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Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto O DIREITO E OS DILEMAS DA EXISTÊNCIA HUMANA: DE MARX AOS FILÓSOFOS EXISTENCIALISTAS KARL MARX Um filosofo alemão, cujo seus pensamentos tiveram uma grande influência para a sociedade.Inicia seu pensamento criticando a filosofia de Hegel, que baseia-se em um pensamento idealista. Para Marx, os movimentos dialéticos da sociedade se desenvolvem a partir das condições materiais dos homens, ou seja, não são ideias que formam a sociedade, mas as condições materiais dos homens é que produzem as suas ideais e o seu modo de agir na sociedade. Desenvolveu seu pensamento a partir de um dos momentos que mais repercutiu na história e por isso o entendimento do mundo consiste na transformação. A grande diferença de pensamento filosóficos esta na analise que Marx faz sobre a sociedade e seu funcionamento, onde afirma que não basta estudar os fatos que envolvem a sociedade mas modifica-la. E Marx vai fazer estes estudos partindo da analise da realidade social. EXISTENCIALISMO O existencialismo foi um movimento iniciado em meados do século XIX, embora seu ápice tenha acontecido no século XX na Europa entre as duas grandes guerras. A descrença política do período juntamente com a falta de crença, faz com que os homens contemporâneos vivencie sentimentos de vazio e desamparo, e parte em busca do sentimento da existência, marcando o existencialismo, corrente filosófica centrada na análise da existência ou do modo como os seres humanos têm existência do mundo. Para os existencialistas, a existência tem prioridade sobre a essência humana, e acreditam que os indivíduos têm total liberdade e que devem assumir responsabilidade pessoal, a qual leva a profunda angustia ou ao temor. O conceito mais importante para esses pensadores é o livre arbítrio, por exemplo, o direito que o homem tem de escolher acreditar em Deus ou não. Dessa forma, o existencialismo se estende em duas direções distintas: ateia e cristã. A primeira, nega a natureza humana, declarando que não existe Deus, o que origina a subjetividade moral, e a segunda, a essência humana corresponde um atributo de Deus. SØREN KIERKEGAARD Søren Aabye Kierkegaard foi um filósofo dinamarquês, considerado o precursor da Filosofia Existencial, se opondo a Hegel e aos filósofos hegelianos. Foi um autor pseudônimo, pois acreditava que deveria ser valorizada a qualidade da obra e não a autoridade de seu autor. Ele acreditava que o individuo é o único responsável em dar significado em sua vida e em vivê-la de maneira integra, sincera e apaixonada, apesar da existência de inúmeros obstáculos vitais como o desespero, o absurdo, a alienação e o tédio, chamados de “distrações existenciais”. Outro termo discutido por ele, é a angustia. Angustia é o medo e a frustação geral associados com o conflito entre as responsabilidades reais para consigo mesmo, seus princípios e valores, e também dos outros. Ele nos lembra que, quando tomamos decisões, temos a liberdade absoluta de escolher. Um sentimento de apreensão e angustia acompanha o nosso pensamento: a angustia é a vertigem da liberdade. Søren Kierkegaard propunha-se a falar sobre a verdade. A existência é unicamente verdadeira, mas não necessariamente lógica, ou seja, se não há lógica na existência, mas a existência é real, então a verdade não pode ser objetiva. Dessa forma, a verdade é subjetiva, decorrendo uma liberdade ilimitada, pois para ele, é de fato impossível que a liberdade possa ser provada ou testada filosoficamente, porque implicaria uma necessidade lógica, que é oposto à liberdade. Além disso, Kierkegaard dizia que no caminho da vida, há várias direções, embora se coloquem em três categorias de escolha: estética, ética e religiosa. O modo de vida estético, não conhece outro fim na vida senão aproveitar o instante que passa, pela busca do prazer sensível; o modo de vida ético, o homem se submete aos ditados da razão universal, aceitando determinados principio e obrigações morais; e o modo de vida religioso, é um