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Biografia, obras e legado para a educação

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Universidade Estadual de Goiás 
 
Campus – Central – UNU – Goianésia 
 
Andréa Tavares Pidde Patrício 
 
Filosofia da Educação 
 
Pensadores da Educação 
 
Biografia, Obras e Legado para Educação 
 
 
 
 
 
 
 
Goianésia 
2021
2 
 
Pensadores da Educação. 
Biografia, Obras e legado para educação. 
Biografia. 
Jan Amos Comenius – Tcheco: Jan Amos Komenský; Alemão: Johann Amos 
Comenius; Latinizado: Ioannes Amos Comenius; 28 de março de 1592 - 15 de 
novembro de 1670 foi um filósofo Tcheco, pedagogo, bispo e teólogo do Margraviate 
da Morávia, mestre, cientista, escritor. 
 O filósofo tcheco combateu o sistema medieval, defendeu o ensino de "tudo 
para todos" e foi o primeiro teórico a respeitar a inteligência e os sentimentos da 
criança. 
“As escolas, fazendo que os homens se tornem verdadeiramente humanos, são 
sem dúvida as oficinas da humanidade. Comenius”. 
O educador Tcheco João Amós Comenius ou Jan Amos Komenský, seu nome 
original, nasceu em 28 de março de 1592, na cidade de Uherský Brod (ou Nivnitz), na 
Moravia, região da Europa Central pertencente ao reino da Boêmia (antiga Tcheco 
Eslováquia). 
Seus pais Martinho e Ana, também eslavos, eram cristãos adeptos dos irmãos 
Morávios, uma seita cuja história remota aos tempos de Jan Huss, líder religioso muito 
popular no século XV, chegando ser reitor da Universidade de Praga. 
Essa seita dos irmãos Morávios era muito rígida em doutrina e conduta, e 
destacava-se pelo extremo apego às Sagradas Escrituras, pela humildade e pela 
profunda piedade. Adotavam como língua literária o checo em vez do latim. 
Comenius fora acusado de não ser, na realidade, um erudito latino; fato é que 
Comenius não era em nenhum sentido um genuíno humanista, embora tivesse escrito 
textos para facilitar a aprendizagem da língua latina. Ele não se apaixonou pelo 
encanto da eloquência ciceroniana e não reverenciou a literatura clássica. Negou 
completamente a pretensão suprema do Humanismo, o valor moral da literatura pagã. 
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Czech_language
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Latinization_(literature)
https://en.m.wikipedia.org/wiki/John_Amos_Comenius#cite_note-1
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Philosophy
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Pedagogy
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Theology
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Margraviate_of_Moravia
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Margraviate_of_Moravia
https://kdfrases.com/frase/139426
https://kdfrases.com/frase/139426
3 
 
Alegou que na verdade queria eliminar por completo o fardo dos escritores 
clássicos, e desejava fazer isso no interesse do bem estar moral e espiritual dos 
alunos. 
Sua infância foi trágica. Aos 12 anos seus pais e suas duas irmãs morreram, 
tendo ele ficado só e ao abandono. Sendo obrigado a viver com uns tutores rudes, 
contribuindo para que sua educação infantil fosse tão descurada. 
Este episódio ficou indelevelmente marcado em sua personalidade. Levando-
o a dispensar uma atenção peculiar à infância, durante toda a sua existência, 
organizando um sistema próprio de educação infantil; visando à reforma da 
humanidade. 
Aprendeu seus rudimentos de leitura, escrita, cálculo e catecismo, em uma 
escola dos irmãos Morávios. 
Na juventude, seu modelo de escola era simplesmente desestimulador. 
Possuía em particular, uma seriedade sombria, era desprovida de atrativos, e usavam 
a prática da famigerada pedagogia da palmatória. Causando-lhe profunda decepção. 
Ao concluir seus estudos secundários, optou pela carreira eclesiástica, 
quando estudou Teologia na faculdade Calvinista de Hebron, na Alemanha. 
Aí Comenius adquire uma boa formação cultural, e, ainda como estudante 
apresenta duas teses de doutorado: “Problemata miscelânea” e “Syogi quaestio rum 
Controversum”, ambas alvo de elogios de seus professores. Época em que ampliou e 
aprofundou suas convicções religiosas além de haver adquirido uma vasta cultura 
enciclopédica e desenvolvido o espírito reformador que o acompanharia durante toda 
a sua vida. 
Sua vida está em ativa, Comenius não para. Redige um dicionário de 
expressões elegantes, transfere-se para Heidelberg a fim de aperfeiçoar seus 
conhecimentos de astronomia e matemática. Quando retorna para pôr em prática tudo 
o que aprendeu. 
4 
 
Passa brevemente em Praga, e chega a Prerov, maior centro da comunidade 
morávia, estabelecendo-se no magistério. 
Cheio de novos conhecimentos, e inconformado com o esquema de educação 
vigente, procede uma verdadeira reforma em sua escola. Com a aplicação de métodos 
mais eficientes para o ensino das ciências e das artes. 
Passados dois anos como docente, é ordenado pastor dos irmãos Morávios 
(1616), estabelecendo residência na cidade de Fulnek, onde se casa com Madalena 
Vizovska. Tendo com ela seus dois primeiros filhos aos 24 anos. 
Desempenhando muito bem seu papel como professor e como pastor. É 
nomeado diretor das escolas da Unidade. 
É apontado como adepto da fraternidade Rosacruz, fato que ainda não foi 
esclarecido devidamente em sua biografia. 
Passados muitos anos após a morte de seus pais e suas duas irmãs, ocorre 
outra tragédia na vida de Comenius. Com a Guerra dos Trinta Anos, conflito religioso 
desencadeado entre católicos e protestantes na Alemanha, e posteriormente em toda 
a Europa. Sua família sofre um grande martírio, junto com a população Tcheco 
Eslováquia. 
Já em 1621, exércitos espanhóis invadem e incendeiam a cidade de Fulnek, 
onde, Comenius perde todos os seus livros e manuscritos. E como se não bastasse, 
para completar, perde também sua mulher e seus dois filhos vitimados pela epidemia 
(peste). 
Frente a tantas agruras, não desanima, e recomeça tudo. Produzindo uma 
série de escritos de cunho religioso a fim de recuperar os ânimos da irmandade. Que 
perseguidos fogem para a Polônia. 
Em Leszno, se casa em segundas núpcias com Dorotéia Cirilo, filha de um 
influente bispo da Unidade. Reanimado retorna às funções de professor e pastor. 
Sua fama chega à Inglaterra, e convidado vai à Londres, sendo recebido com 
todas as honras. Aumenta sua fama e ultrapassa as fronteiras britânicas. É 
https://www.coladaweb.com/historia/guerras/guerra-dos-trinta-anos
5 
 
convidado inclusive para assumir a reitoria da já famosa Universidade de Harvard. Por 
razões políticas não aceita. 
Passa por outros países, fixando-se novamente em Leszno. Na Suécia 
Comenius encontra-se com Descartes, no castelo de Endegeest, nas cercanias de 
Leide. Diz-se que o pensador francês devia simpatizar com o mestre morávio, porque 
entre eles havia muitos pontos em comum. 
Mas o destino realmente conspirava contra Comenius. E veio outra tragédia. 
Outro incêndio destruiu sua casa e, mais uma vez perde sua valiosa biblioteca. 
Em 1648, em Leszno, sua mulher Dorotéia morre, deixando cinco filhos, dois 
crescidos e três pequenos. 
Pobre e doente. Vítima da incompreensão da comunidade busca asilo em 
diversas cidades alemãs, mas terminou indo para Holanda, onde passara os 
derradeiros anos de sua vida. 
Em 1649, Comenius casou em terceira núpcias, em Johana Gajusová. 
Instala-se em Amsterdã, e reúne forças para prosseguir seu trabalho de 
educador e reformador social. E ele cresce outra vez. 
As autoridades holandesas, conscientes do valor de Comenius, propõem ao 
hóspede a publicação de todas as suas obras pedagógicas, muitas das quais já eram 
bastante conhecidas no país. 
Feliz, o grande sábio morávio vive na Holanda, experimentando uma nova e 
reconfortante vida. E na última fase de sua vida dedica-se a ser um apologista da paz, 
propugnando pela fraternidade entre os povos e as igrejas. 
Sua vida chega, então, ao fim. Em 1670, com quase oitenta anos, adoece. E 
antes de morrer no dia 15 de novembro, ainda encontra fôlego para escrever um 
resumo de seus princípios pedagógicos. 
Comenius morre cercado por familiares e amigos, e é sepultado numa 
pequena igreja em Naarden, onde fora construídoseu mausoléu. 
6 
 
