre de Java. Ainda existem as populações do Tigre Siberiano, o Tigre de Bengala, o Tigre malaio, o Tigre da indochina, o Tigre de Sumatra e o Tigre do sul da china. • O tigre branco, tal como acontece com o leão branco, é um animal leucístico, que ocorre muito raramente na natureza e com maior frequência em jardins zoológicos, embora neste último caso seja proposital. • Outra variação de cores conhecida nos tigres é a do tigre dourado, embora não tenha sido registrada qualquer observação de tigres dourados na vida selvagem. Em todo o mundo só existem cerca de 30 tigres dourados e todos são criados em cativeiro. Os tigres têm a pele listrada, não apenas o pelo listrado. As listras não só existem no pelo, mas também existem na pele. Essas listras são resultado da pigmentação da pele. Então, se por acaso você raspar o pelo de um tigre, você verá um tigre pelado, mas listrado. Tigre de Bengala • Nome científico: Panthera tigris tigris • Estado de conservação: Em perigo • O tigre de Bengala é uma subespécie de tigre e um símbolo nacional tanto na Índia como em Bangladesh. Apesar de ser a subespécie de tigre mais numerosa no planeta, infelizmente existem menos de 2.500 destes tigres, devido a caça e perda do seu habitat natural. Tigre Siberiano • Nome científico: Panthera tigris altaica • Estado de conservação: Em perigo • Os tigres siberianos, também conhecidos como tigres de amur, são felinos tão grandes e astutos que chegam a caçar ursos com sucesso. São os maiores tigres do mundo e consequentemente os maiores felinos existentes, chegando a medir 3 m de comprimento. • Infelizmente, também são um dos felinos mais raros, não existindo mais de 500 tigres siberianos hoje na natureza. Ainda sim, é melhor que no passado, já que na década de 1940, estes animais estiveram muito perto de se extinguirem, com sua população reduzida ao ponto de não existirem mais de 40 tigres siberianos na natureza. - GUEPARDO - Guepardo • Nome científico: Acinonyx jubatus • Estado de conservação: Vulnerável • Também conhecido como chita, o guepardo é o grande velocista entre os felinos e o animal terrestre mais veloz do mundo. São felinos com características únicas e especializadas e os que mais se diferem em relação às outras espécies de felinos selvagens. • As chitas têm uma fisionomia aerodinâmica e um organismo totalmente adaptado à velocidade, são verdadeiras ‘’máquinas’’ de correr. No entanto, se durante 10 ou no máximo 20 segundos não tiver conseguido capturar a sua presa, desiste do alvo e descansa para baixar a sua temperatura corporal que sobe muito durante a perseguição, antes de tentar uma nova investida. • Com exceção do leão, o guepardo é considerado o mais sociável dos grandes felinos. Irmãos ficam juntos por cerca de seis meses depois de deixar a mãe e muitas vezes, permanecem juntos por toda a vida. • Ao contrário de outros felinos, as garras dos guepardos não são totalmente retráteis e servem para aumentar a tração aumentando sua velocidade. Devido ao fato de não retraírem, as garras se parecem mais com a dos cães do que dos felinos. • Uma mutação curiosa é a do guepardo-rei, que era considerado uma espécie diferente da do guepardo comum, quase extinta. Pouco se sabia dele, até que nasceu um em cativeiro. Para a surpresa dos pesquisadores, trata-se da mesma espécie. O guepardo- rei possui um padrão de pelagem diferente do guepardo normal. • A estranha chita sem manchas, também chamada de chita dourada, foi observada pela primeira vez na década de 1920, desde então, raramente foram vistas. A explicação para a ausência das típicas manchas, pode estar num gene recessivo, e não numa forma de albinismo (ausência completa de pigmento) ou leucismo (falta de pigmentação em algumas partes do corpo). - LEOPARDO - Leopardo • Nome científico: Panthera pardus • Estado de conservação: Quase ameaçado • Os leopardos são os mais versáteis e os escaladores de excelência entre os grandes felinos. • Como são menores que os leões, protegem as suas