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A importância das adequações em uma área classificada

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A importância das adequações em uma área 
classificada 
ATITUDE EDITORIAL 
 
Edição 39, Abril de 2009 
Por Alessandra Renata Junk 
Instalações elétricas em áreas classificadas devem obedecer requisitos apropriados para instalações em áreas 
não classificadas, como as prescrições na ABNT NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão, entre outras. 
Entretanto, como os requisitos para áreas não classificadas são insuficientes para instalação em áreas 
classificadas, essas instalações devem seguir as normas de instalação EX, como a NBR IEC 60079-14 – 
Instalações elétricas em áreas classificadas (exceto minas) e a IEC 61241-14 – Equipamentos elétricos para 
utilização em presença de poeira combustível – seleção e instalação. 
Para iniciarmos um processo de adequação das instalações elétricas e de automação de uma unidade industrial 
classificada, é preciso ter em mãos o Trabalho de Classificação de áreas, segundo a NBR IEC 60079-10, para 
conhecer os tipos de áreas, os zoneamentos, os grupo de gases e temperaturas de autoignição dos produtos 
presentes nas áreas. 
A inspeção deve ser baseada na NBR IEC 60079-17, que trata do detalhamento das não conformidades e dos 
equipamentos empregados. Por meio desse documento, é possível verificar se a instalação foi executada de 
forma adequada e se os equipamentos estão de acordo com o tipo de zoneamento – Zona 0, Zona 1 e Zona 2, 
referente a produtos inflamáveis, ou Zona 20, Zona 21 e Zona 22, referentes a poeiras combustíveis 
Apenas com a classificação de áreas e com a inspeção em mãos, é possível iniciar o processo de adequação das 
não conformidades nas instalações em áreas classificadas. 
Em primeiro lugar, para se fazer um bom trabalho de adequação, é necessário especificar os equipamentos 
com tipos e níveis de proteções específicas para se trabalhar em área classificada. Há muitos tipos de 
proteção de equipamentos elétricos e eletrônicos “Ex” certificados para determinado tipo de zona: Ex-d, à 
prova de explosão; Ex-e, segurança aumentada; Ex-p, pressurizado; Ex-i, segurança intrínseca; Ex-n, não 
acendível; Ex-o, imerso em óleo; Ex-m, encapsulado, Ex-q, imerso em areia. Por isso, é necessária a 
especificação correta do equipamento para a área a ser instalada, assim como os níveis de proteção Ga, Gb, 
Gc, Da, Db e Dc. 
Com a classificação de áreas, é possível conhecer o grupo de gases e a temperatura de autoignição, itens 
importantes para se especificar os equipamentos adequados, os quais possuem certificação compulsória. Além 
disso, no laudo de inspeção das instalações, obtemos as não conformidades quanto às áreas classificadas, ou 
seja, os itens referentes à falta de equipamento adequado, equipamentos Ex inadequados ao tipo de 
zoneamento, classe de temperatura imprópria e instalação inadequada. 
As correções são iniciadas com a aquisição de equipamento correto e certificado e também com a execução de 
uma instalação adequada. Existem muitos casos em que a empresa adquire o equipamento correto, porém, 
nota-se sua instalação inadequada, colocando a área em condições inseguras e em desacordo com as normas. 
Um relatório de “não conformidades” traz detalhes sobre as irregularidades, assim como respectivas soluções 
para tais problemas. Entre os mais comuns estão: 
- Falta de selagem de motores, painéis, luminárias; 
- Selagem na distância errada, exigida pela norma; 
- Tipo de massa e selagem inadequadas; 
http://www.osetoreletrico.com.br/web/component/mailto/?tmpl=component&link=aHR0cDovL3d3dy5vc2V0b3JlbGV0cmljby5jb20uYnIvd2ViL2NvbXBvbmVudC9jb250ZW50L2FydGljbGUvNTgtYXJ0aWdvcy1lLW1hdGVyaWFzLXJlbGFjaW9uYWRhcy85Ni1hLWltcG9ydGFuY2lhLWRhcy1hZGVxdWFjb2VzLWVtLXVtYS1hcmVhLWNsYXNzaWZpY2FkYS5odG1s
http://www.osetoreletrico.com.br/web/component/content/article/58-artigos-e-materias-relacionadas/96-a-importancia-das-adequacoes-em-uma-area-classificada.html?tmpl=component&print=1&page=
http://www.osetoreletrico.com.br/web/component/mailto/?tmpl=component&link=aHR0cDovL3d3dy5vc2V0b3JlbGV0cmljby5jb20uYnIvd2ViL2NvbXBvbmVudC9jb250ZW50L2FydGljbGUvNTgtYXJ0aWdvcy1lLW1hdGVyaWFzLXJlbGFjaW9uYWRhcy85Ni1hLWltcG9ydGFuY2lhLWRhcy1hZGVxdWFjb2VzLWVtLXVtYS1hcmVhLWNsYXNzaWZpY2FkYS5odG1s
http://www.osetoreletrico.com.br/web/component/content/article/58-artigos-e-materias-relacionadas/96-a-importancia-das-adequacoes-em-uma-area-classificada.html?tmpl=component&print=1&page=
- Equipamento inadequado à classificação de áreas, na especificação dos tipos de zonas, grupo de gases, 
temperatura de autoignição; sejam eles painéis, instrumentos, motores, etc., que poderão ser realocados ou 
substituídos; 
- Falta de parafusos nos painéis e em caixas de ligação de motores; 
- Pintura e silicone no interstício das caixas; 
- Prensa-cabos inadequados ao invólucro; 
- Falta de unidade seladora de fronteira entre as zonas 1 e 2, bem como zona 2 e área não classificada. 
- Circuito intrínseco inadequado. 
Com base nas informações disponibilizadas pelo relatório, é iniciada a regularização da instalação, 
especificando, primeiro, os equipamentos a serem substituídos de acordo com os tipos de zoneamento – 0, 1 e 
2 (gases) e 20, 21 e 22 (poeiras combustíveis), segundo a classificação. Deve-se tomar cuidado com a 
especificação, pois não basta somente indicar, como ”luminária à prova de explosão com lâmpada mista 160 
W”. Isto não é suficiente, pois pode se achar que está comprando o equipamento correto, mas não há 
informações corretas sobre a área que consta no trabalho de classificação de áreas. Deve-se atentar às normas 
dos diversos tipos de proteção Ex, conforme as normas específicas (tabela a seguir), e ao certificado de 
conformidade obrigatório. 
 
