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Livro Prática Contábil II

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01 Escrituração de operações financeiras:
empréstimos, financiamentos e
arrendamentos.
Para levantar as Demonstrações Contábeis é necessário previamente, que sejam
escrituradas as operações das entidades e de acordo com o método das partidas
dobradas, toda aplicação de recursos deve ter uma respectiva origem por isso vamos
estudar no presente capítulo a escrituração de operações financeiras, como
empréstimos, financiamentos e arrendamentos.
Mas antes de escriturar cada uma dessas operações de crédito, vamos entender um
pouco mais sobre a diferença entre elas:
Empréstimos
As operações de empréstimo, tem como característica fundamental o fato de que o
recurso não precisa ter destinação específica. Podemos exemplificar como o
empréstimo pessoal, o empréstimo consignado, o cheque especial, o cartão de crédito,
entre outros. Por envolver menos formalidades do que um financiamento a liberação do
empréstimo, costuma ter menor grau análise e ser mais rápida, inclusive algumas
instituições financeiras , pode dispensar a necessidade da apresentação de uma
garantia. Normalmente as taxas de juros são maiores e os prazos não tão longos quanto
as operações de financiamento.
Financiamentos.
Os financiamentos são caracterizados pela destinação específica dos recursos
financeiros sendo inclusive especificados em contrato. Podemos ilustrar os
financiamentos dos seguintes produtos creditícios: os financiamentos imobiliários,
industriais e rurais, onde inclusive o próprio bem financiado pode servir de garantia,
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tornando a operação mais segura para a instituição financeira e com uma taxa de juros
menor para o tomador. As regras para sua concessão são mais rigorosas, e os
procedimentos, mais detalhados. Em linhas gerais, as instituições financeiras realizam a
análise da capacidade financeira do tomador do crédito, a avaliação do bem a ser
adquirido e, eventualmente, de outras garantias oferecidas por este proponente.
Arrendamentos.
Nessas operações, a propriedade do bem arrendado fica com a arrendadora, que
concede o direito de uso desse bem ao arrendatário (cliente) durante o prazo do
contrato. Entretanto alguns contratos de arrendamento mercantil, podem ofertar a opção
de compra do bem por parte do arrendatário ao final do contrato. Existe ainda a
possibilidade de renovar o contrato por um período adicional ou de devolver o bem ao
final do contrato.
Por isso existem os arrendamentos "financeiros" e "operacionais". De forma simplificada,
o contrato de arrendamento financeiro, se assemelha a uma operação de financiamento,
por abranger a quase totalidade do valor do bem, como consta a opção de compra ao
final do contrato, normalmente o arrendatário normalmente opta pela aquisição do bem
ao final do contrato. No contrato de arrendamento operacional, a similaridade da
operação é com um contrato de locação, e é mais utilizado quando o cliente não
pretende, pelo menos em princípio, adquirir o bem, pois só o necessita temporariamente
ou deseja trocá-lo por um modelo mais moderno assim que possível.
Como base normativa, e de forma a dar mais profundidade para estudos, das operações
de arrendamento recomendamos a leitura do CPC 06 (R2) que versa sobre os
Arrendamentos.
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Ondulado
Contabilizando Empréstimos e Financiamentos
As operações de Empréstimos e Financiamentos podem ser em moeda nacional ou em
moeda estrangeira (mas se o caso, devem observar as regras especificas de conversão
de moedas) e têm por finalidade a obtenção de recursos financeiros para a manutenção
ou expansão das atividades operacionais de uma entidade.
No Balanço Patrimonial, os Empréstimos e Financiamentos são compostos pelas
seguintes contas do passivo, pois tratam-se de obrigações futuras que a entidade
assume:
● Passivo Circulante (Curto Prazo)
Empréstimo e Financiamentos de Curto Prazo
(-) Custos a amortizar de Curto Prazo
(-) Encargos financeiros a transcorrer de curto prazo
Juros a Pagar
● Passivo Não Circulante (Longo Prazo)
Empréstimo e Financiamentos de Longo Prazo
(-) Custos a amortizar de Longo Prazo
(-) Encargos financeiros a transcorrer de Longo prazo
Juros a Pagar
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Ondulado
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Ondulado
Importa destacar que, como as contas do passivo tem sua natureza credora, as contas
com o sinal (-) são retificadoras e portanto tem sua natureza devedora.
Cabe destacar a seguinte explicação para segregação entre empréstimos de curto e
longo prazo os empréstimos e financiamentos contratados, cujo prazo de pagamento
seja superior ao encerramento do exercício social seguinte, deverão ser contabilizados
primeiramente como a longo prazo, assim, quando o período a até o vencimento da
dívida for inferior ao encerramento do exercício social seguinte, a dívida deverá ser
reclassificada para o Passivo Circulante.
De outra forma, quando empréstimos e financiamentos serão amortizados em parcelas
mensais, é necessário, para fins de escrituração contábil fazer a segregação entre as
parcelas e respectivos encargos que serão pagas no curto prazo, e registrá-las no
Passivo Circulante, e as parcelas e respectivos encargos que serão liquidadas apenas
após o encerramento do exercício social seguinte, sendo contabilizadas, portanto, no
Passivo Não Circulante.
Vamos agora ilustrar um determinado tipo de operação de empréstimo:
A empresa SJC Ltda contratou no dia 31/12/X0, um empréstimo junto ao Banco MBP no
montante de R $100.000,00 que será pago em parcela única em 12 meses, ou seja a
data da liquidação da dívida será 31/12/X1. A taxa de juros contratual é de 6% ao ano,
mais inflação (juros pós-fixados). Dado que a taxa de inflação do período de vigência foi
de 5%. Vamos demonstrar os lançamentos contábeis para aquisição do empréstimo e
liquidação:
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Seta
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Retângulo
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Seta
a. Contratação do empréstimo (31/12/X0):
Débito ‒ Caixa/Bancos
Crédito ‒ Empréstimos e Financiamentos ‒ Curto Prazo….R$ 100.000,00
b. Liquidação da dívida (31/12/X1):
Débito ‒ Despesa financeira (juros e variação monetária).......R$ 11.300,00
Crédito ‒ Juros a pagar de empréstimos e financiamentos…..R$ 11.300,00
Neste primeiro lançamento estamos levando à resultado os juros e segregando ele na
conta do passivo circulante.
Débito ‒ Empréstimos e Financiamentos ‒ Curto Prazo......R$ 100.000,00
Débito ‒ Juros a pagar de empréstimos e financiamentos...R$ 11.300,00
Crédito - Caixa / Bancos …………………………………….R$ 113.000,00
Agora vamos simular o mesmo empréstimo com uma taxa prefixada onde o contratante
já sabe antecipadamente qual a taxa de juros que irá pagar, vamos colocar uma taxa de
juros de 12% ao ano, nesse caso a empresa recebe o valor líquido, ou seja a empresa
SJC receberia R$ 89.286,00
a. Contratação do empréstimo (31/12/X0):
Débito ‒ Caixa/Bancos………………………………...………..R$ 89.286,00
Débito ‒ Encargos financeiros a transcorrer……….……….…R$ 10.714,00
Crédito ‒ Empréstimos e Financiamentos…………………….R$ 100.000,00
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Máquina de escrever
CURTO PRAZO
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Seta
b. Liquidação da dívida (31/12/X1):
Débito ‒ Despesa de juros……………………………………….R$ 10.714,00
Crédito – Encargos financeiros a transcorrer………………....R$ 10.714,00
Débito – Empréstimos e Financiamentos……………………...R$ 100.000,00
Crédito ‒ Caixa/Bancos………………………………………….R$ 100.000,00
Arrendamento Mercantil
O arrendamento mercantil, assemelha-se bastante a um contrato de aluguel, e por não
transferir os riscos e benefícios daquele ativo para o arrendatário, ou seja todo o custo
de manutençãoé do arrendador e deve ser reconhecido como despesa mensalmente,
durante o prazo do arrendamento mercantil.