Em 1956 a Conferencia Internacional da UNESCO realizada em Nova Délhi 
delibera a publicação das obras de Comenius e o aponta como um dos primeiros 
propagadores das ideias que inspiram a fundação da UNESCO. 
Comenius foi muito versátil em matéria de assuntos. E podem ser 
classificadas em três categorias: 
a) as que tratam exclusivamente de princípios educacionais; 
b) outras que tratam de recursos auxiliares para a instrução na sala de aula; 
c) as obras mistas, nas quais se incluem as religiosas, como sermões, 
histórias eclesiásticas, hinários, catecismos, traduções e trabalhos proféticos. 
Todos os pesquisadores são unânimes em apontar a Didática Magna, ou A 
grande Didática, como sendo sua obra-prima e sua maior contribuição para o 
pensamento educacional, e é sem dúvida o primeiro tratado sistemático de pedagogia, 
de didática, e até de sociologia escolar. 
Como que compendiando todo o ideário pedagógico de Comenius, foi sobre 
tudo ela que lhe mereceu ser considerado o “Galileu da Educação”. Tamanha obra 
inicia-se com uma saudação aos leitores, seguida de um apelo aos responsáveis 
pelas coisas humanas, onde se lê: “se, portanto, queremos igrejas e Estados bem 
ordenados e florescentes, e boas administrações, primeiro que tudo ordenemos as 
escolas e façamo-las florescer, a fim de que sejam verdadeiras e vivas oficinas de 
homens, e viveiros eclesiásticos, políticos e econômicos. Assim, facilmente 
atingiremos nosso objetivo; doutro modo nunca o atingiremos.” Comenius. Mostra a 
seguir que a arte didática é útil aos pais, aos professores, aos estudantes, as escolas, 
aos Estados, a Igreja e até no Céu. 
O pai da pedagogia moderna. 
Para Comenius, a reforma educacional é o único remédio para a profunda crise 
cultural que a Europa atravessa na época da Guerra dos Trinta Anos. Essa reflexão 
tem raízes religiosas. Ao defender a democratização da educação, Comenius é o 
herdeiro da mensagem igualitária do cristianismo: como todo ser humano é uma 
imagem de Deus todo ser humano merece ser educado. Além disso, e esta é uma das 
https://fr.wikipedia.org/wiki/Guerre_de_Trente_Ans
https://fr.wikipedia.org/wiki/Dieu
7 
 
exigências da Reforma Tcheca, uma população que recebe uma educação pode 
acessar os textos sagrados diretamente e, assim, se aproximar de Deus. Durante a 
publicação de suas obras didáticas completas (1657) ele deu uma interpretação 
"tipográfica" deste projeto: a educação visa a multiplicação de "livros vivos" que são 
os jovens, refletindo cada vez mais o "mundo do livro": assim como a impressão 
permite disseminar conhecimento, a escola, organizada como uma oficina tipográfica, 
imprimirá sabedoria nas mentes com velocidade, riqueza e elegância10. 
Assim, "tudo deve ser ensinado a todos, independentemente da riqueza, 
religião ou sexo". Essa dimensão universalista do pensamento de Comenius, contida 
no conceito de pansophia, ou sabedoria universal, é seu aspecto mais ambicioso. 
Numa época em que a inferioridade das mulheres é comumente aceita, Comenius 
afirma que as meninas têm as mesmas habilidades intelectuais que os 
meninos; também defende um melhor cuidado com os alunos em dificuldade. Além 
disso, o pensamento de Comenius decorre em parte de sua própria infância: um órfão, 
ele deve sua ascensão não à sua situação social, mas à educação. 
No entanto, afirmar que "tudo deve ser ensinado" não significa que os alunos 
devem aprender tudo. Em Prodromus pansophiae, Comenius zomba dos esforços 
dos enciclopédicos, que ele considera absurdos como apresentar o conhecimento 
como uma cadeia de elementos justapostas e não como um todo. É mais sobre 
aprender a pensar bem; Os alunos devem memorizar o mínimo possível. 
Para Comenius, o sistema educacional deve focar não apenas nas atividades 
de pensamento e razão(razão), mas também no trabalho manual (o peratio), que ele 
diz não ser de forma alguma vergonhoso. Ele acredita que as escolas devem mostrar 
menos interesse em ensinar latim, e muito mais interesse em assuntos como 
geografia, história ou biologia. Ele enfatiza particularmente a importância da educação 
artística; ele acredita que a arte deve ser acessível a todos. Assim, como musicólogo 
experiente, defende a generalização da educação musical em todos os níveis de 
educação. 
Para realizar a "sabedoria universal", Comenius projetou um sistema 
educacional simplificado, único para ambos os sexos, e composto por quatro graus: 
jardim de infância para os pequenos (uma ideia que ele desenvolveu particularmente), 
https://fr.wikipedia.org/wiki/Jan_Hus
https://fr.wikipedia.org/wiki/Comenius#cite_note-10
https://fr.wikipedia.org/wiki/Fille
https://fr.wikipedia.org/wiki/Gar%C3%A7on
https://fr.wikipedia.org/wiki/Gar%C3%A7on
https://fr.wikipedia.org/wiki/Encyclop%C3%A9die
8 
 
escola pública para crianças, ensino médio para adolescentes e academias para os 
mais velhos. Além disso, Comenius acredita que a educação é um processo ao longo 
da vida e que o mundo inteiro é uma escola. 
De acordo com Jean Piaget, "É inegável que Comenius pode ser considerado 
um dos precursores da ideia genética, na psicologia do desenvolvimento, e como 
fundador de uma didática progressiva diferenciada de acordo com os níveis desse 
desenvolvimento. 
O que faz de Comenius um dos pioneiros da pedagogia moderna é sua 
reflexão sobre como ensinar, e em particular a ideia de que o professor deve despertar 
o interesse do aluno. Para isso, Comenius defende o uso de imagens. Assim, seu 
manual Orbis Sensualium Pictus (1659) tem como objetivo ensinar latim às crianças 
associando uma palavra a uma imagem. Comenius também defende o papel dos 
jogos, especialmente os jogos de grupo; segundo ele, não há nada como aprender 
enquanto se diverte. O professor também deve incentivar a participação dos alunos. 
Ao mesmo tempo, a prática da punição corporal é fortemente desencorajada. 
Segundo Comenius, o aluno não precisa de constrangimento para aprender por se 
trata de um desejo natural. 
Pedagogia. 
O plano pedagógico de Comenius era fundamentalmente voltado às artes 
liberais, integrando conteúdo informacional com o raciocínio crítico. O que Comenius 
criticava era a aplicação do escolasticismo formal e estéril da Baixa Idade Média ao 
ensino de crianças e jovens. O currículo de Comenius separava a educação superior 
da educação pré-universitária de jovens e crianças, como já ocorriam 
nos colleges, gramar schools, escolas catedrais e stud um generale desde o final da 
Idade Média segundo seu currículo, haveria o estudo disciplinas das artes liberais 
embutidas no nível equivalente ao ensino médio: a gramática, a física, a matemática, 
a ética, a dialética e retórica, além das línguas clássicas e modernas. 
...que os escolásticos conservem para si a sua língua; nós agora pensamos 
apenas nos simples e no modo de os levar também a entender as artes liberais e as 
ciências. 
https://fr.wikipedia.org/wiki/Enfant
https://fr.wikipedia.org/wiki/Adolescent
https://fr.wikipedia.org/wiki/P%C3%A9dagogie
https://pt.wikipedia.org/wiki/Artes_liberais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Artes_liberais
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escol%C3%A1stica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Baixa_Idade_M%C3%A9dia
9 
 
