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Exame Físico da Coluna

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HABILIDADES MÉDICAS 
1 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 | Medicina - UFAL 
EXAME FÍSICO 
DA COLUNA 
CONTÉUDO: 
• Noções do exame físico normal da coluna vertebral 
e de seus segmentos (cervical, torácica e lombar); 
• Queixas mais comuns na atenção básica; 
• Inspeção estática e dinâmica (movimentos), 
palpação e pontos de referência. 
COLUNA VERTEBRAL: GENERALIDADES 
 
A coluna vertebral consiste em 33 vértebras assim 
distribuídas: 
• 7 cervicais, 
• 12 torácicas, 
• 5 lombares, 
• 5 sacrais e 
• 4 formando o cóccix. 
A unidade anatômica da coluna é a vértebra e sua unidade 
funcional é o complexo entre 2 vértebras, disco, 
articulações, ligamentos e músculos. 
As funções da coluna vertebral são: 
• promover estabilidade; 
• proporcionar mobilidade; 
• proteger a medula espinal; 
• coordenar os movimentos do esqueleto 
apendicular. 
Divide-se em 4 regiões pela morfologia de seus 
componentes e pela sua função, tendo cada região uma 
curva própria. 
No plano frontal, a coluna é retilínea, mas, no plano sagital, 
ela pode ser em cifose, quando a convexidade é posterior, 
ou em lordose, quando a convexidade é anterior. 
 
Na região cervical, 2 vértebras (atlas e áxis), 
morfologicamente diferentes das demais, formam com o 
occipital 3 articulações importantes - as 2 atlanto-occipitais 
e a atlanto-axial. 
o Estas 3 articulações formam a coluna 
suboccipital com 3 eixos e 3 tipos de 
movimentos, controlados por músculos 
próprios (os músculos suboccipitais), cuja 
ação sinérgica antagonista pode eliminar, 
no nível da articulação suboccipital, 
movimentos indesejáveis provindos da 
coluna cervical baixa 
AS REFERÊNCIAS ANATÔMICAS DA COLUNA 
VERTEBRAL A SEREM RECONHECIDAS AO EXAME 
CLÍNICO SÃO: 
• Uma pequena proeminência óssea abaixo do 
orifício occipital, que corresponde à apófise 
espinhosa da 2a vértebra cervical, mais bem 
identificada com a cabeça semifletida para a frente. 
 
HABILIDADES MÉDICAS 
2 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 | Medicina - UFAL 
• Na base do pescoço, existe outra saliência óssea, 
facilmente palpável, que é a 7a vértebra cervical, 
chamada por isso de vértebra proeminente. 
• A linha de união das espinhas da omoplata coincide 
com a 3a vértebra dorsal ou torácica. 
• A união da ponta das 2 omoplatas corresponde à 7a 
vértebra dorsal ou torácica. 
• Uma linha que passa sobre as cristas ilíacas indica a 
4a vértebra lombar. 
• A linha que une as espinhas ilíacas passa à altura da 
2ª vértebra sacra. 
POSTURA 
Normal 
• Definia-se a postura normal como linha de prumo 
que passava pelo lóbulo da orelha, terço anterior do 
ombro, região trocantérica, terço anterior do joelho 
e adiante do maléolo lateral; 
 
Estática 
• Postura militar ou atlética é aquela assumida pelos 
militares e atletas quando estão na posição de 
sentido ou alerta. 
• Esta postura favorece a lordose; sapatos de salto 
alto comumente utilizados pelas mulheres, além de 
maléficos para a postura, também o são para os 
pés, pois projetam o centro de gravidade para a 
frente e sobrecarregam o arco metatársico, com 
deformidades sérias na posição dos pés. 
Sentada 
• A cadeira ideal é a que tem o espaldar adaptado às 
curvas da coluna e altura suficiente para deixar livre 
a região posterior da coxa e os pés totalmente 
apoiados no solo. 
 
