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Problema S1P2: A indigestão e a propagação do impulso.
Abertura: 04/08/21
Fechamento: 09/08/21
1. TERMOS DESCONHECIDOS:
1.1. Tetrodotoxina 
2. QUESTIONAMENTOS:
2.1. Quais os tipos, funções e estruturas dos neurônios?
2.2. O que são os neurotransmissores, e como agem?
2.3. O que são, como ocorrem, e quais as funções das sinapses?
3. HIPÓTESES E CHUVAS DE IDEIAS:
3.1. Os neurônios são células especializadas na transmissão de impulsos nervosos, seus tipos são sensitivos, motores e interneurônios. Suas estruturas são os corpos, dendritos e axônios.
3.2. São substâncias químicas liberadas pelos neurônios, podem inibir ou excitar outros neurônios.
3.3. São comunicações entre dois ou mais neurônios, ou de um neurônio para um órgão efetor. Ocorrem por meio da fenda sináptica. 
4. SÍNTESE DA DISCUSSÃO:
Na apg de hoje, 04/08/2021 contemplamos sobre as funções dos neurônios, neurotransmissores, em diante seguimos com as estruturas e finalizamos com as sinapses, buscando saber o que seria e como agiria, trazendo objetivos para a continuação dos estudos.
5. OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
5.1. Estudar os tipos, funções e estruturas dos neurônios.
5.2. Compreender o papel dos neurotransmissores, e como agem durante os impulsos nervosos, a partir do potencial de ação.
5.3. Entender o que são, como ocorrem, e quais as funções das sinapses.
01°. Estudar os tipos, funções e estruturas dos neurônios.
Com relação às funções dos neurônios encontrados no sistema nervoso humano, podemos dividi-los em três classes: neurônios sensoriais, neurônios motores e interneurônios.
Neurônios sensoriais
Os neurônios sensoriais obtêm informação sobre o que está acontecendo dentro e fora do corpo e levam essa informação para o SNC para que seja processada. Por exemplo, se você pegar um carvão quente, os neurônios sensoriais com terminações nas pontas dos dedos irão transmitir a informação de que está muito quente para o seu SNC.
Neurônios motores
Os neurônios motores recebem informação de outros neurônios para transmitir comandos aos músculos, órgão e glândulas. Por exemplo, se você pegar um carvão quente, seus neurônios motores que inervam os músculos dos seus dedos farão que sua mão solte o carvão.
Interneurônios
Os interneurônios, que são encontrados somente no SNC, conectam um neurônio a outro. Eles recebem informação de outros neurônios (neurônios sensoriais ou interneurônios) e transmitem essa informação para outros neurônios (neurônios motores ou interneurônios).
As funções básicas de um neurônio
Se você pensar sobre os papéis das três classes de neurônios, é possível fazer inferências gerais de que todos os neurônios possuem três funções básicas. São elas:
1. Receber sinais ou informação.
2. Integrar sinais de entrada (para determinar se essa informação deve ser repassada ou não).
3. Comunicar sinais às células-alvo que são outros neurônios, músculos ou glândulas.
Anatomia de um neurônio
Os neurônios têm um corpo celular chamado de soma. O núcleo do neurônio encontra-se no soma.
Vários apêndices ou protrusões se projetam a partir do corpo celular. Essas projeções incluem alguns muito curtos e ramificados, conhecidos como dendritos e um separado que é tipicamente mais longo que os dendritos, conhecido como axônio
2°. Compreender o papel dos neurotransmissores, e como agem durante os impulsos nervosos, a partir do potencial de ação.
NEUROTRANSMISSORES: 
 Os neurônios do SNC liberam vários tipos diferentes de sinais químicos, incluindo alguns polipeptídios, como os hormônios do hipotálamo ocitocina e vasopressina. 
 O SNC secreta apenas substâncias endócrinas importantes: os neurotransmissores acetilcolina e noradrenalina e o neuro-hormonio adrenalina. 
