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DIREITO PROCESSUAL CIVIL

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL – PROF. CAMILO
Bibliografia: Curso sistematizado do Direito Processual Civil
 	 Teoria Geral do Processo – Ada Pellegrine
 Direito Processual Civil 
 	 Instituições de Direito Processual Civil – Cândido Dinamarco
 Marinoni, Arenhart, Mitidiero
 Araken de Assis 
 Fredie Didier
Conflitos e tutela jurisdicional adequada
Resumidamente:
Processo é uma ferramenta ou instrumento que visa como escopo o direito material. Sequência de procedimentos pelo qual o processo se realiza, pode ser uma forma de expressão da força estatal.
O processo é nada mais que uma forma de resolução de problemas, desde que o conflito se encontre no plano do direito material. Dessa forma, nota-se que o processo possui a finalidade de resolução, porém não pode se afirmar a superioridade com que soluciona o problema, assim sendo, somente, uma alternativa, entre várias, para esclarecer o impasse.
Para se esclarecer o conflito, o processo apresenta um caráter de heterocomposição, dado há um intermediário entre as partes conflituosas que decidirá o processo. Esse indivíduo deverá ser independente, impessoal e imparcial com relação as partes, a demanda e a decisão. 
Para que se possa propor a tutela jurisdicional adequada, necessita-se de um estudo das características do conflito demandado.
Os meios auto compositivos pressupõem uma equidade de forças das partes em conflito.
O processo judicial vem com a criação de um Estado, logo:
Primeira forma de solução de conflitos: com base na força. Autotutela (proteção pelo próprio envolvido no conflito). Pois a sociedade era desorganizada. A autotutela não tem nenhum compromisso com a justiça, pois é a “lei do mais forte”.
Próximas formas de solução de conflitos:
O conflito não é resolvido pelo uso da força, mas sim pelo consenso, é uma forma auto compositivas (as próprias partes resolvem os conflitos – conciliação e mediação). Não são sempre possíveis de serem aplicadas, pois alguns conflitos não conseguem ser solucionados pelas partes.
O conflito é solucionado por um terceiro, quando isso acontece existe o ganho de um terceiro não estar envolvido. Nesse caso, a possibilidade de justiça na solução de conflitos prevalece, sendo chamada de hetero composição, quem resolve não é o autor nem o réu do conflito.
O problema desse último é que esse terceiro que decide a causa era alguém comum e com o desenvolvimento da sociedade o terceiro passa por um crivo cada vez mais rigoroso na solução do conflito. Duas fases: a primeira quando os membros davam início a um processo (pretor no Direito Romano) e a segunda fase decisória julgada por um civil (“todo poder emana do próprio povo”).
O particular nunca erra, pois todos são iguais, com a ideia de recurso (apelatio) para a solução de um conflito, que é agora resolvido por uma pessoa representante do imperador.
O Poder Judiciário surge como forma de afirmação do próprio estado, logo, o estado necessita ter o controle da solução de conflitos para se afirmar. A preocupação não era de tutelar as partes e sim de se auto afirmar.
Arbitragem – Lei de Arbitragem de 1997, árbitro é um particular, um privado, sendo outra forma de hetero composição.
A autotutela ainda está presente entre nós, não sendo a principal forma de solução de conflito, sendo essa a legítima defesa. Cortar galhos de uma árvore vizinha que invadem o meu terreno.
Utilizar a autotutela – Crime: Exercício Arbitrário das Próprias Razões. Ela não foi totalmente extirpada.
Nova linha do CPC para resolver conflitos repetitivos (relações de consumo, tributo).
A expressão “meios alternativos de solução de conflitos” faz parecer com que existem os meios principais, que seria no caso a cultura do processo e os outros seriam a mediação por exemplo.
Hétero composição:
· Processo Estatal (judicial)
· Arbitragem
Auto composição:
· Conciliação
· Mediação
Inafastabilidade da Jurisdição – Princípio do Art. 5°, XXXV, da CF e Art. 3° do CPC (nenhuma lesão será excluída da proteção e os métodos como conciliação e mediação são métodos que garantem a legalidade da arbitragem, conciliação, mediação).
“Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito.
§ 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei.
§ 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos.
§ 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. ”
Isso prova que todos são principais e cabe encaixar o mais apropriado para cada caso.
Na auto composição, seja a mediação ou conciliação, é necessária sempre a presença de um consenso, ninguém decidirá por ninguém, aqueles envolvidos que estarão resolvendo pelo consenso. Já nos meios hétero compositivos são ignorados o consenso e as vontades, pois só não foi resolvido por um método auto compositivo pelo fato de não existir consenso.
Pode sempre existir um terceiro nas soluções auto compositivas, o qual terá a função de ajudar na chegada do consenso, eles serão chamados de conciliadores ou mediadores, trazendo sempre técnicas para buscar o consenso.
Na maioria das vezes os juízes não são bons mediadores ou conciliadores, pois os instrumentos que ele possui são instrumentos da cultura da sentença ou do litígio.
Diferença entre conciliação e mediação: 
Art. 65 do CPC
“§ 2o O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem.
§ 3o O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos. ”
O mediador nunca sugere uma solução, tendo uma função mais passiva, como forma de permitir que as partes possam dialogar, enquanto o conciliador é ativo. Claramente questões de famílias são resolvidas por um mediador.
É através do mediador que vem à tona o verdadeiro motivo pelo qual ocorre uma disputa, assim como nos casos das pensões alimentícias, que são somente uma parte da real discussão, por isso que os métodos de julgamentos não são de fato efetivas, visto que o entendimento de psicologia é muito mais útil.
Art. 565 do CPC
“§ 1o Concedida a liminar, se essa não for executada no prazo de 1 (um) ano, a contar da data de distribuição, caberá ao juiz designar audiência de mediação, nos termos dos §§ 2o a 4o deste artigo.
§ 2o O Ministério Público será intimado para comparecer à audiência, e a Defensoria Pública será intimada sempre que houver parte beneficiária de gratuidade da justiça.
§ 3o O juiz poderá comparecer à área objeto do litígio quando sua presença se fizer necessária à efetivação da tutela jurisdicional.
§ 4o Os órgãos responsáveis pela política agrária e pela política urbana da União, de Estado ou do Distrito Federal e de Município onde se situe a área objeto do litígio poderão ser intimados para a audiência, a fim de se manifestarem sobre seu interesse no processo e sobre a existência de possibilidade de solução para o conflito possessório. ”
Isso mostra que, principalmente nos conflitos possessórios, nos quais estão presentes várias pessoas, não deve ser aplicado um código puramente e de forma seca, visto que isso poderia gerar mais problemas que a não decisão. A mediação seria a forma de resolução do conflito mais passiva e que de fato teria mais chances de resolver o conflito.
A mediação ganha força com o novo CPC e não fica mais no estigma de “briga de marido e mulher”, isso é uma forma de interação no sentido que mesmo em um processo estatal, cabe também no decorrer do processo a mediação.
Sofreu grande interferênciada bancada ruralista, pois complicaria a resolução dos conflitos do modo como os ruralistas gostariam, na “canetada” e com maior garantia de ter suas terrar “devolvidas”. Presença da dialogia, uma vez que o fazendeiro em sua condição de dono da terra tenta dificultar o diálogo com as partes menos favorecidas.
No caso da conciliação o acordo é buscado após a exposição das “chances de cada lado em um processo”. Cada parte deve entender porque o acordo é mais frutífero que prolongar o conflito.
Tanto na mediação, quanto na conciliação, existe o acordo, que é o produto final da conciliação e da mediação. No caso da mediação, o acordo é uma consequência e no caso da conciliação é o fim buscado.
Os mediadores e conciliadores foram elencados como serviços auxiliares à Justiça. E a ideia do código é de se valer de pessoas especializadas em mediação e conciliação.
Existem câmaras privadas de conciliação e mediação, que não tenha relação com a justiça pública, claramente tem custos, porém ocorre a celeridade na solução de conflitos.
“Art. 167. Os conciliadores, os mediadores e as câmaras privadas de conciliação e mediação serão inscritos em cadastro nacional e em cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal, que manterá registro de profissionais habilitados, com indicação de sua área profissional.
§ 1o Preenchendo o requisito da capacitação mínima, por meio de curso realizado por entidade credenciada, conforme parâmetro curricular definido pelo Conselho Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça, o conciliador ou o mediador, com o respectivo certificado, poderá requerer sua inscrição no cadastro nacional e no cadastro de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal.
§ 2o Efetivado o registro, que poderá ser precedido de concurso público, o tribunal remeterá ao diretor do foro da comarca, seção ou subseção judiciária onde atuará o conciliador ou o mediador os dados necessários para que seu nome passe a constar da respectiva lista, a ser observada na distribuição alternada e aleatória, respeitado o princípio da igualdade dentro da mesma área de atuação profissional.
§ 3o Do credenciamento das câmaras e do cadastro de conciliadores e mediadores constarão todos os dados relevantes para a sua atuação, tais como o número de processos de que participou, o sucesso ou insucesso da atividade, a matéria sobre a qual versou a controvérsia, bem como outros dados que o tribunal julgar relevantes.
