Buscar

Teatro brasileiro XX e XXI

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

16
 EDUCANDÁRIO SANTA RITA DE CÁSSIA
RAFAEL DE SOUZA CALÇADA PIRES
 TEATRO BRASILEIRO NOS SÉCULOS XX E XXI
SÃO PAULO
2020 
RAFAEL DE SOUZA CALÇADA PIRES
TEATRO BRASILEIRO NOS SÉCULOS XX E XXI
Trabalho de pesquisa solicitado pela professora
de literatura para obtenção de nota.
Orientador: Prof° Andreza Morais
São Paulo
2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..........................................................................................................P1
TEATRO SÉCULO XX..............................................................................................P2
HISTÓRIA DO TEATRO NO BRASIL................................................................. .....P3
CRONOLOGIA DO TEATRO BRASILEIRO NO SÉCULO XX..................P4, 5, 6 E 7
O VELHO TEATRO BRASILEIRO E TEATRO MODERNO BRASILEIRO..............P8
O TEATRO CONTEMPORÂNEO..............................................................................P9
CONCLUSÃO..........................................................................................................P10
BIBLIOGRAFIA.......................................................................................................P11
Introdução
O início do século XXI, o teatro continua a evoluir e a progredir a partir dos paradigmas e das propostas de experimentação teatral já mencionados, enquadrados, naturalmente nos momentos históricos e políticos das sociedades atuais, não existindo ainda a necessária distancia histórica para fazer uma avaliação rigorosa quanto aos múltiplos impactos conseguidos nesta área. O reconhecimento da importância do teatro nas suas múltiplas funções e objetivos pedagógicos, sociais e culturais, relançam novos desafios que se colocam às sociedades atuais, exigindo que se elaborem prioridade relativamente à formação de públicos mais exigentes e consequentemente cidadãos mais bem preparados que contribuam para a evolução das comunidades, ao nível da organização do pensamento e das mentalidades.
 
 1 
Teatro do Século XX
O começo do século XX marca talvez o período mais crítico do teatro brasileiro.
Sob influência do preciosismo vocabular de Coelho Neto (“O Diabo no Corpo”, “A Mulher”, “O Pedido, Quebranto”), os autores da época enveredaram por caminhos que os conduziram à verbosidade antiteatral. Incluem-se nessa linha Goulart de Andrade (“Renúncia”, “Depois da Morte”), João do Rio (“A Bela Madame Vargas”, “Um chá das Cinco”), Roberto Gomes (“Casa Fechada”, “Berenice”), Paulo Gonçalves (“As Noivas”, “A Comédia do Coração”) e Gastão Trojeiro (“Onde Canta o Sabiá”, “Cala Boca, Etelvina!…).
Mas a época registra a consagração de alguns atores como Itália Fausta, Apolônia Pinto, Leonardo Fróes (v.), Jaime Costa, Cochita de Morais, Abigail Maia, Iracema de Alencar, Procópio Ferreira e Dulcina de Morais.
Contra esse teatro indeciso e acadêmico investiu o movimento modernista de 1922, com Eugênia e Álvaro Moreira, fundadores do Teatro de Brinquedo; Joracy Camargo, cuja peça “Deus Lhe Pague” é considerada a primeira tentativa de teatro social no país; e Oswald de Andrade, um dos maiores representantes do Modernismo, com suas experiências dadaístas e surrealistas em “O Homem e o Cavalo”, “A Mostra” e “O Rei da Vela”.
Embora a dramaturgia modernista não tenha colaborado diretamente para a formulação das futuras diretrizes do teatro brasileiro, suas reivindicações – sementes de toda uma nova concepção estética – tornaram possível a eclosão de movimentos que romperam de vez as amarras da tradição portuguesa.
 
