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Medidas de segurança

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MEDIDAS DE SEGURANÇA 
Mais um instrumento (ao lado da 
pena) usado pelo Estado para dar 
resposta à violação da norma penal 
incriminadora. Nesse caso o agente 
é não imputável. A missão principal 
das medidas de segurança é evitar 
que o agente volte a delinquir 
(prevenção). Trabalha com a 
periculosidade do agente. 
É aplicada para pessoas com 
doença ou perturbação menta, tendo 
como a cura ou minimizar os efeitos. 
Princípios informadores das 
medidas de segurança 
Os da pena também se aplicam as 
medidas de segurança, mas possui 
dois se destacam: 
a) Princípio da legalidade: os 
princípios da reserva legal e da 
anterioridade também são 
respeitados. Não tem isso de 
aplicar mesmo assim por ter 
caráter assistencial. 
b) Princípio da proporcionalidade: o 
magistrado tem maior atenção a 
periculosidade do agente para 
determinar a medida de 
segurança. 
Espécies de medida de segurança 
Ela pode ser detentiva ou restritiva. 
A detentiva é a internação em 
hospital de custódia e tratamento 
psiquiátrico. Aplica-se essa medida 
aos crimes punidos com pena de 
reclusão. Mas isso tem muita crítica 
e o conselho nacional de justiça já 
determinou que os juízes devem 
buscar sempre medidas alternativas 
às políticas manicomiais. 
O STJ tem o entendimento que não 
se considera a pena que seria 
aplicada, mas sim a periculosidade 
do agente. Se ver em exame que 
não possui periculosidade grave, o 
ideal é a medida de segurança 
restritiva. 
A medida de segurança restritiva é o 
tratamento ambulatorial. Caberá aos 
casos de crime punido com 
detenção, salvo se possuir 
periculosidade alta e precisar de 
internação. 
Pressupostos da medida de 
segurança 
A prática de fato previsto como 
crime. O segundo pressuposto é a 
periculosidade do agente. 
Caso conclua na análise do fato que 
o réu possui doença mental e, na 
época do fato, não possuía 
capacidade de entender o caráter 
ilícito da conduta, ele será absolvido 
e terá medida de segurança 
(absolvição imprópria). 
Também pode ser que considerem a 
semi-imputabilidade, e com isso, 
será aplicada pena diminuída ou 
medida de segurança. 
Aplicação das medidas de 
segurança 
Duração da medida de segurança 
Será de tempo indeterminado, até 
que seja averiguada, por perícia 
médica, a cessação da 
periculosidade. A lei só trouxe o 
prazo mínimo, que deve ser de 1 a 3 
anos, não trouxe o prazo máximo da 
sanção. 
Possui várias críticas por não ser 
permitido pena de caráter perpetuo 
no Brasil. Tem-se um entendimento 
que a medida de segurança não 
pode passar dos 40 anos estipulados 
por lei como limite para cumprimento 
de pena. 
Perícia médica 
Dentro do prazo mínimo estipulado 
pelo juiz, deve haver perícia para 
decidir se cessou ou continua a 
periculosidade do agente. A 
avaliação deve ser repetida de ano 
em ano, mas nada impede que o juiz 
faça quando quiser. O pedido para 
fazer a avaliação antes pode ser feito 
pelo MP, interessado, defensor. 
Desinternação ou liberação 
condicional 
Desinternação é no caso da medida 
detentiva e liberação é no caso da 
medida ambulatorial. Ela deve ser 
feita pelo juiz em caráter de ensaio 
por um período de um ano. Pode ser 
interrompida a qualquer momento, 
caso se verifique a persistência da 
periculosidade. 
Reinternação do agente 
Em qualquer fase do tratamento 
ambulatorial, o juiz pode determinar 
a internação. Não é uma regressão, 
é um instrumento para a eficácia da 
cura. 
Conversão da pena em medida de 
segurança 
É o caso de agente que era capaz e 
desenvolve alguma anomalia no 
curso da execução da pena. O juiz 
terá que optar entre uma simples 
internação passageira para a cura, 
ou substituir a pena privativa de 
liberdade para medida de segurança 
em se tratando de anomalia não 
passageira. 
O STJ entende que a internação terá 
a duração que restava para o 
cumprimento da pena. 
Internação cível 
É o caso de o agente continuar com 
periculosidade após o limite de 40 
anos. Deve-se buscar a internação 
do agente perante o juízo cível. 
Extinção da punibilidade e medida 
de segurança 
Extinta a punibilidade do agente, não 
se impõe medida de segurança e 
nem subsiste a que tenha sido 
imposta. 
Medida de segurança imposta ao 
inimputável: cabe prescrição da 
prestação punitiva na pena máxima 
em abstrato. No caso da prescrição 
da prestação executória, a corrente 
mais aceita é que diz que ela é 
calculada sobre a pena máxima 
abstratamente cominada ao delito. 
Medida de segurança imposta ao 
semi-imputável: a prescrição da 
prestação executória tem como base 
a pena em concreto substituída por 
medida de segurança. 
Medida de segurança provisória 
É possível a internação provisória 
como uma das medidas cautelares 
de natureza diversa da prisão 
cautelar. É cabível quando o crime 
for praticado com violência ou grave 
ameaça e houver perícia indicando 
ser inimputável ou semi-imputável. É 
um instrumento de natureza 
cautelar, não é aplicação provisória 
da medida de segurança.

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