 
Um bom trabalho de adequação das instalações elétricas em áreas classificadas depende de conhecimento, 
experiência e emprego das normas já citadas. Vejamos, a seguir, alguns critérios, definidos pelas normas, que 
devem ser obedecidos. 
Instalações com eletrodutos 
Os eletrodutos devem ser de aço, classe pesada, roscados, com ou sem costura, atendendo à ABNT NBR 5597. 
O eletroduto deve dispor de, no mínimo, cinco fios de rosca para permitir uma conexão adequada entre o 
eletroduto e o invólucro à prova de explosão. 
Como utilizar unidade seladora? 
Unidades seladoras Ex-d devem ser instaladas no invólucro, na parede do invólucro ou o mais próximo possível 
dele, de forma a limitar os efeitos de pré-compressão e evitar a entrada de gases quentes no sistema de 
eletrodutos a partir de um invólucro contendo uma fonte de ignição. Ela deve ser selada com fibra e massa 
certificada. 
Unidades seladoras também devem ser instaladas de acordo com os critérios da fronteira entre zonas 1 e 2 e 
zonas 2 e área classificada. 
 
Figua 1 – Instalação feita com eletrodutos 
Instalações com cabos 
Os sistemas de cabos e acessórios devem ser instalados, tanto quanto possível, em locais que não sejam 
expostos a danos mecânicos, à corrosão ou influências químicas (por exemplo, solventes) e aos efeitos do 
calor. Quando a exposição desses sistemas a efeitos dessa natureza for inevitável, medidas de proteção, como 
instalação em eletrodutos parciais, devem ser tomadas ou devem ser especificados cabos apropriados. Para 
minimizar o risco de danos mecânicos, por exemplo, devem ser utilizados cabos armados, com proteção 
metálica, com cobertura de alumínio sem costura, com cobertura de metal e com isolação mineral ou cabos 
com coberturas semirrígidas. 
A conexão de cabos aos equipamentos elétricos deve ser feita de acordo com os requisitos do respectivo tipo 
de proteção. Se o equipamento for Ex-d, o prensa cabo deverá ser do mesmo tipo, como também se o prensa 
cabo for Ex-e, o prensa cabo deverá ser do mesmo tipo. 
 
Figura 2 – Instalação feita com a utilização de cabos 
Instalação de circuitos intrinsecamente seguros 
Uma filosofia de instalação fundamentalmente diferente deve ser feita nas instalações de circuitos 
intrinsecamente seguros. Em comparação comtodos os outros tipos de instalações, em que é tomado o devido 
cuidado para confinar a energia elétrica no sistema instalado, projetado de forma que uma área classificada 
não possa ser inflamada, a integridade de um circuito intrinsecamente seguro deve ser protegido desde a 
entrada de energia de outras fontes elétricas, de forma que a limitação de energia segura no circuito não seja 
excedida, mesmo quando ocorram aberturas de circuitos, curtos-circuitos ou ligação à terra do circuito. 
As instalações com circuitos intrinsecamente seguros devem ser instaladas de tal modo que sua segurança 
intrínseca não seja afetada por campos elétricos e magnéticos externos, tais como a proximidade de linhas 
aéreas de potência ou cabos unipolares conduzindo elevada corrente. 
Os cabos contendo circuitos intrinsecamente seguros devem ser marcados para identificá-los como parte de 
um circuito de segurança intrínseca. Se revestimentos ou capas forem identificados por uma cor, esta deve ser 
azul-claro. 
Toda essa exigência é oriunda da nova versão da NR 10, que está obrigando as empresas a adequarem todas as 
instalações elétricas na unidade, incluindo principalmente as instalações elétricas nas áreas com risco de 
explosão para prover segurança aos trabalhadores e também ao patrimônio. 
Anteriormente, não havia uma lei que estabelecesse esse compromisso, mas o item 10.9.4 da NR 10 é claro: 
“instalações elétricas de áreas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incêndio ou explosões devem 
adotar dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático, para prevenir sobretensões, 
sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação”. 
Em suma, como é um assunto que demanda conhecimento de normas e técnicas, o projeto e a montagem das 
instalações abrangidas pela NR 10 serão conduzidos apenas por profissionais autorizados, com treinamentos 
que ofereçam informações sobre os diversos tipos de proteção Ex, práticas de instalação, normas, requisitos 
legais e princípios gerais de classificação de áreas. A autorização do profissional deve ser específica para o 
tipo de trabalho a ser executado, conforme exigido pela norma regulamentadora. 
Por isso, está em andamento o projeto da norma “Competências para trabalhos com equipamentos elétricos 
para atmosferas explosivas”, de acordo com o documento ExMC/296/CD – “Competencies for working with 
electrical equipment for hazardous áreas”, para certificação de profissionais Ex. O documento está sendo 
elaborado pela Comissão de Estudo de Requisitos de Instalação em Atmosferas Explosivas (CE-03:031.01) e 
inclui terminologia, dados de gases e vapores inflamáveis, competências para trabalhos em equipamentos para 
atmosferas explosivas, procedimentos de classificação de áreas, instalação, inspeção, manutenção, reparo, 
revisão e recuperação de equipamentos elétricos utilizados em atmosferas explosivas. 
Como já mencionado, o processo de regularização de instalações elétricas em áreas classificadas é algo muito 
importante para nossas unidades industriais no tocante à segurança e à preservação do patrimônio. Ao 
regularizar a planta, é preciso ficar atento às normas de instalação por eletrodutos ou por cabos, circuitos 
intrínsecos, entre outros. 
No que diz respeito a equipamentos elétricos Ex, no processo de regularização de nossa unidade, devemos ter 
cuidado na especificação e na compra destes equipamentos, pois somente é possível aceitá-los com o 
“Certificado de Conformidade” emitido pelos Organismos de Certificação de Produto (OCPs), órgãos 
acreditados pelo Inmetro. 
De nada adianta fazer a instalação correta se forem empregados equipamentos sem certificação, compulsória 
desde 2006, por meio da Portaria do Inmetro n. 83/2006. Vale lembrar que, em breve, será publicada a nova 
portaria do Inmetro que torna compulsória a certificação de equipamentos para poeiras combustíveis. 
No equipamento Ex, devemos observar as seguintes marcações: 
 
