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Aula-00-Formação-do-território-do-Brasil-e-do-Rio-Grande-do-Norte-AL-RN.pdf Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 1 de 36 www.exponencialconcursos.com.br Matéria: História do Rio Grande do Norte Professores: Giovanni Mannarino e André Marques http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 2 de 36 www.exponencialconcursos.com.br Olá, pessoal! Sejam muito bem-vindos a este curso sobre História do Rio Grande do Norte para todos os cargos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Eu e o Exponencial preparamos estas aulas esperando que elas sejam muito úteis para garantir um bom desempenho de vocês nas provas que estão por vir. Antes de falar do curso para vocês, quero falar um pouquinho de mim. Minha vida de “concurseiro” começou cedo, pois, quando eu ainda cursava o ensino médio, já via nos concursos públicos a melhor forma de conseguir uma boa remuneração e estabilidade e, assim, poder ajudar a minha família. Com isso, comecei a fazer concursos ainda com 17 anos, para já me preparar e pegar experiência, dividindo o tempo entre estudar para o vestibular da Universidade de Brasília e para concursos. Aos 17 anos, passei no vestibular da UnB e comecei a cursar História, mas, mesmo assim, continuei a fazer concursos, agora, dividindo o tempo entre estudar as matérias do curso de História e estudar para concursos. Aos 19 anos, fui nomeado no concurso do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS. Mesmo com todas as dificuldades para conseguir conciliar o tempo de estudo entre a universidade e os concursos, não parei de estudar para concursos, pois queria ser nomeado em um concurso melhor. Em 2009, graduei-me bacharel em História e, no mesmo ano, comecei a cursar Direito no Centro Universitário de Brasília – UniCEUB e continuei a estudar para concursos. Em 2010, fui nomeado no concurso do Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal – DER/DF e no concurso do Departamento de Trânsito do Distrito Federal – DETRAN/DF, tomando posse neste, mas continuando a estudar para concursos melhores. Em 2014, graduei-me bacharel em Direito e tornei-me advogado, sendo aprovado no Exame da Ordem dos Advogados do Brasil quando ainda cursava o 9º semestre da faculdade de Direito. Fiz especialização em Direito Administrativo e Processo Administrativo, sempre continuando a estudar para concursos melhores. Senti na pele todas as angústias e ansiedades que vocês estão vivendo, nunca tendo tempo suficiente para estudar exclusivamente para concursos, sempre tendo que dividir o tempo de estudo com o trabalho e as APRESENTAÇÃO http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 3 de 36 www.exponencialconcursos.com.br atividades acadêmicas. Por isso fico muito feliz de fazer parte do caminho de vocês e ajudá-los a passar por essa fase tão difícil o mais rápido possível! Mesmo sem tempo para poder se dedicar ao estudo para passar em um bom concurso público, é possível sim conseguir tal feito, basta dedicação, ter em mãos os melhores materiais e seguir uma rotina de estudos bem organizada. É aí que entra a equipe do Exponencial para te mostrar o “caminho das pedras”. Agora que vocês já me conhecem um pouquinho, podemos partir para uma análise do nosso concurso. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 4 de 36 www.exponencialconcursos.com.br Este curso tem como objetivo preparar vocês para a prova de História do Rio Grande do Norte do concurso público para a Assembleia Legislativa/RN. O edital ainda não foi publicado, mas isso não deve ser um fator impeditivo para iniciar os seus estudos, pelo contrário, deve ser um fator motivador para você largar na frente dos demais candidatos. Geralmente, nesta matéria nos concursos nos quais é cobrada, não são cobradas muitas questões. Pode parecer pouco em uma análise rápida, mas acertá-las pode ser o seu diferencial para a aprovação. Como o edital ainda não foi publicado, tomamos como base para a elaboração das aulas o último edital publicado, no qual o conteúdo da matéria veio assim disposto: História do Rio Grande do Norte A presença portuguesa no Rio Grande do Norte: conquista territorial e resistência indígena; Fundação da cidade de Natal. A presença francesa no Rio Grande do Norte; Pacificação dos índios potiguares; Invasão holandesa no Rio Grande do Norte e o massacre de Cunhaú e Uruassu; A República do Rio Grande do Norte (1889-1930); A abolição da escravatura no Rio Grande do Norte; Presença do banditismo (cangaço) no Estado. Segunda Guerra no Rio Grande do Norte: presença norte-americana e repercussões socioculturais; Os governos do período militar no Rio Grande do Norte (1964-1985). Governos posteriores ao período militar no Rio Grande do Norte (1986 aos dias atuais). Aspectos Geoeconômicos do Rio Grande do Norte: atividades econômicas modernas e tradicionais: agropecuária; pesca; fruticultura; carcinicultura; mineração; sal marinho; algodão; cana-de-açúcar; produção de petróleo e gás; turismo, comércio e serviços. Nosso objetivo, portanto, é que vocês tenham acesso a um material objetivo, porém que trabalhe os principais conceitos necessários para responder as questões propostas pela banca. Produziremos um curso repleto de questões para que vocês pratiquem os conteúdos e cheguem preparados para as provas. Não basta apenas ficar ligado na teoria, é preciso treinar! Análise do Edital e do Conteúdo Programático http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 5 de 36 www.exponencialconcursos.com.br No quadro abaixo segue o programa do nosso curso. Em cada aula indicaremos e analisaremos os temas que julgamos mais pertinentes para uma boa preparação voltada para a prova da Assembleia Legislativa/RN. Nós termos três aulas, incluindo esta que vocês estão lendo. Aula Conteúdo 00 Aspectos Históricos do Rio Grande do Norte 01 Aspectos Geoeconômicos do Rio Grande do Norte *Confira o cronograma de liberação das aulas no site do Exponencial, na página do curso. Finalmente, hora de nos aventurarmos! Tenham uma boa aula! http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 6 de 36 www.exponencialconcursos.com.br Sumário 1 – FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO ___________________________________ 7 1.1 – SÉCULO XV __________________________________________________________ 9 1.2 – SÉCULO XVI _________________________________________________________ 9 1.3 – SÉCULOS XVII e XVIII _________________________________________________ 10 1.4 – SÉCULO XIX ________________________________________________________ 11 1.5 – SÉCULO XX _________________________________________________________ 11 2 – FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO DO RIO GRANDE DO NORTE _____________________ 13 3 - Questões Comentadas _________________________________________________ 23 4 – Questões sem comentário ______________________________________________ 31 5 - Gabarito ____________________________________________________________ 36 Aula 00 – ASPECTOS HISTÓRICOS DO RIO GRANDE DO NORTE http://www.exponencialconcursos.com.br/ file:///D:/EXPONENCIAL%20CONCURSOS/História%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte/Aula%2000%20-%20Formação%20do%20território%20do%20Brasil%20e%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte%20-%20AL%20RN.docx%23_Toc27497708 file:///D:/EXPONENCIAL%20CONCURSOS/História%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte/Aula%2000%20-%20Formação%20do%20território%20do%20Brasil%20e%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte%20-%20AL%20RN.docx%23_Toc27497709 file:///D:/EXPONENCIAL%20CONCURSOS/História%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte/Aula%2000%20-%20Formação%20do%20território%20do%20Brasil%20e%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte%20-%20AL%20RN.docx%23_Toc27497710 file:///D:/EXPONENCIAL%20CONCURSOS/História%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte/Aula%2000%20-%20Formação%20do%20território%20do%20Brasil%20e%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte%20-%20AL%20RN.docx%23_Toc27497711 