§ 4o Os dados colhidos na forma do § 3o serão classificados sistematicamente pelo tribunal, que os publicará, ao menos anualmente, para conhecimento da população e para fins estatísticos e de avaliação da conciliação, da mediação, das câmaras privadas de conciliação e de mediação, dos conciliadores e dos mediadores.
§ 5o Os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados na forma do caput, se advogados, estarão impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que desempenhem suas funções.
§ 6o O tribunal poderá optar pela criação de quadro próprio de conciliadores e mediadores, a ser preenchido por concurso público de provas e títulos, observadas as disposições deste Capítulo.
Art. 168. As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação.
§ 1o O conciliador ou mediador escolhido pelas partes poderá ou não estar cadastrado no tribunal.
§ 2o Inexistindo acordo quanto à escolha do mediador ou conciliador, haverá distribuição entre aqueles cadastrados no registro do tribunal, observada a respectiva formação.
§ 3o Sempre que recomendável, haverá a designação de mais de um mediador ou conciliador. 
 Art. 169. Ressalvada a hipótese do art. 167, § 6o, o conciliador e o mediador receberão pelo seu trabalho remuneração prevista em tabela fixada pelo tribunal, conforme parâmetros estabelecidos pelo Conselho Nacional de Justiça.
§ 1o A mediação e a conciliação podem ser realizadas como trabalho voluntário, observada a legislação pertinente e a regulamentação do tribunal.
§ 2o Os tribunais determinarão o percentual de audiências não remuneradas que deverão ser suportadas pelas câmaras privadas de conciliação e mediação, com o fim de atender aos processos em que deferida gratuidade da justiça, como contrapartida de seu credenciamento. ”
O CEJUSC vem como uma forma de garantir maior celeridade que um processo de forma gratuita.
Quando ocorrem os acordos consensuais, sempre existe a possibilidade de uma das partes não honrar a sua parte, seja um devedor que não quer pagar ou um credor que quer receber mais que o combinado. Se eu não atribuir força executiva a um acordo, qual a sua função?
*Execução: 
Cumprimento forçado ou execução forçada.
É necessária a homologação do acordo por um Juiz, na forma de sentença, para que o acordo tenha força executiva. Nesse caso, se o acordo for judicial.
Se o caso for extrajudicial, tem a possibilidade de simplesmente levar o acordo para o juiz homologar, sem que esse julgue o mesmo. A outra possibilidade é transformar em título extrajudicial executável.
O acordo é um Negócio Jurídico e dessa forma devem ser aplicados os vícios do negócio jurídico e as possibilidades de anulação do mesmo.
CEJUSC e PROCON
Resolução 125 de 2010 do Conselho Nacional de Justiça.
Já no art.1° é tratada a possibilidade de solução de conflitos da melhor forma possível ou a mais adequada, a sua natureza e peculiaridades.
Art. 8° definição das funções dos CEJUSCs.
Críticas do Procon:
Não tem um contato efetivo com o poder judiciário.
É essa resolução que foi responsável pelo controle administrativo do poder judiciário. Fazendo que fosse necessária a criação do CEJUSC.
Programa de Proteção e Defesa do Consumidor
Lida apenas com demandas de consumidor. Incumbe a função de fiscalizador das relações de consumo.
Críticas do CEJUSC:
Não tem caráter coercitivo, dependerá das políticas das empresas.
Juizados especiais cíveis: antigos juizados de pequenas causas. Mais informais, tentativa de conciliação.
“Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste Código, incumbindo-lhe:
V - Promover, a qualquer tempo, a auto composição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais; ”
1. No novo CPC o Réu é citado para vir à audiência e tentar uma mediação ou conciliação e não para contestação. Se houver uma solução consensual não é necessária uma contestação.
“Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20 (vinte) dias de antecedência. ”
“§ 1o O conciliador ou mediador, onde houver, atuará necessariamente na audiência de conciliação ou de mediação, observando o disposto neste Código, bem como as disposições da lei de organização judiciária. ”
É uma forma de estabelecer a cultura do consenso, caso a solução por meio do consenso não dê certo, o réu tem um tempo hábil para preparar a sua contestação (solução pela cultura da sentença).
2. Sempre que for matéria passível de auto composição, o juiz só não marcará uma audiência de conciliação ou mediação, caso ambas as partes se manifestem contrárias a autocomposição.
“3o A intimação do autor para a audiência será feita na pessoa de seu advogado. ”
“§ 4o A audiência não será realizada:
I - Se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse na composição consensual;
II - Quando não se admitir a auto composição. ”
Não será admitida auto composição para casos que envolvam direitos indisponíveis, interesse público, casos de improbidade administrativa.
“§ 5o O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na auto composição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência. ”
Aqui fica evidente como será tratado o silêncio. Esse artigo sofre duras críticas, pois pode ser visto como uma forma de imposição da auto composição, o que violaria o princípioda auto composição (as duas partes deveriam concordar com isso e não que uma das partes seja obrigada a se submeter mesmo não querendo).
“§ 8o O não comparecimento injustificado do autor ou do réu à audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com
Multa de até dois por cento da vantagem econômica pretendida ou do valor da causa, revertida em favor da União ou do Estado. ”
Princípio da boa-fé processual
Além do ponto citado anteriormente de quebrar o princípio da autocomposição, a audiência obrigatória prolonga o processo.
O TJ de SP diz que a citação de um Réu para a contestação direta não acarreta nulidade da Petição Inicial, sendo uma decisão contra legem. Assim como a decisão de não obrigar o Réu, que, por petição, não quiser solucionar por meio consensual, a comparecer na audiência, outra decisão contra legem.
Problemas encontrados nas conciliações e mediações: 
A mediação e a conciliação são audiências obrigatórias desde que o direito seja passível de auto composição e se ambas as partes quiserem. Além dos métodos hétero compositivos, também existe a arbitragem.
Lei 9307/96 é o início da arbitragem no Direito Brasileiro. Apesar de “criada em 1996”, a arbitragem existia, porém, passava pelo crivo do poder judiciário antes de validado. Não era considerada uma arbitragem pura, pois o juiz deveria homologar para ter validade. Assim o que valia era o juiz dizia, logo, ninguém utilizava a arbitragem, sabendo que passariam pelo poder judiciário, os cidadãos preferiam entrar direto com um processo.
A arbitragem é uma instituição privada, pois que a pratica não é funcionário público do poder judiciário; constitucional, tendo a possibilidade de arbitragem e não a obrigatoriedade da arbitragem.
Qualificação técnica dos árbitros, pelo alto grau de especificidade dos casos. Ex.: um juiz tendo que julgar os cálculos do engenheiro que levaram o prédio a desmoronar. O Juiz não pode pedir para um engenheiro decidir sobre. Mas no processo de arbitragem eles podem decidir sobre o caso.
Nós, envolvidos no conflito, podemos decidir como será resolvida a questão, podendo ser, portanto, um caso de utilizar qualquer forma jurídica, de qualquer lugar, podendo ainda pedir para ser resolvido por meio da equidade.
*Competência territorial: decidir, na arbitragem, como regra geral, a definição do lugar onde será julgado, feito isso pelas partes.
Desvantagem da arbitragem: ainda é uma forma de solucionar conflitos, extremamente elitizadas, com o elevado custo para a resolução do conflito. Geralmente só é aplicado em casos milionários.
Foi alterada pela Lei 13.129 de 2015
“Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis.”
Pessoas capazes
Direitos patrimoniais disponíveis
“§ 1o A administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis. ”
Essa é a prova de que nem tudo que a administração pública dispõe é um direito patrimonial indisponível.
Existem dois momentos de aplicação da arbitragem: quando as partes elegem a resolução por meio da arbitragem e no segundo caso é quando o conflito já surgiu e agora será definido quem serão os árbitros.
O consenso é necessário na arbitragem.
“Art. 2º A arbitragem poderá ser de direito ou de equidade, a critério das partes. ”
“§ 1º Poderão as partes escolher, livremente, as regras de direito que serão aplicadas na arbitragem, desde que não haja violação aos bons costumes e à ordem pública. ”
“§ 2º Poderão, também, as partes convencionar que a arbitragem se realize com base nos princípios gerais de direito, nos usos e costumes e nas regras internacionais de comércio. ”
Quando as partes celebram uma convecção arbitral e surge um conflito, a convenção arbitral, se descumprida é igual descumprir qualquer outra clausula do contrato. No caso, o Juiz não pode pegar o processo, pelo fato de já exigir uma cláusula que diz respeito da solução por meio da arbitragem.
A própria escolha já inibe o juiz de solucionar o caso.
Se a escolha da arbitragem é baseada na liberdade de contratar e no contrato de um fornecedor exista uma clausula (unilateral, pois só o fornecedor quer), é necessária uma ação judicial de nulidade da clausula de convenção arbitral, por não ter sido uma convenção e sim uma decisão unilateral.
Existe um processo que deve ser seguido para que ocorra uma arbitragem válida. A decisão de um arbitro é chamada de decisão arbitral.
