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apostila cartografia

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Prévia do material em texto

1
CARTOGRAFIA BÁSICA
IDELMAR MEDEIROS DO AMARAL
EDUCAÇÃO A 
DISTÂNCIA
2
LEGENDA DE
Ícones
Trata-se dos conceitos, definições e informações 
importantes nas quais você precisa ficar atento.
Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão 
do conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar 
ícones ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para 
determinado trecho do conteúdo, cada uma com uma função 
específica, mostradas a seguir:
São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros 
da biblioteca virtual, relacionados ao conteúdo 
apresentado no livro.
Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada 
unidade, associando-os a suas ações, seja no ambiente 
profissional ou cotidiano.
Atividades de fixação sobre o conteúdo visto e aplicado 
no livro didático.
Apresentação dos significados de um determinado 
termo ou palavras mostradas no decorrer do livro.
Espaço para marcar citações de algum livro, artigo ou 
site que sustenta e reforça uma ideia.
FIQUE ATENTO 
BUSQUE POR MAIS 
VAMOS PENSAR? 
FIXANDO O CONTEÚDO 
GLOSSÁRIO 
CITAÇÕES 
3
SUMÁRIO
UNIDADE 1
UNIDADE 2
UNIDADE 3
UNIDADE 4
UNIDADE 5
UNIDADE 6
1.1. Introdução.....................................................................................................................................................................................................7
1.2. História da Cartografia.......................................................................................................................................................................8
1.3. Formas da Terra.......................................................................................................................................................................................11
1.4. Orientação..................................................................................................................................................................................................12
1.4.1. Pontos Cardeais...................................................................................................................................................................................12
1.4.2. Pontos Colaterais..............................................................................................................................................................................12
1.4.3. Pontos Subcolaterais......................................................................................................................................................................13
2.1. Introdução.................................................................................................................................................................................................20
2.2. Movimentos da Terra.......................................................................................................................................................................20
2.3 Solstícios e Equinócios......................................................................................................................................................................21
2.4 Coordenadas Geográficas............................................................................................................................................................23
3.1. Introdução..................................................................................................................................................................................................31
3.2. Fusos Horários........................................................................................................................................................................................31
3.3. Linha Internacional de Datas (LID)......................................................................................................................................33 
3.4. Fusos Horários Brasileiros............................................................................................................................................................34
3.5. Horário de Verão..................................................................................................................................................................................35
4.1. Introdução.................................................................................................................................................................................................41
4.2. Escala...........................................................................................................................................................................................................41
5.1. Introdução.................................................................................................................................................................................................50
5.2. Classificação dos Projetos............................................................................................................................................................50
5.2.1. Tipos de projeções............................................................................................................................................................................51
5.2.2. Projeção Cilíndrica...........................................................................................................................................................................51
5.2.3. Projeção Cônica................................................................................................................................................................................53
5.2.4. Projeção Plana, Azimutal ou Polar....................................................................................................................................53
5.2.5. Anamorfose.........................................................................................................................................................................................54
6.1 Introdução..................................................................................................................................................................................................63
6.2. Convenções Cartográficas...........................................................................................................................................................63
6.3. Sensoriamento Remoto................................................................................................................................................................64
6.4. GPS................................................................................................................................................................................................................67
HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA CARTOGRAFIA
MOVIMENTOS DA TERRA E COORDENADAS GEOGRÁFICAS
FUSOS HORÁRIOS
ESCALA
PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS 
CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS E SENSORIAMENTO REMOTO
4
UNIDADE 1
Será apresentado a história e evolução da cartografia, demostrando como seu surgimento está 
relacionado a própria história da humanidade, como se deu sua evolução através do tempo e o 
surgimento dos conceitos atuais da cartografia, como Latitude, Longitude e Rosa dos Ventos.
UNIDADE 2
Você estudará sobre os movimentos da Terra e como influenciam na formação dos dias e noites 
e das estações do ano, compreendendo ainda como as coordenadas geográficas (latitude e 
longitude) permitem localizar com precisão qualquer ponto sobre a superfície terrestre, além de 
definir os fusos horários.
UNIDADE 3
Nessa unidade você estudará sobre os fusos horários mundiais, como foram criados e como calcular 
as diferenças horárias entre os países. Estudará ainda os fusos horários brasileiros e sobreo horário 
de verão. Compreender sobre fusos horários é essencial para o aluno, principalmente no contexto 
de globalização e de intenso fluxo de pessoas a nível mundial.
