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JARDIM ZOOLÓGICO E TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES NO BRASIL

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UNIVERSIDADE JOSÉ DO ROSÁRIO VELLANO - UNIFENAS 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
ANA BEATRIZ DOS SANTOS QUEIROZ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JARDIM ZOOLÓGICO E TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES NO BRASIL 
 
 
 
 
Atividade avaliativa referente à disciplina de 
Manejo de animais silvestres no curso de 
Medicina Veterinária da Universidade José 
do Rosário Vellano – UNIFENAS – Sob 
orientação da Professora: Poliana Silva 
Beker dos Reis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alfenas-MG 
2020 
1. O que é um Jardim Zoológico? 
R: O jardim zoológico, ou zoo, é o lugar em que animais são mantidos e 
exibidos para visitantes. Os zoológicos possibilitam que as pessoas vejam de 
perto animais selvagens que só poderiam ser observados na natureza ou que 
não são nativos do lugar onde elas moram. Na maioria dos zoológicos, os 
animais são mantidos em abrigos. Às vezes, esses abrigos são ligados a um 
local aberto, cercado por grades. Animais que convivem pacificamente na 
natureza podem ser acomodados juntos. Jaulas, grades e outras barreiras 
evitam que os animais escapem. 
 
2. Resuma brevemente como surgiram os zoológicos? 
R: Zoológicos existem há muito tempo. Os governantes de civilizações 
antigas, como as da China, do Egito, da Grécia e de Roma, mantinham 
coleções de animais. Alguns desses zoológicos eram particulares, outros 
eram abertos ao público. No século XVIII, foram instalados zoológicos nas 
maiores cidades da Europa, como Viena, na Áustria; Madri, na Espanha; e 
Paris, na França. Na metade do século XIX, foram sendo abertos zoológicos 
por todo o mundo. Atualmente, existem mais de mil zoológicos em 
funcionamento. 
 
 
3. Qual o papel dos jardins zoológicos? 
R: Os zoológicos têm uma série de finalidades, eles tentam mostrar aos 
visitantes os hábitos e o comportamento dos animais; ajudam a proteger 
espécies ameaçadas, isto é, que estão em risco de extinção na natureza; e 
ajudam na reprodução desses animais. Alguns ainda fazem a reintegração 
dos animais à natureza. 
 
4. Como eles são classificados? Diferencie-os. 
R: A portaria nº 283/P, de 18 de maio de 1989, estabelece, em seu Artigo 2º, 
que os jardins zoológicos sejam classificados em 3 (três) categorias: A, B, e 
C. Os zoológicos classificados na categoria A devem cumprir as seguintes 
exigências: 
a) ter a assistência de pelo menos um biólogo e um médico veterinário, 
contratados em regime de tempo integral; 
b) possuir setor extra, destinado a animais excedentes ou para reprodução; 
c) possuir instalações adequadas, destinadas a misteres da alimentação 
animal; 
d) possuir um quadro permanente de tratadores; 
e) possuir em seu quadro de funcionários elementos para os serviços de 
segurança; 
f) manter em cada recinto, sujeito à visitação pública, uma placa informativa 
onde constem, ao menos, os nomes comum e científico das espécies animais 
https://escola.britannica.com.br/artigo/animal/480609
https://escola.britannica.com.br/artigo/Antiguidade/483068
https://escola.britannica.com.br/artigo/Antiguidade/483068
https://escola.britannica.com.br/artigo/China/480967
https://escola.britannica.com.br/artigo/Egito-antigo/481206
https://escola.britannica.com.br/artigo/Gr%C3%A9cia-antiga/481417
https://escola.britannica.com.br/artigo/Roma-antiga/482393
https://escola.britannica.com.br/artigo/Europa/481251
https://escola.britannica.com.br/artigo/Viena/482801
https://escola.britannica.com.br/artigo/%C3%81ustria/480709
https://escola.britannica.com.br/artigo/Madri/481794
https://escola.britannica.com.br/artigo/Espanha/482551
https://escola.britannica.com.br/artigo/Paris/482162
https://escola.britannica.com.br/artigo/Fran%C3%A7a/481314
https://escola.britannica.com.br/artigo/esp%C3%A9cie-amea%C3%A7ada/481226
ali expostas, a sua distribuição geográfica e a indicação, quando for o caso, 
de que se trata de espécie ameaçada de extinção; 
g) possuir sanitários e bebedouros para uso do público; 
h) ter capacitação financeira; 
i) manter a proporção de 40% (quarenta por cento) para a fauna brasileira no 
conjunto das espécies em exibição, podendo esta proporção ser livremente 
maior; 
j) manter arquivo de registro através de ficha individual por animal; 
k) dispor de apoio administrativo compatível com as atividades 
desenvolvidas; e 
l) manter funcionando laboratórios para análises clínicas ou convênios com 
laboratórios, para facilitar o diagnóstico e tratamento das doenças. 
 
