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Captação de Recursos no Mercado Financeiro Finanças Corporativas © by Editora Telesapiens Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora Telesapiens. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Finanças Corporativas Gabriela de Vasconcelos Rodrigo Bezrutchka Leandro Alves Lima Autor LEANDRO ALVES LIMA RODRIGO ROGOSKI BEZRUTCHKA Olá. Meu nome é Leandro Alves Lima. Sou formado em Licenciatura em história, possuo uma especialização em Metodologia do ensino de História, especialização em Metodologia do ensino de filosofia e sociologia com uma experiência profissional na área de ensino. Lecionei para estudantes de todos os anos letivos e possuo trabalhos acadêmicos nas áreas de cultura, de preservação e de sustentabilidade em regiões de patrimônio histórico. Sou muito feliz na minha área profissional e busco constantemente novos conhecimentos e novos desafios, gosto de partilhar um conhecimento através das aulas que eu ministro. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! Olá. Meu nome é Rodrigo Bezrutchka. Sou formado em Ciências Contábeis, possuo um MBA em Planejamento e Gestão tributária com uma experiência profissional na área de consultoria tributária de mais de 8 anos. Passei por empresas multinacionais trabalhando no departamento fiscal tributário, escritórios contábeis, já palestrei sobre planejamentos e gestões tributárias, concedi entrevistas a jornais relativas à tributação. Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidado pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes. Estamos muito felizes em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e trabalho. Conte comigo! INTRODUÇÃO: para o início do desenvolvimen- to de uma nova competência; DEFINIÇÃO: houver necessidade de se apresentar um novo conceito; NOTA: quando forem necessários obser- vações ou comple- mentações para o seu conhecimento; IMPORTANTE: as observações escritas tiveram que ser prioriza- das para você; EXPLICANDO MELHOR: algo precisa ser melhor explicado ou detalhado; VOCÊ SABIA? curiosidades e indagações lúdicas sobre o tema em estudo, se forem necessárias; SAIBA MAIS: textos, referências bibliográficas e links para aprofun- damento do seu conhecimento; REFLITA: se houver a neces- sidade de chamar a atenção sobre algo a ser refletido ou discutido sobre; ACESSE: se for preciso aces- sar um ou mais sites para fazer download, assistir vídeos, ler textos, ouvir podcast; RESUMINDO: quando for preciso se fazer um resumo acumulativo das últimas abordagens; ATIVIDADES: quando alguma ativi- dade de autoapren- dizagem for aplicada; TESTANDO: quando o desen- volvimento de uma competência for concluído e questões forem explicadas; Iconográficos Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez que: SUMÁRIO Mercado financeiro – tipos de mercado. .................................. 12 Mercado de ações. ..................................................................................................... 13 Mercado financeiro. .................................................................................................... 15 Como Funciona o Mercado Financeiro .........................................16 Como Entender o Mercado Financeiro De Forma Descomplicada ...................................................................................................16 Mercado de câmbio ........................................................................................17 Mercado Monetário .........................................................................................17 Mercado de Crédito .........................................................................................17 Mercado de Capitais ......................................................................................18 Divisões do Mercado de Capitais ..............................................18 Método da taxa interna de retorno - tir .....................................20 Mensuração do risco de captar recursos no mercado financeiro................................................................................................. 22 Value at Risk (VaR) – Valor em Risco. ..........................................................23 Riscos da carteira de investimentos. ...........................................................27 Retorno da Carteira de Investimentos. ......................................................29 Momento de decisão de capitalização das empresas ...... 33 As decisões financeiras ...........................................................................................34 Conceito e avaliação dos resultados operacionais e a interdependência econômica das decisões. ...................................... 38 Bibliografia ............................................................................................. 45 Finanças Corporativas 9 UNIDADE 02 Finanças Corporativas10 Sabemos que é muito importante saber gerir o nosso dinheiro, em um pensamento que diz “mais importante que saber ganhar é saber gastar”. Sempre costumo lembrar que em uma economia de mercado a “liberdade custa caro”, isto é, se você tem sonhos e quer realizá-los com certeza sempre precisará mobilizar alguma quantia para tal. Cada um de nós acumula ao longo da vida, experiências financeiras. Quando começamos a obter nosso dinheiro através do trabalho, já teremos uma certa noção de como gastá-lo. Por outro lado, em nossa vida adulta poderemos desenvolver muitas necessidades para a qual de uma maneira ou de outra nos depararemos com decisões que envolvem pensar em finanças. Manter o equilíbrio financeiro, isto é, gastar apenas o que ganha é um bom começo, mas isto também não é algo fácil de fazer e, se avançarmos um pouco para uma situação que a pessoa tenha uma reserva financeira, veremos que apenas uma pequena parte da população faz isto. Se tiver dúvida pergunte a seus amigos “você tem uma reserva de dinheiro para emergência?”. De maneira objetiva se você tem uma meta e para atingi-la precisa de dinheiro é necessário agir com inteligência para evitar dívidas, ter o controle sobre o dinheiro e investir para atingir sua meta. Quanto tempo você precisará para isto? Depende da organização do ganho, do gasto, do investimento e do montante de dinheiro necessário. Sendo assim, objetivo do curso é te munir de conhecimentos e de instrumentos que lhe ajudem na tomada de decisões e na organização de sua vida financeira. Desejo a todos um bom curso. INTRODUÇÃO Finanças Corporativas 11 Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 2. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de estudos: • Compreender a importância para as empresas da gestão empresarial; • Entender a evolução das finanças empresariais no Brasil; • Verificar a importância do conhecimento das novas tendências, de métodos e de ferramentas aplicadas a finanças empresariais; • Aprender a utilizar os métodos de análise das finanças empresariais na toma de decisões dos gestores das empresas e, ainda, compreender o funcionamento do mercado financeiro e sua importância para a capitalização das empresas. Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento? Ao trabalho! OBJETIVOS Finanças Corporativas12 Mercado financeiro – Tipos de mercado. O mercado financeiro é o mercado onde os recursos excedentes da economia (poupança) são direcionados parao financiamento de empresas e de novos projetos (investimentos). No mercado financeiro tradicional, o dinheiro depositado em bancos por poupadores é utilizado pelas instituições financeiras para financiar alguns setores da economia que precisam de recursos. Por essa intermediação, os bancos cobram do tomador do empréstimo (no caso as empresas) uma taxa - spread -, a título de remuneração, para cobrir seus custos operacionais e o risco da operação. Quanto maior for o risco de o banco não receber de volta o dinheiro, maior será a spread. O mercado de capitais faz parte do mercado financeiro. Nele, os recursos dos poupadores são destinados à promoção do desenvolvimento econômico de forma direta, isto é, de projetos e de empresas. É no mercado de capitais que empresas que precisam de recursos conseguem financiamento, por meio da emissão de títulos, vendidos diretamente aos poupadores/investidores, sem intermediação bancária. Dessa forma, os investidores acabam emprestando o dinheiro de sua poupança a empresas, também sem a intermediação bancária. O repasse dos recursos de poupadores/investidores às empresas pode ser feito de duas formas: 1. Dívida: Os investidores compram títulos emitidos pelas empresas que precisam de dinheiro. Esses títulos dão aos investidores o direito de receber a quantia emprestada, mais juros previamente determinados. Os títulos são chamados de títulos de dívida e esse mercado é conhecido como mercado de renda fixa. 2. Ações: Também aqui os investidores compram títulos emitidos por empresas. Mas os títulos não garantem remuneração fixa aos investidores. A remuneração dos títulos são os dividendos - parte do lucro que uma empresa de capital aberto distribui entre seus acionistas. Os investidores tornam-se sócios da empresa. Esses títulos são chamados ações e o mercado é conhecido como mercado de renda variável. Entre o mercado de capitais e o mercado financeiro tradicional Finanças Corporativas 13 existem duas diferenças básicas, que tornam o primeiro mais eficiente do que o segundo. • No mercado de capitais a captação de recursos por empresas é mais barata, pois não há necessidade do pagamento do spread aos bancos. • Para o investidor é vantajoso, pois ele pode desfazer-se do título a qualquer momento, o que não seria possível em um empréstimo tradicional. Ou seja, se o investidor mudar de opinião quanto ao risco de investir em determinada empresa, pode vender os títulos no mercado. Essa liquidez (facilidade de compra e de venda) reduz o seu risco de perda. Assim, o mercado de capitais faz com que o repasse de recursos dos poupadores às empresas seja mais interessante para ambas as partes. O mercado de capitais é fundamental para o crescimento de país, pois sem ele muitos projetos não conseguiriam sair do papel por falta de capital e de financiamento. Muitas empresas perderiam sua competitividade e dificilmente conseguiriam desenvolver-se. Poucas sobreviveriam em um ambiente sem a injeção de capital de investidores. Mercado de ações. SAIBA MAIS: O que são ações? Ações são títulos nominativos, de renda variável, que representam uma fração do capital social de uma empresa. Quando adquirimos ações de uma empresa nos tornamos sócios desta, com participação de seus resultados. Estas ações podem ser convertidas em dinheiro pela sua negociação em Bolsas de Valores ou em mercado de balcão. O preço da ação é fruto das condições de mercado (oferta e demanda), que reflete às condições estruturais e comportamentais da empresa, de seu setor econômico e da economia do País. Finanças Corporativas14 Tipos de ações: Ordinárias, as ações ordinárias além de proporcionarem a participação nos resultados da empresa, conferem o direito de voto nas assembleias da empresa; Preferencial, que adquire ações preferenciais, o Investidor terá preferência no recebimento de dividendos, porém, não terá o direito a voto nas assembleias; Units, combinação de ações preferenciais e ordinárias; American Depositary Receipts (ADR), certificado com lastro em ações de empresas não sediadas nos Estados Unidos, emitidas por um banco norte-americano, que podem ser negociadas nas Bolsas dos Estados Unidos. O ADR é utilizado para captar recursos no exterior, e para reforçar a liquidez das ações da companhia. Cada certificado corresponde a um determinado número de ações, que varia de empresa para empresa. Existem três tipos de ADR, em que o terceiro possui maiores exigências: ADR nível 1, negociado apenas no mercado de balcão norte-americano, não pode haver oferta pública nos Estados Unidos; ADR nível 2, negociado na Bolsa Nasdaq - National Association of Securities Dealers Automated Quotation, não pode haver oferta pública nos Estados Unidos. As demonstrações financeiras devem estar de acordo com os US GAAP - United States Generally Accepted Accounting Principles; ADR nível 3, negociado em uma bolsa de âmbito nacional dos Estados Unidos ou na Nasdaq, vinculados a uma oferta pública nos Estados Unidos das ações depositadas. Emitido com base em ações novas emitidas pela companhia. As demonstrações financeiras devem estar de acordo com os US GAAP - United States Generally Accepted Accounting Principles. Finanças Corporativas 15 Mercado financeiro. IMPORTANTE: O mercado financeiro é um ambiente de negociação de produtos financeiros. Como em toda negociação, existem duas partes, que possuem interesses parecidos e fecham um acordo. No caso de negociações no mercado financeiro, as partes são divididas em quem empresta dinheiro e quem toma emprestado para devolver com juros. No entanto, nem todas as relações são diretas. Se quiser saber tudo sobre o mercado de capitais, acesse esse outro guia completo. Quando você toma dinheiro emprestado do banco, por exemplo, na maioria dos casos, não há intermediador. Em mercados de valores mobiliários como títulos públicos, ações, fundos de investimentos, contratos futuros, derivativos, dois intermediadores possibilitam as operações, que nesse caso é a BM&FBOVESPA e a sua corretora de valores. Quem empresta, está investindo com um objetivo claro, conseguir uma ótima rentabilidade para o seu capital. Hoje, qualquer pessoa física ou jurídica pode investir em na maioria dos segmentos do mercado financeiro de forma prática. O que muitas pessoas não sabem e vamos revelar hoje é que até o dinheiro que você considera estar ‘parado’ na sua conta corrente, pode estar sendo usado pelo seu banco como recurso para empréstimo. Então, mesmo sem querer, você já faz parte do mercado financeiro. Neste texto, vamos falar tudo sobre o que é mercado financeiro e como ele funciona com dicas e exemplos. Finanças Corporativas16 Como Funciona o Mercado Financeiro Figura 1: Mercado financeiro Fonte: Freepik O mercado financeiro funciona de forma simples. É o alinhamento de interesses. Enquanto alguém tem dinheiro sobrando e precisa de rendimentos, outros precisam de dinheiro para fazer seus projetos andarem. No mercado financeiro, pessoas e empresas tomam e emprestam, de acordo com o momento. Para você participar desse mercado de forma ativa, precisa se planejar para fazer o dinheiro sobrar. Quem empresta, também pode ser visto como comprador, pois adquire o débito de uma empresa ou pessoa para receber o pagamento com juros. Como entender o mercado financeiro de forma descomplicada O sistema financeiro brasileiro é dividido em quatro grandes mercados. Confira a seguir: Finanças Corporativas 17 Mercado de câmbio VOCÊ SABIA? É nesse mercado que ocorre as trocas de moedas. Ele é fundamental para quem possui relações internacionais como grandes empresas exportadoras até pessoas físicas que viajam para fora do país. O Banco Central é um dos responsáveis pela administração, pela