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CURSO PREVIDENCIARIO

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Introdução 
 
Após longas discussões, e um tramitação de 8 meses, a PEC nº 6/2019, apresentada à 
Câmara dos Deputados em 20 de Fevereiro de 2019, foi promulgada em sessão conjunta do 
Congresso Nacional, dia 12 de Novembro de 2019. O objetivo, segundo o governo, é reduzir o 
déficit nas contas da Previdência Social. A estimativa de economia é de cerca de R$ 800 bilhões 
em 10 anos. 
Desde sua promulgação, grandes foram as dúvidas daqueles afetados pelas alterações, e 
dos concurseiros de plantão. Sendo assim, decidimos elaborar este E-book com um compilado 
detalhado das principais modificações trazidas pela Reforma da Previdência, a fim de auxiliá-los 
na compreensão de cada ponto. 
 
Aproveite, e vamos juntos! 
 
 
 
SUMÁRIO 
Introdução .............................................................................................................................................. 2 
1. Principais modificações trazidas pela Emenda Constitucional 103/2019: a Reforma da 
Previdência ............................................................................................................................................... 4 
1.1. Previdência complementar ............................................................................................................. 4 
1.2. Financiamento dos Regimes Próprios .......................................................................................... 6 
1.3. Rompimento do vínculo ................................................................................................................. 9 
1.4. Cálculo de aposentadoria ............................................................................................................ 10 
1.5. Acumulação de proventos ........................................................................................................... 14 
1.6. Aposentadoria por incapacidade permanente .......................................................................... 15 
1.7. Aposentadoria compulsória por idade ....................................................................................... 17 
1.8. Aposentadoria voluntária ............................................................................................................. 21 
1.9. Aposentadoria especial. ................................................................................................................ 22 
1.10. Pensão por morte ......................................................................................................................... 29 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................................... 33 
 
 
 
 
 
1. Principais modificações trazidas pela Emenda Constitucional 
103/2019: a Reforma da Previdência 
Inicialmente, é preciso ressaltar que a Reforma da Previdência de 2019 (RPPS), conforme 
explanado, não alcançou os servidores estaduais, distritais e municipais nem tampouco os 
militares. O foco foram os servidores públicos federais ocupantes de cargo efetivo. 
O ilustre autor Carlos Alberto Castro resume as modificações introduzidas no RPPS da 
seguinte forma: 
Os pontos mais marcantes, no tocante aos RPPS, são: a alteração da idade mínima e 
tempo mínimo de contribuição no serviço público, para aposentadoria no âmbito do RPPS 
da União; a modificação dos critérios de cálculo da renda de aposentadoria (inclusive por 
invalidez) e pensão; a desconstitucionalização das regras aplicadas a servidores em 
matéria de aposentadoria e pensão, pela previsão de que lei complementar irá dispor 
sobre o tema; a fixação de novas regras de transição para as aposentadorias voluntárias, 
incluindo-se uma inédita regra para aposentadorias por exposição a agentes prejudiciais 
à saúde e aos portadores de deficiência, até hoje não regulamentadas.1 
1.1. Previdência complementar 
A Emenda Constitucional n. 20/98 possibilitou que os entes federativos limitassem o valor 
dos benefícios previdenciários concedidos pelos respectivos Regimes Próprios ao teto máximo 
estabelecido para os benefícios do Regime Geral, desde que instituíssem um regime de 
previdência complementar para os seus servidores – os chamados “fundos de pensão”2. 
Observe a antiga e a nova redação do § 14º do art. 40 da CF: 
§ 14º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime 
de previdência complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo 
efetivo, poderão fixar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas 
pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para os benefícios do 
regime geral de previdência social de que trata o art. 201. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 20, de 15/12/98) 
 
1 CASTRO, Carlos Alberto Pereira de. Manual de Direito Previdenciário, 23. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020, pág. 
1587-1588. 
2 Questão 04 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm#art1
 
 
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa 
do respectivo Poder Executivo, regime de previdência complementar para servidores 
públicos ocupantes de cargo efetivo, observado o limite máximo dos benefícios do 
Regime Geral de Previdência Social para o valor das aposentadorias e das pensões em 
regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto no § 16. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
Conseguiu perceber a diferença? 
Antes da Reforma da Previdência de 2019, os entes federativos tinham autonomia para 
decidir se iriam adotar ou não o teto do RGPS para os benefícios concedidos pelo RPPS. Agora, 
essa autonomia foi extinta! Os entes federativos, portanto, são obrigados a limitar o valor dos 
seus benefícios e, por consequência, são obrigados a criar um regime de previdência 
complementar. 
Cuidado para não interpretar o dispositivo de forma errada. A EC n. 103/19 não está 
obrigando os servidores públicos a migrarem para o RGPS. Eles continuam vinculados ao RPPS! 
A diferença é que, agora, o valor máximo dos benefícios será igual ao teto do RGPS. 
O objetivo da nova redação do § 14º é: 
• Colocar um ponto final nas aposentadorias com valor igual à última 
remuneração percebida no cargo. 
• Aproximar, ainda mais, o RPPS ao RGPS. 
Outra mudança promovida pela Reforma da Previdência está no § 15º do art. 40, observe: 
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei 
de iniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus 
parágrafos, no que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência 
complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respectivos participantes planos 
de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
 
 
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 oferecerá plano de 
benefícios somente na modalidade contribuição definida, observará o disposto no art. 
202 e será efetivado por intermédio de entidade fechada de previdência complementar 
ou de entidade aberta de previdência complementar. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) 
A partir de agora, a entidade responsável por efetivar o regime complementar pode ser 
aberta ou fechada. 
Muito cuidado com essa mudança legislativa em provas objetivas, pois o examinador 
provavelmente vai induzir você a erro ao dizer que o regime de previdência complementar 
somente pode ser efetivado por entidades fechadas. 
1.2. Financiamento dos Regimes Próprios 
Antes da Reforma da Previdência, a regulação acerca das contribuições sociais devidas 
por servidores públicos era feita por meio da Lei n. 10.887/2004. A Emenda Constitucional n. 
103/2019, no entanto, trouxe para si a regulação até queentre em vigor lei que altere a alíquota 
da contribuição previdenciária de que tratam os arts. 4º, 5º e 6º da Lei nº 10.887/2004. 
EC n. 103/19 Art. 11. Até que entre em vigor lei que altere a alíquota da contribuição 
previdenciária de que tratam os arts. 4º, 5º e 6º da Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, 
esta será de 14% (quatorze por cento). 
§ 1º A alíquota prevista no caput será reduzida ou majorada, considerado o valor da 
base de contribuição ou do benefício recebido, de acordo com os seguintes parâmetros: 
I - até 1 (um) salário-mínimo, redução de seis inteiros e cinco décimos pontos percentuais; 
II - acima de 1 (um) salário-mínimo até R$ 2.000,00 (dois mil reais), redução de cinco 
pontos percentuais; 
III - de R$ 2.000,01 (dois mil reais e um centavo) até R$ 3.000,00 (três mil reais), redução 
de dois pontos percentuais; 
IV - de R$ 3.000,01 (três mil reais e um centavo) até R$ 5.839,45 (cinco mil, oitocentos e 
trinta e nove reais e quarenta e cinco centavos), sem redução ou acréscimo; 
V - de R$ 5.839,46 (cinco mil, oitocentos e trinta e nove reais e quarenta e seis centavos) 
até R$ 10.000,00 (dez mil reais), acréscimo de meio ponto percentual; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.887.htm#art4.0
 