Os zoológicos classificados na categoria B deverão cumprir todas as 
exigências da categoria A e, ainda, as seguintes: 
 
a) instalar ambulatório veterinário; 
b) desenvolver programas de educação ambiental; e 
c) possuir biblioteca com literatura especializada. 
 
Os zoológicos classificados na categoria C deverão cumprir todas as 
exigências das categorias A, B e, ainda, as seguintes: 
 
a) dispor de infraestrutura de transporte permanente; 
b) conservar, quando já existentes, áreas de flora nativa e sua fauna 
remanescente; 
c) possuir laboratório próprio para análises clínicas e patológicas; 
d) desenvolver programas de pesquisa, visando à conservação das espécies; 
e) possuir auditório; 
f) manter museu para uso de técnicos das áreas das ciências biológicas, 
acessível a pesquisadores de outras instituições; 
g) instalar biotério; 
h) possuir setor de paisagismo; 
í) possuir setor interno de manutenção; e 
j) promover o intercâmbio de técnicos em âmbito nacional e internacional. 
 
 
5. Quais os princípios básicos para as instalações? 
R: CERCAMENTO: área totalmente cercada por muros, telas ou alambrados, 
com no mínimo 1,8 m (um metro e oitenta centímetros) de altura, além de 
inclinação na parte superior de 45° interna e externa de 40 cm (quarenta 
centímetros) negativa; 
SETOR DE MANUTENÇÃO: este setor deverá ser compatível com as 
demandas do empreendimento; 
SETOR EXTRA: setor destinado a manter os animais que estejam 
excedentes no plantel ou que necessitem de atenção especial 
temporariamente (para fins de reprodução ou necessidades específicas de 
ordem física ou psíquica). 
SETOR DE QUARENTENA: setor destinado ao isolamento provisório de 
novos indivíduos que chegam ao empreendimento, munido de equipamentos 
e instalações que atendam as necessidades dos espécimes alojados e inclua 
mão de obra capacitada, instalações e procedimentos adequados. 
SETOR DE NUTRIÇÃO: Setor responsável por conservar, armazenar, 
processar, preparar e distribuir a alimentação aos animais do plantel de 
acordo com as dietas estabelecidas pelos técnicos da instituição. 
BIOTÉRIO: O biotério deve ser uma instalação que permita criar animais 
(coelhos, roedores, répteis, anfíbios, aves e/ou insetos) para alimentação dos 
animais do plantel. 
LABORATÓRIO: Não há necessidade de existir um laboratório próprio no 
empreendimento, mas recomenda-se que haja uma estrutura preparada para 
coleta, conservação das amostras e realização de exames de baixa 
complexidade por parte da própria equipe técnica. 
ESTRUTURA PARA ATENDIMENTO VETERINÁRIO: possuir ambulatório 
veterinário devidamente equipado, compatível com as espécies que mantêm 
e que atenda as normas da Resolução do Conselho Federal de Medicina 
Veterinária n° 670 de 2000. 
SETOR DE INTERNAÇÃO: Setor onde os animais enfermos devem ser 
mantidos garantindo seu isolamento dos demais. Cabe salientar que não se 
trata de Setor Extra do empreendimento. A internação deve estar situada 
numa área de baixa circulação, sem visitação pública e contar com 
separação mínima por grupos: mamíferos, aves e répteis/anfíbios. 
SETOR DE NECROPSIA: setor destinado a realizar o exame necroscópico 
dos animais que vierem a óbito no empreendimento. Deve contar com mesa 
de fácil higienização e câmara fria compatível com as espécies que vierem a 
óbito no empreendimento e que permita estocagem de carcaças. 
 
