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www.escolatecnicasandrasilva.com.br
Curso Técnico
Mecânica
EAD
Guia de Estudo
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO I
 2 
 
ÍNDICE 
 
CAPÍTULO 1 
TORNO MECÂNICO 
 
1.1 – CONCEITO .......................................................................................... 3 
1.1.1 – EMPREGO ........................................................................................... 3 
1.2 – TORNO PARALELO UNIVERSAL .............................................................. 3 
1.3 – NOMENCLATURA ................................................................................. 4 
1.4 – ACESSÓRIOS ...................................................................................... 6 
1.5 – OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS NO TORNO ................................................ 7 
1.6 – FERRAMENTAS DE CORTE DO TORNO MECÂNICO ..................................... 8 
1.7 – FLUIDOS DE CORTE ............................................................................. 9 
1.8 – VELOCIDADE DE CORTE LINEAR .......................................................... 10 
1.9 – COLAR MICROMÉTRICO ...................................................................... 11 
1.10 – TORNEAMENTO CÔNICO ..................................................................... 12 
1.11 – EXERCÍCIOS ....................................................................................14 
 
 
 
CAPÍTULO 2 
ROSCAS 
2.1 – CONCEITO ........................................................................................ 23 
2.2 – FINALIDADE DAS ROSCAS NA CONSTRUÇÃO MECÂNICA ......................... 23 
2.3 – ELEMENTOS CARACTÉRISTICOS DAS ROSCAS ....................................... 25 
2.4 – NOMENCLATURA DAS ROSCAS ............................................................ 26 
2.5 – TIPOS DE ROSCAS ............................................................................. 27 
2.6 – CALIBRES DE ROSCAS ....................................................................... 29 
2.7 – CAIXA NORTON ................................................................................. 32 
2.8 – CÁLCULOS NECESSÁRIOS PARA CONFECÇÃO DE ROSCAS ....................... 33 
2.9 – TABELAS .......................................................................................... 34 
2.10 – EXERCÍCIOS ..................................................................................... 36 
BIBLIOGRAFIA ..... ............................................................................................... 42 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
CAPÍTULO 1 
 
TORNO MECÂNICO 
 
 
 1.1 Conceito - Torno mecânico é a máquina-ferramenta, destinada a trabalhar uma peça 
animada de movimento de rotação, por meio de uma ferramenta de corte. 
Esta ferramenta pode trabalhar deslocando-se paralela ou perpendicularmente ao eixo 
da peça. 
 
1.1.1 Emprego - O torno executa qualquer espécie de superfície de revolução uma vez que 
a peça que se trabalha tem o movimento principal de rotação, enquanto a ferramenta 
possui o movimento de avanço e translação. 
O trabalho abrange obras como eixos, polias, pinos e toda espécie de peças roscadas. 
Além de tornear superfícies cilíndricas externas e internas, o torno poderá usinar 
superfícies planas no topo das peças (facear), abrir rasgos ou entalhes de qualquer forma, 
ressaltos, superfícies cônicas, esféricas e perfiladas. 
Qualquer tipo de peça roscada, interna ou externa, pode ser executada no torno. 
Além dessas operações primárias ou comuns, o torno pode ser usado para furar, alargar, 
recartilhar, enrolar molas, etc. 
 
1.2 TORNO PARALELO MECÂNICO UNIVERSAL 
Estes tornos possuem um cabeçote fixo com caixa de mudança de marchas por meio 
de engrenagens denominadas monopolias. A caixa de engrenagens tipo "NORTON" é 
usada para abrir roscas dando de imediato o número de fios por polegadas ou 
milímetros, por meio de uma alavanca que corre ao longo da abertura da caixa. Realiza-
se esta operação fazendo a ligação das rodas dentadas para o passo que se deseja 
obter, de acordo com uma tabela colocada ao lado da referida caixa e o eixo de ligação 
do comando automático do carro, e por meio de um dispositivo denominado fuso. 
 
 
 4 
 
 1.3 NOMENCLATURA DO TORNO MECÂNICO 
O torno é formado por diversas partes que são unidas por muitos órgãos de ligação. No torno de 
produção moderna quase todos os órgãos em movimento não estão à vista, mas são protegidos por 
caixas para preservar o operador de acidentes, segundo as normas contra acidentes e para dar à 
máquina, um perfil estético funcional. 
É obvio que, para compreensão, suas partes sejam abordadas com a exata nomenclatura. 
Assim, as partes principais são: os pés, o barramento, os carros, a espera, os cabeçotes, o fuso, a 
vara, as grades, o indicador de quadrantes, o copiador para cones, o esbarro para movimento 
automático etc. 
 
Pés(base) 
Solidamente fixados no solo da oficina, sustentam todas as peças do torno. 
Barramento 
São superfícies planas e paralelas que suportam as partes principais do torno, servindo de guia 
para o carro e cabeçote móvel no deslizamento longitudinal. 
 
Há dois tipos de barramento: o liso e o prismático. 
Na parte superior do barramento existem guias com perfis trapezoidais que, além de resistirem à 
pressão de trabalho do carro, servem também para o perfeito alinhamento entre os cabeçotes, fixo 
e móvel. 
Na parte inferior do barramento existe a cremalheira para o movimento manual do carro 
longitudinal. 
Alguns tornos possuem no barramento uma abertura chamada "cava", que serve para aumentar 
a capacidade do torno no torneamento de peças de grandes diâmetros, sendo para isto necessário a 
retirada do "calço da cava". 
Carro Longitudinal 
É uma das partes principais do torno que se desloca ao longo do barramento conduzindo o carro 
transversal, a espera eo porta-ferramentas, manual ou automaticamente. 
Na parte posterior do carro há o avental que serve para alojar as alavancas e volantes. Esses 
comandos com alavancas e volantes servem para executar os movimentos dos carros longitudinal e 
transversal manualmente através do fuso e cremalheira. 
Existe ainda, no interior do avental, o mecanismo automático dos carros, composto de 
engrenagens, que recebe o movimento do fuso e da vara. 
O movimento do fuso é transmitido ao carro por meio de uma porca bipartida que é utilizada 
na operação de abrir rosca. 
 5 
 
Carro Transversal 
Situado sobre o carro longitudinal, pode movimentar-se manualmente ou automaticamente 
no sentido transversal, por meio do mecanismo do avental e possui um colar micro-métrico, que 
nos permitem regular a profundidade do corte. 
Carro Superior 
Situada sobre o carro transversal recebe o suporte para ferramentas e tem na base um círculo 
graduado que nos dá o ângulo desejado para o torneamento cônico manual, através de um 
parafusos laterais que nos permite gira para direita ou esquerda. 
 
Cabeçote Fixo 
É um conjunto de peças sobre o barramento à esquerda do operador. Tem como 
finalidade principal, transmitir movimento de rotação à peça, ao fuso e à vara. 
a) Corpo do cabeçote fixo: constituído normalmente de ferrofundido (FoFo) de liga especial 
e tem como função suportar os elementos do cabeçote, bem como de manter oóleo 
lubrificante no seu interior. 
b) Eixo árvore: É a peça principal constituída normalmentede aço forjado SAE3240, tendo 
as extremidades apoiadassobre mancais e uma das extremidades, geralmente, ros 
cada onde se fixa a placa. 
c) A árvore, devido a sua forma oca, permite o torneamento de peças de grandes 
comprimentos, e por possuir a parte frontal cônica, permite adaptação de pontos, 
mandris e pinças. 
Cabeçote Móvel 
É um conjunto de peças que desliza sobre as guias do barramento, destinado a apoiar peças, 
principalmente quando entre pontos, e em alguns casos, prender e conduzir ferramentas de 
corte como brocas, alargadores, etc. 
É composto de base, corpo,canhão ou magote com volante e dispositivo de fixação. 
a) Base 
É uma placa de ferro fundido que assenta nas guias do barramento. 
b) Corpo 
É um suporte de construção sólida para o alojamento de um cilindro, que se encontra 
rigorosamente alinhado com a árvore do cabeçote fixo. O corpo desloca-se 
transversalmente sobre a base. 
Ajusta-se sua posição em alinhamento com a árvore ou desalinha-se em caso de 
torneamento cônico. Esta ajustagem é realizada por meio de parafusos laterais entre a base e 
o corpo. 
c) Canhão ou mangote 
É um tubo cilíndrico, provido de uma porca que se desloca axialmente dentro do 
cabeçote; este movimento resulta da transformação de rotação de um fuso apoiado no 
mancal na extremidade e movido por meio de um volante. Há cabeçotes, em tornos 
pesados, onde o próprio mangote é o fuso, enquanto o volante faz o papel de porca. 
 