 
Deitada ou em decúbito 
• Dentre todas as posições deitadas, deve ser evitada 
apenas a de bruços, ou seja, decúbito ventral. 
 
HABILIDADES MÉDICAS 
3 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 | Medicina - UFAL 
o Esta posição contribui com o aumento da 
lordose lombar e o pescoço é mantido em 
rotação lateral. 
• As posições deitadas corretas são: decúbito dorsal 
ou sobre o dorso e decúbito lateral, também 
chamada de posição fetal. O colchão deve ser firme 
e deve-se fazer uso de travesseiro. 
EXAME CLÍNICO 
ANAMNESE 
Perguntar dados como a idade, o sexo e a profissão; 
• Em RNs conferir malformações congênitas (tais 
como hemivértebras e mielomeningocele); 
• Na infância há predomínio de defeitos posturais e 
de processos infecciosos; 
• pode ocorrer escoliose (desvio lateral da coluna); 
• Em pré-adolescentes há predominância de desvios 
posturais, especialmente em mulheres; 
• Da segunda a quarta década de vida e em 
trabalhadores braçais é comum o aparecimento de 
hernias discais e processos degenerativos, como a 
espondiloartrose; é comum se observar também 
desvios posturais e casos de espondilite 
anquilosante; 
• Na idade avançada é comum observar-se 
osteoporose senil e metástases de neoplasias 
malignas (na mulher, de mama e no homem, de 
próstata). 
A história relatada pelo paciente de dor na coluna, 
principalmente nas regiões dorsal e lombossacra, com a 
característica de piorar com o repouso e melhorar com 
movimentos, é sugestiva de espondilite anquilosante, em 
especial caso se trate de paciente do sexo masculino, entre 
20 e 40 anos de idade. 
Deve-se pesquisar sempre a possibilidade de traumatismo 
antes do início do quadro clínico na eclosão de enfermidades 
como fratura e hérnia de disco. 
SINAIS E SINTOMAS 
São comuns queixas de dor e rigidez muscular (sintomas), 
além de manifestações sistêmicas. 
>> É importante avaliar a dor em intensidade, duração, 
localização (se em algum segmento ou se em toda a 
extensão da CV), irradiação, fatores de agravo, precipitantes 
ou atenuantes e dor referida. 
• Processos degenerativos, como a osteoporose, 
costumam acarretar dor de pequena a média 
intensidade; 
• Em enfermidades compressivas, como a hernia 
discal e neoplasias, e infecciosas ela costuma ser 
intensa. 
• Dores agudas de curta duração caracterizam 
afecções compressivas ou infecciosas; 
>> A dor na coluna vertebral, principalmente nos segmentos 
cervical e lombossacral, quando se irradia para os membros 
superiores ou inferiores, sugere a possibilidade de 
comprometimento radicular, cuja etiologia pode ser 
degenerativa (discoartrose) ou compressiva (hérnia discal ou 
neoplasia). 
- Dor referida: dor sentida na CV, mas que não é originada 
nela; ex.: dor da pancreatite aguda, da úlcera duodenal, de 
origem renal ou de afecções ginecológicas. 
- Rigidez: a rigidez pós-repouso, geralmente matinal, 
costuma ocorrer tanto em doenças inflamatórias quanto 
degenerativas. Há, contudo, uma diferença entre elas. 
A rigidez de origem inflamatória é mais persistente, 
ou seja, o paciente levanta-se com dor e rigidez na 
coluna, que persiste por tempo prolongado, 
enquanto nos processos degenerativos o paciente 
pode levantar-se com rigidez, mas ela é fugaz, 
passageira e logo desaparece. 
EXAME FÍSICO 
TODO EXAME FÍSICO EM ORTOPEDIA É DIVIDIDO EM: 
• Inspeção estática e dinâmica, 
• palpação de partes moles e estruturas ósseas, 
• exame neurológico e 
• testes especiais. 
A abordagem da coluna deve ser feita em três planos: frontal 
(anterior e posterior) e sagital. 
• Na frontal é importante observar a simetria das 
cinturas escapular e pélvica, o ângulo 
toracolombar, o alinhamento dos membros 
inferiores, a orientação das patelas e, finalmente, o 
posicionamento dos pés. 
• No plano sagital (de perfil) deve-se observar o grau 
das lordoses lombar e cervical, assim como a cifose 
torácica. Observa-se também o posicionamento da 
pelve em relação a linha da gravidade – se há 
retroprojeção ou anteroprojeção da pelve 
 