individuo que estabelece uma relação com Deus, fora do mundo da razão, simbolizado por Abraão e sua opção por sacrificar seu próprio filho, Isaac, a Deus. MARTIN HEIDEGGER Martin Heidegger (1889-1976) foi um filósofo alemão, um dos maiores filósofos do século XX. Foi professor e escritor. Era seguidor Edmund Husserl, teórico e filósofo criador da fenomenologia. Segundo Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto Heidegger, a pergunta pelo ser é, sem dúvida, o problema fundamental da Filosofia. Mas, a forma como o tema foi tratado desde o início (com os pré- socráticos) foi de todo inadequada, porque não foi feita uma distinção fundamental entre ser e ente, entre o que é (o sendo) e o que é enquanto ser (o ser do sendo). E assim, a questão do ser foi deslocada para o ente. Neste sentido, o grande erro do discurso metafísico e, também, o de Husserl foi considerar que o “ser” não pudesse oferecer mais nenhum problema. A meta que orienta o projeto filosófico de Heidegger é, pois, a pergunta pelo sentido do ser. Em ser e tempo Heidegger define o ser como autônomo, independe e indefinível. O ser só se manifesta por meio de um ente. O ente é um modo de ser e é determinado por este(ser). O homem é o único ente cujo qual podemos ter acesso ao ser. Heidegger aprofunda a questão do ser e da existência: antropologia. A filosofia do ser parte da analise da existência dessa presença: Heidegger define como existência toda amplitude das relações recíprocas entre existência e ser, e entre existência e todos os entes, através de um ente que ele julga privilegiado que é o homem. Pensamento complementar: a existência é o modo de ser deste ente que é o homem(Abraão). Heidegger identifica alguns traços existenciais fundamentais característicos do ser: 1-É o ser-no-mundo;2- é a existência. A natureza do homem, ou seja, sua essência, consiste na sua existência: esta(a existência) precede e determina a essência. Através dos conceitos desses dois existenciais percebe-se a relação que o ser tem com o tempo, devido a sua existência e sua situação no mundo. 3- é a temporalidade- significa o transito, o que passa com o tempo, mas não o tempo em si.Heidegger afirma que existir é o mesmo que temporalizar-se. Uma vez que o ser enquanto presença/existência é determinado pelo tempo e este é também determinado através de um ser.4- a morte. O ser esta sempre nessa possibilidadeA vida humana só torna-se um todo por intermédio da morte. sendo assim torna-se impossível e precipitado descrever o ser isoldo de outros conceitos. Uma vez que o ser, está sempre direta ou indiretamente relacionado com outros destes. FRIEDRICH NIETZSCHE Para Nietzsche, a filosofia, representada por Sócrates(o “homem de uma visão só”), instaura o predomínio da razão, da racionalidade argumentativa, da lógica, do conhecimento cientifico e do “espirito apolíneo” – derivado de Apolo, deus da ordem e do equilíbrio. Assim, perde-se a proximidade da natureza e de suas forças vitais, da alegria, do excesso e do “espirito dioníaco” – derivado de Dionísio, o deus do vinho e das festas. A história da filosofia é, portanto, a história triunfo da razão contra a “afirmação da vida”. Seria preciso, assim, resgatar o elemento dionisíaco da vida. Entretanto, não foram apenas os filósofos que contribuíram para a decadência do homem e da cultura ocidental. Para Nietzsche, o cristianismo também teve o seu papel. Isso porque os cristãos defendem uma “moral dos escravos” ou do “rebanho” contra uma “moral dos senhores” ou dos “espíritos livres”. A “moral dos escravos” nega a vontade e o desejo, enquanto a “moral dos senhores” se relaciona com aqueles que afirmam a vida. Importante notar que o termo escravo deve ser entendido aqui não no sentido social, mas psicológico. Devido à força do numero, a mediocridade do rebanho venceu. A moral cristãé hostil à vida, uma forma de os fracos deterem os fortes. Os cristãos condenam os belos, os fortes e os poderosos a um inferno fictício, enquanto legaram aos escravos o céu. O cristianismo sufoca nosso impulso criativo, insaciável. Contra