caças levando elas para o topo de árvores bem altas, onde outros predadores não se atrevem a tentar roubá-las. É fascinante como conseguem carregar grandes presas para cima das árvores, o que demonstra grande força, robustez e agilidade. • Também em árvores se escondem para soltar sobre suas presas quando estas estão perto o suficiente para dar o bote. • Um raro leopardo com as manchas rosadas, cor de morango, foi fotografado numa reserva sul-africana. Essa singularidade resulta de uma mutação genética, mas o animal é perfeitamente saudável. • Este leopardo tem uma condição genética chamada eritrismo, uma mutação que não há muitas informações, mas que se sabe que aumenta a produção de pigmento vermelho e diminui a produção do pigmento negro. O que faz com que sua manchas não sejam negras, como as dos demais leopardos. Leopardo Árabe• Nome científico: Panthera pardus nimr • Estado de conservação: Em perigo crítico • É uma rara e pequena subespécie de leopardo, nativa do oriente médio, primo do leopardo africano. • Estima-se que em toda a região não existam mais do que 250 exemplares, e que estão separados por comunidades (três subpopulações) distantes umas das outras. • Eles dificilmente são vistos em savanas, florestas e planícies abertas, litorais, etc; eles preferem montanhas, colinas, montes, vales, entre outras regiões especialmente localizadas em Israel, Arábia Saudita, Omã, Síria, Iêmen, entre outros territórios do Oriente Médio. Leopardo Siberiano • Nome científico: Panthera pardus orientalis • Estado de conservação: Em perigo crítico • O leopardo siberiano, também conhecido como leopardo de amur, é, em contraste com o leopardo comum, um dos felinos em maior risco de extinção, com cerca de menos de 60 animais em ambiente selvagem. • Habitantes das regiões mais a leste da Rússia, estes leopardos enfrentam alterações climáticas violentas, que vão desde invernos rigorosos e profundas camadas de neve até verões bem quentes. • Para resistirem a essas alterações de temperatura, o pelo dos leopardos varia de tamanho. Nas estações mais quentes tem cerca 2,5 cm de comprimento, crescendo até aos 7 cm quando o frio aperta. Leopardo das Neves • Nome científico: Panthera uncia • Estado de conservação: Em perigo • Os leopardos das neves, são felinos bem adaptados ao frio extremo. Pelo espesso cobre todo o corpo, incluindo as patas, com uma coloração cinzenta esbranquiçada que os camufla em plena neve. • Os leopardos das neves têm uma capacidade incrível de salto, conseguindo saltar com segurança uma distância de 15 metros de comprimento. Esses animais chegam a habitar montanhas a 6.700 metros de altitude. • Estes leopardos são raramente observáveis na vida selvagem, são animais de natureza muito tímida e discreta, mas estima-se que existam entre 3.500 a 7.000 leopardos das neves na natureza. Leopardo Nebuloso • Nome científico: Neofelis nebulosa • Estado de conservação: Em perigo • Também conhecido como pantera nebulosa, tem, proporcionalmente, os maiores dentes caninos entre todos os carnívoros terrestres e são a nossa visão atual mais aproximada (embora ainda muito diferente) com os já extintos tigres-dentes-de-sabre. • Apesar de não estarem relacionados com os restantes dos leopardos, partilham com eles a excelente habilidade de subir em árvores. • As maiores informações sobre os leopardos nebulosos vem da observação deles em cativeiro, em específico nos programas de reprodução feitos por alguns zoológicos. A vida destes leopardos em ambiente selvagem é misteriosa e pouco se sabe sobre eles. - JAGUAR - Jaguar • Nome científico: Panthera onca • Estado de conservação: Vulnerável • O terceiro maior felino do mundo (apenas atrás dos tigres e dos leões) e o maior felino do continente americano, é também chamado de onça pintada. • Habita no continente americano, desde o sudoeste norte-americano até ao norte da Argentina, passando por México, grande parte da América Central e sul do Paraguai. • Prefere viver perto de