— Comenius. Didática Magna. Capítulo XXIX 15. 
O método que Comenius aplicou na Suécia logo surtiu efeitos. Utilizando o 
método de Comenius, partir de 1686, a alfabetização de todos os residentes da Suécia 
passou ser obrigatória. No começo do século XIX, já não havia, praticamente, 
analfabetismo naquele país. 
Na Conferência What does liberal education offer the civil society, realizada 
em Budapest, 1996, Roger Martin, presidente do Moravian College (uma faculdade de 
artes liberais nos Estados Unidos), relembrou o papel de Comenius para desenvolver 
as artes liberais contemporâneas. Essa conferência marcou a reintrodução das artes 
liberais como programa de ensino superior na Europa. 
A didáticade Comenius soma ao conhecimento transmitido uma função 
utilitarista, para ser utilizada apenas para fins profissionais futuros, junto da formação 
da pessoa e do seu senso crítico. Para tal, sua didática é uma síntese de práticas, 
teorias e métodos anteriores. As ideias de educação universal, já postam em prática 
na Alemanha desde as reformas educacionais lideradas por Filipe Melâncton um 
século antes de Comenius, demonstravam surtir efeito – mesmo sob os reveses 
da Guerra dos Trinta Anos. A reestruturação curricular das artes liberais também 
anteriormente proposta por Pierre de la Ramée aproximava esse ideal educacional ao 
seu sentido original clássico da Paidéia de formação plena, removendo toda forma de 
deputações pedantes e conhecimento estéril em voga na Idade Média. A mudança do 
foco da didática do conteúdo para o método já vinha ocorrendo desde o Ratio Studio 
rum dos jesuítas. Também do Ratio Studiorum, Comenius aproveitou o ensino 
progressivo, introduzindo aos alunos temas simples e mais fáceis aos mais 
complexos. Entretanto, há inovações introduzidas por Comenius. Teoricamente, 
fundamentou o foco no método, a universalização do ensino, o caráter pleno da 
educação liberal. Na prática, propôs materiais e meios de lecionar para implantar sua 
proposta teórica. 
Síntese das Propostas pedagógicas de Comenius. 
 a) o respeito ao estágio de desenvolvimento da criança no processo de 
aprendizagem; 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabetiza%C3%A7%C3%A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino_superior
https://pt.wikipedia.org/wiki/Filipe_Mel%C3%A2ncton
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Trinta_Anos
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_de_la_Ram%C3%A9e
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paideia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ratio_Studiorum
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ratio_Studiorum
10 
 
 b) a construção do conhecimento através da experiência, da observação e da ação, 
 c) uma educação sem punição, mas com diálogo, exemplo e ambiente adequado; 
 d) a necessidade da interdisciplinaridade, da afetividade do educador, e de um 
ambiente escolar arejado, bonito, com espaço livre e ecológico. 
 e) coerência de propósitos educacionais entre família e escola; 
 f) desenvolvimento do raciocínio lógico e do espírito científico e 
 g) a formação do homem religioso, social, político, racional, afetivo e mora. 
 
Museu Comenius, 
Desde 1993, o Museu Comenius está localizado no edifício adjacente em 33 
Kloosterstraat. Aqui há uma exposição permanente na qual a atenção é dada à vida e 
às obras de Comenius. Em outras salas do museu, acontecem mudanças de 
exposições, que (no sentido mais amplo da palavra) têm a ver com a vida e obra de 
Comenius. Museu e Mausoléu são administrados pela Fundação Museu Comenius, 
que também organiza o Dia do Comenius todos os anos em torno do aniversário do 
nascimento de Comenius (28 de março). 
Obras. 
 Comenius escreveu mais de 200 obras, sendo as principais: 
Labirinto do Mundo (1623) 
Didática checa (1627) 
Schola Ludus (1630) 
Porta Aberta das Línguas (1631) 
Didacta Magna (versão latina da Didática checa) (1631) 
Novíssimo Método das Línguas (1647) 
Mundo Ilustrado (1651) 
Opera didactica omnia ab anno 1627 ad 1657 (1657) 
Consulta Universal Sobre o Melhoramento dos Negócios Humanos (1657) 
11 
 
O Anjo da Paz (1667) 
A Única Coisa Necessária (1668), e dentre outras. 
Uma síntese do Método Comeniano que consiste nos seguintes 
princípios: 
 Primeiro Princípio – 
A natureza aguarda o momento propício. 
Por exemplo, o pássaro não inicia a reprodução no inverno, quando tudo está 
frio e rígido, nem no verão, quando tudo está abrasado e extenuado pelo calor, nem 
no outono, quando a vitalidade das coisas decresce com o sol e predomina o frio, que 
é inimigo das coisas novas, mas a inicia na primavera, quando o sol dá vida e vigor a 
todas as coisas. (Op. Cit., 147) 
Depois cita o exemplo do jardineiro que fica atento para que tudo aconteça no 
tempo devido e por isso não semeia durante o inverno (porque a linfa não está 
aderente à raiz), nem no verão (porque a linfa já está espalhada pelos ramos), nem 
no outono (porque a linfa se está retirando pela raiz), mas sim na primavera, quando 
o humor começa a difundir-se a partir da raiz e a alimentar as partes mais altas da 
planta. Cita outros exemplos, como sempre retirados da natureza para depois criticar 
que as escolas contrariam os princípios naturais pelo menos de dois modos: 
1. Não aproveitando o tempo oportuno para exercitar os engenhos 
(inteligências). 
2. Não organizando cuidadosamente os exercícios de modo que tudo avance 
gradualmente e sem erros. (Op. Cit., 148) 
“Depois comenta que a criança não pode ser instruída enquanto é pequena 
demais, porque a raiz da inteligência ainda está escondida; é tardio demais instruir o 
homem na velhice, porque a inteligência e a memória estão falhas; e conclui que a 
formação do homem deve ocorrer durante a idade primaveril (ou seja, na infância, 
símbolo de primavera), que as horas matinais são as mais propícias aos estudos, e 
compara que a manhã corresponde à primavera; o meio-dia, ao verão; a tarde ao 
outono, a noite, ao inverno, e finalmente diz: “Tudo o que será aprendido deve ser 
12 
 