fiscalização e pelo controle dessas operações. Mercado monetário Aqui ocorrem todas as transações de curtíssimo prazo,normalmente, em até 24 horas. É nesse mercado que o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) habita. O CDI é uma referência de rendimento na renda fixa, que é uma taxa muito próxima da taxa básica de juros, a Selic. O CDI é a taxa que um banco cobra de outro por empréstimos com prazo de um dia. Eles fazem esses empréstimos para terminarem o dia com o caixa positivo. Essa é uma obrigação legal. Esse mercado é responsável pela liquidez da economia, e o Banco Central o regula e equilibra a oferta de moeda para que todos sempre consigam acessar o seu dinheiro. Mercado de crédito Esse é um mercado que cresce muito, principalmente em momentos de crise. Esse segmento capta dinheiro de investidores para emprestar a pessoas físicas e a empresas por uma taxa maior. Nesse mercado, estão conhecidos nossos como o cheque especial, o cartão de crédito, o empréstimo pessoal etc. Finanças Corporativas18 Mercado de capitais É sobre esse mercado que vamos tratar neste texto. Entender ele pode liberar você de pedir dinheiro emprestado e de depender dos outros mercados já citados. Quem domina o mercado de capitais, domina o seu próprio bolso e está muito próximo de se tornar rico. Isto é, poupar mais do que gasta, investir com a diferença e obter um bom lucro. O nome 'mercado de capitais' se dá porque as empresas precisam de capital para seus projetos. Por isso, elas emitem títulos de dívida. Como se fossem acordos, onde ela se compromete a pagar em um prazo e em troca disso, paga juros para os investidores. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é a principal reguladora desse mercado. Divisões do Mercado de Capitais Veja alguns segmentos do mercado financeiro de capitais. O mercado de capitais, como dito, é formado por corretoras de valores, bolsa de valores e instituições financeiras. Os principais ativos são: • Ações (dívidas em ordinárias e preferenciais); • Debêntures (títulos emitidos por sociedades anônimas); • Commercial Papers (título privado de curto prazo); • Opções sobre ações (direito de compra e venda de ações); • Mercado futuro (contratos e minicontratos); • Mercado de renda fixa. Existem muitas formas de entrar nesses mercados. O mais simples e conservador, onde indicamos que você construa uma reserva de emergência (poupança para resgate em casos urgentes), é o de renda fixa. Finanças Corporativas 19 RESUMINDO: O mercado de capitais está inserido no sistema financeiro da economia (poupança), em que os recursos são direcionados para o financiamento e manutenção do ambiente oorganizacional e criação de novos projetos (investimentos). Nesse mercado podemos ressatar a importância e a existência dos tipos de ações. Podemos entender que o funcionamento do mercado financeiro, que se faz por meio do alinhamento de interesses. Aprendemos que o nome “mercado de capitais” é devido a necessidade do capital para os projetos das empresas e é formado por corretoras de valores, bolsa de valores e instituições financeiras. Finanças Corporativas20 Método da taxa interna de retorno - TIR De acordo com Hoji (2006), a Taxa Interna de Retorno (TIR) é conhecida, também, como taxa de desconto do fluxo de caixa. A TIR é uma taxa de juros implícita em uma série de pagamentos (saídas) e recebimentos (entradas), que tem a função de descontar um valor futuro ou aplicar o fator de juros sobre um valor presente, conforme o caso, para trazer ou para levar cada valor do fluxo de caixa para uma data focal (data base de comparação de valores correntes de diversas datas). Geralmente, adota-se a data de início da operação – momento zero – como a data focal de comparação dos fluxos de caixa (NETO, 2006). A soma das saídas deve ser igual à soma das entradas, em valor da data focal, para se anularem (HOJI,2006). Segundo Neto (2006), normalmente, o fluxo de caixa no momento zero (fluxo de caixa inicial) é representado pelo valor do investimento, ou empréstimo ou financiamento; os demais fluxos de caixa indicam os valores das receitas ou das prestações devidas. Ainda de acordo com Hoji (2006), o conceito de TIR é utilizado para calcular a taxa de “i” quando existe mais de um pagamento e mais de um recebimento ou quando as parcelas de pagamento ou de recebimento não são uniformes. O método da Taxa de Retorno, usado para análise de investimentos, assume implicitamente que todos os fluxos intermediários de caixa são reinvestidos à própria TIR calculada para o investimento. O critério de decisão, quando a TIR é usada para tomar decisões do tipo “aceitar- rejeitar”, é o seguinte: Se a TIR for maior que o custo de capital (taxa mínima de atratividade), aceita-se o projeto; se for menor, rejeita-se o projeto. Esse critério garante que a empresa obtenha, pelo menos, sua taxa requerida de retorno. Esse resultado deveria aumentar o valor de mercado da empresa e, consequentemente, a riqueza dos seus proprietários (GITMAN, 2002). Entre duas alternativas econômicas com TIR diferentes, a que apresentar maior taxa representa o investimento que proporciona o maior retorno. A TIR não deve ser confundida com a taxa mínima de atratividade que o valor investido deverá proporcionar para que o investimento seja interessante (HOJI, 2006). A taxa interna Finanças Corporativas 21 de retorno, apesar de ser consideravelmente mais difícil de calcular à mão do que o VPL (Valor Presente Líquido – outro método de análise de investimentos) é possivelmente a técnica sofisticada mais usada para a avaliação de alternativas de investimentos. Como a TIR é a taxa de desconto que faz com que o VPL de uma oportunidade de investimento iguale-se a zero (já que o valor presente das entradas de caixa é igual ao investimento inicial), matematicamente, a TIR é obtida resolvendo-se a Equação 1 para o valor de k que torne o VPL igual a zero (GITMAN, 2002). (1) Onde: K = custo de capital da empresa, FC = valor presente das entradas de caixa II = investimento inicial e (2), onde: FCt – valor presente das entradas de caixa;nI0 – investimento inicial; k – taxa de desconto (igual ao custo de capital de empresa); t – tempo de desconto de cada entrada de caixa; n - tempo de desconto do último fluxo de caixa. De acordo com Gitman (2002) a TIR pode ser calculada tanto por tentativa e erro como se recorrendo a uma calculadora financeira sofisticada ou a um computador. RESUMINDO: Hoji (2006), destaca que a Taxa interna de Retorno (TIR) é conhecida como taxa de desconto do fluxo de caixa, que tem a função de participar de pagamentos (saídas) e recebimentos (entradas), como descontar um valor futuri ou aplicar o fator de juros sobre um valor presente. O método da Taxa de Retorno, usado para análise de investimentos, assume implicitamente que todos os fluxos intermediários de caixa são reinvestidos à própria TIR calculada para o investimento. Finanças Corporativas22 Mensuração do risco de captar recursos no mercado financeiro Em todas as crises econômicas mundiais já vividas, grande parte dos administradores das instituições financeiras mundiais, tem tomado ciência, que necessitam de maiores controles financeiros para poderem melhor mitigar os riscos inerentes aos seus investimentos, para evitar prejuízos, que podem ser irreversíveis para a instituição. Segundo Fernando Tostes (2007.p.40): O gerenciamento financeiro e a mensuração de lucro, até então com base na contabilidade por regime de competência, deram lugar ao gerenciamento de risco calçado na avaliação