6. Como devem ser os arquivos e manejo dos animais: 
R: Será obrigatório o uso de equipamento de segurança, quando do manejodireto, sendo considerado como equipamento mínimo necessário, o gancho, 
o laço de Lutz e um recipiente para contenção temporária do animal. O 
equipamento deverá estar sempre disposto em locais visíveis, em pontos 
estratégicos e de fácil acesso. Os procedimentos de manejo direto 
(manuseio, tratamentos, alimentação forçada, sexagem) devem ser 
executados por não menos de duas pessoas com experiência. Mesmo em 
situações de rotina é aconselhável a presença de duas pessoas, pelo menos 
no mesmo edifício. 
 
 
7. Qual o papel dos zoológicos na educação ambiental? 
R: A Educação Ambiental que um zoológico pode oferecer combina conceitos 
de diferentes áreas, tais como zoologia, ecologia, botânica, fisiologia, etc. 
Isso faz com que uma atividade de campo em um zoológico seja uma boa 
oportunidade para despertar nos alunos o interesse para compreender 
diversas matérias em conjunto. 
 
 
8. Quais são as vantagens e desvantagens? 
R: Os zoológicos oferecem uma oportunidade rara e única para perscrutar o 
selvagem sem realmente viajar para locais distantes ao redor do mundo , em 
busca de animais frequentemente muito raras. Também oferece educação 
que as pessoas recebem ao visitar um jardim zoológico. Eles recebem 
conhecimento em primeira mão de como os animais se comportam e agem. 
zoológicos muitas vezes tomam uma atitude activa no sentido de ajudar as 
populações animais . Para a diminuição de espécies, muitos jardins 
zoológicos raça espécies em cativeiro em uma tentativa de aumentar os 
números. 
 
A desvantagem para manter animais em um zoológico é o cativeiro que 
enfrentam. Não importa o quão bom o zoológico é , sala é limitada para os 
animais do jardim zoológico, que pode ser especialmente problemático para 
animais de grande porte que são propensas a roaming. Temos como 
desvantagem a manutenção inadequada, embora a maioria dos jardins 
zoológicos são construídos como residências agradáveis , outros falta de 
manutenção adequada pode criar más condições de vida para os animais . 
Mais comum em países em desenvolvimento , a má manutenção desses 
jardins zoológicos pode incentivar doenças e problemas de saúde animal. 
 
 
 
9. O que é enriquecimento ambiental dentro dos jardins? Qual seu 
objetivo? 
R:O enriquecimento ambiental é uma técnica que começou a ser 
sistematicamente utilizada em zoológicos nos Estados Unidos, em 1970, por 
Hal Markowitz (Shepherdson, 1998). Essa técnica consiste em inserir 
estímulos dentro dos recintos dos animais para que eles tenham a 
oportunidade de exibir comportamentos mais próximos do natural, 
melhorando assim sua saúde física e psicológica. Os estímulos utilizados nos 
enriquecimentos podem ser cognitivos, sociais, estruturais (físicos), 
alimentares e sensoriais. Essa técnica melhora o bem-estar animal, evita 
comportamentos estereotipados e possibilita uma futura reintrodução na 
Natureza. 
 
