Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MEDICINA VETERINÁRIA O seu objetivo principal é achar a posição mais correta para reproduzir a área anatômica com mais precisão. O posicionamento do objeto deve ser o mais próximo do filme radiográfico, pois reduz a possibilidade de magnificação do objeto, ou seja, o objeto mais afastado do filme produz uma ampliação do objeto ou estrutura avaliada. Além disso, o objeto ou estrutura deve estar alinhado a fonte de radiação para que não haja distorção. á Medial (M); Lateral (L); Cranial (Cr); Caudal (Ca); Dorsal (D); Ventral (V); Rostral (R); Palmar (P); Plantar (Pl). A primeira palavra está relacionada a região que o feixe incide o objeto e a 2ª palavra por onde ele sai e sensibiliza o filme. Ex: ventrodorsal (VD), craniocaudal (Cr-Ca), dorsoplantar (D-Pl). Quando o exame for feito no tórax ou abdômen ou até de crânio e coluna, o posicionamento será laterolateral. A radiação entra por um dos lados do paciente e sairá pelo outro. Todas as vezes que o membro do paciente está sendo avaliado a projeção é chamada de medial. Exemplo: mediolateral e lateromedial. Os membros possuem mais detalhes em relação a sua avaliação. Projeções ortogonais: perpendiculares em relação a projeção inicial realizada. Ex: se foi realizada uma projeção de frente para trás em um dos membros ela é chamada de craniocaudal. Se a projeção teve radiação entrando pela parte de trás ela é chamada de caudocranial. Em relação as patinhas: a projeção é chamada de dorsopalmar ou palmarodorsal em relação ao membro torácico e dorsoplantar ou plantarodorsal no membro pélvico. O paciente deve estar limpo, porque os pelos sujos ou molhados podem produzir artefatos de técnica e erros de diagnóstico. MEDICINA VETERINÁRIA Retirar coleiras, guias e qualquer outro material, especialmente os feitos de metal, pois impedem a passagem da radiação ionizante na região, impossibilitando a formação da imagem. Retirar também talas, ataduras de gesso e bandagens sempre que possível. Considerar SEMPRE o conforto e bem estar do paciente. Muita PACIENCIA especialmente com pacientes idosos, cardiopatas, atropelados e os que não possam ser sedados. Evitar movimentos bruscos e barulhos. Além disso, quando possível, fazer uso de sedação ou anestesia. Na contenção manual sempre deve ser usado o material de proteção, inclusiva as luvas de chumbo. Sacos de areia, calhas, blocos ou triângulos podem ser úteis para o posicionamento do animal. O raio x é um exame UNIDIMENSIONAL de uma estrutura TRIDIMENSIONAL, assim, deve ser feito no mínimo 2 projeções perpendiculares entre si. é O esqueleto se divide em axial (crânio e coluna), apendicular (membros torácicos e pélvicos e pelve), além das partes moles (tórax e abdome). Principais posicionamentos de Crânio. O posicionamento latero-lateral é excelente para avaliação de determinadas estruturas como a área de seios frontais, ossos do crânio, maxilar e mandícula. Porém há algumas desvantagens, por ser bastante alinhado, muitas estruturas ósseas como algumas do maxilar e mandíbula e as bulhas timpânicas fiquem muito sobrepostas, reduzindo a visibilidade de forma completa e interfere nas possibilidades diagnósticas. Ventro-dorsal (VD) / Dorso-ventral (DV) – É possível observar diversas estruturas a partir desse posicionamento. Ex: maxilar, mandíbula, seios nasais, arco zigomático, conduto auditivo, etc. Latero-laterais oblíquas – a diferença para uma projeção latero-lateral padrão é que nas oblíquas a cabeça do paciente está levemente angulada em relação a mesa e ao filme radiográfico, obtendo-se imagens anguladas. São feitas para reduzir a quantidade de sobreposições das estruturas. É realizada em paciente sedados, uso de abre bocas e faixas. MEDICINA VETERINÁRIA Intra-orais / odontológicas – quando é colocado o filme radiográfico dentro da boca do paciente. Rostro-caudal – pode ser feita com a boca fechada (principal indicação é para avaliação de seios frontais – testa. No caso de felinos pode