file:///D:/EXPONENCIAL%20CONCURSOS/História%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte/Aula%2000%20-%20Formação%20do%20território%20do%20Brasil%20e%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte%20-%20AL%20RN.docx%23_Toc27497712 file:///D:/EXPONENCIAL%20CONCURSOS/História%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte/Aula%2000%20-%20Formação%20do%20território%20do%20Brasil%20e%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte%20-%20AL%20RN.docx%23_Toc27497713 file:///D:/EXPONENCIAL%20CONCURSOS/História%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte/Aula%2000%20-%20Formação%20do%20território%20do%20Brasil%20e%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte%20-%20AL%20RN.docx%23_Toc27497714 file:///D:/EXPONENCIAL%20CONCURSOS/História%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte/Aula%2000%20-%20Formação%20do%20território%20do%20Brasil%20e%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte%20-%20AL%20RN.docx%23_Toc27497715 file:///D:/EXPONENCIAL%20CONCURSOS/História%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte/Aula%2000%20-%20Formação%20do%20território%20do%20Brasil%20e%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte%20-%20AL%20RN.docx%23_Toc27497716 file:///D:/EXPONENCIAL%20CONCURSOS/História%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte/Aula%2000%20-%20Formação%20do%20território%20do%20Brasil%20e%20do%20Rio%20Grande%20do%20Norte%20-%20AL%20RN.docx%23_Toc27497717 Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 7 de 36 www.exponencialconcursos.com.br O solo que o Brasil hoje ocupa já existia, o que não existia era o seu território, ou seja, a porção do espaço sob domínio, poder e soberania de um Estado organizado. O território do Brasil, hoje, ocupa uma área de 8.514.876 km². Em virtude desta vasta extensão territorial, o Brasil é considerado um país continental, por ocupar grande parte da América do Sul, sendo o 5º maior país em tamanho de território no mundo. O Brasil está organizado como uma República Federativa e apresenta divisão interna entre estados, municípios e o Distrito Federal. Todavia, os contornos do nosso país, tal como o vemos hoje em um mapa, não foram sempre os mesmos. Ao longo do seu processo de formação do território, que durou quatro séculos, em diversas ocasiões, o Brasil incorporou e também perdeu terras e os limites de seu território variaram ao longo do tempo. Ao compararmos o território do Brasil no século XVI com o atual, poderemos perceber que o território aumentou, contudo, este território brasileiro não se formou de uma hora para outra, foi um processo longo, do qual fazem parte a lenta ocupação do território pelos portugueses, as lutas entre eles e os povos nativos, a disputa pela terra com invasores estrangeiros e a busca de riquezas. A brasileira está irregularmente distribuída no território população do país, pois grande parte da população habita na região litorânea, onde se encontram as maiores cidades do país. Isso nada mais é do que uma herança histórica, resultado da forma como o Brasil foi povoado, pois, como veremos, os primeiros núcleos urbanos surgiram no litoral. O território brasileiro “nasceu” modesto, possuindo apenas 2.800.000 km², cerca de 35% do território atual. Era a área que cabia a Portugal pela divisão imposta pelo Tratado de Tordesilhas (1494). Em 1580, por falta de um sucessor ao trono de Portugal, Felipe II, neto do rei da Espanha, único na linha sucessória, assumiu o trono. Essa nova relação permitiu aos portugueses que viviam na colônia atravessar os limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas sem muitos problemas. Em 1640, Portugal recupera o trono. As terras a oeste do tratado já estavam ocupadas pelos portugueses. Em 1750, o Tratado de Tordesilhas deixa de existir. O Brasil colônia possuía uma característica de arquipélago, por ser formado por áreas isoladas ou com contatos muito tênues, onde a troca de mercadorias ou pessoas pouco existia. 1 – FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 8 de 36 www.exponencialconcursos.com.br A expansão territorial brasileira recebeu diversas influências das atividades econômicas. Inicialmente, com a economia colonial (1500 - 1822), tudo girava em função das produções ligadas aos gêneros primários. Essa demanda também correspondia aos anseios de exportação para atender os desejos da metrópole portuguesa a qual o Brasil estava ligado. No início da colonização, a população de origem europeia e africana ficou restrita ao litoral, desenvolvendo atividades econômicas com características extrativistas, principalmente na extração do pau-brasil. No final do século XVI, os colonizadores começaram o cultivo de cana-de-açúcar e a montagem de engenhos, principalmente no litoral do nordeste. Esta produção era dirigida toda para exportação, por isso a escolha por sítios litorâneos. A ocupação do interior nordestino se deu pela introdução da pecuária bovina em áreas não propícias ao cultivo da cana-de-açúcar. Nos séculos XVI e XVII, a lavoura canavieira e a criação de gado foram as atividades que contribuíram para a efetivação da ocupação do espaço brasileiro e sua expansão territorial. No século XVII, a descoberta de minerais provocou o deslocamento do povoamento de forma mais intensa para o interior. Os responsáveis por descobrir os recursos minerais foram os bandeirantes, com suas expedições saindo de São Paulo, sendo estes uns dos principais responsáveis pela expansão do território brasileiro. A “corrida ao ouro” atraiu milhares de pessoas provenientes do litoral e de Portugal; além disso, a necessidade de gado para alimentação e transporte do ouro proporcionou o surgimento de novas cidades e vilas no caminho dos tropeiros. Com a exploração do ouro e das pedras preciosas, a partir do século XVIII, novas regiões foram incorporadas à fronteira econômica: os atuais estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. As necessidades de escoamento do ouro e a fiscalização da produção mineral fizeram do Rio de Janeiro a segunda capital da colônia, em 1763. Em 1808, com a chegada da família real portuguesa, a cidade teve suas condições de desenvolvimento ampliadas. Neste período, a porção do território ficou sob o controle militar para garantia do território. Essa ocupação inicial não mudou quase nada as condições naturais, exceto em algumas regiões, como na área ao redor de Belém. No extremo sul do Brasil, no século XVIII, a colonização, ou dominação do território, deu-se inicialmente com população de origem portuguesa – os colonos açorianos assentados no Rio Grande do Sul. Esta região já fora objetivo de incursões de criadores paulistas, os Bandeirantes, http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 9 de 36 www.exponencialconcursos.com.br que se estabeleceram nas áreas de campo, desenvolvendo a pecuária, que aí encontrou condições ambientais favoráveis. Por volta do século XIX, a ação colonizadora no sul do Brasil instalou colônias baseadas no sistema de apropriação de terras, por meio de colonização oficial ou particular. Este tipo de colonização foi implantado em outras porções do território, mas, foi no sul do país que esse modo de ocupar as terras foi mais difundido. No final do século XIX, o Brasil ainda não tinha a “forma” que tem hoje, territorialmente falando – faltava a efetiva ocupação do Centro-Oeste e do Norte do Brasil, porções que foram ocupadas de forma mais intensa a partir da década de 60 e 70 do século XX. A consolidação das fronteiras e limites do Brasil é o resultado de um processo histórico de produção e reprodução do espaço através do trabalho humano. Até 1500, o Brasil possuía apenas a área estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494 por Portugal e Espanha. Esse tratado dividia as terras da América do Sul entre Portugal e Espanha. Para melhor ocupar sua colônia sul-americana, o governo português resolveu dividi-la em grandes faixas de terra, que foram chamadas de capitanias. A ocupação limitava-se ao litoral. Apesar da extração do pau- brasil ter sido a primeira atividade econômica do período, a principal atividade econômica desse período foi o cultivo de cana para produzir o açúcar, produto muito apreciado na Europa, por isso a produção era destinada à exportação. 