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Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental i UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS – UNICAMP FACULDADE DE TECNOLOGIA PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL Elaboração: Profa Dra Carmenlucia Santos G. Penteado Colaboração: Docentes da Divisão de Tecnologia em Saneamento Ambiental 2017 Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental ii ÍNDICE APRESENTAÇÃO............................................................................................................................... iv 1. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO......................................................................................................... 01 2. HISTÓRICO DA FACULDADE DE TECNOLOGIA DA UNICAMP....................................................... 02 3. DIRETRIZES CURRICULARES DO CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL....................................... 04 3.1. PERFIL DOS EGRESSOS....................................................................................................... 04 3.2. HABILIDADES E COMPETÊNCIAS........................................................................................ 06 3.3. ESTRUTURA DO CURSO...................................................................................................... 07 3.3.1. Núcleo de Conteúdos Básicos da Área de Engenharia.............................................. 08 3.3.2. Núcleo de Conteúdos Profissionalizantes Gerais...................................................... 09 3.3.3. Núcleo de Conteúdos Profissionalizantes Específicos............................................... 10 3.4. MATRIZ CURRICULAR......................................................................................................... 12 3.5. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO.............................................................................. 15 3.6. ESTÁGIO SUPERVISIONADO............................................................................................... 16 3.7. ATIVIDADES COMPLEMENTARES....................................................................................... 17 4. ESTRATÉGIAS DE ENSINO............................................................................................................ 19 5. CORPO DOCENTE......................................................................................................................... 20 6. INTEGRAÇÃO DO ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO..................................................................... 23 6.1. PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA..... 23 6.2. BOLSAS AUXÍLIO ESTUDO E FORMAÇÃO.......................................................................... 24 6.3. PROGRAMA INTEGRADO DE FORMAÇÃO........................................................................ 24 6.4. ATIVIDADES DE EXTENSÃO............................................................................................... 24 6.4.1. Projeto Ecoedu Ambiental........................................................................................ 25 6.5. INICIATIVAS E ORGANIZAÇÕES ESTUDANTIS.................................................................... 25 6.5.1. Comissão Ambiental................................................................................................. 26 6.5.2. Mercado de Trabalho em Engenharia...................................................................... 26 6.5.3. Sinergia – CTE........................................................................................................... 26 6.5.4. Empresa Júnior UNITEC............................................................................................. 26 6.5.5. AAATU - Associação Atlética Acadêmica Tecnologia Unicamp………….…………………. 27 6.5.6. Centro Acadêmico de Tecnologia…………………………………………………………………………. 27 7. INTERNACIONALIZAÇÃO............................................................................................................. 28 7.1. INTERCÂMBIOS ACADÊMICOS.......................................................................................... 28 7.2. PROGRAMA DE DUPLO DIPLOMA ECOLES CENTRALES – FRANÇA.................................... 28 8. INFRA-ESTRUTURA FÍSICA…………………………..........……………………………………………………………...... 30 8.1. LABORATÓRIOS DA DIVISÃO DE TECNOLOGIA EM SANEAMENTO AMBIENTAL............... 30 8.1.1. Laboratório Físico-Químico……………………………..…………………………………………………… 30 8.1.2. Grupo de Otimização de Tecnologias Analíticas Aplicadas a Amostras Ambientais e Sanitárias……………………………………………………………………………………………………………………. 31 8.1.3. Laboratório Central Analítica……………………..……………………………………………………….. 31 8.1.4. Laboratório de Microbiologia………………………………………………..…………….................. 32 8.1.5. Laboratório de Monitoramento do Ar………………………………………………………………….. 32 8.1.6. Laboratório de Química Ambiental e Tecnologias de Separação………………………….. 33 8.1.7. Laboratório de Ecotoxicologia e Microbiologia Ambiental…………………………………… 33 8.1.8. Laboratório de Desenvolvimento de Sistemas para Saneamento Ambiental………… 34 8.1.9. Laboratório de Hidráulica……………………………………………………………………………………. 35 8.1.10. Laboratório de Geologia…………………………………………………………………….................. 36 8.2. DEMAIS LABORATÓRIOS DE ENSINO E PESQUISA............................................................ 36 8.2.1. Laboratório de Materiais de Construção……………………………………………………………… 37 8.2.2. Laboratório de Solos e Pavimentação………………………………………………………………….. 37 Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental iii 8.2.3. Laboratório de Topografia…………………………………………………………………………………… 38 8.2.4. Laboratórios de Informática………………………………………………………………………………... 38 8.2.5. Laboratório de Física……………………………………………………………………………………………. 40 8.3. SALAS DE AULA................................................................................................................. 40 8.4. BIBLIOTECA....................................................................................................................... 41 ANEXO I – EMENTAS, OBJETIVOS E BIBLIOGRAFIA DAS DISCIPLINAS………………………….................. 43 Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental iv APRESENTAÇÃO A motivação para a criação do Curso de Engenharia Ambiental da Faculdade de Tecnologia da UNICAMP surgiu da demanda por engenheiros ambientais qualificados, e de forma mais específica, aptos a aliar conhecimentos técnicos, ambientais, sociais e humanos à prática da engenharia. No que se refere às questões ambientais, existe uma demanda real por profissionais generalistas, dada a complexidade e diversidade dos temas envolvidos, porém com formação interdisciplinar sólida. O desenvolvimento econômico do país nos últimos anos, aliado ao estilo de vida consumista da sociedade, vem ocasionando impactos ambientais e sociais diversos; e o equacionamento destes não pode mais ser visto a partir de soluções baseadas em tecnologias de “comando e controle”, onde são criadas leis cada vez mais restritivas, para as quais se espera uma “reação”, através da adoção de equipamentos e tecnologias de controle. É necessária uma mudança de postura da sociedade, e o profissional da área ambiental tem que estar preparado, pois além de sua atuação técnica, espera-se uma formação humanista e crítica, que o faça atuar também como agente modificador de um comportamento insustentável. Dentro deste contexto, a Faculdade de Tecnologia é uma unidade de ensino, pesquisa e extensão da UNICAMP, que tem por princípio norteador “integrar a ciência e a tecnologia ao desenvolvimento de aptidões, para aplicá-las no mercado de trabalho, estimulando principalmente o espírito crítico e empreendedor e uma permanente vontade de aperfeiçoamento”. A estrutura do Curso de Engenharia Ambiental da FT está organizada de tal maneira que o aluno adquira conhecimentos práticos com aulas de laboratórios, de campo e visitas técnicas, familiarizando-secom a realidade do mercado de trabalho que irá encontrar, além do conhecimento teórico necessário. Isso permite, além de uma formação especialista, a aquisição de formação básica que possibilite atuação mais generalista, condizente com as demandas do mercado de trabalho atual, na área de engenharia ambiental. Este documento apresenta o Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental da UNICAMP, descrevendo de forma detalhada a sua concepção, finalidade, estrutura curricular, recursos humanos e infra-estrutura física. Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 1 1. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO Nome do Curso: Engenharia Ambiental Título Conferido: Bacharel em Engenharia Ambiental Portaria de Reconhecimento: a definir Turno: Noturno Duração: Mínima de 12 semestres; Máxima de 18 semestres Vagas: 60 Forma de Ingresso: Vestibular Nacional da UNICAMP Relação Candidato/Vaga nos últimos vestibulares: Vestibular Vagas Candidatos Relação C/V 1ª Fase Relação C/V 2ª Fase 2013 60 832 13,9 3,2 2014 60 721 12 3,3 2015 60 696 11,6 3,3 2016 60 619 10,3 3,3 2017 60 471 7,9 3,2 Campo de Atuação: O Engenheiro Ambiental poderá atuar em agências reguladoras e órgãos ambientais nos poderes públicos federal, estadual e municipal, em concessionárias de serviços públicos, agências bilaterais e multilaterais de cooperação, em empresas do setor industrial, de serviços, de consultoria e projetos de pesquisa, ONGs e como profissional autônomo. Coordenação de Curso: Profa Dra Carmenlucia Santos Giordano Penteado – Coordenadora Profa Dra Elaine Cristina Catapani Poletti – Coordenadora Associada Site Institucional: Universidade Estadual de Campinas: www.unicamp.br Faculdade de Tecnologia: http://www.ft.unicamp.br/pt-br/graduacao/cursos/ea Localização: Campus I da UNICAMP em Limeira Rua Paschoal Marmo, 1888 – Jardim Nova Itália - Limeira- SP. http://www.unicamp.br/ http://www.ft.unicamp.br/pt-br/graduacao/cursos/ea Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 2 2. HISTÓRICO DA FACULDADE DE TECNOLOGIA DA UNICAMP A Faculdade de Tecnologia da UNICAMP vem passando por modificações ao longo dos anos, de forma a atender as novas demandas tecnológicas da sociedade e do mercado de trabalho. Os Cursos Superiores de Tecnologia na UNICAMP iniciaram-se em 1974, e pertenciam à antiga Faculdade de Engenharia Civil de Limeira (hoje Faculdade de Engenharia Civil, localizada no Campus de Barão Geraldo, em Campinas) com a criação do Curso Superior de Tecnologia Sanitária, oferecido em período diurno, trimestral e com integralização mínima de dois anos. Posteriormente, em 1976 foi criado nos mesmos moldes, o Curso Superior de Tecnologia da Construção Civil, Modalidades Edifícios e Obras e Solos. Essas características despertaram interesse em trabalhadores e, deste modo, em 1978 os Cursos de Tecnologia passaram a ser oferecidos no período noturno, com integralização mínima de três anos. O Centro Superior de Educação Tecnológica (CESET) foi criado em 19 de novembro de 1988 com a finalidade de incorporar os cursos de tecnologia até então vinculados a Faculdade de Engenharia Civil de Limeira. Em 1992 foi criado o Curso Superior de Tecnologia em Processamento de Dados, com integralização mínima de três anos, com a nova estrutura do CESET de cursos semestrais. Em 1997, os cursos, ainda noturnos, tiveram seus currículos atualizados e passaram a ter integralização de quatro anos, e também foi criada a Modalidade Controle Ambiental. Assim, o CESET contava com os seguintes cursos: Tecnologia em Informática (45 vagas), Tecnologia da Construção Civil - Modalidades Obras de Solo e Pavimentação e Edifícios (80 vagas) e Tecnologia em Saneamento Ambiental - Modalidades Saneamento Básico e Controle Ambiental (80 vagas) em período noturno e Tecnologia em Informática (45 vagas), Tecnologia em Saneamento Ambiental - Modalidades Saneamento Básico e Controle Ambiental (40 vagas) e Tecnologia em Telecomunicações (50 vagas), em período diurno. Em 2010, atendendo à solicitação do MEC quanto às mudanças nas denominações de cursos de graduação, foram extintas as modalidades dos cursos de tecnologia, e a FT passou a oferecer seus cursos com as seguintes denominações: Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Tecnologia em Construção de Edifícios, Tecnologia em Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 3 Construção de Estradas, Tecnologia em Saneamento Ambiental, Tecnologia em Controle Ambiental e Tecnologia em Telecomunicações. Em 2013, após uma ampla discussão realizada na Unidade sobre as demandas de reestrutração dos cursos de tecnologia e da própria Faculdade de Tecnologia, foram criados três novos Curso de Bacharelado, e a FT passou a oferecer os seguintes cursos: Tecnologia em Controle Ambiental Integral: 40 vagas, integralização em 6 semestres; Tecnologia em Controle Ambiental Noturno: 50 vagas, integralização em 8 semestres; Engenharia Ambiental Noturno: 60 vagas, integralização em 12 semestres; Tecnologia em Construção de Edifícios Noturno: 50 vagas, integralização em 8 semestres; Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas Noturno: 45 vagas, integralização em 7 semestres; Bacharelado em Sistemas de Informação Integral: 45 vagas, integralização em 8 semestres; Engenharia de Telecomunicações Integral: 50 vagas, integralização em 10 semestres. O Curso de Engenharia Ambiental absorveu as 30 vagas do Curso de Tecnologia em Construção de Estradas e as 30 vagas do Curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental, ambos extintos a partir de 2013. Após primeira reestruturação, e de forma a deixar clara a distinção entre o Curso de Engenharia Ambiental e o Curso de Tecnologia em Controle Ambiental, tornando este último mais adequado às demandas do mercado de trabalho pelo profissional de tecnologia, optou-se por reestruturar o Curso de Controle Ambiental. Desta forma, a partir de 2016 o Curso passou a se chamar Tecnologia em Saneamento Ambiental, com integralização tanto no diurno, quanto no noturno, de 03 anos. A matriz curricular do curso foi redefinida, de forma que o curso se enquadre como um curso de Tecnologia em Saneamento Ambiental, atendendo ao Catálogo Nacional de Cursos de Tecnologia proposto pelo Ministério da Educação e Cultura - MEC. A Faculdade de Tecnologia possui um programa de pós-graduação, criado em 2009, com mestrado e doutorado strictu sensu em Tecnologia, o qual possui 3 áreas de concentração: Ciência dos Materiais, Sistemas de Informação e Comunicação e Ambiente. Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 4 3. DIRETRIZES CURRICULARES DO CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL 3.1. PERFIL DOS EGRESSOS Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Engenharia1, o perfil dos egressos de um curso de engenharia deve compreender “uma sólida formação técnico científica e profissional geral que o capacite a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade”. Ainda de acordo com estas diretrizes, o Profissional Engenheiro possui formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, e deve estar capacitado a absorver e desenvolver novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade. Assim, a formação do engenheiro tem por objetivo dotar o profissional para as seguintes competências e habilidades gerais: 1) Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicose instrumentais à engenharia; 2) Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados; 3) Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos; 4) Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia; 5) Identificar, formular e resolver problemas de engenharia; 6) Desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas; 7) Supervisionar a operação e a manutenção de sistemas; 8) Avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas; 9) Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica; 10) Atuar em equipes multidisciplinares; 11) Compreender e aplicar a ética e responsabilidades profissionais; 12) Avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental; 1 BRASIL. Conselho Nacional de Educação – Câmara de Ensino Superior. RESOLUÇÃO CNE/CES No 11, DE 11 DE MARÇO DE 2002. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia. Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 5 13) Avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia; 14) Assumir a postura de permanente busca de atualização profissional. No que se refere ao exercício profissional do Engenheiro Ambiental, conforme Resolução CONFEA No 447 de 20002, compete ao Engenheiro Ambiental o desempenho das atividades 01 a 14 e 18 do art. 1º da CONFEA No 218 de 19733, referentes à administração, gestão e ordenamento ambientais e ao monitoramento e mitigação de impactos ambientais, seus serviços afins e correlatos: Atividade 01 - Supervisão, coordenação e orientação técnica; Atividade 02 - Estudo, planejamento, projeto e especificação; Atividade 03 - Estudo de viabilidade técnico-econômica; Atividade 04 - Assistência, assessoria e consultoria; Atividade 05 - Direção de obra e serviço técnico; Atividade 06 - Vistoria, perícia, avaliação, arbitramento, laudo e parecer técnico; Atividade 07 - Desempenho de cargo e função técnica; Atividade 08 - Ensino, pesquisa, análise, experimentação, ensaio e divulgação técnica; extensão; Atividade 09 - Elaboração de orçamento; Atividade 10 - Padronização, mensuração e controle de qualidade; Atividade 11 - Execução de obra e serviço técnico; Atividade 12 - Fiscalização de obra e serviço técnico; Atividade 13 - Produção técnica e especializada; Atividade 14 - Condução de trabalho técnico; Atividade 18 - Execução de desenho técnico. 2 CONFEA – Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura. RESOLUÇÃO Nº 447, DE 22 DE SETEMBRO DE 2000. Dispõe sobre o registro profissional do engenheiro ambiental e discrimina suas atividades profissionais. 3 CONFEA – Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura. RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 JUN 1973. Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 6 Conforme destaca a RESOLUÇÃO CONFEA N° 1.073 de 20164, as atividades profissionais são atribuídas ao Engenheiro Ambiental pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Arquitetura (CREAs), “de forma integral ou parcial, em seu conjunto ou separadamente, mediante análise do currículo escolar e do projeto pedagógico do curso de formação do profissional”, observado o disposto nas leis, nos decretos e nos normativos do CONFEA, em vigor, que tratam do assunto. Considerando os atos legais expostos, e a experiência e tradição da Faculdade de Tecnologia na área de Controle e Saneamento Ambiental, o Engenheiro Ambiental formado estará capacitado para contribuir com a resolução de problemas ambientais por meio da realização de análises, diagnósticos integrados, concepção e execução de projetos e avaliações técnicas, tecnológicas, sócio-econômicas e de impactos nos setores e sistemas ambientais. O profissional graduado nesse curso poderá atuar em agências reguladoras e órgãos ambientais nos poderes públicos federal, estadual e municipal, em concessionárias de serviços públicos, agências bilaterais e multilaterais de cooperação, em empresas do setor industrial, de serviços, de consultoria e projetos de pesquisa, ONGs e como profissional autônomo. 