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Guerra Fria A Guerra Fria corresponde ao domínio dos Estados Unidos e da União Soviética nas relações internacionais, caracterizando uma bipolaridade mundial. “A paz é impossível e a guerra improvável”. As duas potências contavam com arsenais nucleares: EUA (1945) e URSS (1949). EUA URSS País de 1º mundo País de 2º mundo Capitalista Socialista Plano Marshall COMECON OTAN Pacto de Varsóvia CIA KGB Plano Marshall (1947) – reconstrução dos países devastados pela guerra lançado pelos EUA, o que ocasionou um estreitamento dos laços econômicos dos Estados Unidos com o bloco capitalista europeu. Organização do Tratado do Atlântico Norte – OTAN (1949) – aliança militar liderada pelos Estados Unidos e composta pelos principais países capitalistas da Europa Ocidental e Canadá. Conselho de Assistência Econômica Mutua – COMECON (1949) – liderado pela URSS, passou a integrar a economia dos países da Europa Oriental de caráter socialista. Pacto de Varsóvia (1955) – aliança militar liderada pela URSS e composta pelos principais países socialistas da Europa Oriental. “Cortina de Ferro” – caracterizou a divisão da Europa com a criação de dois blocos militares rivais que levou ao rearmamento da Europa e à manutenção de fortes contingentes militares das 2 potências. A disputa entre as superpotências pela hegemonia mundial foi transferida para outras regiões do planeta, e os países da Ásia, África e América Latina passaram a ser disputados por conta da influência ideológica dos países. A CRESCENTE TENSÃO A rendição do Japão garantiu que esse país fosse ocupado exclusivamente por norte-americanos e sua economia permanecesse capitalista. A Doutrina Truman costuma ser considerada um marco do início da Guerra Fria. Doutrina Truman (1947) – doutrina de política externa elaborada pelo presidente Harry Truman que conduziu a diplomacia norte-americana durante a Guerra Fria. Tinha como objetivo o intervencionismo norte-americano em escala mundial, visando conter qualquer avanço do bloco socialista. Garantiu a manutenção de gastos militares elevados por parte do governo. Em 1945, os EUA respondiam por mais de 50% da produção industrial mundial. Nessa época, generalizou, nos países capitalistas mais avançados, o Estado do bem-estar social, com grandes investimentos sociais. O Japão, na década de 1980, com o auxilio dos EUA, tornou-se a segunda maior economia na década de 1980. Na Conferência de Potsdam, a cidade de Berlim foi dividida em 4 zonas de ocupação militar (soviética, norte- americana, inglesa e francesa). Em 1948, os soviéticos cortaram os acessos terrestres que ligavam Berlim ao Ocidente, dando início ao Bloqueio de Berlim. República Federal da Alemanha – capitalista, ocidental e Bonn (capital). República Democrática Alemã – socialista, oriental e Berlim Oriental (capital). Em 1961, o regime socialista da Alemanha Oriental acabaria por construir por construir um muro isolando Berlim Ocidental de seu entorno capitalista. O Muro de Berlim passou a ser considerado um símbolo da Guerra Fria e da bipolarização. Em 1949, a explosão da bomba nuclear soviética e o triunfo da Revolução Chinesa significaram uma grande vitória socialista. Nos EUA, o temor da esquerda acabou levando ao pânico anticomunista, expresso na adoção do macarthismo, ou política de “caça às bruxas” – restringiu direitos civis, perseguindo socialistas e estimulando à espionagem e à delação. A GUERRA DA COREIA A derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial encerrou 35 anos de dominação do Japão sobre a Coreia. Um acordo entre EUA e URSS estabeleceu a divisão da península em 2 partes. Realizada de forma arbitrária e sem consulta à população. Coreia do Sul – capitalista. Coreia do Norte – socialista. Em junho de 1950, a Coreia do Norte, com o apoio do governo soviético e