UNIDADE 4
Você, nessa unidade, aprenderá sobre escalas e suas as características, além de sua importância 
para geografia, para a cartografia e para diversas outras áreas do conhecimento. A escala está no 
dia a dia das pessoas, mesmo que de forma imperceptível. Reconhecer essas relações de proporção 
é essencial para que o aluno consiga interpretar corretamente as representações do espaço e seus 
fenômenos.
UNIDADE 5
Todo mapa ou representação da Terra é construído através de uma projeção cartográfica. Nessa 
unidade você aprenderá os tipos de projeções diferentes, como cada uma delas influência nas 
características dos mapas e que, por mais que se busque, e mesmo com toda tecnologia disponível, 
não existe representação do planeta sem apresentar deformações.
UNIDADE 6
Nessa unidade você aprenderá que existem convenções cartográficas reconhecidas 
mundialmente e que são essenciais para interpretar mapas em todo o mundo, evitando-se assim 
equívocos. Entenderá também os avanços na cartografia proporcionado pelas novas tecnologias, 
principalmente com o advento dos satélites e, mais recentemente, das tecnologias digitais, que 
possibilitaram, não apenas um maior detalhamento e representação da superfície terrestre e de 
seus fenômenos, como também a popularização dos mapas e das ferramentas de acesso e uso 
deles no dia a dia.
C
O
N
FI
R
A
 N
O
 L
IV
R
O
5
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O
O presente material da disciplina 
CARTOGRAFIA BÁSICA é parte 
importante para a sua formação em 
Geografia pela Faculdade Única. 
Nossa intenção é auxiliá-lo(a) atra-
vés de um material didático que, em 
conjunto, supra todas as suas neces-
sidades acadêmicas. O estudo deste 
Livro é extremamente necessário, 
para que você, aluno(a), amplie seus 
conhecimentos dentro da disciplina. 
Leia-o com atenção e, sempre que 
necessário, consulte-o.
Desejamos a todos(as) boas-vindas, 
expressando dessa forma a imensa 
alegria em tê-lo(a) conosco!
Prezado acadêmico(a),
6
UNIDADE 1
HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA 
CARTOGRAFIA
7
1.1
. 
IN
TR
O
D
U
Ç
Ã
O A Cartografia está presente em grande 
parte do dia a dia das pessoas. Sem sua 
parte mais elementar, o ser humano 
não conseguiria se orientar no Planeta, 
estaria restrito a uma pequena área 
ou vagaria perdido, sem conseguir 
retornar a sua origem. Pense como seria 
durante as cruzadas ou nas grandes 
navegações, sem falar em vários outros 
eventos históricos associados a longas 
movimentações populacionais.
A popularização da cartografia chegou 
com o avanço da tecnologia e a era 
digital, ocorridas principalmente nos 
últimos 20 anos. Além de ser usada 
em várias áreas de conhecimento, 
como navegação (aérea, rodoviária, 
marítima), agricultura, planejamento 
urbano, identificação de alvos militares, 
climatologia, hidrologia, arquitetura, 
dentre outros, o uso chegou ao 
cidadão comum através do uso do 
GPS e, posteriormente, de aplicativos 
de navegação como Waze ou o Google 
Maps, aplicativos de viagens e turismo 
como o Google Earth e outros como 
Uber.
A cartografia é ainda essencial para 
o Geógrafo, seja na investigação e 
compreensão do espaço geográfico, 
seja na sua representação. 
Nesse livro você aprenderá a 
importância da cartografia, sua 
história, conceitos, orientação, 
coordenadas geográficas, como 
utilizar fusos horários e escala, tipos de 
projeções, convenções cartográficas e 
sensoriamento remoto.
8
 A discussão sobre a origem de um 
tipo de conhecimento é sempre polêmica, 
o que acontece também com a Cartografia, 
visto estar associado diretamente a história 
da própria humanidade. 
 O homem, desde os tempos mais 
antigos, quando ainda era nômade, já precisa 
demarcar áreas por onde passava, caçava e 
coletava, além de definir territórios. Esses 
registros, têm referências como árvores, 
rios, morros, animais e rochas, muitas vezes 
em forma de pinturas rupestres, permitia 
ao homem primitivo, não apenas definir 
rotas e caminhos, mas marcá-los para, 
depois de longas jornadas, conseguir voltar 
com segurança para seu grupo, ou seja, 
foi fundamental para a sobrevivência da 
espécie humana. Esses registros datam de 
pelo menos 6.200 antes de Cristo.