Figura 3 – Selo de certificação do Inmetro 
Todos os equipamentos elétricos certificados possuem uma marcação que foi concedida no processo de 
certificação e que obedece a um lay-out predefinido, de forma que se possa verificar se as informações ali 
contidas correspondem ao que foi solicitado. 
Na marcação do equipamento Ex deve constar o símbolo BR-Ex, o tipo de proteção, o grupo de periculosidade 
do equipamento, a classe de temperatura e a temperatura máxima de superfície, além de outras 
identificações adicionais exigidas pela norma específica para o respectivo tipo de proteção e o número do 
certificado. 
Finalmente, conhecido o processo de regularização e aplicados os tipos de proteção adequados, as filosofias 
de instalação certas, os materiais certificados, e executadas as adequações necessárias com profissionais 
qualificados, o último passo é o Laudo Final das Instalações Elétricas em Áreas Classificadas (LFIE-Ex). Como 
fazer isto? É preciso solicitar à empresa que fez a inspeção das áreas e que emitiu o relatório de “não 
conformidades” para verificar se essas “não conformidades” foram sanadas para então dar prosseguimento à 
emissão desse documento. 
De posse deste laudo, se faz necessário ainda verificar se as áreas classificadas foram sinalizadas em campo, 
conforme símbolo a seguir. 
 
Figura 4 – Símbolo de sinalização de áreas classificadas 
Como complemento final, exigido pela NR 10, é necessário treinar os profissionais que trabalharão nessas 
áreas Ex, sejam eles operadores, engenheiros de processos, químicos, mecânicos, técnicos e engenheiros de 
segurança, capacitando-os em áreas classificadas, no qual obterão conhecimentos gerais dessas áreas, tipos de 
proteção, níveis de proteção e os riscos envolvidos. 
Os engenheiros eletricistas, eletricistas, instrumentistas, eletrônicos e todos os profissionais que participam 
da montagem, operação, calibração ou manutenção dos sistemas eletro-eletrônicos deverão ser qualificados 
em áreas classificadas, obtendo conhecimentos gerais de classificação de áreas, tipos de proteção detalhados, 
tipos de instalações permitidas pelas normas de instalação e riscos envolvidos. 
Para dar a devida seriedade a este processo de treinamento, que envolve capacitação e qualificação dos 
profissionais, as empresas deverão fazer a devida regularização para a obtenção do certificado das instalações 
elétricas em áreas classificadas, parte do Prontuário da NR 10, juntamente com o estudo de classificação de 
áreas. 
 
Riscos de explosão nas redes subterrâneas 
5 COMENTÁRIOS 
 
Por Estellito Rangel Junior 
 Uma análise sobre as recentes explosões de bueiros no Rio de Janeiro, medidas adotadas 
pela concessionária e pela cidade e soluções encontradas por outros países que passaram pelos mesmos 
problemas. 
 
A notícia que mais tem despertado a preocupação dos cariocas diz respeito às explosões em “bueiros”, como 
são popularmente conhecidas as câmaras transformadoras (CT) e caixas de inspeção (CI), da concessionária de 
energia elétrica Light. Dentre as consequências temos: tampas de ferro fundido com cerca de 400 quilos sendo 
lançadas até quatro metros de altura, emissão de fumaça, interrupções de serviço afetando vários 
consumidores, interdição de vias e queimaduras graves em pedestres. Com relação a esta última, a cidade 
acompanhou apreensivamente os 68 dias de internação da turista americana Sarah Lowry que teve 80% do 
corpo queimado após uma explosão de bueiro ocorrida em junho de 2010, quando atravessava uma rua em 
Copacabana, na faixa de pedestres! Seu marido, James McLaughlin, estava ao seu lado, teve 35% do corpo 
queimado e saiu do hospital após ter ficado 30 dias internado. 
Cabe ressaltar que terem recebido “alta” não significa que eles tenham voltado a desempenhar seus afazeres 
com a mesma destreza que exibiam antes do evento, sem quaisquer cicatrizes; apenas indica que o 
tratamento, que poderá demorar vários mesese incluir fisioterapia, curativos, cirurgias plásticas e 
acompanhamento psicológico, terá continuidade fora do hospital. 
E o que vem sendo feito para sanar o problema? Este trabalho cita alguns eventos, comenta medidas adotadas 
até o momento e informa sobre soluções encontradas em outros países. 
Histórico 
Estas explosões não são novidade no Rio de Janeiro. No ano 2000, foram registradas cerca de 15 explosões em 
bueiros, de modo que pelo menos desde aquela data já deveríamos ter sido apresentados a um plano de ação 
para resolver o problema. O tempo foi passando, outras explosões foram registradas em vários bairros, até 
testemunharmos um novo ciclo de explosões, quase 20, em 2010. 
Podemos dizer que várias categorias profissionais estão expostas a estes riscos: 
http://www.osetoreletrico.com.br/web/component/content/article/57-artigos-e-materias/845-riscos-de-explosao-nas-redes-subterraneas.html#comments
http://www.osetoreletrico.com.br/web/component/mailto/?tmpl=component&link=aHR0cDovL3d3dy5vc2V0b3JlbGV0cmljby5jb20uYnIvd2ViL2NvbXBvbmVudC9jb250ZW50L2FydGljbGUvNTctYXJ0aWdvcy1lLW1hdGVyaWFzLzg0NS1yaXNjb3MtZGUtZXhwbG9zYW8tbmFzLXJlZGVzLXN1YnRlcnJhbmVhcy5odG1s
http://www.osetoreletrico.com.br/web/component/content/article/57-artigos-e-materias/845-riscos-de-explosao-nas-redes-subterraneas.html?tmpl=component&print=1&page=
http://www.osetoreletrico.com.br/web/component/mailto/?tmpl=component&link=aHR0cDovL3d3dy5vc2V0b3JlbGV0cmljby5jb20uYnIvd2ViL2NvbXBvbmVudC9jb250ZW50L2FydGljbGUvNTctYXJ0aWdvcy1lLW1hdGVyaWFzLzg0NS1yaXNjb3MtZGUtZXhwbG9zYW8tbmFzLXJlZGVzLXN1YnRlcnJhbmVhcy5odG1s
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http://www.osetoreletrico.com.br/web/component/content/article/57-artigos-e-materias/845-riscos-de-explosao-nas-redes-subterraneas.html?tmpl=component&print=1&page=
 Eletricitários – Em Nova York, em 09/10/08, um empregado da concessionária morreu após ter ingressado em 
um bueiro para efetuar serviços de reparos. Foi notado um zumbido, a emissão de fumaça preta e logo a 
seguir veio a explosão que o matou dentro do bueiro. 
 Policiais – Em 13/09/08 dois policiais se aproximaram de um bueiro que explodira na Rua Raul Pompeia, em 
Copacabana, e uma segunda explosão ocorreu, arremessando um deles contra a grade de um prédio. 
 Bombeiros – Em 26/02/10, na Rua Domingos Ferreira, em Copacabana, ao abrirem um bueiro, o localizado no 
lado oposto da rua explodiu. 
Extensão da rede 
De documentos divulgados pela Light obtivemos os seguintes dados da rede, em que notamos haver diferenças 
nos quantitativos. Além disso, matéria divulgada na mídia informou que a Light desconhecia a localização de 
cerca de 500 “bueiros” e, dessa forma, inspeções programadas não puderam ser executadas. 
 