chinês, invadiu a Coreia do Sul. Após rápido avanço dos norte-coreanos, os EUA colocaram em prática a Doutrina Truman e enviaram tropas para combater em defesa do regime sul-coreano. A guerra durou três anos. Teve grande destruição material e cerca de 1 milhão de mortos. Em 1953, os dois lados assinaram um cessar-fogo, conhecido como a Paz de Pan Mun Jon. Entretanto, as duas Coreias continuaram divididas. O cessar-fogo permanece até hoje e nenhum tratado de paz foi assinado. O fechamento do regime norte-americano e a manutenção de um regime totalitário contribuíram para as dificuldades na resolução da questão coreana. Tal país mantêm a militarização e um ambicioso programa armamentista. A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS Criada em 1945, a ONU teve um papel importante durante os anos da Guerra Fria. Os 15 membros do Conselho de Segurança são divididos entre 10 membros temporários e 5 membros permanentes (principais vencedores da Segunda Guerra: EUA, URSS, China, Inglaterra e França). Os membros permanentes têm poder de veto sobre as decisões do Conselho de Segurança. Durante os anos da Guerra Fria, o exercício desse poder de veto, seja por países capitalistas, seja por socialistas, resultava na possibilidade de virtual paralisação da ONU. Chama atenção que a estrutura da ONU permanece inalterada desde sua criação. A COEXISTÊNCIA PACÍFICA 1953 – Morte de Stalin. Assume o novo presidente da URSS, Nikita Khruschev. Denunciou os crimes cometidos por Stalin. Libertou presos políticos. Alterou a indústria soviética para a produção de bens de consumo. Elevou o padrão de vida da população. Procurou conter a corrida armamentista. Relação entre EUA e URSS deveria ser marcada pela coexistência pacífica. Primeiro líder soviético a visitar os Estados Unidos (1959). O governo chinês rejeitou as mudanças do novo presidente, o que levou a China a romper relações com a União Soviética (1959). Na Europa Oriental, alguns dos regimes socialistas tentaram aprofundar as reformas. Na Hungria, em 1956, surgiu um movimento popular que exigia a retirada das tropas soviéticas do país e reformas democratizantes. Houve brutal repressão soviética ao movimento. Mesmo com as mudanças, o regime soviético permaneceu uma ditadura de partido único e, apresar do discurso de coexistência pacífica, a União Soviética continuou a adotar práticas intervencionistas em caso de crise. A recuperação econômica do pós-guerra e a melhoria geral do nível de vida da população contribuíram para a crença generalizada na superioridade do socialismo e na possibilidade de alcançar e ultrapassar os EUA. CORRIDA ARMAMENTISTA: 1957 – Primeiro satélite artificial lançado no espaço (Sputnik). Primeiro ser vivo lançado no espaço (Laika). 1961 – Primeiro homem no espaço (Yuri Gagarin). GUERRA DE PROPAGANDA A rápida recuperação da Europa Ocidental c/ o dólar em detrimento da lenta recuperação da Europa Oriental funcionava como poderosa propaganda trazendo a promessa que a amizade com o EUA resultaria em acesso a recursos econômicos. A corrida espacial era fruto do desenvolvimento bélico da tecnologia de foguetes e, cada vez mais, parecia que o socialismo estava no auge do seu desenvolvimento. Entretanto, a corrida armamentista foi ganha pelos EUA. CORRIDA ARMAMENTISTA: 1969 – Primeira expedição que pisou na lua, APOLO 11. Competições, como as Olimpíadas, tornaram-se palco para intensa rivalidade. Jogos Olímpicos de Moscou (1980) – EUA lidera o boicote alegando a invasão do Afeganistão pela União Soviética. Jogos Olímpicos de Los Angeles (1984) – URSS lidera o boicote alegando a falta de segurança na grande cidade norte-americana. A CRISE DOS MÍSSEIS Em 1959, Fidel Castro assumiu o poder em Cuba, adotando um conjunto de medidas nacionalistas e anti-imperialistas. Privilégios norte-americanos na ilha foram abolidos e confiscos