de posições Mark-to-market (valor de mercado) com a implantação de frequentes reavaliações. Os administradores se tornaram mais preocupados em captar rapidamente e em estimar o efeito potencial das alterações de mercado no valor de suas posições de carteira. De acordo com Crouhy et al (2001), os administradores vêm ao passar dos anos aperfeiçoando suas técnicas e buscando melhores ferramentas para servir de auxílionos seus investimentos, para que possam ter melhor acompanhamento do mercado e terem mais segurança nas operações realizadas, logo podendo ter os melhores investimentos e gerando um maior controle dos riscos e melhores resultados. Sendo assim é de extrema importância uma informação correta e precisa, pois, através da geração da melhor informação os administradores podem tomar suas decisões com mais precisão para evitar erros que podem resultar em perdas financeiras. As instituições financeiras são participantes ativas do mercado e tem suas particularidades na leitura dos acontecimentos internos e externos que podem impactar ou não na carteira de ativos. E é através dos seus administradores que tem a responsabilidade de se tomar a Finanças Corporativas 23 decisão final, mas essa decisão deve ser embasada com o auxílio de conjunto de departamentos que colhem as informações, estudam, planejam e mitigam até poderem ter a certeza para tomada de uma melhor decisão. Logo, cada participante do mercado procura uma melhor maneira de aplicar seus recursos, para que possam levar vantagens sobre a volatilidade do mercado, uma vez que se tem como objetivo em melhorar cada vez mais seus investimentos. A gestão de risco, tem como finalidade de gerenciar os riscos que uma instituição pode correr em seus investimentos e vai, além disso, pois é uma ferramenta que lhe proporciona limitar os riscos que podem ser ocorridos, margeando em percentual de ganho, de risco e de volatilidade (REILLY e NORTON, 2008). Value at Risk (VaR) – Valor em Risco Figura 2: Valor em risco Fonte:Freepik O gerenciamento de risco de mercado faz uso de inúmeras ferramentas para melhor mitigação do risco inerente a cada operação realizado no mercado financeiro, como já relatado neste estudo sobre os riscos que compõem o risco de mercado (DOWD, 1998). A aplicação do risco pode ser quatro diferentes tipos de mercado sendo: Mercado Finanças Corporativas24 Acionário, Mercado de Câmbio, Mercado de Juros e Mercado de Commodities (Agropecuárias), dentre os diversos métodos de estimação de risco de mercado, o mais comum usado na gestão do risco para mensurar possíveis perdas no mercado financeiro é o Value-at-Risk (VaR). As crises financeiras já ocorridas no mundo, é que levaram a grandes perdas financeiras e quebra de algumas instituições, teve como parcela a falta de conhecimento dos riscos que estavam envolvidos nas operações, sem controles adequados e boa administração de risco. O surgimento da técnica (VaR) segundo Guasti (2016, p.102), “o termo Value at Risk surgiu no final dos anos 1980 e Till Guldimann pode ser considerado o criador dele, quando era responsável pela pesquisa global do J.P. Morgan”. Neste período tinha como preocupação de gerenciar os riscos em operações com derivativos, e começou a se ter a ideia de mensurar os valores em risco nas operações, ao invés de apenas se importar com os retornos que se esperava sobre os investimentos. Segundo Guasti (2016, p.102): Foi quando G-30, grupo formado por representantes do setor financeiro público e privado e por membros do ambiente acadêmico, organizou um evento para discutir princípios ótimos de administração do risco, e o termo Value at Risk foi introduzido no relatório do G-30 publicado em julho de 1993. Depois desses encontros e de várias discussões, surgiu essa importante ferramenta que foi aperfeiçoada ao passar dos anos e usada até os dias de hoje. O surgimento desta técnica hoje é considerado como uma importante ferramenta na gestão de risco de mercado, e foi dado o nome de Value at Risk (VaR) com o conceito de estimação da perda máxima esperada, dentro de um período e a um dado nível de confiança. O VaR é um determinado valor que representa, para uma carteira de ativo, a perda máxima esperada proveniente dos riscos de mercado para um período pré-estabelecido e com uma possibilidade de ocorrência (JORION, 2010). O gestor de risco procura prever estatisticamente a variação máxima do valor de mercado de um portfólio em um tempo “n” pré-estabelecido, uma vez que o período estabelecido pode ocorrer Finanças Corporativas 25 à liquidação da posição. Tostes (2007, p. 91 apud JPMORGAN, 1996, P.28) dizem “medida de perda máxima estimada em valor de mercado, de uma dada posição, que se poderá incorrer até que a posição seja neutralizada”. A praticidade do VaR é a sua utilização em uma série de propósitos. Como diz Jorion, 2003: • Fornece informações dos riscos de uma operação, que é de uma utilidade para alta gerência e acionistas; • Define limites para as operações, que ajuda na decisão aonde se alocar o capital disponível; • Estabelecimento de uma associação entre o desempenho dos operadores e o risco por eles assumidos. O primeiro passo para medir o VaR se dá através da escolha do horizonte temporal e do nível de confiança. Com estas duas variáveis em posse, de certa forma, arbitrárias e essas escolhas devem ser orientadas de acordo com o objetivo no qual o indivíduo e/ou a instituição pretende com VaR. Conforme Alexander (2008b) o uso da estatística e de estrema importância para estimar o VaR, pois é através de estimativas estatística baseada em dados históricos o número obtido, deverá ser interpretado com conhecimento de algumas variáveis, sendo: prazo considerado na computação do VaR; o horizonte de tempo abrangendo os dados históricos; período da posição (holding period); a qualidade das correlações, quando o VaR envolver múltiplos instrumentos; e o intervalo de confiança usado (TOSTE, 2007). Jorion (2010) VaR Absoluto e VaR Relativo, tendo como definição do VaR Absoluto em sua composição em unidades monetárias ($) da sua perda máxima esperada em determinado período de tempo com certo nível de confiança e em condições onde o mercado se encontra-se normal e dada em termos absolutos a partir do valor atual do investimento. De acordo com Molicca (1999), a formulação para o VaR(absoluto) é: Finanças Corporativas26 Em que R período é o retorno médio do período do ativo, xZa% é o nível de confiança para o cálculo do VaR, e xo período é o risco do ativo. A equação do VaR absoluto pode ser simplificada, que coloca em evidência o valor do investimento. Assim: IMPORTANTE: Deve-se ter o devido cuidado com a expressão acima, pois ela considera o valor do Z negativo. Caso o investidor queira considerar o Z positivo deverá acertar a expressão pelas regras de sinais da matemática. Conforme RiskMetrics (1996), a medida do VaR Relativo tem sua composição em a aderência do mercado financeiro ao cálculo do VaR, que a técnica foi desenvolvida a fim pode-se ter a sua determinar da seguinte forma: VaR(relativo) = - Investimento x Za% x Operíodo Em que Za% é o nível de confiança o cálculo do VaR, e O período é o risco do ativo. Finanças Corporativas 27 Riscos da carteira de investimentos Figura 3: Riscos da carteira e investimentos Fonte: Freepik Em se tratando de mercado financeiro as análises são extensas e prioritárias por segmento mediante a escolha do usuário, sendo assim a escolha de base para análise dos dados terá como auxílio o índice IBOVESPA para servir de termômetro das oscilações