3.2. HABILIDADES E COMPETÊNCIAS O Projeto Pedagógico do Curso, apresentado neste documento, confere ao egresso as seguintes habilidades e competências: 1) Analisar sistemas e processos ambientais; 2) Supervisionar e Coordenar Planos Estratégicos, de Ação e de Intervenção nas áreas de Engenharia Ambiental; 3) Avaliar criticamente a operação e manutenção de sistemas urbanos: redes de saneamento ambiental (água, esgotos, drenagem, resíduos sólidos); 4 CONFEA – Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura. RESOLUÇÃO CONFEA N° 1.073 de 2016. Regulamenta a atribuição de títulos, atividades, competências e campos de atuação profissionais aos profissionais registrados no Sistema Confea/Crea para efeito de fiscalização do exercício profissional no âmbito da Engenharia e da Agronomia. Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 7 4) Avaliar o impacto socioambiental das soluções tecnológicas em projetos, programas e políticas públicas; 5) Realizar diagnósticos integrados; 6) Planejar e coordenar sistemas e redes de monitoramento de qualidade ambiental; 7) Desenvolver, implantar e gerenciar políticas, programas e projetos ambientais nas áreas: gestão integrada de resíduos sólidos, estações de tratamento de água de abastecimento e de águas residuárias, prevenção e controle da poluição atmosférica, sistemas de gestão integrados (qualidade, segurança e ambiente), reabilitação de áreas degradadas, entre outros; 8) Desenvolver e/ou utilizar novas técnicas e tecnologias para solução de problemas ambientais industriais e urbanos; 9) Atuar em equipes multidisciplinares nas áreas de projeto, ensino e pesquisa. 3.3. ESTRUTURA DO CURSO O curso de Engenharia Ambiental da UNICAMP tem como objetivo integrar à ciência e à tecnologia o desenvolvimento de aptidões, para aplicá-las no mercado de trabalho, e atender as demandas da sociedade, do setor público e privado no que se refere às tecnologias necessárias para o equacionamento dos problemas ambientais atuais, sem deixar de lado o foco na prevenção da poluição, propondo alternativas de tecnologias e processos mais limpos. O curso está dividido em 12 semestres, totalizando seis anos para sua integralização, em período noturno. Em consonância com o disposto na Resolução CNE/CES No 11 de 2002, a proposta curricular compreende três núcleos: básico, específico e específico profissionalizante. A carga horária total (3630 horas), está dividida entre disciplinas, estágio, atividades complementares e trabalho de conclusão de curso (Quadro 1). Quadro 1. Distribuição da carga horária do Curso de Engenharia Ambiental. Disciplinas por Núcleo Estágio TCC Atividades Complementares Total Básico Geral Específico Créditos 88 54 76 12 06 06 242 Horas 1320 810 1140 180 90 90 3630 Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 8 3.3.1. Núcleo de Conteúdos Básicos da Área de Engenharia A RESOLUÇÃO CNE/CES No 11 de 2002 estabelece que os cursos de engenharia devem ter um núcleo de conteúdos básicos que contemple cerca de 30% da carga horária mínima do curso, abrangendo os tópicos apresentados no Quadro 2. As disciplinas que compõem o Núcleo Básico do Curso de Engenharia Ambiental da FT totalizam 90 créditos, o que corresponde a 37,5% da carga horária total do curso (1350 horas), conforme Quadro 3. Quadro 2. Tópicos contemplados no Núcleo Básico dos Cursos de Engenharia. Tópico Conteúdo 1. Metodologia Científica e Tecnológica. Utilização de métodos de investigação científica e tecnológica. Desenvolvimento de projetos e documentaçãotécnica. 2. Comunicação e Expressão Utilização dos diversos meios de comunicação. Leitura e interpretação de textos em português. Redação e apresentação oral 3. Informática e Computação Utilização de ferramentas computacionais e redes. Técnicas e linguagens de programação. Aplicações de engenharia auxiliada por computadores. 4. Expressão Gráfica Elaboração e interpretação de esboços e desenhos técnicos por meio manual e computacional. Conhecimento do espaço e sua representação gráfica. 5. Matemática Introdução à teoria básica e aplicações à engenharia de: cálculo integral e diferencial, vetores, geometria analítica, álgebra linear, probabilidade e estatística. 6. Física Introdução à teoria básica, experimentação e aplicações à engenharia de: mecânica clássica, ótica, termodinâmica, eletricidade e magnetismo, ondas. 7. Fenômenos de Transporte Introdução à teoria, experimentação e aplicações dos fenômenos de transferência de quantidade de movimento, calor e massa. 8. Mecânica dos Sólidos Estática e dinâmica dos corpos rígidos e deformáveis. Tensões, deformações e suas inter-relações. Segurança. 9. Eletricidade aplicada Cicuitos. Medidas elétricas e magnéticas. Componentes elétricos e eletrônicos. Eletrotécnica. 10. Química Introdução à teoria básica, experimentação e aplicações à engenharia de: química geral, química inorgânica, físico-química. 11. Ciência e Tecnologia de Materiais Classificação, estruturas e propriedades e utilização de materiais em Engenharia. 12. Administração Introdução à teoria e aplicações à engenharia de: organizações, inovações tecnológicas, estratégias competitivas, marketing, planejamento e controle da produção, custos. 13. Economia Introdução à teoria básica e aplicações à engenharia de micro e macro economia. Matemática financeira. Engenharia econômica. 14. Ciências do Ambiente Ecologia. Preservação e utilização de recursos naturais: poluição, impacto ambiental e desenvolvimento sustentado. Reciclagem. Legislação. 15. Humanidades, ciências sociais e cidadania Noções e aplicações à Engenharia de filosofia, ciências e sociais e cidadania. Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 9 Quadro 3. Disciplinas do núcleo básico do Curso de Engenharia Ambiental. Tópico Código Disciplina Créditos 1 EB205 Metodologia Científica e Tecnológia 02 2 EB401 Comunicação e Expressão 02 3 EB302 Algorítmos e Programação de Computadores I 04 4 EB303 Expressão Gráfica 04 5 EB101 Cálculo I 06 EB201 Cálculo II 06 EB301 Cálculo III 06 EB102 Geometria Analítica e Álgebra Linear 06 EB403 Estatística 04 6 EB103 Física Aplicada I 04 EB203 Física Aplicada II 04 EB104 Laboratório de Física I 02 EB204 Laboratório de Física II 02 7 EB402 Fenômenos de Transporte 04 8 EB405 Mecânica dos Sólidos 04 9 EB206 Eletrotécnica aplicada 02 10 EB202 Química Geral 04 11 EB603 Ciência e Tecnologia dos Materiais 04 12 EB802 Administração de Empresas 04 13 EB704 Economia e Finanças 04 14 EB106 Introdução à Engenharia Ambiental 02 15 EB306 Ética, Cidadania e Educação Ambiental 04 - EB105 Biologia Geral* 04 Total: 88 créditos * A Portaria No 1693/1994 do MEC5 institui a disciplina de biologia na formação básica do Curso de Engenharia Ambiental, que é atendida pela disciplina Biologia Geral. 3.3.2. Núcleo de Conteúdos Profissionalizantes Gerais De acordo com o parágrafo 3o do artigo 6o da Resolução CNE/CES No 11 de 2002 a Instituição de Ensino deve definir um subconjunto de tópicos dentre 53 opções apresentadas de modo a prover a formação profissional geral do Engenheiro Ambiental. Este núcleo deve corresponder a 15% de carga horária mínima do curso. 5 BRASIL. Portaria No 1693 de 5 de dezembro de 1994. Trata da criação da Área de Engenharia Ambiental. Ministério da Educação e Cultura. Brasília, 1994. Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 10 Desta forma, o núcleo profissionalizante geral do Curso de Engenharia Ambiental da FT contempla os seguintes tópicos: Ergonomia e Segurança do Trabalho; Geoprocessamento; Geotecnia; Gestão Ambiental; Hidráulica, Hidrologia Aplicada e Saneamento Básico; Métodos Numéricos; Microbiologia; Modelagem, Análise e Simulação de Sistemas; Operações Unitárias; Química Orgânica; Sistemas de Informação; Topografia e Geodésia; Mecânica Aplicada. As disciplinas do núcleo de conteúdos profissionalizantes são apresentadas no Quadro 4, totalizam 54 créditos (810 horas) e representam cerca de 20% da carga horária total do curso. Quadro 4. Disciplinas do Núcleo Profissionalizante Geral do Curso de Engenharia Ambiental. Tópico Código Disciplina Créditos 1 ST314 Segurança, Saúde e Meio Ambiente 02 2 e 11 EB801 Sistemas de Informações Geográficas 04 3 EB503 Mecânica dos Solos 04 4 EB904 Planejamento e Gestão Ambiental 04 5 EB701 Hidrologia e Drenagem 04 EB501 Hidráulica I 04 EB601 Hidráulica II 04 EB805 Hidrologia das Águas Subterrâneas 02 6 EB406 Cálculo Numérico 04 7 EB207 Microbiologia Aplicada 04 8 EB901 Modelos Computacionais para Sistemas Ambientais 02 9 EB602 Operações Unitárias 04 10 EB305 Química Orgânica Aplicada 04 12 EB502 Topografia 04 13 EB504 Resistência dos Materiais I 04 Total: 54 créditos 3.3.3. Núcleo de Conteúdos Profissionalizantes Específicos Conforme o parágrafo 4º do artigo 7º da Resolução CNE/CES No 11 de 2002, “o núcleo de conteúdos específicos se constitui em extensões e aprofundamentos dos conteúdos do núcleo profissionalizante, bem como de outros conteúdos destinados a caracterizar modalidades. Estes conteúdos, consubstanciando o restante da carga horária total, serão Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 11 propostos exclusivamente pela IES. Constituem-se em conhecimentos científicos, tecnológicos e instrumentais necessários para a definição das modalidades de engenharia e devem garantir o