A dinâmica da explosão 
Podemos dizer de forma simplificada que, para termos uma explosão, necessitamos da presença simultânea de 
dois fatores: uma atmosfera com características de explosividade e uma fonte de ignição com a energia 
necessária. Uma atmosfera adquire características explosivas quando apresenta uma determinada 
concentração mínima de gases inflamáveis ou pós combustíveis em suspensão. No caso, cada gás inflamável ou 
pó combustível possui sua concentração mínima característica, chamada de LIE – limite inferior de 
explosividade. No caso das redes subterrâneas, não é provável haver presença de pós combustíveis, de modo 
que o principal cenário é a concentração de gases inflamáveis. 
Porém, o gás da concessionária pode não ser a principal fonte de emissão: estudos americanos apontam que o 
isolamento dos cabos elétricos, ao ser deteriorado por temperaturas acima das recomendadas pelos 
fabricantes, libera gases inflamáveis que podem ficar acumulados nos dutos e caixas. Dessa forma, o curto-
circuito resultante seria a fonte de ignição capaz de promover a explosão. 
O evento de explosão na rede de distribuição subterrânea pode ser ilustrado utilizando-se a topologia típica 
ilustrada na Figura 1, em que uma falta ocorrida nos dutos promoveria a ignição dos gases acumulados e, a 
partir da primeira explosão, uma série de explosões avançaria até encontrar a caixa mais próxima. Devido à 
pré-compressão, a energia liberada nesta explosão na caixa seria maior que a inicial ocorrida no duto, 
resultando no arremesso da tampa. 
Dependendo da geometria da rede e volumes de gases envolvidos, outras caixas poderão sofrer também os 
efeitos da propagação das explosões e serem lançadas as tampas. 
 
 
FIGURA 1 – ILUSTRAÇÃO DA OCORRÊNCIA DE EVENTOS NA REDE SUBTERRÂNEA. 
 