de terra pertencentes a empresas agrícolas norte-americanas foram realizados também. A reação dos EUA foi agressiva,pois jamais aceitaria que questionassem sua autoridade na América Latina. A agressividade norte-americana acabou aproximando cada vez mais o novo regime cubano com a URSS. Em abril de 1961, mercenários cubanos a mando dos EUA desembarcaram na Baía dos Porcos tentando derrubar a força o regime e Fidel Castro. A invasão fracassou. EUA inicia o embargo econômico a Cuba. Dificultou o comércio internacional do país. Em 1962, ocorreu a Crise dos Mísseis – episódio de maior tensão entre as superpotências durante a Guerra Fria, que quase gerou um confronto nuclear. Após missões de espionagens aéreas norte-americana terem identificado a instalação de mísseis nucleares de médio alcance em Cuba, o presidente Kennedy exigiu a retirada imediata desses mísseis da ilha. Ordenou o bloqueio naval da ilha – proibição da entrada e saída de qualquer navio até que a situação fosse resolvida. URSS rejeita a exigência e denunciou o bloqueio. Enquanto os EUA ameaçavam invadir Cuba, a URSS comprometia-se em defendê-la. Foi assinado um acordo que os soviéticos aceitariam a retirada dos mísseis desde que os norte- americanos adotassem medida equivalente em relação a seus mísseis instalados na Turquia. Na URSS, o episódio foi recebido como uma derrota de propaganda soviética, o que acabou fragilizando a posição do presidente. A GUERRA DO VIETNÃ O Vietnã havia sido colônia francesa desde o século XIX e foi ocupado pelo Japão durante a Segunda Guerra Mundial. Ao final da guerra, o retorno dos colonizadores gerou uma forte oposição popular que refletiu no fortalecimento do movimento Viet Minh (Liga para a Independência do Vietnã). Em 1953, os vietnamitas conquistaram sua independência. A Conferência de Genebra, em 1954, estabeleceu a divisão do novo país em duas partes. Vietnã do Norte (socialista). Vietnã do Sul (capitalista). O líder do Vietnã do Norte tinha amplo apoio popular e dificultava a legitimação do sul. A partir de 1964, o governo norte-americano passou a enviar tropas ao Vietnã do Sul visando sustentar o regime. Tropas do movimento Viet Cong (socialista do Vietnã do Norte) X Tropas norte-americanas A devastação do país foi brutal incluindo uma guerra aérea em grande escala. No fim da década, a impossibilidade cada vez mais evidente de uma vitória militar provocou a progressiva retirada dos Estados Unidos do Sudeste Asiático – considerando a grande derrota estadunidense na Guerra Fria. Em 1975, forças conjuntas do Viet Cong e do exército norte-vietnamita invadiram a capital do Vietnã do Sul, encerrando o conflito e unificando o país sob regime socialista. MUDANÇAS SOCIAIS E EXPLOSÃO CULTURAL O movimento jovem foi estimulado justamente pela prosperidade material, que possibilitava o prolongamento dos estudos, em universidades cada vez mais elitistas, e o ingresso tardio no mercado de trabalho. Construção de uma identidade jovem, marcada por códigos particulares de conduta, vestimenta e linguagem, bem como a adesão a manifestações culturais específicas, sempre marcadas pelo caráter de rebeldia, renovação estética e contestação comportamental – caracterizando a contracultura. O movimento hippie transformou a contracultura em modo de vida. À rebeldia e à contestação juntou-se a proposta de libertação dos desejos. Atuou na direção do engajamento político e social, resultando na mobilização em defesa de causas específicas. O consumo de drogas passou a ser considerada uma possibilidade de ampliação do conhecimento de si mesmo. O movimento feminista foi uma das primeiras formas de engajamento d juventude identificando uma luta contra a alienação. Rejeitava-se o modelo de mulher submissa ligada exclusivamente às atividades do lar. Principais lideranças: Angela Davis e Gloria Steinem. O movimento