Na extremidade do canhão ou mangote, existe um cone interno para colocação de 
pontos, buchas, etc. Esta conicidade é de 3o. 
d) Dispositivo de fixação 
É composto por um ou mais parafusos com sapata que serve para a fixação em 
qualquer parte do barramento. 
 
 6 
 
Fuso 
É um vergalhão cilíndrico, provido de rosca em quase toda sua extensão, a qual 
corresponde ao curso útil do carro longitudinal. Esta rosca é, geralmente, de perfil 
trapezoidal ou quadrado. A rotação do fuso é transmitida a uma porca bipartida, montada 
no interior do carro, e serve para transformar o movimento rotativo do fuso, em um 
movimento longitudinal do carro sobre o barramento. 
Nos tornos antigos, todos os movimentos de avanços do carro realizavam-se pelo fuso. 
Tal uso permanente resultava em desgaste relativamente rápido da rosca do fuso e da porca 
bipartida prejudicando a precisão das roscas que eram abertas. Assim, o fuso deve ser utilizado 
exclusivamente para abrir roscas. 
 
Vara 
Substitui o fuso para a realização dos avanços necessários ao torneamento liso. É o 
segundo elemento para conduzir a rotação da caixa de mudanças rápidas para o carro. É 
constituída de um vergalhão cilíndrico liso que tem em quase todo o seu comprimento, um 
rasgo de chaveta, a qual se encontra no interior do carro. Esta chaveta serve para 
movimentar o carro durante o torneamento automático. 
 
1.4 ACESSÓRIOS: 
Esbarros 
São dispositivos que, fixados em determinados pontos do barramento, limitam o curso 
do carro longitudinal, permitindo que durante a usinagem de peças em série sejam 
padronizadas as suas dimensões. 
Placas 
São dispositivos fixados à árvore que servem para prender peças no torno. 
 
 
 
 Placa de castanhas independentes- Aplica-se nos trabalhos de peças irregulares, os 
recortes concêntricos traçados na face da placa, permitem centralizar aproximadamente 
peças sem auxílio do graminho ou de outro dispositivo qualquer. 
 
Placa de castanha universal - São as mais comuns, contêm três ou quatro castanhas que 
se movem em conjunto, aplicadas em peças cilíndricas ehexagonais, podem ser centradas 
 
 7 
nas placas universais, porque as três castanhas movem-se em conjunto, automaticamente, 
centralizando a peça com alguns milésimos da polegada ou milímetro de tolerância. 
 
Grampos arrastadores (cavalinhos) 
São dispositivos usados para arrastar peças na usinagem entre pontos. 
 
Lunetas 
São acessórios utilizados para apoiar peças de grande comprimento. A luneta pode ser 
fixa ou móvel. 
 Luneta fixa é presa no barra mento e possui três castanhas reguláveis por parafusos e a 
parte da peça que nela se apóia deve estar previamente usinada, caso a peça não puder ser 
usinada antes, o apoio deve ser lubrificado com óleo ou graxa. 
Luneta móvel é presa no carro longitudinal geralmente possui duas castanhas.Ela 
apóia a peça durante todo o curso da ferramenta de corte. 
Pontos 
Servem para apoiar peças nas extremidades, principalmente no torneamento entre 
centros. 
Graminhos 
São instrumentos empregados para traçar linhas em superfícies horizontais e verticais, 
transportar alturas, verificar o grau de excentricidade peças no torno. 
 
1.5 OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS NO TORNO 
Tornear 
É desbastar a superfície externa ou interna de um sólido. Esta operação é obtida pelo 
deslocamento da ferramenta paralelamente ao eixo de rotação da peça . 
Torneamento Paralelo 
Éa operação que consiste em dar forma cilíndrica a um material em rotação submetida à ação 
de uma ferramenta de corte. O torneamento paralelo pode ser: 
1)Torneamento paralelo externo: É uma das operações mais executadas no torno 
mecânico, para se obter formas cilíndricas definitivas (eixos e buchas) como também 
preparar o material para outras operações. 
2 )Torneamento paralelo interno 
Consiste em construir uma superfície cilíndrica interna pela ação da ferramenta, 
deslocando-se esta paralelamente ao eixo da peça. Esta operação é conhecida também 
como BROQUEAR. 
 É executado no torneamento de buchas, furos e polias, de engrenagens, furos roscados, 
etc. 
Facear 
É desbastar a superfície plana que constitui a base de um sólido. E serve para se obter 
referência confiável para medição de comprimento ou de uma furação. 
 
Broquear 
É desbastar a superfície interna de um sólido utilizando ferramenta de tornear 
interna. 
 
 8 
 
Rosquear (Roscar) 
É a operação que consiste em abrir rosca (hélice profunda) em uma superfície externa ou 
interna de um cilindro ou de um cone. 
 
Sangrar 
É uma operação que consiste em abrir canais em peças no torno mecânico com uma 
ferramenta especial denominada BEDAME, que penetra no material perpendicularmente 
ao eixo do torno. 
Cortar 
É a operação que consiste em cortar (seccionar) uma peça no torno, com uma 
ferramenta especial chamada bedame. 
 
 
Recartilhar 
É a operação que consiste em reproduzir estrias em uma peça com um suporte tipo 
recartilha. 
 
Tornear Cônico 
Operação obtida pelo deslocamento da ferramenta obliquamente ao eixo da peça. 
Perfilar 
É o torneamento de superfície de formato especial. 
1.6 FERRAMENTAS DE CORTE DO TORNO MECÂNICO 
Ferramenta é tudo que serve para cortar o material no decorrer da usinagem. 
CONSTRUÇÃO E AFIAÇÃO DAS FERRAMENTAS DE CORTE 
Quanto ao material de que são feitas, as ferramentas classificam-se em comuns e 
especiais: 
As ferramentas comuns são feitas de aço carbono ou de aço rápido e podem ser 
construídas pelo próprio torneiro ou adquiridas prontas como é o caso dos "Bits"comuns. 
As ferramentas especiais são constituídas de ponta de metal duro, ponta de cerâmica e 
ponta de diamante, sendo o corpo de aço. 
Os materiais mais comuns das unhas das ferramentas de corte do torno mecânico são a 
vídia, pastilhas intercambiáveis etc. 
PRINCIPAIS GRUPOS DE FERRAMENTAS 
As ferramentas de corte do torno mecânico podem ser classificadas em quatro (4) 
grupos: 
a) Ferramentas para Tornear Externamente 
b) Ferramentas para Tornear internamente 
c) Ferramentas para roscar 
d) Ferramentas de forma 
 9 
 
Ângulos 
As ferramentas para penetrarem no material a ser atacado necessitam satisfazer duas 
condições: 
O material da ferramenta precisa ser mais duro que o atacado; e 
 
É necessário a ferramenta ter forma adequada para facilitar a penetração, sem contudo, 
se partir sob a resistência do material atacado. A única forma geométrica que satisfaz a esta 
condição é a cunha. 
Quanto mais fina, maior sua capacidade de penetração no material, porém menor é a sua 
própria resistência. 
a) Ângulo de incidência ou folga frontal: 
É o ângulo formado entre a parte frontal da ferramenta e o plano de tangência com a 
peça. 
b) Ângulo de saída 
É o ângulo formado entre a face superior da cunha e o plano horizontal da ferramenta. 
 O ângulo de saída pode se: positivo, nulo e negativo. 
c) Ângulo de cunha ou folga lateral 
É o único ângulo do gume da ferramenta que se pode medir diretamente, por se 
formar entre duas superfícies da ferramenta. Deledepende não só a capacidade de 
penetração, como também a resistência e a dureza do material da peça. 
d) Ângulo de Corte 
É o ângulo formado pela soma dos dois ângulos, ou seja, o frontal mais o da cunha. 
 