 ACETILCOLINA – Ach: sintetizada a partir da colina e da acetil-coenzima A
A colina é uma molécula pequena também encontrada nos fosfolipídios da membrana. 
 A acetil- Co A é o intermediário metabólico que liga a glicólise ao ciclo do ácido cítrico. 
 A síntese de ACh ocorre no terminal axonal. 
 Os neurônios que secretam ACh e os receptores que se ligam a ACh são classificados como colinérgicos 
 Os receptores colinérgicos:
Nicotina: composto agonista, encontrados no músculo esquelético, na divisão autônoma do SNP e no SNC. São canais de cátions monovalentes, pelos quais tanto sódio quanto potássio atravessam. Faz com que a probabilidade de ocorrer um potencial de ação é maior.
PURINAS: A adenosina, adenosina monofosfato (AMP) e a adenosina trifosfato (ATP) podem atuar como neurotransmissores. Ligam –se aos receptores purinérgicos no SNC e a outros tecidos excitáveis como o coração. Todas as purinas ligam a receptores acoplados à proteína G
GASES: oxido nítrico (NO), um gás instável sintetizado a partir do oxigênio e do aminoácido L- arginina. [Atua como neurotransmissor se difunde livremente para a célula alvo] 
 LÍPIDIOS: incluem vários e icosanoides, que são ligantes endógenos para receptores canabionoídes. O receptor canabionoíde CB1 é encontrado no cérebro, e o CB2 é localizado nas células imunes. Todos os sinais lipídicos neurócrinos se ligam a receptores acoplados à proteína G.
POTENCIAL DE AÇÃO 
 São rápidas alterações do potencial da membrana que se propagam com grande velocidade por toda a membrana fibrosa. 
 Iniciam com um a alteração súbita do potencial de membrana normal negativo para um potencial positivo, terminando com o retorno quase tão rápido para o potencial negativo.
1°. Estágio de repouso: 
 É o potencial da membrana antes do início do potencial de ação. 
 A membrana está “polarizada” = potencial de ação existente é igual a -90 milivolts negativ
2°. Estágio de despolarização: 
 A membrana fica subitamente muito permeável aos íons sódio, permitindo que um grande número de íons sódio (positivos) se difundam para o interior do axônio. 
 O influxo de íons sódio neutraliza o estado de polarização, aumentando rapidamente para um valor positivo.
3°.Estágio de repolarização: 
 Os canais de sódio começam a se fechar, e os canais de potássio se abrem mais que o normal. 
 A rápida difusão de íons potássio para o exterior restabelece o potencial de repouso negativo da membrana que é referido como repolarização da membrana.
Gradiente de concentração iônica:
 Os íons que se movem para dentro ou para fora da célula durante os potenciais de ação são rapidamente transportados pela bomba Sódio -potássio, que utiliza a energia ATP para trocar o sódio que entra na célula pelo potássio que vazou para fora. Entretanto, essa troca não precisa ocorrer para o próximo potencial de ação, pois a gradiente de concentração iônica não é significativamente alterada por um potencial de ação.
CANAIS DE SÓDIO NO AXÔNIO – 2 PORTÕES
· A presença desse mecanismo com dois portões de sódio dependentes de voltagem dos axônios permite que os sinais elétricos sejam transportados apenas para uma direção. 
· Quando um neurônio está no potencial de repouso, o portão de ativação do canal de sódio fecha-se e nenhum íon sódio atravessa o canal.
· O portão de inativação é formado por uma sequência de aminoácidos que se comporta como um a bola ligada a uma corrente ancorada na porção citoplasmática do canal, está aberto. Quando a membrana está próxima a despolarizar, o portão de ativação abre-se e permite que o sódio seja transportado para dentro da célula (em favor ao gradiente de concentração).
· O aumento de mais cargas positivas dentro da célula inicia um ciclo de retroalimentação positiva – Mais canais de sódio se abrem e mais sódio entra na célula, despolarizando ainda mais. Enquanto a célula estiver despolarizada, os portões de ativação dos canais de sódio continuarão abertos.