Se o arbitro ou o painel arbitral com três arbitro e julga por meio de uma sentença, que incumbe na sentença do réu de pagar 10 milhões e não for cumprida, é necessário me valer da jurisdição estatal, para que o juiz estatal aprove um processo executivo para cumprimento.
*A atividade do processo executivo não é permitida para um particular fazer.
**Em geral, quase ninguém cumpre sentença, pois quem decidiu pela arbitragem, tem consenso em relação ao arbitro e a sua sentença (não consensual) resolve o conflito.
A vantagem da arbitragem pós 96 é de que o juiz não pode julgar novamente o que já foi decidido pelo arbitro. Porém o Juiz ainda pode anular a sentença arbitral nos casos recepcionados pelo art. 32 da Lei de Arbitragem.
Art. 32. É nula a sentença arbitral se:
I) For nula a convenção de arbitragem;
II) Emanou de quem não podia ser árbitro;
III) Não contiver os requisitos do art. 26 desta Lei;
IV) For proferida fora dos limites da convenção de arbitragem;
V) Comprovado que foi proferida por prevaricação, concussão ou corrupção passiva;
VI) Proferida fora do prazo, respeitado o disposto no art. 12, inciso III, desta Lei; e
VII) Forem desrespeitados os princípios de que trata o art. 21, § 2º, desta Lei.
É necessário ajuizar uma ação de nulidade e se o Juiz sentenciar como nula, volta ao arbitro e caso não seja sentenciada como nula, quem perdeu deverá cumprir a sentença arbitral.
*Art. 26 são as especificidades da sentença arbitral.
Tutela jurisdicional e Constituição
As decisões judiciais devem respeitar as exigências judiciais. Devem guardar respeito aos princípios judiciais. 
Controle de constitucionalidade: modelo processual de controle. A C.F. deverá legitimar quais são as funções e normas que regerão o ordenamento jurídico. São estabelecidos juízos de competência.
As normas de caráter fundamental são de eficácia imediata (o mero fato de ser contemplado pelo constituinte como direito significa que essa prerrogativa tem eficácia imediata, ainda que o legislador infraconstitucional não o tenha consagrado, o cidadão tem o direito de requere-lo a partir do processo judicial)
· Difuso (todo juiz): caracteriza-se basicamente pela possibilidade de qualquer magistrado de qualquer grau jurisdição declarar incidentalmente a constitucionalidade de lei ou de ato normativo no exercício da função jurisdicional.
· Concentrado (STF): por intermédio de três ações: a direta de inconstitucionalidade, a ação declaratória de constitucionalidade e a arguição de descumprimento de preceito fundamental.
Mais do que uma supremacia formal, a C.F. gera uma interferência no próprio modo de criação e operacionalização do processo.
O Direito à saúde é uma garantia constitucional e não existe nenhuma lei infraconstitucional que determine o mínimo essencial de saúde, seria o mínimo que as pessoas necessitariam para viver simplesmente.
A relação entre processo e constituição, é uma forma de garantir direitos fundamentais.
Para que um Estado de Direito seja democrático, devem ser respeitados alguns princípios, principalmente no processo civil. Assim como uma violação do sigilo telefônico, que deve sempre ter um processo respeitado, para que o Cidadão tenha liberdade e o Estado não tenha tal força.
Já existem ações diretas de inconstitucionalidade de alguns pontos do novo CPC, pelo fato de desrespeitarem princípios constitucionais.
OBS: não existe unanimidade de quais são os princípios processuais, tem variação de um doutrinador para outro.
Alfredo Buzaids: fez oCPC de 1973: não tinha nada de ditatorial, na verdade ele é visto como liberal.
*Em alguns pontos o Novo CPC é menos democrático que o de 1973, uma vez que se mostra mais impositivo, ditatorial.
Caput do Art. 3°: princípio da inafastabilidade da jurisdição ou acesso à justiça. “Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. ” 
Ao passo em que o Estado brasileiro se coloca no papel de solucionador de conflitos, esse deverá abrir as portas para que os cidadãos tenham seus pleitos apreciados.
Óbices:
Os óbices são ondas renovatórias do poder judiciário.
Núcleo duro: as partes não podem ter seu o acesso à justiça obstruído.
Quebrar todas as barreiras financeiras no acesso à justiça, para não deixar os hipossuficientes desprotegidos. Gratuidade dos custos processuais. A defensoria pública é responsável pela defesa dos hipossuficientes.
O problema do poder judiciário não é a quantidade de recursos e sim a péssima distribuição desses recursos. Nenhum país do mundo tem a quantidade de hipossuficientes que o Brasil tem. Há a necessidade de que os processos se tornem gratuitos, visto que os hipossuficientes devem ser tutelados juridicamente. 
Outra solução para a hipossuficiência é o “Benefício da Justiça Gratuita”.
Legitimidade ativa/ordinária é quem poderá tutelar um direito processualmente, sendo o próprio titular do Direito.
A segunda ordem renovatória baseia-se em problemas materiais, visto que passaram a justificar o fato do direito não ser somente individual e sim coletivo. Essa visão foi composta junto ao direito ambiental. Principalmente com o conceito de ação civil pública.
Devido Processo Legal ou Devido Processo Jurídico:
Volta-se, basicamente, a indicar as condições mínimas em que o desenvolvimento do processo, isto é, o método de atuação do Estado-juiz para lidar com a afirmação de uma situação de ameaça ou lesão a direito, deve se dar. Trata-se, pois, de conformar o método de manifestação de atuação do Estado-juiz a um padrão de adequação aos valores que a apropria Constituição Federal impõe à atuação do Estado e em conformidade com aquilo que, dadas as características do Estado brasileiro, esperam aqueles que se dirigem ao Poder Judiciário obter dele como resposta.
O processo deve ser devido porque, em um Estado Democrático de Direito, não basta que o Estado atue de qualquer forma, mas deve atuar de uma específica forma, de acordo com regras preestabelecidas e que assegurem, amplamente, que os interessados na solução da questão levada ao Judiciário exerçam todas as possibilidades de ataque e de defesa que lhe pareçam necessárias, isto é, de participação.
É considerado, por muitos juristas, um princípio síntese ou princípio de encerramento de todos os valores ou concepções do que se entende como um processo justo e adequado.
O princípio do devido processo legal, contudo, não deve ser entendido como mera forma de “procedimentalização” do processo, mas como uma forma de atingimento dos fins do próprio Estado. É por meio do processo devido que o Estado Democrático de Direito terá condições de realizar amplamente as suas finalidades.
Art. 5° CF:
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
O conteúdo do Devido Processo Legal possui um conteúdo elástico no qual são comportados alguns outros princípios.
É uma espécie de clausula geral que deve conter elementos mínimos de todo processo que é devido e justo.
*anular um ato pelo fato de falta de manifestação contrária.
O juiz não pode julgar uma causa antes de escutar e avaliar o que as partes têm a apresentar. Juiz imparcial.
Respeitar o contraditório e a ampla defesa.
Contraditório:
LV - Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
Promove o limite aos poderes do Juiz, que passa a ter que ouvir antes de decidir e a contradizer versões. É da própria essência do processo, o contraditório constitui a alma que dá sentido ao processo. O contraditório é o que anima o processo, é o que dá vida ao processo. 
É um direito de finalidade de influenciar o convencimento do julgador.
Direito de influir, de influenciar, na formação da convicção do magistrado ao longo de todo o processo. O Estado-juiz, justamente por força dos princípios constitucionais do processo, não pode decidir, sem que garanta previamente amplas e reais possibilidades de participação daqueles eu sentirão, de alguma forma, os efeitos de sua decisão.
Auditor et altera parte – ouvir a ambas as partes, bilateralidade da audiência. Todo o processo é constituído de atos processuais com o objetivo de que as partes dialoguem, é a concretização do contraditório da ampla defesa. O juiz intima as partes a se manifestarem e isso é o exercício do contraditório de ampla defesa.
“Processo nada mais é que processo em contraditório”. O diálogo faz com que o processo vá adianta, que progrida. O contraditório é o que movimenta o processo, é a alma. 
O contraditório é um direito das partes, porém, este, não precisa ser cumprido por ambas. Portanto, para as partes, o contraditório é direito, enquanto para os juízes é oportunizar o mesmo. Ciência obrigatória, porém, exercício (reação) facultativo.
O contraditório e a ampla defesa são fatores essenciais para o processo, são fatores existenciais para o processo. Requerem uma maturação, apesar de ser, muitas vezes, incompatíveis com a urgência.
Quando falamos em princípios temos que lembrar que princípios estão em conflito entre si.
Contraditório diferido: em algumas condições especiais, o contraditório pode ser postergado, mas ele nunca pode ser eliminado. Permanece a tutela do contraditório em ampla defesa, assim tomando uma decisão provisória sem bilateralidade, essa decisão é considerada uma liminar inauditor et altera parte. Tutela de urgência.
*O Juiz pode dar uma permissão para que o plano de saúde realize a operação em 48 horas, mas somente depois o hospital teria a chance do contraditório.
Princípio da demanda:
A demanda é estipulada pelas partes, limitando assim a papel do juiz. O juiz nunca pode trazer fatos ao processo.