disposto segundo a idade, para que nunca se ensine nada que não possa ser 
compreendido”. (Op. Cit., 148), o Método Comeniano vai até ao mono princípio 
Legado para Educação. 
 Jan Amos Comenius foi o primeiro a falar da "primeira escola" ou "escola-
mãe". Eu não considerei uma instituição fora da família, mas foi a primeira a passar 
uma série de valores para a criança. A família também vai educar e contribuir com 
outros ensinamentos, mas segundo Comenius será a mãe que é a primeira a fazê-lo. 
Para ele, a educação tinha que mirar (para alguns utópicos) para o "ideal 
pansófico", ou seja, ensinar tudo a todos. Sendo todos filhos de Deus, todos temos a 
possibilidade de aprender, "educabilidade" está em nossa natureza. Quanto mais 
sábios formos, mais perto chegamos de Deus. Se o aluno não conseguia aprender ou 
era indisciplinado, era por engano do professor. 1 
A educação tinha que ser universal, ter ordem e método, ser agradável. O 
aluno deve ser o centro das atenções. Para Comenius, o ensino se deve à vontade 
de três coisas: tempo, objeto e método. Ele forneceu ideias educativas baseadas em 
três métodos: compreensão, retenção e prática. O objetivo disso era melhorar o 
ensino para o aluno. Ele focou na capacidade do professor de sensibilidade ao aluno, 
bem como na interação e, assim, garantindo o sucesso da aprendizagem. 
Entre as obras que escreveu, o mais interessado é sua "Magna Didática", um 
dos primeiros livros escritos sobre educação infantil e gestão da escola bem. Através 
de seus vários trabalhos, ele propôs um método didático. 
Comenius iniciou os textos ilustrados para crianças, com figuras e ações de 
animais, graduados de fácil a difícil, facilitando a compreensão do aluno. Ele foi o 
primeiro a apresentar uma metodologia de educação baseada na união da pedagogia 
com a didática. Com este sistema eu queria dirigir a progressão moral e intelectual do 
aluno. A Medalha Comenius, prêmio da UNESCO que homenageia conquistas 
marcantes nas áreas de pesquisa e inovação educacional, comemora 
Comenius. Peter Drucker saudou Comenius como o inventor de livros 
didáticos e primers. 
https://es.wikipedia.org/wiki/Comenio#cite_note-:0-1
https://en.m.wikipedia.org/wiki/UNESCO
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Peter_Drucker
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Textbook
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Textbook
https://en.m.wikipedia.org/wiki/Primer_(textbook)
13 
 
Conclusão – Isso é fato e todos nós sabemos, a didática sempre existiu na 
história dos homens, porque sempre se ensinou e sempre se aprendeu. Em 
COMENIUS, todavia, ela adquire dimensões peculiares que a diferenciam de todas 
as outras formulações anteriores ou contemporâneas,como, por exemplo, as de 
Ratke ou da Ratio Studiorum dos Jesuítas. 
Os elementos essenciais de sua arte de ensinar e de sua arte de educar são 
uma peculiar e coerente apreensão das contradições e das novas necessidades 
humanas, que estavam surgindo em função das transformações profundas pelas 
quais passava a sociedade. A arte de ensinar, como núcleo do pensamento didático-
pedagógico Comenius, manifesta sua radicalidade não apenas quanto a sua extensão 
em termos de conteúdo e de universalidade das pessoas a abranger, mas também 
em relação à profundidade dos conhecimentos de que trata. A intenção comeniana 
não é somente ensinar tudo a todos totalmente, mas também que todos aprendam 
tudo, totalmente. Com efeito, sua arte, num processo de separação por incorporação, 
parte do ensino para chegar a um estágio superior, a aprendizagem, abrangendo os 
dois polos opostos numa única globalidade. 
A didática de Comenius incorpora coerentemente em sua estruturação o 
modelo dos artesãos, mas também dos manufatureiros que, mais expressivamente, 
traduzem as transformações e os avanços da ciência e da tecnologia que estavam em 
curso no início da Idade Moderna. Por isso, o relógio e a tipografia tornaram-se 
exemplos da arte de ensinar. Todavia, o modelo mais perfeito que Comenius 
encontrou para moldar todos os passos de sua didática é a natureza. Ela torna-se o 
guia ideal a ser reproduzido por todo aquele que se propõe a ensinar. Mas como o 
ensino não é algo natural, e sim artificial, só pode ser ministrado por uma arte que 
repita a natureza. Para Comenius, porém, toda arte imita essencialmente a natureza, 
não havendo, portanto, nenhuma contradição em tomá-la como modelo que se 
concretiza por meio de uma arte. Tendo, pois, como ponto de partida e fundamento 
imediato, a natureza, mas também o método da ciência, a força das ideias dos 
interlocutores e o método de trabalho. 
Para compreender o século e todas as potencialidades e contradições é 
oportuno partir de Comenius e do seu modelo de educação universal que veio mediar 
14 
 
reciprocamente ciência, história e utopia sobre um pensamento fortemente original e, 
ao mesmo tempo, rico de passado e carregado de futuro. 
Se com Montaigne se teoriza um modelo de educação individual e prática, 
baseado sobre respeito da natureza e da psicologia do educando, com o século XVII 
afirma-se um modelo de pedagogia explicitadamente epistemológico e socialmente 
engajado, representando, especialmente na área norte-europeia, onde mais se 
observam os ideais culturais e políticos da idade Média, sobretudo por Comenius e 
seus colaboradores, os quais elaboram uma ideia de educação universal nutrida por 
fortes ideais filosóficos e políticos-religiosos. Estes remetem explicitamente às 
posições dos utopistas da época renascentista, sobretudo no que tange aos ideais de 
justiça e de pacificação universal, além de reforma social, política e intelectual. Quem, 
porém, desenvolve estas posições em chave declaradamente pedagógica é, em 
primeiro lugar, Comenius, que afirma a universalidade da educação contra as 
restrições devidas a tradições e a interesses de grupos e de classes, e a sua 
centralidade na vida do homem e da sociedade. Com ele se delineiam pela primeira 
vez de maneira orgânica e sistemática alguns problemas já relevantes da pedagogia: 
desde o projeto antropológico-social que deve guiar o mestre até os aspectos gerais 
e específicos da didática, para chegar às estratégias educativas referentes às diversas 
orientações da instrução. 
É só a partir do fim do século que se assiste, depois de mais de um século de 
esquecimento, a uma retomada de interesses pela figura e pela obra de Comenius. 
Hoje, de Comenius tende-se a valorizar o forte engajamento religioso e civil orientado 
pra uma radical reforma da sociedade e substanciado por um conceito plurilateral de 
formação. 
No plano estritamente pedagógico, são hoje considerados motivos basilares 
do seu pensamento o estreito vínculo entre os problemas da educação e as 
problemáticas gerais do homem, a centralidade da educação no quadro do 
desenvolvimento social, a existência de um método universal de ensino baseado em 
processos harmônicos da natureza, o conceito de uma instrução para toda a vida e 
aberta a todos, a concepção unitária do saber e o empenho por uma educação para 
a paz e a concórdia entre os povos. Todos esses motivos fazem de Comenius um 
15 
 
grande inovador e antecipador de problemas e soluções que são próprios da 
Modernidade, mas isso não pode levar a separá-lo da cultura de seu tempo. 
A sua grandeza se manifesta também no fato de ser um espírito luminoso 
numa época trágica. A concepção pedagógica de Comenius baseia-se num profundo 
ideal religioso que concebe o homem e a natureza como manifestações de um preciso 
desígnio divino. Para Comenius, Deus está no centro do mundo e da própria vida do 
homem. Toda a construção pedagógica de Comenius é, de fato, caracterizada por 
uma forte tensão mística que sublinha seu caráter ético-religioso e a decidida 
conotação utópica: a educação neste quadro é a criação de um modelo universal de 
“homem virtuoso”, ao qual é confiada a reforma geral da sociedade e dos costumes. 
Sobre as bases desta concepção de homem, Comenius edifica o seu projeto 
educativo; isso faz dele o primeiro verdadeiro sistematizador do discurso pedagógico, 
aquele que relaciona organicamente os aspectos técnicos da formação como 
abrangente reflexão sobre o homem. 
 