 Com o advento das explorações 
e do comércio, associados as grandes 
navegações e as guerras, a necessidade 
de se localizar na superfície terrestre foi se 
tornando cada vez maior, o que, em conjunto 
com o desenvolvimento das Ciências e da 
Arte, com destaque principalmente para a 
1.2
 H
IS
TÓ
R
IA
 D
A
 C
A
R
TO
G
R
A
FI
A
Tablete de Argila
Mapa de Ga-Sur, 2500 a.C.
Fonte: <https://www.researchgate.net/figure/Figura-34-Mapa-de-
-Ga-Sur-Datado-entre-3800-e-2500-AC-este-e-considerado-um-dos_
fig19_29438530>. Acesso em 28 de dezembro de 2019.
Interpretação do Mapa de Ga-Sur
Figura 1
Matemática, marca os primórdios da Cartografia como 
Ciência.
 Muitas dessas representações se perderam no 
tempo, sendo que a primeira a ser considerada como 
mapa, pelos geógrafos, representando provavelmente 
a região do rio Eufrates, é o “Mapa de Ga-Sur”, feito em 
argila e datado de aproximadamente 3.000 anos a.C.
9
 Muitos outros mapas primitivos 
foram encontrados em várias partes da 
Ásia, contribuindo para a construção, 
posterior de uma linguagem cartográfica, 
que pode se dizer, surgiu antes mesmo 
da linguagem escrita. Logicamente que, 
essas primeiras representações eram a 
percepção do espaço daquelas pessoas 
que os fizeram, influenciadas pelo 
contexto social, cultural e histórico em 
viviam.
 Se os primeiros fundamentos da 
ciência cartográfica foram lançados na 
Grécia Antiga, quando Hiparco (160-120 
a.C.) utilizou-se de métodos astronômicos 
em seus cálculos e criou a projeção 
cônica, os gregos avançaram com as 
medidas geométricas, criando a noção 
de longitude e latitudes e os primeiros 
sistemas de projeção, com destaque 
para Ptolomeu (90-168 d.C.), que apesar 
de criar os princípios matemáticos da 
cartografia, foi ignorado durante toda a 
idade média pelo ocidente. 
 Com o final da idade média, todo 
conhecimento cartográfico esquecido 
no ocidente, mas preservado pelos 
árabes, ressurge e se desenvolve com as 
necessidades náuticas ligadas as grandes 
navegações, no século XV, passando a ter 
um aspecto mais funcional, impulsionado 
pelo advento da agulha magnética, com 
a invenção da imprensa, que possibilitou 
a impressão acelerada de mapas e, 
finalmente, com a fundação da Escola 
de Sagres, em Portugal, que criaram um 
aspecto cartográfico mais científico.
 No século XVI a produção 
cartográfica foi intensa, com destaque 
para os cartógrafos portugueses, 
espanhóis e italianos e, posteriormente, 
pelos holandeses, representada 
principalmente por Mercator. Em 1569 
apareceu o primeiro mapa de Mercator, 
que foi intensamente utilizado durante 
as grandes navegações. Apenas um ano 
depois (1570) é publicado o primeiro atlas 
moderno do mundo, o Theatrum Orbis
Terrarum. 
 As cartas náuticas portuguesas, 
chamadas de Portulanas, foram as primeiras 
a conter realmente referências geográficas, 
baseadas em astros e instrumentos como o 
astrolábio, quadrantes, bússola, dentre outros.
O século XVII e XVIII foi dominado pela 
Escola Francesa que deu maior credibilidade 
científica a cartografia através da associação 
a diversas outras ciências, com destaque para 
a Matemática, a Geodésia e a Astronomia, 
acabando com as improvisações e dando lhe 
um sentido mais objetivo.
 O desenvolvimento de serviços 
geográficos e cartográficos nacionais se 
desenvolveram no século XIX, principalmente 
nos países europeus. A expansão do 
comércio mundial, realizado através dos 
oceanos, contribuíram para a ampliação dos 
levantamentos costeiros de todas as partes 
do mundo e o surgimento de projeções 
importantes como a de Mollweide e da de Gauss. 
Nesse mesmo século também se desenvolveu 
a cartografia náuticabrasileira.
 Na atualidade, a grande revolução 
tecnológica permitiu um avanço da cartografia 
através do uso da aerofotogrametria, dos 
satélites e da eletrônica. O desenvolvimento de 
certas tecnologias expandiu as possibilidades 
da cartografia, possibilitando a criação de 
mapas mais precisos e detalhados, resultando 
na criação dos Sistemas de Informações 
Geográficas – SIG, possibilitando sua 
popularização através de celulares com o uso de 
aplicativos, smartphones e dispositivos móveis 
baseados na navegação por satélite e definição 
de rotas, como, por exemplo, o Waze, levando 
a cartografia definitivamente a era digital e 
colaborativa.