HABILIDADES MÉDICAS 
4 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 | Medicina - UFAL 
o Nesse plano é importante usar o fio de 
prumo para observar a linha da gravidade. 
>> os movimentos devem ser analisados nos três planos!!!!! 
A inspeção deve ser feita com luz natural, procurando-se 
detectar a presença de curvaturas anormais (cifose, 
escoliose ou sua combinação, ou seja, cifoescoliose), de 
acentuação da lordose, de modificações da cor da pele, 
como manchas parecidas com café com leite que aparecem 
na neurofibromatose. A perdada lordose fisiológica, com a 
retificação da coluna cervical ou lombar, também tem 
grande importância para o diagnóstico das doenças da 
coluna. 
A palpação deve ser feita com delicadeza, podendo 
despertar dor intensa (casos de hérnia discal); 
• devem ser palpadas as massas musculares 
procurando hipertrofias e retificação da coluna. 
• a palpação das apófises espinhosas e dos espaços 
intervertebrais é fundamental nas afecções 
inflamatórias e compressivas, pois acarreta dor. 
O roteiro para o exame neurológico é: 
• Reflexos 
o Em casos de compressão radicular (ex.: 
hérnia discal), podem estar 
diminuídos/abolidos: 
• Bicipital: integridade de CS 
• Braquirradial: integridade de C6 
• Tricipital: integridade de C7 
• Patelar: integridade de L4 
• Patelar e aquileu: integridade de 
L5 e S1. 
• Testes de compressão 
o A dor pode ser agravada basicamente por 
três mecanismos: 
• estreitamento do forame de 
conjugação, 
• alteração sensório-motora e 
• pressão sobre as superfícies 
articulares. 
EXAME DA COLUNA CERVICAL 
INSPEÇÃO ESTÁTICA E DINÂMICA 
Inspeção estática: com o paciente de pé observa-se se há 
torcicolo ou desvio da linha média, anteriormente e 
posteriormente. 
Inspeção dinâmica: solicita-se que o paciente faça elevação 
da cabeça, flexão e extensão da cabeça, rotação da cabeça e 
inclinação lateral da cabeça. 
• A precisão desse exame pode ser melhorada 
pedindo-se para o paciente segurar, entre os 
dentes, uma espátula, que pode servir para medir 
as angulações dos movimentos. 
PALPAÇÃO 
Anteriormente são palpadas as estruturas musculares da 
região cervical (ECM todo), cadeias de linfonodos, tireoide; 
• Anteriormente, também se palpa o tubérculo 
carotídeo, que marca a vértebra C6. 
Posteriormente, palpa-se, desde a região nucal até a região 
torácica, os processos espinhosos a partir de C7 (vértebra 
proeminente), 
• O trapézio também é palpado a procura de dor e 
hematomas em sua extensão. 
É IMPORTANTE FAZER PALPAÇÃO ÓSSEA (o osso hioide, 
cartilagem tireoidiana, primeiro anel cricoide, tubérculo 
carotídeo são estruturas que servem como pontos de 
referência). 
EXAME NEUROLÓGICO 
Para cada nível neurológico há uma distribuição sensitiva, 
um teste motor e um exame de reflexos. 
>>> É de suma importância na parte cervical e é dividido em: 
Parte de sensibilidade (testada com o uso de alfinete ou 
clipe): 
Testa-se a sensibilidade na região do m. deltoide 
bilateralmente, na região lateral do cotovelo (C5), nos 
polegares (C6), o terceiro dedo (C7) e o quinto dedo (C8), e 
a face interna (medial) do cotovelo (T1). 
• É importante comparar se o paciente sente igual 
dos dois lados!!! 
• Classifica-se essa sensibilidade de 0 a 2, sendo: 
o 2: normal 
o 1: diminuída 
o 0: abolida 
Parte motora (testa-se a motricidade utilizando “músculos-
chave” para conferir cada raiz): 
TESTE DE FORÇA: 
• Gradua-se essa força de 0-5; 
 