 2
História do Teatro no Brasil
O teatro brasileiro surgiu quando Portugal começou a fazer do Brasil sua colônia (Século XVI). Os Jesuítas, com o intuito de catequizar os índios, trouxeram não só a nova religião católica, mas também uma cultura diferente, em que se incluía a literatura e o teatro. Aliada aos rituais festivos e danças indígenas, a primeira forma de teatro que os brasileiros conheceram foi a dos portugueses, que tinha um caráter pedagógico baseado na Bíblia. Nessa época, o maior responsável pelo ensinamento do teatro, bem como pela autoria das peças, foi Padre Anchieta.
O teatro realmente nacional só veio se estabilizar em meados do século XIX, quando o Romantismo teve seu início. Martins Pena foi um dos responsáveis pôr isso, através de suas comédias de costumes. Outros nomes de destaque da época foram: o dramaturgo Artur Azevedo, o ator e empresário teatral João Caetano e, na literatura, o escritor Machado de Assis.
 
 3
Cronologia do Teatro Brasileiro no Século XX
A primeira metade do século se caracteriza por um teatro comercial. As companhias são lideradas pelos primeiros atores, que se convertem na principal atração, mais que as peças apresentadas. As exceções acontecem quando um bom dramaturgo, como Oduvaldo Vianna, se alia a grandes intérpretes, como Procópio Ferreira e Dulcina de Moraes. Oduvaldo é ainda o introdutor da prosódia brasileira no teatro, atrelado até então a falas aportuguesadas.
1927
O Teatro de Brinquedo apresenta-se no Rio de Janeiro (RJ) com a peça Adão, Eva e Outros Membros da Família, de Álvaro Moreyra, líder do grupo. Formado por amadores, o grupo propõe um teatro de elite. É o começo da insurreição contra o teatro comercial considerado de baixo nível.
1938
É lançado no Rio de Janeiro (RJ) o Teatro do Estudante do Brasil, concebido e dirigido por Paschoal Carlos Magno e com um elenco constituído de universitários. A primeira montagem é Romeu e Julieta, de Shakespeare, protagonizada por Paulo Porto e Sônia Oiticica, com direção de Itália Fausta.
1943
Estréia a peça Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, encenada pelo grupo amador Os Comediantes, do Rio de Janeiro. A direção de Zbigniew Ziembinski � É inaugurado, em São Paulo (SP), o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC); inicialmente uma casa de espetáculos criada para abrigar os trabalhos de grupos amadores.
Dois desses grupos estão à frente da renovação do teatro brasileiro: o Grupo de Teatro Experimental (GTE), de Alfredo Mesquita, e o Grupo Universitário de Teatro (GUT), de Décio de Almeida Prado. No ano seguinte, o TBC se profissionaliza, com a contratação de atores e do diretor italiano Adolfo Celi. Um repertório eclético, constituído de grandes textos clássicos e modernos, além de comédias de bom nível, torna-se a tônica dessa companhia, que, liderada por Franco Zampari em seu período áureo, marca uma das mais importantes fases do teatro brasileiro. O TBC encerra suas atividades em 1964.
Outras companhias se formam nos seus moldes: o Teatro Popular de Arte, de Maria Della Costa, a Cia. Nydia Lícia-Sérgio Cardoso o Teatro Cacilda Becker a Cia. Tônia-Celi-Autran.
Alfredo Mesquita funda a Escola de Arte Dramática (EAD) em São Paulo (SP), um dos principais centros de formação de atores.
 1953Fundação do Teatro de Arena de São Paulo, por José Renato. A princípio apenas uma tentativa de inovação espacial, acaba sendo responsável pela introdução de elementos renovadores na dramaturgia e na encenação brasileiras. A montagem de Eles Não Usam Black-Tie, de Gianfrancesco Guarnieri, em 1958, introduz a luta de classes como temática. Sob a liderança de Augusto Boal, o Arena forma novos autores e adapta textos clássicos para que mostrem a realidade brasileira. Chega à implantação do sistema curinga, no qual desaparece a noção de protagonista, em trabalhos como Arena Conta Zumbi (1965) e Arena Conta Tiradentes (1967), que fazem uma revisão histórica nacional. O Arena termina em 1970.