Medidas adotadas 
 
a) Pela Light: 
No dia 20 de setembro de 2010, foi noticiado pelo jornal O Estado de São Paulo que a Light efetuaria até 
dezembro daquele ano obras na capital, no Sul Fluminense e na Baixada Fluminense. O total de investimentos 
em distribuição para 2010 somavam R$ 525 milhões. Na capital, as obras seriam feitas principalmente nas 
zonas Oeste e Norte. A Light também faria obras estruturais em Copacabana e Leblon, cujos investimentos 
somavam R$ 4 milhões, incluindo a instalação de nove quilômetros de cabos de média tensão, nove circuitos 
alimentadores e a substituição de oito transformadores. 
Este planejamento aponta que o maior volume de investimentos foi feito em áreas sem registros de explosões, 
na rede aérea. Além disso, as obras previstas para a Zona Sul da cidade não estavam voltadas para resolver o 
problema das explosões e corresponderam a apenas 0,76% do montante. 
Em 22/07/11, a Light anunciou antecipação de investimentos, de modo que em 2012 e 2013 serão investidos 
R$ 320 milhões na rede. Em 2012, foram previstos cerca de R$ 160 milhões, o que representa 81% a mais do 
que em 2011. 
Os principais objetivos desses investimentos, conforme divulgado pela Light, são: o aumento da confiabilidade 
e da segurança operacional do sistema subterrâneo, direcionamento de ações preventivas quanto a riscos de 
falhas de equipamentos e melhoria da qualidade do fornecimento. Os recursos durante o biênio 2012-2013 
contemplam mais de 60 mil inspeções em caixas subterrâneas, manutenção em mais de seis mil equipamentos 
e a substituição de outros cinco mil, tais como transformadores e chaves a óleo, que serão trocadas por chaves 
que permitem comando à distância e protetores de rede. Haverá ainda a reposição de 800 km de cabos 
subterrâneos de média e de baixa tensão. Como podemos ver, dentre os principais objetivos não encontramos 
“solucionar os eventos de explosões em bueiros”. 
Foi anunciada a instalação de sensores nas câmaras transformadoras. Até o final de 2011, está previsto serem 
instalados sensores em 1.170 destas estruturas. O objetivo neste caso é informar aos técnicos da 
concessionária, em tempo real, incidentes relativos à detecção de gases, presença de água, e entrada de 
pessoas não autorizadas. 
São melhorias interessantes, porém o presidente da Light ressaltou que os investimentos não garantem o 
afastamento do risco de novos incidentes (explosões, fumaça e fogo em bueiros). Segundo ele, isso dependeria 
também “de investimentos de outras concessionárias, como CEG e Cedae”. 
A instalação de sensores trará maior segurança na rede, porém novas explosões não serão impedidas caso 
medidas complementares e relacionadas com as causas reais não sejam implantadas. Por exemplo, não basta 
instalar sensores de gás: é necessário que logo após a detecção uma ação imediata seja implementada, 
visando a eliminar possíveis fontes de ignição. Ou seja, se apenas houver o alarme na Central de Monitoração 
e for aguardado que uma equipe seja designada para se deslocarao local, pode se passar um tempo excessivo. 
Também deve ser ressaltado que a localização dos sensores e a sua confiabilidade naquele ambiente será uma 
questão crítica. 
A Light também anunciou um aumento no número de inspeções na rede, de 9.000 por ano para 16.000 por 
ano, mas se os itens contemplados nestas inspeções não estiverem vinculados à eliminação das causas de 
explosões, não contribuirão decisivamente para o seu fim. Outra medida divulgada pela Light foi a abertura de 
furos nas tampas das caixas de inspeção, visando a “garantir a liberação de gás acumulado dentro das caixas 
subterrâneas”, porém este procedimento tem eficiência discutível, pois além da geometria da rede poder 
permitir ao acúmulo de gases nos dutos, a definição da quantidade (quatro por tampa) e das dimensões dos 
furos realizados não promoverá dissipação eficaz se a taxa de emissão de gases não for previamente 
conhecida. A Figura 2 mostra os tais furos (quatro), já executados em 6.478 tampas segundo o site da Light. 
Nota-se que a Light também vem investindo pesadamente em marketing, com a veiculação de diversos 
anúncios na mídia televisiva e tendo inclusive criado um blog “Conexão Light”, que divulga em redes sociais e 
em um canal no YouTube vídeos com explicações sobre a empresa e a rede subterrânea. Porém, os vídeos 
destacam os investimentos e as melhorias realizadas, sem demonstrar se as medidas ora implantadas estão 
devidamente relacionadas à eliminação das causas reais das explosões. 
A Light tem declarado “estar atuando” para acabar com as explosões de bueiros, porém não apresentou até 
hoje a relação das causas reais, além de minimizar a gravidade dos eventos de fumaça e fogo. No YouTube, 
encontramos entrevistas com declarações de representantes da empresa que demonstram desconhecer as 
reais causas e que não definem quando o problema estará resolvido. 
b) Pela Prefeitura: 
A Prefeitura do Rio de Janeiro (RJ), por meio da Secretaria de Conservação e Serviços Públicos, contratou a 
empresa Concremat para o monitoramento independente em bueiros na cidade, prevendo-se um total de 10 
mil inspeções em Caixas de Inspeção (CI) e Câmaras Transformadoras (CT) por mês. 
A contratação, em caráter emergencial por seis meses, foi uma iniciativa do acordo de cooperação entre a 
Prefeitura do Rio de Janeiro, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Ministério Público e Conselho Regional de 
Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro (CREA-RJ) e tem por objetivo enfrentar as recorrentes 
explosões de bueiros em vias da cidade. O contrato no valor de R$ 4,242 milhões será custeado pela 
Prefeitura. 
As 12 equipes previstas trabalham em turnos diurnos e noturnos com planejamento operacional e a 
interligação de dados com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio. 
As inspeções são feitas com detectores de gás (explosímetros), de leitura direta, para verificar a presença de 
gases inflamáveis e explosivos. Além disso, as equipes vão realizar varredura com apoio de um termovisor para 
verificar a existência de temperaturas acima do recomendado nas instalações elétricas. Nos casos em que as 
inspeções comprovarem a presença de gases na faixa de “risco de explosão”, a empresa deverá informar 
imediatamente o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, as empresas concessionárias e as respectivas 
agências reguladoras, o CREA-RJ e o Ministério Público. Será feito o isolamento do bueiro e as concessionárias 
serão acionadas para efetuarem “pronto reparo”. 
A Figura 3 mostra um bueiro devidamente isolado, com a tampa parcialmente aberta, aguardando o “pronto 
reparo” da concessionária. 
 
 
FIGURA 2 – ISOLAMENTO E SINALIZAÇÃO DE BUEIRO ONDE FOI DETECTADA UMA CONCENTRAÇÃO ELEVADA DE GÁS. 
 
O trabalho iniciou com prioridade em áreas já apontadas como de maior risco de ocorrência de acidentes 
como Centro, Copacabana, Botafogo, Laranjeiras, Flamengo e Tijuca. Há um relatório semanal enviado à 
Prefeitura do Rio sobre as condições encontradas nos bueiros. 
Um equívoco é que está sendo divulgado na mídia que existem “bueiros com 80% a 100% de risco de explosão”, 
utilizando-se os resultados destas medições, o que não está correto. Quando a leitura no explosímetro indica 
“80”, significa que o gás que passou pelo sensor apresenta uma concentração correspondente a 80% do LIE do 
gás de calibração, por exemplo, o metano. Neste ponto, se o gás presente for o metano, não há uma 
atmosfera explosiva presente, uma vez que o LIE não foi atingido. 
Este é o escopo do serviço: registrar os percentuais encontrados de LIE e comunicar aos órgãos relacionados. 
Ao se divulgar na mídia tais percentuais como “risco de explosão”, está havendo um grave equívoco, que vem 
causando apreensão na população. 
Para concretizar uma explosão é necessária, além da concentração acima do LIE, a presença de uma fonte de 
ignição com energia suficiente. Logo, o “risco de explosão” apenas poderá ser estimado numericamente a 
partir do conhecimento da frequência e da duração com que uma fonte de ignição adequada possa surgir no 
local e da possibilidade do aparecimento simultâneo da mesma quando houver concentrações de gás acima do 
LIE. Esta estimativa de risco seria fruto de uma Análise Quantitativa de Risco de Explosão, um serviço que, 
além de não ser realizado pelo explosímetro, não está caracterizado no Termo de Referência. 
Apenas como exemplo, se um local apresenta uma concentração de gás metano a 80% do LIE, o risco de 
explosão será zero se for caracterizado não haver condições para aumento desta concentração ou se a 
possibilidade de presença de uma fonte de ignição com energia suficiente, no momento em que a 
concentração de gás vier a atingir o LIE, for inexistente. 
Também merece ser citado um ponto crítico na rede subterrânea das grandes cidades, que ela não possui uma 
delimitação para seu caminhamento. Todo o traçado é definido pelas empresas, sem consultar as demais ou 
algum Plano Diretor das Prefeituras – inexistentes. Uma vez obtida da Prefeitura a licença para execução do 
serviço, não há qualquer fiscalização da mesma, de forma que não se sabe como é feita – ou mesmo se é feita 
– a recomposição das redes danificadas na intervenção. 
Na Figura 4, notamos que manilhas de barro com fios em seu interior foram danificadas nesta obra realizada 
pela Companhia Estadual de Gás (CEG) – tubulação amarela –, porém, não está claro como será feita a 
recomposição. 
 