Diferença entre conhecer uma matéria de ofício e exercer uma matéria de ofício. O novo código diz que, mesmo sendo de ofício, o juiz deve escutar as duas partes.
Art. 7°, 9° e 10°.
Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.
Art. 9o Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja previamente ouvida. (Bilateralidade da audiência).
Parágrafo único.  O disposto no caput não se aplica:
I - à tutela provisória de urgência;
II - às hipóteses de tutela da evidência previstas no art. 311, incisos II e III;
III - à decisão prevista no art. 701.
Art. 10.  O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício. (Vedação a decisão surpresa).
Princípio da Igualdade Processual:
O processo deverá respeitar a igualdade dos litigantes.
Igualdade formal x igualdade substancial
Foro por prerrogativa de função 
Prazos diferenciados
Princípio do juízo natural
É necessário o juiz constitucional e legalmente competente para tal ocasião.
A autoridade judiciária que julgará um determinado caso deverá preexistir ao fato a ser julgado. O princípio do “juiz natural” depende da identificação do órgão jurisdicional que, de acordo com o modelo constitucional do processo civil, detém ou não jurisdição e, mais especificamente, competência para realizar o julgamento.
Será “juiz natural” aquele que a Constituição indicar como competente ou, quando menos, quando ela, C.F., permitir que o seja.
A doutrina acredita que ele está implícito em dois incisos:
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicosinformações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;
É aquele juízo definido pela constituição e pela legislação previamente ao fato.
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
Subprincípio: 
· Imparcialidade: se o julgador não for imparcial, a forma heterocompositiva de solução de conflitos perde todas as suas vantagens. A imparcialidade do julgador está relacionada com duas dimensões, a primeira é uma dimensão protetiva (blindar o julgador de certas interferências que podem acarretar na falta de imparcialidade), se o juiz previamente ao desenrolar dos fatos, já tenha alguma relação com o caso, ele não deverá ser julgador desse caso.
· Inamovibilidade: significa que o Juiz não será transferido do local onde está, salvo se ele próprio solicitar.
· Irredutibilidade de salário: o salário do juiz não poderá ser redutível.
· Vitaliciedade: possui cargo vitalício, não podendo, por qualquer razão, ser retirado de seu “status quo”. Somente após o vitaliciamento, ele só poderá ser retirado do poder judiciário com sentença penal transitada em julgado.
Mesmo após o afastamento, ele continuará recebendo o salário integralmente.
O § único do art. 95 da CF dispõe os impedimentos que o Juiz possui. O inciso V é denominado de “quarentena”.
Impedimento e Suspeição, Juiz impedido ou suspeito. Incidência de uma causa que impossibilita que o Juiz julgue determinado processo. Uma vez afastado o Juiz impedido ou suspeito, o processo será julgado por outro Juiz que consiga manter a imparcialidade.
Impedimento art. 144 do CPC à Reconhecido objetivamente.
Suspeição possui uma carga subjetiva que deverá ser analisada para ver se cabe a suspensão. Art. 145 do CPC. Como no caso do inciso I, que deverá ser analisada a relação que o Juiz tem ou não em relação às partes.
Art. 93 da CF: Publicidade e Motivação das decisões judiciais.
Dimensão Pública e Democrática do Juiz: É a forma que o povo “detentor de todo poder”, consiga controlar os atos judiciais.
Dizer que um ato judicial é público significa dizer que ele não pode ter seu acesso restrito. Quando é pensada essa publicidade do processo, deve ser pensada em duas dimensões: a primeira é a documentação e a segunda é a realização dos atos processuais (audiências e julgamentos também devem ser públicos).
A publicidade, tal qual exigida constitucionalmente, tem sentido duplo. A primeira acepção é a de que o direito brasileiro não admite julgamentos “secretos”, ou seja, todo o atuar do Estado-juiz é público no sentido de ser possível o acesso imediato a ele. A segunda é no sentido de que todas as decisões, para serem entendidas como tais, devem ser publicadas, isto é, tornadas públicas, acessíveis ao público em geral.
Os princípios do processo estão se chocando com outros princípios de outras obras sempre.
A publicidade não é tão ampla e irrestrita, primeiramente por alguns casos não poderem ser, como no caso de “vazar” uma delação premiada antes que sejam julgadas a informações como procedentes no caso.
Os autos não possuem mídia física e sim por meios eletrônicos, como no caso da transmissão online de julgamentos. Em primeiro momento essa transmissão parece estar de acordo com o princípio da publicidade. Mas a partir desse momento reflexões devem ser feitas, até onde a publicidade do julgamento não redunda na espetacularização do julgamento?
*Em nenhum país do mundo o julgamento é televisionado, em alguns países a publicidade não é do voto e sim da decisão final. Esse modelo de julgamento em forma de espetacularização influência na qualidade do julgamento. “Desempenhar um papel para atingir as expectativas esperadas construídas em volta da figura”
Art. 93 da CF: princípio da motivação: o Juiz deve dizer os fundamentos pelos quais ele decide de uma maneira ou de outra. “Decido assim, devido às provas periciais trazidas a luz”.
O princípio da motivação expressa a necessidade de toda e qualquer decisão judicial ser explicada, fundamentada, justificada pelo magistrado que a protocolou. Com isso o princípio assegura não só a transparência da atividade judiciária, mas também viabiliza que se exercite o adequado controle de todas e quaisquer decisões jurisdicionais.
Assume inegáveis foros de mecanismos de justificativa e de controle do exercício da função jurisdicional.
*O Juiz pode interpretar o Direito e valorar os Fatos da forma como ele quiser, porém ele deve sempre fundamentar suas decisões. Para as partes é importante saber a fundamentação no caso da necessidade de “recorrer” uma fundamentação aparentemente equivocada.
*O Juiz quando profere sentença, pode pinçar o que interessa do que foi trazido das partes ou ele deve trazer todos à luz, mesmo que somente para afastá-los? No caso essa sentença seria imotivada, visto que o ato decisório não é direcionado ao juiz e sim para os outros. Logo, tudo aquilo que foi dito nas peças devem ser analisadas pelo Juiz.
O juiz precisa enfrentar todos os argumentos trazidos pelas partes. 
Art. 489, §1º não se considera fundamentada... 
Exercício hermenêutico de adequar o fato à norma.  
Existem normas com maior densidade hermenêutica. Ex. função social da propriedade, direito à saúde, função social da empresa. Função social. Cláusula geral. Normas que têm uma moldura normativa muito ampla. O legislador tem usado mais esse tipo de técnica redacional. Cláusulas gerais. Contemplar situações fáticas. Da mesma maneira que não se pode aplicar um dispositivo de lei sem relacionar com o caso concreto... 
Dignidade da pessoa humana. Pode servir pra justificar tudo. Não existe conteúdo em abstrato. É necessário “densificá-la” no caso concreto. Sempre que se judicializam questões sociais, aparece a dignidade da pessoa humana. 
Bem de família, salário – resguardam a dimensão de que todo ser humano precisa pra existir com dignidade.  
Meu veículo está sendo penhorado. E se este veículo é utilizado por mim para trabalhar como Uber e ele é meu instrumento de trabalho. Estou desempregado. Ele garante minha subsistência. 
Princípio do Duplo Grau de Jurisdição 
Significa: direito a recurso, é um princípio constitucional ou não? Em nenhum momento estará expresso na Constituição, mas predomina o entendimento que é um princípio implícito, sendo uma consequência do contraditório e da ampla defesa. 
Podendo estar relacionado como um subprincípio ou estaria implícito na CF, quando essa estabelece o modo como o sistema judiciário estaria organizado.  
É um recurso que passa da primeira para a segunda instância, quase todas as questões que podem causar uma perda para alguém serão recorridas. Isso é assumir a ideia que o Juiz pode errar. A sucumbente (parte que perdeu), o recurso seria a correção de uma decisão.  
Existem decisões irrecorríveis: como no caso de um processo de execução fiscal, algumas execuções de baixo valor da Fazenda não podem ser recorridas. O caso do mensalão não houve recurso (excluindo os embargos de declaração, que tem a finalidade de aclarar possíveis dúvidas em uma decisão).  
Competência originária do STF: alguns projetos chegam ao STF via recurso e outros começam no STF, estas não são recorríveis, por não existir uma instância superior onde recorrer.  
 Começa a ganhar força a ideia dos tribunais internacionais, Corte interamericana de Direitos Humanos da Costa Rica. Não são instâncias superiores para onde recorrer, mas é uma possibilidade de revisão decisões sobre assuntos que envolvam os Direitos Humanos. Não é uma instância ordinária, mas é uma forma de rediscutir sobre algo que já não tem mais espaço dentro do ordenamento do país.  
Princípio da Duração Razoável do Processo 
Se você não atende aquele que tem direito no momento que ele necessita, você comete injustiça. Qual é a duração adequada do processo art. 5°, LXXVIII, da CF. O inciso promove a racionalização, otimização e eficiência da atividade jurisdicional e seusmétodos empregados, ao passo em que não prejudica o atingimento dos objetivos mais amplos do processo.
