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SISTEMA CARDIOVASCULAR-ANATOMIA VETERINÁRIA 1

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Sistema Cardiovascular
Introdução 
O sistema circulatório é muito essencial para 
qualquer organismo em que a difusão de 
combustíveis metabólicos e a excreção de 
resíduos é realizada. Todos os órgãos circulatórios 
e as células sanguíneas tem uma origem comum 
em conjunto de células mesenquimatosas, que 
aparecem na parede do saco vitelínico, mais 
externamente achatam-se e organizam-se como 
um endotélio. 
Nenhuma circulação pode existir com a ausência 
de um meio para bombear, por este motivo o 
aparecimento do coração é desde o início 
quando a vida é gerada, ele liga-se em uma das 
extremidades com os vasos que se tornam a 
aorta e na outra com aqueles que formam três 
conjuntos de veias: as veias vitelinas, as veias 
umbilicais, as veias cardinais. 
Coração 
Ele é o órgão central muscular que funciona 
como uma bomba de sucção e pressão: as 
diferenças de pressão causadas pela sua 
contração relaxamento determinam a circulação 
do sangue e da linfa. 
No animal adulto é constituído por: átrio direito, 
átrio esquerdo, ventrículo esquerdo, ventrículo 
direito. O coração é constituído por duas bombas 
em cada lado dentro de um único órgão. A 
bomba direita recebe mais sangue que é 
desoxigenado e o conduz ao tronco pulmonar, já 
a bomba esquerda, recebe sangue oxigenado e 
o leva para a artéria aorta, que o distribui para 
todo o corpo. Com relação ao tamanho, em 
regra é relativamente maior nas espécies e 
indivíduos menores. Em geral é considerado 
cerca de 0,75% do valor corporal, o formato e a 
posição em geral são semelhantes em todos os 
mamíferos. 
 
 
 
1. Pericárdio e a topografia do 
coração 
O pericárdio envolve quase completamente o 
coração e este é essencialmente um saco 
seroso fechado tão profundamente invaginado 
pelo coração, as lâminas visceral e parietal do 
pericárdio prolongam-se entre si em uma 
reflexão complexa, que se segue os átrios e as 
raízes dos grandes vasos. 
Embora o pericárdio se contorça para acomodar 
a forma variada do coração durante o ciclo 
cardíaco, seu componente fibroso impede 
qualquer distensão significativa. 
 
 
Está situado no meio do mediastino do tórax e 
embora geralmente cônico, apresenta uma certa 
compressão lateral para adaptar-se á 
compressão semelhante do tórax da maioria dos 
@medvet_juh 
@medvet_juh 
 
quadrúpedes. A incisura cardíaca na borda ventral 
de cada pulmão permite que o coração tenha 
um contato restrito com a parede torácica, que 
normalmente é maior do lado esquerdo, devido a 
posição assimétrica. 
 
 
2. Anatomia geral do coração 
 O tamanho e a anatomia do coração variam 
de espécie para espécie. 
 O coração é considerado como tendo ápice, 
base, duas bordas e duas superfícies. O ápice 
situa-se, centralmente, dorsal ao esterno. A 
base está orientada dorsalmente, e sua parte 
mais alta situa-se, aproximadamente, na 
junção dos terços dorsal e mediano do 
diâmetro dorsoventral do tórax, ela é formada 
pelos átrios de paredes finas, que ficam 
nitidamente separados dos ventrículos por um 
sulco coronário circundante, que contém os 
principais troncos dos vasos coronários em 
um revestimento de tecido adiposo. Os 
ventrículos constituem uma parte muito maior 
do coração, que também é muito mais firme 
devido á maior espessura das 
paredes. Embora os ventrículos fundam-se 
externamente, suas extensões separadas são 
definidas por sulcos rasos que descem em 
direção ao ápice. A borda direita cranial é 
convexa e curvada ventral e caudalmente e a 
maior parte é paralela ao esterno. A borda 
esquerda caudal é muito mais curta e é, 
aproximadamente, vertical. As superfícies, 
atrial (direita, diafragmática) e auricular 
(esquerda, esternocostal) são convexas e 
marcadas pelos sulcos que indicam a divisão 
do coração em quatro câmaras, os dois átrios 
dorsalmente e os dois ventrículos 
ventralmente. Internamente os átrios estão 
separados pelo septo interatrial. O septo 
interventricular é a parte que separa os dois 
ventrículos. 
 O sulco coronário (atrioventricular) indica a 
divisão entre o átrio e os ventrículos. Ele 
circunda quase completamente o coração. A 
linha de separação entre os dois ventrículos é 
marcada pelo sulco interventricular paraconal 
e pelo sulco interventricular subsinuoso. 
 O coração ainda possui válvulas cardíacas que 
são estruturas compostas basicamente de 
tecido conjuntivo, localizadas na saída de cada 
uma das câmaras cardíacas, que auxiliam no 
fluxo unidirecional do sangue. Estão localizadas, 
mais especificamente, entre os átrios e 
ventrículos, bem como nas saídas da artéria 
aorta e artéria pulmonar. Quando o sangue 
passa pelas válvulas, há o fechamento das 
mesmas, impedindo o refluxo sanguíneo para 
a câmara cardíaca anterior, sendo que essa 
abertura e fechamento são regulados pelas 
pressões presentes no interior da câmara 
cardíaca. 
 