HABILIDADES MÉDICAS 
5 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 | Medicina - UFAL 
o 5: normal; 
o 4: diminuída; 
o 3: vence a gravidade; 
o 2: não vence a gravidade; 
• Mas se você elimina a gravidade 
ele tem um movimento 
o 1: só esboça movimento; 
o 0: não há movimento. 
Compara-se dois braços! 
>> Para testar a C5, põe a mão no bíceps braquial (C5) do 
paciente e solicita que ele faça contração desse músculo. 
>> Para testar a C6, realiza-se extensão do punho (C6) contra 
resistência; 
>> Para a C7, realiza-se a extensão do cotovelo palpando o 
tríceps (C7); 
>> Para a C8, solicita que o paciente faça flexão dos dedos 
(C8) a fim de apertar a mão do examinador; 
>> Para T1, o paciente deve realizar abdução dos dedos (T1) 
(afasta os dedos) e tentar resistir a manobra/tentativa de 
aproximar os dedos afastados feita pelo examinador. 
Reflexos (é usado um martelo): 
Nem toda raiz tem reflexo! Testam-se (bilateralmente para 
comparar) os: 
• Reflexo bicipital (C5) – bíceps braquial 
o Realizado na fossa antecubital. 
o Pode estar: 
• normal 
• exaltado 
• diminuído 
• ausente 
• Reflexo estilo-radial (C6) – braquioradial 
• Tricipital (C7) – tríceps braquial 
TESTES ESPECIAIS 
COM O PACIENTE SENTADO 
TESTE DA DISTRAÇÃO: 
Com o paciente sentado e as mãos do examinador no queixo 
e na região posterior da cabeça do paciente, realiza-se a 
distração cervical, a qual, ao abrir os forames neurais, pode 
aliviar a dor consequente à compressão radicular nesse 
nível. 
• Se o indivíduo sente um alivio da cervicobraquialgia 
ao você pegar na região do ângulo da mandíbula 
devido a uma tração o teste é positivo. 
 
MANOBRA DE SPURLING: 
Realiza-se com flexão lateral da cabeça do paciente, na qual 
o examinador realiza tração sobre o topo da cabeça. 
• O teste é positivo quando ocorre aumento dos 
sintomas radiculares na extremidade. 
• Ex.: braquialgia a esquerda, 
o Inclina a cabeça do paciente para o lado da 
braquialgia e realiza compressão. 
• A manobra é positiva e houver 
um relato de piora do sintoma 
durante essa manobra. 
 
 
HABILIDADES MÉDICAS 
6 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 | Medicina - UFAL 
MANOBRA ALIVIO DA ABDUÇÃO DO OMBRO: 
Em posição sentada, solicita-se que o paciente ativamente 
coloque a mão da extremidade afetada no topo do crânio. 
Melhora substancial ou alívio da dor no membro ipsilateral 
sugere compressão da raiz nervosa, geralmente na região de 
C5-C6. 
• Sinal útil na avaliação clínica da radiculopatia 
cervical. 
>>> Pede para colocar a mão na cabeça se o paciente tem 
um alivio da sintomatologia é positivo o teste. 
 