1.7 Fluidos de Corte 
Os fluidos de corte geralmente empregados são: 
a) Fluidos refrigerantes 
Usam-se de preferência: 
I) Ar insuflado ou ar comprimido, mais usados nos trabalhos 
de rebolos; 
II) Água pura ou misturada com sabão comum, mais usados 
nas afiações de ferramentas nos esmeris. Não é recomen 
dável o uso de água como refrigerante, nas máquinas-fer- 
ramenta, por causa da oxidação das peças. 
b) Fluidos lubrificantes 
Os mais empregados são os óleos. São aplicados, geralmente, quando se deseja dar 
passes pesados e profundos nos quais a ação da ferramenta contra a peça produz calor, 
por motivo da deformação e do atrito da apara (cavaco) sobre a ferramenta. 
I) Função lubrificante: 
Durante o corte, o óleo forma uma película entre a ferramenta e o material, impedindo 
quase totalmente o contato direto entre os mesmos. 
II) Função anti-soldante 
Algum contato, de metal com metal, sempreexiste em áreas reduzidas. Em vista da alta 
temperatura nestas áreas, as partículas de metal podem soldar-se à peça ou à ferramenta, 
prejudicando o seu corte. Para evitar isto adicionam-se ao fluido, enxofre, cloro ou outros 
produtos químicos. 
c) Fluidos refrigerantes - lubrificantes 
Estes fluidos são, ao mesmo tempo, lubrificantes e refrigerantes, agindo, porém muito 
mais como refrigerante, em vista de conterem grande proporção de água. São usados, de 
 
 10 
preferência, em trabalhos leves. 
O fluido mais utilizado é uma mistura, de aspecto leitoso, contendo água (como 
refrigerante) e 5 a 10% de óleo solúvel (como lubrificante). 
O uso dos fluidos de corte na usinagem dos metais, concorre para maior produção, 
melhor acabamento e maior conservação da ferramenta e da máquina. 
 
Óleos de corte 
Devem ter grande poder lubrificante para permitir que a ferramenta corte com o menor 
esforço possível e melhor acabamento. 
Não confundir fluídos de corte com óleo de corte. Fluídos de corte normalmente são o 
querosene puro e óleos solúveis em água e têm grande poder de refrigeração. 
O óleo para corte não deve se emulsionar na água (ter aspecto leitoso) e possuir boa 
viscosidade. 
 
 
1.8 VELOCIDADE LINEAR DE CORTE 
Na tornearia, a velocidade de corte obedece ao mesmo princípio da velocidade linear. 
Sendo o diâmetro da roda representado pelo diâmetro da obra, e o espaço percorrido, pelo 
número de metros ou pés por minuto que a ferramenta tem a cortar. Daí se conclui que a 
velocidade de corte é o espaço percorrido por uma ferramenta para cortar certo material, 
em um tempo determinado. 
 
 
 
Fórmula para diâmetro em milímetro 
 D. π x RPM METROS/MIM SISTEMA METRICO 
 1000 
 
VC = Velocidade de corte 
D = Diâmetro do material a usinar 
π = Constante (3.14) 
RPM = Rotação por minuto 
 
Fórmula para diâmetro em polegadas 
 D. π x RPM PÉS/MIM SISTEMA INGLÊS 
 12 
 
VC = 
VC = 
 
 11 
VC = Velocidade de corte 
D = Diâmetro do material a usinar 
π = Constante (3.14) 
RPM = Rotação por minuto 
 
Fatores dos quais depende a velocidade de corte 
a) Quanto mais resistente for o material a usinar, tanto menor será a velocidade de corte. 
b) Quanto mais resistente e dura for a ferramenta, tanto maior será a velocidade de corte. 
c) Quanto mais pesado o desbaste, isto é, quanto maior o passe, tanto menor será a 
velocidade de corte. 
Unidade de medida 
A unidade de medida utilizada para determinarmos a velocidade de corte é expressa em 
METROS/min. As rotações por minuto da máquina (RPM) nos é dada dividindo-se a 
velocidade de corte (VC) indicada na tabela, pela circunferência retificada da peça (Dxπ)a 
ser torneada. 
 
Fórmula para diâmetro em milímetro: 
 
 VC x1000 
 DXΠ 
 
 
VC = Velocidade de corte 
D = Diâmetro do material a usinar 
π = Constante (3.14) 
RPM = Rotação por minuto 
 
 OBSERVAÇÕES: 
a) Para encontrar a RPM, quando o problema for dado pelo sistema métrico, multiplica-se a 
velocidade de corte (VC) por 1.000 se o diâmetro for medido em milímetros, por 100 
se for medido em centímetros e assim por diante. 
1.9 COLAR MICROMÉTRICO 
É um anel ou dial graduado existente no carro transversal e na espera com a finalidade 
de determinar e controlar a profundidade de corte. 
Entretanto, pode ser usado, para marcar um ponto de referência no caso da 
ferramenta ter sido deslocada durante determinada operação e, principalmente, graduar a 
penetração da ferramenta na operação de roscar. 
Formulário 
O passo do fuso é representado pela letra "P", o número de divisões existente no colar 
"ND" e o valor de cada divisão do colar "VD". 
Para encontrar o valor de cada divisão (VD) divide-se o passo (P) pelo número de 
divisões (ND) 
RPM = 
 
 12 
 P P 
VD = — onde se conclui que ND = — e que P = VD× ND 
 ND VD 
Penetração da ferramenta utilizando o colar micrométrico 
O operador (torneiro) tem que calcular quantas divisões deve avançar no colar 
micrométrico para fazer penetrar a ferramenta ou deslocar a peça na medida 
desejada. Para isso terá que conhecer: 
a) A penetração da ferramenta; 
b) O passo do parafuso do comando do carro transversal ou 
espera; e 
c) O número de divisões do colar micrométrico. 
 
A penetração da ferramenta no material a usinar pode ser: 
 
I) Axial 
É quando o material é usinado em relação a espessura ou comprimento. 
Fórmula: Pa = E -e 
Pa = penetração axial da ferramenta 
E = espessura do material antes do passe 
e = espessura do material depois do passe 
II) Radial 
É quando o material é usinado em relação ao diâmetro. 
Fórmula: Pr = D-d 
 Pr = penetração radial da ferramenta 
 D = diâmetro maior 
 d = diâmetro menor 
AVANÇO DA FERRAMENTA 
af = pa÷vd af= pr÷vd 
1.10 TORNEAMENTO CÔNICO 
O torneamento cônico externo e interno difere do torneamento paralelo apenas pela 
posição da peça ou direção do curso da ferramenta. O desbaste grosso e o alisamento 
realizam-se sob as mesmas condições e com as mesmas ferramentas que se empregam no 
torneamento cilíndrico. 
 
No entanto, é importante que a ferramenta esteja colocada rigorosamente na altura da 
linha de eixo para não alterar a forma do cone torneado. No torneamento cônico a ferra-
menta se desloca obliquamente ao eixo da peça. 
Finalidade e emprego 
As peças cônicas desempenham funções de grande importância nos conjuntos ou 
dispositivos mecânicos. Os mesmos permitem um tipo de ajustagem cuja característica 
especial é de poder proporcionar enérgico aperto entre peças que devem ser montadas com 
certa frequência. 
 