 
 
FIGURA 3 – INTERVENÇÃO POR UMA CONCESSIONÁRIA PODE AFETAR INSTALAÇÕES DE OUTRA. 
 
c) Pela CEG 
A CEG se comprometeu junto ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, em 18/07/2011, a efetuar a 
modernização de sua rede onde ela estiver próxima à rede da Light, e sujeitando-se a uma multa de R$ 100 
mil caso ocorram explosões em sua rede. 
O compromisso envolve investimentos de R$ 25 milhões na modernização de 50 quilômetros da rede do Centro 
e de Copacabana, na Zona Sul, em até 12 meses, uma antecipação das ações que seriam feitas até 2013. 
Segundo o MP-RJ, a empresa também será multada no mesmo valor de R$ 100 mil caso descumpra o 
cronograma de obras. 
Os dutos de distribuição que serão trocados representam a maior parte dos 5% da rede que ainda não foram 
modernizados pela companhia. Em vez de ferro fundido, os novos tubos são feitos de polietileno, material 
mais resistente e flexível. Esses novos dutos têm pontos de união e solda – em que a rede fica mais vulnerável 
– a cada cem metros. No caso dos tubos de ferro fundido, essa distância é menor. 
De acordo com o presidente da concessionária, a CEG investiu R$ 2,6 bilhões nos últimos 12 anos para 
expandir e modernizar sua rede, acusando outras empresas de não terem modernizado suas instalações. A 
concessionária de gás teria renovado, nos últimos anos, todas as suas 600 estações subterrâneas de regulagem 
(onde a pressão do gás é alterada, para que ele seja distribuído aos consumidores). Segundo o presidente,as 
estações de regulagem são blindadas e ventiladas com exaustores, não entrando água nelas, e elas também 
são monitoradas remotamente por meio de sensores, porém ele não informou de que tipo são. 
d) Pelo Ministério Público: 
O Ministério Público Estadual e a Light assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que estipula 
multas de R$ 100 mil para cada bueiro que explodir e causar danos ao patrimônio público ou privado, ou 
deixar feridos na cidade do Rio. A multa pode ser cobrada a partir da homologação do documento na 4ª Vara 
Empresarial no Rio, ocorrida em 18/07/11. O TAC determina também a reforma de quatro mil câmaras 
subterrâneas até 2012, sendo 1.170 delas até dezembro de 2011. 
Segundo os Promotores de Justiça de Defesa do Consumidor Rodrigo Terra e Pedro Rubim, essas câmaras que 
precisam ser reformadas fazem parte de um universo de 40 mil bueiros da Light em toda a cidade. Esses 
quatro mil seriam os que têm maior potencial de causar estragos, em caso de acidente. Os 1.170 prioritários 
são os de maior risco, “já que estão localizados em áreas onde há redes antigas da CEG, que ainda não foram 
reformadas”. A maioria deles fica na Zona Sul e Centro. Podemos extrair desta declaração que ela se baseia 
no pressuposto que o maior risco seria a existência de redes antigas da CEG, aparentemente não tendo sido 
considerados outros fatores de risco, como o controle da carga imposta à rede subterrânea da Light. 
A localização exata das 1.170 câmaras não foi divulgada, o que pelas declarações realizadas, pode ser 
entendido como um critério independente da localização dos eventos ocorridos. 
O Ministério Público também celebrou em 28/07/11 um TAC com a CEG, prevendo que a multa de R$ 100 mil 
será aplicada tanto à empresa de gás quanto à empresa de eletricidade. As duas terão de pagar a não ser que 
comprovem que não tiveram responsabilidade, conforme declaração do promotor Rodrigo Terra. 
Além dos dois TAC assinados, o Ministério Público do Rio pretende investigar criminalmente as recentes 
explosões em bueiros na cidade. O pedido foi feito pelo procurador-geral de Justiça, Cláudio Soares Lopes, 
que encaminhou ofício à Coordenação das Promotorias de Justiça de Investigação Penal em 19/07/11. Em nota 
divulgada pela assessoria do MP, o procurador explica que “a situação está insustentável. Independentemente 
das providências urgentes que devem ser adotadas na esfera administrativa, entendo que as explosões 
ocorridas devem ser investigadas também sob o enfoque criminal”. 
e) Pela Aneel: 
O órgão regulamentador das distribuidoras de energia elétrica é a Agência Nacional de Energia Elétrica 
(Aneel), com sede em Brasília e que estabelece os critérios a serem seguidos. 
No caso das explosões, a ANEEL não aplicou nenhuma multa à Light, restringindo-se a declarar que apuraria os 
fatos em sigilo e que enviaria um representante ao Rio de Janeiro para acompanhar as ações tomadas pela 
Light. As multas já aplicadas pela Aneel à Light foram motivadas por eventos de falta de energia na área de 
concessão, porém nem sempre a multa significa desembolso financeiro para a penalizada. A última multa 
aplicada à Light, de R$ 9,5 milhões, relativa a uma falta de energia ocorrida no Leblon em 2009, foi “trocada” 