· O ciclo de retroalimentação positiva necessita de uma intervenção externa. Nos axônios, os portões de inativação dos canais lentos de sódio são a intervenção externa que encerra a despolarização celular em ascensão. 
· Tanto os portões de ativaçãoquanto os de inativação se movem em resposta a despolarização, porem os portões de inativação são mais lentos.
· Quando os portões lentos de inativação se fecham, o influxo de sódio cessa e o potencial de ação atinge seu ápice.
· Enquanto o neurônio repolariza durante o efluxo de potássio, os canais de sódio retornam à conformação origina.
· OS POTENCIAIS DE AÇÃO NÃO PODEM SE SOBREPUSER E NÃO PODEM SE PROPAGAR PARA TRÁS
1. Garante o trajeto unidirecional de um potencial de ação do corpo celular para o terminal axonal, impedindo o potencial de ação retornar.
2. Período refratário relativo: segue o período refratário absoluto, e durante o período refratário relativo alguns canais de sódio já retornaram a sua posição original. Qualquer potencial de ação dissipado durante esse período possuirá uma amplitude menor do que a norma.
CONDUÇÃO DO POTENCI AL DE AÇÃO
· A despolarização de um segmento de um axônio faz a corrente e elétrica positiva se espalhar pelo citoplasma em todas as direções, via fluxo de corrente local. Do lado externo da membrana do axônio, a corrente flui de volta, em direção ao segmento despolarizado.
· O axônio possui um grande número de canais de sódio dependentes da voltagem. Sempre que uma despolarização atinge esses canais, eles abrem-se, permitindo que mais sódio entre na célula e reforce a despolarização – RETROALIMENTAÇÃO POSITIVA.
· A despolarização abre os canais de sódio e entra na célula, ocasionando uma maior despolarização e entrando e abrindo mais canais de sódio na membrana adjacente.
· A entrada continua de sódio durante a abertura dos canais de sódio ao longo do axônio significa que a força do sinal não reduzirá enquanto o potencial de ação se propaga.
· Quando cada segmento do axônio atinge o pico do potencial de ação, os seus canais de sódios são inativados.
· Neurônios maiores conduzem potenciais de ação mais rapidamente. 
· O diâmetro do axônio 
· A resistência do axônio ao vazamento de íons para fora da célula. Quanto maior o diâmetro do axônio ou maior a resistência da membrana ao vazamento, mais rápido um potencial de ação se movera.
· PERÍODOS REFRATÁRIOS
Quando um potencial de ação iniciou, um segundo potencial não pode ser dissipado, independente da intensidade do estimulo. 
 Limitam a velocidade com que os sinais podem ser transmitidos em um neurônio. 
 Período refratário absoluto: representa o tempo necessário para os portões de sódio retornarem a sua posição de repouso. Os canais de potássio ainda estão abertos.
	Neurotransmissor: a molécula atua principalmente em uma sinapse e gera uma resposta rápida, mesmo ela atuando como neuromodulador. Neuromodulador: Agem tanto em áreas sinápticas quanto em áreas não sinápticas e produzem ação mais lenta.
Recordar e viver 
Os neurônios são células excitáveis, ou seja, conseguem responder a estímulos com modificações da diferença de potencial elétrico na membrana celular. A modificação desse potencial pode propagar-se pela membrana, fenômeno conhecido como impulso nervoso. É por meio do impulso nervoso que os neurônios conseguem transmitir informações de um neurônio para outro ou, ainda, para as glândulas ou músculos. Assim sendo, o neurônio atua garantindo a recepção e transmissão de informações.
3°. Entender o que SÃO como ocorrem, e quais as funções das SINAPSES.
SINAPSES
Elétricas: transmitem um sinal elétrico ou corrente, diretamente do citoplasma de uma célula para outra, através de poros presentes nas proteínas das junções comunicantes. A informação pode fluir de ambas as direções. 