desenvolvimento das competências e habilidades estabelecidas nestas diretrizes”. Os Referenciais Nacionais para os Cursos de Bacharelado e Licenciatura 6 apresentam os seguintes temas que devem ser abordados no curso de engenharia ambiental: Ecologia e Microbiologia; Meteorologia e Climatologia; Geologia; Pedologia; Cartografia e Fotogrametria; Informática; Geoprocessamento; Mecânica dos Fluidos; Gestão Ambiental; Planejamento Ambiental; Hidrologia; Hidráulica Ambiental e Recursos Hídricos; Poluição Ambiental; Avaliação de Impactos e Riscos Ambientais; Saneamento Ambiental; Saúde Ambiental; Caracterização e Tratamento de Resíduos Sólidos, Líquidos e Gasosos; Irrigação e Drenagem; Economia dos Recursos Hídricos; Direito Ambiental; Ciência dos Materiais; Modelagem Ambiental; Análise e Simulação de Sistemas Ambientais; Matemática; Física; Química; Ética e Meio Ambiente; Ergonomia e Segurança do Trabalho; Relações Ciência, Tecnologia e Sociedade. Convém ressaltar que alguns destes conteúdos constam no núcleo de conteúdos gerais do Curso de Engenharia Ambiental, atendendo a Resolução CNE/CES No 11 de 2002, já apresentados no item anterior. Os conteúdos profissionalizantes específicos do Curso de Engenharia Ambiental da FT estão divididos em dois núcleos: núcleo de disciplinas obrigatórias e núcleo de disciplinas eletivas. As disciplinas obrigatórias do Núcleo Profissionalizante Específico do Curso são apresentadas no Quadro 5, correspondem a 72 créditos (1080 horas). De acordo com a matriz curricular proposta para o Curso, o aluno deverá cumprir 12 créditos em disciplinas eletivas, e poderá optar por cursar as disciplinas do elenco de eletivas oferecido pelo Curso de Engenharia Ambiental, ou então, poderá cursar qualquer disciplina oferecida pela UNICAMP. Esta estratégia tem por objetivo proporcionar liberdade ao estudante para optar por áreas afins e complementaresà sua formação, nas áreas de informática, construção civil, ciências sociais e humanas, línguas, empreendedorismo, entre outras. 6 BRASIL. REFERENCIAIS CURRICULARES NACIONAIS DOS CURSOS DE BACHARELADO E LICENCIATURA. Ministério da Educação. Brasília, 2010. Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 12 Quadro 5. Disciplinas do Núcleo Específico Obrigatório do Curso de Engenharia Ambiental. Código Disciplina Créditos EB304 Química Ambiental e Experimental 04 EB404 Geologia e Pedologia 04 EB505 Ecologia Geral e Aplicada 04 EB407 Climatologia 02 EB506 Saúde Ambiental 04 EB604 Toxicologia Regulatória 04 EB606 Gerenciamento de Resíduos Sólidos 04 EB605 Monitoramento Ambiental 04 EB803 Controle da Poluição do Ar 04 EB702 Sistemas de Abastecimento e Tratamento de Água de Abastecimento 06 EB804 Sistemas de Esgotamento e Tratamento de Águas Residuárias 06 EB703 Construção e Meio Ambiente 02 EB705 Recursos Energéticos e Meio Ambiente 02 EB706 Recuperação de Áreas Degradadas 02 EB902 Direito e Legislação Ambiental 04 EB903 Avaliação de Impactos Ambientais 04 EB907 Produção mais Limpa 04 - Disciplinas Eletivas 12 Total: 76 As disciplinas eletivas de caráter especifico são oferecidas pela Faculdade de Tecnologia sob demanda, na forma de disciplinas de tópicos especiais, de forma a aprofundar assuntos de interesse dos alunos e de relevância na área ambiental, com base na formação do corpo docente do Curso. 3.4. MATRIZ CURRICULAR O Quadro 6 apresenta a matriz curricular do Curso, onde figuram os créditos de cada disciplina, de acordo com os vetores: T (teoria), P (prática), L (laboratório), O (orientação) e C (créditos totais da disciplina). O encadeamento dos pré-requisitos foi cuidadosamente estudado de forma que, permita o bom aproveitamento das disciplinas, mas ao mesmo tempo, não torne o curso muito rígido, e permita àqueles alunos que assim desejarem Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 13 adiantar algumas disciplinas, uma vez que existem cursos oferecidos pela Faculdade de Tecnologia no período diurno, cujas disciplinas do Núcleo Básico são equivalentes. Quadro 6. Matriz Curricular do Curso de Engenharia Ambiental da UNICAMP. Disciplina Créditos Pré-requisito T P L O C 1º Semestre – 20 créditos EB101 – Cálculo I 6 0 0 0 6 Não há EB102 – Geometria Analítica e Álgebra Linear 6 0 0 0 6 Não há EB103 – Física Geral I 4 0 0 0 4 Não há EB104 – Laboratório de Física I 0 0 2 0 2 Não há EB106 – Introdução à Engenharia Ambiental 2 0 0 0 2 Não há 2º Semestre – 20 créditos EB201 – Cálculo II 6 0 0 0 6 EB101 EB202 – Química Geral 2 0 2 0 4 Não há EB203 – Física Geral II 4 0 0 0 4 EB103 EB204 – Laboratório de Física II 0 0 2 0 2 EB104 EB303 – Expressão Gráfica 2 0 2 0 4 Não há 3º Semestre – 22 créditos EB105 – Biologia Geral 2 0 2 0 4 Não há EB205 – Metodologia Científica e Tecnológica 1 1 0 0 2 Não há EB301 – Cálculo III 6 0 0 0 6 EB201 EB304 – Química Ambiental e Experimental 1 3 0 0 4 EB202 EB401 – Comunicação e Expressão 1 1 0 0 2 Não há EB502 – Topografia 1 3 0 0 4 EB303 4º Semestre – 20 créditos EB207– Microbiologia Aplicada 2 2 0 0 4 EB105 EB305 – Química Orgânica Aplicada 4 0 0 0 4 EB202 EB306 – Ética, Cidadania e Educação Ambiental 2 2 0 0 4 Não há EB404 – Geologia e Pedologia 4 0 0 0 4 Não há EB405 – Mecânica dos Sólidos 2 0 2 0 4 EB201 EB103 5º Semestre – 20 créditos EB206 – Eletrotécnica Aplicada 2 0 0 0 2 EB103 EB302 – Algorítmos e Program. Computadores 2 0 2 0 4 Não há EB402 – Fenômenos de Transporte 4 0 0 0 4 EB203 EB301 EB407 – Climatologia 2 0 0 0 2 EB106 EB504 – Resistência dos Materiais I 2 2 0 0 4 EB201 EB405 EB802 – Administração de Empresas 2 2 0 0 4 Não há 6º Semestre – 20 créditos EB403 – Estatística 2 2 0 0 4 EB101 EB406 – Cálculo Numérico 2 0 2 0 4 EB101 EB501 – Hidráulica I 4 0 0 0 4 EB402 EB503 – Mecânica dos solos 3 0 1 0 4 EB101 EB404 EB505 – Ecologia Geral e Aplicada 4 0 0 0 4 EB105 Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 14 Quadro 6. Matriz Curricular do Curso de Engenharia Ambiental da UNICAMP (continuação). Disciplina Créditos Pré-requisito T P L O C 7º Semestre – 20 créditos EB506 – Saúde Ambiental 3 1 0 0 4 EB207 EB601 – Hidráulica II 4 0 0 0 4 EB501 EB701 – Hidrologia e Drenagem 2 2 0 0 4 EB304 EB404 / EB403 EB502 EB704 – Economia e Finanças 2 2 0 0 4 AA440 EB705 – Recursos Energéticos e Meio Ambiente 2 0 0 0 2 AA430 EB706 – Recuperação de Áreas Degradadas 1 1 0 0 2 AA440 8º Semestre – 20 créditos EB602 – Operações Unitárias 4 0 0 0 4 EB402 EB603 – Ciência e Tecnologia dos Materiais 2 2 0 0 4 Não há EB605 – Monitoramento Ambiental 2 2 0 0 4 EB106 EB702 – Sistemas de Abastec. e Trat. de Água 6 0 0 0 6 EB501 EB601 EB805 – Hidrologia das Águas Subterrâneas 2 0 0 0 2 EB701 9º Semestre – 20 créditos EB604 – Toxicologia Regulatória 3 1 0 0 4 EB304 EB804– Sistemas de Esgotamento e Tratamento de Águas Residuárias 6 0 0 0 6 EB501 EB601 EB907 – Produção mais Limpa 2 2 0 0 4 EB602 / EB803 ST314 – Segurança, Saúde e Meio Ambiente 2 0 0 0 2 Não há 4 créditos em disciplinas eletivas Qualquer disciplina da UNICAMP 10º Semestre – 20 créditos EB606 – Gerenciamento de Resíduos Sólidos 2 2 0 0 4 EB304 EB404 EB801 – Sistemas de Informações Geográficas 4 0 0 0 4 EB502 EB803 – Controle da Poluição do Ar 4 0 0 0 4 EB605 EB902 – Direito e Legislação Ambiental 4 0 0 0 4 AA460 4 créditos em disciplinas eletivas Qualquer disciplina da UNICAMP 11º Semestre – 18 créditos EB703 – Construção e Meio Ambiente 2 0 0 0 2 AA440 EB901- Modelos Computacionais para Sistemas Ambientais 1 0 1 0 2 EB302 EB406 EB903 – Avaliação de Impactos Ambientais 4 0 0 0 4 EB605 EB606 EB803 EB904 – Planejamento e Gestão Ambiental 4 0 0 0 4 EB605 EB606 EB905 – Introdução ao Trabalho de Conclusão de Curso 0 0 0 2 2 AA465 4 créditos em disciplinas eletivas Qualquer disciplina da UNICAMP 12º Semestre – 20 créditos EB910 - Trabalho de Conclusão de Curso 0 0 0 4 4 EB905 EB920 – Estágio Supervisionado 0 2 0 10 12 AA440 EB930 – Atividades Complementares 0 2 0 4 6 AA470 Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 15 3.5. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO O Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é componente curricular obrigatório, e para tanto, o estudante deve se matricular na disciplina EB910 – Trabalho de Conclusão de Curso, uma vez que tenha o pré-requisito na disciplina EB905 – Introdução ao Trabalho de Conclusão de Curso. Optou-se pela criação da disciplina de Introdução ao TCC para que o estudante tenha melhores condições de amadurecer os objetivos e as estratégias para o desenvolvimento do seu trabalho de conclusão. Nesta disciplina, o aluno deverá identificar o orientador e se for o caso, co-orientador (sendo que este último pode ser outro professor da Faculdade de Tecnologia, de outra Faculdade ou Instituto da UNICAMP, ou mesmo externo à UNICAMP), e junto deste, definir os objetivos do trabaho, iniciar o processo de revisão de literatura, e definição da metodologia que será adotada para atingir os resultados esperados. O estudante terá que desenvolver um trabalho de pesquisa que resulte em uma monografia, de acordo com as normas de redação e apresentação de monografias da Faculdade de Tecnologia, o qual deverá ser apresentado como requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Ambiental. Este trabalho poderá ser realizado mediante estudos dissertativos, de construção de modelos científicos, de construção de protótipos com aplicação de novas tecnologias, de projetos interdisciplinares, estudos de caso, entre outros, aprovados pela Coordenação do Curso, na área de Engenharia Ambiental. A aprovação na disciplina EB910 requer que o estudante apresente oralmente a monografia, peranteuma banca composta por três professores da unidade, ou membros externos convidados. O trabalho será desenvolvido sob a orientação de um professor da unidade, podendo existir um co-orientador externo. Os trabalhos de conclusão de curso podem ser realizados de forma individual ou em dupla. A Faculdade de Tecnologia dispõe de um sistema de gerenciamento dos Trabalhos de Conclusão de Curso, no qual o aluno pode consultar as normas e regras, calendário de atividades, definir a data da defesa e a banca avaliadora, disponibilizar para avaliação do orientador da coordenação de curso o plano de trabalho, relatórios parciais, e uma vez concluído o TCC, fazer upload da monografia. Este sistema, além de agilizar a tramitação dos processos, elimina a necessidade de documentos em papel, o desperdício de materiais, e a Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 16 geração de resíduos. O sistema está disponível no site da Faculdade de Tecnologia (http://www.ft.unicamp.br/graduacao/tccestagio) e pode ser acessado pelo aluno que está matriculado nas disciplinas de Introdução ao TCC e TCC, após realização de login. 