10
BUSQUE POR MAIS 
 No século XXI, ainda na primeira década, 
a internet passa por importantes transformações, 
disponibilizando ferramentas para geração, busca 
e compartilhamento de conteúdo. Nesse contexto 
surgem as primeiras plataformas de cartografia 
colaborativa na internet.
LINK: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/
termo332/cartografia-colaborativa
Cada vez mais, nesta sociedade digital vivendo 
a era da informação móvel, os mapas são vitais 
e onipresentes, estão em toda parte. Recursos 
inovadores, dispositivos como os celulares e seus 
aplicativos ampliaram o potencial da Cartografia, 
agora com novos mapeadores e usuários. Espera-
se que os mapas sejam acessíveis a todas as 
pessoas, respeitando a ideia dos direitos e 
oportunidades iguais.
LINK: https://www.agb.org.br/publicacoes/index.
php/boletim-paulista/article/view/1507
Trata da evolução da utilização da informação 
geográfica e sua cartografia após três revoluções 
tecnológicas: a digital, a multimídia e a da 
comunicação. Após breve apresentação da 
informação geográfica, veremos quais são as 
grandes transformações ocorridas na Cartografia.
LINK: http://www.revistas.usp.br/rdg/article/
view/85565
SCANEIE O CÓDIGO
E ACESSE O LINK
 O conceito de Cartografia, para 
definir as representações cartográficas, foi 
criada no século XIX, em 1839, pelo Visconde 
de Santarém. Posteriormente, em 1964, a 
Associação Cartográfica Internacional (ACI), 
criou um conceito mais amplo, sem grandes 
contestações, o que fez com que a própria 
UNESCO adotasse o conceito em 1966.
“A Cartografia apresenta-se como o 
conjunto de estudos e operações científicas, 
técnicas e artísticas que, tendo por base 
os resultados de observações diretas ou da 
análise de documentação, se voltam para a 
elaboração de mapas, cartas e outras formas 
de expressão ou representação de objetos, 
elementos, fenômenos e ambientes físicos e 
socioeconômicos, bem como a sua utilização.” 
(OLIVEIRA, Cêurio. Dicionário de Cartografia – 
Fundação IBGE. P. 13).
11
 As dimensões e o formato do 
nosso Planeta sempre foram tema 
de especulações, muitas vezes com 
roupagens místicas, gerando vários 
conceitos e interpretações de qual 
seria a verdadeira forma da Terra. 
Na antiguidade, alguns estudiosos 
acreditavam ser a Terra plana, o que 
gerava debates acalorados, pois outros, 
como Pitágoras (528 A.C.), afirmavam 
ser a Terra esférica. O desenvolvimento 
tecnológico e o surgimento de novas 
técnicas cartográficas foram essenciais 
para resolver essa questão.
 A superfície da Terra é irregular, 
pois sofre constantes alterações, seja pela 
dinâmica interna do Planeta (terremotos, 
vulcões, placas tectônicas), pela dinâmica 
externa (clima e erosão) ou pela ação 
antrópica.
 A ciência responsável por estudar a 
forma e as dimensões da Terra chama-se 
Geodesia. O nome foi usado pela primeira 
vez por Aristóteles e é, simultaneamente, 
um ramo das geociências e um tipo de 
engenharia.
 A introdução da Matemática ajudou a 
simplificar os cálculos da superfície terrestre. 
O matemático alemão Carl Gauss (1777 – 1855), 
afirmou ser o formato da Terra Geoide, ou seja, 
a forma da Terra subtraída das montanhas 
e vales, pois estes são muito pequenos em 
relação ao diâmetro do planeta. Porém, não 
é possível calcular matematicamente a forma 
geoide, pois ela é aproximadamente esférica, 
com suaves ondulações e achatada nos polos.
 Em busca de uma simplificação para 
representar o planeta, que fosse possível de 
ser calculado matematicamente, facilitando a 
definição de coordenadas, adotou se a figura 
geométrica ELIPSE ou ELIPSÓIDE (achatado 
nos polos), tornando-se a referência na 
elaboração das representações cartográficas.
1.3
 F
O
R
M
A
 D
A
 T
E
R
R
A
 Ação antrópica: Qualquer atividade desenvolvida 
pelo homem sobre o meio ambiente, independentemente 
de ser maléfica ou benéfica. (Vocabulário Básico de Recursos 
Naturais e Meio Ambiente – IBGE 2004).