 Estão presentes, principalmente, em neurônios do SNC, sendo também encontradas nas células glias, musculo liso, cardíaco, e em células não excitáveis que usam sinais elétricos.
A condução é rápida e bidimensional dos sinais da célula a célula para sincronizar as atividades de uma rede celular.
 As junções comunicantes também permitem que as moléculas sinalizadoras químicas se difundam entre células vizinhas.
Químicas:
 Representam a maior parte das sinapses, as quais utilizam moléculas neuroendócrinas para transportar a informação de uma célula a outra. 
 O sinal elétrico da célula pré-sinaptica é convertido em um sinal neurócrino que atravessa a fenda sináptica e se liga a um receptor da célula alvo
Sinapse
A sinapse é uma região onde há a comunicação entre os neurônios, entre neurônios e músculos e entre neurônios e glândulas. Na grande maioria das sinapses, a transmissão de informação é possível graças à presença de neurotransmissores, que são mensageiros químicos. Nesse tipo de sinapse, chamada de sinapse química, o impulso nervoso (sinal elétrico) de um neurônio pré-sináptico é transformado em sinal químico, que atua na célula pós-sináptica. É importante salientar que existem ainda as chamadas sinapses elétricas. Nessas sinapses, as correntes elétricas fluem diretamente de um neurônio a outro.
Referencias 
SILVERTHORN, D. U. Fisiologia Humana. 7o edição ed. [s.l: s.n.]. 
Estudo dirigido 
01°. Quais são os tipos, funções e estruturas dos neurônios?
· Função: 
1. Neurônios motores: São responsáveis por conduzir impulsos nervosos para órgãos efetores, como músculos e glândulas.
2. Neurônios sensoriais: Recebem estímulos, os quais podem ser provenientes do próprio organismo ou do meio ambiente.
3. Interneurônios: Garantem a conexão entre neurônios.
· Três estruturas: um corpo celular, dendritos e axônios.
· Os dendritos são prolongamentos do neurônio que garantem a recepção dos estímulos, levando o impulso nervoso em direção ao corpo celular. A grande maioria dos neurônios apresenta uma grande quantidade de dendritos.
· Axônio Prolongamento que garante a condução do impulso nervoso. Cada neurônio possui apenas um axônio, o qual é, geralmente, mais longo que os dendritos. Envolvendo o axônio, está um isolamento elétrico chamado de bainha de mielina. Essa bainha é formada por dois tipos celulares: oligodendrócitos, no sistema nervoso central, e células de Schwann, no sistema nervoso periférico. Os locais onde há falha nessa bainha são chamados de nódulos de Ranvier.
· Corpo celular local do neurônio onde está presente o núcleo, grande parte das organelas celulares e de onde partem os prolongamentos dessa célula.
· Tipos 
1. Pseudounipolar; Possui um prolongamento único, que se divide em dois. Esse tipo de neurônio pode ser observado nos gânglios espinais
Têm um único processo chamado de axônio. Durante o desenvolvimento, o detrito se fundiu com o axônio. 
2. Bipolar; Possui apenas um axônio e um dendrito. Pode ser encontrado na mucosa olfatória, na retina e nos gânglios coclear e vestibular. Tem duas fibras relativamente iguais se estendendo a partir do corpo celular central.
3. Anaxonico; Os interneurônios anaxonicos do SNC não tem nenhum axônio aparente.
4. Multipolar; Esse tipo de neurônio possui mais de dois prolongamentos celulares. É a ocorrência mais comum. Os Inter neurônios multipolares do SNC são muito ramificados, mas não tem extensões longas. 
02°. Compreender o papel dos neurotransmissores, e como agem durante os impulsos nervosos, a partir do potencial de ação.
Os neurotransmissores são substâncias que realizam conexões entre dois ou mais neurônios, criando um processo químico na sinapse (região localizada entre os neurônios).