Podemos contabilizar um arrendamento mercantil apenas direcionando o recurso para a
despesa
a. Provisão do arrendamento:
Débito – Despesa de arrendamento mercantil (Conta de resultado)
Crédito – Contas a pagar (Passivo Circulante)
b. Pagamento do arrendamento:
Débito – Contas a pagar (Passivo Circulante)
Crédito – Caixa/Bancos (Ativo Circulante – disponibilidades)
Arrendamento Financeiro
Qualquer empresa arrendatária, que optar por contratar um arrendamento financeiro
deve ativar o bem adquirido em seu imobilizado visto que é de sua responsabilidade o
ônus e o bônus daquele bem também deverá reconhecer sua dívida perante a
arrendadora, importa destacar ainda que tal ativo oriundo desse contrato deve ser
depreciado pela sua vida útil, independente do prazo do contratual),
Os pagamentos das prestações mensais do arrendamento mercantil financeiro se
caracterizam como amortização de dívida, assim sendo são uma obrigação no passivo,
deve-se apropriar os encargos financeiros conforme o regime de competência.
Assim, vamos supor que a empresa SJC contratou um arrendamento financeiro de uma
máquina para seu parque fabril no valor de R$ 30.000,00, em 24 meses, com o valor da
parcela de R$ 1.500,00.
Vamos contabilizar o processo :
Débito – Máquinas e Equipamentos – Arrendamento Mercantil (Ativo Não
Circulante-Imobilizado).......................................................... R$ 30.000,00
Débito – Encargos Financeiros a Apropriar (Conta Redutora-Passivo
Circulante)................................................................................R$ 3.000,00
Débito – Encargos Financeiros a Apropriar (Conta Redutora-Passivo Não
Circulante)...............................................................................R$ 3.000,00
Crédito – Arrendamento Mercantil a Pagar (Passivo
Circulante)............................................................................. R$ 18.000,00
Crédito – Arrendamento Mercantil a Pagar (Passivo Não
Circulante)............................................................................. R$ 18.000,00
Pela apropriação mensal dos encargos:
Débito – Encargos Financeiros (Conta de Resultado)................R$ 250,00
Crédito - Encargos Financeiros a Apropriar (Conta Redutora – Passivo
Circulante)...............................................................................R$ 250,00
Pelo Pagamento Mensal :
Débito – Arrendamento Mercantil a Pagar (Passivo Circulante) R$ 1.500,00
Crédito – Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante).............. R$ 1.500,00
Depreciação do Bem (Vida útil econômica)
Débito – Depreciação (Conta de Resultado)
Crédito – Depreciação Acumulada de Máquinas e Equipamentos – Arrendamento
Mercantil
02.Princípios e Conceitos alinhados a
Estrutura Conceitual para Relatório
Financeiro
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi criado em 2005, por meio da
Resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) no 1.055/05 e é composto
pelas seguintes entidades:
● Associação Brasileira das Companhias Abertas - ABRASCA.
● Associação dos Analistas e Profissionais do Mercado de Capitais - APIMEC
● Bolsa Brasil Balcão - B3
● Conselho Federal de Contabilidade - CFC
● Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras - FIPECAFI
● Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - IBRACON
O objetivo do CPC é o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos
sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza,
para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira (CFC, CVM,
Susep e Bacen, por exemplo), visando à centralização e uniformização do seu processo
de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos
padrões internacionais.
O CPC possui uma série de pronunciamentos contábeis, que podemos citar como
exemplo o CPC 00 (Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro), e o CPC PME
(Contabilização para Pequenas e Médias Empresas com Glossário de Termos).
A estrutura conceitual constante no CPC 00, que é a base desse capítulo, guarda a
normativa basilar e estrutural para emissão de relatórios financeiros, mas além disso a
estrutura conceitual tem ainda as seguintes funções: difusão das Normas Internacionais
de Contabilidade (IFRS) através da disseminação de conceitos contábeis consistentes;
auxílio àqueles que elaboram os relatórios financeiros para desenvolver políticas
contábeis consistentes quando não se tem outro pronunciamento de referência além de
auxiliar todos os interessados no entendimento e interpretação dos demais
Pronunciamentos.
Objetivo, utilidade e limitações do relatório financeiro para fins gerais
A razão para o levantamento de um conjunto de demonstrações contábeis, que a norma
chama de relatório financeiro para fins gerais, é basicamente simples, fornecer
informações sobre determinada empresa para os seus interessados, que podem ser,
credores, órgãos governamentais, investidores e demais tomadores de decisão.
Cabe aqui destacar que os relatórios financeiros para fins gerais não se destinam a
apresentar o valor da empresa que divulga, mas fornecem informações para auxiliar
investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, a
estimar o valor da entidade que reporta.
Outro conceito fundamental é o de usuários primários individuais, que são a grande
maioria dos usuários dos relatórios financeiros, e possuem necessidades e desejos de
informação múltiplos. O Comitê de Pronunciamentos Contábeis ao desenvolver os
Pronunciamentos, busca fornecer um conjunto de informações que atenda às
necessidades do maior número de principais usuários. Contudo, concentrar-se em
necessidades de informação ordinárias não impede que a entidade que reporta inclua
informações adicionais que sejam mais úteis para um outro grupo específico de usuário
com necessidades mais específicas.
Relatórios financeiros, também fornecem informações sobre a posição financeira e
econômica da empresa que divulga, além de fornecer ainda informações sobre os
efeitos de transações e outros eventos que possam modificar a dinâmica financeira
econômica.
É nesse ponto que está centrado um dos pilares da contabilidade que é o Regime de
Competência, que reflete os efeitos de transações e outros eventos da entidade que
reporta nos períodos em que esses efeitos ocorrem,ainda que os pagamentos e
recebimentos à vista resultantes ocorram em período diferente.
Características Qualitativas De Informações Financeira
As características qualitativas de informações financeiras são os tipos de informações
que tendem a ser mais úteis para que os usuários possam tomar decisões sobre a
entidade que reporta com base nas informações contidas em seu relatório financeiro.
As informações financeiras para cumprir seu papel, elas devem ser relevantes e
representar fidedignamente aquilo que pretendem representar, o grau de utilidade dos
relatórios financeiros pode ser aumentada se forem comparáveis, verificáveis,
tempestivas e compreensíveis.
Perceba, portanto, que há divisão das informações financeiras úteis em fundamentais e
de melhoria, vamos falar um pouco sobre cada uma delas, iniciando pelas
características fundamentais.
Relevância : Só é informação útil a que faz diferença para o usuário. ser relevante
significa que o relatório deve conter informação com capacidade de influenciar decisões,
e essa influência só ocorre se as informações tiverem valor preditivo ou valor
confirmatório, ou ambos.
Valor preditivo são informações que podem ser utilizadas pelos usuários para estimar
resultados futuros, já valor confirmatório é aquele tipo de informação que confirma ou
altera estimativas anteriores.
Representação Fidedigna : Além de ser relevante a informação financeira deve refletir a
realidade de forma fiel e para representação perfeitamente fidedigna, a realidaderetratada precisa ter três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erros.
Agora vamos estudar as características de melhoria, aquelas que aumentam a qualidade
da informação financeira:
Comparabilidade : Comparabilidade é a característica qualitativa que permite aos
usuários identificar e compreender similaridades e diferenças entre itens. Diferentemente
das outras características qualitativas, a comparabilidade não se refere a um único item.
A comparação exige, no mínimo, dois itens, que é o caso quando publicamos os
relatórios financeiros referente a dois exercícios.