 4
1958 Zé Celso, Renato Borghi, Carlos Queiroz Telles e Amir Haddad, entre outros, fundam um grupo amador � chamado Teatro Oficina � na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em São Paulo (SP). Seus integrantes passam por uma fase stanislavskiana (interpretação realista criada pelo dramaturgo russo Stanislavski, orientada por Eugênio Kusnet. A peça mais importante desse período é Os Pequenos Burgueses (1963), de Maxim Gorki. Logo após a antológica montagem de O Rei da Vela (1967), de Oswald de Andrade o grupo evolui para uma fase brechtiana (interpretação distanciada desenvolvida pelo alemão Bertolt Brecht) com Galileu Galilei (1968) e Na Selva das Cidades (1969), sempre sob a direção artística de José Celso. Com a obra coletiva Gracias Señor, inicia-se a chamada fase irracionalista do Oficina. Uma nova relação com o espaço e com o público reflete as profundas mudanças pelas quais o grupo passa. Essa fase se encerra com As Três Irmãs (1973), de Tchecov.
Década de 60
Uma vigorosa geração de dramaturgos irrompe na cena brasileira nessa década. Entre eles destacam-se Plínio Marcos, Antônio Bivar, Leilah Assumpção, Consuelo de Castro e José Vicente.
1964
O grupo Opinião entra em atividade no Rio de Janeiro, adaptando shows musicais para o palco e desenvolvendo um trabalho teatral de caráter político.
Responsável pelo lançamento de Zé Keti e Maria Bethânia, realiza a montagem da peça Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come, de Oduvaldo Vianna Filhoe Ferreira Gullar.
1968
Estréia Cemitério de Automóveis, de Arrabal. Este espetáculo e O Balcão, de Genet, ambos dirigidos por Victor Garcia e produzidos por Ruth Escobar, marcam o ingresso do teatro brasileiro numa fase de ousadias cênicas, tanto espaciais quanto temáticas.
Década de 70
Com o acirramento da atuação da censura, a dramaturgia passa a se expressar por meio de metáforas. Apesar disso, Fauzi Arap escreve peças que refletem sobre o teatro, as opções alternativas de vida e a homossexualidade. Surgem diversos grupos teatrais formados por jovens atores e diretores. No Rio de Janeiro destacam-se o Asdrúbal Trouxe o Trombone, cujo espetáculo Trate-me Leão retrata toda uma geração de classe média, e o Pessoal do Despertar, que adota esse nome após a encenação de O Despertar da Primavera, de Wedekind. Em São Paulo surgem a Royal Bexiga�s Company, com a criação coletiva O Que Você Vai Ser Quando Crescer; o Pessoal do Vítor, saído da EAD, com a peça Vítor, ou As Crianças no Poder, de Roger Vitrac; o Pod Minoga, constituído por alunos de Naum Alves de Souza, que se lançam profissionalmente com a montagem coletiva Follias Bíblicas, em 1977; o Mambembe, nascido sob a liderança de Carlos Alberto Soffredini, de quem representam Vem Buscar-me Que Ainda Sou Teu; e o Teatro do Ornitorrinco, de Cacá Rosset e Luís Roberto Galizia, que inicia sua carreira nos porões do Oficina, em espetáculos como Os Mais Fortes e Ornitorrinco Canta Brecht-Weill, de 1977.
1974
Após a invasão do Teatro Oficina pela polícia, Zé Celso parte para o auto-exílio em Portugal e Moçambique. Regressa ao Brasil em 1978, dando início a uma nova fase do Oficina, que passa a se chamar Uzyna-Uzona.
 5
1978 Estréia de Macunaíma, pelo grupo Pau Brasil, com direção de Antunes Filho. Inaugura-se uma nova linguagem cênica brasileira, em que as imagens têm a mesma força da narrativa.
Com esse espetáculo, Antunes Filho começa outra etapa em sua carreira, à frente do Centro de Pesquisas Teatrais (CPT), no qual desenvolve intenso estudo sobre o trabalho do ator.
Grandes montagens suas fazem carreira internacional: Nelson Rodrigues, o Eterno Retorno; Romeu e Julieta, de Shakespeare; Xica da Silva, de Luís Alberto de Abreu; A Hora e a Vez de Augusto Matraga, adaptado de Guimarães Rosa; Nova Velha História; Gilgamesh; Vereda da Salvação, de Jorge Andrade
 