aquilo que pregam os cristãos e filósofos, é preciso ser fiel a vida: “Permanecei fieis à terra e não acrediteis nos que vos falam de esperanças supraterrestres! Envenenadores são eles”. Nietzsche propunha uma transvaloração de todos os valores: por meio de seu método genealógico(a genealogia da moral), é preciso investir a origem dos valores, em vez de simplesmente aceita-los. Ao falar da “morte de Deus”, Nietzsche, ao contrario do que se pensa, não se colocava como um “anticristo” no sentido evangélico do termo, mas como alguém que queria a morte das “muletas metafisicas”, ou seja, dos “apoios” fora da vida, de viver baseado num mundo que não existe. Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto EDMUND HUSSERL Edmund G. A. Husserl nasceu em 1859 na atual república tcheca, e morreu em 1938 foi um filósofo que tentava combinar matemática com filosofia empírica, estudou matemática em Berlim e teve doutorado em Viena, se formou em filosofia na universidade de Viena em 1886 e desde então o filósofo começou a publicar diferentes teorias, como por exemplo; a teoria do conhecimento e a fenomenologia. Fenomenologia é o estudo da consciência e seus objetos, é uma metodologia e corrente filosófica que afirma a importância dos fenômenos da consciência. Para Husserl a consciência tem dois polos: Noisis e o noema. O NOISIS é o ato de perceber e o NOEMA, objeto de percepção. Husserl dizia que os fenômenos psíquicos independem de sua existência no mundo físico, uma vez que já contém o próprio objeto, a descrição de atos mentais é desenvolvida apenas como fenômeno, sem assumir a sua existência no mundo empírico, direcionado a vontade que está presente em nossos atos. A redução fenomenológica também conhecida como EPOCHE, seria o processo pelo qual a consciência altera fatores que constituem nossas experiências de consciência, ela requer a suspensão de atitudes, crenças, teorias e do conhecimento do mundo exterior. A redução aidética consiste na redução a ideia, analise do noema para encontrar sua essência, pois em toda a experiência de consciência, estão envolvidos os sentidos. O estudo das vivências engloba também os estudos dos objetos das vivências, já que são intencionais e se referem a um objeto, a intencionalidade é a essência da consciência, tipo, cada um tem sua intenção de uma forma consciente, ligada a um objeto, na fenomenologia a forma em que o mundo real afeta os sentidos NÃO IMPORTA! Husserl distingue entra intuição e percepção, ou seja, alguém pode perceber e está consciente de algo, mas sem intuir do seu real significado, isso se chama intuição do invariante! a intuição eidética é necessário para a redução eidética, na qual se dá conta da essência e do significado do que foi percebido a forma de aprender a essência é com a intuição da mesma. O homem se forma multe variação que se mantem em algo que toma muito sua atenção, ao parecer imutável a essência e que se mantém independente do invariavelmente. A redução transcendental seria a redução fenomenológica aplicada ao sujeito, que se ver não mais como ser irreal mas como consciência pura, porém Husserl não chegou a uma conclusão transcendental para com essas coisas citadas. Justiça como intersubjetividade É de como o mundo se dá para a consciência. Trata-se de ultrapassar os limites da individualidade para atingir o universo da intersubjetividade, passo fundamental para que a Fenomenologia adquira um caráter objetivo. Husserl define que a comunhão se dá na comunidade intersubjetiva: "Não se pode pensar em subjetividade sem que esta implique na intersubjetividade, pois a percepção do eu implica ao mesmo tempo na percepção do alter ego, do outro. Na elucidação da minha experiência se constitui a elucidação da experiência do outro. Eu,sujeito, percebo o mundo, mas os outros sujeitos o percebem tal como eu. Isso significa que possuo em mim a experiência do mundo e dos outros, não como uma obra da minha atividade sintética, de certa maneira privativa, mas como de um mundo estranho, a mim, intersubjetivo, existente para cada um, acessível a cada