Entende-se o princípio da economia processual como aquele que segundo o qual atividade jurisdicional deve ser prestada sempre com vistas a produzir o máximo de resultados com o mínimo de esforços.
Cada caso é um caso, a natureza do Direito em jogo e as características dele podem ser uma forma de influenciar no que seria razoável, como no caso de pedidos de recurso. Nunca será dito um tempo exato. Porém, o princípio autoriza uma nova forma de pensar o direito processual civil, mesmo em casos em que não há lei expressa que o concretize.
É uma norma com pouca eficácia, o contraditório é um princípio que possui dilação de tempo, mas o que a Constituição garante é que não deve ser exacerbado. O problema pode ser somente o tempo morto de cada processo.  
Por que é um problema não ter um tempo exato? Torna ineficaz, o Estado se coloca na posição de que não consegue uma celeridade pelo fato de não ter juízes suficientes e diz não ter base de quanto tempo no máximo deve durar. 
O princípio pode mostrar-se consoante ao princípio da efetividade do processo.
Aqui entra o papel da Corte Internacional, que pode condenar um país inteiro pelo fato de o caso concreto ter desrespeitado esse princípio pelo menos. 
Princípio da Boa-fé processual  
A Boa-fé não é um princípio processual, mas sim um de Direito, que se aplica ao direito processual: agir dentro dos limites daquilo que me cabe.  
Existe o Limite da Boa-fé processual no qual, mesmo que exista uma possibilidade de eu realizar um processo, não posso fazer isso de forma extremada. Tudo aquilo que está nos limites do contraditório e ampla defesa é uma forma de Boa fé. 
Causa penas aqueles que: litigante que litiga de má-fé (penas pecuniárias) ou aquele que viole a dignidade da justiça. Art. 5° do NCPC. 
Ato atentatório a dignidade da justiça. Se a vítima do descumprimento do princípio for a parte será litigância de má fé. Forma de punição é ao atentado a boa-fé é a multa pecuniária.
 Art. 77 e 80 do NCPC. 
 Art. 77, II, uma interpretação muito extensiva faz com que crie insegurança jurídica, pois, mais uma vez, isso não está delimitado.  
 Art. 80: litigante de má-fé.  
Colaboração ou Cooperação 
Novidade no Novo Código de Processo Civil 
 As partes têm o direito de colaborar com o Juiz para solucionar o conflito, o professor não acredita muito nesse princípio, parece forçado acreditar que as partes contrapostas no processo estão com o espírito colaborativo de buscar a solução mais justa. Art. 6°. 
 O Art.190 constata de Negócio Jurídico Processual: as partes podem, quando elas forem capazes, estabelecer uma espécie de contrato ou negócio jurídico, vinculando o Juiz de como será o procedimento para julgar o caso à “Arbitragem de Pobre”. 
 Na arbitragem, desde sempre, ocorreu essa autocomposição, na qual seriam delimitados certos procedimentos. Por isso que o art. 190 do NCPC recebe tal apelido. 
Oralidade
Princípio muito desprestigiado no Direito Brasileiro seria a realização de atos contratuais orais. Não existe um processo integralmente oral, todos são documentados, mas certos atos podem ou devem ser orais.
Ele é predominantemente escrito, porém a legislação contempla certos momentos de atos orais, como no caso da mediação e conciliação, são atos orais reduzidos a termos.
Também está presente na audiência de instrução (processualmente falando, significa produzir provas, são, no caso, provas orais – depoimentos das partes, depoimento de terceiros) e julgamento.
Dimensão constitucional de Acesso à Justiça: acessar o poder judiciário e participar do processo de julgamento.
Imediatividade: julgador e parte estarem pessoalmente diante de si.
*Por trás desse princípio está uma ótima maneira do julgador formar a sua decisão por meio de uma sustentação oral. Em grau recursal, normalmente, não ocorre a produção de provas, estas seriam reapreciadas, pois foram formadas no primeiro grau.
Ata: transcreve o que foi dito na audiência. Os vídeos dos julgamentos também são vistos como certa imediatividade.
Testemunho do réu preso por videoconferência. Isso faz com que diminuam os custos, já que várias vezes a segurança deve aumentar para não haver fuga. Ocorre a discussão da aplicação disso, pois foi sustentando que a testemunha deve poder ficar uma vez na frente de quem a está julgando.
Geralmente a decisão não é dada no final do julgamento, isso no processo civil, sendo mais comum do processo trabalhista. Isso é uma forma de quebra da oralidade. Sendo desprestigiado e não utilizado.
Jurisdição
Como se dão os atos processuais com mais de um Estado envolvido, seria o caso de assuntos internacionais, sendo esperada a colaboração internacional.
Está para a ideal de poder jurisdicional, que no Direito Brasileiro se subdividem em Executivo, Legislativo e Judiciário. A Jurisdição está relacionada com o ato de julgar, mas não é o Judiciário o único órgão jurídico. Como no caso do impeachment, que é um processo jurisdicional não presente no Judiciário, o presidente do STF simplesmente conduz o processo, mas não tem pode de voto.
Processo Administrativo: regido pelos princípios do contraditório e da ampla defesa: pois é possível a aplicação de pena.
Assim como temos julgamentos fora do judiciário, também temos dentro desse poder a criação do regimento interno, que é um ato administrativo.
O poder judiciário só é poder no Estado soberano ao qual ele pertence (contorno que restringe o judiciário no Estado em que ele está contido).
Foram inseridas regras, com muitos defeitos, sobre cooperação internacional no NCPC.
Aula do Mestrando:
1 – Limites da Jurisdição Nacional: a jurisdição é basicamente a função de dizer o Direito, estando contida no Estado que tem o poder soberano.
1.1 – Jurisdição: função, dever e poder.
O Limite é o território, dessa forma, se um Estado necessita de algo de outro Estado, ele não tem força coercitiva para que o ato seja realizado, logo, é necessária a colaboração internacional.
1.2 – Una e Indivisível: a atividade do Estado dizer o Direito é uma atividade só, mas fica difícil que isso seja concentrado em um determinado órgão, dessa forma é dividida essa atividade em competências (termo “compete”), mais relacionadas na organização interna dos Estados.
1.3 – Competência
1.4 – Competência Internacional Concorrente: Art. 21 e 22 do NCPC dispõem sobre alguns casos que a Jurisdição brasileira deve ocorrer.
Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que:
I - O réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil;
II - No Brasil tiver de ser cumprida a obrigação;
III - O fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações:
I - De alimentos, quando:
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil;
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos;
II - Decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil;
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional.
1.5 – Competência Internacional Exclusiva: Art. 23 do NCPC.
Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra:
I - Conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
II - Em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
III -Em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenhadomicílio fora do território nacional.
Como no caso do Inciso II, ocorre a discussão sobre elementos relativos a soberania internacional do Brasil. Nesse caso, o critério determinante seriam os bens, presentes no Brasil.
1.6 – Não há Litispendência: é uma relação de identidade entre demandas, são os elementos da ação analisados (partes, causa de pedir e pedidos), se em uma ação existir os mesmos elementos em processos diferentes, ocorrerá litispendência e somente uma ação ocorrerá.
No caso de processos com os mesmos elementos em Estados diferentes, não ocorrerá a litispendência. Essa é a regra, porém o CPC traz disposições contrárias em certos casos.
Art. 24 do NCPC.
Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil.
Parágrafo único. A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil.
Por trás disso está presente o princípio do 5°, XXV, da CF, a qual permite e garante o Direito de Ação, deixando de lado uma possível decisão contrária em favor de garantir a ação da parte requerente. Acontecendo uma absolvição no Brasil e condenação no Paraguai, seria possível, pois somente ocorre conflito teórico, não existindo um conflito prático.
Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula de eleição de foro exclusivo estrangeiro em contrato internacional, arguida pelo réu na contestação.
Esse é um caso de competência relativa.
2 – Cooperação Internacional: deve ocorrer cordialmente, pelo fato de nenhum país ter poder coercitivo quanto a essa cooperação. Podendo ocorrer em alguns casos em contratos internacionais, que são importantes para não acontecer a decisão contrária em diferentes Estados.
2.1 – Conceito: Conjunto de técnicas que permitem a dois estados colaborarem entre si em prol do cumprimento fora de seus territórios de medidas jurisdicionais requeridas por um deles.
2.2 – Disposições Gerais: pode existir com base no princípio da reciprocidade (Direito Internacional), quando um país cumpre o que é pedido de outro pela possível necessidade futura de que o mesmo faça isso depois.
*Art. 26, IV do NCPC: no Brasil é o Ministério da Justiça.
IV - A existência de autoridade central para recepção e transmissão dos pedidos de cooperação;
*Art. 26 do NCPC.
§ 3o Na cooperação jurídica internacional não será admitida a prática de atos que contrariem ou que produzam resultados incompatíveis com as normas fundamentais que regem o Estado brasileiro.
Pode eventualmente confrontar alguns princípios que a Constituição Brasileira pode vetar.
2.3 – Atos de cooperação: Art. 27 do NCPC
Art. 27. A cooperação jurídica internacional terá por objeto:
I - Citação, intimação e notificação judicial e extrajudicial;
II - Colheita de provas e obtenção de informações;
III - Homologação e cumprimento de decisão;
IV - Concessão de medida judicial de urgência;
V - Assistência jurídica internacional;
VI - Qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira.