1.1 – SÉCULO XV 1.2 – SÉCULO XVI http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 10 de 36 www.exponencialconcursos.com.br As propriedades rurais eram grandes extensões de terra (latifúndios), cultivadas com força de trabalho escrava. O crescimento da exportação levou aos primeiros centros urbanos no litoral, as cidades portuárias. Nessa época, as capitanias tinham contornos bem diferentes dos iniciais e o território brasileiro já possuía um traçado próximo do atual. Estes séculos foram marcados pela produção pastoril, que adentrou a oeste do país e também pela descoberta de jazidas de ouro e diamante nos estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso. Esse período foi chamado de aurífero e fez surgir várias cidades. 1.3 – SÉCULOS XVII e XVIII http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 11 de 36 www.exponencialconcursos.com.br Em 1821, as capitanias passaram a se chamar províncias e, em 1889, estados, nome que conservam até os dias atuais. A atividade que contribuiu para o processo de urbanização foi a produção de café, principalmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Essa atividade também contribuiu para o surgimento de várias cidades. Os limites territoriais do Brasil, definidos em 1904, valem ainda hoje. A divisão dos estados, porém, sofreu mudanças. Como vimos, as fronteiras e limites do Brasil apresentaram grandes alterações ao longo de sua história. Por exemplo: o estado do Acre só passou a fazer parte do nosso território em 1910, quando foi comprado da Bolívia. E quanto às fronteiras internas? De 1940 até os dias atuais, o país sofreu 17 alterações na configuração de suas unidades político- 1.4 – SÉCULO XIX 1.5 – SÉCULO XX http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 12 de 36 www.exponencialconcursos.com.br administrativas, com a criação e extinção de unidades. As últimas modificações ocorreram com a Constituição de 1988, que deu origem ao estado de Tocantins, elevou os territórios federais do Amapá e Roraima à categoria de estados e anexou o território federal de Fernando de Noronha a Pernambuco. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 13 de 36 www.exponencialconcursos.com.br Estudos arqueológicos mostram que o território do atual Rio Grande do Norte é habitado há milhares de anos. No início do século XVI, o litoral desse território era habitado pelos índios potiguares. A primeira expedição europeia a chegar na região foi a de Gonçalo Coelho, em 1501. Nas décadas seguintes, piratas franceses, aliados aos índios, passaram a explorar a costa desse território. Doada a João de Barros, a capitania do Rio Grande só foi ocupada por portugueses no final do século XVI. Em 1534, João de Barros e Aires da Cunha receberam essas terras, que se estendiam a partir da Baia da Traição (limite sul) até o rio Jaguaribe, em concessão de D. João III, como capitania hereditária, eram 50 léguas para cada um. Uma expedição organizada em 1535 pelo donatário e por seus sócios Aires da Cunha e Fernão Álvares de Andrade foi impedida de desembarcar pelos franceses, que exploravam as riquezas naturais do litoral, e pelos índios, “amigos” dos franceses e hostis aos portugueses. Os donatários organizaram uma grande expedição para colonizar suas terras, desembarcaram em Pernambuco, no final de 1535 ou início de 1536, mas, na continuação, a expedição foi desastrosa. Houve naufrágios e conflitos com os índios, os que sobreviveram abandonaram a região. Anos depois, uma segunda expedição à Capitania foi organizada por João de Barros, também sem sucesso. Os donatários não conseguiram tomar posse da Capitania, que foi revertida à Coroa portuguesa na segunda metade do século XVI, após a morte de João de Barros. Nos anos seguintes, o Rio Grande do Norte continuou a ser explorado pelos franceses, com apoio dos índios potiguares. Em 1597, foi organizada uma expedição com a finalidade de combater os franceses, construir um forte e fundar uma cidade. Era comandada por Manuel Mascarenhas Homem, Feliciano Coelho de Carvalho e Jerônimo de Albuquerque. Em 06 de janeiro de 1598 foi iniciada a construção do Forte dos Santos Reis Magos, concluída em junho do mesmo ano. Por conta da sua posição geográfica, as terras do Rio Grande do Norte foram, possivelmente, um dos primeiros pontos visitados no litoral brasileiro, antes mesmo da chegada dos portugueses. A necessidade de consolidar o domínio português nas terras que se encontravam abandonadas, com a presença constante de visitantes estrangeiros no seu litoral, fez o governo português tomar novas medidas com 2 – FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO DO RIO GRANDE DO NORTE http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 14 de 36 www.exponencialconcursos.com.br relação à Capitania do Rio Grande, nessa altura já de posse da Coroa, que a havia comprado dos filhos de João de Barros. Em 1597, durante a União Ibérica, o rei de Portugal Felipe I (Felipe II da Espanha) ordenou o envio de uma expedição para conquistar e colonizar o Rio Grande do Norte. Foram encarregados dessa missão, o governador da Capitania de Pernambuco, Manoel Mascarenhas Homem, e o governador da Capitania da Paraíba, Feliciano Coelho. Os custos foram bancados pelo governador do Estado do Brasil, na Bahia, D. Francisco de Souza. Dessa forma foram cumpridas as determinações reais aos donatários de conquistar as terras, construção de um forte para a sua defesa e fundação de uma cidade para ser iniciada a obra da colonização. No início de 1598, começaram a construir a Fortaleza dos Santos Reis ou Fortaleza dos Reis Magos (figura abaixo), próxima da barra do Rio Potengi (Rio Grande). A construção inicial foi feita em taipa, com projeto do engenheiro jesuíta Gaspar de Samperes, obedecia à característica das construções coloniais portuguesas. A Fortaleza foi reconstruída, em alvenaria de pedra, no início do século XVII. O objetivo da construção era fixar um ponto de defesa para as posses da Coroa Portuguesa. Depois disso foi necessária a pacificação da massa indígena que habitava a região, cujos ataques constantes punham em perigo a vida do homem branco. A presença de Jerônimo de Albuquerque, de origem mestiça, que viera com a expedição de Mascarenhas Homem, foi de fundamental importância para a sua realização. Encarregado de estabelecer as pazes com os chefes indígenas Pau Seco e Sorobabe, Jerônimo de Albuquerque consolidou com sucesso a sua missão na Paraíba, em junho de 1599, e tudo indica (pela falta de um documento explicito sobre o assunto) que ao voltar ao Rio Grande, teria ele completado a última determinação real, de fundar uma cidade. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 15 de 36 www.exponencialconcursos.com.br O combate aos franceses estendeu-se por todo o ano e sua expulsão determinou a posse definitiva da terra, consolidada com a fundação, em 1599, da cidade de Natal. A 24 de dezembro de 1599, era fundada a cidade de Natal (figura abaixo), a cerca de meia légua distante do porto, na margem direita do Rio Potengi, tendo como ponto original o local elevado, onde hoje se localiza a Praça André de Albuquerque, Largo da Matriz. Neste local foi erguida uma pequena capela, onde foi celebrada uma missa, capela essa que através das reformas e do tempo permanece ainda hoje, a velha catedral. O dia da fundação é tradicionalmente indicado como sendo o dia de Natal, mas sem documentação que comprove. Também não é certo que a cidade tenha sido fundada com esse nome. A historiografia a registra também como Cidade do Rio Grande (Albernaz) e Cidade dos Reis (Frei Vicente do Salvador). A participação dos jesuítas foi importante para a pacificação dos índios locais. O padre Samperes também foi o autor do projeto da primeira igreja da cidade, inaugurada na mesma época, e dedicada a Nossa Senhora da Apresentação. A capitania era habitada no litoral pelos índios do grupo dos Tupis, os Potiguares, e no interior, pelos índios do grupo dos Tapuias, os Cariris e Tarairius. A colonização do território foi lenta, estabelecendo-se oficialmente em 1611, com a passagem do Governador do Brasil, Diogo de Meneses, que fez as nomeações necessárias para a instituição da administração. Ao longo dos anos a Capitania do “Rio Grande” acrescentou o complemento “do Norte”, devido existência de uma outra capitania do Rio Grande, a do Sul. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 16 de 36 www.exponencialconcursos.com.br O povoamento da região ocorreu lentamente, até 1633, quando esta foi invadida pelos . holandeses Em 1633, os holandeses ocuparam o Rio Grande do Norte. Marcou o processo histórico do desenvolvimento da capitania a presença dos holandeses, que, tendo invadido e se estabelecido em Pernambuco, conquistaram também o Rio Grande, para apoiar a conquista de Pernambuco, servindo, principalmente, para fornecer gado para consumo das tropas e população em Pernambuco. Natal foi visitada pelo conde Mauricio de Nassau em 1637. A Fortaleza dos Santos Reis passou a se chamar de Forte de Kenlen e Natal, de Nova Amsterdã. Os holandeses contaram com apoio dos indígenas e desenvolveram diversas atividades, como a exploração do sal, criação de gado e o plantio da cana-de-açúcar. Os holandeses foram expulsos, em 1654, e houve resistência por parte dos indígenas. Os holandeses permaneceram na capitania por mais de vinte anos, mas, para muitos, nada foi realizado de positivo que marcasse sua presença na região, estabelecendo-se uma fase que ficou marcada pelo abandono, violência, e rapinagem, responsável pelo atraso no desenvolvimento local. O domínio invasor ficou conhecido pelas atrocidades de Cunhaú, Ferreiro Torto e Uruassu, que eram os núcleos populacionais da época. Nestas localidades, no final do domínio holandês, os índios Janduis, liderados por Jacob Rabbi, judeu alemão que detinha grande influência sobre estes, atacou e massacrou violentamente suas populações. A exploração do sal, a cultura da cana-de-açúcar e a expansão da pecuária foram os objetivos principais dos holandeses na região. Após sua http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 17 de 36 www.exponencialconcursos.com.br expulsão, em 1654, o povoamento acentuou-se, em função sobretudo da exploração do sal e da pecuária. Após a saída dos holandeses, quando se tenta voltar à normalidade, inaugura-se uma nova fase na vida da capitania, que volta a sofrer reveses, desta feita com uma revolta dos índios Tapuias contra o domínio português, um movimento de rebeldia considerado como um dos maiores da região nordeste, que ficou conhecida como Guerra dos Bárbaros. O movimento, que persistiu por mais de vinte anos, se estendia pelas áreas das Capitanias do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, sendo que o foco da rebelião estava na Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. Somente foram dominados a partir da atuação mais enérgica das bandeiras paulistas. A reocupação do Rio Grande do Norte, pelos portugueses, envolveu também o interior do território, onde habitavam os cariris. Os nativos se rebelaram e não aceitavam o regime de escravidão a qual eram submetidos pelos colonizadores. A rebelião, denominada Confederação dos Cariris, perdurou por décadas, até o quase extermínio dos cariris no final do século XVIII. Os índios sobreviventes integravam missões jesuíticas. Como os donos das terras não tinham recursos para comprar escravos africanos, passaram a aprisionar índios. Por volta de 1683, várias tribos indígenas rebelaram-se. Conhecida como Confederação dos Cariris, a rebelião estendeu-se até o início do século XVIII, quando foi dominada por tropas chefiadas por bandeirantes paulistas. O principal foco da luta foi o sertão do Rio Grande do Norte. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 18 de 36 www.exponencialconcursos.com.br Em 1701, o Rio Grande do Norte foi incorporado à Capitania de Pernambuco. Em 1701, a Coroa portuguesa submeteu o Rio Grande do Norte ao governo de Pernambuco, o que trouxe prejuízos imensos para a capitania. Uma Resolução Real de 1758 proibiu a comercialização do sal e, a partir de 1788, a capitania ficou também proibida de exportar carne-seca. Somente no século XIX, após a independência do Brasil, o Rio Grande do Norte retomaria o desenvolvimento. Em 1817, ocorreu o Movimento Republicano (Revolução Pernambucana) no nordeste brasileiro, tendo Pernambuco como o centro de difusão do pensamento liberal, sob a liderança da elite agrária e religiosa da região, motivada por interesses econômicos. Esse movimento teve ramificações em Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. No caso do Rio Grande do Norte, cujo governador José Inácio Borges, ao condenar o movimento, declarando esta separada de Pernambuco, para que fosse mantida a fidelidade ao rei, concretizou duas antigas aspirações da população norte-riograndense: tornar-se independente da Capitania de Pernambuco e a criação de uma Alfândega local, que até então não existia. Mas, mesmo com as providências tomadas pelo governador José Inácio Borges, André de Albuquerque Maranhão, comandante da Divisão do Distrito Sul e senhor de Cunhaú (o primeiro engenho do Rio Grande do Norte), por meio de contatos com os insurretos de Pernambuco, aderiu assumindo a liderança do movimento e entrou em Natal com suas tropas na tarde de 28 de março. No dia seguinte, no edifício da Provedoria da Fazenda, André de Albuquerque Maranhão instalou o governo republicano do Rio Grande do http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 19 de 36 www.exponencialconcursos.com.br Norte sob sua presidência, governo esse que durou apenas um mês, quando então foi assassinado e a situação voltou ao domínio português. Após a Revolução Pernambucana, o Rio Grande do Norte foi desmembrado de Pernambuco. Em 25 de março de 1818, foi criada a Ouvidoria do Rio Grande do Norte. Em 1820, fora criada a alfândega independente de Natal, o que deu novamente autonomia às exportações da capitania. Com a independência do país, a capitania passou a província do Império. Após a Guerra da Independência do Brasil, o Rio Grande do Norte tornou-se uma das províncias do Império, estabelecendo-se nessa fase um crescimento fortalecido pelos poucos engenhos de cana de açúcar e as fazendas de gado, principalmente. Em 03 de agosto de 1824, aderiu à Confederação do Equador, liderada por Pernambuco. Revoltava-se contra a Constituição autoritária imposta por D. Pedro I e pelos impostos que eram empregados, em grande parte, para o desenvolvimento do Sudeste. A revolta foi reprimida com grande violência. Marcos importantes para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte foram: a instalação dos Correios (1829); a instalação da Assembleia Legislativa Provincial do Rio Grande do Norte (1835); o transporte ferroviário (1873); o telégrafo (1879). Todavia, , uma das piores que o Nordeste a grande seca de 1877 já enfrentou, prejudicou bastante o desenvolvimento norte-rio-grandense. Ao chegar o movimento pela emancipação dos escravos, em 1888, o Rio Grande do Norte tinha muito pouco a fazer, uma vez que sempre possuiu um reduzido número de escravos negros, tendo em vista as terras para essa cultura serem poucas, limitando-se apenas aos vales do Ceará Mirim e Canguaretama. Após 1889, com a República, tornou-se um dos estados brasileiros. O primeiro governador foi Pedro Velho d'Albuquerque Maranhão. A queda da monarquia e o estabelecimento da República como regime político transformaram as Províncias em Estados e a situação política local, tal qual a do restante do país, consolidou as oligarquias que caracterizaram a República Velha. No Rio Grande do Norte o sistema oligárquico funcionou com a liderança de Pedro Velho de Albuquerque Maranhão, cujo grupo se manteve no http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 20 de 36 www.exponencialconcursos.com.br poder até a década de 1920, substituído por outro grupo que se manteve no poder até o movimento de 1930. Com a proclamação da República, a província foi transformada em estado e, durante muitos anos, a política foi dominada pelo chefe republicano Pedro Velho de Albuquerque. Em 1909, foi criada a Diocese de Natal. Até então, as paróquias do Rio Grande do Norte eram subordinadas à Diocese da Paraíba. Em 1901 e em 1935, o Rio Grande do Norte foi palco de revoltas reprimidas pelo governo federal. O movimento de 1935, conhecido como Intentona Comunista (três insurreições distintas, das unidades militares de Natal, Recife e Rio de Janeiro), quando o governo foi interrompido por um movimento armado que instalou um Comitê Popular Revolucionário, que durou apenas quatro dias. Em 1935, quando em vários pontos do país os comunistas deflagraram rebeliões, instalou-se em Natal um Comitê Popular Revolucionário, comunista, que se apossou do governo sem encontrar grande resistência, mas manteve o poder por apenas quatro dias. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) apressou o desenvolvimento do estado, pois sua situação geográfica dava-lhe enorme importância estratégica. Durante a Segunda Guerra Mundial, Natal abrigou uma base militar dos Estados Unidos. Neste período, o governo norte-americano construiu na região a "Ponte do Atlântico para a África". A ocorrência da Segunda Guerra Mundial colocou o Rio Grande do Norte, mais especificamente Natal, como local de destaque no panorama internacional. Com o apoio de Vargas, Presidente do Brasil, aos americanos, foram assinados acordos que incluíam a construção de bases militares no Brasil, e Natal, pela sua posição estratégica de proximidade com a África, foi escolhida para instalação da defesa em tempo de guerra. Em 1940, os Aliados transformaram o tabuleiro do Parnamirim, ao sul de Natal, em base aérea para suas operações contra o poderio nazista no norte da África. Na região foram instaladas a Base Naval de Natal, em Refoles no Alecrim, e a Base Aérea de Natal, ao lado da qual foi construída a Base Aérea Americana, Parnamirim Field, como ficou conhecida, com grande mobilização técnica e todos os serviços modernos possíveis. Afluíram para o Rio Grande do Norte militares de várias partes do mundo e a utilização das reservas de tungstênio para fins militares ativou a economia do estado. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 21 de 36 www.exponencialconcursos.com.br O Rio Grande do Norte foi escolhido diversas vezes como sede de experiências militares, principalmente da Marinha. A escolha resulta da posição geográfica privilegiada, sendo a costa mais próxima à Europa. Após o final da guerra, surgiram os primeiros cursos universitários, em 1947, com a criação das Faculdades de Farmácia e Odontologia. Seguiram-se as faculdades de Direito, Filosofia, Serviço Social, Economia e Medicina, todas públicas. O último dos interventores federais postos à frente do governo pelo Estado Novo foi o general Orestes da Rocha Lima (1947). Em 1958, no governo de Dinarte de Medeiros Mariz (1956/1961) foi criada a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, inicialmente estadual e logo em seguida federalizada, em dezembro de 1960 pelo presidente JK. Somente a partir do final dos anos 1980, é que surgiram faculdades particulares no estado. Em agosto de 1954, com o suicídio de Vargas, seu vice, Café Filho, assume a Presidência da República, sendo, até os dias atuais, o único potiguar a ocupar o cargo, permanecendo até novembro de 1955. A partir da década de 1960, o populismo se impõe em solo potiguar, através de Aluízio Alves (responsável pelo início de modernização do Rio Grande do Norte) e Djalma Maranhão (radical e político de esquerda). Já em 1964, ocorre um golpe de estado que pôs fim ao governo de João Goulart e iniciou um regime militar, que durou de 1964 até 1985. No Rio Grande do Norte, esse golpe de estado se caracterizou somente pelas perseguições a jovens e intelectuais da terra. Políticos como Aluízio http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 22 de 36 www.exponencialconcursos.com.br Alves, Garibaldi Alves e Agnelo Alves tiveram seus direitos políticos suspensos pelo Ato Institucional Nº 5, de 1968. A partir de 1974, com a descoberta das primeiras jazidas de petróleo no estado, sua economia, até então prejudicada pelos períodos de estiagem, algumas vezes muito longos, experimentou um maior ritmo de crescimento econômico, além do setor de turismo. Governos recentes fizeram importantes mudanças, como ocorreu na gestão de Garibaldi Alves, que elevou a irrigação como uma das metas prioritárias, com o objetivo de interligar bacias hidrográficas e levar água de boa qualidade às famílias sobreviventes em regiões secas e irrigar uma densa área do território norte-rio-grandense. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 23 de 36 www.exponencialconcursos.com.br 1- (Ano: 2017; Banca: COMPERVE; Órgão: MPE/RN; Cargo: Analista - Contabilidade) As economias fundadoras do Rio Grande do Norte produziram espaços, territórios e foram responsáveis pelo desenvolvimento econômico e povoamento do estado. Nesse contexto, é correto afirmar: A) A Pecuária, primeira economia do estado, foi implantada na região Agreste e requereu um grande contingente de trabalhadores. A atividade Algodoeira promoveu a urbanização na região agreste do Estado. B) A atividade Algodoeira foi a primeira economia do Rio Grande do Norte e gerou uma forte classe política. Essa atividade foi responsável pela urbanização de Caicó, Currais Novos, Ceará-Mirim e São José do Seridó. C) A atividade Canavieira foi a primeira economia do estado, e os engenhos de Cunhaú e Ferreiro Torto, seus principais representantes. A Pecuária foi implantada no sertão, onde algumas cidades, tais como Currais Novos e Pau dos Ferros, surgiram a partir de fazendas. D) A Mineração, primeira economia do Rio Grande do Norte, destacou-se pela exploração da scheelita. As cidades de Currais Novos, Acari, Caicó e Parelhas foram povoadas e desenvolvidas a partir da implantação dessa economia. Resposta: “C” A primeira atividade econômica realizada no território do Rio Grande do Norte foi o cultivo da cana-de-açúcar. 2- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Assessor Técnico de Controle Interno) A presença norte-americana no Rio Grande do Norte é sempre lembrada pela instalação da base aérea de Parnamirim durante a Segunda Guerra Mundial. Entretanto, no pós-guerra, a presença dos Estados Unidos também foi marcante, sobretudo na década de 1960, quando o Brasil recebeu vultosos recursos da Aliança para o Progresso, programa lançado na gestão do presidente John F. Kennedy. É INCORRETO afirmar: A) A recusa de Aloísio Alves em aceitar o aporte de recursos da Aliança para o Progresso provocou a cassação de seus direitos políticos, após 1968. B) A experiência de alfabetização pelo método Paulo Freire em Angicos, na gestão de Aloísio Alves (1961-1966), contou com recursos da Aliança para o Progresso. 3 - Questões Comentadas http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 24 de 36 www.exponencialconcursos.com.br C) O Rio Grande do Norte foi o Estado nordestino mais favorecido pelos recursos da Aliança para o Progresso. D) Os sindicatos rurais do Rio Grande do Norte tiveram apoio decisivo da Aliança para o Progresso. E) A prioridade que a Aliança para o Progresso deu ao Rio Grande do Norte tinha o propósito de criar um contraponto ao “subversivo” Pernambuco. Resposta: “A” O período de criação da Aliança para o Progresso coincidiu com o início de uma fase de cooperação cautelosa nas relações dos EUA com o governo do presidente João Goulart. Ao mesmo tempo em que estimulava Goulart em seus projetos de reforma social, a administração Kennedy insistiu na urgência absoluta de medidas de estabilização financeira e controle inflacionário. A partir de meados de 1963, no entanto, os EUA mostraram-se cada vez mais reticentes em relação ao Brasil, ao mesmo tempo em que não escondiam sua decepção com o fracasso do Plano Trienal e com o desinteresse de Goulart em apoiar a política de austeridade prescrita pelo ministro da Fazenda Carlos Alberto de Carvalho Pinto, com apoio das autoridades financeiras internacionais. Desde então, nenhum novo acordo de auxílio seria assinado, com exceção dos relativos ao trigo norte-americano e de dotações ao programa da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Paralelamente, os EUA adotaram uma política de negociar com os governos estaduais que estivessem de acordo com suas condições. Assim os governadores Carlos Lacerda, da Guanabara, e Aluísio Alves, do Rio Grande do Norte, receberam verbas da Aliança para o Progresso para seus programas de desenvolvimento e infraestrutura. 3- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Assessor Técnico de Controle Interno) A cidade de Natal foi fundada: A) pelo donatário da capitania hereditária do Rio Grande, Duarte Coelho. B) durante a invasão dos holandeses, para garantir-lhes a ocupação do litoral nordestino. C) com a cooperação de invasores franceses, aliados aos indígenas tapuias que habitavam o litoral. D) no início do século XVII, por representantes da Companhia da Índias Ocidentais. E) no período da União Ibérica (Portugal e Espanha), após a morte de D. Sebastião. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 25 de 36 www.exponencialconcursos.com.br Resposta: “E” Natal foi fundada como cidade em 1599, durante o período da chamada União Ibérica entre Portugal e Espanha (1580-1640). 4- (Ano: 2012; Banca: FCC; Órgão: MPE/RN; Cargo: Analista - Contabilidade) Observe a foto: Getúlio Vargas e Franklin Delano Roosevelt em Natal em janeiro de 1943. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Vargas-comRoosevelt.jpg) No encontro entre os presidentes, retratado na foto acima, Brasil e Estados Unidos estreitaram relações e acordaram em construir um Quartel General que tornou o Rio Grande do Norte decisivo no processo da vitória aliada na Segunda Guerra Mundial pois: A) assegurou a hegemonia política dos Estados Unidos sobre a navegação do Atlântico Norte que ficou permanentemente sob a fiscalização e o controle dos norte-americanos. B) abalou o esforço desprendido pelos alemães na América Latina que viram seu poderio militar enfraquecer durante a expansão na África Ocidental e no Nordeste brasileiro. C) barrou a expansão alemã que pretendia dar um salto da África Ocidental à América do Sul, passando pelo Nordeste brasileiro, ocupado antes por tropas norte-americanas. D) deteve principalmente as ameaças alemãs sobre os países da América Central, cuja produção petrolífera era vital para a economia dos países aliados, durante a guerra. E) consistiu em uma manobra estratégica fundamental na luta contra o perigo do avanço do nazifascismo em países da América do Sul, economicamente empobrecidos pela guerra. Resposta: “C” Em 28/01/1941, o Brasil rompeu as relações com as Forças do Eixo (Itália, Alemanha e Japão). Em 22/08/1942, o Brasil declarou guerra à Alemanha e à http://www.exponencialconcursos.com.br/ http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Vargas-comRoosevelt.jpg Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 26 de 36 www.exponencialconcursos.com.br Itália. O avanço das tropas do Eixo no continente africano colocou em perigo a navegação do Atlântico, da costa brasileira, como também de todo o continente americano. Teria sido por causa desse risco que o Brasil cedeu as bases militares no litoral do Nordeste para servir de apoio às operações militares que seriam desenvolvidas na África. E entrou na guerra. Natal, por sinal, já vivia um clima de guerra, inclusive com blecautes diários. Além disso, os alemães torpedearam navios brasileiros. Isso impulsionou a nossa entrada na guerra contra as Forças do Eixo. A área de Natal era crucial para a defesa dos EUA continental e do Canal do Panamá contra forças hostis (Rota Natal- Dakar). Assim, a presença das tropas norte-americanas na cidade de Natal se intensificou entre 1941 e 1942 com a expansão da Segunda Guerra Mundial para o norte da África. A participação do Brasil, através do Rio Grande do Norte, tornou-se decisiva no processo da vitória aliada na Guerra, transformando Natal em ponto de passagem das tropas norte- americanas, que se dirigiam para o front no continente africano, e barrando a expansão alemã para a América do Sul. 5- (Ano: 2012; Banca: FCC; Órgão: MPE/RN; Cargo: Analista - Contabilidade) As oligarquias norte-rio-grandenses também se utilizavam da violência e das fraudes para vencer as eleições. Os líderes políticos estaduais ordenavam às lideranças municipais a utilização de atas falsas, o alistamento de eleitores mortos ou ausentes, a proibição do alistamento aos eleitores da oposição, etc. Utilizando-se desses artifícios, as oligarquias estaduais mantiveram-se no poder por mais de 30 anos, sem maiores sobressaltos, subvertendo o regime republicano (...). (Sérgio Luiz Bezerra Trindade. História do Rio Grande do Norte. Natal: Editora do IFRN, 2010. p 162) É correto afirmar que durante a República Velha, as oligarquias norte-rio- grandenses subvertiam o regime ao se utilizarem dos mecanismos a que o texto descreve, pois: A) menosprezavam um dos elementos essenciais da democracia: a rotatividade do poder. B) rechaçavam um dos princípios básicos da república: o unipartidarismo. C) defendiam um dos pilares principais do nacionalismo: a autonomia política das províncias. D) apoiavam um dos ideais básicos do anarquismo: a república de grandes proprietários. E) contrariavam uma das bases fundamentais do liberalismo político: o sistema de eleição direta. Resposta: “A” http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 27 de 36 www.exponencialconcursos.com.br Utilizando-se desses artifícios, as oligarquias estaduais mantiveram- se no poder por mais de 30 anos, sem maiores sobressaltos, subvertendo o regime republicano, pois evitavam a rotatividade no poder, elemento essencial da democracia. Os conflitos que ocorreram nesse período foram decorrência de disputas entre as próprias oligarquias. O início do governo republicano em Natal se deu com a 1ª Oligarquia, tendo como governador do estado Pedro Velho de Albuquerque Maranhão, o qual foi fundador do Partido Republicano. Seu governo foi marcado por manter sempre os interesses da sua oligarquia antecedendo aos do partido. Prova dessa tendência foi indicar seu irmão, Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, para disputar a sua vaga, na Câmara Federal, quando veio assumir o governo. Conseguiu ainda nomear seu outro irmão, Alberto Maranhão, como secretário da sua administração. Governo bastante marcado pelo clientelismo, nepotismo, empreguismo, corrupção e violência, elementos clássicos do coronelismo, que tinha por base o voto de cabresto. 6- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Técnico Legislativo) Sobre o processo abolicionista no Rio Grande do Norte, é correto afirmar que: A) Almino Afonso defendeu a ideia de que a Lei Áurea não passava de um ato de desapropriação, devendo o Estado indenizar os ex-proprietários de escravos. B) Mossoró resistiu às iniciativas da Sociedade Emancipadora, negando-se a conceder cartas de alforria aos escravos da região. C) a Lei Áurea afetou muito pouco as atividades dos engenhos de açúcar, desenvolvidas por populações indígenas assalariadas. D) a cidade de Natal, graças ao discurso proferido por Castro Alves na Igreja Matriz, libertou seus numerosos escravos em 1884. E) a mão de obra escrava não foi determinante na vida econômica provincial, sobretudo em relação à criação de gado e ao cultivo do algodão. Resposta: “E” No Rio Grande do Norte predominava, à época do processo abolicionista, como atividade econômica, a criação de gado. Consequentemente, não havia necessidade de um grande contingente de mão de obra escrava, como acontecia, por exemplo, em Pernambuco, devido aos seus inúmeros engenhos. Sendo assim, o número de escravos presente no Rio Grande do Norte não foi http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 28 de 36 www.exponencialconcursos.com.br expressivo. Registre-se, ainda, que Mossoró foi a primeira cidade a abolir a escravidão no Rio Grande do Norte, em 30 de setembro de 1883, antes mesmo de ser promulgada a Lei Áurea. 7- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Técnico Legislativo) A autonomia federativa fortaleceu, na Primeira República (1889- 1930), a atuação política de “organizações familiares” no Rio Grande Norte. Exemplo desta constatação foi o predomínio político absoluto, no governo, de 1892 a 1914, da família: A) Cavalcanti. B) Maranhão. C) Lamartine. D) Mariz. E) Maia. Resposta: “B” O Rio Grande do Norte, no período da República Velha, foi controlado politicamente por duas oligarquias: Albuquerque Maranhão e Bezerra de Medeiros. O período de 1892 a 1909 correspondeu à sedimentação do grupo de Pedro Velho de Albuquerque Maranhão no poder, até depois de sua morte, que ocorreu em 1907. Esta oligarquia permaneceu consolidada, de forma hegemônica até a década de 1920. 8- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Técnico Legislativo) Às vésperas da Proclamação da República, no Rio Grande do Norte: A) prevalecia, na oposição à monarquia, a postura dos habitantes de Natal, que saíram às ruas pleiteando novo regime. B) foram criados o Partido Republicano, em janeiro de 1889, e posteriormente o jornal A República, para divulgação de sua plataforma. C) eram fortes as manifestações populares contra representantes da monarquia, como o conde D’Eu. D) não havia descontentamento dos setores econômicos algodoeiro e açucareiro contra as políticas da monarquia. E) inexistiam núcleos políticos republicanos e tampouco jornais de oposição à monarquia. Resposta: “B” http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 29 de 36 www.exponencialconcursos.com.br Em 27 de janeiro de 1889, foi fundado no Rio Grande do Norte o Partido Republicano, com participação especial de Pedro de Albuquerque Maranhão (conhecido como Pedro Velho), mais tarde líder da campanha. Após a fundação do partido, foi criado o jornal "A República", que se tornou órgão oficial do partido recém-criado. 9- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Técnico Legislativo) Sobre a pacificação dos índios potiguares no território que compreendia o Rio Grande (mais tarde do Norte), é correto afirmar: A) A pacificação deu-se por lento processo de mestiçagem, resultante do casamento de inúmeros portugueses com índias potiguares, cujos descendentes povoaram o atual Rio Grande do Norte. B) Os índios potiguares rejeitaram a intermediação de missionários jesuítas nas negociações pelo acordo de paz, aceitando apenas as tratativas feitas por Jerônimo de Albuquerque, mestiço de índio e branco. C) Os violentos confrontos entre colonizadores e potiguares ficaram conhecidos na História do Brasil como Guerra dos Bárbaros, que resultou, após o extermínio de grande parte da população indígena, na pacificação. D) Após muitos combates violentos contra colonizadores luso-brasileiros, os índios potiguares aceitaram acordo de paz em 1599, com intermediação de Jerônimo de Albuquerque e padres jesuítas. E) Usa-se a expressão “pacificação dos índios potiguares” para identificar o momento a partir do qual a prática do canibalismo foi abandonada e a fé cristã foi adotada pelos índios. Resposta: “D” Os portugueses sabiam que, sem a pacificação dos índios potiguares, o projeto de colonização não avançaria. Assim, Mascarenhas Homem foi à Bahia conversar com o Governador-Geral, enquanto Jerônimo de Albuquerque, mestiço de branco com índio, empreendia conversações com os índios. Ao retornar da capital da colônia, Mascarenhas Homem trazia a solução: envolver os padres no projeto de pacificação. Dessa forma, os religiosos Francisco Pinto e Gaspar de Samperes passaram a orientar mais proximamente Jerônimo de Albuquerque. A Pacificação dos índios só veio mais tarde, em 11 de junho de 1599, na cidade de Filipéia (atual João Pessoa-PB), quando os jesuítas Gaspar de Samperes, Francisco Lemos e Francisco Pinto, que os potiguares chamavam de Amanaiara (Senhor da Chuva), convenceram-nos a aceitar um tratado de paz com os portugueses. Pelo lado dos índios, os chefes Mar Grande e Pau Seco foram de grande ajuda para obtenção da paz, enquanto pelo lado português, além dos já citados sacerdotes, foi de substancial importância a participação de Jerônimo de Albuquerque. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 30 de 36 www.exponencialconcursos.com.br 10- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Técnico Legislativo) Durante o período da ocupação holandesa no território que hoje corresponde ao Rio Grande do Norte: A) ocorreu grande crescimento da produção açucareira, superando Pernambuco e Bahia. B) não houve crescimento econômico, restando dele, segundo Tavares Lyra, “apenas uma triste lembrança”. C) iniciou-se, no litoral, a exploração do pau-brasil, produto de grande interesse comercial. D) houve convivência pacífica entre indígenas tapuias e potiguares e colonos luso-brasileiros, unidos contra os invasores. E) foi criada a primeira alfândega brasileira em Natal, para controlar a entrada de produtos europeus. Resposta: “B” O governo de Nassau foi um esplendor em Pernambuco e, de um modo geral, alvissareiro para os holandeses, pois foi sob o seu comando que se consolidou o domínio flamengo no Brasil, com sucessos militares que representaram conquistas em Alagoas, no Ceará, em Sergipe e no Maranhão, além da fortaleza africana de São Jorge da Mina, de Angola e da ilha de São Tomé. Registre-se que o controle do litoral africano era condição essencial “para garantir o fluxo de escravos necessários à economia açucareira” (WEHLING, 1994, p. 129). O Rio Grande, porém, só teve a lamentar; lá, praticamente, só aconteceram tropelias, violência, destruição e terror. Ou para utilizar a expressão de Tavares de Lyra, “da presença holandesa no Rio Grande do Norte ficou apenas uma triste lembrança”. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 31 de 36 www.exponencialconcursos.com.br 1- (Ano: 2017; Banca: COMPERVE; Órgão: MPE/RN; Cargo: Analista - Contabilidade) As pesquisas sobre o período colonial no Rio Grande do Norte têm discutido as questões referentes às disputas entre os povos nativos e a consolidação do domínio português. Nesse contexto, os trabalhos mais recentes sobre a história colonial do Rio Grande do Norte indicam que: A) as missões de aldeamento dos Tupi e dos Tarairiú, nos séculos XVII e XVIII, fracassaram como estratégias de, por meio da catequese, integrar os indígenas no projeto colonial português. B) a repressão dos portugueses aos indígenas alcançou seu ponto máximo na “Guerra dos Bárbaros” (1680-1720), quando terços militares e o bandeirante Domingos Jorge Velho exterminaram as populações nativas no sertão do Seridó. C) os registros eclesiásticos das freguesias no Seridó evidenciam, do último quartel do século XVIII à primeira metade do século XIX, a presença de índios junto a outros grupos sociais participando dos rituais cristãos: batizado, matrimônio e exéquias. D) os percursos feitos por diferentes grupos instituíram demarcações político-administrativas (arraiás, povoados e, posteriormente, vilas) e eclesiásticas (freguesias), que assinalaram o fracasso português na conquista da terra e dos nativos nos séculos XVI e XVII. 2- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Técnico Legislativo) Ao longo do século XVI: A) os franceses frequentaram assiduamente o litoral do Rio Grande do Norte, explorando o pau-brasil. B) os portugueses firmaram sólidas e fraternais alianças com os índios da região, os potiguares. C) a Capitania do Rio Grande coube ao donatário Duarte Coelho, que a transmitiu a seus descendentes. D) os moradores de Pernambuco e Itamaracá uniram-se aos franceses, no contrabando de madeira. E) revelou-se a excepcional fertilidade das terras do Rio Grande para o cultivo da cana-de-açúcar. 3- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Analista de Sistemas) A participação de mulheres em cargos executivos no Rio Grande do Norte é marcante, a exemplo de Wilma de Faria, prefeita da capital e governadora em duas gestões, e Rosalba Ciarlini, também governadora. Tal participação tem precedente histórico, pois a primeira mulher a assumir o cargo de prefeita eleita no Brasil foi a norte-rio-grandense: 4 – Questões sem comentário http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 32 de 36 www.exponencialconcursos.com.br A) Júnia Marise. B) Celina Guimarães. C) Maria do Céu Pereira Fernandes. D) Nísia Floresta. E) Alzira Soriano. 4- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Analista de Sistemas) O feriado estadual de 3 de outubro no Rio Grande do Norte corresponde à data: A) do massacre de fiéis católicos, ocorrido em Uruaçu, comunidade de São Gonçalo do Amarante. B) da beatificação dos mortos na capela do Engenho de Cunhaú, município de Canguaretama. C) da invasão da capela do Engenho de Cunhaú por holandeses aliados a indígenas. D) do pacto de aliança firmado entre indígenas e colonos portugueses contra os holandeses invasores. E) da conversão do indígena potiguar Poti ao cristianismo, após suas ações contra a invasão holandesa. 