um." Husserl assim evidencia o entendimento de que a vida humana é uma intersubjetividade, pressuposto esse que diz respeito a toda e qualquer concepção de Justiça contemporânea, levando em consideração a definição desta como “referente a outrem”. É necessário que esses sujeitos passem pelas epochés fenomenológicas para que estejam habilitados a operar o Direito de uma maneira mais adequada à sociedade que é organizada por esse sistema de leis. Husserl nos leva assim a refletir sobre a necessidade de a Ciência considerar a dimensão metafísica da consciência, a intencionalidade, construída no mundo-da-vida, através do método exposto, pois assim teremos conhecimentos humanos em essência e consequentemente justos. JEAN-PAUL SARTRE Jean-Paul Sartre foi um filósofo e crítico francês. É considerado um dos maiores pensadores do século XX e representantes da filosofia existencialista. A corrente existencialista é pautada na liberdade do Elaborado por: Brenda Alves | Passei Direto ser humano e de acordo com Sartre: “Estamos condenados a ser livres.” Sartre (1905-1980),foi o maior expoente da filosofia existencialista, parte do seguinte princípio: a existência precede a essência. Com isso, quer dizer que o homem primeiro existe no mundo - e depois realiza se define por meio de suas ações e pelo que faz com sua vida. O movimento filosófico existencialista, que como haverá postulado Sartre «A existência precede e governa a essência.». Isto é, nascer dá-nos a existência, contudo não nos atribui a nossa essência, ou seja, não nos torna aquilo que somos de fato. O pensamento existencialista de Sartre afirma que a nossa existência não nos atribuiu uma essência, uma vez que esta última é adquiria empiricamente. O existencialismo sartriano parte da influência da obra «Ser e Tempo» de Martin Heidegger e foca-se em explicitar que o Homem existe e só mais tarde se define essência, enquanto todas as outras coisas são aquilo que são, sem se definir. No seu pensamento existencialista, Sartre nomeia dois conceitos: «em-si»: de origem hegeliana, que define qualquer objeto existente no mundo e que não é nada mais do que daquilo que é, e também o «para-si»: não tem uma essência definida, contudo necessita de existir na sua existência para que se possa definir essência. Deste modo, o existencialismo de Sartre afirma que somos existência, mas apenas adquirimos a essência com a nossa definição, que adquirimos ao longo do tempo e com a experiência, isto é, a essência humana nunca precede a existência. O ser humano é antes existência e define-se essência, isto é, aquilo que é, depois de existir, não sendo essência a priori. Jean-Paul Charles Aymard Sartre nasceu em Paris, dia 21 de Junho de 1905 e faleceu em Paris a 15 de Abril de 1980. O filósofo viria a ser sepultado no cemitério de Montparnasse, em Paris. KARL JARPERS Filósofo alemão. Realizou estudos de Direito e Medicina e chegou à Filosofia através do seu interesse pela Psicologia. Professor de Filosofia na Universidade de Heidelberg, entre 1937 e 1945 foi afastado da sua cátedra pelos nazistas. A sua obra principal, que contém as suas teses fundamentais, é a Filosofia (1932). Para Karl Jaspers a vida se apresenta extremamente coerente com o pensamento. Dentro de suas principais ideias encontra-se a do ser-em-situação, onde diz que: o transcender a situação é a verdadeira existência; é o ponto de apoio da existência, o problema do ser está indissoluvelmente ligado ao da verdade; a existência se realiza na solidão do indivíduo, em quanto a massaé chamada ser-sem-existência; qualquer pretensão de certeza absoluta é uma não-verdade; a mente humana é sempre impulsionada para além dos limites da experiência. No que cerne a questão da essência e da existência em Cristo, Jaspers fala que o ser em sua existência é limitado e que o criador é a própria essência, gerando assim um paradoxo entre existência e essência. Ele faz uma análise do próprio ser, em quatro dimensões: o ser-aí (dasein), a consciência, o espírito e a existência.
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