por investimentos no valor de R$ 12 milhões. Ou seja, o investimento já previsto pela Light foi antecipado e 
tal antecipação foi considerada como compensação adequada pela falta de energia ocorrida. 
Uma vez que os fatores de avaliação das concessionárias são o DEC e o FEC, os quais refletem a continuidade 
operacional, entende-se que as características de sistema reticulado, em que a falta em um ramal permite 
que os consumidores sejam alimentados pelas subestações adjacentes, contribuem para uma elevada 
continuidade operacional, ou seja, baixos índices de DEC e FEC. 
Neste caso, a Light, mesmo com os numerosos eventos de fogo, fumaça e explosão em sua rede, pode 
apresentar bons índices de DEC e FEC e, dessa forma, ser considerada pela Aneel como atendendo aos 
compromissos de suprimento de energia aos consumidores. 
Deveria caber então à Aneel uma postura mais alinhada com o nos termos do artigo 6º, §3º, I da Lei nº 8.987, 
de 13/02/1995, que diz que “Serviço adequado é o que satisfaz às condições de regularidade, continuidade, 
eficiência, segurança” e, dessa forma, tendo em vista que a segurança da população está ameaçada, não 
adianta ficar repetidamente cobrando da Light “um plano”; entende-se que a Light não sabe o que está 
ocorrendo e que a contratação de uma consultoria especializada é imprescindível. 
As perícias 
Os peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) disseram não haver dúvidas de que havia falta 
manutenção nas galerias e que medidas simples, como garantir maior ventilação, poderiam reduzir os 
problemas. Segundo o chefe do Serviço de Perícia do ICCE, engenheiro Luiz Alberto Coelho, a retenção de gás 
e oxigênio nos bueiros é o que provoca as explosões. 
“O confinamento é o motivo da explosão. Se há gás lá dentro, isso é suficiente para surgir o problema. Basta 
haver uma centelha, que pode ser causada por um atrito na tampa do bueiro, quando um carro passa pela via, 
por exemplo, ou por um curto-circuito dentro da caixa. Não é só questão de falta de manutenção. Se houvesse 
mais aeração (ventilação), natural ou mecânica, o problema já diminuiria bastante. O problema não existe só 
no Rio, mas em todo o Brasil”, declarou Luiz Alberto. 
Os laudos efetuados anteriormente pelo Instituto e divulgados na mídia têm se mostrado sem o detalhamento 
adequado, talvez porque haja falta de ferramental para que as análises sejam feitas de forma mais 
abrangente e independente das concessionárias, pois no momento o Instituto trabalha com equipamentos e 
em laboratórios cedidos pelas duas concessionárias envolvidas nos incidentes: Light e a Companhia Estadual de 
Gás (CEG). A perícia da Polícia Civil não tem aparelhos para medir, detectar e analisar gás, nem sensores para 
constatar temperaturas em emendas de fios, nem os “explosímetros”, que detectam vapores inflamáveis. 
Soluções adotadas em outros países 
Após conhecer as causas principais do problema, é necessário implementar um plano de ação que vise a 
interromper a sequência de eventos e os prejuízos decorrentes. Tendo em vista o tamanho das redes 
subterrâneas urbanas, o estabelecimento de prioridades no sentido de atacar primeiro as causas principais, 
segundo uma análise de Pareto, é necessária. 
O Poder Concedente de Washington, insatisfeito com as desculpas e as ações da concessionária Pepco, 
contratou a empresa de consultoria Stone & Webster para efetuar uma análise independente da apresentada 
pela Pepco, em 2001. A Light colocou em seu relatório da rede subterrânea emitido em 18/04/11 e disponível 
no site da empresa, um link para este relatório da S&W, em que é apresentada uma análise de engenharia 
sobre os eventos ocorridos, chegando ao ponto-chave para a solução do problema: a identificação das causas 
de cada evento. 
Foi apontada a sobrecarga nos circuitos como a causa principal da deterioração do isolamento dos cabos, que, 
por sua vez levariam aos eventos de fogo, fumaça e explosão em bueiros. No estudo, encontramos a Tabela 2, 
apontando as causas de eventos ocorridos na rede da Pepco nos sete primeiros meses de 2001. 
A tabela aponta como causa responsável pelo maior número de eventos, os cabos secundários (BT). Porém, 
com relação aos eventos de explosões, a principal causa foram as falhas nas emendas dos cabos primários. 
Fazendo uma correlação com a rede da Light, a Aneel efetuou uma inspeção na concessionária em 2009 e 
constatou que diversos circuitos operavam no limite de sua capacidade. Assim, numa simples, ou no máximo, 
dupla contingência (ocorrência de falha em algum ramal), alguns circuitos (alimentadores e transformadores) 
entravam em regime de sobrecarga. 
Também declarações do presidenteda Light confirmaram que a Light operou em 2009 “muito acima da 
capacidade da rede”, o que pode ter relação com os eventos de bueiros em 2010, a considerar as conclusões 
do relatório S&W de 2001. 
 