 
Biografia. 
Cecilia Meireles – Cecília Meireles foi escritora, jornalista, professora e pintora, 
considerada uma das mais importantes poetisas do Brasil. 
Sua obra de caráter intimista possui forte influência da psicanálise com foco na 
temática social. 
Embora sua obra apresente características simbolistas, Cecília destacou-se na 
segunda fase do modernismo no Brasil, no grupo de poetas que consolidaram a 
"Poesia de 30". Cecília Meireles pode ser considerada a primeira grande e renomada 
escritora da literatura brasileira. Uma das vozes da poesia moderna brasileira, 
destacava-se pelas reflexões filosóficas em seus poemas sobre a existência e as 
incertezas da vida. Além disso, também se dedicou a prosa, escrevendo crônicas para 
diversos jornais e revistas do país. 
16 
 
“Educação é botar, dentro do indivíduo, uma estrutura de sentimentos, um 
esqueleto emocional.” Cecilia Meireles. 
Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu no bairro Rio Comprido, na 
cidade do Rio de Janeiro. Seus pais eram Carlos Alberto de Carvalho Meireles, 
funcionário do Banco do Brasil, e Mathilde Benevides Meireles, professora da rede 
pública de ensino fundamental (na época, ensino primário). Antes de Cecília nascer, 
sua mãe havia perdido seus outros filhos: Carlos, Vítor e Carmem. Carlos morreu três 
meses antes do nascimento de Cecília. Aos três anos de idade, sua mãe morreu, e 
Cecília se mudou para as imediações das ruas Zamenhoff, Estrela e São Carlos, 
passando a morar com sua avó materna, Jacinta Garcia Benevides, 
uma portuguesa nascida na Ilha de São Miguel, Açores, na época viúva e única 
sobrevivente da família. Ela criou a menina com ajuda de Pedrina, a babá da menina, 
que sempre lhe contava histórias à noite. 
Cecília cursou o ensino fundamental na Escola Municipal Estácio de Sá, onde, 
ao concluir o curso em 1910, recebeu das mãos de Olavo Bilac, inspetor da escola, 
uma Medalha de Ouro Olavo Bilac pelo esforço e excelente desempenho "com 
distinção e louvor". Nessa época, a garota já demonstrava paixão por livros, chegando 
a escrever seus primeiros versos. Também demonstrava interesse pela música, o que 
a levou estudar canto, violão e violino no Conservatório Nacional de Música,[1] pois 
sonhava em escrever uma ópera sobre o Apóstolo São Paulo. No entanto, 
posteriormente, acabou se dedicando à literatura, tendo em vista que não conseguiria 
desempenhar com perfeiçãomuitas atividades simultaneamente. 
Cecília Meireles possuía olhos azuis-esverdeados, era curiosa e sozinha, 
sobretudo porque sua avó não a deixava sair de casa para brincar, mesmo quando 
era chamada por outras crianças. Durante uma entrevista, Cecília disse que "em toda 
a vida, nunca me esforcei por ganhar e nem me espantei por perder". A infância 
solitária rendeu à futura escritora dois pontos que, para ela, foram positivos: "a solidão 
e o silêncio". 
Formação Acadêmica e o casamento. 
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17 
 
 Em 1917, aos dezesseis anos de idade, formou-se na Escola Normal do 
Distrito Federal, no Rio de Janeiro, onde teve como professores o historiador Basílio 
de Magalhães, a escritora infantil Alexina Magalhães Pinto e o poeta Osório Duque-
Estrada. Por consenso, foi escolhida como oradora do seu grupo de formatura. A partir 
de então, passou a lecionar. Em 24 de outubro de 1922, já tendo publicado o seu livro 
de estreia, casou-se com o pintor, desenhista, ilustrador e artista 
plástico português Fernando Correia Dias, que havia se mudado para o Brasil em 
abril de 1914, radicando-se no Rio de Janeiro e contribuindo para o desenvolvimento 
das artes gráficas no país. A união dos dois gerou três filhas: Maria Elvira, Maria 
Mathilde e Maria Fernanda. Além disso, a união com Correia Dias proporcionou à 
escritora um contato com o movimento poético em Portugal, no início do século XX, 
do qual Fernando Pessoa fez parte, e uma parceria na ilustração de sua obra. Porém, 
o casamento com o ilustrador não foi fácil: o casal passou por grandes dificuldades 
financeiras e o preconceito da época prejudicou o artista plástico e a professora. 
Seguiu-se um período difícil de perseguição mais ou menos velada, em que durante 
quatro anos, por ironia e desagravo de sua capacidade pedagógica, Cecília Meireles 
manteve uma página diária sobre educação no Diário de Notícias. Também se 
encontra colaboração da sua autoria na revista luso-brasileira Atlântico. 
Carreira Docente. 
 Cecília iniciou sua carreira docente em 1918, quando foi nomeada professora 
adjunta do curso primário, na Escola Pública Deodoro. Em 29 de março de 1920, o 
Diretor Geral de Instrução Pública recebeu autorização do então prefeito da 
cidade para formar turma de desenho da Escola Normal do Distrito Federal. Ele 
escolheu Cecília, a pedido do arquiteto e engenheiro Fernando Nereo de Sampaio, 
que era responsável pela Cátedra de Desenho da Escola e fazia parte da equipe de 
Anísio Teixeira na Diretoria de Instrução Pública. Preocupada com a qualidade do 
ensino e a escassez de livros didáticos, Cecília escreveu livros para escolas primárias 
e publicou em 1924 o livro infantil Criança, Meu Amor, com prosas para o ensino 
fundamental. Ele foi adotado pela Diretoria Geral da Instrução Pública do Distrito 
Federal e aprovado pelo Conselho Superior de Ensino do Estado de Minas Gerais e 
Pernambuco, entrando na lista de leitura de livros paradidáticos. Entre os temas do 
livro estavam retratos, momentos do dia, animais de estimação, tarefas, sentimentos 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Instituto_Superior_de_Educa%C3%A7%C3%A3o_do_Rio_de_Janeiro
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino_fundamental
18 
 
e brincadeiras. Cecília dedicou-se a estudar visando um concurso promovido pela 
Escola Normal para preencher o cargo de professor catedrático. Em correspondências 
para o marido, Cecília confidenciou sua intenção de participar. Em 1930, realizou a 
primeira etapa do concurso, defendendo a tese," O Espírito Vitorioso", na qual 
defendia "a escola moderna" e destacava os princípios de liberdade, de inteligência, 
de estímulo à observação e à experimentação. Nessa fase, dos oito candidatos, três 
foram reprovados e dois desistiram em função das notas obtidas. Somente dois 
continuaram disputando: Cecília Meireles e Clóvis do Rego Monteiro, tendo este nota 
superior à de Cecília. A última fase, realizada em 26 de agosto do mesmo ano, era 
uma prova prática, na qual Cecília foi derrotada. 
No ano de 1935 -1964 – Nesse período, Cecília publica diversas obras e 
traduções, realizando pesquisas históricas e visitando e vivendo em pequenos 
intervalos em países como a Argentina, Bélgica, Holanda, EUA, Índia, Israel, e teve 
obras traduzidas para diversos idiomas incluindo alemão, espanhol, francês, 
húngaro, inglês e italiano. 
De 1935 a 1938 ela foi professora de Literatura Luso-Brasileira e de Técnica e 
Crítica Literária na Universidade do Distrito Federal (que era na época no Rio de 
Janeiro). 
Em 1940, ela deu um curso de literatura e cultura brasileira à Universidade do 
Texas em Austin (Estados Unidos). Ao longo da década, ela viaja pela América, 
passando pelo México e Chile e também visitando em 1944 o Uruguai e a Argentina, 
e publica uma obra em Boston em 1945. Em 1951, viaja à França, Bélgica, Holanda 
e Açores e se aposenta do cargo de diretora da Prefeitura do Distrito Federal. 
Em 1953, viaja à Índia a convite do primeiro-ministro Jawaharlal Nehru e 
participa de um congresso sobre Gandhi em Go a. EmNova Deli, recebe das mãos 
do presidente um título Doctor honoris causa por suas traduções da obra 
de Rabindranath Tagore. Fez uma nova viagem à Europa em 1954. Em 1958, visita 
Israel. 
Carreira Literária. 
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19 
 
