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AINES: Antiinflamatórios e Prostaglandinas

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AINES
Existem os antiinflamatórios esteroidais
(glicocorticoides) e os não esteroidais.,
os quais são uma das classe de
medicamento mais usada no mundo
todo.
Falar de AINES é falar de
Prostaglandina. Isso porque seu
mecanismo de ação consiste no
bloqueio das Prostaglandinas.
Nós temos as prostaglandinas que
atuam na inflamação e as que
participam de processos normais no
organismo (prostaglandina fisiológica).
Sendo assim, a Prostaglandina também
pode ter ação protetora no nosso
organismo.
Síntese de Prostaglandinas
A síntese das prostaglandinas se dá a
partir do ácido araquidônico, o qual
serve como substrato para as enzimas
ciclo-oxigenases (COX). Nós temos a
COX-1 e a COX-2.
Diferença entre COX-1 e COX-2
Enzima COX-1: → Fisiológica /
constitutiva
→ mucosa
duodenal e plaquetas
Enzima COX-2: → Inflamatória
→ Fisiológica nos rins,
SNC e endotélio
Ações Fisiológicas das PGs
Essas ações ocorrerão principalmente
na mucosa duodenal, mas também na
mucosa gástrica, por meio da COX-1. O
estômago produz HCl e isso torna a
secreção gástrica uma secreção
extremamente ácida. Isso pode causar
lesões na mucosa (úlceras pépticas).
Para evitar isso, a parede gástrica têm
um muco protetor, produzido por meio
da Ação das PGs, principalmente PG-
E1 e PG- E2. Somado a isso, a
produção de HCl também é reduzida, o
que deixa a secreção menos ácida.
Essas PGs também causam
vasodilatação na mucosa
gastrointestinal, o que melhora a
perfusão naquele local.
Já nos rins, o efeito protetor das PGs
será mediado pela COX-2, a qual vai
levar a produção de PGs que vão
aumentar o fluxo sanguíneo no rim e
melhorar a eliminação de sódio. Esses
dois efeitos são protetores.
Ações Patológicas das PGs
Está relacionado principalmente à
inflamação e aos seus efeitos
associados (dor e febre).
No caso da Dor, PG-I2 e PG-E2 vão
irritar as fibras nervosas locais, além de
reduzir o limiar de ativação dos
nociceptores. As PGs estão muito
relacionadas com a dor crônica e, por
isso mesmo, os AINEs são muito
usados em doenças que geram dor
crônica (doenças reumatológicas por
exemplo)
Além disso, as PGs (PG-E2 e PG-I2)
serão responsáveis por vários daqueles
efeitos da inflamação: aumento do fluxo
sanguíneo e da permeabilidade
vascular, além do estímulo à infiltração
leucocitária.
Por fim, nós teremos a PG-E2 agindo
no hipotálamo na febre.
O objetivo dos AINEs é agir nesses 3
sintomas : Dor(analgésiscos);
Inflamação(antiinflamatório);
Febre(anti-térmicos ou anti-piréticos);
Ação dos AINEs
Bloqueiam a transformação do Ácido
Araquidônico em PGs e,
consequentemente, também em
tromboxanos.
É bom saber que existem dois tipos de
AINEs:
● não seletivos (agem tanto em
COX-1, como em COX-2). Vale
frisar que eles costumam
bloquear mais COX-1.
● Seletivos: agirão somente na
COX-2.
Vale salientar que os AINEs agem
bloqueando apenas a PG. Portanto,
eles não bloqueiam a inflamação e, sim,
a ação de substâncias que possuem
efeitos importantes na inflamação.
Enquanto existir o estímulo para a
inflamação, ela continuará ocorrendo.
Para um AINEs ser chamado de AINEs
clássico, ele precisa ter 3 ações:
analgésia, antiinflamatório e
anti-térmico.
AAS, dipirona, paracetamol não
possuem essas 3 ações. Portanto, não
são AINEs clássicos.
AAS (ácido acetilsalicílico)
É uma droga que não possui atividade
antiinflamatória. Trata-se de um
anti-térmico e de um analgésico.
● Propriedades antiinflamatórias
em doses maiores que 3g/dia.
Geralmente o efeito analgésico da
aspirina é obtido com doses de 500mg
(bem menos que 3g)
● Inibidor não seletivo e irreversível
de ambas as COXs
Das drogas que serão vistas, é a única
que inibe de forma irreversível as
COXs.
● Tem efeito antiagregante
plaquetário
Esse efeito decorre do fato dela ser um
inibidor irreversível das COXs
● Equilíbrio PG-I2 (anticoagulante)
e TX-A2 (indutor da coagulaçao)
O efeito antiagregante plaquetário
decorre do fato dele mexer com o PG-I2
e com o TX-A2, com o objetivo de
induzir a inflamação.