1979
A censura deixa de ser prévia e volta a ter caráter apenas classificatório. É liberada e encenada no Rio de Janeiro a peça Rasga Coração, de Oduvaldo Vianna Filho, que fora premiada num concurso do Serviço Nacional de Teatro e, em seguida, proibida.
Década de 80
A diversidade é o principal aspecto do teatro dos anos 80. O período se caracteriza pela influência do pós-modernismo movimento marcado pela união da estética tradicional à moderna. O expoente dessa linha é o diretor e dramaturgo Gerald Thomas. Montagens como Carmem com Filtro, Eletra com Creta e Quartett apresentam um apuro técnico inédito. Seus espetáculos dão grande importância à cenografia e à coreografia. Novos grupos teatrais, como o Ponkã, o Boi Voador e o XPTO, também priorizam as linguagens visuais e sonoras. O diretor Ulysses Cruz, da companhia Boi Voador, destaca-se com a montagem de Fragmentos de um Discurso Amoroso, baseado em texto de Roland Barthes. Outros jovens encenadores, como José Possi Neto (De Braços Abertos), Roberto Lage (Meu Tio, o Iauaretê) e Márcio Aurélio (Lua de Cetim), têm seus trabalhos reconhecidos. Cacá Rosset, diretor do Ornitorrinco, consegue fenômeno de público com Ubu, de Alfred Jarry. Na dramaturgia predomina o besteirol � comédia de costumes que explora situações absurdas. O movimento cresce no Rio de Janeiro e tem como principais representantes Miguel Falabella e Vicente Pereira. Em São Paulo surgem nomes como Maria Adelaide Amaral, Flávio de Souza, Alcides Nogueira, Naum Alves de Souza e Mauro Rasi. Trair e Coçar É Só Começar, de Marcos Caruso e Jandira Martini, torna-se um dos grandes sucessos comerciais da década. Luís Alberto de Abreu � que escreve peças como Bella, Ciao e Xica da Silva�é um dos autores com obra de maior fôlego, que atravessa também os anos 90.
1987
A atriz performática Denise Stoklos desponta internacionalmente em carreira solo. O espetáculo Mary Stuart, apresentado em Nova York, nos Estados Unidos, é totalmente concebido por ela. Seu trabalho é chamado de teatro essencial porque utiliza o mínimo de recursos materiais e o máximo dos próprios meios do ator, que são o corpo, a voz e o pensamento.
 6
Década de 90 No campo da encenação, a tendência à visualidade convive com um retorno gradativo à palavra por meio da montagem de clássicos. Dentro dessa linha tem destaque o grupo Tapa, com Vestido de Noiva, de Nélson Rodrigues e A Megera Domada, de William Shakespeare. O experimentalismo continua e alcança sucesso de público e críticanos espetáculos Paraíso Perdido (1992) e O Livro de Jó (1995), de Antônio Araújo. O diretor realiza uma encenação ritualizada e utiliza-se de espaços 
cênicos não-convencionais � uma igreja e um hospital, respectivamente. As técnicas circenses também são adotadas por vários grupos.
Em 1990 é criado os Parlapatões, Patifes e Paspalhões. A figura do palhaço é usada ao lado da dramaturgia bem-humorada de Hugo Possolo, um dos membros do grupo. Também ganha projeção a arte de brincante do pernambucano Antônio Nóbrega. O ator, músico e bailarino explora o lado lúdico na encenação teatral, empregando músicas e danças regionais.
Outros nomes de destaque são Bia Lessa (Viagem ao Centro da Terra) e Gabriel Villela (A Vida É Sonho). No final da década ganha importância o diretor Sérgio de Carvalho, da Companhia do Latão. Seu grupo realiza um trabalho de pesquisa sobre o teatro dialético de Bertolt Brecht, que resulta nos espetáculos Ensaio sobre o Latão e Santa Joana dos Matadouros.
1993
O diretor Zé Celso reabre o Teatro Oficina, com a montagem de Hamlet, clássico de Shakespeare. Zé Celso opta por uma adaptação que enfoca a situação política, econômica e social do Brasil.
1998
Estréia Doméstica, de Renata Melo, espetáculo que tem forte influência da dança. Essa encenação dá seqüência ao trabalho iniciado em 1994, com Bonita Lampião. Sua obra se fundamenta na elaboração da dramaturgia pelos atores, por meio do estudo do comportamento corporal das personagens.
1999
Antunes Filho apresenta Fragmentos Troianos, baseada em As Troianas, de Eurípedes. Pela primeira vez, o diretor monta uma peça grega. Essa montagem é resultado da reformulação de seu método de interpretação, alicerçado em pesquisas de impostação da voz e postura corporal dos atores.
 