ocorridas no período que foi realizado a análise. Finanças Corporativas28 Gráfico 1 – Índice Ibovespa de 2014 a 2016 Fonte: Elaborado pelos autores - Disponível em: http://bvmf.bmfbovespa.com.br/indices/ ResumoVariacaoAnual.aspx?Indice=IBOV&idioma=pt-br Em análise do Gráfico 1, pode-se perceber que no início do ano de 2014 a bolsa brasileira marcava a faixa de 50.000 pontos, que obtendo uma ligeira queda até o primeiro trimestre do ano, se recuperando nos meses seguintes chegando ao mesmo ano a romper a barreira dos 60.000 pontos, lembrando que neste referido ano ocorreu alguns grandes eventos impactantes para o mercado sendo o evento esportivo Copa do Mundo de Futebole Impeachment da presidente Dilma. Já o ano de 2015 foi um ano de oscilações e muita instabilidade para o mercado financeiro brasileiro, uma vez que se houveram eventos que afetaram diretamente a economia; como se destaca “Operação Lava Jato, Perda do Selo de Bom Pagador”, dando-se sequência no desastre financeiro no mercado brasileiro no ano de 2016. Este breve histórico da crise financeira vivida pelo mercado brasileiro nos anos de 2014 a 2016 contextualiza e confirma o ambiente instável que se encontrava a economia brasileira, que representa cenários de grande interesse para se testar como o uso do gerenciamento de risco e de uma ferramenta de grande valia é que pode ajudar na mitigação dos riscos que o mercado financeiro pode colocar a frente dos investimentos. Segue abaixo o Quadro 2 com demonstrativo da carteira de investimento. Finanças Corporativas 29 QUADRO 1 - Informações gerais da carteira de investimento Fonte: Elaborado pelos autores - Disponível em: http://bvmf.bmfbovespa.com.br/indices/ ResumoCapitalizacaoBursatil.aspx?Indice=IBOV&idioma=pt-br. Ativo da Carteira Produto Vencimento Prazo DF - Vencimento Útil Quantidade Preço do Ativo Financeiro do Ativo Renda fixa CDB_CDI - RF 19/02/2019 534 1,00 110.686,21 110.686,21 Renda fixa CDB_CDI - RF 18/02/2019 533 1,00 122,226,09 122,226,09 Ações BVMF3 - - 362.700,00 16,50 5.984.550,00 Ações CTIP3 - - 161.596,00 44,60 7.207.181,60 Ações PETR4 - - 20.000,00 14,87 297.400,00 Moeda EURO - EUR - - 372.965,22 3,44 1.282.403,61 Moeda Libra Estelina - GBP - - 50.375,26 4,04 203.334,70 Moeda Dolar Americano - USD - - 263.637,60 3,26 859.221,30 Total 16.067.003,51 Retorno da Carteira de Investimentos Os retornos que da carteira tiveram muito picos de alta e de baixa devido aos grandes acontecimentos no que tange ao lado econômico, financeiro e principalmente político do Brasil, lembrando que no ano de 2014, logo depois de grande evento esportivo ocorrido no Brasil no caso a “Copa do Mundo”, houve escândalo envolvendo a estatal Petrobras sendo investigados grandes políticos e empresários brasileiros. Podemos lembrar, que neste mesmo ano houve eleições presidenciais, algo que influenciou muito no mercado financeiro. Diante dos fatos ocorridos a carteira de investimento apresentou os seguintes retornos conforme Gráfico 2. Finanças Corporativas30 Gráfico 2 – Comparativo Retornos Carteira 2014 X Ibovespa 2014 Fonte: Elaborado pelos autores - Disponível em: http://bvmf.bmfbovespa.com.br/indices/ ResumoTaxaMediaCrescimento.aspx?Indice=IBOV&idioma=pt-br. O Gráfico 2, permite perceber que, os retornos do ano de 2014 no período de fevereiro apresentou tendência de alta, rompendo a linha resistência dos retornos no primeiro trimestre, mantendo-se os retornos com tendências laterais, demonstrando retornos estáveis da carteira. Destaque nas oscilações no quarto trimestre, que as tendências de alta e de baixa dos retornos foram instáveis, demonstrando os maiores retornos e as piores perdas que a carteira sofreu na amostragem do ano de 2014. O Gráfico 3 em comparação ao índice Ibovespa que, no período de abril a maio, houve por parte da bolsa brasileira, uma elevação do índice que chega a ultrapassar a barreira dos 53.000 mil pontos e ocorrem no mesmo período por parte dos retornos da carteira uma estabilidade, não havendo acompanhamento dos investimentos com a tendência do mercado. Finanças Corporativas 31 Gráfico 3 – Comparativo Retornos Carteira 2015 Versus Ibovespa 2015 Fonte: Elaborado pelos autores - Disponível em: http://bvmf.bmfbovespa.com.br/indices/ ResumoTaxaMediaCrescimento.aspx?Indice=IBOV&idioma=pt-br. NOTA: Conforme pode se verificar no Gráfico 3, a tendência dos retornos rompeu a linha de resistência que acompanhava os retornos, levando a se ter um retorno muito expressivo, que ocorrem no final do referido ano um rompimento na linha de resistência, demonstrando que a carteira acompanhou o declínio do mercado para o final do semestre. O Gráfico 4 demonstra as oscilações dos retornos com vários bicos de altas e de baixas no primeiro trimestre, os retornos acompanharam as tendências de alta do mercado, mantendo oscilações padronizadas que rompiam ganhos e perdas financeiras de R$ 200.000,00. Finanças Corporativas32 Gráfico 4 – Comparativo Retornos Carteira 2016 x Ibovespa 2016 Fonte: Elaborado pelos autores - Disponível em: http://bvmf.bmfbovespa.com.br/indices/ ResumoTaxaMediaCrescimento.aspx?Indice=IBOV&idioma=pt-br. Cabe ressaltar que no final do quarto trimestre o índice Ibovespa manteve sua tendência de alta, não ocorrendo com os retornos no mesmo período, demonstrando que os ativos contidos não apresentaram acompanhamento do mercado. RESUMINDO: Devido aos fatores econômicos ocorridas no contexto globalizado, os administradores têm conhecimentos, que necessitam de maiores controles financeiros para minizar os riscos inerentes aos investimentos, para evitar prejuízos e possíveis prejuízos que podem se tornar irreversíveis para às organizações. Com isso, as técnicas se aperfeiçoam e surgem novas ferramentas, na realização de operações, que auxiliam o acompanhamento do mercado financeiro, para obtenção de melhores resultados e controle dos riscos. Aprendemos que as instituições financeiras devem ser participantes ativas nesse mercado, tanto no ambiente interno como externo. Finanças Corporativas 33 Momento de decisão de capitalização das empresas IMPORTANTE: As decisões financeiras de empresas inseridas em economias em desenvolvimento, requerem uma reflexão mais crítica de seus aspectos conflitantes e exigem uma adaptação a realidade dos negócios. O processo de tomada de decisões reflete a essência do conceito de Administração. Administrar é decidir, e a continuidade de qualquer negócio depende da qualidade das decisões tomadas por seus administradores nos vários níveis organizacionais. E essas decisões, por sua vez, são tomadas com os dados e as informações viabilizados pela Contabilidade, levantados pelo comportamento do mercado e do desempenho interno da empresa. No entanto, este processo decisório, essencial ao sucesso de toda empresa, assume complexidade e risco cada vez maiores na economia brasileira. Desequilíbrios nas taxas de juros, desajustes de mercado, ausência de poupança a longo prazo, intervenções frequentes nas regras da economia, entre outros aspectos, e exigem uma capacidade mais analítica e questionadora das unidades decisórias. Conceitos financeiros consagrados em outros ambientes costumam encontrar enormes dificuldades de adaptação em nossa realidade empresarial, que demandam um conjunto de ajustes e de reflexões nem sempre seguidos pelo mercado. Este artigo, basicamente, tem por finalidade discutir as decisões financeiras das empresas no contexto econômico brasileiro, que refletem sobre seus aspectos mais críticos e conflitantes. O artigo começa com uma avaliação