As plaquetas serão ricas em COX-1. O
endotélio terá, predominantemente, a
COX-2. Enquanto há produção de PGI2
no endotélio a fim de se obter um efeito
anticoagulante, nós teremos as
plaquetas produzindo TX-A2, que é uma
substância que agrega plaqueta.
O AAS faz com que o PG-I2 e o TX-A2
deixem de ser produzidos. Nesse
sentido, pode-se pensar que essa
inibição não terá efeito, pois as duas
substâncias possuem efeitos opostos.
No entanto, vale salientar que as
plaquetas são fragmentos celulares,
sem núcleo. Sendo assim, uma vez
bloqueadas, sempre bloqueadas.
A célula endotelial, por sua vez, é
nucleada. Dessa forma, ela pode
continuar sua produção de PG-I2.
Nesse equlíbrio, a produção de TX-A2
pelo endotélio fica aumentado em
relação a produção de PG-I2 pelas
plaquetas. O resultando disse é efeito
antiagrante.
O problema do AAS, assim como de
outros antiinflamatórios, são os efeitos
gástricos devido ao bloqueio da COX-1.
Ela age na mucosa gástrica
aumentando a produção do muco
protetor, diminuindo a produção do
ácido clorídrico e aumentando a
vascularização da mucosa gástrica. Isso
pode culminar em úlceras, sangramento
gástrico como efeito adverso, não
apenas do AAS, mas de vários AINEs.
AAS é contraindicado em pacientes
com asma (leva à exarcebação da
doença). Também é preciso verificar se
o paciente não tem alergia.
É contraindicado para crianças
pequenas devido a Síndrome de Reye.
Síndrome de Reye: é uma síndrome
rara, que acomete crianças, causa
encefalopatia e disfunção hepática.
Paracetamol
● Age principalmente em nível
central e não em nível periférico.
Diante disso, não tem efeitos
gástricos.
● Tem fraca atividade
antiinflamatória. Ela vai agir,
assim como o AAS, muito mais
na dor e na febre.
● É utilizado nas doses padrão
(500mg ou 750mg). Tem como
limite de uso de 2 a 3g. Deve ser
usada com cuidado devido a
hepatotoxicidade em doses
altas
● É segura para ser utilizada na
gravidez e em crianças.
Dipirona
É uma droga proibida nos EUA devido
ao risco de aplasia medular (medula
parar de produzir células sanguíneas,
principalmente granulócitos). No Brasil,
ela é amplamente utilizada. Acredita-se
que por diferença genética entre os
países, esse risco seja bem menor.
Pode ser usada por via oral e
parenteral, com a dose de 500mg. A
analgesia mais efetiva ocorre por volta
de 1g. Dose diária de 2g é o máximo
recomendado. Deve-se ficar atento com
a possibilidade de reações alérgicas.
AINEs tradicionais (não
seletivos)
Ação anti-térmica, antiinflamatória e
analgesica.
➢ Diclofenato
➢ Ibuprofeno
➢ Naproxeno
➢ Cetoprofeno
➢ Meloxican
➢ Nimesulida
→ Diclofenato
É um dos mais famosos. É conhecido
pelo nome de Cataflam ou voltaren. É
uma droga que inibe um pouco mais a
COX-2 que a COX-1. Isso leva a um
menor risco de causar aqueles efeitos
gástricos, mas uma maior possibilidade
de causar os efeitos adversos da
COX-2. Destaca-se pela sua
capacidade de penetrar na cápsula
articular, dessa forma é muito utilizado
na reumatologia.
→ Nimesulida
Também tem ação preferencial sobre a
COX-2. Risco de hepatotoxicidade:
deve ser usada por, no máximo, 15
dias.
Como já foi dito, os efeitos dos AINEs
não seletivos podem ser
gastrointestinais: úlcera gástrica,
sangramento gastrointestinal,
hemorragia.
Outro efeito que pode acontecer é uma
insuficiência renal aguda devido ao
efeito protetor das PGs nos rins.
COX-1: efeitos fisiológicos, constitutivos
COX-2: efeitos inflamatórios
AINES seletivos (apenas COX-2)
● Celecoxib, Etoricoxib,
ParecoxiB
● Têm ação semelhante aos AINEs
tradicionais, sem os efeitos
adversos dos não seletivos
● No entanto, a maioria não é mais
comercializada, pois possuem
efeitos mais graves que os não
seletivos.
Por quê?
Nós temos um endotélio rico em COX-2,
o qual produz PG-I2, que reduz a
coagulação.
Ao mesmo tempo, há a plaqueta, rica
em COX-1, reduzindo o TX-A2, que é
uma substância que aumenta a
agregação plaquetária.
O inibidor seletivo bloqueia COX-2 no
endotélio, mas não bloqueia COX-1 na
plaqueta. Isso culmina no aumento na
coagulação, o que leva ao aumento dos
eventostrombóticos. Sendo assim, o
uso dos AINEs seletivos para COX-2 é
proibido.

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