Capacidade de Verificação : Significa que diferentes observadores bem informados com
as informações disponíveis, ainda que independentes podem chegar ao consenso,
embora não a acordo necessariamente completo, de que a representação específica é
representação fidedigna.
Tempestividade : É o fato de disponibilizar informações aos tomadores de decisões a
tempo para que sejam capazes de influenciar suas decisões. De modo geral, quanto
mais antiga a informação, menos útil ela é.
Compreensibilidade : A correta classificação, caracterização e apresentação auxilia na
compreensão das informações do reporte financeiro.
Demonstrações Contábeis
Antes de citarmos os conceitos sobre as demonstrações contábeis, importa explicar
sobre a Premissa da Continuidade, pois todas as demonstrações contábeis são
normalmente elaboradas com base na suposição de que a entidade que divulga está em
continuidade operacional e continuará em operação no futuro previsível, caso exista
essa intenção ou necessidade, as demonstrações contábeis podem ter que ser
elaboradas em base diferente.
O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações financeiras sobre os
ativos, passivos, patrimônio líquido, receitas e despesas e que estas sejam úteis aos
usuários das demonstrações contábeis na avaliação das perspectivas para futuros fluxos
de entrada de caixa líquidos para a entidade que reporta e na avaliação da gestão de
recursos da administração sobre os recursos econômicos da entidade.
São a fonte dessas informações:
(a) o balanço patrimonial, pelo reconhecimento de ativos, passivos e patrimônio líquido;
(b) a demonstração do resultado ao reconhecer receitas e despesas; e
(c) em outras demonstrações e notas explicativas
Conforme já dito, em aderência a característica de comparabilidade as demonstrações
contábeis também devem conter informações comparativas de, pelo menos, um período
de relatório anterior.
Os elementos das demonstrações contábeis definidos no CPC 00 são os seguintes :
(a) ativos, que são recursos econômicos controlados pela entidade como resultado de
eventos passados e do qual se espera que resultem benefícios econômicos futuros.
(b) passivos são obrigações presentes da entidade de transferir um recurso econômico
como resultado de eventos passados.C
c) patrimônio líquido, participação residual nos ativos da entidade após a dedução de
todos os seus passivos..
(b) receitas e despesas, que se referem ao desempenho financeiro da entidade que
reporta.
Conhecer as definições é fundamental para classificação e reconhecimento, afinal
somente itens que atendem à definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido devem
ser reconhecidos no balanço patrimonial, e somente itens que atendem à definição de
receitas ou despesas devem ser reconhecidos na demonstração do resultado.
O reconhecimento é o processo de entendimento das informações e inclusão no balanço
patrimonial (BP), na demonstração do resultado do exercício (DRE), resumidamente é
reconhecer o valor contábil, classificá-lo e inseri-lo no seu devido lugar na demonstração
financeira.
Para inserir uma informação nas demonstrações é necessário mensurá-la em valor
monetário para isso existem conceitos sobre a mensuração que é dada mediante ao
custo histórico do ativo ou do passivo e suas respectivas receitas e despesas, sendo
assim, utilizam o preço da transação ou outro acontecimento (evento) que deu origem ao
dado registrado, também pode ser registrado pelo valor de mercado e a chave de
escolha é o que for de menor valor.
Princípios Contábeis
Antes dos conceitos constantes na Estrutura Conceitual o arcabouço para levantamento
das demonstrações financeiras era a Resolução CFC n. 750/93, versava sobre os
Princípios Fundamentais de Contabilidade, que eram a saber :
Entidade; o princípio da entidade versava que o patrimônio da entidade não se confunde
com o patrimônio dos sócios
Continuidade; afirmava que as demonstrações contábeis devem ser levantadas com a
expectativa de que a entidade seguisse sua marcha operacional
Oportunidade; os registros contábeis devem ser registrados sempre que ocorridos de
forma tempestiva.
Registro pelo Valor Original; as transações devem ser registradas pelo valor original, em
moeda corrente nacional
Competência; “As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado
do período período em que ocorrerem, ocorrerem, sempre simultaneamente
simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou
pagamento
Prudência; O Princípio Princípio da Prudência Prudência determina determina a adoção
do menor valor para os componentes do Ativo e do maior para os do Passivo,
Os princípios contábeis exerceram um papel importante na história da contabilidade do
Brasil e como podemos ver, eles ainda estão presentes dentro da estrutura conceitual do
CPC 00, ainda que não tenham o mesmo nome, mas seu legado é perfeitamente
identificável.
03. Escrituração Folha de pagamento e
encargos.
Inicialmente precisamos deixar claro que não existe padronização para a elaboração da
folha de pagamento, cabendo às empresas, a adoção de critérios que melhor atendam
suas necessidades, que além de suportar eventuais fiscalizações, também devem
auxiliar no relacionamento com seus empregados e demonstrar informações para
gestão.
Entretanto cabe destacar que ainda não tenha nenhum modelo oficial, algumas
informações são obrigatórias como o agrupamento por categoria como segurados
empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais; a discriminação do nome
do empregado; o cargo, função ou serviço prestado; identificar as seguradas em gozo de
salário maternidade; as cotas de salário família; todas as verbas que compõem a
remuneração, tais como salário, horas extras, adicional noturno, de periculosidade e de
insalubridade etc., e as verbas que não integram a remuneração como as diárias, ajuda
de custo etc.; os descontos permitidos; e, o valor líquido que os empregados receberão.
Proventos
Após entendermos alguns aspectos obrigatórios na constituição da folha de pagamento,
vamos, brevemente, demonstrar alguns conceitos dentro das remunerações constantes
em uma folha de pagamento.
O primeiro componente de uma folha de pagamento é o salário que é a parcela principal
devida ao empregado pela prestação de um contrato de trabalho, aqui precisamos
explicar que além do salário como contraprestação de um contrato de trabalho existe a
obrigatoriedade do 13o salário, que é devido a todos os empregados e deve pago em 2
parcelas, sendo primeira parcela deve ser paga entre os meses de fevereiro e novembro
de cada ano e a segunda, até o dia 20 de dezembro.
Seu valor corresponde a 1/12 da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço
do ano correspondente, considerando-se mês integral a fração igual ou superior a 15
dias de trabalho no mês civil.
Portanto, o empregado terá seu direito ao 13o salário diminuído em 1/12 por mês,
referente àqueles em que não tenha adquirido pelo menos 15 dias de remuneração, em
decorrência de faltas injustificadas.
Mas existem outros pagamentos que uma empresa faz um colaborador, para isso
usamos o termo remunerações que é a soma do salário contratualmente estipulado, com
outras vantagens financeiras durante contrato trabalho podemos citar como exemplos :
comissões, percentagens, gratificações ajustadas, gorjetas e abonospagos pelo
empregador.
Em qualquer contrato de trabalho o seu objetivo deve ser segregado em horas
trabalhadas, quando o trabalhador tiver que trabalhar mais que tais horas ele faz jus às
horas extras, que em situação normal do trabalho, para os empregados em qualquer
atividade privada, não deve exceder a 8 horas diárias e 44 horas semanais. Havendo
necessidade, a duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas
suplementares, em número não excedente de 2 horas, mediante acordo escrito entre
empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.
Qualquer empregado urbano, que tiver que realizar atividade laboral no período noturno,
terá direito ao adicional de 20% sobre o salário-hora diurno. Trabalho noturno urbano é
aquele executado entre as 22 horas de um dia e às 5 horas do dia seguinte.
Já quando o trabalhador tiver que por condição de trabalho se expor à atividades
perigosas, que impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do
trabalhador a inflamáveis, explosivos, energia elétrica, roubos e outras espécies de
violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial este
trabalhador faz jus ao adicional de periculosidade que é um adicional de 30% sobre o
salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos
lucros da empresa.