LGBTG+ lutando pelos direitos dos homossexuais tendo como objetivo a visibilidade e reconhecimento da diversidade no plano das sexualidades e identidades de gênero. Principal liderança: Harvey Milk (primeiro homossexual a ser eleito a um cargo público na Califórnia). O envolvimento na guerra do Vietnã gerou uma ampla mobilização pacifista da juventude – movimento flower power. Suas manifestações ajudaram a criar um clima geral no país de oposição à guerra. O movimento black power buscava afirmar o orgulho racial, atuando nos campos da cultura e política. Principal liderança: Malcolm X (seu apelo no sentido de usar a violência como forma de autodefesa de uma população historicamente acabou estimulando o surgimento de grupos revolucionários negros, como os Panteras Negras). Lutas específicas ou utópicas eram deixadas em segundo plano em países que enfrentavam problemas políticos mais graves na época. Como por exemplo, no Brasil, com a ditadura. Muitos viram a Contracultura como um movimento de classe média e válido sobretudo para países ricos, uma vez que uma boa parte da denúncia sobre a alienação e perda de perspectiva na sociedade do consumo simplesmente não era válida em meios sociais marcados pela luta cotidiana pela sobrevivência. Legado da Contracultura – criação de uma nova agenda política e social, seja em defesa de grupos específicos, seja em defesa de novas frentes de luta (defesa ao meio ambiente). Ao longo da década de 1970, o movimento foi perdendo força. A DISTENSÃO NA DÉCADA DE 1970 A nova década se iniciou sob o impacto da diminuição da tensão internacional, caracterizando a época da détente. Em 1972, EUA e URSS concordaram em limitar seus arsenais nucleares com a assinatura do Tratado de Limitação de Armas Estratégias. Porém, a manutenção do détente relacionava-se com a timidez política externa norte-americana fruto de uma tripla crise: Militar – derrota no Vietnã. Econômica – crise do petróleo em 1973. Política – escândalo Watergate em 1972 a qual o presidente Nixon foi acusado de espionagem a opositores. A eleição de Jimmy Carter à presidência fortaleceu a détente, graças à adoção da política de direitos humanos como orientação da política externa. Durante os anos da Guerra Fria, regimes autoritários anticomunistas podiam estar seguros do apoio norte-americano. Já no governo de Carter, o critério passou a ser outro: um regime autoritário seria julgado como tal. É nessa época, por exemplo, que estremecem as relações entre os EUA e a Ditadura Militar no Brasil. Essa política fez om que os EUA amargassem derrotas na esfera internacional. Ditador da Nicarágua sendo derrubado e instalado um regime socialista e o ditador do Irã foi derrubado por uma revolução popular que transformou o país em uma República Islâmica. A invasão soviética do Afeganistão, em 1979, fortaleceu a posição da superpotência socialista no Oriente Médio. Ronald Reagan, novo presidente do EUA em 1980, promoveria o retorno de enfrentamento com a URSS e colocaria fim à détente. FIM DA GUERRA FRIA O DECLÍNIO SOVIÉTICO: Produção de aço e geração de energia continuava batendo recordes. O país não conseguia acompanhar o ritmo das inovações econômicas. Terceira Revolução Industrial – intensivo uso de novas tecnologias, biotecnologia, informática e atualização de softwares. Diante disso, a própria existência de uma estrutura burocrática rígida e a prática da censura e da vigilância levou a um clima bem pouco favorável à circulação pública de ideias e a URSS não conseguia acompanhar a evolução no mundo. Década de 1980 – o comércio internacional soviético era semelhante aos países subdesenvolvidos (exportação de recursos naturais e importação de produtos tecnológicos). A manutenção de gastos militares elevados + concentração de recursos em investimentos tecnológicos bélicos acabaram esvaziando os