água, em pântanos, florestas ou regiões que sejam frequentemente inundadas, onde caçam mamíferos, também répteis, peixes ou rãs. • A famosa pantera negra já foi considerada uma espécie independente, mas descobriu-se que é uma variação de cor dos jaguares, uma mutação chamada melanismo e não outro animal. Trata-se da mesma mutação que dá origem aos gatos pretos. Cerca de 6% dos jaguares nascem com esta pigmentação negra. • Nos leopardos também pode ocorrer melanismo, sendo assim, uma pantera negra observada em ambiente selvagem no continente asiático, será provavelmente um leopardo, e uma pantera negra em continente americano, será então provavelmente um jaguar. - PUMA - Puma • Nome científico: Puma concolor • Estado de conservação: Pouco preocupante • O puma é um grande felino americano, conhecido por uma variedade de nomes como leão da montanha, cougar, onça parda, suçuarana e outros. Acredita-se que existam mais de 40 nomes populares para este mesmo animal. • As patas traseiras dos pumas são maiores que as dianteiras, especialmente adaptadas a grandes saltos. Caçam as suas presas através de emboscadas e as escondem, para irem se alimentando delas durante vários dias. • São animais tímidos e solitários, no entanto não se dão bem em habitats pequenos. • O puma é o segundo maior felino nativo das Américas ficando atrás apenas do jaguar, e o que tem a maior escala de distribuição do que qualquer outro mamífero selvagem no hemisfério ocidental. • O puma habita boa parte da América, podendo ser encontrado desde o Canadá, passando pela América Central, pelo Brasil e chegando até o sul do Chile e Argentina. - LINCE - Lince • Nome científico: Lynx • Estado de conservação: Vulnerável • O lince parece-se com um grande gato cujo tamanho varia entre os 70 cm que mede o Lince Pardo até a espécie maior de lince, o Lince Boreal ou Eurasiático que mede 130 cm. • É um animal que possui patas curtas e em forma de raquetes que permitem andar melhor na neve. A sua pelagem é densa e a sua característica principal é a sua pelagem preta pontiaguda nas orelhas. • Os linces em geral são caçadores noturnos e solitários, caçam principalmente coelhos e lebres, apesar de também pequenos roedores, pássaros e esquilos. Podem também caçar presas maiores como o veado. Mas as suas presas favoritas são sem dúvida os insetos e répteis. • Os linces vivem desde 10 a 20 anos segundo os especialistas e podem se reproduzir desde o seu 2º ano de vida. O habitat natural são as florestas e as matas fechadas. Lince Boreal • Nome científico: Lynx lynx • Estado de conservação: Pouco preocupante • Também conhecido como lince eurasiático, é o maior de todos os linces e como o nome indica, vive nos continentes europeu e asiático (principalmente o asiático). • Esse felino tem pelagem espessa, que o ajuda a proteger-se do frio. Tem uma espécie de colar de pelo à volta do seu pescoço e até as suas patinhas são bem peludas, o que dá a sensação de estarem calçados. • É uma espécie de lince nativa das regiões próximas à Sibéria, na Ásia e à algumas regiões florestais da Europa. As cores do lince euroasiático podem ser cinza com algumas manchas pretas que o caracterizam, apesar de existirem alguns sem manchas. •A visão, também extremamente apurada, consegue detectar um pequeno rato a 75 metros de distância. Lince Ibérico • Nome científico: Lynx Pardinus • Estado de conservação: Em perigo crítico • O lince ibérico é considerado o felino mais ameaçado em todo o mundo, com uma população reprodutora total abaixo dos 150 animais. • A espécie chegou a este ponto crítico devido à perda de habitat, ao reduzido número de presas, aos incêndios florestais e à construção de estradas e outras infra- estruturas. • Como o nome indica, o seu habitat natural é na Península Ibérica (Portugal e Espanha) e tem como principal presa o coelho-bravo, que se especializou em caçar. • Os dois países tem feito esforços de conservação e investido em programas de reprodução que têm como objetivo