Com dezoito anos de idade, em 1919, Cecília publicou seu primeiro livro 
de poemas, Espectros, lançado pela Editora Leite Ribeiro (hoje Freitas 
Bastos), com dezessete sonetos, escritos no tempo em que cursava a Escola Normal, 
e com prefácio assinado por Alfredo Gomes, que tinha sido seu professor de Língua 
portuguesa e, à época, prestigioso gramático, que saudava "o coração já 
superiormente formado, a inteligência clara e lúcida, a intuição notável com que sabia 
expor pensamentos próprios e singulares até em assuntos pedagógicos" de sua aluna. 
O livro continha poemas sobre temas históricos, lendários, mitológicos e religiosos, 
tendo personagens como Cleópatra, Maria Antonieta, Judite, Sansão e Dalila, 
retratado em sonetos, sob influência simbologista, na musicalidade e melancolia, indo 
na contramão do que estava sendo publicado na época. Com diminuta tiragem, 
acredita-se que o livro tenha sido lançado às custas da autora. O livro ganhou uma 
crítica positiva de João Ribeiro, publicada no jornal O Imparcial, em que ele previa um 
belo futuro para Cecília. Para Darcy Damasceno, crítico do Jornal do Comércio, o livro 
impedia a revelação da real face criativa e espiritual de Meireles devido ao rigor 
das métricas e acentuação, em textos parnasianos. Durante certa época, exemplares 
do livro desapareceram de circulação, levantando a hipótese de que, de fato, nunca 
tivessem existido. Nem mesmo a família da autora tinha notícias a respeito ou 
qualquer exemplar da obra. Dele, o que se conhecia eram apenas fragmentos. Porém, 
em 2001, o livro foi reeditado e incorporado à Poesia Completa, coletânea lançada 
pela Nova Fronteira. 
A partir daí, Cecília começou a se aproximar de escritores como Tasso da 
Silveira, Andrade Muricy e, entre fevereiro e março de 1922, escreveu novos poemas 
para compor um novo livro. Nessa época, aconteceu a Semana de Arte Moderna, 
em São Paulo, liderada por Oswald de Andrade, com o qual Cecília teve pouco 
contato. No ano seguinte, publicou Nunca Mais... E Poema dos Poemas, pela editora 
Leite Ribeiro, contendo vinte e um poemas e seis sonetos de caráter simbolista e com 
ilustrações de seu marido, Correia Dias. Posteriormente, Cecília pediu que esse livro 
fosse removido de sua bibliografia. Publicou em 1924 Criança, Meu Amor, seu 
primeiro livro infantil, com crônicas em prosa poética para o ensino fundamental, nas 
quais a escritora abordou realidades que as crianças gostam, como "o imaginário, o 
bom conselho, o humor e a fantasia". Os poemas escritos entre fevereiro e março de 
1922 foram publicados em Baladas para El-Rei, lançado em 1925, pela Editora 
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20 
 
Brasileira Lux, também com ilustrações de Correia Dias, seguindo a mesma linha dos 
últimos dois volumes já publicados, o que acabou fazendo com que estudiosos 
caracterizem essa parte da vida de Cecília como um "simbolismo-tardio", movimento 
literário encabeçado por Tasso da Silveira. 
Além de poeta, cronista, teatróloga e jornalista, Cecília também teve uma 
renomada carreira de tradutora literária, pelo que recebeu mais de um prêmio e 
reconhecimentos internacionais 
Ela conhecia inglês, francês, italiano, russo, hebraico e dialetos do grupo indo-
iraniano, tendo aprendido o sânscrito e hindi. Dentre as obras que verteu ao 
português, destacam-se as traduções de poemas de Rabindranath Tagore, pelo que 
recebeu título de Doutora Honoris Causa pela Universidade de Délhi na Índia, além 
de Charles Dickens, François Perroux, Alexandre Puchkin, Rainer Maria Rilke, os 
livros Orlando, de Virginia Woolf, a Bodas de Sangue, de García Lorca, e antologias 
de poesia hebraica e chinesa, esta última constituída por poemas de Li Po e Du Fu. 
Nos Açores, de onde eram oriundos os seus pais, o nome de Cecília Meireles foi dado 
à escola básica da freguesia de Fajã de Cima, concelho de Ponta Delgada, terra de 
sua avó materna, Jacinta Garcia Benevides. 
A aproximação da autora com o movimento modernista ocorreu em 1927, por 
meio da revista católica e neossimbolista Festa. Já em 1934, Cecília criou a primeira 
do país, no Rio de Janeiro. Nesse ano, viajou com o marido para Portugal para dar 
palestras em universidades. No ano seguinte, como resultado da depressão, seu 
marido se suicidou. A partir daí, as bibliotecainfantil dificuldades financeiras 
aumentaram. De 1936 a 1938, a escritora trabalhou como professora de Literatura 
Luso-Brasileira e também de Técnica e Crítica Literária na Universidade do Distrito 
Federal. 
Em 1940, a poetisa casou-se com o médico Heitor Grilo, ano em que o casal 
viajou para os Estados Unidos, onde Cecília Meireles deu um curso de Literatura e 
Cultura Brasileira na Universidade do Texas, em Austin. Em seguida, participou de 
conferências sobre literatura, folclore e educação no México. No ano seguinte, além 
de escrever para A Manhã, dirigiu a revista Travel in Brasil, do Departamento de 
Imprensa e Propaganda (DIP). 
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21 
 
Em 1942, Cecília Meireles torna-se sócia honorária do Real Gabinete 
Português de Literatura do Rio de Janeiro. Mais tarde, em 1944, escreveu para 
a Folha Carioca e o Correio Paulistano. 
A escritora aposentou-se como diretora de escola em 1951. Dois anos depois, 
foi convidada por Nehru (1889-1964), o primeiro-ministro da Índia, para fazer parte de 
um simpósio sobre a obra de Gandhi (1869-1948). Nesse mesmo ano, Cecília 
Meireles também escreveu para O Estado de S. Paulo. Já em 1958, foi convidada 
para participar de conferências em Israel. Em 1961, escreveu crônicas para o 
programa Quadrante, da Rádio Ministério da Educação e Cultura, e também para o 
programa Vozes da Cidade, da Rádio Roquette-Pinto, em 1963. 
 