A atividade de trabalho em condições insalubres, que podem expoor os empregados a
agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza,
intensidade do agente e o tempo de exposição aos seus efeitos, assegura a percepção
de adicional respectivamente de 40% do salário mínimo da região para o grau máximo,
de 20% para o grau médio e de 10% para o grau mínimo.
Descontos
Se por um lado existem os proventos, quando se trata de folha de pagamento, o artigo
462 da CLT pauta os descontos no salário do empregado, desde que haja dispositivos
de lei ou de contrato coletivo. Os descontos permitidos por lei são: adiantamentos,
previdência social, imposto de renda na fonte, contribuição sindical, pensão alimentícia e
vale transporte.
Também existem descontos autorizados pelos empregados, devendo estes ser escrito
para integrar o empregado em planos de assistência odontológica, médico hospitalar, de
seguro, de previdência privada, ou de entidade cooperativa.
Vamos analisar os descontos permitidos
As empresas podem, caso seja da vontade do colaborador descontar, da folha de
pagamento de seus empregados relativa ao mês de março de cada ano, a contribuição
sindical e repassar tais valores ao respectivo sindicato no mês de abril do ano corrente.
A contribuição sindical será recolhida, de uma só vez, anualmente, e consistirá na
importância correspondente à remuneração de 1 dia de trabalho, para os empregados,
qualquer que seja a forma da referida remuneração.
A empresa que desejar conceder o vale-transporte está autorizada a descontar
mensalmente do empregado a parcela equivalente até 6% de seu salário básico ou
vencimento, excluídos quaisquer vantagens ou adicionais.
Pensão alimentícia é o desconto compulsório incidente sobre a remuneração de um
trabalhador, em quantia fixada pelo juiz para prestação de alimentos para manutenção
dos filhos e ou do outro cônjuge em conformidade com o Direito de Família. Portanto, é
o Judiciário, diante da análise do caso concreto, poderá estabelecer as bases de
cálculos para o desconto da pensão alimentícia sobre remuneração bruta ou líquida do
empregado, mas de forma geral é a remuneração excluída dos descontos de
previdência social, devendo ser paga na conta apontada pelo juiz.
Cada empregado é obrigado a contribuir com a previdência social. A devida contribuição
previdenciária é descontada diretamente da folha de pagamento do empregado e o
percentual aplicado varia de acordo com a faixa salarial de cada empregado, vamos
usar a tabela abaixo mas recomenda-se que verifique a atualização da tabela.
salários até R$ 1.039 – 7,5%;
salários de R$ 1.039 até R$ 2.098,60 – 9%;
salários de R$ 2.098,61 até R$ 3.134,40 – 12% e;
salários de 3.134,41 até R$ 6.101,06 contribuirá com 14%.
E por último Imposto de Renda Retido na Fonte é um imposto que possui um
comportamento variável que depende o valor bruto do salário que o empregado recebe,
também devemos ter atenção na forma de cálculo,
As faixas que utilizaremos como referência são :
até R$1.903,98: isenção;
1ª faixa: 7,5% para bases de R$ 1.903,99 a R$ 2.826,65;
2ª faixa: 15% para bases de R$ 2.826,66 a R$ 3.751,05;
3ª faixa: 22,5% para bases de R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68;
4ª faixa: 27,5% para bases a partir de R$ 4.664,69.
O imposto de acordo com a alíquota da sua base de cálculo, é deduzido um valor
padrão, o que permite obter o valor final do imposto. Cada faixa de tributação tem uma
dedução definida, da seguinte forma:
1ª faixa: R$ 142,80;
2ª faixa: R$ 354,80;
3ª faixa: R$ 636,13;
4ª faixa: R$ 869,36.
Mostramos abaixo a apuração imposto de renda retido na fonte
Salário de R$ 2.250,41 x 7,5% = R$ 168,78;
Diminuído o valor encontrado da faixa de isenção
R$ 168,78 – R$ 142,80 = R$ 25,98 de IR a ser retido na fonte
Encargos da Empresa
Ainda que não seja o foco principal do capítulo, também vamos passar brevemente
sobre a parte das empresas na folha de pagamento, a primeira é a previdência social
cota patronal, as empresas devem contribuir com a Previdência Social, com 20% sobre
o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas a qualquer título, durante o mês.
Algumas atividades têm um fator de Risco Ambiental do Trabalho -RAT e por isso que
esse fator é uma contribuição previdenciária patronal cujo percentual leva em conta os
riscos da atividade que o colaborador exerce na empresa. O RAT tem uma alíquota que
pode variar de 1 a 3%, conforme o risco ambiental do trabalho – leve, médio ou grande.
As empresas também estão obrigadas a efetuar o recolhimento destinado a outras
entidades como por exemplo, INCRA, SENAR, SESC, SESCOOP, entre outros sobre a
remuneração de terceiros.
FGTS
As empresas estão obrigadas a depositar, a seu cargo, em conta bancária vinculada, a
importância correspondente a 8% da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a
cada trabalhador a título de Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Estrutura de Contabilização
Após entendermos como é a estrutura de uma folha de pagamento, vamos agora
entender a contabilização em suas etapas individuais, através dos mecanismos de
débito e crédito:
1. Reconhecimento na despesa pela remuneração.
D - Despesas de folha de pagamento (Conta de Resultado)
C - Salários, remunerações a pagar (Passivo Circulante)
2. Pelo pagamento da remuneração:
D - Salários, remunerações a pagar (Passivo Circulante)
C - Caixa/Bancos (Ativo Circulante)
C - IRRF a recolher - Empregado (Passivo Circulante)
C - INSS a recolher - Empregado (Passivo Circulante)
3. Após este processo vamos registrar os descontos, do vale-transporte,
contribuição sindical, vale refeição, assistência médica, etc.
D - Salários, remunerações a pagar (Passivo Circulante)
C - Vale-transporte (Conta de Resultado)
a. Adiantamentos
D - Salários, remunerações a pagar (Passivo Circulante)
C - Adiantamento de Salários (Ativo Circulante)
C - Adiantamento de Férias (Ativo Circulante)
C - Adiantamento de 13º Salário (Ativo Circulante)
4. Contribuição Previdenciária
D - INSS a Recolher - Empregado (Passivo Circulante)
C - Salários e Ordenados a Pagar (Passivo Circulante)
5. Pelo FGTS incidente sobre a folha de pagamento:
D - FGTS sobre folha de pagamento (Conta de Resultado)
C - FGTS a recolher - Empresa (Passivo Circulante)
6. Pelo pagamento do IRRF a recolher:
D - IRRF a recolher - Empregado (Passivo Circulante)
C - Caixa/Bancos (Ativo Circulante)
7. Registro do pagamento da contribuição ao INSS
D - INSS a recolher - Empresa (Passivo Circulante)
C- Caixa/Bancos c/ Movimento (Ativo Circulante)
8. Registro do pagamento do FGTS
D - FGTS a Recolher -Empresa (Passivo Circulante)
C - Caixa/Bancos c/ Movimento (Ativo Circulante)
04. Ativo Imobilizado, CIAP e seus
Controles
Neste capítulo vamos abordar, especificamente as definições, controles válidos para os
ativos fixos de uma empresa, também conhecidos como Ativo Imobilizado, a normativa
principal para esse capítulo é o Pronunciamento 27 do Comitê de Pronunciamentos
Contábeis, que desde já recomendamos fortemente a leitura.
O objetivo do Pronunciamento Técnico 27 é estabelecer um tratamento contábil para
ativos imobilizados da entidade, deixando de forma clara para os usuários de suas
demonstrações contábeis, as informações sobre os investimentos da entidade em seus
imobilizados, como também as mutações ocorridas pelo mesmo.
O CPC 27 conceitua o ativo imobilizado como item corpóreo que é mantido para uso na
produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para
fins administrativos; também se conceitual como ativo imobilizado aquele se espera
utilizar por mais de um período.