das decisões de investimento e de financiamento adotadas convencionalmente pela Administração financeira, que promovem, com esta estrutura padrão, questionamentos e análises concernentes a sua adoção pela empresa nacional. Finanças Corporativas34 As decisões financeiras Qualquer que seja a natureza de sua atividade operacional, uma empresa á avaliada como tomadora de duas grandes decisões: decisão de investimento – aplicação de recursos; e decisão de financiamento – captação de recursos. Uma terceira decisão, que envolve a alocação do resultado líquido da empresa, também conhecida por decisão de dividendos, é geralmente incluída na área de financiamento, por representar, em última análise, uma alternativa de financiar suas atividades. Estas decisões são tomadas pelas empresas de forma contínua e inevitável. As decisões de investimento envolvem todo o processo de identificação, de avaliação e de seleção das alternativas de aplicaçõesde recursos, conforme identificadas nos Ativos. As decisões de financiamento, por seu lado, envolvem a definição da natureza dos fundos aplicados, ou seja, a estrutura das fontes de capital demandadas pelas decisões de investimento. As duas grandes áreas decisórias da empresa devem ser apresentadas de maneira bastante integradas entre si. Enquanto as decisões de financiamento descrevem as taxas de retorno exigidas pelos detentores de capital, as oportunidades de investimento centram suas preocupações nos retornos esperados. Estabelece-se, em essência, um portfólio de oferta de fundos disponíveis para investimento e outro de alternativas de aplicação de valores, que se verifica uma relação inversa entre a taxa de retorno esperada e o custo de financiamento. A integração descrita entre as áreas de decisão das empresas ocorre inclusive com a política de dividendos. Uma decisão de reter os lucros para reinvestimento implica, necessariamente, na avaliação de que o retorno gerado pela empresa supera ao ganho que o acionista poderia obter ao dispor de seus lucros. Logo, a reaplicação dos resultados líquidos pela empresa é economicamente melhor justificada quando o retorno prometido pelos negócios superar as taxas oferecidas por outras oportunidades equivalentes de investimento. Neste inter- relacionamento entre as decisões de investimentos e de dividendos, é interessante observar que as oportunidades de aplicações de fundos Finanças Corporativas 35 dos investidores (pessoa física) não coincidem com as alternativas de investimento disponíveis às empresas. Por outro lado, a inter-relação entre as decisões de financiamento e a de distribuição dos lucros se verificada pela opção da empresa em manter maior ou melhor volume de capital próprio, que financiam seus investimentos. Em verdade, a decisão de dividendos é uma decisão de financiamento mediante capital próprio ao reter resultados, ou capital de terceiros ao distribuir resultados. Apesar destes aspectos esclarecedores de integração das decisões financeiras, a hipótese adotada de perfeição no mercado de capitais leva a uma separação em seus estudos. Para esta concepção mais teórica das finanças das empresas, assume-se, implicitamente, a ideia de que é permitido aos acionistas manterem uma carteira de ativos representativa da carteira de investimentos decididos pela empresa. Com relação a este assunto, Modigliani & Miller (1963) demonstram em seu famoso artigo publicado que a empresa não se valoriza pelo uso, mesmo que bastante sensato, de capital de terceiros. Não existe, em verdade, uma combinação econômica ótima em termos de maximização do valor da empresa, entre capitais próprios e de terceiros, em que a empresa avaliada prioritariamente com base na qualidade de suas decisões de investimento. Em outras palavras, o valor de uma empresa independe da forma como ela é financiada, sua riqueza é mensurada pela qualidade de seus investimentos, obtida pela relação de equilíbrio entre retorno e risco esperados, não sofre penalizações à medida que o endividamento aumenta. Portanto, nenhum ativo pode se tornar mais ou menos atraente, do ponto de vista econômico, como reflexo de uma decisão de financiamento tomada. Como consequência, ainda, a taxa de atratividade da empresa, definida pelo custo de suas fontes de recursos, tem seu percentual estabelecido independente da estrutura de capital apresentada, mantendo-se inalterada em todos os níveis de endividamento. Com isto, as ideias propostas por Modigliani & Miller (1963) descartam a possibilidade da empresa formar uma composição de financiamento tida como ótima, ou seja, aquela estrutura que leva a minimização do custo de capital da empresa e, por conseguinte, à maximização dos resultados de suas aplicações. Finanças Corporativas36 Em essência, esta proposição baseia-se na hipótese abordada anteriormente de mercado perfeito, na qual os investidores podem reproduzir a mesma estrutura de capital mantida pela empresa. Todas as alternativas disponíveis à uma empresa, também é oferecida aos seus proprietários, que podem reproduzirem suas decisões. Logo, o valor de duas empresas absolutamente iguais, exceto na forma como são financiadas, tem que ser o mesmo. Nas empresas mais endividadas e, por consequência, com maior risco financeiro, os acionistas são levados a aumentar a taxa de capitalização de suas aplicações, que compensam a presença de recursos de terceiros supostamente mais baratos. Em empresas mais capitalizadas, ao contrário, a taxa de capitalização utilizada é menor, como reflexo de um maior nível de segurança e permite que a média ponderada entre os fundos próprios e de terceiros permaneça no mesmo patamar de uma empresa endividada. Desta maneira, a linha do custo do capital total da empresa não se altera diante das mudanças na divisão entre capital próprio e de terceiros. O seu valor é constante, que é formado independentemente do nível de endividamento assumido pela empresa. Alterações, que venham a ocorrer na estrutura de capital não promovem efeitos sobre o valor da empresa, que prevalece o processo compensatório descrito, envolve fundos de terceiros e próprios. A proposição de Modigliani & Miller (1963) foi empiricamente demonstrada em diversos trabalhos publicados, ressaltando-se sempre a sua importância, em condições próximas ao de mercado perfeito. Diante da reconhecida presença de imperfeições no mercado, vários argumentos surgiram em debate, que torna mais polêmica a questão da independência entre o valor da empresa e a sua estrutura de capital. Uma proposição adicional dos autores, sinaliza para a economia de imposto de renda promovida pelas despesas financeiras como a vantagem do uso de capital de terceiros mais baratos. Esta polêmica de mercado perfeito é bastante acirrada no Brasil, principalmente, diante da presença de taxas de juros diferenciadas determinadas pela natureza da fonte de financiamento, e não pelo risco oferecido pela decisão de crédito. Em verdade, não é o risco da operação que a priori define o Finanças Corporativas 37 custo do dinheiro; em grande parte, o encargo financeiro é definido pela natureza do recurso. Recursos provenientes de agentes oficiais de crédito (o sistema BNDES, por exemplo, principal fonte de dinheiro a longo prazo na economia), são oferecidos, em geral, a taxas inferiores às livremente praticadas no mercado. Estas alternativas de financiamento oficial costumam proporcionar, ainda, condições de amortização bastante atraentes, comparadas com outras linhas de crédito, principalmente pelo prazo e pela carência concedidos. Nestas