2.4 – Classificações
Ativa e Passiva: será ativa quando eu pedir a outro Estado a cooperação e passiva quando alguém me pede.
Direta e Indireta: direta quando não precisa de um juízo de deliberação (não precisa da análise dos requisitos sobre a contrariedade com os códigos brasileiros) e indireta quando precisa do juízo de deliberação. O tratado ou acordo define a necessidade ou não.
*STJ: Superior Tribunal de Justiça.
Penal e Cível: seria basicamente a diferença entre penal e não penal.
Jurídica e Jurisdicional: jurídica em caso de informações sobre o Direito, como no caso do STF precisar saber se determinado ilícito penal também é tipificado no código turco e também no caso da necessidade de saber se existe dinheiro no nome de alguém, que não precisa necessariamente estar contido dentro de um processo (jurisdição) e jurisdicional é quando aquilo já está em um processo.
2.5 – Mecanismos de cooperação internacional
2.5.1 – Auxílio Direto: conceito presente no art. 28 do NCPC, quando não precisa de análise de juízo jurisdicional, recebe o auxílio direto.
2.5.2 – Carta Rogatória: Art. 237, II, do NCPC.
II - Rogatória, para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato de cooperação jurídica internacional, relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional brasileiro;
São para atos processuais provisórios para aqueles que ainda não tenham uma decisão final.
2.5.3 – Homologação de Sentenças Estrangeiras: quando é o último ato, ou seja, não cabem mais recursos.
Organograma do Poder da Jurisdição
Una e indivisível.
Para que este sistema funcione bem, a jurisdição deverá admitir uma divisão por competência visando uma regulamentação com maior competência e otimização; garante melhores resultados no organograma jurisdicional.
Art. 92 da C.F.:
I - O Supremo Tribunal Federal;
I- A - O Conselho Nacional de Justiça;           
 II - O Superior Tribunal de Justiça;
II- A - O Tribunal Superior do Trabalho;          
III - Os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
IV - Os Tribunais e Juízes do Trabalho;
V - Os Tribunais e Juízes Eleitorais;
VI - Os Tribunais e Juízes Militares;
VII - Os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
Não existe tribunal municipal, estes estão vinculados à União ou aos Estado. 
Existem tribunais de sobreposição e superoposição. No primeiro caso, trata-se de tribunais de mesma justiça, enquanto no segundo, trata-se de justiças diferentes, porém com poderes hierárquicos que se sobrepõem.
O S.T.J. e o S.T.F. não pertencem a nenhuma Justiça; são tribunais de superposição.
Não existe previsão constitucional de nenhuma outra justiça a não ser a estadual, a federal, a do trabalho, a eleitoral, a militar federal e a militar estadual. Porém a C.F. não utiliza o termo Justiça, mas os termos juízes e tribunais.
** A justiça desportiva faz parte da Justiça Privada, ou seja, nada mais é do que uma Arbitragem.
O primeiro passo para entendermos a matéria que cada Justiça trata é a necessidade da compreensão das competências que nela são abordadas. A Justiça que julga mais de uma matéria é chamada de geral, enquanto aquela que trata apenas uma matéria é denominada especiais, visto que são matérias especificas que são tratadas. As Justiças gerias não apresentam delimitação de matérias.
A Justiça Federal julga os conflitos envolvendo a União; em 90% de seus casos trata de casos relacionados ao interesse ou à vontade da União. 
Não se ve a viabilidade para ter uma Justiça que envolva a União e seus interesses. 
A Justiça Estadual é uma forma de Justiça Residual no país, dado que tudo o que não tem matéria específica é tratada na Justiça Comum. Maior volume de demandas de processos.
Justiças Especiais no Brasil:
Justiça do Trabalho:
Peculiaridades na disposição do processo civil; possui legislação específica.
Há somente um TRT por Estado, porém no caso de São Paulo, há 2 tribunais, visto que um se relaciona as questões atreladas a Grande São Paulo e a região interiorana, localizado em Campinas. 
** O fluxo do organograma, normalmente, se dá de forma progressiva, ou seja, das menores instancias para as maiores. No caso da Justiça do Trabalho, ele se inicia nos Juízes do Trabalho, partindo para os Tribunais Regionais do Trabalho e, depois, para o S.T.F.
Primeira Instancia: juízes – concursos públicos
Tribunais Superiores: normalmente, por indicação do Presidente da República com Sabatina e confirmação pelo Senado.
Justiça Eleitoral:
Fatos relacionados a política, desde questões cíveis a penais. 
Os juízes de 1º grau não são juízes específicos, visto que seria muito caro custear juízes especializados para uma área a qual a maior atuação se dá durante o período de eleição, ou seja, menos de 1 vez ao ano. Os juízesestaduais que tratam a respeito dessa parcela das justiças especiais. 
Justiça Militar:
Relacionada, basicamente, a crimes militares. Há dois tipos de militares no Brasil, ou seja, que estão vinculados a União e que estão vinculados aos Estados. A Justiça Federal é a que possui maior competência no exercício da atividade jurisdicional militar.
Apenas três estados possuem Justiças Militares Estaduais; São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Os custos atrelados a essa forma de jurisdição não condizem com a quantidade de processos, além da discussão a respeito da possibilidade de outras Justiças possam julgar a jurisdição militar.
Justiças Comuns:
A Federal é menos comum do que a Estadual.
· Âmbito Estadual:
Primeira Instância: Juízes Estaduais.
Segunda Instância: Tribunais de Justiça.
Para cada estado, há um Tribunal de Justiça. 
· Âmbito Federal:
Primeira Instância: Juízes Federais.
Segunda Instância: Tribunais Regionais Federais.
Cada juiz e cada desembargador possui sua parcela de competência, ou seja, compete a cada um tratar casos que não competem a outros juízes. 
Superior Tribunal de Justiça
Criado com o decorrer da C.F. de 1988. Possui competência nacional. Composto por 33 ministros indicados pelo P.R. e confirmados pelo Senado, assim envolvendo as duas cúpulas. São 2/3 dos ministros advindos dos tribunais da justiça e dos tribunais regionais; 1/3 da advocacia pública. Devem ter mais de 35 anos e reputação ilibada e notório conhecimento jurídico. Por ser um campo subjetivo é difícil aferir os critérios necessários.
A competência pode ser originaria ou recursal.
Tribunais de sobreposição que não se vinculam a nenhuma outra justiça, com uma função revisora dos tribunais de primeira instância. Sendo o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça.
STJ – tribunal criado pela CF/88 e o STF, não possuem função única, mas possuem uma precípua. A do STJ é a uniformização de lei federal, o modo de interpretar uma lei federal (dirá qual é a melhor interpretação para tal lei).
Composto por 33 ministros cujos requisitos são os mesmos do STF. Reputação ilibada e um notório saber jurídico (existem concepções duvidosas sobre esses princípios). Art. 104 da CF/88.
Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:
I - Um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;
II - Um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.
Competência do STJ: prevista no art. 105 da CF/88. Cada inciso apresenta uma competência, o primeiro inciso, quando fala em originalmente, quer dizer que o processo tem origem nesse tribunal e os incisos segundo e terceiro dizem que é possível os processos chegarem de forma recursal.
*Competência em razão da função: governador de Estado em sua função não será julgado por tribunal comum.
O inciso III, tem a função, na realidade de dar uniformidade por meio da decisão para que as Leis possam estar de acordo com as Leis Federais e que possam ser aplicadas em todo o Brasil.
STF – tribunal mais antigo do Brasil, estando presente desde a Constituição de 1891, sendo uma espécie de cópia da Suprema Corte estadunidense. O Supremo não é uma “Corte constitucional”, passa pelo S.T.F. toda discussão sobre o controle misto de constitucionalidade (cotejar a lei ou ato infraconstitucional com a Constituição, para analisar a constitucionalidade).
Controle difuso de constitucionalidade: tem início com o caso Marbury Vs Madison, diz que todo juiz tem competência para decidir sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade sobre determinado ato normativo (judicial review – revisão dos atos legislativos para notar se estão em sintonia com a Constituição). Isso faz com que todos os juízes brasileiros teriam o controle difuso. O STF teria a função de uniformizar o entendimento por modo de recursos. Competência recursal extraordinária.
Controle concentrado de constitucionalidade: é um modelo europeu: a CF/88 prevê um tribunal que ele e somente ele analisa a Constituição Federal. O STF, declarando inconstitucional a Lei, esta, estará revogada imediatamente. Função precípua é o controle de Constitucionalidade.
*A Lei Federal é aquela produzida pelo Congresso, ou seja, todos os atos normativos do Congresso Nacional poderão estarem sujeitos ao controle de constitucionalidade pelo STF, já as Leis municipais e estaduais podem passar por outra análise de controle de constitucionalidade, sendo analisadas com a concordância com as constituições estaduais ou as Leis Federais.
EC/45: Súmula Vinculante: começa com o art. 103 da CF/88, pode ser vista como um novo princípio, opinião do professor.