 7
O velho teatro brasileiro
O costume de assistir a um espetáculo no modelo europeu só começou a se desenvolver no país com a chegada da Família Real e toda a Corte portuguesa a partir de 1808. "Aquelas pessoas estavam acostumadas a uma vida cultural agitada", explica João Roberto. Para compensar a selvageria dos trópicos, o rei convidava companhias estrangeiras para apresentarem espetáculos aqui. Civilização.
A partir do Século 19, com a Independência do Brasil, seguida da abolição da escravatura e, mais a frente, a Proclamação da República, é que se começa a desenvolver um público para fazer e curtir o teatro brasileiro. Senhoras e senhores, eis o tempo da nossa comédia de costumes, com destaque para os textos de Martins Pena. Logo na sequência apareceria nosso Teatro de Revista. "As revistas eram como retrospectivas do ano, trazendo um resumo dos fatos importantes, costuradas em enredo provocativo e brincalhão", pincela o professor.
Em 1938, com o surgimento do Teatro do Estudante do Brasil (TEB), os nossos palcos ganhavam a curiosidade de quem estuda. A estreia com "Romeu e Julieta", de Shakespeare, trazia o corpo de baile do Teatro Municipal e sua orquestra de cordas. "Diferente das revistas que ninguém decorava nada, as peças passaram a ser ensaiadas a sério", aponta João Roberto. O repertório também chamava atenção.
Teatro moderno brasileiro
Mas foi com a estreia de "Vestido de Noiva", de Nelson Rodrigues, em 1943, que a crítica apontou o nascimento do nosso teatro moderno. Com direção do polonês Ziembinski, a peça quebrava com todos os padrões da época. "A montagem misturava tempos. Não era só do presente olhando para o passado, mas uma peça que pela primeira vez permitia olhar o futuro", conta o diretor Celso Nunes.  Ziembinski trouxe de fora a iluminação nova, o cenário, a interpretação entre o expressionismo e o naturalismo.
Nos anos seguintes, várias companhias de teatro surgiram no eixo Rio-São Paulo, como Maria Della Costa e Teatro Popular de Arte. "Começamos a época do diretor que assina e dirige os espetáculos", explica João Roberto. O Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) formou atores como Cacilda Becker, Walmor Chagas, Fernanda Montenegro e muitos outros artistas.
Nos anos que antecederam os governos militares, o clima político do Brasil e os estudantes universitários agitavam a cena cultural com produções que marcaram a história do teatro brasileiro. Em 1958, em São Paulo, o Teatro Arena trazia a revolucionária "Eles não usam Black-tie", de Gianfrancesco Guarniere, escancarando problemas sociais e políticos.  Em 1965, a encenação de "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto com música de Chico Buarque, estarreceu a crítica brasileira por sua poética pungente e montagem sensível. "A peça veio com uma encenação primorosa e marcou toda uma época", lembra Celso Nunes.  Em 1967, José Celso Martinez Correa quebrou tabus com "O Rei da Vela", de Oswald de Andrade. Provocativo e cáustico, ele chegava para estapear a burguesia.  "O Teatro Oficina chega com a evolução do teatro cultural e político, agressivo, da contracultura", explica João Roberto. 
 8
O teatro contemporâneo
Os governos militares silenciaram tudo. Zé Celso, Boal e outros importantes artistas foram exilados. Antunes Filho, que ficou no Brasil, abriu nosso teatro contemporâneo com seu Centro de Pesquisa Teatral. "Com Macunaíma, ele rompeu com aquilo que ele próprio chama de teatrão e começou a trabalhar só com jovens, com uma atuação menos armada. O espetáculo tem uma cara nova, que não dá para comparar com nada que foi feito antes", fala João Roberto.
Marcando a abertura política, Celso Nunes finalmente estreia sua peça que havia sido proibida durante sete anos. Em "Patética", ele conta a morte do jornalista Vladmir Herzog. "A peça tinha sido premiada como melhor texto e proibida no mesmo ano, pelo regime. Só em 81 consegui montar", conta Nunes. Nesse ínterim, Boal desenvolveu o Teatro do Oprimido, com a democratização dos meios de produção teatral e acesso das camadas sociais menos favorecidas.
Nos anos seguintes, surge o que se chama de teatro de encenadores, com diretores como Gerald Thomas, Bia Lessa e Gabriel Vilela, dialogando com as vanguardas internacionais. Zé Celso volta do exílio e reabre o Oficina, com montagens impactantes como "As Boas", com Raul Cortez, "Ham-let", "Cacilda!", "Bacantes" e "Sertões". A partir dos anos 2000, o Brasil recebe muitos musicais internacionais.
Atualmente, lembra Celso que, enquanto temos atores famosos fazendo um teatro mais comercial, também temos novo espaço para pequenos grupos e núcleos experimentais. Diretores como Amir Haddad, com o grupo Tá na Rua e os festivais universitários de Norte a Sul mostram esse teatro que extrapola as grandes companhias, do eixo Rio-São Paulo e volta para as ruas. "Há um novo fôlego para o teatro de grupo e regional", comemora Nunes. Respeitável público, é tempo de aproveitar!
 