 
@medvet_juh 
@medvet_juh 
 
Existem quatro válvulas cardíacas: 
a. Mitral ou bicúspide: apresenta dois folhetos. Esta 
válvula possibilita a fluxo sanguíneo entre átrio e 
ventrículo esquerdos. 
b. Tricúspide: apresenta três folhetos e possibilita 
o fluxo sanguíneo entre átrio e ventrículo direitos. 
c. Aórtica: está localizada na saída do ventrículo 
esquerdo para a aorta, possibilitando o fluxo 
sanguíneo entre a luz dessas duas estruturas. 
d. Pulmonar: localizada na saída do ventrículo 
direito para a artéria pulmonar, possibilitando o 
fluxo sanguíneo entre a luz dessas duas 
estruturas. 
 O músculo que sustentam as válvulas cardíacas é 
chamado de papilar, enquanto que as estruturas 
fibrosas que ligam o folheto valvular ao músculo 
recebe o nome de cordoalha tendínea (impedem 
a inversão da válvula). 
 Átrio direito: 
Átrio direito forma a parte cranial direita da base 
do coração e situa-se dorsalmente ao ventrículo 
direito. Consiste em um seio venoso das cavas, 
no qual se abrem as veias e uma aurícula. 
Existem cinco óstios principais no átrio direito. O 
óstio da veia cava cranial está situado na parte 
dorsal. O óstio da veia cava caudal está situado na 
parte caudal. O seio coronário abre-se 
ventralmente à veia cava caudal. O óstio 
atrioventricular direito situa-se na parte ventral e 
conduz ao ventrículo direito. 
 Ventrículo direito: 
O ventrículo direito constitui a parte cranial direita 
da massa ventricular. Ele forma quase toda a 
borda cranial do coração, mas não alcança o 
ápice. É algo triangular em seu contorno e tem a 
forma de um crescente, em corte transversal. É 
guarnecido pela valva atrioventricular direita 
(tricúspide) e pela valva pulmonar. 
 Átrio esquerdo: 
O átrio esquerdo forma a parte caudal da base 
do coração. Situa-se caudalmente ao tronco 
pulmonar e à aorta e dorsalmente ao ventrículo 
esquerdo. As veias pulmonares abrem-se no átrio 
caudalmente ao mesmo e do lado direito. O óstio 
atrioventricular esquerdo está situado 
ventrocranialmente. 
 Ventrículo esquerdo: 
O ventrículo esquerdo forma a parte caudal 
esquerda da massa ventricular. Ele é mais 
regularmente cônico do que o ventrículo direito e 
sua parede é muito mais espessa, exceto no 
ápice. Ele forma todo contorno caudal da parte 
ventricular e do ápice do coração. É guarnecido 
pela valva atrioventricular esquerda (bicúspide ou 
mitral) e pela valva aórtica. 
 A estrutura do coração 
A espessa camada média da parede (miocárdio) 
é composta de músculo cardíaco. É revestida 
externamente pelo pericárdio visceral (epicárdio) 
e internamente pelo endocárdio, uma lâmina fina 
lisa contínua com o revestimento dos vasos 
sanguíneos. 
 
As partes atriais e ventriculares do músculo são 
separadas por um esqueleto fibroso, que é 
formado principalmente pela conjunção dos anéis 
que circundam os quatro orifícios cardíacos. O 
@medvet_juh 
@medvet_juh 
 
esqueleto fibroso é perfurado para dar passagem 
ao feixe atrioventricular que conduz o impulso 
para a contração. 
A musculatura atrial é fina, já a musculatura 
ventricular é muito mais espessa também dispõe 
de feixes superficiaise profundos. Alguns feixes 
superficiais enrolam-se ao redor de ambas as 
câmaras, utilizando o septo para completar um 
trajeto em forma de oito. 
 