3.6. ESTÁGIO SUPERVISIONADO A Lei Nº 11.788 de 2008 dispõe sobre estágio de estudantes, definindo estágio em seu Artigo 1º como sendo: “ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e adultos” (BRASIL, 2008)7. A mesma Lei estabelece que o estágio é parte do projeto pedagógico do curso e , visa o aprendizado de competências próprias da atividade profissional e a contextualização curricular, objetivando o desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho. Desta forma, o Estágio Supervisionado é componente curricular obrigatório, e deve ser realizado mediante matrícula na disciplina EB920 - Estágio Supervisionado, que tem como pré-requisito AA400, ou seja, o estudante deve ter concluído 40% da carga horária total do curso. O Estágio deverá ser realizado em empresa, ou em outro ambiente profissional, em atividade ligada à área de Engenharia, caracterizando experiência em ambiente de trabalho. Deverá ser efetuado em horários definidos pela empresa na qual o estudante estiver regularmente vinculado como estagiário, nos termos da legislação vigente, devendo contabilizar no mínimo 180 horas de atividades contínuas ou distribuídas ao longo dos semestres letivos, ou nos períodos de férias. O objetivo do estágio supervisionado é o desenvolvimento de um trabalho que alie o conhecimento científico e o conhecimento prático em uma dada área de conhecimento relacionada ao curso. O estágio supervisionado é uma atividade didática que não gera, sob qualquer hipótese, vínculo empregatício entre o discente e a organização na qual se realiza o estágio. 7 BRASIL. LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes. Brasília, 2008. http://www.ft.unicamp.br/graduacao/tccestagio Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 17 O estágio será desenvolvido sob a supervisão de um docente ou grupo de docentes designados pela FT (professor coordenador) e de um profissional indicado pela organização onde o estágio será realizado. O estagiário deverá reportar-se aos seus orientadores, conforme os critérios destes últimos em termos de periodicidade e apresentação de documentos. Aos orientadores cabe o acompanhamento normativo, didático, científico e profissional do estagiário. As regras para o ES estão em consonância com a Lei 11.788 que disciplina sobre o Estágio de Estudantes no país e a Resolução GR- 038/2008 que dispõe sobre as regras para a realização de estágios acadêmicos pelos alunos dos cursos de Graduação da UNICAMP, disponíveis em: https://sistemas2.ft.unicamp.br/tcc/formularios/Norma_estagio_2015.pdf Além do Estágio Supervisionado Obrigatório, o estudante que assim desejar, pode realizar Estágio Supervisionado Não Obrigatório (também conhecido como “extracurricular”), e para tanto deve possuir Coeficiente de Progressão (CP) maior ou igual a 0,3 (30% do curso já concluído). Neste caso, o Estágio Não Obrigatório pode ser contabilizado como Atividade Complementar do aluno. O início e validade do estágio (Obrigatório ou Não Obrigatório) estão atrelados ao cumprimento das regras de estágio vigentes na UNICAMP, coordenadas pelo Sistema de Apoio ao Estudante - SAE, que constam no Manual de Estágios da UNICAMP. Toda a documentação referente aos estágios, bem como o seu gerenciamento é realizado através do Sistema SAE (https://www.portal.sae.unicamp.br/index.php/pt/), onde tanto o estudante, como a empresa concedente devem ter cadastro, e disponibilizar os planos de estágio e relatórios de acompanhamento, os quais são avaliados e aprovados pela Coordenação de Curso. 3.7. ATIVIDADES COMPLEMENTARES O aluno do curso de Engenharia Ambiental, para concluir seu curso, deve se matricular na disciplina EB930, denominada Atividades Complementares, de 6 créditos, equivalente a 90 horas. A referida disciplina possui pré-requisito AA470, o que indica um mínimo de 70% de seu curso concluído. A disciplina é integralizada mediante a participação do aluno em minicursos, seminários, grupos de pesquisa, congressos, empresa júnior, projetos de extensão, https://sistemas2.ft.unicamp.br/tcc/formularios/Norma_estagio_2015.pdf https://www.portal.sae.unicamp.br/index.php/pt/ Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 18 intercâmbios, e outras atividades de formação profissional técnica, social, cultural, artística ou esportiva. O aluno deve encaminhar à coordenação do curso, via secretaria de graduação de cursos da FT-UNICAMP, solicitação de análise de documentos para convalidação de disciplina, acompanhada de relatório documentado (com cópias de certificados das atividades realizadas no período de graduação em Engenharia Ambiental), de forma a obter a integralização curricular. Os certificados serão analisados pela coordenação de curso, que atribuirá a pontuação por atividade, conforme consta no Quadro 7. Quadro 7. Conjunto de Atividades Complementares. Atividade Carga Horária Participação em em mini-cursos, cursos, palestras, visitas técnicas, seminários, congressos e outros eventos de natureza acadêmica e profissional na área. até 10 h/ semestre1 Realização de iniciação científica, realizadas na FT ou outras unidades da UNICAMP, com ou sem bolsa 20 h/ semestre Realização de Estágio curricular não-obrigatório 20 h/ semestre Atuação como monitor PAD - Programa de Apoio Didático 20 h/ semestre Participação em projetos e atividades de Extensão Comunitária 20 h/semestre Participação em projetos da Empresa Júnior 20 h/semestre Apresentação oral de trabalho técnico-científico, em âmbito nacional ou internacional 10h/apresentação até 10h/ semestre Apresentação em painel de trabalho técnico-científico, em âmbito nacional ou internacional 5h/apresentação até 5h/ semestre Publicação em periódicos científicos, livros, capítulos de livro, como autor ou coautor. 20 h/ artigo Publicação de trabalho completo em anais de eventos, proceedings e outros, como autor ou coautor. 10 h/ trabalho até 10h/ semestre Publicação de resumo em anais de eventos, proceedings e outros, como autor ou coautor. 5 h/ trabalho até 5h/ semestre Receber premiação de trabalho acadêmico, tais como menção honrosa, melhor trabalho apresentado em evento, entre outros 10 h/premiação Ministrar mini-cursos, cursos, palestras relacionados aos objetivos do curso Até 10 h/ semestre1 Assistir a defesasde trabalhos de conclusão de curso, dissertações ou teses na área do curso 1h/ defesa até 5h/ semestre 1 Pontuação definida de acordo com os certificados, valendo até 10 h/ semestre. Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 19 4. ESTRATÉGIAS DE ENSINO As estratégias de ensino do Curso levam em consideração as habilidades e competências esperadas para o Engenheiro Ambiental, privilegiando técnicas que promovam a interdisciplinaridade característica das área ambiental, e ao mesmo tempo, despertem no estudante o senso crítico e a capacidade de resolver problemas. De forma a aliar o conhecimento teórico ao prático, as seguintes disciplinas contemplam aulas práticas ou demonstrações de conceitos em laboratório: Biologia Geral, Microbiologia Aplicada, Laboratório de Física I e II, Química Geral e Química Ambiental e Experimental, Ciência e Tecnologia dos Materiais, Mecânica dos Solos, Resistência dos Materiais, Fenômenos de Transportes, Hidráulica I e II. Em função da peculiaridade de seus conteúdos programáticos, as disciplinas de Topografia, Recuperação de Áreas Degradadas, Climatologia, Geologia e Pedologia, contemplam aulas de campo, onde os alunos, acompanhados dos docentes têm a oportunidade de manusear equipamentos, conhecer formações geológicas e relevos, identificar espécies arbóreas nativas, reconhecer impactos ambientais e as influências das condições climáticas no meio e por fim, desenvolver projetos aplicados. De forma a complementar a formação téorica e prática, os estudantes tem a oportunidade de participar de visitas técnicas em instalações industriais e empresas relacionadas ao controle e monitoramento ambiental. Estas visitas proporcionam o conhecimento técnico sobre o funcionamento na prática de sistemas de monitoramento, controle e tratamento de poluentes, de aterros sanitários, de sistemas de tratamento de águas de abastecimento, de sistemas de gestão ambiental integrados entre outros. Considerando a interdisciplinaridade do curso, os docentes buscam priorizar as práticas de resolução de problemas utilizando os conceitos adquiridos nas diversas disciplinas. Desta forma, e em especial nas disciplinas de final de curso, tais como Direito Ambiental, Gestão e Planejamento Ambiental, Avaliações de Impactos Ambientais, os conceitos são trabalhados de forma aplicada, na forma de estudos dirigidos, procurando capacitar o futuro profissional para estar apto a utilizar os conceitos adquiridos na busca de soluções para problemas ambientais, sejam elas preventivas, reativas e/ou fiscalizatórias. Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 20 5. CORPO DOCENTE A excelência na qualidade do ensino, uma das marcas registradas da UNICAMP, é assegurada por um corpo docente interdisciplinar e altamente qualificado, com formação voltada às disciplinas específicas do curso. Além dos docentes vinculados ao Curso, algumas disciplinas de caráter básico e profissionalizante, são ministradas por outros docentes da FT. Atualmente a Faculdade de Tecnologia possui 73 docentes ativos8 para atender os cursos de graduação e a pós-graduação. O Quadro 8 apresenta a distribuição desses docentes nas carreiras MTS (magistério tecnológico superior) e MS (magistério superior), no regime de trabalho (RDIDP - Regime de Dedicação Integral à Docência e à Pesquisa; RTI – Regime de Turno Integral; RTC – Regime de Turno Completo; RTP – Regime de Turno Parcial) e a titulação. A dedicação de 86% desses docentes é integral, e 85% são doutores. Estes docentes estão vinculados às divisões da Faculdade de Tecnologia: Construção Civil, Informática, Telecomunicações e Saneamento Ambiental. Quadro 8. Quadro docente da Faculdade de Tecnologia. Carreira Regime de Trabalho Titulação MS MTS RDIDP/RTI RTC/RTP Doutores Mestres e Graduados 54 19 63 10 62 11 O Quadro 9 relaciona o corpo docente da Divisão de Tecnologia em Saneamento Ambiental, à qual está vinculado o Curso de Engenharia Ambiental. Conforme pode ser observado, os docentes possuem titulações em diferentes áreas. Esta característica do corpo docente é de suma importância, pois permite que as diferentes disciplinas do curso sejam ministradas por docentes com habilidades e competências específicas no conteúdo de cada disciplina. 8 Não foram incluídos professores em licença-prêmio ou em processo de aposentadoria. Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 21 Quadro 9. Docentes da Divisão de Tecnologia em Saneamento Ambiental da Faculdade de Tecnologia da UNICAMP. Nome Função Graduação Regime (horas) Disciplinas Ministradas Adilson José Rossini MTS-B3 Graduado em Tecnologia Sanitária 12 Produção mais Limpa e Monitoramento Ambiental Bernardo Tavares Freitas MS-3.1 Graduado em Geologia e Doutor em Ciências 40 Geologia e Pedologia, Climatologia e Metodologia Científica e Tecnológica Carmenlucia Santos G. Penteado MS-3.2 Graduada em Engenharia Química e Doutora em Ciências da Engenharia Ambiental 40 Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Construção e Meio Ambiente Cassiana M. Reganhan Coneglian MTS-C1 Graduada em Biologia e Doutora em Ciências 40 Microbiologia Aplicada e Saúde Ambiental Dagoberto Yukio Okada MS-3.1 Graduado em Engenharia Civil e Doutor em Hidráulica e Saneamento 40 Mecânica dos Solos, Sis. de Abastecimento e Tratamento de Água, e Sist. de Esgotamento e Tratamento de Águas Residuárias Elaine Cristina Catapani MTS-C2 Graduada em Matemática e Doutora em Engenharia Elétrica 40 Cálculo I, Cálculo II, Cálculo III e Modelagem Matemática de Sistemas Ambientais Enelton Fagnani MS-3.1 Graduado em Química e Doutor em Engenharia Civil 40 Química Geral e Química Ambiental e Experimental Gisela de Aragão Umbuzeiro MS-5 Graduada em Biologia, Doutora em Ciências e Livre Docente em Toxicologia 40 Biologia Geral e Toxicologia Regulatória Laura Maria Canno Fais MS-3.1 Graduada em Engenharia Civil e Doutora em Engenharia Civil 40 Hidráulica I, Hidráulica II e Fenômenos de Transportes Lubienska Cristina Lucas Jaquiê Ribeiro MS-3.2 Graduada em Engenharia Civil e Doutora em Engenharia Civil 40 Hidráulica I e Hidráulica II Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 22 Marco Aurélio Soares de Castro MS-3.1 Graduado em Engenharia Mecânica e Doutor em Hidráulica e Saneamento 40 Resistência dos Materiais, Física Geral II, Operações Unitárias, Economia e Finanças e Administração de Empresas Maria Aparecida Carvalho de Medeiros MTS-C2 Graduada em Engenharia Química e Doutora em Química 40 Disciplinas eletivas Marta Siviero Guilherme Pires MS-3.2 Graduada em Biologia e Doutora em Engenharia Civil - Saneamento e Ambiente 40 Introdução à Engenharia Ambiental e Gestão e Planejamento Ambiental Patrícia Prediger MS-3.1 Graduada em Química e Doutora em Ciências 40 Química Orgânica Peterson Bueno de Moraes MS-3.2 Graduado em Física e Doutor em Engenharia Mecânica 40 Química Geral e Química Ambiental e Experimental Rafael Costa Freiria MS-3.2 Graduado em Direito e Doutor em Engenharia Civil – Saneamento e Ambiente 40 Direito e Legislação Ambiental, Metodologia Científica e Tecnológica, Administração de Empresas, Gestão e Planejamento Ambiental Rafael Ulysses de Miranda MTS-B2 Graduado em Agronomia e Mestre em Agronomia 20 Recuperação de Áreas Degradas e Avaliação de Impactos Ambientais Renato Falcão Dantas MS-3.1 Graduado em Farmácia e Bioquímica e Doutor em Engenharia Química 40 Biologia Geral e Ecologia Geral Sandro Tonso MTS-C2 Graduado em Arquitetura e Urbanismo e Doutor em Geociências 40 Ética, Educação e Ambiente Simone Andréa Pozza MS-3 Graduada em Engenharia Química e Doutora em Engenharia Química 40 Controle da Poluição do Ar e Monitoramento Ambiental Projeto Pedagógico do Curso de EngenhariaAmbiental 23 6. INTEGRAÇÃO DO ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO No curso de Engenharia Ambiental, há diversas atividades de integração do ensino, pesquisa e extensão. Tais atividades estão relacionadas ao desenvolvimento de iniciação científica e de projetos diversos sob orientação de professores, inclusive ligados à extensão universitária. Da mesma forma, os estudantes são estimulados a formar organizações estudantis e utilizar os espaços da Universidade para promover debates, palestras, rodas de conversa, projetos de extensão comunitária, atividades artísticas, culturais e esportivas. 6.1. Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica e Tecnológica O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) é um programa do CNPq, que concede anualmente bolsas de Iniciação Científica. Em contrapartida, o Serviço de Apoio ao Estudante da UNICAMP (SAE), concede uma quota institucional de Bolsas Pesquisa que seguem as mesmas normas do PIBIC. A título de informação, no perído de agosto de 2017 a julho de 2018, o programa conta com o seguinte número de bolsas vigentes: PIBIC/CNPq: 626 bolsas; PIBIC-Af/CNPq: 15 bolsas; Pesquisa SAE: 244 bolsas; Pesquisa SAE/AF: 35 bolsas. O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) é um programa do CNPq que tem por objetivo estimular os jovens do ensino superior nas atividades, metodologias, conhecimentos e práticas próprias ao desenvolvimento tecnológico e processos de inovação. Atualmente na UNICAMP existem 36 bolsas vigentes para este programa9. Estes Programas são abertos aos alunos de graduação de toda a UNICAMP, e possibilitam aos alunos de graduação a oportunidade de ampliar a formação acadêmica e despertar e/ou amplicar o interesse pela área de desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas. As pesquisas desenvolvidas são apresentadas anualmente no Congresso de Iniciação Científica da UNICAMP. 9 Maiores informações sobre os programas de bolsas de iniciação científica e tecnológica da UNICAMP podem ser obtidas em: https://www.prp.unicamp.br/pt-br/pibic-pibiti-programa-institucional-de-bolsas-de-iniciacao- cientifica-e-tecnologica https://www.prp.unicamp.br/pt-br/pibic-pibiti-programa-institucional-de-bolsas-de-iniciacao-cientifica-e-tecnologica https://www.prp.unicamp.br/pt-br/pibic-pibiti-programa-institucional-de-bolsas-de-iniciacao-cientifica-e-tecnologica Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 24 6.2. Bolsas Auxílio Estudo e Formação As Bolsas SAE – BAEF aliam caráter socioeconômico à formação acadêmica, destinada a alunos de graduação. O objetivo é que alunos com baixo poder aquisitivo tenham garantida a sua permanência na Universidade e ao mesmo tempo, a oportunidade de desenvolver projetos relacionados ao ensino, pesquisa e extensão, relacionados à temática do seu curso. Para efetivação do Programa, o SAE conta com o apoio de docentes e técnicos administrativos responsáveis por áreas, que cadastram projetos voltados a sua formação acadêmica e orientam os bolsistas. 6.3. Programa Integrado de Formação O Programa Integrado de Formação – PIF, é destinado aos alunos de graduação, que apresentam excelente desempenho acadêmico, tenham concluído mais de 70% do curso, e que desejam ingressar no Programa de Pós-Graduação da FT após concluir o seu curso de graduação. Para ingressar no Programa o estudante precisa ter um projeto de pesquisa futuro, alinhado com um professor do Programa de Pós-Graduação (orientador). O orientador irá encaminhar à Comissão de Pós-Graduação da FT a solicitação de inscrição do candidato ao programa PIF, e uma vez aprovado, o aluno poderá cursar disciplinas de pós-graduação recomendadas pelo orientador, ainda quando está na graduação. Quando o aluno finalizar o curso de graduação e ingressar na pós-graduação, terá os créditos em disciplinas cursadas convalidadas em seu histórico da Pós-Graduação. 