 13 
Os cones são utilizados principalmente, nas fixações de ferramentas rotativas, como 
por exemplo: punhos de brocas, punhos de pontos usados em tornos, pontas de eixo da 
lanchas, confecções de machos, em conjuntos desmontáveis como engrenagens montadas 
em eixos dos quais seja indispensável rigorosa concentricidade. 
Características fundamentais dos cones e troncos de cones 
 
 
Os elementos característicos do torneamento cônico resumem-se em três (3) pontos: 
a) Cálculos referentes a conicidade ou dimensões do cone; 
b) Processo de preparo do torno; e 
c) Processos de medição e fabricação de cones. 
NOTA: 
Para executar os cálculos necessários à execução do torneamento cônico é preciso, 
pelo menos, três (3) indicações no desenho. 
 D-diâmetro maior 
 d - diâmetro menor 
 L–altura 
 
Métodos de torneamentos cônicos 
a) Inclinação da espera através do cálculos da conicidade 
Este é o método mais prático e usado. Através dele, torneiam-senormalmente os 
cones curtos internos e externos com bastante inclinação. 
A espera é graduada em graus e minutos, e o ângulo que dá a inclinação é marcado por 
um ponteiro ou linha de referência, até 90° para direita ou para esquerda. Este ângulo é 
igual à metade do ângulo do cone no vértice. 
A inclinação é igual à metade da conicidade. 
Este método só permite trabalhar com avanço manual, onde aplicamos as seguintes 
fórmulas para cálculo da tg â. 
 2 
 
 Â =57,3 x D - d 
 2H 
 
 
 
Fórmula para encontra o diâmetro maior através da conicidade. 
 
Exemplo: 
 
Um tronco de cone de 150 mm de comprimento tem uma conicidade de 1:5. Qual o valor do 
diâmetro maior se diâmetro menor mede 30 mm, e qual o ângulo que devemos ajustar o carro 
superior. 
 
Solução: 
 
 1 1 
D = ---- x L + d = ----- x 150 + 30= 30 +30 = 60 
 5 5 
 
Ângulo de regulagem do carro: 
 
 = 60 – 30 = 30 = 0,1 
 2 x150 300 
 
 = 5° 43`2” 
 
 
D – d 
 2 × L 
 
 
tg â = 
 2 
 
D – d 
 2 × L 
 
 
tg â = 
 2 
 
 
 14 
 
PROCESSO FABRICAÇÃO 1 
 
1.11 EXERCÍCIOS - CAPITULO 1 
 
1-Das alternativas abaixo, que peça tiramos do barramento para tornear em seu maior 
diâmetro? 
A) esbarros 
B) ponto rotativo 
C) cava 
D) calço da cava 
E) placa 
 
2-Dos acessórios abaixo qual nos permite apoiar peças nas extremidades? 
A) graminho 
B) luneta móvel 
C) esbarro 
D) placa 
E) ponto 
 
3-Quando estamos operando no torno com uma ferramenta ou perfil especial, denominamos 
operação de: 
A) perfilar 
B) tornear cônico 
C) broquear 
D) rosquear 
E) facear 
 
4-As ferramentas se dividem em quatro grupos, que são: 
A) tornear externo, tornear interno, sangrar e roscar. 
B) tornear externo, rosquear, Tornear interno e forma. 
C) forma, tornear, vídea e carbuloy 
D) perfil especial, tornear externo, vídea e carbuloy. 
E) tornear, sangrar, facear e perfilar. 
 
5-Nos fluidos refrigerantes e lubrificantes, o mais utilizado é uma mistura de aspecto leitoso. 
Qual a porcentagem de lubrificante empregada nessa mistura? 
A) 1 a 20% 
B) 2 a 5% 
C) 5 a 10% 
D) 5 a 15% 
E) 5 a 20% 
 
 15 
 
 
 
6-Na afiação da ferramenta, qual o ângulo que varia quanto à dureza do material? 
A) folga frontal 
B) corte 
C) corte e saída 
D) saída 
E) folga lateral ou cunha 
 
7-Que componente possui o torno aperfeiçoado de roscar que o difere dos demais tornos? 
A) copiador para cones 
B) cabeçote móvel 
C) caixa Norton 
D) esbarro 
E) torre hexagonal 
 
8-Calcule o valor de cada traço de um dial com passo 1/2 pol. e 50 traços. 
A) 0,001 
B) 0,01 
C) 0,1 
D) 0,5 
E) 2,0 
 
9- Quantos traços deveram deslocar no colar micrométrico para facear uma determinada 
peça de180 mm de material bruto, para deixá-la com 160 mm de comprimento, sabendo-se 
que o colar possui 100 divisões e o passo do parafuso da espera vale 5 mm? 
A) 100 
B) 200 
C) 300 
D) 400 
E) 500 
 
10- Dentre a nomenclatura do torno mecânico, onde fica localizado os acionamentos 
automáticos? 
A) cabeçote fixo 
B) copiador para cone 
C) avental 
D) barramento 
E) cabeçote móvel 
 
 
 16 
 
 
11-O que se desloca ao longo do barramento, conduzindo o carro transversal, a espera, e o 
porta ferramentas, manual ou automaticamente? 
A) vara 
B) cabeçote móvel 
C) carro longitudinal 
D) fuso 
E) luneta 
 
12-É o espaço percorrido por uma ferramenta para cortar certo material, em determinado 
tempo: 
A) velocidade angular de corte 
B) velocidade linear de corte 
C) avanço 
D) passo 
E) velocidade média 
 
13-O passo do fuso do colar micrométrico é igual a 4mm. Tendo o referido colar 40 divisões, 
qual será o valor de cada divisão? 
A) 0,1 
B) 0,2 
C) 0,4 
D) 1,0 
E) 1,4 
 
14-Qual o processo de refrigeração usado na confecção de uma peça de abonite? 
A) sebo de vela 
B) querosene 
C) solução de água saponificada 
D) ar 
E) mistura de 5 a 10% de óleo e água 
 
15-Na extremidade do canhão ou mangote, existe um cone interno para colocação de pontos, 
buchas, etc. Esta conicidade é de _______ graus. 
A) 1 
B) 2 
C) 3 
D) 4 
E) 5 
 
 
 17 
 
 
16-Qual a fórmula prática para se confeccionar um cone pela espera? 
A) I = (D-d)/2xh 
B) I = (D-d)H 
C) I = 57,3(D-d)/2xh 
D) I = (D-d)L/2h 
E) I = 57,3(D-d)H 
 
17-Qual a RPM a ser dada numa peça com 32mm de diâmetro e velocidade de corte igual a 
25m/min.? 
A) 198 
B) 248 
C) 284 
D) 348 
E) 396 
 
18-O passo do fuso de um colar micrométrico é igual a 5mm, e o valor de cada divisão é 
igual a 0,05mm. Qual o número de divisões desse colar? 
A) 50 
B) 100 
C) 120 
D) 150 
E) 200 
 
19-Os dispositivos que se fixam a árvore com a finalidade de prender peças no torno são 
chamados: 
A) cantoneiras 
B) pontos 
C) grampos arrastadores 
D) esbarros 
E) placas 
 
20-Os seguintes acessórios fazem parte, dentre outros, do cabeçote móvel: 
A) canhão, volante e vara. 
B) ponta, grade e base. 
C) parafuso de fixação do barramento, sapata e fuso. 
D) corpo do cabeçote, canhão e base. 
E) parafuso de deslocação lateral do corpo, grade e alavanca de fixação do canhão. 
 
 
 
 18 
 
 
21- Qual o ângulo formado pela soma dos ângulos de cunha e frontal? 
A) saída 
B) folga frontal 
C) árvore 
D) corte 
E) sapata 
 
22-Qual o tipo de torno que se pode tornear, facear, broquear e sangrar, mas não se podem 
abrir roscas? 
A) aperfeiçoado de roscar 
B) revolver 
C) simples 
D) especial 
E) simples de roscar 
 
23-Alguns cuidados são necessários para se evitar acidentes durante o trabalho no torno 
mecânico, exceto: 
A) sempre usar camisas de mangas curtas. 
B) sempre usar calibre vernier com o torno em movimento. 
C) evitar por a mão na placa com o torno em movimento. 
D) sempre tirar jóias, bijuterias e relógios. 
E) sempre usar óculos de proteção. 
 