MANOBRA DE VALSAVA: 
O paciente deve prender a respiração e fazer força como se 
quisesse evacuar. 
• Com a manobra ocorre aumento da pressão 
intratecal, agravando os sintomas de eventuais 
lesões que comprimem o canal, como tumores e 
hérnias de disco cervicais. 
Ela é positiva se o indivíduo tem uma exacerbação do 
sintoma. 
TESTE DE ADSON: 
Deve-se palpar o pulso radial do paciente e abduzir/rotar 
ext. seu membro superior; pede para o paciente olhar para 
o examinador. 
• Se houver a diminuição do pulso radial o teste é 
positivo e indica uma compressão cervical. 
o O motivo pode ser compressão por costela 
cervical ou inserção anômala de algum 
musculo na região. 
Testa a permeabilidade da artéria subclávia. 
 
COM O PACIENTE DEITADO 
TESTE DE LHERMITTE: 
Busca de uma irritação meníngea. 
Deve-se ir para trás do paciente e fletir a cabeça do mesmo 
sobre o tronco/de encontro ao tórax 
. 
• Se o paciente tiver uma irritação meníngea ele irá 
sentir um desconforto (sinal de Lhermitte) – choque 
que percorre o corpo. 
 
HABILIDADES MÉDICAS 
7 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 | Medicina - UFAL 
EXAME DA COLUNA TORÁCICA 
INSPEÇÃO ESTÁTICA E DINÂMICA 
Inspeção estática: obeservar alguma assimetria da coluna 
(escoliose, cifose, hiperlordose), trofismo da musculatura, 
(desvio, abaulamento) ou alguma inflamação. 
Inspeção dinâmica: Pede para tentar tocar a ponta do pé 
(flexão para frente) – aproveita para realizar a manobra de 
Adams a fim de checar se ele tem alguma gibosidade, ou 
seja, um desvio da coluna (escoliose) com o uso de um 
escoliômetro. 
Solicita-se ainda que o paciente faça a extensão, inclinação e 
rotação do tronco para ver limitações de movimento. 
PALPAÇÃO 
Começa a palpar iniciando de C7 – isso possibilita contar as 
proeminências ósseas. 
• Pontos de referência: 
o Espinha da escapula na altura de T3. 
o Mamilo na altura de T4. 
o Processor xifoide altura de T7. 
o Cicatriz umbilical na altura de T10. 
o Virilha na altura de T12. 
EXAME NEUROLÓGICO 
Não tem motricidade para testar nas raízes torácicas!!!!!!!!!! 
Sensibilidade das raízes: 
Para cada quadrante, testa-se uma raiz – pontos de 
reparo/referência anatômicos nos ajudam nessa parte 
(mamilo, apêndice xifoide etc.). 
• Classifica-se essa sensibilidade de 0 a 2, sendo: 
o 2: normal 
o 1: diminuídao 0: abolida 
Reflexos 
Nessa região testa-se o: 
• Cutâneo abdominal: 
o passa o martelo na região lateral do 
abdômen na altura da cicatriz umbilical. 
▪ Esse reflexo é normal quando, ao 
fazer o movimento, ocorre um 
desvio da cicatriz umbilical. 
 
TESTES ESPECIAIS 
COM O PACIENTE DEITADO: 
TESTE DE BABINSKI: 
Passar a espátula na face plantar do pé. 
• O normal é que haja uma flexão do hálux. 
o Se houver extensão é um reflexo 
patológico que significa que pode haver 
comprometimento medular na região 
cervical ou dorsal 
 
TESTE DE OPPENHEIM: 
Passa a espátula na face anterior da tíbia (crista da tíbia). 
• O normal é uma flexão do hálux. 
o Caso haja extensão indica reflexo 
patológico. 
 