Eles são conhecidos como mensageiros químicos do corpo, pois são moléculas utilizadas pelo sistema nervoso para transmitir mensagens entre os neurônios ou dos neurônios para os músculos.
Os neurotransmissores são classificados conforme a sua influência nos neurônios e estão dispostos em três categorias principais:
1. Neurotransmissor excitatório: é aquele que gera um sinal elétrico, estimulando a célula alvo a agir. Esses neurotransmissores são responsáveis por provocar ações no corpo;
2. Neurotransmissor inibidor: é aquele que diminui as chances da célula alvo agir e são responsáveis por inibir algum tipo de ação no corpo;
3. Neurotransmissores moduladores: diferente dos outros,esse tipo de neurotransmissor não está restrito à fenda sináptica, portanto, afetam um grande número de neurônios ao mesmo tempo, mesmo que de maneira mais lenta.
Os tipos de neurotransmissores e as suas funções
Muitos neurotransmissores são simplesmente construídos a partir de aminoácidos, enquanto outros são moléculas mais complexas. Os mais conhecidos pelas pessoas, por suas funções importantes no nosso corpo como: a dopamina, acetilcolina, epinefrina, glutamato, o gaba e a serotonina.
1. Dopamina
A dopamina é considerada um tipo especial de neurotransmissor, porque seus efeitos são excitatórios e inibitórios. A forma que ela age depende do tipo de receptor ao qual se liga.
Esse neurotransmissor é importante para a coordenação do movimento, inibindo os movimentos desnecessários, como a regulação dos gânglios basais, que com dopamina em excesso, podem resultar em atividades descoordenadas e tiques no corpo humano. Além disso, a dopamina também é responsável pelo hormônio do crescimento.
2. Serotonina
É um neurotransmissor inibitório e está ligado diretamente à emoção e ao humor. Entre suas muitas funções estão a regulação da temperatura corporal, percepção da dor, emoções e ciclo do sono.
Doses insuficientes de serotonina podem resultar em uma diminuição da função do sistema imunológico, além de vários distúrbios emocionais, como depressão, problemas de controle da raiva e distúrbio obsessivo-compulsivo.
3. Gaba
É um dos principais neurotransmissores inibitórios. Ele é produzido pelos neurônios da medula espinhal, cerebelo, gânglios da base e muitas áreas do córtex cerebral.
As funções do Gaba, assim como a serotonina, estão diretamente ligadas ao humor e às emoções. É um neurotransmissor inibidor que atua como um “freio” aos neurotransmissores excitatórios. Por isso, quando está anormalmente baixo, pode levar à ansiedade.
Sua principal função é reduzir a excitabilidade neuronal em todo o sistema nervoso, minimizando a atividade cerebral, reduzindo o estresse e a ansiedade.
4. Glutamato
O glutamato é um neurotransmissor excitatório, presente no sistema nervoso central. Ele atua na regulação da excitabilidade geral do sistema nervoso central, nos processos de aprendizado e na memória.
A neurotransmissão inadequada do glutamato pode contribuir para o desenvolvimento de epilepsia e distúrbios cognitivos e afetivos.
Como os neurotransmissores funcionam?
Para que ocorram algumas ações vitais no nosso corpo, como o desenvolvimento dos ossos, os batimentos cardíacos e até o controle da ansiedade, é preciso que os neurônios consigam se comunicar, transmitindo sinais. Porém, eles não estão ligados, e consequentemente não podem realizar essa comunicação direta. Isso acontece porque entre eles há um espaço denominado de sinapse.
É nesse momento que acontece a neurotransmissão. Ela permite que os sinais neurais atravessem a sinapse, para que ocorra a comunicação entre dois ou mais neurônios, através dos neurotransmissores.
Os neurônios se aproximam um do outro, mas em momento algum se tocam. O neurônio acima da fenda sináptica é conhecido como neurônio pré-sináptico, já o neurônio que se localiza após a fenda é chamado de neurônio pós-sináptico.