 
VI - de R$ 10.000,01 (dez mil reais e um centavo) até R$ 20.000,00 (vinte mil reais), 
acréscimo de dois inteiros e cinco décimos pontos percentuais; 
VII - de R$ 20.000,01 (vinte mil reais e um centavo) até R$ 39.000,00 (trinta e nove mil 
reais), acréscimo de cinco pontos percentuais; e 
VIII - acima de R$ 39.000,00 (trinta e nove mil reais), acréscimo de oito pontos percentuais. 
Antes de fazer os comentários pertinentes, observe também a modificação que a EC n. 
103/19 fez no arts. 40 e 149 da CF: 
CF Art. 40 § 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as 
parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite 
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que 
trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for portador 
de doença incapacitante. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)3 
CF Art. 149 § 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, por 
meio de lei, contribuições para custeio de regime próprio de previdência social, cobradas 
dos servidores ativos, dos aposentados e dos pensionistas, que poderão ter alíquotas 
progressivas de acordo com o valor da base de contribuição ou dos proventos de 
aposentadoria e de pensões. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 
2019) 
§ 1º-A. Quando houver déficit atuarial, a contribuição ordinária dos aposentados e 
pensionistas poderá incidir sobre o valor dos proventos de aposentadoria e de pensões 
que supere o salário-mínimo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista no § 1º-A para equacionar o 
déficit atuarial, é facultada a instituição de contribuição extraordinária, no âmbito da 
União, dos servidores públicos ativos, dos aposentados e dos pensionistas. (Incluído pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
Agora, comentaremos as mudanças: 
• Com a revogação do § 21º do art. 40, aposentados e pensionistas portadores 
de doença incapacitante passam a contribuir normalmente4, ou seja, devem pagar 
contribuição previdenciária sempre que o valor dos proventos e pensões superar o teto. 
• Diante da possibilidade de alíquotas progressivas, a alíquota cobrada dos 
servidores públicos varia entre 14% e 22%. 
 
3 Questão 02 
4 Vide questões 1 e 2. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
 
 
o Ressalta-se, conforme já mencionado em tópico anterior, que o STF 
entende que a instituição de alíquotas progressivas para a contribuição 
previdenciária dos servidores públicos ofende o princípio da vedação à utilização 
de qualquer tributo com efeito de confisco (RE n. 346.197/DF, 1ª Turma, Rel. Min. 
Dias Toffoli, DJe 12.11.2012). 
• Em princípio, aposentados e pensionistas do Regime Próprio somente 
contribuem para o sistema previdenciário, caso o valor do provento ou pensão por eles 
recebido seja superior ao teto do RGPS. Porém, quando houver déficit atuarial, nos termos 
no § 1º-A do art. 149, a contribuição previdenciária poderá incidir sobre o valor que 
supere o salário mínimo. Se essa medida também for insuficiente, a União pode instituir 
contribuição extraordinária dos servidores ativos, aposentados e pensionistas. 
 
Recentemente, o STF entendeu que as despesas com encargos 
previdenciários de servidores inativos e os repasses efetuados pelo Estado para cobrir o déficit 
no regime próprio de previdência não podem ser computados como aplicação de recursos na 
manutenção e desenvolvimento de ensino, para os fins do art. 212 da CF/88. Portanto, lei 
estadual que faça essa previsão padece de inconstitucionalidade. O fundamento do STF foi, 
também, o de que apenas lei federal pode definir o que e quais são as despesas com a 
manutenção e o desenvolvimento do ensino5. Vejamos a ementa oficial do julgado: 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. DIREITO CONSTITUCIONAL E FINANCEIRO. 
EDUCAÇÃO. ARTS. 26, I, E 27 DA LEI COMPLEMENTAR 1.010/2007 DO ESTADO DE SÃO 
PAULO. CÔMPUTO DE DESPESAS COM PREVIDÊNCIA E INATIVOS PARA EFEITO DE 
CUMPRIMENTO DE VINCULAÇÃO CONSTITUCIONAL ORÇAMENTÁRIA EM EDUCAÇÃO. 
COMPETÊNCIA PARA EDIÇÕES DE NORMAS GERAIS DE EDUCAÇÃO JÁ EXERCIDA PELA 
 
5 Disponível em: 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/475cc020a2dc98e1bd061ddfdf162fdc?palavra-
chave=regime+pr%C3%B3prio+de+previd%C3%AAncia+social&criterio-pesquisa=e. Acesso em: 14/11/2020. 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/475cc020a2dc98e1bd061ddfdf162fdc?palavra-chave=regime+pr%C3%B3prio+de+previd%C3%AAncia+social&criterio-pesquisa=e
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/475cc020a2dc98e1bd061ddfdf162fdc?palavra-chave=regime+pr%C3%B3prio+de+previd%C3%AAncia+social&criterio-pesquisa=e
 
 
UNIÃO. IMPOSSIBILIDADE DE LEI ESTADUAL DISPOR DO ASSUNTO DE FORMA DIVERSA. 
VIOLAÇÃO DOS ARTS. 22, XXIV, 24, IX § 1º § 4°; 212 CAPUT, E 167, VI. AÇÃO JULGADA 
PARCIALMENTE PROCEDENTE. 1. A Constituição prevê o dever de aplicação de percentual 
mínimo para investimentos na manutenção e desenvolvimento do ensino. 2. A definição 
de quais despesas podem ou não ser consideradas como manutenção e desenvolvimento 
de ensino é definida em regra geral de competência da União, qual seja, os artigos 70 e 
71 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de n° 9.394/1996. Disposição diversa 
de lei local significa afronta aos arts. 22, XXIV, e 24, IX da CRFB. 3. O cômputo de despesas 
com encargos previdenciários de servidores inativos ou do déficit de seu regime próprio 
de previdência como manutenção e desenvolvimento de ensino importa em violação a 
destinação mínima de recursos exigida pelo art. 212 da CRFB, bem como à cláusula de 
não vinculação de impostos do art. 167, IV da CRFB 4. Ação julgada parcialmente 
procedente para: (i) declarar a inconstitucionalidade integral do art. 26, I da Lei 
Complementar nº 1.010/2007 do Estado de São Paulo e (ii) declarar a 
inconstitucionalidade sem redução de texto do art. 27 da Lei Complementar nº 1.010/2007 
do Estado de São Paulo, para que os valores de complementação ao déficit previdenciário 
não sejam computados para efeitos de vinculação ao investimento mínimo constitucional 
em educação. 
(ADI 5719, Relator(a): EDSON FACHIN, Tribunal Pleno,julgado em 18/08/2020, PROCESSO 
ELETRÔNICO DJe-223 DIVULG 08-09-2020 PUBLIC 09-09-2020) 
 
1.3. Rompimento do vínculo 
A aposentadoria gera o rompimento da relação jurídica até então estabelecida entre o 
servidor e a Administração. Na tentativa de deixar isso claro, a EC n. 103/2019 acrescentou o § 
14º no art. 37 da CF, observe: 
CF Art. 37 § 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de contribuição 
decorrente de cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral de 
Previdência Social, acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo de 
contribuição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
Pare um pouco e pense sobre a consequência prática desse artigo. 
A redação do § 14º gera um impacto imenso em relação aos servidores efetivos que estão 
vinculados ao RGPS pelo fato do ente federativo a qual estão vinculados não ter instituído o 
RPPS. Antes de existir a regra do § 14º, a aposentadoria concedida a esses servidores não tinha 
o condão de romper o vínculo entre as partes e, por isso, não impedia que o servidor 
continuasse no exercício das funções. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
 