O ativo imobilizado tem como característica principal gerar continuamente outros ativos
que serão transacionados e futuramente convertidos em ativos cada vez mais líquidos.
Vamos citar alguns exemplos de ativos que se enquadram como ativos imobilizados.
● Terrenos;
● Edifícios;
● Máquinas;
● Móveis e utensílios;
● Veículos;Computadores;Ferramentas;
● Adiantamentos a fornecedores para aquisição de ativo imobilizado.
É importante, deixar claro alguns exemplos que não se enquadram como ativo
imobilizado, ainda que possam se enquadrar em uma das duas premissas de definição
já explicadas:
● ativos imobilizados classificados como mantidos para venda;
● ativos biológicos relacionados com a atividade agrícola que não sejam plantas
portadoras. Este pronunciamento aplica-se às plantas portadoras, mas não se
aplica aos produtos dessas plantas portadoras;
● direitos sobre jazidas e reservas minerais tais como petróleo, gás natural, carvão
mineral, dolomita e recursos não renováveis semelhantes.
Reconhecimento e Mensuração.
Conforme já dito acima para que um elemento entre no Balanço Patrimonial de uma
empresa como sendo do ativo imobilizado, é necessário que a empresa tenha
expectativa que vantagens econômicas diretamente ligadas a ele e se estas vantagens
beneficiarão a empresa no futuro, mas tão somente a expectativa não basta a
mensuração deve oferecer confiabilidade e possibilidade de quantificação através de
seu custo.
Para o reconhecimento de um bem como ativo imobilizado, devem ser observados todos
os custos necessários para que ele possa estar em condições de operar. No setor
industrial é muito comum esse tipo de operação, pois há máquinas com estruturas
complexas que necessitam de transporte em condições especiais, mão-de-obra
especializada para realizar a sua montagem, além de testes antes de colocá-las
definitivamente em funcionamento em alguns casos, todos esses gastos são registrados
como custo do imobilizado.
Citamos aqui alguns exemplos de de custos iniciais de um ativo imobilizado para fins de
reconhecimento:
● Custos de preparação do local;
● Custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação);
● Custos de instalação e montagem;
● Custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente
● Honorários profissionais.
● Impostos e Taxas
Exemplos que não são custos que não integram um ativo imobilizado são:
● custos de abertura de nova instalação;
● os custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo
propaganda e atividades promocionais);
● custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de
clientes (incluindo custos de treinamento); e
● custos administrativos e outros custos indiretos.
O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo imobilizado cessa
quando o item está no local e nas condições operacionais pretendidas pela
administração
Após o reconhecimento como um ativo, o item do ativo imobilizado cujo valor justo possa
ser mensurado confiavelmente pode ser apresentado, se permitido por lei, pelo seu valor
reavaliado, correspondente ao seu valor justo à data da reavaliação diminuindo qualquer
depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumuladas subsequentes.
Se o método de reavaliação for permitido por lei e um item do ativo imobilizado for
reavaliado, toda a classe do ativo imobilizado à qual pertence esse ativo deve ser
reavaliado.
Ocorre que atualmente no Brasil, a reavaliação de bens está vetada pela Lei
11.638/2007, mas a previsão ainda consta dentro da normativa contábil porque como as
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Destacar
normas contábeis brasileiras estão em harmonia com as normas contábeis globais em
muitos países essa possibilidade de atualização de valor do ativo imobilizado ainda é
válida.
O imobilizado ele se desgasta e o registro contábil deve reconhecer tal desgaste, e as
formas são a depreciação, que estudaremos detalhadamente no próximo capítulo, mas
também existem duas outras formas que são o teste de recuperabilidade dos ativos e a
baixa de ativos.
Vamos ilustrar um exemplo sobre os reconhecimentos de custos na aquisição de um
ativo imobilizado.
A Cia. Fast, uma empresa de exploração mineral, adquiriu um novo equipamento de
perfuração para uso numa determinada área de exploração. Ela incorreu nos seguintes
gastos:
● Custo do equipamento (custo da compra a valor justo + impostos não
recuperáveis) R$ 3.000.000,00
● Gastos de reorganização do fluxo operacional da empresa para evitar retrabalhos
R$ 50.000,00
● Gastos iniciais de manutenção e frete R$ 100.000,00
● Gastos de preparação da área para instalação do equipamento R$ 600.000,00
● Consultoria que orientou a aquisição do equipamento R$ 200.000,00
● Encargos financeiros do financiamento pelo fornecedor R$ 300.000,00
● Gastos de desinstalação e restabelecimento da área a serem incorridos após oito
anos, conforme contrato R$ 80.000,00
● Gastos de ociosidade do equipamento até o inicio da vigência do contrato R$
400.000,00
O Gerente de contabilidade a selecionar os custos para fins de mensuração do custo do
ativo imobilizado selecionou os seguintes.
● Custo do equipamento (custo da compra a valor justo + impostos não
recuperáveis) R$ 3.000.000,00
● Gastos iniciais de manutenção e frete R$ 100.000,00
● Gastos de preparação da área para instalação do equipamento R$ 600.000,00
● Consultoria que orientou a aquisição do equipamento R$ 200.000,00
● Gastos de desinstalação e restabelecimento da área a serem incorridos após oito
anos, conforme contrato R$ 80.000,00
Teste de Recuperabilidade
O Teste de Recuperabilidade foi inserido pela Lei 11.638/07, com suas definições
conforme Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral (NBC TG 1) . O objetivo é
estabelecer procedimentos para que a entidade registre seus bens pelo valor contábil e
para que não exceda o valor recuperável, pois sempre que um ativo é reconhecido mais
que seu valor a recuperar, haverá uma diferença que deverá ser contabilizada como
perda.
No Teste de Recuperabilidade, a entidade deve avaliar na data de cada balanço
patrimonial se existe ou não qualquer prova objetiva de que um ativo esteja sujeito à
perda do valor recuperável, que é o valor que a entidade espera que retorne a ela.
.A NBG TG 1, no item 22, determina que o valor recuperável é determinado para cada
ativo individual, a menos que este ativo não gere entradas de caixa que provêm de seu
uso contínuo. Caso contrário, o valor recuperável desse ativo é determinado para a
unidade geradora de caixa ao qual pertence, a menos que suas despesas de venda
sejam maiores que seu valor contábil e que seu valor de uso possa ser estimado como
próximo do valor justo líquido de despesas de sua alienação, e que estes valores
possam ser mensurados. Pode-se utilizar de médias, estimativas e cálculos para
determinar um valor justo aproximado das despesas líquidas de venda e de uso deste
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Destacar
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Destacar
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Destacar
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Destacar
ativo. As despesas com a baixa de ativos, quando não forem mensuradas no Passivo,
devem ter o valor justo líquido de despesas da sua alienação deduzido na mensuração
É fundamental entender quais os elementos devem refletir no cálculo de valor de do
ativo, conforme segue:
a) estimativa dos fluxos de caixa futuros que a entidade espera obter com esse ativo;
b) expectativas acerca de possíveis variações no montante ou no período de ocorrência
desses fluxos de caixa futuros;
Na estimativa de valor de uso de um ativo deve-se considerar as futuras entradas de
caixa de seu uso contínuo ou de sua baixa final, ou seja, sua alienação, e aplicar as
taxas de descontos apropriadas para os fluxos de caixa elaborados futuramente
Para a realização do teste entidade deve avaliar as seguintes situações com relação a
algum ativo que possa ter sofrido desvalorização, segundo as fontes externas e internas
da informação:
Para as fontes externas de informação, entre outros indícios, podemos citar os seguintes
:
a) há indicações observáveis de que o valor do ativo diminuiu significativamente durante
o período, mais do que seria de se esperar como resultado da passagem do tempo ou
do uso normal;
b) mudanças significativas com efeito adverso sobre a entidade ocorreram durante o
período, ou ocorrerão em futuro próximo, no ambiente tecnológico, de mercado,
econômico ou legal, no qual a entidade opera ou no mercado para o qual o ativo é
utilizado;
c) as taxas de juros de mercado ou outras taxas de mercado de retorno sobre
investimentos aumentaram durante o período, e esses aumentos provavelmente
afetarão a taxa de desconto utilizada no cálculo do valor em uso de um ativo e
diminuirão materialmente o valor recuperável do ativo;
d) o valor contábil do patrimônio líquido da entidade é maior do que o valor de suas
ações no mercado;
Já para as fontes internas de informação, podemos citar como exemplo:
a) evidência disponível de obsolescência ou de dano físico de um ativo;
b) mudanças significativas, com efeito adverso sobre a entidade, ocorreram durante o
período, ou devem ocorrer em futuro próximo, na extensão pela qual, ou na maneira na
qual, um ativo é ou será utilizado. Essas mudanças incluem o ativo que se torna inativo
ou ocioso, planos para descontinuidade ou reestruturação da operação à qual um ativo
pertence, planos para baixa de ativo antes da data anteriormente esperada e
reavaliação da vida útil de ativo como finita ao invés de indefinida;
c) evidência disponível, proveniente de relatório interno, que indique que o desempenho
econômico de um ativo é ou será pior que o esperado;
Para as empresas, o Teste de Recuperabilidade é uma ferramenta muito
importante,visto que tem por finalidade a adequação de ativos para a sua expectativa de
retorno dentro e quando há perda por desvalorização de algum ativo, este deverá ser
reconhecido na demonstração do resultado do exercício.