condições, determinada decisão de alocação de capital, se rejeitada quando cotejada com as taxas de juros e condições correntes de mercado, pode se apresentar atraente se financiada com recursos oficiais, caracteristicamente subsidiados e de prazos mais longos. De forma, incoerente, para a teoria de finanças, em algumas decisões não é a qualidade econômica do investimento que define com exclusividade o valor dos ativos, mas também a forma como ele é financiada, que pode a estrutura de capital selecionada alterar a própria atratividade do investimento. Este desajuste presente desde a década de 70, no mercado de capitais brasileiro invalida, ainda, qualquer tentativa de se chegar a uma estrutura de capital definida como ótima, ou seja, aquela composta de recursos que promovem um menor custo médio ponderado de capital e, por consequência, uma maximização do resultado. A reta do custo do capital de terceiros, contínua e convencionalmente ascendente em relação ao risco assumido pela empresa, revela-se segmentada diante da natureza da fonte de financiamento. Os recursos podem ser captados a taxas de mercado em encargos subsidiados (recursos oficiais) ou, ainda, com custos acima dos parâmetros médios de mercado(captações com variação cambial em diversos momentos, leasing etc.). Logo, é impossível a uma empresa, inserida neste contexto de descontinuidade da linha do capital de terceiros, definir seu nível adequado de endividamento sem o conhecimento prévio dos encargos e das condições das fontes selecionadas de financiamento. Os passivos, ainda, costumam ser indexados pelo uso de diferentes taxas e de fatores (variação cambial, TJLP etc.), que promovem alterações relevantes na estrutura de capital e, portanto, no risco financeiro da empresa. Finanças Corporativas38 Conceito e avaliação dos resultados operacionais e a interdependência econômica das decisões Figura 4: Avaliação dos resultados Fonte: Freepik Todo o arcabouço conceitual das decisões financeiras, conforme discutido no item anterior, tem sua avaliação fundamentada pelos resultados operacionais. Através do desempenho econômico do empreendimento, o lucro operacional define os limites de remuneração das fontes de capital da empresa; as decisões de investimento são avaliadas, de maneira incremental, por valores esperados de fluxos de caixa operacionais, e assim por diante. O indicador do retorno sobre o total investimento empresarial (ROI) é medido, basicamente, pela relação entre o resultado gerado pelos ativos – interpretado como operacional – e o montante dos investimentos realizados, gerador do resultado operacional. Esta medida baseada em resultados provenientes da atividade objeto da empresa, quantifica o retorno Finanças Corporativas 39 produzido pelas decisões de investimento, e permitem que se proceda pelos valores apurados a uma avaliação sobre a atividade econômica do empreendimento que define, inclusive, a atratividade e as condições de sua continuidade. Por outro lado, o desempenho do ROI sinaliza também as decisões de financiamento, principalmente em relação ao custo de captação (ki). O percentual do ROI deve constituir-se no nível máximo de custo dos passivos empresariais de forma a viabilizar economicamente suas decisões. Empresas com spread desfavorável (ROI < ki) sacrificam diretamente o retorno de seus proprietários além de promoverem, ao longo do tempo, o próprio desequilíbrio financeiro. Assim, para a tomada de decisão de financiamento de dois fatores devem ser considerados: (a) econômico, avaliado a partir da relação entre o retorno do investimento e o custo de captação. A agregação do valor econômico em uma empresa e, consequentemente, a sua valorização de mercado, se verifica quando o lucro operacional, apurado em um determinado momento, superar o custo total de capital da empresa, e; (b) financeiro, identificado pela sincronização entre a capacidade de geração de caixa de negócios e a planilha de desembolsos exigidos pelos passivos. O equilíbrio financeiro de uma empresa pressupõe uma interdependência de prazos entre ativos e passivos, ou seja, a maturidade das decisões de investimentos deve ser compatível no tempo com as decisões de financiamento. O retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL), outro indicador de desempenho, é mensurado diretamente pela relação entre o lucro líquido e o montante do capital próprio utilizado na apuração deste resultado. Sempre que o RSPL superar ao ROI, denota que a empresa alavanca de modo favorável os resultados de seus proprietários mediante o uso de recursos de terceiros mais baratos em relação ao retorno que produzem. Indica, em outras palavras, uma agregação de valor ao retorno dos proprietários medida pelo diferencial positivo entre as taxas de aplicação e de captação. Empresas que apuram um ROI maior que o RSPL revela, por outro lado, uma estrutura de financiamento onerosa em Finanças Corporativas40 relação ao retorno que estes passivos podem gerar, devendo esse custo em excesso ser coberto pelos lucros dos proprietários. Dentro de uma configuração mais analítica proposta por Martins (1984), a formação do retorno do capital próprio pode ser entendida a partir de três indicadores de retorno, ou seja: a) retorno sobre o investimento operacional (ROI); b) spread formado pelas decisões financeiras (ROI-ki); c) nível de endividamento (passivo/patrimônio líquido). Inexistindo dívidas de financiamento, o retorno do patrimônio líquido é o próprio retorno do ativo (investimento). A alavancagem ao retorno dos proprietários ocorre pela participação na estrutura de capital de fundos de terceiros captados a um custo inferior ao retorno que deles se pode obter, ou seja, quando a empresa constitui um spread favorável. Nestas condições, o risco de endividamento pode promover melhor remuneração ao investimento dos proprietários, que alavanca seu retorno por conta de taxas de juros mais baixas. Esta expressão mais analítica de retorno do investimento próprio, que incorpora as variáveis operacionais discutidas, apresenta-se da seguinte forma: RSPL = ROI + (ROI – ki) x P/PL Sendo: P o total do passivo oneroso (passivo de financiamento) gerador de encargos financeiros; e PL, o montante do patrimônio líquido. Em outras palavras, o retorno dos proprietários é igual ao retorno gerado pelo total do investimento, acrescido de um spread determinado pelas decisões financeiras e ponderado pelo grau de endividamento. Neste contexto de avaliação, é possível identificar a origem de um efeito econômico desfavorável à empresa. Um resultado líquido negativo pode ser explicado por problemas em seu desempenho operacional, ou por uma estrutura de capital bastante endividada e onerosa. A identificação exata da origem do problema observado é, muitas vezes, a razão da predominância da empresa em seu setor de atividade. É inócua a tentativa de capitalizar uma empresa com prejuízo operacional. Em verdade, problemas no ROI devem ser solucionados Finanças Corporativas 41 através de decisões de ativos, que envolve principalmente aspectos de giro e de margem, e não de estrutura de capital. Da mesma forma, empresas com resultado operacional positivo, porém, apurando resultado líquido negativo, relevam uma estrutura de capital inadequada aos rendimentos promovidos por sua atividade. O endividamento é alto e caro em relação ao retorno produzido pelos seus investimentos, consumindo parte da remuneração dos proprietários. De forma esquemática, podem ser identificadas quatro possíveis estruturas de resultados nas