 9
 Conclusão 
  A história do teatro no Brasil começa a sofrer mudanças com o golpe militar de 64, atores e diretores de teatro viram seus trabalhos sendo censurados e, muitas vezes, os artistas eram impedidos de trabalhar. Por conta da censura, muitos artistas se viram obrigados a abandonar os palcos e procurar abrigo em outros países, uando tudo parecia ir bem com o teatro brasileiro, a ditadura militar veio impor a censura prévia a autores e encenadores,levando o teatro a um retrocesso produtivo, mas não criativo. Prova disso é que nunca houve tantos dramaturgos atuando simultaneamente.Com o fim do regime militar, no início da década de 1980, o teatro tentou recobrar seus rumos e estabelecer novas diretrizes. Surgiram grupos e movimentos de estímulo a uma nova dramaturgia.
 
 10
Fontes
https://conhecimentocientifico.r7.com/historia-do-teatro-no-brasil/
http://redeglobo.globo.com/globouniversidade/noticia/2013/06/breve-historia-do-teatro-brasileiro-e-suas-reviravoltas-dramaticas.html
https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-geral/teatro-do-seculo-xx
http://baraoemfoco.com.br/barao/portal/cultura/teatro/tatrobr.htm
https://centrodepesquisaeformacao.sescsp.org.br/atividade/cultura-do-teatro-brasileiro-do-seculo-21-texto-e-imagens-nas-novas-midias
 11

Continue navegando