 
O impacto ainda é mais significativo em relação aos empregados públicos das empresas 
públicos e das sociedades de economia mista. Até então, era muito comum um empregado 
público da Petrobrás, por exemplo, aposentar-se no INSS e continuar trabalhando na estatal. 
Atualmente, essa situação é insustentável. 
De modo a garantir a segurança jurídica das aposentadorias já concedidas, a EC n. 
103/2019 determinou que o disposto no § 14 a elas não se aplica. 
EC n. 103/2019 Art. 6º O disposto no § 14 do art. 37 da Constituição Federal não se 
aplica a aposentadorias concedidas pelo Regime Geral de Previdência Social até a data 
de entrada em vigor desta Emenda Constitucional. 
Como bem salientou Carlos Alberto Castro, a partir da inclusão do § 14, passa a existir 
“uma diferenciação bastante significativa em relação ao RGPS, já que no regime dos 
trabalhadores em geral, a aposentadoria não significa necessariamente o rompimento da relação 
laborativa”6. 
1.4. Cálculo de aposentadoria 
Para entender o novo cálculo, vamos recordar os critérios de cálculo anteriormente 
adotados. A Lei n. 10.887/2001, até então utilizada, determinava que o cálculo do provento 
deveria ser feito em relação à média de 80% dos salários de contribuição, desprezando, 
portanto, a porcentagem referente aos salários de contribuição mais baixos (20%). Isso fazia 
com que o valor do provento ficasse mais alto, pois os salários de contribuição mais baixos 
eram desprezados. 
E, atualmente, qual o cálculo utilizado? 
Leia a nova redação do § 3º do art. 40: 
CF Art. 40 § 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria serão disciplinadas 
em lei do respectivo ente federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019) 
 
6 CASTRO, Carlos Alberto Pereira de. Manual de Direito Previdenciário, 23. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020, 
pág. 1617. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art37%C2%A714
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
 
 
O legislador reformador seguiu novamente aquela ideia de desconstitucionalização das 
regras previdenciárias, para permitir mais facilidade em futuras alterações da legislação 
previdenciária, afinal a alteração não precisaria mais observar o procedimento rigoroso das 
emendas constitucionais. 
Como a nova redação do § 3º impõe que cada ente federativo elabore suas normas sobre 
as regras de cálculo, não existe mais uma regra única para o cálculo dos proventos de todos os 
servidores. 
No âmbito federal, a EC n. 103/2019 determinou que, até que lei discipline o cálculo dos 
benefícios do regime próprio de previdência social da União, o cálculo continue utilizando a 
média dos salários de contribuição, mas, agora, o parâmetro utilizado será a totalidade (100%) 
dos salários de contribuição e não apenas os 80%. 
EC n. 103/2019 Art. 26. Até que lei discipline o cálculo dos benefícios do regime próprio 
de previdência social da União e do Regime Geral de Previdência Social, será utilizada a 
média aritmética simples dos salários de contribuição e das remunerações adotados como 
base para contribuições a regime próprio de previdência social e ao Regime Geral de 
Previdência Social, ou como base para contribuições decorrentes das atividades militares 
de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal, atualizados monetariamente, 
correspondentes a 100% (cem por cento) do período contributivo desde a competência 
julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência. 
§ 1º A média a que se refere o caput será limitada ao valor máximo do salário de 
contribuição do Regime Geral de Previdência Social para os segurados desse regime e 
para o servidor que ingressou no serviço público em cargo efetivo após a implantação 
do regime de previdência complementar ou que tenha exercido a opção correspondente, 
nos termos do disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40 da Constituição Federal. 
As regras citadas acima apenas produzem efeitos para os novos servidores federais, ok? 
Os servidores até então existentes dentro do quadro da Administração Federal precisarão 
observar as regras de transição, igualmente estabelecidas na própria Emenda. 
Observe o que estabelece o §2º do mesmo artigo: 
EC n. 103/2019 Art. 26 § 2º O valor do benefício de aposentadoria corresponderá a 60% 
(sessenta por cento) da média aritmética definida na forma prevista no caput e no § 1º, 
com acréscimo de 2 (dois) pontos percentuais para cada ano de contribuição que 
exceder o tempo de 20 (vinte) anos de contribuição nos casos: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art42
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art142
 
 
I - do inciso II do § 6º do art. 4º, do § 4º do art. 15, do § 3º do art. 16 e do § 2º do art. 
18; 
II - do § 4º do art. 10, ressalvado o disposto no inciso II do § 3º e no § 4º deste artigo; 
III - de aposentadoria por incapacidade permanente aos segurados do Regime Geral de 
Previdência Social, ressalvado o disposto no inciso II do § 3º deste artigo; e 
IV - do § 2º do art. 19 e do § 2º do art. 21, ressalvado o disposto no § 5º deste artigo. 
Apesar de a leitura ser complicada, o que o dispositivo está tentando dizer é que o valor 
a ser recebido à título de provento pelos futuros servidores federais aposentados corresponderá 
a 60% da média aritmética. Se, por exemplo, a média aritmética dos salários de contribuição de 
um servidor federal tiver como resultado o valor de R$ 10 mil, o valor da aposentadoria do 
servidor será de R$ 6 mil (60% da média). Essa é a regra! Ocorre que o § 2º permite o acréscimo 
de mais 2% para cada ano de contribuição que superar 20 anos. Então, tomando como base o 
mesmo exemplo, se o servidor em questão tiver contribuído com o Regime Próprio por 25 anos, 
o valor dos proventos corresponderá a R$ 7 mil (60% + 10%). 
Fora isso, o § 7º da EC n. 103/19 aproximou ainda mais os benefícios previdenciários do 
RPPS aos do RGPS, ao estabelecer que eles serão reajustados nos termos estabelecidos para o 
Regime Geral de Previdência Social. 
 
 No início do tópico, deixamos claro que, a partir de agora, cada ente federativo será 
responsável por editar as leis que regularão a forma de cálculo dos proventos dos seus 
servidores. Vimos também que, enquanto a União não editar a nova legislação, aplica-se o 
disposto no art. 26 da EC n. 103/19. Mas, o que acontece com os servidores estaduais, distritais 
e municipais? Bem, nesse caso, o legislador reformador estabeleceu o seguinte: 
EC n. 103/19 Art. 4 § 9º Aplicam-se às aposentadorias dos servidores dos Estados, do 
DistritoFederal e dos Municípios as normas constitucionais e infraconstitucionais 
anteriores à data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, enquanto não 
 
 
promovidas alterações na legislação interna relacionada ao respectivo regime próprio de 
previdência social. 
Desse modo, enquanto não vier a regulamentação, o cálculo continuará sendo feito com 
base no art. 1º da Lei 10.887/2004, observe: 
Art. 1º No cálculo dos proventos de aposentadoria dos servidores titulares de cargo 
efetivo de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, previsto no § 3º do art. 40 da 
Constituição Federal e no art. 2º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 
2003, será considerada a média aritmética simples das maiores remunerações, utilizadas 
como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que esteve 
vinculado, correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo 
desde a competência julho de 1994 ou desde a do início da contribuição, se posterior 
àquela competência. 
§ 1º As remunerações consideradas no cálculo do valor inicial dos proventos terão os 
seus valores atualizados mês a mês de acordo com a variação integral do índice fixado 
para a atualização dos salários de contribuição considerados no cálculo dos benefícios 
do regime geral de previdência social. 
§ 2º A base de cálculo dos proventos será a remuneração do servidor no cargo efetivo 
nas competências a partir de julho de 1994 em que não tenha havido contribuição para 
regime próprio. 
§ 3º Os valores das remunerações a serem utilizadas no cálculo de que trata este artigo 
serão comprovados mediante documento fornecido pelos órgãos e entidades gestoras 
dos regimes de previdência aos quais o servidor esteve vinculado ou por outro 
documento público, na forma do regulamento. 
§ 4º Para os fins deste artigo, as remunerações consideradas aposentadoria, atualizadas 
na forma do § 1º deste artigo, não poderão ser: 
I – inferiores ao valor do salário mínimo; 
II – superiores ao limite máximo do salário de contribuição, quanto aos meses em que o 
servidor esteve vinculado ao regime geral de previdência social. 
§ 5º Os proventos, calculados de acordo com o caput deste artigo, por ocasião de sua 
concessão, não poderão ser inferiores ao valor do salário mínimo nem exceder a 
remuneração do respectivo servidor no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria. 
 