reintroduzir os linces na natureza e restabelecer a população. Lince Canadense • Nome científico: Lynx canadensis • Estado de conservação: Pouco preocupante • O lince do Canadá tem uma pelagem bastante densa e uma cauda curta, tendo na extremidade pelo negro. É um pouco mais pequeno que os linces europeus, embora tenha cerca do dobro do tamanho de um gato doméstico. • Apesar de serem animais solitários, necessitam de territórios largos pois costumam percorrer entre 3 a 5 quilômetros por dia. As suas patas estão cobertas de pelo e adaptadas a caminhar e correr na neve. • Ao contrário de outros felinos, o lince do Canadá depende quase exclusivamente de uma única presa, a lebre americana. • As suas populações até estão sincronizadas: as lebresamericanas atingem um pico populacional a cada 10 anos. Igual estes linces. E quando diminuem as populações de lebres, as populações de linces seguem o mesmo rumo. - CARACAL - Caracal • Nome científico: Caracal caracal • Estado de conservação: Pouco preocupante • O caracal é rápido e ágil, mesmo para os padrões normais de um felino. Caçar uma ave em pleno voo, para um caracal, é uma tarefa fácil, com uma força de patas que o impulsiona até 3 m do ar e uma precisão de golpe que lhe permite derrubar uma ave apenas com uma pata. • O caracal é famoso por sua presença em várias pinturas do Antigo Egito, onde se acreditava que eles guardavam os túmulos dos faraós. • O caracal vive na África, no Oriente Médio e em algumas regiões da Índia. Porém, devido a sua capacidade adaptativa, é possível encontrá-los em outras regiões do mundo como animais domesticados, o que, vai contra a sua natureza e precisa ser desincentivado seja onde for. - SERVAL - Serval • Nome científico: Leptailurus serval • Estado de conservação: Pouco preocupante • É um mamífero carnívoro da família dos felídeos. Mede cerca de 85 cm, mais 40 cm de cauda. São felinos de porte médio, sendo que em seu habitat são menores do que felinos de grande porte como os leões, leopardos e guepardos mas maiores do que felinos de pequeno porte como os gatos selvagens africanos. • Os servais habitam territórios bem definidos, em áreas pouco arborizadas em savanas, na proximidade de água, na África Subsariana. • São felídeos bastante ágeis com longas patas e uma cabeça pequena. Caçam de noite com incríveis habilidades e táticas de espera, capturando muitos roedores, mamíferos, especialmente ratos-toupeiras e lagartos, por vezes até gazelas e pequenos avestruzes. - JAGUATIRICA - Jaguatirica • Nome científico: Leopardus pardalis • Estado de conservação: Em perigo • Como a maioria dos felinos, a jaguatirica é um animal noturno. Ou seja, ela dorme de dia e durante a noite sai para caçar. Embora possa ser encontrada caçando de dia. • Possuem a habilidade para escalar árvores e já foram vistas nadando em busca de peixes para se alimentar. Além disso, consomem pequenos mamíferos, ovos de tartarugas, répteis, roedores e aves. • Pode ser encontrada desde o centro-sul dos Estados Unidos, México, passando por toda a América Central e na maioria dos países da América do Sul, inclusive no Brasil. Seu habitat compreende savanas, cerrado, pantanal, caatinga, mangues, florestas tropicais e subtropicais. •Em cativeiro a jaguatirica pode viver até 20 anos, enquanto na natureza a média de vida é de 10 anos. CONCLUSÃO Todos os felinos tem sua importância biológica, e muitos deles tem sido extintos pelas ações humanas, devemos protegê-los, preservá-los, conservá-los. Já há muito tempo organizações, instituições buscam preservar as espécies ameaçadas e fazerem com que se multipliquem em cativeiro, podendo ou não, retornar para a natureza. A conscientização sobre como lidar com esse animas magniíficos deve ser de modo geral, de todos, porque zelar, e cuidar, essas sim, são ações que devem ser feitas pelo homem, que somente dessa forma, pode se chamar de serem racionais, Obrigado! email: dvinicius70@gmail.com
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