Anatomia funcional 
 
A contração coordenada é essencial para o 
bombeamento eficiente, a contração assíncrona 
de fascículos musculares é ineficaz e rapidamente 
fatal quando envolve a musculatura ventricular. O 
nodo sinoatrial é o marca passo, de onde a onda 
de excitação normalmente difunde-se para todas 
as partes do músculo, tem o nível máximo de 
atividade espontânea quando descarregado por 
estímulos externos, mas, em circunstâncias 
normais, sua descarga é determinada pelo fino 
equilíbrio de entradas simpáticas aceleradoras e 
vagais retardadoras. 
O fluxo sanguíneo está ligado a estas atividades. 
O sangue entra nos átrios enquanto a pressão 
no interior das veias supera a pressão no interior 
do coração. Vários fatores de magnitude incerta 
e variável contribuem para a pressão venosa. 
 
As valvas pulmonar e aórtica fecham-se durante 
o relaxamento ventricular, quando a pressão 
arterial excede a pressão nestas câmaras. A 
contração ventricular fecha as valvas 
atrioventriculares, a eversão das cúspides para os 
átrios sendo impedida pela contração oportuna 
dos músculos papilares. 
Os dois ventrículos não se contraem 
identicamente. A luz ventricular direita é 
comprimida em uma ação “de fole, em que a 
parede externa é tracionada em direção ao 
septo. O ventrículo esquerdo mais cilíndrico 
contrai-se radialmente e no comprimento, supõe-
se que a contração radial tenha o maior efeito. 
O fechamento das valvas cardíacas produz sons 
distintos, audíveis à auscultação. 
 
@medvet_juh 
@medvet_juh 
 
Suprimento sanguíneo 
O coração recebe sangue venoso de três fontes. 
A veia cava cranial traz sangue da cabeça, 
pescoço, apêndices torácicos e tórax. A veia cava 
caudal coleta sangue venoso do abdome, pelve e 
apêndices pélvicos. O átrio direito recebe sangue 
venoso proveniente do miocárdio por meio do 
seio coronário. Quando o sangue retorna ao 
coração através de veias do corpo, ele entra no 
átrio direito de onde é impulsionado para dentro 
do ventrículo direito. É bombeado para os 
pulmões por meio do tronco pulmonar. As 
artérias pulmonares cedem gás carbônico e 
absorvem oxigênio. O sangue oxigenado nos 
pulmões retorna, por meio das veias pulmonares, 
ao átrio esquerdo, que o impulsiona para o 
ventrículo esquerdo. O ventrículo esquerdo 
bombeia o sangue através da aorta e artérias 
sistêmicas através dos capilares, e este retorna 
ao coração pelas veias. 
 
 
A circulação no feto e 
alterações após o 
nascimento 
A placenta combina as funções que mais serão 
desempenhadas pelos pulmões, trato digestório e 
rins, durante a vida fetal. O sangue, portanto é 
reabastecido com oxigênio suprido com 
nutrientes e tem os resíduos removidos em sua 
circulação através da placenta. É conduzido de 
volta ao feto por duas grandes veias umbilicais 
que giram no cordão umbilical e unem-se em 
uma só onde entram o umbigo. 
A placenta recebe a maior parte do fluxo através 
da aorta descendente, por meio das artérias 
umbilicais, estas se ramificam das artérias ilíacas e 
deixam o feto no umbigo, junto ao ducto 
alantóico. A corrente sanguínea fetal entra em 
perfeita posição com a corrente sanguínea 
materna na placenta, embora a espessura e a 
permeabilidade da barreira tecidual interposta 
variem entre as espécies. 
As alterações que acompanham o nascimento 
não acontecem imediatamente como muitos 
acreditam, são necessárias horas ou dias, varia 
entre as espécies. O fechamento permanente 
dos canais fetais redundantes requer um tempo 
muito maior. A parada da circulação placentária 
pode anteceder ou suceder o início da ventilação 
pulmonar, de acordo com as circunstâncias do 
parto. O coto da veia umbilical fora do abdome 
seca e a parte intra-abdominal transforma-se 
lentamente nos ligamentos redondos do fígado. 
As superfícies umbilicais feridas constituem uma 
entrada potencial para infecção, o ducto alantóico 
e a veia trombosa sendo vias adequadas para a 
disseminação. 
 
@medvet_juh 
@medvet_juh

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