Princípio das decisões judiciais vinculadas/precedentes obrigatórios: função não vinculante, mas persuasiva, servia para dizer na argumentação que existe precedente sobre um assunto, no Brasil, os ministros não eram vinculados por precedentes, logo, os ministros não precisariam sempre manter as mesmas decisões sobre determinados assuntos.
Com a EC/45 o Supremo Tribunal Federal e somente ele poderia fazer uma sumula de caráter vinculante, ou seja, que devem ser “obedecidas”. O NCPC potencializa os casos em que as súmulas teriam caráter vinculante.
“Precedentes a brasileira” – modelo que não tem parâmetros em países correspondentes.
Não é verdadeiro que o Brasil está se tornando um país de common law, nós continuamos tendo como fonte principal a legislação, somos tão vinculados a legislação que é ela que diz o que será vinculante. Assim como não existem sumulas em outros países, o que é utilizado como parâmetro para as decisões seguintes é a própria decisão.
A desigualdade de decisões judiciais para casos iguais (acontece quando não se tem nada vinculante) violaria o princípio da isonomia. Os precedentes vinculados são formas de não violar o princípio da duração razoável do processo, fazendo com que demandas repetitivas sejam mais rapidamente decididas.
Se eu não consigo prever o que será do meu processo, isso se torna uma enorme insegurança jurídica. Existem dois momentos em relação aos precedentes, a primeira é o momento de criação da sumula e depois de aplicação.
Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente.
§ 1o Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no regimento interno, os tribunais editarão enunciados de súmula correspondentes a sua jurisprudência dominante.
§ 2o Ao editar enunciados de súmula, os tribunais devem ater-se às circunstâncias fáticas dos precedentes que motivaram sua criação.
O código mantém a tradição que a súmula é a melhor forma de garantir o posicionamento do Tribunal.
Determinação de competência:
Competência é a quantidade de jurisdição cujo exercício a lei ou a Constituição atribuiu a um órgão jurisdicional; é medida da jurisdição. Todo juiz, de qualquer grau, em qualquer das variadas Justiças de que se compõe o Poder Judiciário brasileiro, exerce a mesma jurisdição que os demais juízes do pais exercem, mas o faz no campo limitado da distribuição de seu exercício, ou seja, limites das causas, incidentes ou recursos que lhe atribui a C.F. ou a lei.
O Interesse por trás da competência são, essencialmente, públicos e privados. 
Competência absoluta:
Quando se há predominância do interesse público em sua composição, tem-se a competência absoluta; esta não pode ser alterada pela vontade das partes, ou seja, inderrogável. O juiz pode controlar a competência de ofício, ou seja, alegação das partes.
Competência relativa:
Diferentementeda primeira, quando a predominância é de interesse privado, tem-se a competência relativa, ou seja, derrogável; as partes podem alterar. O juiz não pode se declarar incompetente em matérias de competência relativa. Se não apresentar declaração de incompetência na contestação, tem-se a preclusão, e o juiz a ser competente para julgar a matéria, configurando prorrogação de competência.
Apenas o réu pode alegar incompetência.
Conflito de competência: quando alguém alega incompetência, temos duas possibilidades: 
· O juízo considerado incompetente seja realmente considerado incompetente para tal, direcionando o para justiça competente.
· Não concordar com a alegação de incompetência, há dois juízos que se reconhecem competentes para o caso (conflito positivo de competência) ou, quando nenhum juiz se reconhece competente para julgar o caso (conflito negativo de competência). Quem decide quem é competente ou não é o órgão imediatamente superior aos dois juízos. Até a decisão do competente, suspende-se o processo.
O que acontece com os atos feitos anteriores à declaração de incompetência? Se não houver prejuízo das partes, mesmo em competência relativa, não haverá invalidade dos atos processuais (translatio iudriciciis).
Objetivos:
Matéria: definição com base na mateira, diferenças das justiças do Brasil.
Pessoa: alterar competência, quem é autor e quem é réu.
Valor: dependendo do valor da causa e da complexidade probatória, entra-se em lugares diferentes. A parte pode ajuizar a ação, todavia, tanto onde há limite de valores quanto onde não há. Assim, cria-se uma competência concorrente entre juizados especiais e justiça comum, visto que amnos são passiveis de terem aços ajuizadas.
Ação
O Direito de ação não pode ser vedado por se tratar de acesso à justiça (art. 5°, XXXV, da CF).
Ação é um direito do jurisdicionado em buscar tutela jurisdicional; direito de demandar; é o direito a obter do Estado-juiz um pronunciamento a respeito de uma pretensão trazida a juízo (decisão de mérito), independentemente de esse pronunciamento ser favorável ou desfavorável àquele que o tiver pedido.
*O Direito de ação no campo Constitucional é conhecido como direito de petição, o direito de provocação da jurisdição.
** O interesse de agir e a legitimidade ad causam incluem-se entre os pressupostos de admissibilidade do julgamento do mérito. Baseando-se no art. 485, inc.VI, o juiz não julgará o mérito, caso haja a ausência de legitimidade ou de interesse processual.
No campo Processual o direito de ação não está relacionado somete a ir ao judiciário, mas também a reunião de condições para que se possa ir ao judiciário. O direito de ação concebido como forma de garantir certo direito (direito jurisdicional).
Ação: direito público (na medida em que eu exercito contra o Estado pelo jurisdicionado, quem oferece a tutela é o Estado) e subjetivo (por estar dentro dos direitos subjetivos do jurisdicionado).
Faceta estática: ato de exercer, após exercido ele acaba.
Faceta dinâmica: não se exaure com a provocação, mas sim, se desenvolve juntamente com a jurisdição, como forma de estar o mais conectado possível com o direito material que visa tutelar.
Evolução histórica do Direito de Ação:
Por 2.000 a ação nada mais era que uma faceta do próprio direito material. Ao celebrar um contrato, se o devedor descumpre a matéria que cabe a ele, é o próprio direito que envolve o objeto do contrato que permite eu buscar uma tutela.
Actio: direito de perseguir os desdobramentos do meu direito material.
Quando o autor ajuíza uma ação, o pedido contido nessa ação pode ser julgado procedente ou improcedente (o autor não tendo razão). Se a todo direito material corresponde uma ação, como é possível explicar uma decisão que é julgada improcedente pelo juiz.
Século XIX: o direito de ação é independente e autônomo do direito que ele visa tutelar.
*Eu tenho direito de crédito, mas se não for cumprido eu tenho outro direito que é o de ação à Concepção abstrata e autônoma do direto de ação; Autônoma, pois independe de um direito material (o autor da ação não tem que necessariamente ser titular do direito material, não depende de uma situação concreta), ele deve afirmar ser titular do direito material, não sendo necessária uma prova absoluta dessa titularidade. Está presente em todo momento que seja necessária uma tutela jurisdicional.
O Juiz quando admite (juízo de admissibilidade sobre o exercício do direito de ação, que se manifesta na petição inicial). Nesse momento o Juiz somente decide se o autor possui direito de ação.
A ação é proposta contra o Estado e em face do Réu: contra o Estado, por ele ser titular da jurisdição (poder jurisdicional), aquele que tem que cumprir uma obrigação é o Réu (aquele que violou um direito que eu tenho).
*Exceção é o nome dado ao direito que o Réu tem proporcional ao direito de ação do autor, pois deve ser garantida a paridade de armas entre as partes.
O processo surge quando é percebido que existem incontáveis nuances em cada caso.
Com a cientificidade do Direito Processual, é visto como uma forma de afastamento do Direito Material em detrimento dessa ciência “autônoma”; Ainda que visto como um direito abstrato e autônomo, ainda assim ele deverá se moldar em relação ao direito material, deve existir uma alinhamento em relação ao direito material (deve manter coerência com o direito que ele deseja tutelar).
Um direito de ação no Mandado de Segurança é uma ação Constitucional quando uma parte tem uma prova escrita de algo, tem preferência de julgamento (mais rápido) do que aquele que não tem, sendo isso uma forma de adequação do Direito de Ação ao Direito Material.
*Liebman: processualista italiano que no auge do fascismo italiano migrou para o Brasil, no momento que a Doutrina Brasileira não manejava bem a ideia abstrata e sua teoria é a seguinte: teoria eclética (nem totalmente abstrata e nem totalmente concreta): para que o autor exercite o seu direito de ação, ele tem que reunir condições de ação (condicionamento ao direito abstrato de ação).
**Ministro Buzaid: que escreveu o novo CPC, com a teoria adotada de Liebman.
O Juiz deve controlar, devido as custas, determinadas ações que reúnam certos requisitos, em área de transição do direito material e processual:
- Legitimidade de partes (ativa – autor e passiva – réu);
- Possibilidade jurídica do pedido;
- Interesse processual.
*Art. 485, VI, do NCPC. Teoria vigente.