CIAP
O Controle do Crédito do ICMS do Ativo Permanente,(CIAP), é a ferramenta que
possibilita às empresas utilizarem um crédito de ICMS decorrente das aquisições de
agtaq
Destacar
ativo imobilizado que estejam ligadas a produção e/ou comercialização de mercadorias
ou prestação de serviços tributados pelo ICMS.
Antes de nos aprofundarmos um pouco mais sobre o cálculo do CIAP, cabe deixar
destacada que como o ICMS é um tributo de competência estadual, recomendamos que
o aluno, reforçarem o e entendimento em aderências as normas estaduais do ICMS.
A característica base para cálculo, é que o crédito de ICMS deverá ser apurado
realizando um cálculo de fator após dividirmos numa fração de 1/48 (um quarenta e oito
avos) o valor total do crédito de ICMS, vamos a um exemplo
A empresa EBMI realizou a compra de uma máquina no valor de R$ 353.000,00 de São
Paulo o crédito destacado na NF foi de R$ 24.710,00 porém a empresa também pagou
diferencial de Alíquotas no valor de R$ 35.300,00.
Vamos primeiro somar o crédito destacado é o diferencial de alíquotas apurando assim
o crédito de CIAP no valor de R$ 60.010,00 que dividido por 48 o valor de R$ 1.250,21.
No mês seguinte a empresa vendeu R$ 900.000,00, desses a base de cálculo do ICMS
é R$ 633.526,50
Vamos então encontrar o quociente para aplicarmos a parcela do CIAP e encontrarmos
o valor do crédito referente aquele mês, para isso vamos dividir o valor total base de
cálculo 633.526,50 ÷ Valor contábil 900.000,00 = 0,7039 %
Crédito a ser aproveitado em 48 vezes X Percentual = R$ 1250,21 x 0,7039 = R$ 880,02
05. Depreciação, Amortização e Exaustão
O que tem em comum entre depreciação, amortização ou exaustão é são métricas de
perda de valor de diferentes ativos durante um determinado tempo que ele vai ser
utilizado pela empresa, antes de precisar ser descartado e substituído por um novo,
vamos estudá-los separadamente, pois como já foi dito eles se aplicam à classes
diferentes de ativos
Depreciação
A depreciação prevista no no art. 183, § 2o, da Lei 6.404/76, e posteriormente no
Pronunciamento Contábil 27 do Comitê de Pronunciamento Contábeis e podemos
defini-la como a diminuição parcelada de valor que sofrem os bens registrados no ativo
imobilizado de uma empresa, em decorrência do desgaste pelo uso, da ação da
natureza e da obsolescência, contabilmente é possível considerar o registro da
depreciação despesa ou custo do período, a parcela do valor de desgaste dos bens de
uso da empresa.
Vamos analisar as causas desta perda de valor dos bens do ativo imobilizado:
· Desgaste pelo Uso: O ativo imobilizado adquiridos para uso, uma vez que
entrou em operação, com o decorrer do tempo sofre desgaste, diminuindo sua
capacidade de produção
· Ação do Tempo : Os bens quando são expostos à ação do tempo, a rigores de
variações atmosféricas sofrem desgaste, diminuem sua capacidade de
produção
· Obsolescência: Com a evolução tecnológica, os bens tornam-se
ultrapassados, antiquados e caem em desuso, dando lugar a bens mais
modernos, com capacidade produtiva maior.
A depreciação é uma taxa que é aplicada sobre o valor de custo reconhecido no ativo
imobilizado, antes da criação do CPC, que regulamenta tais taxas era a Receita Federal
do Brasil através da instrução normativa SRF no 162, que previa uma extensa relação
de bens, com os respectivos prazos normais de vida útil e taxas anuais de depreciação
admitidos, entretanto, com a adoção das normas emitidas pelo CPC, as empresas, para
fins de divulgação das demonstrações societárias, ficaram dispensadas de seguir os
percentuais estabelecidos para fins de apuração do imposto de renda e passaram a
poder utilizar os próprios percentuais.
A seguir algumas das taxa referencial emitidas pela Receita Federal
Item Taxa Anual Vida Útil
Edifícios 4% 20
Máquinas e Equipamentos 10% 10
Instalações 10% 10
Móveis e Utensílios 10% 10
Veículos 20% 5
Computadores 20% 5
Para fins contábeis, recomenda-se deve-se fazer uma análise criteriosa entre os critérios
fiscais e contábeis, e um estudo sobre qual perspectiva reflete melhor o desgaste dos
bens da empresa que formam seu Imobilizado e estimar sua vida útil econômica e seu
valor residual, considerando características técnicas, condições gerais de uso e outros
fatores que podem influenciar em sua vida útil.
E é aqui que chegamos a um ponto central entre a norma do CPC e norma fiscal, a
estimativa que a empresa tem que fazer de alguns pontos como vida útil econômica,
valor residual e o valor depreciável, vamos analisar os conceitos:
· Vida Útil Econômica : período de tempo durante o qual a entidade espera
utilizar um ativo, dependendo do tipo do ativo pode ser também número de
unidades de produção esperadas pela produção do ativo.
· Valor Depreciável : Custo de um ativo menos o seu valor residual
· Valor Residual : Valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo,
após deduzir as despesas com vendas, e no final de sua vida útil.
Na normativa da ReceitaFederal não era necessário estimar todas essas variáveis que
estavam já genericamente resumidas na tabela. Resumidamente a questão principal é
determinar com propriedade o tempo de vida útil pois existem máquinas que duram mais
que 10 anos dependendo das condições de uso e outras duram menos, e como a
depreciação é um ponto importante acaba-se sempre impactando no resultado.
Para determinar a vida útil de um bem podemos refletir sobre as seguintes questões
1. Uso esperado, capacidade produtiva e necessidade produtiva
2. Desgaste físico
3. Tempo de troca e o impacto sobre a obsolescência.
4. Eventuais limites legais e contratuais.
Métodos de Depreciação.