6.4. Atividades de Extensão A Faculdade de Tecnologia desenvolve suas atividades de extensão, seguindo os preceitos da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UNICAMP, segundo a qual: “a extensão tem como objetivo principal facilitar o contato de professores, funcionários e alunos com as demandas da sociedade, através de cursos, eventos, projetos de ação solidária, difusão dos resultados dos projetos de pesquisa, constituição de disciplinas práticas e estágios, em um processo no qual a universidade opera em conjunto com as comunidades buscando a superação de problemas e a realização de suas aspirações. Ao mesmo tempo, alunos, professores e funcionários promovem a disseminação do conhecimento gerado na Universidade e trazem novas demandas10”. 10 http://www.ft.unicamp.br/pt-br/extensao Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 25 Neste sentido, os estudantes têm a oportunidade de participar de projetos de extensão coordenados por docentes da FT, bem como cursos de difusão e extensão oferecidos pelos professores, ou ainda, podem eles mesmos, além de organizar atividades de extensão, com o objetivo de trocar experiências e vivências com a comunidade onde estão inseridos. 6.4.1. Projeto Ecoedu Ambiental O Ecoedu-Ambiental é um projeto de extensão comunitária que tem como objetivo, através da educação ambiental, ajudar no processo de inclusão social e na melhoria da educação no país. Este projeto tem como missão o auto-fortalecimento, o autoreconhecimento, a obtenção da auto-estima e da individualidade do ser humano de modo a permitir que as pessoas envolvidas possam ter uma vida mais digna. Os projetos satélites que fazem parte do Ecoedu buscam, por meio da interdisciplinaridade, dar apoio nas diversas áreas que podem estruturar a vida dessas pessoas11. Desta forma, as metas do Ecoedu são: Propagar o ensino, a pesquisa e a extensão; Integrar família, Universidade e comunidade; Considerar a criança e o adolescente em sua realidade sócio-cultural; Praticar valores éticos e os princípios da cidadania; Desenvolver a capacidade de aprender; Permitir a exploração, experimentação e vivência para os indivíduos; Propiciar o desenvolvimento da auto-expressão, da criatividade e da auto-descoberta; Valorizar a produção artística, o conhecimento histórico e cultural; Acreditar e desenvolver alternativas criativas e eficazes para educar. 6.5. Iniciativas e Organizações Estudantis Os estudantes do Curso de Engenharia Ambiental participam de forma bastante ativa em diversas organizações estudantis, as quais oferecem oportunidades de troca de experiências e novos aprendizados tanto para os alunos do curso, quanto para a comunidade acadêmica e público externo à FT. 11 Mais informações sobre o Ecoedu Ambiental podem ser obtidas em: http://ecoedu.wixsite.com/ecoedu http://ecoedu.wixsite.com/ecoedu Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 26 6.5.1. Comissão Ambiental A Comissão Ambiental é formada por alunos do Curso de Engenharia Ambiental e Tecnologia em Saneamento Ambiental da FT, cujas atividades envolvem a promoção de eventos, palestras, visitas técnicas, participação em congressos estudantis, divulgação de eventos externos e vagas de estágio aos alunos do Curso. No mês de junho, a Comissão organiza o META – mês da engenharia e tecnologia ambiental, com palestras, oficinas práticas e mini-cursos, todos envolvendo temas de interesse da comunidade acadêmica. Além destas atividades, a Comissão Ambiental tem atuado junto da coordenação de graduação, trazendo demandas dos alunos, e discutindo possíveis soluções. 6.5.2. Mercado de Trabalho em Engenharia O MTE – Mercado de Trabalho Engenharia12 é uma organização estudantilformada pelos alunos da Engenharia da Faculdade de Tecnologia e da Faculdade de Ciências Aplicadas da UNICAMP, voltada para o desenvolvimento profissional e pessoal dos alunos. A organização é um marco neste grupo, que tem promovido cursos, palestras e outros eventos com o intuito de fomentar discussões e o desenvolvimento dos alunos, ligado ao mercado de trabalho e ao empreendedorismo dos alunos. 6.5.3. Sinergia - CTE O Sinergia CTE – Centro de Treinamento em Energia é uma organização estudantil sem fins lucrativos, formada por estudantes da Faculdade de Ciências Aplicadas e de Tecnologia da UNICAMP, apoiada por docentes, cujo foco é capacitar e desenvolver líderes para os diversos segmentos da cadeia de valor energética do Brasil. Este grupo oferece um curso de difusão, o “Treinamento Sinergia”, que é “feito de alunos para alunos”. Os estudantes que participam do treinamento recebem cetificado em podem participar de Summer Job em uma empresa parceira13. 6.5.4. Empresa Júnior – UNITEC A Unitec - União da Tecnologia da Unicamp14 - é a Empresa Júnior da FT. Por sua natureza, é uma associação civil sem fins lucrativos, formada e gerida por alunos de 12 https://www.facebook.com/mte.limeira/ 13 http://www.sinergiacte.com/ 14 http://unitecjr.com.br/index.html Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 27 cursos de graduação e possui a assessoria de professores da Instituições. O objetivo da Unitec é identificar as demandas do mercado de trabalho, promover o contato com empresas, e com isso, aprimorar o desenvolvimento técnico e profissional dos estudantes. Os serviços de consultoria oferecidos pela Unitec na área ambiental incluem: auditoria ambiental em eventos, tratamento de água, recuperação de áreas degradadas e plantio compensatório, consultoria em eficiência energética e hídrica e gestão de resíduos sólidos. 6.5.5. AAATU - Associação Atlética Acadêmica Tecnologia Unicamp A AAATU é uma organização estudantil responsável pela organização, promoção e coordenação de atividades esportivas da Faculdade tais como treinos e campeonatos externos e internos à FT. Esta atlética representa os seis cursos da FT: Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas; Tecnologia em Construção Civil; Tecnologia em Saneamento Ambiental; Engenharia de Telecomunicações; Sistemas de Informação; Engenharia Ambiental. 6.5.6. Centro Acadêmico de Tecnologia O CAT – Centro Acadêmico de Tecnologia é uma organização estudantil da FT que representa todos os alunos do campus e busca promover melhorias em vários âmbitos ligados à representação discente em órgãos colegiados e junto da direção e coordenações. Além disso é responsável por organização de atividades culturais e sócio-políticas. Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 28 7. INTERNACIONALIZAÇÃO A UNICAMP possui uma ampla rede de Cooperação Internacional, mediante convênios com Instituições de Ensino e Pesquisa em todos os continentes. As oportunidades de internacionalização para os estudantes do Curso de Engenharia Ambiental envolvem a participação em editais de intercâmbio e do programa de intercâmbio de duplo diploma na área de Engenharia com a Écoles Centrales da Francça. 7.1. INTERCÂMBIOS ACADÊMICOS Os intercâmbios acadêmicos possibilitam aos estudantes a vivência no exterior, o aprendizado de novas línguas, experiências, culturas, contextos, disciplinas e abordagens empregadas em diferentes países para o equacionamento dos problemas ambientais atuais. Ainda, a UNICAMP recebe estudantes de outros países, contribuindo para a criação de um ambiente estudantil diverso e para discussões mais globalizadas em sala de aula. Todos os editais de intercâmbio contemplam a isenção de taxas escolares no exterior, e muitos ainda fornecem bolsas auxílio viagem e permanência no exterior. Os diversos editais são divulgados através do site da Diretoria de Relações Internacionais da UNICAMP – DERI15; a coordenação de graduação do Curso de Engenharia Ambiental incentiva fortemente a participação dos estudantes nos processos seletivos de intercâmbio na escolha das Universidades e na elaboração dos planos de estudos e escolha de disciplinas a serem cursadas. Ao término do intercâmbio, as disciplinas cursadas no exterior que forem equivalentes às disciplinas da grade curricular do curso de Engenharia Ambiental da FT são convalidadas. Ainda, o aluno tem registrado em seu histórico escolar a participação no programa de intercâmbio. 7.2. Programa de Duplo Diploma Ecoles Centrales - França O Programa de Duplo-Diploma tem como objetivo a obtenção concomitante dos títulos “Engenheiro da École Centrale” e “Engenheiro da UNICAMP”, com as seguintes características principais: (i) O Programa tem duração total de pelo menos seis anos; (ii) Os cincos primeiros semestres são cursados na UNICAMP; (iii) Os quatro semestres acadêmicos 15 Todos os editais de intercâmbio e demais informações estão disponíveis no site da Diretoria de Relações Internacionais da UNICAMP: http://www.internationaloffice.unicamp.br/ http://www.internationaloffice.unicamp.br/ Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 29 seguintes são cursados no sistema francês, em uma das Écoles Centrales, seguindo a grade comum do engenheiro da França; (iv) Os três últimos semestres ou mais são cursados na UNICAMP. O programa prevê a isenção das taxas acadêmicas (matrícula e mensalidades); demais despesas tais como obtenção de passaporte e visto, passagem aérea, alojamento, alimentação, seguro saúde ou outros gastos serão por conta do beneficiado. Os alunos aprovados no edital de seleção podem concorrer à Bolsa Eiffel do Governo Francês ou às Bolsas BRAFITEC, da CAPES/Brasil. No biênio 2017-2019 uma aluna do Curso de Engenharia Ambiental da UNICAMP estará participando do Programa de Duplo Diploma, na Universidade de Lyon, com bolsa BRAFITEC. Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 30 8. INFRA-ESTRUTURA FÍSICA A infra-estrutura física do curso de Engenharia Ambiental compreende 13 salas de aula16, dois anfiteatros, bibliotecas, 5 laboratórios de informática e laboratórios específicos, onde são realizadas aulas práticas de diversas disciplinas, ou atividades de pesquisa vinculadas à projetos de iniciação científica, projetos de pesquisa de docentes que envolvem alunos de graduação ou mesmos parte experimental dos trabalhos de conclusão de curso. 8.1. Laboratórios da Divisão de Tecnologia em Saneamento Ambiental Os laboratórios da DTSA, da qual o Curso de Engenharia Ambiental faz parte, possuem um parque analítico de aproximadamente 600 m2, com infra-estrutura básica para análises físico-químicas, microbiológicas, ecotoxicológicas em amostras de ar, água, solo e resíduos. As pesquisas ambientais têm caráter interdisciplinar, desta forma a integração dos laboratórios é indispensável e prática comum na unidade. Os laboratórios têm como objetivo dar suporte aos servidores docentes, discentes e comunidade externa, mediante o desenvolvimento de aulas práticas, desenvolvimento de pesquisas e de prestação de serviços à comunidade externa. 8.1.1. Laboratório Físico-Químico No LABFISQ são realizadas atividades de ensino, pesquisa e extensão, nas áreas sanitária e ambiental em matrizes tais como água, efluentes, resíduos sólidos e material particulado do ar. Este laboratório dispõe de bancadas para aulas práticas, e equipamentos para análises de espectrofotometria no UV-Vis, potenciometria, espectrometria de absorção atômica, cromatografia gasosa com ECD/FID, entre outros. Esta estrutura é utilizada para as disciplinas de Química Geral e Química Ambiental e Experimental. Figura 1. Laboratório Físico Químico.16 Em função de demandas específicas, eventualmente são utilizadas salas de aula do Campus II da Unicamp em Limeira, localizado a algumas quadras da FT. Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 31 8.1.2. Grupo de Otimização de Tecnologias Analíticas Aplicadas a Amostras Ambientais e Sanitárias O GOTAS se dedica ao aprimoramento e otimização de técnicas e processos químicos voltados à análise de amostras de interesse sanitário e ambiental, bem como o desenvolvimento de soluções analíticas. Suas principais linhas de pesquisa são: - Tratabilidade de efluentes – modelamento de processos e soluções de tratamento: visa identificar as melhores condições para a degradação de poluentes recalcitrantes, utilizando- se fotólise, peroxidação, e Processos Oxidativos Avançados (POA) como fotoperoxidação, processo de Fenton e foto-Fenton, ozonização entre outros, e ainda, o estudo de parâmetros físico-químicos de efluentes industriais, para construção de modelos estatísticos de previsão e otimização dos tratamentos propostos; - Biogeoquímica de metais potencialmente tóxicos - entendimento da dinâmica ambiental de metais potencialmente tóxicos como Cd, Cr, Cu, Hg, Ni, Pb e Zn, presentes em matrizes como água doce e seus sedimentos, realizando-se estudos de especiação química. - Planejamento e otimização experimental - otimização de metodologias e processos analíticos usando ferramentas quimiométricas, prezando pela maior eficiência e menor geração de resíduos, com foco nos princípios da Química Verde e da sustentabilidade. 8.1.3. Laboratório Central Analítica O Laboratório Central Analítica (LACAN) foi criado com caráter multiusuário para apoiar a infraestrutura de pesquisa da FT. Este laboratório realiza suas atividades seguindo a norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 – Requisitos gerais para competência de laboratórios de ensaio e calibração. Este laboratório tem como missão “realizar pesquisas, formar alunos e aperfeiçoar funcionários e pesquisadores, por meio da realização de análises químicas e biológicas utilizando tecnologias atualizadas e cientificamente fundamentadas.” Este grupo de pesquisa ocupa espaço anexo ao laboratório físico- químico, e foi criado no intuito de estimular os alunos de graduação na realização de pesquisas na área de química aplicada, bem como prover um espaço físico para as pesquisas de pós- graduação nesta área, que vem sendo desenvolvidas na FT. Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 32 O LACAN conta com um cromatógrafo gasoso acoplado a espectrometria de massas e estrutura para preparo de amostras líquidas, através do qual é possível realizar análises cromatográficas seguidas de identificação por espectrometria de massa. Figura 2. Laboratório central analítica. 8.1.4. Laboratório de Microbiologia No Laboratório de Microbiologia (LAMIC) são realizadas aulas práticas das disciplinas de Biologia Geral e Microbiologia Aplicada. O laboratório possui um amplo espaço com bancas e microscópios para análises e contagem de microorganismos, e todos os equipamentos necessários para a condução de atividades de pesquisa em microbiologia. Figura 3. Laboratório de microbiologia. 8.1.5. Laboratório de Monitoramento do Ar Este laboratório abriga os equipamentos para intervenções de monitoramento da poluição atmosférica por meio de amostragem e determinação de poluentes atmosféricos gasosos e particulados. Os estudantes aprendem a operar aparelhos de monitoramento da poluição do ar, tais como: os amostradores de grande volume para particulado total em suspensão e para material particulado com tamanho menor que 10 micrometros, e amostradores de pequeno volume APV-Trigás para amostragem de poluentes presentes na atmosfera na forma de gases ou vapores. Esses equipamentos estão instalados na estação de monitoramento atmosférico da FT. Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 33 No laboratório são montadas aulas práticas das disciplinas de Controle da Poluição do Ar (obrigatória) e Amostragem de Poluentes Atmosféricos (eletiva), com intuito de transmitir aos alunos o conhecimento sobre ensaios com os quais terão contato após as sua formação, possibilitando uma melhor compreensão das disciplinas abordadas em sala de aula e preparando-os para analisar e solucionar problemas reais na futura vida profissional. Figura 4. Estação de monitoramento atmosférico. 8.1.6. Laboratório de Química Ambiental e Tecnologias de Separação O Laboratório de Química Ambiental e Tecnologias de Separação (LAQUIATS) é usado para aulas da disciplina eletiva de Técnicas de Separação e Análises Cromatográficas Aplicadas ao Meio Ambiente, preparo de algumas amostras específicas e projetos de pesquisa. 8.1.7. Laboratório de Ecotoxicologia e Microbiologia Ambiental O Laboratório de Ecotoxicologia e Microbiologia Ambiental Prof. Dr. Abílio Lopes (LEAL) atende às atividades de ensino e pesquisa dos alunos de graduação em tecnologias de avaliação de impactos ambientais em ecossistemas aquáticos e gerenciamento da qualidade de água. Além disso, neste laboratório são desenvolvidas pesquisas de mestrado e doutorado, relacionadas à ecotoxicologia e biorremediação. O LEAL atende instituições públicas e privadas realizando pesquisas na avaliação do risco ecotoxicológico de substâncias químicas incluindo nanomateriais, corantes e agrotóxicos. Realiza estudos para avaliação de novos tratamentos de efluentes e remediação de solos. Conta com técnicos especializados e tem sistema de qualidade laboratorial implantado. Realiza diversos testes de toxicidade com organismos de água doce tais como: Projeto Pedagógico do Curso de Engenharia Ambiental 34 Testes de Toxicidade: Daphnia similis - microcrustáceo - agudo e crônico; Hydra atenuatta - hidra - agudo e crônico; Raphidocelis subcapitata - alga – crônico. Teste de Mutagenicidade: Salmonella/microsoma (Teste de Ames) São realizados estudos para desenvolvimento de novos testes de toxicidade utilizando “organismos nativos marinhos e de água doce", são realizados no laboratório. O LEAL também oferece serviços de interpretação de dados de caracterização e/ou monitoramento da contaminação ambiental; avaliação da ecotoxicidade e genotoxicidade de novos materiais incluindo derivação de critérios de qualidade de água; avaliação da eficiência de tratamentos de efluentes, avaliação e identificação de toxicidade; orientações quanto ao atendimento da Resolução Conama 357/2005 e 430/2011 e outras. 8.1.8. Laboratório de Desenvolvimento de Sistemas para Saneamento Ambiental O LADESSAM – Laboratório de Desenvolvimento de Sistemas para Saneamento Ambiental desenvolve pesquisas de caráter multidisciplinar, de graduação e pós graduação. As pesquisas visam o estudo e desenvolvimento de soluções tecnológicas para problemas relacionados ao tratamento de águas e efluentes, com ênfase à aplicação de tecnologias limpas. Para isso, são utilizados Processos Oxidativos Avançados (POAs) e outras tecnologias emergentes e combinações destas, incluindo aproveitamento de energia solar. Os projetos visam desinfecção, fitorremediação, oxidação/redução de compostos orgânicos e inorgânicos, desenvolvimento, modificação ou aplicaçã[o de novos eletrodos, lâmpadas e fotocatalisadores. As pesquisas desenvolvidas no laboratório incluem: Aplicação de processo eletrolítico, fotoquímico, foto-eletroquímico, Bioreatores com Membranas (MBR), POAs e processos combinados no tratamento de efluentes e águas contaminadas. Desenvolvimento e aplicação de eletrodos nano-estruturados e dopados. Utilização da energia solar para desenvolvimento de sistemas para tratamento de águas e efluentes. Estudo da toxicidade através de sementes de flores e comparação com leitura biofotonica. Desenvolvimento, modificação ou aplicação de novos
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