24-Quantos traços serão necessários para reduzir o comprimento de um tarugo de 1/2¨para 
7/16¨, sendo que o fuso da espera é de 1/8¨de passo e o colar possui 250divisões ou traços? 
A) 125 
B) 250 
C) 175 
D) 100 
E) 300 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índice 
 19 
 
 
 
25- Faça a associação e marque a opção correta: 
1-tornear cônico ( ) deslocamento da ferramenta perpendicular ao eixo de rotação da 
peça 
2-facear ( ) desbaste interno utilizando ferramenta ou broca 
3-tornear ( ) operação obtida pelo deslocamento da ferramenta paralelamente ao 
eixo da peça 
4-broquear ( ) torneamento de uma superfície de revolução num formato especial 
5-perfilar ( ) operação obtida pelo deslocamento da ferramenta obliquamente ao 
eixo da peça 
 
A) 3, 2, 4,1 
B) 2,1,3,4,1 
C) 3,4,1,2,1 
D) 2,4,3,5,1 
 
26) Faça a associação e marque a opção correta 
1-barramento ( ) é um conjunto de peças que desliza sobre o barramento, 
destinado a apoiar peças por meio de pontos 
2-espera ( ) determina o comprimento do torno 
3-cabeçote móvel ( ) movimenta-se manualmente e automaticamente 
4-carro transversal ( ) situa-se sobre o carro transversal, recebe o suporte para 
ferramentas e tem a base um círculo graduado que permite dar 
um ângulo desejado para um torneamento cônico 
5-vara ( ) substitui o fuso para realização dos avanços necessários ao 
torneamento liso 
 
A) 3,2,4,1,5 
B) 5,2,3,4,1 
C) 3,1,4,2,5 
D) 2,4,3,5,1 
 
 
27) Sendo o diâmetro de uma peça igual a 38,2 mm e a RPM igual a 320, a velocidade de corte será 
de _____________ m/min 
 
A) 38,38 
 
B) 28,25 
 
C) 12,58 
 
D) 10,38 
 
 20 
 
 
 
 
28) calcular a velocidade de corte em m/min para confecção de uma peça com diâmetro de 1 7/8” e 
a RPM igual a 250? 
 
A) 38,38 
 
B) 36,38 
 
C) 37,38 
 
D) 37,40 
 
E) 37,42 
 
 
29) calcular o valor de cada traço ou divisão de um colar micrômétrico com passo1/2” e 50 divisões. 
 
A) 0,1 mm 
 
B) 0,001 mm 
 
C) 0,01 mm 
 
D) 0,02 mm 
 
E) 0,002 mm 
 
 
30) calcular o valor do passo do fuso de um colar micrômétrico com 200 divisões e cada divisão 
equivale a 0,02 mm. 
 
A) 2,5 mm 
 
B) 3,0 mm 
 
C) 3,5 mm 
 
D) 4,0 mm 
 
E) 4,5 mm 
 
 
31) calcular quantas divisões tem o colar micrômétrico com passo 0.250” e o valor de cada divisão 
igual a 0.005” 
 
A) 30 
 
B) 50 
 
C) 60 
 
D) 65 
 
E) 70 
 
 
 
 
 
 
 21 
 
 
32) quantos traços ou divisões devemos deslocar no colar micrômétrico para facear uma 
determinada peça de 180 mm de de material bruto, para deixá-la com 160 mm de comprimento, 
sabendo-se que o colar possui 100 divisões e o passo do fuso da espera é de 5 mm. 
 
A) 400 
 
B) 450 
 
C) 500 
 
D) 550 
 
E) 600 
 
33) quantos traços ou divisões serão necessários para reduzir o diâmetro de um tarugo de 0.750” 
para 5/8”, sendo que o fuso do colar da espera é de 1/8” de passo e o colar possui 250 divisões. 
 
A) 225 
 
B) 200 
 
C) 100 
 
D) 125 
 
E) 130 
 
 
34) quantos traços serão necessários para reduzir o comprimento de um tarugo de 50,8 mm para 
45 mm e quantos traços serão necessários para reduzir o diâmetro do mesmo tarugo de 1” para 
19,05 mm sendo que o fuso do colar é de 1/4" de passo e o colar possui 250 divisões? 
 
A) 228 traços na axial e 250 traços na radial 
 
B) 228 traços na axial e 125 traços na radial 
 
C) 230 traços na axial e 125 traços na radial 
 
D) 230 traços na axial e 250 traços na radial 
 
E) 230 traços na axial e 250 traços na radial 
 
 
35) calcule o ângulode inclinação da esper, para construção de um cone com diâmetro maior igual a 
35 mm e o seu diâmetro menor igual a 25,4 mm, com um comprimento do cone igual a 80 mm? 
 
A) 0,0699 aproximadamente 4º e 0’ 
 
B) 0,006 aproximadamente 3º e 30’ 
 
C) 0,6 aproximadamente 3º e 30’ 
 
D) 0,06 aproximadamente 3º e 30’ 
 
E) 0,050 aproximadamente 3º 0’ 
 
 
 
 
 
 
 22 
 
 
 
 
 
36) qual a tangente de inclinação para confeccionar um tronco de cone com seu diâmetro maior igual 
a 25 mm e seu diâmetro menor igual a 19 mm, com uma altura de 10 mmw 
 
A) 0,30 
 
B) 0,35 
 
C) 0,40 
 
D) 0,45 
 
E) 0,50 
 
 
37) calcule a RPM a ser dada numa peça, com 45 mm de diâmetro e velocidade de corte igual a 30 
m/min? 
 
A) 220 
 
A) 230 
 
B) 240 
 
C) 250 
 
D) 260 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
 
CAPÍTULO 2 
ROSCAS 
 
2.1 CONCEITO DE ROSCAS 
 
Roscas 
ROSCA é uma saliência de perfil constante, helicoidal, que se desenvolve de forma 
uniforme, externa ou internamente, ao redor de uma superfície cilíndrica ou cônica. Essa 
saliência é denominada filete. 
 
 
 
2.2 FINALIDADES DAS ROSCAS NA CONSTRUÇÃO MECÂNICA 
 
Elementar mente, podemos dividir as uniões roscadas de acordo com sua finalidade na 
construção mecânica em: ROSCAS DE FIXAÇÃO, ROSCAS DE FORÇA e ROSCAS DE MOVIMENTO 
 
Roscas de fixação 
São as mais usadas na construção mecânica em geral e têm como função principal 
estabelecer uma união firme, mas de caráter temporário, de modo que se possa desfazer o 
conjunto quando necessário. 
Normalmente são de perfil triangular. 
 
Roscas de força 
ROSCA PERFIL TRAPEZOIDAL 
Empregado em órgãos de comando das máquinas ope-ratrizes (para transmissão de 
movimento suave e uniforme), fusos e prensas de estampar (balancins mecânicos). 
Resiste a grandes esforços e é empregada na construção de fusos e porcas, os quais 
transmitem movimento a alguns componentes de máquinas-ferramenta como, por 
exemplo, torno, plaina efresadora. 
A rosca sem-fim apresenta também perfil trapezoidal, e é um componente que 
funciona, geralmente, em conjunto com uma coroa (engrenagem helicoidal), 
possibilitando grande redução na relação de transmissão de movimento. 
 
 
 
 
 
 24 
 
Parafusos que transmitem movimento suave e uniforme. Ex.: Fusos de máquinas. 
 
ROSCA PERFIL REDONDO 
Emprego em parafusos de grandes diâmetros e que devem suportar grandes esforços, 
geralmente em componentes ferroviários. É empregado também em lâmpadas e fusíveis 
pela facilidade na estampagem. 
Parafusos de grandes diâmetros sujeitos a grandes esforços. Ex.: Equipamentos 
ferroviários. 
 