ser feito para avaliação das bulhas timpânicas – fazer um posicionamento oblíquo) ou aberta (indicada para avaliação das bulhas timpânicas em cães). A incidência do feixe primário é pela região rostral do paciente e sai pela região caudal. Raio X em gato seios frontais. Raio X em cão bulhas timpânicas. Principais posicionamentos de Coluna. O animal precisa estar relaxado para que a avaliação seja mais precisa. Animais não relaxados podem interferir no posicionamento das vértebras e induzir erros no diagnóstico. Além disso, a avaliação da coluna deve ser dividida pelos segmentos dela. Cervical, torácica, lombar, sacral e coccígeas. Além disso, pode-se dividir a coluna por outros segmentos: cervico-torácica, tóraco-lombar e lombo-sacral. Cervical – importante diferenciar a quantidade de vértebras em cada espécie. Os posicionamentos mais utilizados são latero- lateral e ventro-dorsal. Mas existem mais posicionamentos como o latero-lateral estendida ou flexionada. Torácica – posicionamento ventro-dorsal, latero-lateral, Lombar – posicionamentos ventro-dorsal (pode ser substituído pelo dorso-ventral) e latero-lateral (pode ser tanto direita ou esquerda) isso é válido para todos. Lombo-sacra – os posicionamentos são os mesmos, mas ainda podem ser realizados os posicionamentos de hiperextensão e hiperflexão. Podem ser necessários para diagnóstico da síndrome da cauda equina e de uretra peniana (hiperflexão). MEDICINA VETERINÁRIA Hiperextensão. Hiperflexão. Coccígeas – Não é tão realizada pois não há muita alteração, mas também há possibilidade de avaliação apenas dessas vertebras, que pode variar de tamanho de acordo com a extensão do rabinho do paciente. Avaliação dos membros torácicos Em vários casos pode ser necessário a utilizados de sedativos, além disso, é necessário ter um mínimo de 2 projeções. Articulação escápulo-umeral – o posicionamento do membro é voltado no sentido cranial e o posicionamento do outro membro deve ser voltado no sentido caudal, isso ocorre para diminuir as sobreposições entre os dois membros, objetivando a individualização do membro a ser avaliado. Os posicionamentos podem ser médio-lateral e caudo-cranial (mais comum). Articulação úmero-radio-ulnar – articulação do cotovelo. O posicionamento é o médio- lateral. O posicionamento ortogonal é o crânio- caudal. Além dessa, o posicionamento médio- lateral flexionada pode ser utilizado. Articulação radio-cárpica – os posicionamento podem ser dorso-palmar e a projeção ortogonal é a médio-lateral. MEDICINA VETERINÁRIA Avaliação dos membros pélvicos É necessário no mínimo 2 projeções e também pode ser necessário a sedação/anestesia. Articulação coxofemoral – Os posicionamentos padrões para a displasia coxofemoral é a frog leg (deve-se tracionar e flexionar o membro no sentido cranial) e a latero-lateral. Além deles, para a displasia há o posicionamento ventro-dorsal e a distração, onde é realizado através do método Pennhip, onde é utilizado um equipamento chamado distrados, promovendo a partir de uma tração mecânica que é colocada nos membros pélvicos no sentido medial a saída das cabeças femorais de dentro do acetábulo. Articulação fêmoro-tíbio-patelar – os posicionamentos padrões é médio-lateral e crânio-caudal (ortogonal). Existe ainda um posicionamento do tipo skyline (o paciente é posicionado em decúbito dorsal, se faz a flexão do membro do paciente apoiando o filme radiográfico na face cranial do membro e o feixe central de radiação incide pelo sentido caudo-cranial é possível visibilizar o sulco troclear). Articulação tíbio-társica – os posicionamentos mais utilizados são dorso- plantas e médio-lateral. Avaliação do tórax É necessárioque todo o tórax seja incluído. É necessário de 2 – 3 projeções radiográficas. Os posicionamentos são: latero- lateral direita e esquerda e a ventro-dorsal que pode ser substituída pela dorso-ventral. Avaliação do abdome Os posicionamentos são: ventro-dorsal e latero-lateral direita e em alguns casos a esquerda.
Compartilhar