 
 
Para finalizar, o legislador reformador também alterou a redação do § 2º para limitar o 
valor máximo dos proventos ao teto do RGPS. O teto anteriormente utilizado era o valor da 
última remuneração do servidor. 
CF Art. 40 § 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua 
concessão, não poderão exceder a remuneração do respectivo servidor, no cargo 
efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de referência para a concessão da 
pensão. 
§ 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores ao valor mínimo a que se 
refere o § 2º do art. 201 ou superiores ao limite máximo estabelecido para o Regime 
Geral de Previdência Social, observado o disposto nos §§ 14 a 16. (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
Além do limite máximo, a nova redação do § 2º também fixou expressamente, pela 
primeira vez, o limite mínimo dos proventos. A partir de agora, mesmo nos casos de 
aposentadoria proporcional, mantém-se o valor do salário-mínimo. Isso, inclusive, já vinha sido 
defendido pelo STF. 
ADMINISTRATIVO. SERVIDORA PÚBLICA MUNICIPAL. CARGO DE SERVENTE. JORNADA DE 
TRABALHO DE 20 (VINTE) HORAS SEMANAIS. APOSENTADORIA. PROVENTOS 
CORRESPONDENTES À JORNADA REDUZIDA. VALOR INFERIOR AO DO SALÁRIO MÍNIMO. 
IMPOSSIBILIDADE. OFENSA AOS ARTS. 201, § 2º E 7º, INCISOS IV E VII, DA CF/1988. 
MÍNIMO DE EXISTÊNCIA DA PESSOA. “Para admitir que o servidor, mesmo se 
aposentando proporcionalmente, pudesse receber abaixo do mínimo, teríamos que 
trabalhar com a categoria jurídica nova, absurda, a do submínimo; quer dizer, o 
mínimo já é o piso abaixo do qual não se admite absolutamente nada” (voto do Min. 
Carlos Britto no RE 340.599-3/CE, Min. Sepúlveda Pertence) (TJSC, Apelação Cível n. 
0300433-88.2015.8.24.0218, 4ª Câmara de Direito Público, Rel. Des. Vera Lúcia Ferreira 
Copetti, j. 28.06.2018). 
1.5. Acumulação de proventos 
Em tese, o § 6º do art. 40 não sofreu muitas alterações, pois continua permitindo a 
acumulação de proventos de cargos cumuláveis na atividade — dois cargos de professor; um 
cargo de professor com outro técnico ou científico; dois cargos ou empregos privativos de 
profissionais de saúde. 
CF Art. 40 § 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na 
forma desta Constituição, é vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
 
 
de regime próprio de previdência social, aplicando-se outras vedações, regras e condições 
para a acumulação de benefícios previdenciários estabelecidas no Regime Geral de 
Previdência Social. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
A novidade trazida pela EC n. 103/19 está no art. 24 da própria Emenda, observe: 
EC n. 103/19 Art. 24 § 5º As regras sobre acumulação previstas neste artigo e na legislação 
vigente na data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional poderão ser alteradas 
na forma do § 6º do art. 40 e do § 15 do art. 201 da Constituição Federal. 
Compreendeu? 
Agora, as regras sobre acumulação podem ser alteradas por meio de lei complementar! 
Isso traz à tona novamente aquela questão da desconstitucionalização das regras previdenciárias 
que já tratamos em outros tópicos. 
1.6. Aposentadoria por incapacidade permanente 
A aposentadoria por incapacidade permanente é um dos benefícios previdenciários aos 
quais os servidores públicos têm direito, quando não possuem mais condições físicas ou 
psíquicas de continuar exercendo suas funções na Administração Pública. É importante ressaltar 
que, embora os servidores públicos continuem tendo acesso a esse benefício previdenciário, a 
Reforma da Previdência limitou e, muito, o instituto. 
A mudança mais significativa ocorreu nos casos em que a incapacidade decorre de 
acidente em serviço, moléstia profissional, ou doença grave, contagiosa ou incurável, pois, até 
então, os servidores públicos que se encaixassem em tais condições teriam direito a proventos 
equivalentes a 100% da média aritmética. 
Observe a antiga redação do art. 40, I da Constituição: 
CF Art. 40 I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou 
doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 41, 19.12.2003) 
Compare agora o dispositivo acima com o conteúdo constante no §3º do art. 26 da EC 
n. 103/19: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art40%C2%A76.0
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art201%C2%A715
 
 
EC n. 103/19 Art. 26 § 3º O valor do benefício de aposentadoria corresponderá a 100% 
(cem por cento) da média aritmética definida na forma prevista no caput e no § 1º: 
I - no caso do inciso II do § 2º do art. 20; 
II - no caso de aposentadoria por incapacidade permanente, quando decorrer de 
acidente de trabalho, de doença profissional e de doença do trabalho. 
Agora os proventos a serem percebidos pelo servidor somente corresponderão a 100% 
da média aritmética nos casos em que a incapacidade decorrer de acidente de trabalho, de 
doença profissional e de doença do trabalho. Desse modo, “um servidor federal com 15 anos 
de contribuição, que seja vitimado por neoplasia maligna, ou cardiopatia grave, por exemplo,receberá apenas 60% da média dos salários de contribuição, limitado ao valor teto do RGPS, 
pelo resto da vida”7. 
Cuidado: isso não se aplica aos servidores estaduais, distritais e municipais. Nesses casos, 
conforme explanado em outros tópicos, prevalece a aplicação dos dispositivos presentes na Lei 
n. 10.887/2004. 
Há, ainda, que se falar de duas outras mudanças: 
• O servidor público somente tem acesso ao benefício de aposentadoria por 
incapacidade permanente quando a sua reabilitação em cago compatível com suas 
limitações for inviável. 
• A continuidade da percepção do benefício depende de avaliações periódicas 
para comprovar a manutenção das condições físicas e psíquicas que legitimaram a 
concessão do benefício. 
Em nome do princípio da segurança do jurídica, todas as regras estudadas aqui somente 
podem ser aplicadas aos servidores públicos federais que ingressem no serviço público após a 
vigência da EC n. 103/19. 
 
7 CASTRO, Carlos Alberto Pereira de. Manual de Direito Previdenciário, 23. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020, pág. 1643. 
 
 
1.7. Aposentadoria compulsória por idade 
Inicialmente, a redação original do art. 40 da Constituição previa a aposentadoria 
compulsória dos servidores quando completassem 70 anos de idade. Por ser uma imposição 
constitucional, a aposentadoria compulsória era implementada automaticamente, na idade 
fixada, independentemente de qualquer tipo de requerimento. Mas, se por um erro da 
Administração, o servidor permanecer em exercício após atingir 70 anos de idade, a 
jurisprudência entende ser devido o pagamento da remuneração pelo tempo de efetivo 
exercício, sendo vedado o desconto posterior. 
Administrativo. Servidor público. Aposentadoria compulsória. Recebimento de 
remuneração. Diferença. Contraprestação. Boa-fé. Devolução. Incabimento. 1. Servidor 
público que continuou na ativa mesmo depois de ter completado setenta anos, idade-
limite de permanência no serviço público. 2. É indevida a reposição ao erário da diferença 
entre a remuneração auferida após a vigência da aposentadoria compulsória e os 
proventos da inatividade, primeiro, porque é vedada a prestação de serviço sem a justa 
contraprestação pecuniária estabelecida em lei, e, segundo, por conta da natureza 
alimentar da quantia recebida de boa-fé. 3. Improvimento da remessa obrigatória (TRF 
da 5ª Região, REOMS 0000476-32.2007.4.05.8305, Rel. Des. Federal Vladimir Carvalho, 3ª 
Turma, DJ 17.04.2009). 
Posteriormente, EC n. 88/2015 alterou parcialmente a redação do inciso II do art. 40 ao 
aumentar a idade máxima de 70 anos para 75 anos, na forma da lei complementar. 
CF Art. 40 II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, 
aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de 
lei complementar; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 88, de 2015) (Vide Lei 
Complementar nº 152, de 2015) 
O Congresso Nacional, na tentativa de regular o inciso II, editou a Lei Complementar n. 
152/2015 estabelecendo o seguinte: 
Art. 2º Serão aposentados compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de 
contribuição, aos 75 (setenta e cinco) anos de idade: 
I – os servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações; 
II – os membros do Poder Judiciário; 
III – os membros do Ministério Público; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc88.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp152.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp152.htm
 