Vida Espiritual e Política. 
Cecília admirava a filosofia chamada, na época, de “espiritualista”, que deu 
origem a uma corrente literária, de mesmo nome, parte do estilo Modernista. 
Ela passou a contribuir com textos para a revista temática Festa, em 1927. 
Os “espiritualistas” se consideravam os verdadeiros modernistas, pois para 
eles, no núcleo dos valores do movimento estavam temas como o autoconhecimento 
do homem, o existencialismo espiritual da humanidade como uma só célula, e a 
valorização de virtudes necessárias à evolução coletiva. Os textos principais de 
Cecília sobre o assunto fazem parte da coletânea Provas da Existência dos Espíritos, 
na qual também contém textos assinados por Chico Xavier e Nietzsche. 
Cânticos, uma obra de Cecília inspirada por essa filosofia, passou décadas 
perdida, e foi publicada em 1981. 
Militante pela Educação. 
Entre 1930 e 1933, ela assinava uma coluna sobre educação, tema dos mais 
importantes para a autora. Ela acreditava que não havia obras didáticas suficientes e 
que o currículo escolar deveria ser aprimorado. Cecília era favor de abolir o ensino 
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/mahatma-gandhi.htm
https://www.saraiva.com.br/provas-da-existencia-dos-espiritos-a-quem-le-domingos-pellegrini-cecilia-meireles-cristovao-tezza-10624056/p
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religioso, por exemplo, como também defendia a implementação de turmas com 
ambos os gêneros, como pregavam os educadores Maria Montessori e Rudolf Steiner. 
Em suas colunas, Cecília não hesitava em criticar os líderes políticos da época. 
Ela chamava de “medalhão” o então ministro de educação, Francisco Campos, e 
Getúlio Vargas, o presidente da república, de “Sr. Ditador”. 
Após o fim da coluna, em 1934, Cecília conquistou uma grande vitória: como 
diretora do Centro Infantil do Pavilhão Mourisco, no Rio de Janeiro, ela criou a primeira 
biblioteca infantil do País. 
Celebridade Literária. 
Uma das grandes injustiças do mundo literário é o fato de Cecília não ter sido 
aceita como membro da Academia Brasileira de Letras, mesmo tendo sido premiada 
pela instituição (com a obra Viagem, de 1938). 
O Romanceiro da Inconfidência (1953) – considerada a sua mais importante 
obra, Poemas Escritos na Índia (1962) e (Ou Isto ou Aquilo (1964) – uma coletânea 
de poemas para crianças, apontada como a obra inaugural do sub gênero poesia 
infantil, são alguns dos títulos que a consagraram. 
Sua versatilidade a posicionou como uma escritora sem igual no cenário 
nacional da época. 
Estilo – No início de sua carreira, suas obras aproximavam-se da corrente 
literária do simbolismo, principalmente pela presença da espiritualidade e religiosidade 
em seus poemas. Em livros como Espectros, de 1919, e Nunca Mais… E Poema Dos 
Poemas, de 1923, Cecília dá preferência a temas como a solidão, a música, o tempo 
e elementos da natureza, considerados simbolistas. 
No entanto, Cecília Meireles nunca se filiou a nenhuma escola da literatura 
brasileira. Sua poesia sempre foi marcada por temas intimistas e que incentivavam a 
reflexão sobre a existência e sobre o espírito humano. Romanceiro da Inconfidência, 
de 1953, pode ser considerado uma exceção, por apresentar poesias históricas e com 
reflexões políticas e sociais. 
23 
 
Como cronista, Cecília manteve sua preferência por temas reflexivos, sempre 
com uma linguagem leve e próxima do público. Ao lado de grandes autores como 
Rubem Braga, tornou-se uma referência no mundo das crônicas do século XX. 
Cecília Meireles integra a segunda geração modernista (1930-1945), cujas 
obras possuem as seguintes características: 
 Crítica sociopolítica marcada pelo contexto do Estado Novo (no Brasil) e dos 
movimentos ultranacionalistas, como fascismo e nazismo (na Europa). 
 Conflito existencial e espiritual como resultado de uma reflexão sobre o mundo 
contemporâneo, marcado pela Segunda Guerra Mundial. 
 No aspecto formal, não há mais a necessidade de “destruição do passado” 
empreendida pela primeira geração; portanto, os autores usam tanto versos 
regulares e brancos, quanto livres. 
 Nessa “fase de reconstrução”, portanto, é perceptível o empenho dos autores 
em fazer um resgate da poesia clássica. 
 
 Como características particulares da poesia de Cecília Meireles, é possível 
apontar: 
 Tom melancólico; 
 Fuga da realidade; 
 Elementos sensoriais; e 
 As seguintes temáticas: 
 Amor, Solidão, Saudade, Religião, Morte, reflexão sobre o mundo 
contemporâneo, resgate da poesia clássica, liberdade formal, com o uso de versos, 
regulares: com métrica e rima, brancos: com métrica e sem rima, livres: sem rima e 
sem métrica. 
Muitas de suas obras possuem tom reflexivo com fundo filosófico. Cecília fazia 
com o que o leitor pensasse na transitoriedade da vida, no tempo, no amor, no infinito 
e também na natureza. Amante da cultura oriental, é possível ver traços do 
espiritualismo e do orientalismo em muitos de seus escritos. 
https://mundoeducacao.uol.com.br/literatura/modernismosegunda-fase-literariapoesia.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/era-vargas-estado-novo.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/fascismo.htmhttps://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/nazismo-1.htm
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/portugues/o-que-e-rima.htm
24 
 
Principais Obras 
Com uma obra intimista e densamente feminina, Cecília Meireles foi uma escritora 
muito prolífica, escreveu muitas poesias, incluso, poesias infantis, poemas, frases, 
romance, crônica, prosa. 
Principais obras de Cecília Meireles. 
 Espectros poema (1919) 
 Nunca Mais... e Poema dos Poemas (1923) 
 Baladas Para El-Rei, poesia (1925) 
 Viagem, poesia (1925) 
 Viagem, poesia (1939) 
 Vaga Música, poesia (1942) 
 Mar Absoluto, poesia (1945) 
 Evocação Lírica de Lisboa, prosa (1948) 
 Retrato Natural, poesia (1949) 
 Doze Noturnos de Holanda, poesia (1952) 
 Romanceiro da Inconfidência, poesia (1953) 
 Pequeno Oratório de Santa Clara, poesia (1955) 
 Pístóia, Cemitério Militar Brasileiro, poesia (1955) 
 Canção, poesia (1956) 
 Giroflê, Giroflá, prosa (1956) 
 Romance de Santa Cecília, poesia (1957) 
 A Rosa, poesia (1957) 
 Eternidade em Israel, prosa (1959) 
 Metal Rosicler, poesia (1960) 
 Poemas Escritos Na Índia (1962) 
25 
 