5- (Ano: 2013; Banca: FCC; Órgão: AL/RN; Cargo: Analista de Sistemas) O Hino do Estado do Rio Grande do Norte, oficializado em 1957, faz referência a determinados fatos e personagens históricos. Considere as afirmativas abaixo: I. Os versos: Na vanguarda, na fúria da guerra / Já domaste o astuto holandês! – Evocam a expulsão dos holandeses, em 1654. II. Os versos: Foi de ti que o caminho encantado / Da Amazônia Caldeira encontrou – Evocam a expedição que, sob o comando de Francisco Caldeira Castelo Branco, partiu do Rio Grande em 1615 e chegou ao Pará. III. Os versos: Da conquista formaste a vanguarda / Tua glória flutua em Belém! – Evocam o martírio do padre Miguelinho, preso e executado na cidade de Belém, sob a acusação de inconfidência. Está correto o que se afirma em: A) I, apenas. B) I e II, apenas. C) I e III, apenas. D) II e III, apenas. E) I, II e III. 6- (Ano: 2010; Banca: FCC; Órgão: MPE-RN; Cargo: Agente Administrativo) Durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade de Natal cresceu e evoluiu com a presença de contingentes militares brasileiros e http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 33 de 36 www.exponencialconcursos.com.br aliados, consumando o seu progresso com a construção das bases aérea e naval. Sobre essa presença é correto afirmar que os norte-americanos: A) ao introduzirem estratégias militares e práticas bélicas, favoreceram a centralização política na cidade e o enfraquecimento do poder controlado pela oligarquia nas áreas rurais. B) ao trazerem novos produtos e a visão democrática, estimularam mudanças no modo de vida da cidade e exerceram influências visíveis em Natal, até os dias atuais. C) ao dinamizarem a economia da cidade e sua modernização, contribuíram para a redução das desigualdades sociais e para os habitantes usufruírem de uma melhor qualidade de vida. D) ao elegerem a integração das principais bacias hidrográficas como entrada e saída de embarcações militares, tornaram Natal um dos alvos de ataque inimigo e "Trampolim da Vitória". E) ao assimilarem os valores e costumes tradicionais e a produção artesanal, impulsionaram acentuadamente a atividade urbana e o ritmo de crescimento econômico da cidade. 7- (Ano: 2010; Banca: FCC; Órgão: MPE-RN; Cargo: Agente Administrativo) No processo de conquista da Capitania do Rio Grande do Norte, a construção do Forte dos Reis Magos em 1598 como marco definitivo da posse territorial ibérica e fundação de uma pequena povoação em 1599, reforçaram a presença física e cultural do homem branco na região. No entanto, não foi fácil o relacionamento entre os portugueses e os índios potiguaras, pois os laços de alianças que existiam entre estes e os franceses eram muito fortes, devido ao sistema de escambo. (Adaptado de http://www.cerescaico.ufrn.br/rnnaweb/historia/ colonia/conquista.htm acesso em 27/04/2010) De acordo com o texto, a dificuldade no relacionamento entre portugueses e indígenas devia-se ao fato de o sistema: A) provocar uma intensa resistência indígena ao trabalho de extração do pau-brasil e um tratamento bastante violento e opressivo dos franceses para com os indígenas. B) criar um verdadeiro clima de guerra e tensão entre índios e portugueses, em virtude da necessidade de mão de obra nativa na produção de alimentos para os franceses. C) restringir o lucrativo comércio de mão de obra escrava entre os portugueses e os índios potiguaras nas plantações de cana de açúcar e nas áreas litorâneas da capitania. D) dificultar a existência de trabalho compulsório como imposição dos portugueses e facilitar o convívio e as relações de troca entre índios e franceses. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 34 de 36 www.exponencialconcursos.com.br E) impedir a conquista portuguesa do território brasileiro e a ampliação de novos espaços de terras para a produção de mercadorias de alto valor no comércio interno. 8- (Ano: 2010; Banca: FCC; Órgão: MPE-RN; Cargo: Analista de Tecnologia da Informação - Banco de Dados) Quando o golpe já estava deflagrado, Aluízio Alves publicou nota no jornal Tribuna do Norte, intitulada Ao Povo, na qual informava lamentar: “...que o presidente João Goulart, a quem reconhece e sempre há de proclamar inestimáveis serviços ao Rio Grande do Norte (...) não tenha podido impedir a radicalização das posições ideológicas e políticas, conduzindo o país a um impasse intolerável, que só pode ser solucionado com o respeito às tradições das forças armadas". (Tribuna do Norte, 02/04/64) (In: http://www.cerescaico.ufrn.br/rnnaweb/historia/republica/ politica_1964.htm. Acessado em 27/04/2010) O texto e o conhecimento histórico permitem inferir que o governador Aluízio Alves, com a publicação em 1964: A) faz uma defesa intransigente da legalidade, passando a se colocar do lado das forças populares e democráticas do Estado em oposição aos golpistas. B) comunica ao Comando Militar que estaria do lado da democracia e do presidente, conclamando o povo a resistir ao golpe militar no Estado. C) rompe definitivamente com os movimentos populares, passando a adotar práticas oligárquicas e repressivas no Estado após a Ditadura Militar. D) adota medidas preventivas para impedir que os militares se instalassem no Estado e promovessem, por meio da força, a perturbação da ordem. E) define uma posição favorável aos golpistas, passando a integrar-se ao movimento, assumindo com os militares a defesa da Ditadura Militar no Estado. 9- (Ano: 2010; Banca: FCC; Órgão: MPE-RN; Cargo: Analista de Tecnologia da Informação - Banco de Dados) Durante a União Ibérica, a Capitania do Rio Grande do Norte passou a fazer parte do interesse expansionista de Filipe II da Espanha, tendo em vista: A) o sucesso da economia de subsistência praticada pelos índios potiguares no interior da capitania, cuja produção poderia fornecer altos lucros no mercado consumidor de produtos tropicais. B) a constante invasão de povos estrangeiros na capitania, particularmente de holandeses, que estabeleciam fortes laços de aliança com os indígenas da tribo potiguar no sertão nordestino. http://www.exponencialconcursos.com.br/ https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2010-mpe-rn-analista-de-tecnologia-da-informacao-banco-de-dados https://www.qconcursos.com/questoes-de-concursos/provas/fcc-2010-mpe-rn-analista-de-tecnologia-da-informacao-banco-de-dados Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 35 de 36 www.exponencialconcursos.com.br C) a posição geográfica da capitania, que possibilitava acesso estratégico à colônia e exploração de todas as terras da costa brasileira, especificamente da região nordestina. D) a necessidade de expansão da colonização e a implantação de núcleos de povoamento, a organização e a criação de órgãos administrativos capazes de promover a expulsão dos franceses da capitania. E) o fracasso do sistema de capitanias hereditárias que favorecia incursões estrangeiras, principalmente francesas, na capitania que colocavam em risco o domínio espanhol em terras brasileiras. 10- (Ano: 2008; Banca: ESAF; Órgão: Prefeitura de Natal/RN; Cargo: Auditor do Tesouro Municipal) O processo histórico de formação do espaço do Rio Grande do Norte teve por base duas frentes de ocupação: uma sertaneja e outra litorânea. No século XVIII, a produção do espaço sertanejo esteve associada à: A) produção mineral, produção de algodão para o mercado externo e pecuária bovina. B) produção de algodão, cultivo da cana-de-açúcar e agricultura de subsistência. C) pecuária bovina, agricultura de subsistência e produção de algodão voltada para o mercado externo. D) pecuária bovina, cultivo da cana-de-açúcar e agricultura de subsistência. E) produção de algodão, produção mineral e agricultura de subsistência. http://www.exponencialconcursos.com.br/ Teoria e Questões comentadas Prof. André Marques Prof. Giovanni Mannarino / André Marques 36 de 36 www.exponencialconcursos.com.br QUESTÃO GABARITO 1 C 2 A 3 E 4 A 5 B 6 B 7 D 8 E 9 C 10 C 5 - Gabarito http://www.exponencialconcursos.com.br/
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