 
IV – os membros das Defensorias Públicas; 
V – os membros dos Tribunais e dos Conselhos de Contas. 
Parágrafo único. Aos servidores do Serviço Exterior Brasileiro, regidos pela Lei nº 11.440, 
de 29 de dezembro de 2006, o disposto neste artigo será aplicado progressivamente à 
razão de 1 (um) ano adicional de limite para aposentadoria compulsória ao fim de cada 
2 (dois) anos, a partir da vigência desta Lei Complementar, até o limite de 75 (setenta e 
cinco) anos previsto no caput. 
Agora que você já sabe essa parte introdutória, passemos aos desdobramentos da EC n. 
103/19. 
O impacto provocado pela EC n. 103/2019 na aposentadoria compulsória reside, mais 
uma vez, na forma de cálculo do benefício previdenciário. 
Antes de prosseguir, vamos estabelecer uma distinção entre o cálculo para os servidores 
estaduais, distritais e municipais e o cálculo para os servidores federais. 
• Cálculo para os servidores estaduais, distratais e municipais. 
Por se tratar de uma aposentadoria proporcional ao tempo de contribuição do servidor, 
a base de cálculo utilizada para calcular os proventos, corresponde à média encontrada ao se 
analisar 80% dos salários de contribuição. Despreza-se, assim, 20% dos salários de contribuição, 
para garantir um valor maior à título de proventos. 
• Cálculo para os servidores federais. 
Aqui, diferentemente do que ocorre para os demais servidores, a base de cálculo 
corresponde à totalidade (100%) dos salários de contribuição, e não apenas aos 80%. Fora isso, 
o cálculo também conta com o seguinte raciocínio: 
“A regra de cálculo da aposentadoria compulsória levará em conta, ainda, o tempo de 
contribuição cumprido até a idade limite, dividido pelo equivalente a 20 anos; feita essa 
operação, o valor superior a um inteiro é desprezado, e, se o valor for inferior a um 
inteiro (pessoa com menos de 20 anos de contribuição), o número será multiplicado pela 
média obtida com base no critério geral. Assim, uma pessoa que chegue à idade da 
compulsória com apenas 15 anos de contribuição, receberá 0,75 (75%) da média apurada, 
conforme a regra geral. O valor dos proventos, por imperativo constitucional, não poderá 
 
 
ser inferior ao salário mínimo – § 2º do art. 40 da CF, com a redação da EC n. 103, de 
2019”.8 
 
A seguir, trouxemos com maiores detalhes alguns aspectos muito importantes (inclusive 
para fins de provas de concursos) referentes à aposentadoria compulsória. 
Em primeiro lugar, conforme já mencionado no início do presente tópico, temos a EC 
88/2015, que ficou conhecida como a ``PEC da bengala``. Por essa emenda, a aposentadoria 
compulsória passou a ser de 75 anos para os ministros dos tribunais superiores, além de 
possibilitar o aumento da idade para a aposentadoria compulsória aos demais cargos, mediante 
a edição de lei complementar. 
Quando da publicação da Emenda, uma discussão fervorosa foi sobre a necessidade de 
nova sabatina para os ministros que completassem 70 anos e desejassem laborar nestas funções 
até os 75 anos. Quando a questão chegou ao STF, a Corte decidiu pela inconstitucionalidade da 
nova sabatina (ADI 5316 MC, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 21/05/2015, 
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-154 DIVULG 05-08-2015 PUBLIC 06-08-2015)9 . 
Em seguida, também foi editada a Lei Complementar 152/2015, que estendeu a 
aposentadoria compulsória aos 75 anos para todos os servidores públicos. 
Aos servidores do Serviço Exterior Brasileiro, a LC 152/2015 previu regra de transição, até 
que fosse atingido o marco de 75 anos para a aposentadoria compulsória. 
Desta forma, recorremos aos ensinos de Marcinho do Dizer o Direito, para relembrarmos 
as espécies de aposentadorias no serviço público atualmente: 
 
8 CASTRO, Carlos Alberto Pereira de. Manual de Direito Previdenciário, 23. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020, pág. 1653. 
9 https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/854d6fae5ee42911677c739ee1734486?palavra-
chave=aposentadoria+compuls%C3%B3ria&criterio-pesquisa=e 
 
 
 
 
Aposentadoria por 
invalidez 
(art. 40, § 1º, I) 
Aposentadoria voluntária 
(art. 40, § 1º, III) 
Aposentadoria compulsória 
(art. 40, § 1º, II) 
Ocorre quando o servidor 
público for acometido por 
uma situação de invalidez 
permanente, atestada por 
laudo médico, que 
demonstre queele está 
incapacitado de continuar 
trabalhando. 
Ocorre quando o próprio 
servidor público, mesmo 
tendo condições físicas e 
jurídicas de continuar 
ocupando o cargo, decide 
se aposentar. 
Para que o servidor tenha 
direito 
à aposentadoria voluntária, 
ele deverá cumprir os 
requisitos que estão 
elencados na Constituição. 
A CF previu que, atingida 
determinada idade, o servidor 
público, independentemente de 
ainda possuir condições físicas e 
mentais de continuar exercendo 
o cargo, deveria ser 
obrigatoriamente aposentado. 
Atualmente, a idade 
da aposentadoria compulsória é 
de 75 anos. 
 
 
Temos, ainda, algumas situações nas quais não se aplica a aposentadoria compulsória. 
A primeira é a dos notários e registradores, que exercem atividade estatal, mas não 
titularizam cargos públicos, nem são servidores públicos. Por estas razões, o STF decidiu pela 
inaplicabilidade da aposentadoria compulsória para tais indivíduos (STF. ADI 2602, Rel. Min. 
Joaquim Barbosa, Rel. p/ Acórdão Min:Eros Grau, julgado em 24/11/2015)10. 
Outra situação interessante é o dos titulares de serventias judiciais não estatizadas. Em 
sede de repercussão geral, o STF entendeu que a eles não se aplica a aposentadoria compulsória 
do art.40, parágrafo 1º, II, da CF/88, desde que não sejam ocupantes de cargo público efetivo 
 