É possível ver o momento em que as vesículas sinápticas liberam os neurotransmissores que começam a se ligar aos receptores da membrana do neurônio pós-sináptico, dando início a alguma ação no corpo.
Com os neurônios próximos um do outro, entra em ação os neurotransmissores, que têm a função de levar a mensagem do neurônio pré-sináptico, para o neurônio pós-sináptico. Assim, é feita a comunicação entre eles, induzindo um tipo específico de ação no corpo.
Vale lembrar que os neurotransmissores são produzidos no neurônio pré-sináptico e são armazenados em vesículas, conhecidas também como sacos sinápticos. Quando a comunicação está para acontecer, as vesículas ficam posicionadas no final do neurônio pré-sináptico, aguardando o estímulo para liberar os neurotransmissores.
Esse estímulo acontece através de um potencial de ação que chega na membrana do neurônio pré-sináptico. Com isso, canais de cálcio, também localizados na membrana celular do neurônio pré-sináptico, se abrem e entram no neurônio.
A entrada do cálcio cria o estímulo necessário para que as vesículas cheguem até o final do neurônio pré-sináptico, se fundindo à sua membrana e liberando os neurotransmissores na fenda sináptica.
É a partir daí que os neurotransmissores se ligam à receptores específicos, localizados na membrana do neurônio pós-sináptico. A ação que acontece no corpo após essa ligação, depende do tipo de neurotransmissor que foi liberado.
03° ENTENDER O QUE SÃO COMO OCORREM, E QUAIS AS FUNÇÕES DAS SINAPSES?
A sinapse é a região responsável por realizar a comunicação entre dois ou mais neurônios, ou de um neurônio para um órgão efetor, ou seja, um músculo ou uma glândula. Ela tem por função enviar sinais através da transmissão sináptica, para ocorrer alguma ação específica no corpo.
Onde ocorre a sinapse?
A sinapse pode ocorrer em três locais diferentes, dependendo unicamente do tipo de comunicação a ser feita e a mensagem que precisa ser enviada. São eles:
1. Axo-dendrítica: acontece entre o axônio do primeiro neurônio e o dendrito do segundo neurônio;
2. Axo-axônica: ocorre entre o axônio do primeiro neurônio e o axônio do segundo neurônio;
3. Axo-somática: acontece entre o axônio do primeiro neurônio e o corpo do segundo neurônio;
	Atenção:
	O neurônio é uma célula nervosa com uma estrutura diferente das células convencionais e tem por objetivo gerar impulsos elétricos. Isso acontece porque o sistema nervoso central e periférico trabalha especificamente com eletricidade.
· O corpo da célula é onde se inicia o estímulo elétrico que percorrerá todo o neurônio;
· Os dendritos são as ramificações responsáveis por se unirem a outros neurônios, iniciando uma comunicação entre eles;
· O axônio é o canal responsável por transmitir o impulso elétrico do núcleo até o final do neurônio;
· A bainha de mielina é o revestimento presente no axônio e sua função é isolar a eletricidade que passa por dentro do axônio;
· Os nódulos de ranvier, presentes entre as bainhas de mielina, são responsáveis por aumentar a velocidade do impulso elétrico que passa pelo axônio;
· O terminal axonal ou terminal sináptico tem por função se ligar a outros neurônios.
Cada parte do neurônio é importante em todo o processo de qualquer tipo de sinapse. Isso porque elas ocorrem em diferentes lugares da célula e transmitem diferentes mensagens para o corpo.
Tipos de sinapse e como ocorrem
Existem dois tipos de sinapse nervosa, a elétrica e a química. Ambas acontecem no sistema nervoso, porém de formas diferentes, dependendo de ações distintas para que a comunicação entre os neurônios aconteça.