 
 
 
 
 
 
ROSCA PERFIL DENTE DE SERRA 
Usado quando a força de solicitação é muito grande em um só sentido (morsas, macacos, 
pinças para tornos e fresadoras). 
Parafusos que exercem grande esforço num só sentido Ex.: Macacos de catraca. 
Dependendo da inclinação dos filetes em relação ao eixo do parafuso, as roscas ainda 
podem ser direita e esquerda. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Roscas de movimento 
ROSCA PERFIL QUADRADO 
Quase em desuso, mas ainda utilizado em parafusos e peças sujeitas a choques e 
grandes esforços (morsas). Rosca com perfil quadrado Esse tipo de perfil é utilizado na 
construção de roscas múltiplas. As roscas múltiplas possuem duas ou mais entradas, que 
possibilitam maior avanço axial a cada volta completa do parafuso. Sua função principal 
transmitir movimentos, transformando-os de rotativos em retilíneos. Podem ser 
chamadas também de roscas de transmissão e normalmente têm passos mais grossos. 
 
 
 
 
 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3 ELEMENTOS CARACTERÍSTICOS DAS ROSCAS 
Perfil 
Indica a forma da rosca, tanto para o vão quanto para o filete. 
Vão(V) 
É a parte aberta pela passagem da ferramenta, que produziu um sulco helicoidal no 
corpo da peça, externa ou internamente. 
Fundo 
Indica a parte mais baixa do vão. 
Filete 
É a parte compreendida entre os sulcos de dois vãos e pode ser considerada como a 
parte útil da rosca. 
Crista 
É o vértice do filete. 
Flancos 
São as paredes laterais do filete. 
Diâmetro externo (D) 
É a dimensão da rosca, medida sobre as cristas diametralmente opostas e corresponde 
ao diâmetro do cilindro antes de abrir a rosca. Nos parafusos, o diâmetro externo chama-
se também diâmetro maior. 
Diâmetro do flanco (D2) 
É o diâmetro de um cilindro imaginário, limitado pela zona onde o filete e o vão têm 
largura igual. Corresponde à metade da soma entre os diâmetros externo e interno (D2= (D 
+ D1) / 2). Chama-se também diâmetro do flanco. 
 
Diâmetro interno (D1) 
Indica, para os parafusos, o diâmetro do núcleo e é medido entre os fundos de dois vãos 
diametralmente opostos. Nas porcas, significa o diâmetro do furo a ser feito, antes de abrir 
a rosca, e corresponde ao diâmetro externo menos duas alturas (D1 = D-2H). 
 
 26 
 
Altura da rosca (H) 
É a distância entre a crista do filete e o fundo do vão e, também, a metade da 
diferença entre os diâmetros externo e interno ( H = (D - D1) /2). 
Passo (P) 
O passo é definido como sendo a distância entre dois filetes consecutivos, medida 
paralelamente ao eixo. Nas roscas simples, o passo e o avanço são iguais . 
 
Avanço(Av) 
É o deslocamento axial ou a distância que a ferramenta percorre, em uma volta 
completa da placa do torno. Nas roscas múltiplas, o avanço é igual ao produto do passo 
pelo número de entradas 
(Av = P x Ne). 
 
2.4 NOMENCLATURA DA ROSCA 
Independentemente da sua aplicação, as roscas têm os mesmos elementos, variando 
apenas os formatos e dimensões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27 
 
2.5 TIPOS DE ROSCAS 
ROSCAS TRIANGULARES 
As roscas de perfil triangular são fabricadas segundo três sistemas normalizados: o sistema 
métrico ou internacional (ISO), o sistema inglês ou whitworth e o sistema americano ou 
Sellers. 
 
Rosca whitworth 
No SISTEMA WHITWORTH, as medidas são dadas em polegadas. Nesse sistema, o 
filete tem a forma triangular, ângulo de 55°, crista e raiz arredondadas. 
O passo é determinado dividindo-se uma polegada pelo número de filetes contidos em 
uma polegada. 
Os parafusos da rosca WHITWORTH são os mais conhecidos, universalmente adotados 
nas construções mecânicas e, por serem de perfil triangular,são empregados em 
parafusos e porcas de fixação. 
São designados pela inicial "W" ou "SW" que quer dizer WHITWORTH. 
Existem vários tipos de rosca WHITWORTH que são: normal ou grossa (NC), fina (NF), para 
tubos, rosca de gás. 
FORMULÁRIO DA ROSCA "WHITWORTH" 
Nomenclatura Símbol
o 
Fórmula 
Passo P 1/Nf 
Ângulo do filete  55° 
Altura do triângulo 
fundamental 
 
 
H 0,9604 x P 
Altura do filete H 0,6403 x P 
Raio de 
arredondamento 
R 0,1373 x P 
Diâmetro interno D1 D - 2 × 
H 
 
Rosca americana "SELLERS" 
No SISTEMA AMERICANO, as medidas são expressas em polegadas. O filete tem a forma 
triangular, ângulo de 60°, crista plana e raiz arredondada. 
Foi proposto por "William Sellers", da Filadélfia (USA), e aceita em 1846, como padrão 
das roscas Americanas. 
É utilizada na indústria automobilística. 
FORMULÁRIO DA ROSCA AMERICANA "SELLERS" 
Nomenclatura Símbolo Fórmula 
Passo P 1/Nf 
Ângulo do filete  60° 
Altura do triângulo 
fundamental 
H 0,86603 x P 
Altura do filete H 0,6495 x P = 
Achatamento interno 
e externo 
Fef 0,10825 xP = 
Altura dos truncados 
interno e externo 
T P/8 
Diâmetro interno D1 D – 2 ×H 
 
 
 28 
 FORMULÁRIO DA ROSCA MÉTRICA "ISO" 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Roscas de perfil trapezoidal 
Existem dois tipos de rosca trapezoidal: ACME (americana) e MÉTRICA. 
 A rosca ACME e a MÉTRICA têm seus perfis trapezoidais e são empregadas na transmissão 
de força e movimento nos dois sentidos. 
Seus filetes são formados por um trapézio isósceles e seus ângulos são de 29° para a rosca 
ACME para a rosca MÉTRICA.. 
 
 Fórmulas 
Nomenclatu
ra 
Sím-
bolo 
ACME MÉTRICA 
Passo P 1/Nf 25,4/Nf 
Ângulo 
do filete 
 29° 30° 
Altura 
do filete 
H 0,5 x P + a 0,5 x P + a 
Achatament
o externo 
f 0,3707 x P 0,366 x P 
Achatament
o interno 
F 0,3707 x P 
– b 
0,634xP-
0,536xH 
Diâmetr
o 
interno 
D1 De-2H 
 
ACME 
Passos até 10 fios/pol. 
a = 0,010" b = 0,052" 
Passos com mais de 10 fios/pol. 
a = 0,005" b = 0,026" 
MÉTRICA 
0,25mm para passos até 13 mm 
0,5mm para passos com mais de 13mm 
 
Rosca semi-trapezoidal 
As roscas semi-trapezoidais são empregadas nos parafusos destinados a transmitir 
força num só sentido e nos parafusos para madeira. Existem vários tipos de rosca 
trapezoidal com ângulos de 45°. Dentre esses tipos, estudaremos a rosca com perfil a 45°, 
que obedece ao sistema métrico, sendo a mais utilizada. 
A rosca semi-trapezoidal é formada por um triângulo truncado paralelamente ao eixo, a 
1/8 de altura do triângulo, tanto no vértice quanto no fundo do filete 
 
 
Nomenclatura Símbol
o 
Fórmula 
Passo P 25,4/Nf 
Ângulo do filete  60° 
Altura do triângulo 
fundamental 
h 0,86603 x P 
Altura do filete H 0,6134 xP 
Achatamento externo f 0,10825 xP= 
Raio de 
arredondamento 
r 0,14434xP= 
Diâmetro interno D1 D-2H 
 
a = 
 
 29 
FORMULÁRIO DA ROSCA SEMI-TRAPEZOIDAL À 45° 
 
Nomenclatura Símbolo Fórmula 
Passo P 1/Nf 
Ângulo do filete  45° 
Altura do filete H 0,750xP = 
Achatamento 
externo e interno 
FeF 0,125 xP = 
Diâmetro interno D1 D - 2×H 
 
 
Rosca quadrada 
A rosca quadrada é empregada nos órgãos de comando de máquinas, nos parafusos de 
morsas, nos macacos, etc. A rosca quadrada tem um perfil quadrado e portanto, o ângulo 
formado por seus filetes é igual a 90° 
 
FÓRMULÁRIO DA ROSCA QUADRADA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.6 Calibre para Ferramentas de Roscar 
 
 Escantilhões 
Os calibres para ferramentas de corte também chamados de escantilhões, se destinam a 
verificação dos ângulos das ferramentas usadas para o corte de roscas, bem como para a 
colocação da ferramenta em posição de trabalho. temos dois tipos de escantilhão, o primeiro 
com ângulo de 55° e o segundo com ângulo de 60°. 
Além dos ângulos, os escantilhões geralmente possuem escalas lineares em milímetros 
e meio milímetro, e ainda em polegada, dividida em 14,20, 24 e 32 partes. 
Estas escalas permitem a determinação do passo em milímetros ou do número de fios 
por polegada. 
 