Existem vários métodos que uma empresa pode escolher para realizar a depreciação de
seus ativos imobilizados e tal escolha deve ser fruto de uma reflexão que leve em
consideração pelo menos, os benefícios esperados de seu ativo imobilizado, sua
maturidade gerencial. Importa destacar que a entidade pode revisitar o método
escolhido, pelo menos com a frequência de um exercício para que exista consistência
em suas políticas contábeis.
Método de Quotas Constantes (ou Linear)
É o método mais utilizado no Brasil que contabiliza, como despesa ou custo, uma
parcela constante do valor do bem em cada período.Vamos criar um exemplo a empresa
ADP comprou, no início de janeiro, um veículo, para uso dos gerentes e estimou sua
vida útil estimada de 5 anos, o valor pelo qual o veículo foi adquirido doi de R$
30.000,00, o valor residual, foi estimado em R$ 3.000,00
O valor anual da depreciação será:
($ 30.000,00 - $ 3.000,00) : 5 = $ 5.400,00 por ano.
Para calcularmos o valor da depreciação mensal, para efeito de apuração de resultados
mensais, basta dividir o valor da depreciação anual por 12:
R$ 5.400,00 : 12 = R$ 450,00 por mês.
A contabilização do valor da depreciação mensal será efetuada da seguinte forma,
mensalmente
Débito – Despesa de Depreciação…………………………...R$ 450,00
Crédito – Depreciação Acumulada…………………………...R$ 450,00
Método da Soma dos Dígitos
Este método consiste em somar os algarismos desde a unidade até o algarismo que
representa o número de anos da vida útil do bem. No exemplo do item anterior,
considerando o valor residual teríamos, teríamos:
1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15
Quota do 1o. Ano = 5/15 x R$ 27.000,00 = R$ 9.000,00
Quota do 2o. Ano = 4/15 x R$ 27.000,00 = R$ 7.200,00
Quota do 3o. Ano = 3/15 x R$ 27.000,00 = R$ 5.400,00
Quota do 4o. Ano = 2/15 x R$ 27.000,00 = R$ 3.600,00
Quota do 5o. Ano = 1/15 x R$ 27.000,00 = R$ 1.800,00
soma = $ 27.000
Neste método, o valor mensal da depreciação:
no primeiro ano, seria de R$ 9.000,00: 12 = R$ 750,00.
no segundo ano, seria de R$ 7.200,00 : 12 = R$ 600,00.
no terceiro ano, seria de R$ 5.400,00 : 12 = R$ 450,00
no quarto ano, seria de R$ 3.600,00 : 12 = R$ 300,00
no quinto ano, seria de R$ 1.800,00 : 12 = R$ 150,00.
Método de Unidades Produzidas / Horas de Trabalho
Esse método é baseado em estimativa do número total de unidades que devem ser
produzidas pelo bem a ser depreciado, e a quota anual de depreciação é expressa pela
seguinte fórmula: Número de unidades produzidas no período / número de unidades
estimadas a serem produzidas ao longo da vida útil e o resultado é um percentual
aplicado ao valor do bem, o mesmo raciocínio também é válido para horas de trabalho
só que a proporção é entre horas de trabalho no mês / capacidade de horas de trabalho,
os lançamentos contábeis são os mesmos o que muda é a forma de cálculo.
Exaustão
A exaustão é o reconhecimento, como custo ou despesa, em cada período de apuração,
da importância correspondente à diminuição do valor dos recursos de ativos biológicos
como florestas, minerais e outros recursos naturais esgotáveis ou de exaurimento
determinado, resultantes da exploração dos mesmos.
Para calcular a taxa de exaustão a ser utilizado para fins contábeis é o de unidades
produzidas (extraídas). De acordo com esse método, deve-se estabelecer a
porcentagem extraída, vamos tomar como exemplo aqui o de minério no período em
relação à posse de determinada mina. Tal percentual é aplicado sobre o custo de
aquisição ou prospecção, dos recursos minerais explorados.
Vamos exemplificar aqui, vamos supor que determinada empresa extratora de minério
tenha adquirido uma jazida, no valor de R$ 50.000,00 e que a exaustão acumulada até o
presente momento é de R$ 15.000,00, tal jazida tem capacidade de de extração de
100.000 toneladas de minério e a extração no período atual foi de 10.000 toneladas
gerando uma receita de R$ 60.000,00.
Para cálculo da exaustão divide-se 10.000 toneladas por 100.000 o que gera um
percentual de 10% e aplica-se sobre o valor de custo da mina que resultando de R$
5.000,00
Deve-se ressaltar que em alguns casos específicos há vantagens tributárias sobre
algumas exaustões cabendo estudos mais aprofundados, sobre casos pontuais.
Amortização.
A amortização é a recuperação contábil do capital aplicado na aquisição de direitos cuja
existência ou exercício tenha duração limitada, ou de bens cuja utilização pelo
contribuinte tenha o prazo legal ou contratualmente limitado, tais como o intangível e a
recuperação desse capital aplicado se dá pela baixa do valor aplicado contra resultado.
Para que um ativo seja passível de amortização ele deve atender as seguintes
características:
i) ter seu prazo de duração limitado
ii) inexistência de indenização.
A amortização é válida limitante da vida útil para o tempo, diferentemente da
depreciação, que é pelo uso, tempo e obsolescência.
Para explicar melhor, como exemplo, se alugarmos um imóvel e fazermos benfeitorias
nele, só podemos utilizar a amortização se o contrato de locação for por prazo
determinado e não houver direito à indenização das benfeitorias edificadas. Neste caso,
se o contrato for feito por tempo indeterminado, utilizaremos a depreciação, mas se o
contrato prever o ressarcimento do valor das benfeitorias não há nem amortização e
nem depreciação.
Podemos citar como exemplo os seguintes bens que se sujeitam a amortização :
· patentes de invenção, fórmulas e processos de fabricação, direitos autorais,
licenças, autorizações ou concessões;
· custo de aquisição, prorrogação ou modificação de contratos e direitos de
qualquer natureza, inclusive de exploração de fundos de comércio;
· custos de construções ou benfeitorias em bens locados ou arrendados, ou em
bens de terceiros, quando não houver direito ao recebimento de seu valor;
· os demais direitos classificados no ativo intangível.
Para definição da taxa de amortização é a simples divisão do valor do custo pelo prazo
da vida útil
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Destacar
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Destacar
06. Balancete de Verificação
Um balancete é um instrumento financeiro que se utiliza para visualizar a lista do total
dos débitos e dos créditos das contas, juntamente com o saldo de cada uma delas (seja
devedor ou credor). Desta forma, permite estabelecer um resumo básico de um estado
financeiro.
Para verificar a exatidão do Livro Razão é fundamental que o profissional faça o
levantamento de um balancete de verificação, para que possa analisar sobre a situação
das contas. Os saldos apresentados pelo balancete mostram o total da despesa, da
receita, dos bens, dos direitos, das obrigações e da situação líquida.
É importante ressaltar que o balancete não se presta exclusivamente para detectar erros
de lançamentos contábeis, é também um importante instrumento contábil para a tomada
de decisões.
Ao cumprir sua finalidade que é de expor uma ferramenta de confirmação dos
lançamentos corretos e apontar os errôneos, em tempo hábil à correção de dados para a
continuação dos trabalhos exercidos pelo profissional de contabilidade e seus
colaboradores.
A relação entre o balancete e o método das partidas dobradas se dá pelo balancete de
verificação é o para a verificação se o método das partidas dobradas foi respeitado;
portanto, o único erro de escrituração que o mesmo aponta ou representa é oda
inversão de natureza de saldos.
O processo de levantamento do Balancete de Verificação é simples, e se inicia dentro do
Livro Razão, transpondo seu saldo para o Balancete, com seu respectivo saldo. Logo se
a conta no Razonete apontar saldo devedor, este saldo será transportado para a coluna
do saldo devedor do Balancete; se a conta apresentar no Razonete saldo credor, este
saldo será transportado para a coluna do saldo credor do Balancete.