empresas, conforma ilustradas a seguir: Estrut. A Estrut. B Estrut. C Estru. Resultado Op. + + - - Resultado Líq. + - - - Admitindo-se como satisfatório o resultado positivo, e como insatisfatório o resultado negativo, as hipóteses sugeridas podem ser interpretadas consoante a natureza de seus problemas. O desempenho da estrutura A revela uma atratividade, tanto econômica como financeira, no desempenho da empresa. A atividade objeto da empresa apresenta-se lucrativa, o que se descortina pela apuração de um resultado operacional positivo. A presença de um resultado líquido também positivo, demonstra que o endividamento da empresa não foi capaz de prejudicar seu desempenho operacional e permite a apuração de um lucro líquido satisfatório. A viabilidade econômica demonstrada por uma empresa pode, ainda, ser alavancada pela presença de um custo passivo inferior ao rendimento produzido pelos ativos, que incrementa a rentabilidade dos proprietários. O caso descrito na estrutura de resultados B revela uma empresa que não produz um retorno operacional compatível com os encargos contratados de seus passivos. Em verdade, o custo do dinheiro captado por esta empresa é elevado para os seus padrões de retorno do investimento, determinado, em razão do montante acumulado da dívida, um resultado líquido negativo. A explicação desta situação Finanças Corporativas42 desfavorável encontra-se fundamentalmente na decisão de estrutura de capital da empresa, em que estão as possíveis alternativas que podem serimplementadas para a retomada dos lucros. Se o desempenho operacional dos ativos estiver dentro dos padrões normais, a reversão desta posição fixa-se necessariamente na reestruturação dos passivos, avaliando-se sua maturidade, seus custos e a natureza de seus elementos. A empresa sugerida na estrutura C, ao apurar resultados (operacional e líquido) negativos, denota claramente problemas de inviabilidade econômica e financeira. Em essência, o negócio da empresa é deficitário e sua preocupação, que envolve as causas deste desempenho passa, necessariamente, pelas decisões de ativo. Devem ser consideradas, a priori, as decisões que envolve preços, formação de custos, produtividade operacional, tecnologia, giro dos investimentos, política de estocagem etc. A preocupação com os passivos pode ser concomitante à avaliação das decisões operacionais, porém, a origem natural dos problemas não se localiza no endividamento. Os encargos das dívidas apenas agravaram os prejuízos, não sendo responsáveis exclusivos pelas suas gerações. Tanto isto é verdade que, se a empresa viesse a substituir integralmente seus passivos onerosos por capital próprio, que elimina de modo integral suas despesas de juros, ainda assim apuraria prejuízos em razão do desempenho operacional negativo. A estrutura D reflete uma situação típica da economia brasileira em períodos de altas taxas de inflação. As empresas, de uma maneira geral, formam nestes momentos seus lucros relevantes pela geração de um ciclo de caixa superavitário. Ao realizar financeiramente suas vendas, antes dos desembolsos operacionais, produzem saldos de caixa positivos que alavancam, mediante aplicações especulativas no mercado, expressivos resultados. A formulação analítica do retorno do proprietário permite que se avalie, ainda os impactos das estratégias financeiras formuladas por uma empresa sobre o seu valor: operacional, de investimento e de financiamento. A estratégia operacional é estabelecida através da relação giro versus a margem, que envolvem decisões de preços, Finanças Corporativas 43 produção, estocagem, políticas de compra e de vendas, escala etc. A estratégia de investimento revela a competência da empresa em identificar alternativas que promovam um retorno superior ao custo de oportunidade do capital investido. A estratégia de financiamento avalia o custo e a estrutura de capital e o risco financeiro da empresa. No contexto da capitalização das empresas, é necessário tomadas de decisões, que vão impactar na administração empresarial. Aprendemos que indenpendente da natureza da atividade operacional, a empresa precisa tomar decisões, nos momentos: do investimento, que é a aplicação de recursos; de investimento, que é a captação de recursos e que pode envolver uma outra decisão, que envolve a alocação do resultado líquido da empresa. As decisões tomadas pelas empresas precisam ser de forma contínua e inevitável. Todas as decisões financeiras, tem que se fundamentar pela avaliação por meio dos resultados operacionais e através do desempenho econômico do empreendimento organizacional. RESUMINDO: E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema desse estudo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que o mercado de capitais está inserido no sistema financeiro da economia (poupança), em que os recursos são direcionados para o financiamento e manutenção do ambiente oorganizacional e criação de novos projetos (investimentos). Nesse mercado podemos ressatar a importância e a existência dos tipos de ações. Podemos entender que o funcionamento do mercado financeiro, que se faz por meio do alinhamento de interesses. Aprendemos que o nome “mercado de capitais” é devido a necessidade do capital para os projetos das empresas e é formado por corretoras de valores, bolsa de valores e instituições financeiras. Observou- se também que Hoji (2006), destaca que a Taxa interna de Retorno (TIR) é conhecida como taxa de desconto Finanças Corporativas44 do fluxo de caixa, que tem a função de participar de pagamentos (saídas) e recebimentos (entradas), como descontar um valor futuri ou aplicar o fator de juros sobre um valor presente. O método da Taxa de Retorno, usado para análise de investimentos, assume implicitamente que todos os fluxos intermediários de caixa são reinvestidos à própria TIR calculada para o investimento. Verificou-se, que devido aos fatores econômicos ocorridas no contexto globalizado, os administradores têm conhecimentos, que necessitam de maiores controles financeiros para minizar os riscos inerentes aos investimentos, para evitar prejuízos e possíveis prejuízos que podem se tornar irreversíveis para às organizações. Com isso, as técnicas se aperfeiçoam e surgem novas ferramentas, na realização de operações, que auxiliam o acompanhamento do mercado financeiro, para obtenção de melhores resultados e controle dos riscos. Aprendemos que as instituições financeiras devem ser participantes ativas nesse mercado, tanto no ambiente interno como externo. E por fim, é importante, ressaltar que no contexto da capitalização das empresas, é necessário tomadas de decisões, que vão impactar na administração empresarial. Aprendemos que indenpendente da natureza da atividade operacional, a empresa precisa tomar decisões, nos momentos: do investimento, que é a aplicação de recursos; de investimento, que é a captação de recursos e que pode envolver uma outra decisão, que envolve a alocação do resultado líquido da empresa. As decisões tomadas pelas empresas precisam ser de forma contínua e inevitável. Todas as decisões financeiras, tem que se fundamentar pela avaliação por meio dos resultados operacionais e através do desempenho econômico do empreendimento organizacional. Finanças Corporativas 45 BIBLIOGRAFIA DOWD, K Beyond. Value at Risk: The new science of Risk Management. [S.I.]: West Sussex: John Wiley & Sons, 1998. CROUHY, Michel, GALAI, Dan, MARK, Robert. Gerenciamento de Risco: Abordagem Conceitual e Prática. 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