Condições da ação:
São enunciadas duas condições para o direito de ação, são elas: interesse de agir e legitimidade ad causam.
a) Interesse de agir
Quando o provimento jurisdicional postulado for capaz de efetivamente ser útil ao demandante, trazendo-lhe uma tutela jurisdicional. Para que aferição do interesse, nota-se a necessidade de realização do processo e a adequação do provimento jurisdicional postulado.
b) Legitimidade ad causam
Depende de uma concreta relação entre o sujeito e a causa e se traduz na relevância que o resultado desta virá a ter sobre a esfera de direitos do autor.
Art.485:
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
*Faltando estar relacionada somete o interesse processual.
As decisões no processo são decisões de mérito: enfrenta a existência ou não do direito pleiteado e quanto é esse direito; não resolverá de mérito: ocorrem problemas puramente processuais que impeçam que o juiz decida nesse caso.
OBS.1.: condições da ação não foi repetida no NCPC, por mais que seja amplamente utilizada.
OBS.2.: “carência de ação”: é falta de uma ou mais condição de ação. Não é mais utilizada no Código, mas presente em doutrinas e jurisprudência. É uma decisão sem ser de mérito.
Legitimidade de partes: é entender que deve ocupar o polo passivo e quem deve ocupar o polo passivo. Do lado do autor deverá sempre ser aquele que se firma como possuidor do direito e o réu deverá ser aquele que violou o direito.
*Para entender o direito de legitimidade das partes, deverá ser analisado o direito material. A ideia de solidariedadedo direito material é projetada no direito de ação.
*Litisconsórcio: pluralidade de uma das partes ou de uma das partes.
**Não confundir com a litispendência: que é o caso de dois processos iguais sendo julgados por dois juízes diferentes, porém de mesmo grau, e competentes, no caso um processo deve ser sessado em favor do outro.
Interesse processual: o direito de ação só pode ser exercido se ele trouxer uma utilidade e se houve adequação. Utilidade: no caso de somente poder pleitear a busca de um remédio que realmente mude algo para o autor e Adequação: a via processual eleita pelo autor é compatível com a situação de direito material que ele alega.
Falta de utilidade: B deveria pagar A em julho de 2017, A, ansioso com a possibilidade de B não pagar, ajuíza ação em maio para que o juiz obrigue B a pagar uma divida que não venceu, não tem utilidade, por não saber se ocorrerá uma inadimplência.
Reconhecimento: reconhecer o direito – reconhecer que uma parte possui o direito e chama o réu para a conciliação. Execução: é buscado executar alguma coisa – necessidade de chamar o réu para que ele execute uma ação “pagar cheque sem fundo”.
Possibilidade Jurídica do Pedido: para Liebman, significava que o Ordenamento Jurídico não proíbe a priori a tutela de determinado direito material. Se é vedada a tutela de um pedido ocorre a impossibilidade jurídica do pedido (divida de jogo à impossibilidade). Nunca foi uma verdadeira condição da ação, sempre foi uma categoria relacionada com a ausência de direito material, por isso não está mais no art. 485, VI, do NCPC.
*Não deve ser admitida ação em relação a obrigação natural. O que acontece não é uma falta de carência de ação e sim carência de direito material (é proferida ação de mérito do direito material, sobre a existência ou não desse direito).
*Seria o caso de uma divida de jogo proibido.
**Uma resolução sem decisão de mérito é possível correção de vicio processual e propor nova ação, já no caso de decisão de mérito julgado improcedente o pedido, uma vez feito coisa julgada, não pode mais propor ação sobre esse assunto.
Classificação das Ações (superado)
Tipo de provimento judicial que eu viso:
- Ação de Conhecimento: conheça e diga quem possui razão.
Classificação trinaria: mandamental e executiva seriam subespécies.
- Declaratória:
- Constitutiva:
- Condenatória:
Classificação quinaria: são autônomas, com características da condenatória pura.
- Mandamental:
- Executiva lato sensu:
- Ação de Execução: atos executivos quando já existe um conhecimento. Desde 2004 ocorre uma mudança profunda. Somente existindo ação de execução para título executivo extrajudicial. Para os títulos judiciais, temos uma fase de execução (é pego uma ação de conhecimento, que gerou uma sentença condenatória que se não cumprida, gera uma fase de execução.
- Ação Cautelar: ação que visava resguardar uma determinada ação, para que depois seja discutido se o autor tem ou não razão (ação de conhecimento). Não existe mais desde 2015, não implica dizer que não existe uma tutela cautelar. Existe tutela cautelar.
*Não existe mais uma ação cautelar autônoma da ação principal.
Normalmente existe uma fase de conhecimento (esgotamento de recursos em torno de uma sentença) e uma fase de execução (cumprimento de sentença).
Ação de Conhecimento: qual o critério determinante para a classificação? É o pedido feito na petição inicial.
Trinaria:
Declaratória: pedido que o judiciário declare a existência ou inexistência de uma relação jurídica. Único e exclusivamente declaratório. Tendo em um contrato a existência de uma clausula que se considere abusiva ou de juros dentro de uma clausula aparentemente abusivo, pode-se pedir ao juiz que declare a nulidade dessa cláusula, desde que o pedido aconteça antes que a clausula incida sobre. 
No âmbito tributário podem haver ações declaratória de inexistência da obrigação tributária. Junto com o pedido declaratório, pode-se pedir uma ação condenatória, nesse caso ocorre após que a clausula tenha incidido, deve-se receber o que foi pago sem que se deve. Vincula não necessariamente apenas o autor e réu, podendo afetar terceiros.
Constitutiva: judiciário constitui uma relação jurídica, muito parecida com a declaratória, com a diferença de que ao declarar, a decisão judicial também constitui um novo status para aquela relação jurídica. Ação de divórcio, de desconstituição de poder familiar, mais do que declarar, as sentenças constituem um novo status para essas partes. Seria a constituição de nova relação jurídica. Vincula apenas autor e réu.
Condenatória: judiciário condena o réu, impõe uma condenação, podendo ser pura ou condenatória de um lado e executiva latu senso (junto com o fim do processo de conhecimento o juiz também está realizando uma ação condenatória, as decisões são autosatisfativas, eu não preciso de nova fase para executar o que o juiz fez na fase inicial) ou mandamental. A diferença é o tipo de condenação.
*Mecanismos coercitivos que fazem com que a sentença executiva latu senso seja autoexecutiva. Mecanismos em que o juiz impõe uma cominação no descumprimento de uma ação.
Sentença condenatória tem o condão de aplicar os mecanismos de sujeição de condenação em fase processual subsequente, presente nas ações de pagar quantia, eu tenho que esperar a vontade do réu em cumprir a condenatória, independente da vontade do Réu, ela entra em seu patrimônio.
Quinaria:
Mandamental: a ordem é dirigida ao Réu com formas substitutivas da conduta do devedor e a sua inobservância caracteriza desobediência a autoridade oficial inclusiva com ação civil e penal (ao momento que a decisão condena, ela tem uma carga “eficácial”, parte já é intimada para cumprir imediatamente a sentença, independente de uma fase posterior, gerando um ilícito civil ou penal), a mais conhecida é o mandato de segurança, a parte tem que apresentar direito líquido e certo (prova documental escrita) em face do poder público.
*Não existe os mecanismos coercitivos, nesse caso é somente o “faça” e no caso da executiva latu senso é “faça, se não eu vou permitir que outro faça em seu nome”.
*Toda ação é declaratória, se o juiz condena alguém a pagar 100, antes ele declarou que tal pessoa possui um direito de crédito.
Executiva lato sensu: independe de nova fase.
Não é necessário dar nomes ás ações, durante muito tempo nós vivemos sobre um verdadeiro processo formulário. O que ocorre no processo atual é a desconstrução disso, pois mais importante que o nome é o modo como eu faço os pedidos, existe uma adequação material-direito processual. Pode ajudar pois com o nome eu já consigo saber o que eu falarei sobre. Se eu quiser chamar somente de ação, não tem problema algum.
Ajuizar uma ação para tutelar o direito de crédito do credor correspondente a uma obrigação de fazer intuitu persona, se ocorrer tutela de urgência, é possível ser feita uma tutela antecipada em razão da urgência. Obrigação de fazer, não fazer e entrega de coisa. Pedido de astreintes.
Desde 2015 não existe mais procedimento sumário, logo, logo, não faz sentido falar mais em processo ordinário, pois só existe um, o comum.
Elementos da ação: não é agora que serão detalhados.
Partes: é quem ocupa o polo ativo (autor) e o polo passivo (réu) do processo. Pode ocorrer multiplicidade subjetiva, ou seja, mais de uma pessoas nos polos processuais (litisconsórcio – princípio da economicidade processual).
*Diferente de litispendência (evita julgamentos contrários sobre o mesmo fato).
Causa de Pedir: Causa petendi: “pedir”: que é trazido pelas partes, significa “quais são o fundamento que fazem com que as partes entendam que precisam desenvolver o pedido e para que ela tenha um pedido atendido ela tem que ter uma causa de pedir”.
Fatos: do próprio pedido. Como no caso de ameaça (perda da vontade) que causa nulidade dos efeitos jurídicos.
Fundamentos jurídicos: do próprio pedido.
Pedido:
É importante reconhecer por razões de ordem prática. Como no caso da litispendência (tramitação de dois processos idênticos – mesmas causas de pedir e mesmo

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