Conclusões 
A situação é preocupante, pois não há uma única causa e a solução não é trivial, uma vez que as 
características físico-químicas dos eventos em bueiros revelam um comportamento complexo. 
Os cidadãos estão sob grave risco. Portanto, não se pode simplesmente alegar "não haver mão de obra nem 
material disponível para solucionar o problema", tendo em vista que primeiro deve ser cobrado um efetivo 
esforço para apontar as causas reais. A falta de um plano de ação para o problema foi caracterizado como um 
sério descaso pelo site da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, do Senado Federal. 
Entretanto, nota-se pouca efetividade nas audiências públicas, onde a ausência de profissionais com 
conhecimento das características dos sistemas de distribuição e do histórico de eventos acaba desperdiçando 
uma oportunidade importante na cobrança de efetivas soluções. 
A rede subterrânea possui custo de construção mais elevado que a rede aérea e admite-se que os benefícios 
apareçam em médio prazo. No entanto, esta estimativa está baseada em uma rede que opere sem problemas. 
As ocorrências em bueiros estão impactando negativamente a Light, haja vista sua demonstração de lucros 
efetuada em 06/08/11, em que, em meio ao aumento de custos e à crise com a explosão de bueiros na rede 
de distribuição da companhia, houve queda no lucro de 67,1% no segundo trimestre de 2011 em relação ao 
obtido no mesmo período do ano passado. Isso resultou que no primeiro semestre de 2011, o lucro da 
companhia somou R$ 212 milhões, recuo de 41,6% na comparação anual. 
Estes fatos deveriam ensejar por parte da empresa a contratação de especialistas para identificar as causas e, 
dessa forma, por fim às ocorrências de fogo, gás e explosão em sua rede de distribuição. 
O perigo existe, está comprovado por diversas ocorrências há pelo menos dez anos e tem registros de 
ferimentos, queimaduras e morte, de forma que é imperiosa uma atuação firme por parte das autoridades e 
da direção da Light na busca das causas. Enquanto a concessionária de eletricidade se limitar a culpar a 
concessionária de gás por supostos vazamentos, que, por sua vez, são negados, o problema não terminará. Da 
mesma forma que foi feito na concessão de Washington, seria bem-vinda a contratação pela Aneel de uma 
empresa especializada – brasileira ou estrangeira – para identificação das causas e elaboração de um plano 
efetivo para solução dos eventos em bueiros. 
Com a devida análise de engenharia, é possível chegarmos até ao desenvolvimento de um modelo matemático 
que permita uma atuação planejada, eliminando-se as causas dos eventos em bueiros. A imagem da cidade, a 
segurança e a tranquilidade de sua população estão sendo seriamente prejudicadas com estes eventos, de 
modo que a solução do problema deve ser tratada com prioridade. 
Referências 
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meio ambiente. Salvador, 2000. 
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Disponível em: <http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/07/13/aneel-deslocaratecnico-para-acompanhar-light-em-monitoramento-de-bueiros-no-rio-924902672.asp>. 
 “Acúmulo de gases: perícia policial sobre explosões de bueiros critica falta de ventilação”, Vera Araújo, O 
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 “Laudo de explosões de bueiros depende de ajuda da Light e CEG”, 16/07/11. Disponível em: 
<http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5244989-EI8139,00-
laudo+de+explosoes+de+bueiros+depende+de+ajuda+da+Light+e+CEG.html>. 
 “Assessment of the Underground Distribution System of the Potomac Electric Power Company”, Stone & 
Webster Consultants, 07/12/2001. Disponível em: 
<http://www.dcpsc.org/pdf_files/pressreleases/SWFinalReport.pdf>. 
 “Relatório de Fiscalização – RF-LIGHT-05/2009”, ANEEL, 14/12/2009. Disponível em: 
<http://www.google.com.br/url?q=http://www.aneel.gov.br/arquivos/pdf/RF-LIGHT-05-2009-
SFE.pdf&sa=U&ei=mIiYTrCjKcnv0gHot4S6BA&ved=0CA4QFjAA&usg=AFQjCNEnDs2lSsB0sKEyeoNfmvVb1JbYeQ>. 
 “Explosão de bueiros causa jogo de empurra”, Portal Clipping. Disponível em: 
<http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/8/1/explosao-de-bueiros-causa-jogode-
empurra>. 
 Light e CEG não garantem solução rápida para o problema dos bueiros que explodem no Rio de Janeiro. 
Agência Brasil, 19/07/10. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/07/19/lightceg-nao-
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 Governo do Rio e Light não se sentem culpados dos ferimentos da norte-americana que teve 80% do corpo 
queimado. Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal, 06/09/10. Disponível 
em: 
<http://www.direitoshumanos.etc.br/index.php?option=com_content&view=article&id=9631:governo-do-rio-
e-light-nao-se-sentem-culpados-dos-ferimentos-da-norte-americana-que-teve-80-do-
corpoqueimado&catid=38:violencia-geral&Itemid=180>. 
 Comissão de Minas e Energia, Câmara dos Deputados, Brasília. Disponível em: 
<http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoespermanentes/cme/audiencias-
publicas/2011/08-06-2011-discussao-sobre-a-situacao-em-que-seencontra-a-rede-subterranea-da-light-s.a/nt-
08jun2011>. 
 Giuliana Verasco, Ana Lima, Hilton Couto. “Análise comparativa dos custos de diferentes redes de distribuição 
de energia elétrica no contexto da arborização urbana”. Revista Árvore, v. 30, n. 4, p. 679-686, 2006. 
 “Lucro da Light cai 67% no segundo trimestre, para R$ 45 milhões”, O Globo, em 06/08/11. Disponível em: 
<http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/08/06/lucro-da-light-cai-67-nosegundo-trimestre-para-45-
milhoes-925077186.asp>. 
 “Especialista diz que Light não investiga explosões”, O Globo. Disponível em: 
<http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/08/20/especialista-diz-que-light-nao-investiga-explosoes-
925172517.asp>. 
 
 
*Estellito Rangel Junior é engenheiro eletricista e membro da Comissão de Sistemas de Prevenção de 
Explosão da ABNT, membro da DTE de Segurança do Clube de Engenharia e da Associação Brasileira de 
Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel). Também participa da Dielectrics & Electrical 
Insulation Society (Deis) do IEEE e é consultor sobre instalações elétricas industriais em ambientes com 
atmosferas explosivas, com trabalhos publicados no Brasil e no exterior. 
 
Este trabalho foi originalmente apresentado durante o V Seminário Internacional da Engenharia Elétrica na 
Segurança do Trabalho (ESW Brasil 2011), que aconteceu entre os dias 8 e 10 de novembro de 2011 em São 
Paulo (SP). 
 
http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoespermanentes/cme/audiencias-publicas/2011/08-06-2011-discussao-sobre-a-situacao-em-que-seencontra-a-rede-subterranea-da-light-s.a/nt-08jun2011
http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoespermanentes/cme/audiencias-publicas/2011/08-06-2011-discussao-sobre-a-situacao-em-que-seencontra-a-rede-subterranea-da-light-s.a/nt-08jun2011
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