 
 
 
 
Nomenclatura Símbolo Fórmula 
Passo P mm/pol. 
Ângulo  90° 
Altura do filete H 0,5 xP 
Espessura do filete e vão e/v 0,5 xP 
Diâmetro interno D1 D-2×H 
Largura da ferramenta Lf P÷2 
 
 
 
 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para a ferramenta de abrir rosca interna, o escantilhão deve ser colocado sobre uma 
chapa de metal perfeitamente plana, encostada sobre a peça casada que se deseja roscar. 
 
 
Escantilhão para ferramenta de abrir rosca SELLERS (padrão americano) e outro para 
ferramenta de abrir rosca trapezoidal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31 
 
Calibres de passos e perfis de roscas 
Quando se pretende saber, rapidamente, qual o perfil e o número de fios de uma 
rosca, emprega-se com vantagem o calibre de passos e perfis. É constituído de uma série 
de chapas reunidas em forma de canivete nas quais se encontram os perfis de diversos tipos 
de roscas. 
Cada uma dessas lâminas, de que se constitui tal tipo de calibre, tem gravado os números 
que indicam o n.° de fios por polegada ou o passo em milímetro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Calibres de roscas internas e externas 
Os calibres fixos para verificar roscas internas e externas baseiam-se no mesmo 
princípio dos lisos. 
Para roscas internas, o calibre é uma reprodução do parafuso com o qual trabalhará; e 
para verificar roscas externas usa-se uma porca-padrão. 
Entretanto, a qualidade de uma rosca não depende unicamente de uma dimensão, mas 
de várias condições interdependentes. O fato de ajustar-se o calibre à rosca verificada não é 
uma garantia de que suas dimensões estejam certas. 
A verificação de uma rosca, por meio de calibre fixo, satisfaz em todos os casos de 
parafusos de fixação sob a condição de que, entre o calibre e a peça, não apresente folga 
sensível. 
 
Calibre-padrão 
 
O calibre padrão de rosca é um parafuso curto, com perfil e dimensões de acordo com o 
padrão estabelecido. Às vezes, os primeiros filetes da rosca do calibre são interrompidos 
por um rasgo que serve para limpar a rosca a fim de que as possíveis impurezas não 
falsifiquem a verificação e prejudique a rosca calibrada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Geralmente, na outra extremidade da haste há ainda uma espiga cilíndrica lisa, que 
também serve para verificar o diâmetro da rosca. 
 
 
 
 
 
 
 32 
 
 
Calibre-anel 
Este tipo se apresenta sob a forma de um disco de pouca espessura, com rosca padrão, 
de apenas alguns fios, que facilita a percepção da folga entre essa rosca e a do parafuso . 
Às vezes, os anéis podem ser calibrados para um determinado ajuste, por meio de um 
parafuso de regulagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Calibre de boca progressiva para rosca 
Esses calibres tornam muito rápida a operação, não só porque não é necessário virar o 
calibre, como também esses não se "aparafusam" à peça. 
São geralmente em forma de ferradura e possuem dois pares de rodetes cilíndricos. 
Os rodetes cilíndricos podem possuir roscas ou sulcos circulares cujo o perfil e o passo são 
iguais ao do parafuso a verificar. 
O primeiro par é ajustável na distância que corresponde às dimensões máximas do parafuso 
("passa"), enquanto o outro com apenas alguns filetes ou sulcos é ajustado para as dimen-
sões mínimas do parafuso ("não passa") 
 
 
 
 
2.7 Caixa Norton 
Tem com a finalidade de evitar perda de tempo com os cálculos e na colocação de rodas 
na grade, os tornos de produção possuem caixas de engrenagens, localizadas entre a árvore e 
o fuso, na parte dianteira do cabeçote fixo, que por meio de combinações podem variar da 
transmissão entre a árvore e o fuso. 
A caixa NORTON ou caixa de mudança rápida, proporciona avanços mecânicos e passos 
de roscas com economia de tempo, pois é preciso apenas mudar a posição de certas 
alavancas que acionam uma série de engrenagens de cuja combinação depende o avanço 
do carro.33 
 
 
2.8 CÁLCULOS NECESSÁRIOS À CONFECÇÃO DE ROSCAS 
Medida do Passo e do Avanço 
O passo de uma rosca pode ser expresso tanto em polegadas quanto em milímetros. 
O número de fios (Nf) é o n° de filetes compreendidos em uma polegada (1" ou 25,4 mm) 
do comprimento da rosca. O número de fios pode ser determinado através do calibre de 
roscas laminar que compõe-se de diversas lâminas, nas quais encontram-se os perfis dos 
diversos tipos de roscas. 
Cada uma das lâminas tem gravada os números que indicam o número de filetes ou o 
passo em milímetro. 
 
P = 1__ , para polegadas. 
 Nf 
 
 
 25,4 , para milímetros. 
 Nf 
 
Cálculo da Largura da Ferramenta para Rosca Quadrada 
Sabemos que o passo da rosca quadrada é igual a soma de um filete mais um vão, e 
que sua unidade de medida é a polegada. 
A largura da borda da ferramenta deve ser exatamente igual a metade do passo. As 
fórmulas que nos dão a largura da ferramenta para a confecção dos parafusos de rosca 
quadrada são: 
Parafuso com uma entrada: Lf = P 
2 
Parafuso com mais de uma entrada: Lf = Av__ 
 2xNe 
 
Cálculo de avanço da Rosca 
 
AV= p x ne 
 
 
 
 
 
 
 
 
P = 
 
 34 
 
2.9 TABELAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TABELAS DE ROSCAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 35 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 36 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37 
 
CAPITULO 2 
 
2.10 EXERCÍCIOS - ROSCAS 
 
 
1-Com o mesmo diâmetro, ao se diminuir o passo, o esforço axial __________ . 
 
A) aumenta 
B) diminui 
C) não se altera 
D) pode aumentar ou diminuir 
E) inicialmente aumenta e logo depois diminui 
 
2-Pelo número de hélices independentes e paralelos, as roscas podem ser: 
 
A) direita ou esquerda 
B) simples ou comum 
C) simples ou multiplas 
D) simples ou compostas 
E) internas ou externas 
 
3-Qual tangente de inclinação do ângulo a ser dado na lâmina da ferramenta para se 
confeccionar uma rosca quadrada de 8 fios por polegada, cujo diâmetro externo mede 
3/4¨? 
 
A) 0,053 
B) 0,050 
C) 0,048 
D) 0,045 
E) 0,035 
 
 
4-O diâmetro interno em polegadas de uma rosca americana SELLERS de uma entrada, tendo 
10 
Fios por polegada e de 7/8¨de diâmetro externo mede: 
 
A) 0,4751 
B) 0,5147 
C) 0,7451 
D) 0,7541 
E) 0,8105 
 
5-Os ângulos de folga lateral das ferramentas de roscar, para rosca triangular são: 
 
A) 1ºe 8º 
B) 2ºe 7º 
C) 3ºe 7º 
D) 3ºe 8º 
E) 4ºe 5º 
 
6-Qual o ângulo de separação das entradas de uma rosca múltipla de 6 entradas? 
 