10 https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/9abe36658bff8131d5a0923ebc196d0e?palavra-
chave=aposentadoria+compuls%C3%B3ria&criterio-pesquisa=e 
 
 
e não recebam remuneração dos cofres públicos (STF. Plenário. RE 647827/PR, Rel. Min. Gilmar 
Mendes, julgado em 15/02/2017 – repercussão geral – Info. 854). 
Por fim, não deixe de atentar para a inaplicabilidade da aposentadoria compulsória aos 
indivíduos ocupantes exclusivamente de cargo em comissão. De acordo com o STF, não há limite 
etário para a nomeação, nem para a aposentadoria destes servidores em sentido amplo. 
Vejamos, a seguir, a ementa do julgado no qual o STF assim deliberou: 
EMENTA Direito constitucional e previdenciário. Servidor público ocupante 
exclusivamente de cargo em comissão. Não submissão à aposentadoria compulsória 
prevista no art. 40, § 1º, inciso II, da Constituição Federal. Compulsoriedade que se impõe 
apenas aos servidores efetivos. Nomeação de servidor efetivo aposentado 
compulsoriamente para exercício de cargo em comissão. Possibilidade. Recurso 
extraordinário a que se nega provimento. 1. Sujeitam-se à aposentadoria compulsória 
apenas os servidores públicos efetivos. Inteligência do art. 40, caput e § 1º, inciso II, da 
Constituição Federal. 2. Os servidores ocupantes exclusivamente de cargo em comissão, 
em virtude do disposto no art. 40, § 13 da Lei Maior, não estão obrigados a passar à 
inatividade ao atingirem a idade limite, tampouco encontram-se proibidos de assumir 
cargo em comissão em razão de terem ultrapassado essa idade. 3. Reafirmada a 
jurisprudência da Corte e fixadas as seguintes teses jurídicas: 1) Os servidores ocupantes 
de cargo exclusivamente em comissão não se submetem à regra da aposentadoria 
compulsória prevista no art. 40, § 1º, inciso II, da Constituição Federal, a qual atinge 
apenas os ocupantes de cargo de provimento efetivo, inexistindo, também, qualquer 
idade limite para fins de nomeação a cargo em comissão. 2) Ressalvados impedimentos 
de ordem infraconstitucional, inexiste óbice constitucional a que o servidor efetivo 
aposentado compulsoriamente permaneça no cargo comissionado que já desempenhava 
ou a que seja nomeado para outro cargo de livre nomeação e exoneração, uma vez que 
não se trata de continuidade ou criação de vínculo efetivo com a Administração. 4. 
Recurso extraordinário a que se nega provimento. 
(RE 786540, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 15/12/2016, 
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-289 DIVULG 14-12-2017 PUBLIC 15-12-2017)11 
 
1.8. Aposentadoria voluntária 
A Reforma da Previdência promoveu algumas modificações na aposentadoria voluntária, 
quer em relação à idade mínima, quer em relação ao tempo de contribuição. 
 
11 https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/88f0bf2899c595146bff13b20342eb6a?palavra-
chave=aposentadoria+compuls%C3%B3ria&criterio-pesquisa=e 
 
 
Primeiramente, relembre os requisitos exigidos na antiga redação do inciso III do art. 40: 
CF Art. 40 III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de 
efetivo exercício no serviço público e cinco anos no cargo efetivo em que se dará a 
aposentadoria, observadas as seguintes condições: 
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinquenta e cinco 
anos de idade e trinta de contribuição, se mulher; 
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com 
proventos proporcionais ao tempo de contribuição. 
Agora, atenção aos novos critérios: 
CF Art. 40 III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e 
aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e, no âmbito dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, na idade mínima estabelecida mediante emenda às 
respectivas Constituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os 
demais requisitos estabelecidos em lei complementar do respectivo ente 
federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
O legislador reformador distinguiu, mais uma vez, as regras aplicadas aos servidores 
federais das regras aplicadas aos demais servidores. Repita-se: cada ente federativo precisará 
editar suas próprias regras previdenciárias. 
No âmbito da União, conforme previsão expressa na Constituição, exige-se a idade 
mínima de 62 anos, para as mulheres, e 65 anos, para os homens. 
1.9. Aposentadoria especial. 
A EC n. 103/2019 também trouxe novidades em relação à aposentadoria especial 
concedida pelos Regimes Próprios, observe: 
CF Art. 40 § 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para 
concessão de benefícios em regime próprio de previdência social, ressalvado o disposto 
nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo 
idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com 
deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe 
multiprofissional e interdisciplinar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
 
 
§ 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo 
idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de ocupantes do cargo 
de agente penitenciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que 
tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV 
do caput do art. 144. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
§ 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo 
idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas 
atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e 
biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização 
por categoria profissional ou ocupação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 
2019) 
• Aposentadoria especial dos servidores que exerçam atividade com efetiva 
exposição a gentes químicos, físicos e biológicos prejudicais à saúde. 
A previsão da aposentadoria especial concedida aos servidores que exerçam atividades 
com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudicais à saúde sempre existiuna Constituição Federal, desde a sua promulgação em 1988. Devido à ausência de 
regulamentação da matéria, o STF foi instado a se manifestar em razão da grande quantidade 
de mandados de injunção impetrados com a finalidade de garantir o exercício do direito à 
aposentadoria especial. A solução encontrada pelo STF, ante a ausência de regulamentação, foi 
aplicar subsidiariamente as regras de aposentadoria especial pertinentes ao RGPS. 
MANDADO DE INJUNÇÃO – NATUREZA. Conforme disposto no inciso LXXI do artigo 5º 
da Constituição Federal, conceder-se-á mandado de injunção quando necessário ao 
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania. Há ação mandamental e não simplesmente 
declaratória de omissão. A carga de declaração não é objeto da impetração, mas premissa 
da ordem a ser formalizada. MANDADO DE INJUNÇÃO – DECISÃO – BALIZAS. Tratando-
se de processo subjetivo, a decisão possui eficácia considerada a relação jurídica nele 
revelada. APOSENTADORIA – TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS – PREJUÍZO À SAÚDE 
DO SERVIDOR – INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR – ARTIGO 40, § 4º, DA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina específica da aposentadoria especial 
do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria aos 
trabalhadores em geral – artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91.12 
Posteriormente, o tema foi objeto de Súmula Vinculante: 
 
12 MI n. 721, Rel. Min. Marco Aurélio Mello, Pub. no DJe 30.11.2007. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
 
 
Súmula Vinculante n. 33: “Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do 
Regime Geral de Previdência Social sobre aposentadoria especial de que trata o art. 40, 
parágrafo 4º, inciso III, da Constituição Federal, até edição de lei complementar 
específica”. 
Você deve estar se perguntando se, agora, depois da promulgação da EC n. 103/2019, 
realizou-se a regulamentação da aposentadoria especial. A resposta é não! 
Em síntese, a EC n. 103/2019: 
➢ Criou um novo regramento para a aposentadoria especial do RGPS. 
➢ Criou uma regra transitória para a aposentadoria especial dos servidores 
federais. 
E quanto aos servidores dos Estados, Distrito Federal e Municípios? 
EC n. 103/19 Art. 10 § 7º Aplicam-se às aposentadorias dos servidores dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios as normas constitucionais e infraconstitucionais 
anteriores à data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, enquanto não 
promovidas alterações na legislação interna relacionada ao respectivo regime próprio de 
previdência social. 
No tocante à regra transitória estabelecida para os servidores públicos federais, deve-se 
observar os seguintes critérios: 
➢ 60 anos de idade; 
➢ 25 anos de efetiva exposição; 
➢ 25 anos de efetiva contribuição; 
➢ 10 anos de efetivo exercício no serviço público; 
➢ 5 anos de efetivo exercício no cargo efetivo em que for concedida a 
aposentadoria. 
Observe a literalidade do artigo: 
 