investimentos em outras áreas. Sucateamento da infraestrutura – Acidente nuclear de Chernobyl em 1986. URSS perdia influência e controle dentro do bloco socialista: Primaverade Praga (1968) – Tchecoslováquia tenta se afastar da tutela soviética. Polônia (1980) – manifestações operárias levaram à criação de um sindicato independente (oposição ao governo local). Afeganistão (1979) – com o intuito de apoiar o governo do país a favor dos soviéticos, a URSS interviu militarmente no país contra as forças armadas do Afeganistão (apoiadas pelos EUA). Muitos soviéticos morreram. O conflito foi muito impopular na URSS. AS REFORMAS DE GORBACHEV: Aumento dos gastos bélicos = esvaziamento dos gastos civis. Gorbachev implantou várias medidas para frear o declínio soviético: Plano de Reestruturação da Economia (Perestroika) – aceitação da livre-iniciativa em pequenas empresas, bem como campanhas visando ao aumento da produtividade e o combate à corrupção e ao alcoolismo. Plano de Transparência Política (Glasnost) – estabelecia a liberdade de expressão, abrandamento do controle sobre a imprensa e a libertação de presos políticos. Diminuição do Partido Comunista sobre o governo. Plano no Exterior – abandonou a disputa mundial com os EUA, desarmamento unilateral e retirada progressiva das tropas soviéticas do Afeganistão. Retirada de tropas dos países do leste europeu (multiplicaram-se as manifestações contra o governo na Europa Oriental). 1989 – Queda do Muro de Berlim. Independência da Estônia, Lituânia, Letônia, Armênia, Azerbaijão, Geórgia e Ucrânia. 2 forças internas de oposição ao seu governo: Conservadores – veiculados ao Partido Comunista, apelo militar, via a política de Gorbachev de afastamento do pensamento socialista. Radicais-Reformistas – viam as medidas e Gorbachev como moderadas, chegando a propor a implantação do sistema capitalista. FIM DA UNIÃO SOVIÉTICA: 1991 – Conservadores tentam dar um golpe. Exército consegue impedir. Bóris Yeltis (líder radical-reformista) - surgiu como líder da reação popular contra golpe. Colocou o Partido Comunista na ilegalidade. Deu autonomia às 15 repúblicas que formavam a URSS. Encera-se a bipolarização, inaugurando o período em que os EUA aparentemente detinham a hegemonia mundial. ECONOMIA MUNDIAL DESDE 1945 Nos EUA, o período a partir do fim da 2º Guerra Mundial foi nomeado como “trinta anos gloriosos”. Países Capitalistas Avançados - Expansão economia + intervencionismo estatal = ganhos expressivos (aprofundamento do Estado de bem-estar social). Países Capitalistas Periféricos – Fluxos de capitais (empréstimos bancários + investimentos diretos de empresas multinacionais) resultaram no desenvolvimento incluindo a expansão econômica e a industrialização de certas áreas. DA CRISE DO PETRÓLEO AO NEOLIBERALISMO: 1970: EUA abandona o bom padrão de vida por conta do aumento rápido nas variações cambiais. 1973 – Crise do Petróleo: Elevação nos preços dos combustíveis (países fortemente dependentes do combustível foram afetados). Aumento da inflação + estagnação econômica. Ronald Reagan – EUA. Margareth Thatcher – ING. 2007-2008: Grande crise na economia mundial c/ a quebra de várias importantes instituições de crédito norte-americanas. Intensa especulação econômica e empréstimos em larga escala. Diante disso, o governo dos EUA passou a direcionar centenas de bilhões de dólares em operações de socorro a bancos e instituições bancárias ameaçadas de falência. Abandono do neoliberalismo e retorno do intervencionismo keynesiano. Implantaram o Neoliberalismo – Estado mínimo, privatização de empresas estatais e diminuição dos gastos públicos. Desmonte do Estado de bem-estar social. Diminuição dos impostos = possibilidade de acúmulo de capital. Livre comércio e desregulamentação dos mercados. Expressiva recuperação econômica e agravamento das desigualdades sociais. O