A) 30º 
B) 45º 
C) 60º 
D) 72º 
E) 120º 
 
 
 
 
 38 
7-Qual o ângulo de separação das entradas de uma rosca múltipla de 5 entradas? 
 
A) 30º 
B) 45º 
C) 60º 
D) 72º 
E) 120º 
 
 
8-Qual o ângulo de separação das entradas de uma rosca múltipla de 8 entradas? 
 
A) 30º 
B) 45º 
C) 60º 
D) 72º 
E) 120º 
 
 
9-Qual o ângulo de separação das entradas de uma rosca múltipla de 3 entradas? 
 
A) 30º 
B) 45º 
C) 60º 
D) 72º 
E) 120º 
 
10-Qual o ângulo de separação das entradas de uma rosca múltipla de 10 entradas? 
 
A) 30º 
B) 45º 
C) 60º 
D) 72º 
E) 120º 
 
11-Sendo o passo de uma rosca trapezoidal ACME igual a 5,08mm, a altura do filete medirá 
_______ 
milímetros. 
 
A) 1,5 
B) 1,69 
C) 2,32 
D) 2,75 
E) 2,79 
 
12-Sendo o passo de uma rosca SELLERS igual a 1/8¨, a altura do filete será de 
____________ 
polegadas. 
 
A) 0,055 
B) 0,061 
C) 0,063 
D) 0,081 
E) 0,093 
 
13-Qual o avanço, em polegadas de uma rosca quadrada de duas entradas, cujo passo mede 
1/16¨. 
 
A) 0,100 
B) 0,125 
C) 0,175 
D) 0,200 
E) 0,250 
 
 39 
 
14-Em um parafuso em que o passo e o avanço medem respectivamente 1/16¨e 3/16¨, a 
separação 
entre as entradas é de ___________ graus. 
 
A) 180º 
B) 160º 
C) 120º 
D) 90º 
E) 45º 
 
15-Sabendo-se que a altura de uma rosca semi-trapezoidal mede 3/8¨, o seu passo medirá 
_________ 
milímetros. 
 
A) 19,05 
B) 17,05 
C) 13,70 
D) 13,25 
E) 12,70 
 
16-Se o diâmetro externo de um parafuso de rosca WHITWORTH é igual a 3/4¨, seu número 
de fios 
é igual a 1º e seu perfil triangular. Qual será o diâmetro da broca para fazer o furo da porca? 
 
A) 5/8 
B) 3/4 
C) 3/8 
D) 3/16 
E) 5/32 
 
 
17-O passo de uma rosca trapezoidal métrica é igual a 2,54mm. A altura do filete dessa 
rosca é igua 
a _____________ milímetros. 
 
A) 1,02 
B) 1,27 
C) 1,52 
D) 2,50 
E) 2,77 
 
18-As alavancas da caixa NORTON acionam uma série de engrenagens, cuja combinação 
aumenta 
ou diminui: 
 
A) o avanço do carro 
B) a velocidade dos carros transversal e superior 
C) o passo 
D) a rotação da árvore do torno 
E) o comprimento da rosca 
 
19-A inclinação de uma lâmina para abrir uma rosca múltipla de 3 entradas, cujo passo mede 
3,14mm e o diâmetro externo mede 30mm, é de: 
 
A) 3º ou seja (tangente 0,052408) 
B) 4º ou seja (tangente 0,069927) 
C) 5º ou seja (tangente 0,087489) 
D) 6º ou seja (tangente 0,105104) 
E) 7º ou seja (tangente 0,122785) 
 
 
 
 40 
 
20- Parte considerada útil em uma rosca que é compreendida entre o sulco de dois vãos: 
 
A) flancos 
B) crista 
C) filete 
D) perfil 
E) fundo 
 
21-São as paredes laterais do filete das roscas. 
 
A) flancos 
B) crista 
C) filete 
D) perfil 
E) fundo 
 
 
22-Corresponde ao diâmetro externo menos duas alturas: 
 
A) diâmetro médio 
B) diâmetro interno 
C) altura da rosca 
D) diâmetro externo 
E) fundo 
 
23-Chama-se também diâmetro do flanco: 
 
A) diâmetro médio 
B) diâmetro interno 
C) altura da rosca 
D) diâmetro externo 
E) fundo 
 
24-Para se resolver o problema de se manterem unidas várias peças, podendo se desfazer 
essas 
Uniões a qualquer momento, sem causar danos as peças utilizadas, foram criadas as: 
 
A) roscas de fixação 
B) roscas trapezoidais 
C) roscas de movimento 
D) uniões roscadas 
E) roscas de força 
 
25) Associe a segunda coluna de acordo com a primeira, e marque a opção correta. 
 
1-transmite força nos dois sentidos ( ) caixa norton 
2-distância entre dois filetes consecutivos ( ) método mais preciso 
3-empregada nos orgãos de transmisão de máquinas ( ) rosca trapezoidal 
4-tem como finalidade evitar perca de tempo com ( ) passo 
cálculos e montagem de rodas 
5-roda condutora montada na grade do torno ( ) força e movimento 
 
A) 4,5,1,2,3 
B) 4,2,1,3,1 
C) 5,3,4,2,1 
D) 4,5,3,1,2 
E) 5,1,4,2,3 
 
 
 
 
 
 41 
 
26) Associe a segunda coluna de acordo com a primeira, e marque a opção correta. 
 
1-deslocamento axial ( ) 0.6403 x P 
2-zona entre o filete e vão, tem larguras iguais ( ) trapezoidal 
3-altura da rosca whitworth ( ) avanço 
4-existem dois tipos: ACME E MÉTRICA ( ) diâmetro médio 
5-geralmente possui escalas lineares em milímetros ( ) calibre de passo e perf 
e meio milímetros 
 
A) 3,5,1,2,3 
B) 3,2,1,4,5 
C) 3,3,4,2,1 
D) 3,5,3,2,1 
E) 3,4,1,2,5 
 
 
27) Associe a segunda coluna de acordo com a primeira, e marque a opção correta 
 
1-altura da rosca SELLERES ( ) 1/NF 
2-largura da ferramenta QUADRADA ( ) 0.750 x P 
3-passo ( ) 0,5 x P + a 
4-altura da rosca SEMI-TRAPEZOIDAL ( ) P/2 
5-altura da rosca TRAPEZOIDAL MÉTRICA ( ) 0.6495 x P 
 
A) 3,4,5,2,1 
B) 3,2,5,4,1 
C) 3,5,4,2,1 
D) 3,5,3,2,1 
E) 3,4,5,2,1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 42 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
Bibliografia Básica 
DINIZ, Anselmo Eduardo; MARCONDES, Francisco Carlos; COPPINI, Nivaldo Lemos. 
Tecnologia da usinagem dos materiais. 6. ed. São Paulo: Artliber, 2008. 
FERRARESI, Dino. Usinagemdos metais. São Paulo: Edgard Blucher, 2006. 
SANTOS, Sandro Cardoso; SALES, Wisley Falco. Aspectos tribológicos da usinagem dos 
materiais. São Paulo: Artliber, 2007. 
 
Bibliografia Complementar 
GORGON, Tadeo Victor. Manual de cálculo dos tempos da usinagem dos metais. São 
Paulo: Livraria Ciência e Tecnologia Editora, 1981. 
MACHADO, Alisson Rocha et al. Teoria da usinagem dos materiais. São Paulo: Blucher, 
2009. 
NOVASKI, Olívio. Custos de usinagem. Campinas: UNICAMP, 1991. 
SANTOS, Aldeci Vieira dos et al. Usinagem em altíssimas velocidades: como os conceitos 
HSM/HSC podem revolucionar a indústria metal-mecânica. São Paulo: Érica, 2003. 
WITTE, Horst. Máquinas ferramentas: elementos básicos de máquinas e técnicas de 
construção: funções, princípios e técnicas de acionamento em máquinas-ferramenta. São 
Paulo: Hemus, 1998.

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