 
EC n. 103/19 Art. 10 § 2º Os servidores públicos federais com direito a idade mínima ou 
tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão de aposentadoria na forma 
dos §§ 4º-B, 4º-C e 5º do art. 40 da Constituição Federal poderão aposentar-se, 
observados os seguintes requisitos: 
II - o servidor público federal cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a 
agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, 
vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação, aos 60 (sessenta) anos 
de idade, com 25 (vinte e cinco) anos de efetiva exposição e contribuição, 10 (dez) anos 
de efetivo exercício de serviço público e 5 (cinco) anos no cargo efetivo em que for 
concedida a aposentadoria; 
Cumpridos todos esses critérios, poderá ser concedida a aposentadoria especial ao servidor 
público federal. 
• Aposentadoria especial dos servidores deficientes. 
A aposentadoria especial assegurada aos deficientes foi concedida aos segurados do 
RGPS e aos servidores públicos do RPPS. Ocorre que a regulamentação desse benefício 
previdenciário somente foi feita no âmbito do RGPS por meio da Lei Complementar n. 142/2013. 
Diante da ausência de regulamentação no âmbito do RPPS, o STF13, outra vez, reconheceu a 
aplicação subsidiária das regras do RGPS ao RPPS. 
Com a promulgação da EC n. 103/2019, a situação permanece inalterada, pois o legislador 
reformador não trouxe nenhuma regulamentação quanto à matéria. Somente, posteriormente, 
com a edição da Lei Complementar respectiva, poderemos saber os critérios legais adotados 
para esse tipo de benefício. 
CF art. 40 § 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente 
federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de 
servidores com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada 
por equipe multiprofissional e interdisciplinar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
103, de 2019) 
Até que a lei complementar seja editada, a EC n. 103/19 instituiu uma regra transitória 
para os servidores federais. Com base nessa regra, para ter acesso à aposentadoria especial na 
forma da Lei Complementar n. 142/2013, os servidores federais portadores de deficiência 
 
13 MI 5.126, Rel. Min. Luiz Fux, DJe 01/10/2013. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art40%C2%A74b
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art40%C2%A74c
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art40%C2%A75.0
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
 
 
precisam ter cumprido 10 anos no serviço público e 5 anos no cargo no qual seja concedida a 
aposentadoria. 
EC n. 103/19 Art. 22. Até que lei discipline o § 4º-A do art. 40 e o inciso I do § 1º do art. 
201 da Constituição Federal, a aposentadoria da pessoa com deficiência segurada do 
Regime Geral de Previdência Social ou do servidor público federal com deficiência 
vinculado a regime próprio de previdência social, desde que cumpridos, no caso do 
servidor, o tempo mínimo de 10 (dez) anos de efetivo exercício no serviço público e de 
5 (cinco) anos no cargo efetivo em que for concedida a aposentadoria, será concedida 
na forma da Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013, inclusive quanto aos 
critérios de cálculo dos benefícios. 
Parágrafo único. Aplicam-se às aposentadorias dos servidores com deficiência dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios as normas constitucionais e 
infraconstitucionais anteriores à data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, 
enquanto não promovidas alterações na legislação interna relacionada ao respectivo 
regime próprio de previdência social. 
• Aposentadoria especial dos servidores que exerçam atividade de risco. 
A EC n. 103/19 estabeleceu que lei complementar do respectivo ente federativo poderá 
estabelecer idade e tempo de contribuição diferenciados para a aposentadoria dos seguintes 
servidores: 
➢ Agentes penitenciários 
➢ Agentes socioeducativos 
➢ Policiais 
o Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados 
o Polícia Legislativa do Senado Federal 
o Polícia Federal 
o Polícia Rodoviária Federal 
o Polícia Ferroviária Federal 
o Polícia Civil do Distrito Federal 
o Polícia militar e Corpo de Bombeiro Militar 
Observe a literalidade do dispositivo constitucional: 
 
 
CF Art. 40 § 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente 
federativo idade e tempo de contribuição diferenciados para aposentadoria de 
ocupantes do cargo de agente penitenciário, de agente socioeducativoou de policial 
dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 
52 e os incisos I a IV do caput do art. 144. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019) 
Como os membros da polícia militar e do corpo de bombeiro militar não foram 
abrangidos pela Reforma da Previdência, as regras diferenciadas de aposentadorias desses 
servidores precisarão ser editadas por cada um dos Estados. No entanto, os Estados não poderão 
disciplinar as regras previdenciárias da maneira que bem entenderem, pois a EC n. 103/2019 
atribui privativamente a União a competência de legislar sobre normas gerais relacionadas à 
inatividade e pensão das policiais militares e dos corpos de bombeiros militares, observe: 
CF Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, 
mobilização, inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros 
militares; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) 
Portanto, a partir de agora, os Estados precisarão observar as normas gerais criadas pela 
União, quando forem editar as respectivas leis previdenciárias. 
Voltemos para os requisitos diferenciados de idade e tempo de contribuição. 
Quanto à aposentadoria do servidor público policial, aplicava-se, até a promulgação da 
EC n. 103/19, o disposto na Lei Complementar n. 51/1985. Essa regulamentação permitia que 
os policiais se aposentassem voluntariamente, com proventos integrais, após 30 anos de serviço, 
desde que contassem com pelo menos 20 anos de exercício em cargo de natureza estritamente 
policial. 
O inciso II do art. 1º da Lei Complementar n. 51/1985 assim dispõe: 
Art. 1º O servidor público policial será aposentado: (Redação dada pela Lei Complementar 
n° 144, de 2014) 
(...) 
II - voluntariamente, com proventos integrais, independentemente da idade: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc103.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp144.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp144.htm#art2
 
 
a) após 30 (trinta) anos de contribuição, desde que conte, pelo menos, 20 (vinte) anos de 
exercício em cargo de natureza estritamente policial, se homem; 
b) após 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, desde que conte, pelo menos, 15 (quinze) 
anos de exercício em cargo de natureza estritamente policial, se mulher. 
Em resumo, tínhamos a seguinte disciplina normativa: 
➢ Policial homem: 
o 30 anos de contribuição; 
o 20 anos de exercício em cargo de natureza estritamente policial. 
➢ Policial mulher: 
o 25 anos de contribuição; 
o 15 anos de exercício em cargo de natureza estritamente policial. 
A expectativa era de que o regramento aplicado aos policiais pela Lei Complementar n. 
51/1985 fosse mantido após a Reforma da Previdência, até porque o próprio STF, no julgamento 
da ADI n. 3817, concluiu que o art. 1º da respectiva Lei Complementar foi recepcionado pela 
atual Constituição. Entretanto, a EC n. 103/19 trouxe uma regra transitória específica para esse 
grupo de servidores públicos, observe: 
EC n. 103/19 Art. 10. § 2º Os servidores públicos federais com direito a idade mínima ou 
tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão de aposentadoria na forma 
dos §§ 4º-B, 4º-C e 5º do art. 40 da Constituição Federal poderão aposentar-se, 
observados os seguintes requisitos: 
I – o policial civil do órgão a que se refere o inciso XIV do caput do art. 21 da Constituição 
Federal, o policial dos órgãos a que se referem o inciso IV do caput do art. 51, o inciso 
XIII do caput do art. 52 e os incisos I a III do caput do art. 144 da Constituição Federal e 
o ocupante de cargo de agente federal penitenciário ou socioeducativo, aos 55 (cinquenta 
e cinco) anos de idade, com 30 (trinta) anos de contribuição e 25 (vinte e cinco) anos de 
efetivo exercício em cargo dessas carreiras, para ambos os sexos; 
Em síntese, a regra transitória exige os seguintes requisitos: 
➢ 55 anos de idade; 
➢ 30 anos de contribuição; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art40%C2%A74b
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art40%C2%A74c
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art40%C2%A75.0
 
 
➢ 25 anos de efetivo exercício em cargo dessas carreiras, para ambos os sexos. 
 