 Antologia Poética, poesia (1963) 
 Ou Isto Ou Aquilo, poesia (1965) 
 Escolha o Seu Sonho, crônica (1964), e dentre outros. 
Sua poesia foi traduzida para o espanhol, francês, italiano, inglês, alemão, 
húngaro, hindi e urdu, e musicada por Alceu Bocchino, Luís Cosme, Letícia Figueiredo, 
Ênio Freitas, Camargo Guarnieri, Francisco Mignone, Lamartine Babo, Tachara, Norman 
Fraser, Ernest Widma e Fagner. 
Cecília também foi autora de um livro infanto-juvenil baseado na sua vida! A 
obra Olhinhos de Gato é bastante peculiar, mas pouco conhecida. Nela a autora 
brasileira conta a sua infância depois de ter perdido a sua mãe, Matilde Benevides 
Meireles, e como foi criada por sua avó, Dona Jacinta Garcia Benevides. 
Póstumas. 
 Crônica Trovada da Cidade de San Sebastian do Rio de Janeiro (1965) 
 O Menino Atrasado (1966) 
 Flor de Poemas (1972) 
 Poesias Completas (1973) 
 Elegias (1974) 
 Flores e Canções (1979) 
 Canção da Tarde no Campo (2001) 
 Poesia Completa, edição do centenário (2001), e dentre outras. 
Outros textos: 
 1947 - Estreia "Auto do Menino Atrasado", direção de Olga Obry e Martim 
Gonçalves. Música de Luís Cosme; marionetes, fantoches e sombras feitos pelos 
alunos do curso de teatro de bonecos. 
 1956/1964 - Gravação de poemas por Margarida Lopes de Almeida, Jograis de 
São Paulo e pela autora (Rio de Janeiro - Brasil) 
 1965 - Gravação de poemas pelo professor Cassiano Nunes (New York - USA). 
 1972 - Lançamento do filme "Os inconfidentes", direção de Joaquim Pedro de 
Andrade, argumento baseado em trechos de "O Romanceiro da Inconfidência". 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Pedro_de_Andrade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Pedro_de_Andrade
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Premiações e Homenagem. 
 Medalha de ouro (1913) — das mãos de Olavo Bilac (1865-1918), poeta e inspetor 
escolar do Distrito Federal, pela conclusão, com distinção, do curso médio na 
Escola Estácio de Sá; 
 Prêmio Olavo Bilac, da Academia Brasileira de Letras (1938); 
 Prêmio de Poesia Olavo Bilac, concedido pela Academia Brasileira de Letras 
(ABL), pelo livro “Viagem” em 1939; 
 Grau de Oficial da Ordem do Mérito (1952) — Chile; 
 Título de doutora honoris causa pela Universidade de Délhi (1954) — Índia; 
 Prêmio de Tradução/Teatro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de 
Arte (APCA), em 1962; 
 Prêmio Jabuti de Tradução de Obra Literária, concedido pela Câmara Brasileira do 
Livro pelo livro “Poemas de Israel” em 1963; 
 Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro “Solombra” em 1964; 
 Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras pelo conjunto de suas 
obras (1965) — póstumo. 
Reconhecimento e morte. 
Cecília Meireles faleceu no Rio de Janeiro sua cidade natal, no dia 9 de 
novembro de 1964 devido a um câncer no estômago. Seu velório ocorreu no Ministério 
da Educação e Cultura, tamanha a importância dessa mulher para a literatura, cultura 
e educação no Brasil, teve uma vida dedicada à arte e ao conhecimento, tornou-se 
uma das poetisas mais famosas do país. Mas continua viva através da sua obra que 
atravessa gerações e marcou a literatura brasileira. No ano seguinte, a Academia 
Brasileira de Letras a laureou com a entrega póstuma do Prêmio Machado de Assis, 
referente ao corpo de obras publicadas pela autora. Alguns poemas como "Canteiros" 
e "Motivo" foram musicados pelo cantor Fagner. 
Cecília é a única escritora a ser homenageada, recebeu como homenagem do 
Brasil, a impressão de uma cédula de cem cruzados novos. Esta cédula com a efígie 
de Cecília Meireles, lançada pelo Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em 1989, 
seria mudada para cem cruzeiros, quando houve a troca da moeda pelo governo 
de Fernando Collor. 
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/olavo-bilac.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cruzado_Novo
https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_Central_do_Brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fernando_Collor
27 
 
Em Portugal, Cecília detinha o título de Sócia honorária do Real Gabinete 
Português de Leitura. Em Lisboa e na região dos Açores, há ruas com seu nome. 
Na Índia, país ao qual visitou em 1953, o que a inspirou a criar o livro Poemas 
Escritos na Índia, ela era Sócia honorária do Instituto Vasco da Gama, em Goa, e 
Doutora “honoris causa” na Universidade de Délhi. 
No Chile recebeu o título de Oficial da Ordem do Mérito, e na cidade de 
Valparaíso, há uma biblioteca chamada Cecília Meireles. 
 
 Legado para Educação. 
Cecília Meireles é considerada uma das mais notórias poetisas do Brasil. 
Escritora, jornalista, pintora e professora, com o seu teor intimista influencia, 
também, na Psicanalise. 
 Seu legado é riquíssimo, entre suas obras mais marcantes estão o livro 
“Viagem” publicado em 1939 que lhe deu o prêmio de poesia da Academia Brasileira 
de Letras e o livro "Romanceiro da Inconfidência", publicado em 1953, o qual é 
considerado sua obra-prima e trata do episódio da Inconfidência Mineira. 
Cecília Meireles e o ensino religioso nos anos 1930: embates em defesa 
da escola nova 
E na década de 30, Cecília Meireles dedicou-se a essa tarefa de pensar 
questões fundamentais aos educadores, senão como prática pedagógica, pelo menos 
como ponto de partida para um trabalho de reflexão histórica sobre a escola e suas 
implicações na sociedade. Os textos da escritora podem ser conferidos no 
livro Crônicas de educação 2, novo lançamento da editora Nova Fronteira. 
A obra, dedicada a temas educacionais, traz textos sobre adolescência, 
juventude, problemas gerais do magistério, métodos e técnicas de investigação 
pedagógica, dentre outros. Foram agrupados em núcleos temáticos com o objetivo de 
melhor apresentar o pensamento teórico e a filosofia educacional de Meireles. São 
28 
 
textos publicados no Diário de Notícias do Rio de Janeiro, entre 1930 e 1933, e no 
jornal A Manhã, também do Rio, de 1941 a 1943. Esses textos tiveram ampla e 
sensível repercussão nos meios educacionais brasileiros, segundo Leodegário. A de 
Azevedo, que selecionou e organizou a obra e dentre outros. 
. Cecília Meireles e o temário da escola nova 
 Aqui iremos analisar a atuação de Cecília Meireles no combate ao decreto do 
ensino religioso nas escolas públicas (Decreto nº 19.941 de 30/4/1931) assinado pelo 
Ministro da Educação e Saúde Pública, Francisco Campos. Centramos nosso estudo 
na Página de Educação do jornal Diário de Notícias, entre 1930 e 1933. Nesse espaço, 
Meireles expressou com maestria e elegância a sua contrariedade quanto àquilo que 
dizia respeito à relação da religião com a escola pública e dentre outros. 
A contribuição de Cecília Meireles à literatura brasileira e principalmente à 
educação justificam o reconhecimento e admiração que até hoje sustenta no Brasil e 
também fora do país.29 
 
BIBLIOGRAFIA: 
 GASPARIN, João Luiz. Comenius ou da arte de ensinar tudo a todos. São Paulo: 
Papirus, 1994. 
COVELLO, Sérgio Carlos. Comenius, a construção da pedagogia. São Paulo: SEJAC, 
1991. 
RIBOULET, L (Tradução de Justino Mendes). História da Pedagogia. São Paulo: 
F.T.D., 1951. 
WALKER, Daniel. Comenius, o criador da didática moderna. Juazeiro do Norte: HB 
Editora, 2001. 
COMENIUS, João Amós. Didática Magna. Fundação Caloustre Gulbenkian. 4ª ed. 
Praga, 1957. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/comenius 
https://www.coladaweb.com/biografias/comenius 
https://blog.saraiva.com.br/cecilia=meireles 
https://pt.wikipedia.org/wiki/cecilia-meireles 
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/cecilia-meireles 
https://www.todamateria.com.br/cecilia-meireles 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022016000300741 
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742011000300011 
 
 
 
 
 
 
 
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https://www.todamateria.com.br/cecilia-meireles
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022016000300741
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