MUNDO PÓS-GUERRA FRIA NEOCONSERVADORISMO: Encerrava-se o conflito Leste x Oeste e iniciava-se o conflito Norte x Sul por conta das crescentes desigualdades entre os países ricos e pobres. Desigualdades sociais começaram a agravar cada vez mais nos países capitalistas avançados – por conta da imigração em massa – ao passo que nos países pobres consolidavam-se elites com verdadeiras riquezas. O pensamento conservador teve boa aceitação nos EUA após a vitória na Guerra Fria e foi acompanhado da expansão do fundamentalismo religioso. O “choque de civilizações” pode ser posta a serviço da intolerância. Eleição de Donald Trump – opiniões preconceituosas nas suas redes sociais estimularam as manifestações de grupos racistas e até neonazistas nos Estados Unidos. INTERVENCIONISMO MILITAR E TERRORISMO: Governo Bush – ocorreu a Guerra do Golfo (após a invasão do Kuwait, pelo Iraque, os EUA enviaram tropas para o Oriente Médio, derrotando o Iraque e restaurando a independência do Kuwait). O fato de as tropas norte-americanas terem se instalado na Arábia Saudita, próximo a locais sagrados dos muçulmanos, alimentou o fundamentalismo islâmico antiamericano. Al-Qaeda: Grupo organizado por Osama bin-Laden cujas origens remontam à resistência muçulmana contra o domínio soviético no Afeganistão. Passou a realizar ataques terroristas contra alvos norte- americanos em todo o mundo (11 de setembro de 2001 com a derrubada das torres gêmeas em NY). George W. Bush adotou uma série de medidas restritivas às liberdades civis em nome da prevenção contra novos atentados. Doutrina Bush – concebia aos EUA o direito de realizar ataques preventivos contra países que fossem considerados ameaça à sua segurança ou que estimulassem e protegessem grupos terroristas. 2001 – tropas norte-americanas invadem o Afeganistão, visando destruir as bases da Al-Qaeda. 2003 – EUA invadem o Iraque e derrubam o líder Saddam Hussein, iniciando uma prolongada ocupação do país que promoveu uma forte resistência popular. A EUROPA APÓS O FIM DA GUERRA FRIA: Na Europa Oriental – transição para uma economia de mercado e o sucateamento da infraestrutura econômico dificultou sua integração com as demais economias europeias. Alguns países do leste europeu entraram na UE e na OTAN. Comunidade dos Estados Independentes (CEI) – visava transformar o antigo país em uma federação liderada pela Rússia. Alguns países do leste europeu não aceitaram entrar e tentaram uma aproximação com o ocidente. Rússia assume o posto de potência mundial. Ela ocupou o lugar que pertencia à URSS como membro permanente no Conselho de Segurança da ONU. Em 2013, após grave crise política na Ucrânia, a Rússia tomou posse da região da Crimeia e passou a apoiar grupos armados pró-Rússia na região, tornando-a foco de tensão internacional. Mais grave crise: Iugoslávia. Manteve um regime socialista não alinhado à URSS. Líder: Josip Broz (Tito). A Iugoslávia era uma complexa união de eslovenos, croatas, sérvios e bósnios (entre outras etnias). Com a morte de Tito e o desmoronamento da União Soviética, as diversas repúblicas da federação iugoslava buscaram a separação. Sérvia nega (detinha a maior parcela de poder no país). A partir de 1991, múltiplos conflitos. Exército da Iugoslávia tentava impedir a independência das repúblicas pelo uso da força. Nesses confrontos, observou-se a ascensão do nacionalismo e o desaparecimento da disputa ideológica que o encobria. O nacionalismo ressurgiu sob forma de separatismo na Itália (oposição Norte x Sul) e na Bélgica (confronto entre valões e flamengos) e na Espanha (separatismo basco e catalão). 2007-2008: Desvalorização do euro. 2016: Reino Unido decidiu, por plebiscito, sair da UE (Brexit). Pesquisadores preveem o colapso do Bloco ou, no mínimo, um movimento de “desglobalização”.
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