1.10. Pensão por morte 
No tocante à pensão por morte, o legislador reformador seguiu a tendência e procedeu 
com a desconstitucionalização do benefício previdenciário. Agora, a concessão da pensão por 
morte depende da regulação legal a ser realizada por cada um dos entes federativos. Porém, 
há duas ressalvas: 
• O valor da pensão não pode ser inferior a um salário mínimo, quando o 
benefício for a única fonte formal de renda do beneficiário. 
• O valor da pensão será diferenciado na hipótese de morte de agente 
penitenciário, agente socioeducativo e policiais decorrente de agressão sofrida no 
exercício ou em razão da função. 
o No caso de óbito decorrente de agressão sofrida no exercício ou em 
razão da função, a pensão por morte é vitalícia para o cônjuge ou companheiro 
Essas duas ressalvas estão previstas no § 7º do art. 40, veja: 
CF Art. 40 § 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando se tratar da única 
fonte de renda formal auferida pelo dependente, o benefício de pensão por morte será 
concedido nos termos de lei do respectivo ente federativo, a qual tratará de forma 
diferenciada a hipótese de morte dos servidores de que trata o § 4º-B decorrente de 
agressão sofrida no exercício ou em razão da função. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 103, de 2019) 
Sobre o valor da renda mensal a ser recebida a título de provento ou pensão, a EC n. 
103/2019 também instituiu uma regra transitória para os demais servidores14, observe: 
EC n. 103/19 Art. 23. A pensão por morte concedida a dependente de segurado do 
Regime Geral de Previdência Social ou de servidor público federal será equivalente a 
uma cota familiar de 50% (cinquenta por cento) do valor da aposentadoria recebida 
pelo segurado ou servidor ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por 
 
14 Ou seja, servidores que não estão ligados à área de segurança pública. 
 
 
incapacidade permanente na data do óbito, acrescida de cotas de 10 (dez) pontos 
percentuais por dependente, até o máximo de 100% (cem por cento). 
Imagine que Marcos, analista judiciário do TRE/PE, casado e com dois filhos, falece em 
um determinado dia do mês de janeiro. Para calcular o valor da renda mensal da pensão por 
morte, você precisa, antes de tudo, verificar a quantidade de dependentes. No exemplo, como 
Marcos possuía 3 dependentes — sua esposa e dois filhos —, a renda mensal a ser recebida 
por eles corresponde a uma cota familiar de 50% do valor da aposentadoria a que Marcos 
teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente na data do óbito acrescida de 
30% (10% x 3 dependentes), totalizando um percentual de 80%. 
Leia este dispositivo: 
EC n. 103/19 Art. 23. § 1º As cotas por dependente cessarão com a perda dessa 
qualidade e não serão reversíveis aos demais dependentes, preservado o valor de 100% 
(cem por cento) da pensão por morte quando o número de dependentes remanescente 
for igual ou superior a 5 (cinco). 
A partir de agora, as cotas não mais reversíveis! 
O fato de um dos filhos de Marcos falecer, por exemplo, não significa que sua cota (10%) 
será revertida para os dependentes sobreviventes. Em consequência, a renda mensal do 
provento recebido pela esposa e pelo filho sobrevivente corresponderá a 70% (80% - 10%) do 
valor da aposentadoria a que Marcos teria direito se fosse aposentado por incapacidade 
permanente. 
Vamos seguir! 
Outra novidade diz respeito à acumulação da pensãopor morte com outros benefícios 
previdenciários. 
CF Art. 201 § 15. Lei complementar estabelecerá vedações, regras e condições para a 
acumulação de benefícios previdenciários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, 
de 2019) 
Enquanto a referida Lei Complementar não é editada, aplica-se o disposto no art. 24 da 
EC n. 103/19: 
 
 
EC n. 103/19 Art. 24. É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada 
por cônjuge ou companheiro, no âmbito do mesmo regime de previdência social, 
ressalvadas as pensões do mesmo instituidor decorrentes do exercício de cargos 
acumuláveis na forma do art. 37 da Constituição Federal. 
§ 1º Será admitida, nos termos do § 2º, a acumulação de: 
I - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência 
social com pensão por morte concedida por outro regime de previdência social ou com 
pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da 
Constituição Federal; 
II - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência 
social com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social 
ou de regime próprio de previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes 
das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal; ou 
III - pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da 
Constituição Federal com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de 
Previdência Social ou de regime próprio de previdência social. 
§ 2º Nas hipóteses das acumulações previstas no § 1º, é assegurada a percepção do 
valor integral do benefício mais vantajoso e de uma parte de cada um dos demais 
benefícios, apurada cumulativamente de acordo com as seguintes faixas: 
I - 60% (sessenta por cento) do valor que exceder 1 (um) salário-mínimo, até o limite de 
2 (dois) salários-mínimos; 
II - 40% (quarenta por cento) do valor que exceder 2 (dois) salários-mínimos, até o limite 
de 3 (três) salários-mínimos; 
III - 20% (vinte por cento) do valor que exceder 3 (três) salários-mínimos, até o limite de 
4 (quatro) salários-mínimos; e 
IV - 10% (dez por cento) do valor que exceder 4 (quatro) salários-mínimos. 
Conforme dispõe o caput do art. 24, a regra é a impossibilidade de acumulação de mais 
de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro, no âmbito do mesmo regime 
de previdência social. A consequência disso é que, se um servidor público ocupante de dois 
cargos efetivos acumuláveis falecer, sua esposa não poderá receber à título de pensão o valor 
referente às duas remunerações. 
Releia novamente o § 2º! 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art37
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art42
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art42
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art42
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art142
 
 
Nos casos em que a acumulação da pensão por morte é permitida (§ 1º), o cônjuge ou 
companheiro sobrevivente fará jus ao recebimento do valor integral do benefício mais vantajoso 
e do valor parcial dos demais benefícios, observados os seguintes percentuais: 
I - 60% (sessenta por cento) do valor que exceder 1 (um) salário-mínimo, até o limite de 
2 (dois) salários-mínimos; 
II - 40% (quarenta por cento) do valor que exceder 2 (dois) salários-mínimos, até o limite 
de 3 (três) salários-mínimos; 
III - 20% (vinte por cento) do valor que exceder 3 (três) salários-mínimos, até o limite de 
4 (quatro) salários-mínimos; e 
IV - 10% (dez por cento) do valor que exceder 4 (quatro) salários-mínimos. 
 
É importantíssimo manter-se antenado às inovações legislativas, pois as bancas 
costumam cobrá-las nas forma de “pegadinhas” nas provas. Aproveite ao máximo este 
material. 
Diante de sua relevância, é válido a leitura acurada da EC 103/19. Procure, mormente, 
os dispositivos que acarretam alteração significativa em cotejo com o regramento anterior. 
Grife prazos, quóruns, valores e quaisquer informações que representem mudanças e podem 
ser alvo de questões. 
Conte sempre com o CERS para lhe manter bem informado. Estaremos lado a lado, 
rumo à aprovação. 
 
Vamos juntos! 
 
https://www.cers.com.br/
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
AMADO, Frederico. Direito Previdenciário. Coleção Sinopses para Concursos. Juspodivm: 
Salvador, 2018. 
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros, 
2004. 
 
CAMPOS, Marcelo Barroso Lima Brito de. Regime Próprio de Previdência Social dos Servidores 
Públicos. Curitiba: Juruá, 2012. 
CASTRO, Carlos Alberto Pereira de. Manual de Direito Previdenciário, 23. ed. – Rio de Janeiro: 
Forense, 2020. 
KERTZMAN, Ivan. Curso prático de direito previdenciário, 18ª edição. rev., atual. e ampl. Rio de 
Janeiro: Editora Juspodivm, 2020. 
FELIPE, Jorge Franklin Alves.Regimes Previdenciários nos Municípios: RGPS e RPPS. In: Universo 
Jurídico, Juiz de Fora, ano XI, 25 de set. de 2007. Disponível 
em:<http://uj.novaprolink.com.br/doutrina/4304/regimes_previdenciarios_nos_municipios_rgps_
e_rpps>. Acesso em 13/11/2020. 
 
NOGUEIRA, Narlon Gutierre. O equilíbrio financeiro e atuarial dos RPPS: de princípio 
constitucional a política pública de Estado. Coleção Previdência Social. Vol.34. Brasília: 
Ministério da Previdência Social, 2012. 
 
PINHEIRO, Vinícius Carvalho. Reforma de la seguridad social y federalismo: el caso brasileño. 
In: SEMINÁRIO REGIONAL DE POLÍTICA FISCAL. Brasília: ESAF, 1999.

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