Verifica-se, então o método das partidas dobradas somando-se coluna do Saldo
Devedor tem de ser igual à soma da coluna do Saldo Credor, pois os os lançamentos
pelo Método das Partidas Dobradas, preceitua que, na Escrituração, a cada débito deve
corresponder um crédito de igual valor.
Caso sejam detectadas diferenças entre os saldos credores e devedores, este é o
momento de encontrar essas diferenças e fazer a devida correção, para só depois seguir
a elaboração do Balanço Patrimonial ou qualquer outra demonstração que se fizer
necessária.
Além de prezar pela correção entre os saldos devedores e credores é fundamental que o
contador providencie um determinado grau de detalhamento nos dados do balancete,
porém é através dessas informações que os gestores terão as melhores informações
sobre a situação econômico e financeira da empresa,qualificando o processo decisório
dos mesmo.
Para que esse grau de importância do Balancete de Verificação seja atingido, os
elementos mínimos que devem constar na construção do Balancete de Verificação são:
● identificação da entidade;
● data a que se refere;
● abrangência;
● identificação das contas e respectivos grupos;
● saldos das contas, indicando seus devedores ou credores e soma dos saldos
devedores ou credores.
agtaq
Destacar
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Destacar
agtaq
Destacar
agtaq
Destacar
agtaq
Destacar
Como prática de mercado os Balancetes de Verificação são levantados mensalmente
tendo sua apresentação através de uma relação de contas extraídas do livro Razão ou
dos Razonetes, acompanhados de seus saldos, sejam eles devedores ou credores,
colocando cada saldo em sua respectiva coluna resultando na elaboração do mesmo,
para análises e correções possíveis.
Quanto a ordem de apresentação das contas devendo ser elencadas em primeiro lugar
às contas patrimoniais que são os bens, direitos e obrigações e as contas que compõem
o Patrimônio Líquido e em seguida as contas de resultado, ou seja, despesas e receitas,
onde a soma da coluna do saldo devedor deverá ser igual à soma da coluna do saldo
credor, que são as mesmas da apresentação do Balanço Patrimonial listadas na Lei
6.404/76
Mas para além dos cuidados com os lançamentos que compõem o Balancete, a
elaboração também passa pela escolha do modelo, pois existem diferentes modelos e a
variação básica é a quantidade de colunas desejadas para determinados fins a que se
aplica. Quanto maior a necessidade de detalhes nas informações, maior será o número
de colunas constantes no demonstrativo,
Abaixo, vamos mostrar a estrutura de um balancete de duas colunas
Nome da Conta Saldos
Débito Crédito
Total
Percebam que não há nenhuma outra informação como a movimentação de saldos ou
saldos anteriores, para esse grau de detalhamento é necessário outros tipos de
balancetes como o balancete de verificação de 6 colunas que demonstramos abaixo :
Nome da
Conta
Saldo Anterior Movimentação do
Período
Saldo
Devedor
es
Credore
s
Devedores Credores Devedor
es
Credore
s
Total
E há ainda o balancete de verificação de oito colunas que é ainda mais detalhada
colocando o saldo do período e ao final o saldo do período mais o saldo inicial.
Nom
e da
Cont
a
Saldo Anterior Movimentação do
Período
Saldo do Período Saldo Final
Devedor
es
Credor
es
Devedor
es
Credor
es
Devedor
es
Credor
es
Devedor
es
Credor
es
Total
Vamos agora realizar um exemplo da confecção partido dos saldos constantes nos
razonetes, da empresa
Caixa Capital
10.000,00 200.000,00
10.000,00 200.000,00
Fornecedores Clientes a Receber
85.000,0
0 75.000,00
85.000,0
0 75.000,00
Móveis e Utensílios Impostos a Pagar
140.000,0
0 8.000,00
140.000,0
0 8.000,00
Mercadorias Empréstimos a pagar
90.000,00 12.000,00
90.000,00 12.000,00
Veículos
Adiantamento de
Clientes
35.000,00 45.000,00
35.000,00 45.000,00
Logo para isso vamos construir um balancete de verificação de duas colunas.
Nome da Conta Saldos
Débito Crédito
Caixa 10.000,00
Clientes Receber 75.000,00
Móveis e Utensílios 140.000,00
Mercadorias 90.000,00
Veículos 35.000,00
Fornecedores 85.000,00
Impostos a Pagar 8.000,00
Empréstimos a Pagar 12.000,00
Adiantamento de Clientes 45.000,00
Capital 200.000,00
Total 350.000,00 350.000,00
O balancete de verificação também possibilita uma avaliação da organização da
contabilidade da empresa. É possível que o balanço de somas e saldos esteja correto e
que, no entanto, inclua uma contabilidade incompleta. Esse seria o caso, por exemplo,
de alguém que tenha pago um certo fornecedor mas que tenha registado ter efectuado
esse pagamento a outrem. Teoricamente, com base nos valores, o balanço estaria
correto, mas não pela correção do histórico.
Em toda empresa existem saídas e entradas de origem financeira, patrimonial ou fiscal.
Por esta razão podemos dizer que o balancete é o demonstrativo da saúde financeira de
uma empresa, visto que relaciona todas as movimentações lançadas no livro-diário, isto
é, os débitos e créditos, de forma cronológica e individual.
Acompanhar o balancete periodicamente é de extrema importância, pois desta maneira
o gestor poderá visualizar com maior precisão como está o seu negócio podendo
gerenciar e tomar decisões de maneira mais eficiente.
Os balancetes são importantes para que a administração posteriormente elabore a
previsão orçamentária.
Como os balancetes traduzem débitos os quais devem satisfazer créditos de mesmo
valor, configurando a precisão na administração financeira, eles garantem mais
segurança nas demonstrações contábeis que serão feitas mais adiante.
Não só importante como relatório contábil para análise das contas da empresa, o
balancete também é utilizado na elaboração do próprio balanço patrimonial, onde é
possível ver com maiores detalhes o saldo de cada conta, bem como todos os
lançamentos de entradas e saídas dos valores no período escolhido.
Outra utilidade para um balancete de verificação é a função de ser um importante
relatório gerencial para os administradores da companhia, no qual é possível conferir
saldos de contas específicas (como estoques, clientes, impostos a recuperar) e dar
maior poder decisório à gestão da empresa.
A elaboração do balancete requer alguns passos seguidos para que não ocorram erros,
são eles:
● Inicialmente os fatos deverão ser lançados no livro-diário;
● Depois, os lançamentos devem ser registrados no livro razão ou nos razonetes;
● Após o término de todos os lançamentos, deverá ser feita a soma dos valores a
débito e a crédito e deverá ser apurado o saldo de cada conta;
● Posteriormente o balancete que permite a conferência de todos os valores,
deverá ser elaborado;
● Todas as contas utilizadas no razonetes deverão ser registradas no balancete;
Deverá ser transferido, caso haja, o saldo inicial das contas devedoras e credoras
nas duas primeiras colunas do balancete;
● Depois, deverá ser transferido para a coluna Movimento os valores movimentados
nos razonetes, ou seja, tudo o que entrou e o que saiu durante o período de
elaboração dos demonstrativos;
● Transferência para o Saldo Final os valores devedores e credores de cada conta.
Estes são oriundos do Livro Razão ou dos razonetes confrontando-se o saldo
inicial mais as entradas, menos as saídas
● Checagem se Saldo Inicial, Movimento e Saldo Final estão corretamente
somados e classificados, ou seja, se débito e crédito têm o mesmo valor em cada
uma destas colunas;
● Devem ser conferidas as naturezas das contas,se não existem contas estão com
a natureza de saldoinvertidas, o que fará com que existam problemas na hora de
finalizar as demonstrações contábeis.

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