 
 
10. Quais as consequências de um recinto inadequado? 
R:Recintos inadequados impedem os animais de expressar seu 
comportamento natural, o que é um dos aspectos abordados no bem-estar 
animal. Em locais sem a menor estrutura para mantê-los, este modo de vida 
traz consequências físicas e psicológicas graves podendo acarretar até 
mesmo na morte dos animais cativos. 
 
 
11. Como deve ser a reprodução e alimentação nesse local? 
R: As técnicas de reprodução incluem inseminação artificial, transferência de 
embriões e fertilização in vitro. Para que haja sucesso, é necessário que as 
etapas sejam feitas de forma correta e o menos estressante possível, visando 
sempre o bem-estar do animal. 
Já para uma boa alimentação devem-se considerar os alimentos que o 
animal está habituado a ingerir quando está na natureza e os nutrientes que 
o alimento fornece ao animal. Existem fatores que devem ser levados em 
consideração ao escolher a dieta adequada, como por exemplo, crescimento, 
gestação, postura de ovos, lactação, doença, convalescença, a época do 
ano, o tipo de alojamento e outros. 
 
 
12. Quais consequências físicas e comportamentais podemos ver nesse 
local? Como podemos minimizá-los? 
R: O estresse é uma das principais consequências para os animais, ele deve 
ser entendido como um processo fisiológico, neuro-hormonal, pelo qual 
passam os seres vivos para enfrentar uma mudança ambiental, na tentativa 
de se adaptar às novas condições e, assim, manter a sua homeostasia. 
Como exemplos de agentes estressores, pode-se citar fome, dor, calor/frio, 
ansiedade, medo. A alteração dos padrões comportamentais de animais em 
cativeiro é indício de estresse. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tráfico de animais silvestres no Brasil 
 
Os animais traficados são capturados da natureza, do seu lugar de vida 
(habitat) e são colocados em plásticos após a captura de forma cruel e, 
posteriormente, são colocados em lugares que são quadrados pequenos de 
madeira (referindo a jaulas, gaiolas) ou em telas de arame. No Brasil, os animais 
como as aves de muita beleza são levadas para o exterior. Também, são retiradas 
do seu local de sobrevivência de forma covarde e de seus nichos, em que são 
submetidos sem nenhum cuidado ou dignidade para que haja o transporte desses 
animais, sendo que a maioria desses animais morrem em gaiolas ou em jaulas 
clandestinas. Esses fatos são visto com péssimos olhos e vem persistindo no século 
XXI desde o Brasil-Colônia. 
 
A maioria dos filhotes não aguentam e acabam morrendo por falta de sombra 
e água. É necessário que a polícia militar ambiental seja atenta com os traficantes. 
O Papagaio Nordestino, por exemplo, também conhecido como “curico”, que vivem 
em plantações árida e se reproduzem em bambu oco. São retirados ainda filhotes 
do ninho de forma violenta e são expostos a aplicação de tintas a jato para obterem 
coloração em suas penas, a fim por parte dos traficantes, que esses animais 
conquistem bons olhos por parte dos compradores vindos de ações de ilegais. 
 
Na região do Mato Grosso do Sul, filhotes de distintas espécies de aves que 
são o mai acometidos, em especial o papagaio, pois esse animal tem mais 
preferência por parte dos traficantes, porque possuem maior aceitação em visão de 
mercadoria e mercado. Outro ponto, é que os ovos das fêmeas dos papagaios são 
retirados dos ninhos para serem colocados em chocadeiras artificiais, o que muitas 
vezes encontrados em barracas de traficantes. 
 
Portanto, o Brasil é a principal fonte de contrabando de animais silvestres, em 
que segundo estimativas mais de 15 milhões deles são retirados dos seus pais a 
cada ano de fora cruel, o que gera o tráfico desses animais um grupo de pessoas 
como um negócio milionário. E em comparação com a Legislação brasileira, o 
tráfico de animais é toda venda ilegal de espécies que vivem do fora do cativeiro, o 
que gera a fauna silvestre.

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