Sinapse elétrica
Para que a comunicação da sinapse elétrica aconteça, é preciso que dois ou mais neurônios enviem informações um para o outro. O neurônio que está acima da fenda sináptica, o pequeno espaço que há entre eles, chamou de neurônio pré-sináptico, já o que está após a fenda chamamos de neurônio pós-sináptico.
Na sinapse elétrica os neurônios estão extremamente próximos, isso porque neste caso a fenda sináptica é menor. Eles também possuem uma proteína de ligação importante chamada conexina.
As conexinas criam um caminho, como um tipo de tubulação, permitindo com que os íons presentes no neurônio pré-sináptico passem para o pós-sináptico, e vice-versa, como apresentado na imagem abaixo.
· A representa em neurônio pré-sináptico;
· B representa o neurônio pós-sináptico;
· O número 1 representa as mitocôndrias, responsáveis por liberar os íons com as informações que serão enviadas de um neurônio para o outro;
· O número 2 é a junção comunicante (ou GAP), o canal criado pela proteína conexina, para que os íons consigam chegar de um neurônio ao outro;
· O número 3 representa a comunicação feita no citoplasma do outro neurônio.
Como podemos perceber, a sinapse elétrica é bidirecional, ou seja, ela permite a trocade informações de um neurônio para o outro. Ela acontece em menor número, numa velocidade muito alta e só pode ser encontrada em lugares específicos e restritos do cérebro.
Esse tipo de sinapse é responsável por atuar em comunicações e estímulos para o músculo cardíaco, bexiga e útero.
Sinapse química
Diferente da sinapse elétrica, a sinapse química é unidirecional, indo do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico. Nela, os neurônios se aproximam um do outro, mas não se tocam, porque neste caso a fenda sináptica é maior.
A sinapse química se inicia com os neurotransmissores, que são substâncias químicas produzidas dentro do neurônio pré-sináptico e carregam as informações que precisam ser levadas para o neurônio pós-sináptico. Essas substâncias possuem informações que vão gerar algum tipo de ação o corpo.
Porém, como não há uma grande aproximação dos neurônios, o processo é mais longo e depende de outros fatores importantes.
Como ilustra a imagem abaixo, os neurotransmissores ficam dentro de vesículas sinápticas, que são como sacos que guardam essas substâncias, esperando algum estímulo param se romper e liberá-las.
Enquanto os sacos estão se aproximando dos botões terminais (espaços abertos no final da membrana do neurônio pré-sináptico, responsáveis por liberar os neurotransmissores) acontece um potencial de ação que estimula a liberação de cálcio.
O cálcio é a proteína responsável por criar um canal na membrana do neurônio e “empurrar” as vesículas sinápticas até o final da membrana. Após esse estímulo elas se rompem e liberam os neurotransmissores.
Ao serem liberados, eles percorrem o caminho até a fenda sináptica e se ligam à receptores do neurônio pós-sináptico, que estão preparados para receber a mensagem e enviá-la por todo o neurônio pós-sináptico e consequentemente para a região específica do corpo.
A ação que acontece após a liberação, depende unicamente do neurotransmissor que será liberado. A dopamina, por exemplo, é o neurotransmissor responsável pelo controle do sentimento e pelo mecanismo de recompensa do sistema nervoso.
Diferenças entre a sinapse elétrica e sinapse química
· A sinapse química acontece em velocidade reduzida, por precisar de muitas etapas ao longo do seu processo. Já a elétrica acontece em alta velocidade;
· A sinapse elétrica ocorre em regiões específicas do cérebro, enquanto a química se realiza por todo o sistema nervoso e em maior quantidade;
· Na sinapse elétrica, os neurônios estão muito próximos e conseguem trocar informações diretamente, enquanto na sinapse química é necessário a ajuda de neurotransmissores, que funcionam como mensageiros das informações;
· Na sinapse elétrica a comunicação é bidirecional, ou seja, as informações são trocadas do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico e vice-versa, já a química é unidirecional, com o fluxo de informações indo apenas do neurônio pré-sináptico para o pós-sináptico.

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