 
HABILIDADES MÉDICAS 
8 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 | Medicina - UFAL 
TESTE DE CLÔNUS: 
Pode ser feito com o indivíduo sentado ou deitado. 
É realizada uma dorsiflexão rápida do pé. 
• Se o clônus for positivo o paciente vai repetir esse 
movimento (dorsiflexão). 
Testa-se bilateralmente! 
EXAME DA COLUNA LOMBAR 
INSPEÇÃO ESTÁTICA E DINÂMICA 
Inspeção estática: verificar desvios e assimetrias do quadril 
ou desbalanço da bacia, checando escoliose, cifose e 
lordose. 
Inspeção dinâmica: Pedir para que o paciente faça uma 
flexão para tocar os pés. Observar possíveis gibosidades, 
indica escoliose com rotação da vertebra. 
Mão na cintura e joga o tronco para trás, inclinação e 
rotação. 
PALPAÇÃO 
• Referência: Crista ilíaca intervalo entre L4 e L5. 
Palpar a parte muscular para averiguar se está normal. 
EXAME NEUROLÓGICO 
Sensibilidade das raízes: Normal, hipoestesia, anestesia. 
• L2 (parte interna da coxa); 
• L3 (face medial do joelho); 
• L4 (face medial do tornozelo); 
• L5 (dorso do pé); 
• S1 (planta do pé); 
Parte motora: 
• L2 (flexão do quadril, dificultando) 
• L3 (extensão de joelho) 
• L4 (dorsiflexão do tornozelo) 
• L5 (dorsiflexão do hálux) 
• S1 (flexão plantar) 
Reflexos: 
• Reflexo patelar 
o Pesquisado por meio da percussão do 
tendão patelar. 
o É mediado pelo nervo femoral e 
corresponde ao nível L4 
• Reflexo aquileu 
o Pesquisado por meio da percussão do 
tendão de Aquiles que, em situações 
normais, responde com a flexão plantar do 
pé. O ramo tibial do nervo ciático conduz 
os impulsos nervosos desse reflexo, que 
corresponde à raiz S1. 
o (leve dorsiflexão do pé e percussão do 
tendão de Aquiles) 
TESTES ESPECIAIS 
ELEVAÇÃO DO MEMBRO INFERIOR (EMI): 
Realizado por meio da elevação passiva do membro inferior 
com o joelho mantido em extensão. A elevação é feita pelo 
tornozelo, que permanece em posição neutra e relaxada, e 
é anotado o grau de flexão do quadril quando aparecem os 
sintomas, frequentemente dor no MI. 
→ Útil para a localização de hérnias entre L4-L5 e L5-S1. 
• Compressão das raízes L4, L5 e S1 
 
TESTE DE LASÉGUE: 
Flete o joelho e o quadril do paciente para testar compressão 
das raízes L4, L5 e S1. 
TESTE DE NAFFZIGER: 
As veias jugulares são comprimidas de ambos os lados por 
aproximadamente 10 segundos, enquanto o paciente 
permanece na posição supina. A face do paciente fica 
ruborizada e é pedido para ele tossir. O apareci mento de 
dor na região lombar causado pela tosse indica a presença 
de aumento da pressão intratecal. 
• Ao comprimir as jugulares bilateralmente, o 
paciente sente uma sensação de choque na dorsal 
 
HABILIDADES MÉDICAS 
9 João Pedro Ricardo Ramalho Nunes, p2 | Medicina - UFAL 
e na lombar isso pode ser um sinal de irritação 
meníngea; 
 
TESTE DE HOOVER: 
Na posição supina com o examinador sustentando ambos os 
calcanhares, é solicitada a elevação de um dos membros 
inferiores. Normalmente, o paciente realiza força para baixo 
com o membro oposto ao que está elevando, e a ausência 
dessa força para baixo no lado contrário ao da elevação 
sugere simulação. 
 
 
TESTE DE FABERE: 
é realizado na posição supina, com o quadril e o joelho 
flexionados, e o pé apoiado sobre o joelho contralateral. A 
pelve é fixada com uma das mãos, enquanto a outra exerce 
pressão sobre o membro realizando sua abdução e rotação 
externa. O teste é positivo quando a dor que aparece ou é 
exacerbada e na região sacroilíaca – superior medial da 
nádega. 
 
MANOBRA DE CHOPER: 
Doença reumatológica → Marca L5, 10 cm para cima e 5 cm 
para baixo de L5. Flexão para tocar a ponta do pé. Se mede 
essa distância. Deve aumentar pelo menos 6 cm. 
Se for menos que isso a uma mobilidade restrita da região.

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