GLOSSÁRIO
Figura 1
Fonte: Fundamentos da Topografia in http://engenha-
riaconcursos.com.br/arquivos/Topografia/ fundamen-
tos%20de%20topografia.pdf
12
1.4
 O
R
IE
N
TA
Ç
Ã
O
1.4.1. PONTOS CARDEAIS
1.4.2. PONTOS COLATERAIS
 Os meios de orientação surgiram da 
necessidade de se posicionar corretamente, 
de posicionar localidades ou para traçar 
rotas. Durante a história da humanidade, 
essa orientação foi feita por meios e formas 
diferentes. Quando as distâncias a serem 
percorridas não fossem longas, podia-se 
usar como referências recursos naturais 
como rios, lagos e montanhas. Para 
distâncias maiores, aprenderam a usar os 
astros, como o sol, a lua e algumas estrelas. 
 O Sol se tornou a mais importante 
referência para o ser humano. O lugar onde 
nasce passou a ser chamado de nascente, 
leste ou oriente, daí o surgimento do termo 
orientação, ou seja, a busca do oriente ou
cardeal e seu ponto colateral subsequente 
é sempre de 45º.
 Existe ainda os pontos 
subcolaterais, que no total são oito, 
situados entre cada ponto cardeal e 
colateral. Apesar desse ponto ser citado 
em todos os livros didáticos e materiais 
de cartografia, praticamente não é usado 
pelo aluno de Ensino Fundamental e 
Médio.
Norte (N) – demonstra a direção exata 
em que o Polo Norte está localizado. 
Assim, possui dois tipos de sinônimos: 
setentrional e boreal. A Estrela Polar é 
usada para auxiliar na direção;
Sul (S) – demonstra a direção exata em 
que o Polo Sul está localizado. Dessa 
forma, dois tipos de sinônimos são 
possíveis: meridional e austral. A estrela 
usada na direção é o Cruzeiro do Sul.
Leste (L) – O “nascer do sol” é utilizado 
como referencial. Assim, o sinônimo 
comum é a palavra oriente.
Oeste (O) – O “pôr do sol” é utilizado como 
o referencial. O sinônimo mais popular é 
a palavra ocidente.
 A partir da Rosa dos Ventos, com base no Leste, 
é possível encontrar também os pontos cardeais 
Norte (também chamado de Boreal ou Setentrional) 
e o Sul (também chamado de Austral ou Meridional).
 A distância entre dois pontos cardeais 
subsequentes é de 90º, ou seja, formam um ângulo 
reto. Entre dois pontos cardeais é possível encontraro 
ponto colateral, sendo eles Nordeste, Sudeste, 
Sudoeste e Noroeste. A distância entre um ponto
onde o sol nasce. Onde o sol se põe foi denominado 
de poente, oeste ou ocidente, possibilitando a criação 
da Rosa dos Ventos com quatros pontos cardeais: 
Norte, Sul, Leste e Oeste.
 NO/NW – entre o Oeste e o Norte, há o 
ponto colateral Noroeste.
SE/SW – entre o Oeste e o Sul, há o ponto 
colateral Sudoeste.
SE – entre o Leste e o Sul, há o ponto 
colateral Sudeste.
NE – entre o Leste e o Norte, há o ponto 
colateral Nordeste.
Figura 3
Fonte: https://www.monolitonimbus.com.br/rosa-dos-
-ventos-e-os-deuses/
13
 Esses pontos facilitam a orientação 
de navios e aviões ou de qualquer pessoa na 
superfície terrestre, principalmente em lugares 
onde não há estradas, como em desertos e 
florestas. Na análise de mapas são usados 
como referências de lugares ou elementos. Por 
exemplo, pode-se dizer que um navio afundou 
na Costa Oeste dos Estados Unidos ou, ainda, 
citar como referência, que o Aquífero Guarani 
localiza-se no Planalto Meridional Brasileiro.
 Vale lembrar ainda que a rosa dos ventos 
é utilizada na bússola, instrumento que possui 
uma agulha imantada que aponta sempre para 
o norte magnético,possibilitando ao usuário 
uma noção correta da direção a seguir.
 Apesar de ter se destacado durante as 
grandes navegações, no século XVI, a bússola 
foi criada na China, no século I, mas somente 
em 1302 o marinheiro e inventor Flávio Gioia 
aperfeiçoou a bússola, colocando a agulha 
sobre um cartão com o desenho de uma rosa 
dos ventos, o que facilitou a orientação.
1.4.3. PONTOS SUBCOLATERAIS
ENE: Leste-nordeste;
ESE: Leste-sudeste;
SSE: Sul-sudeste;
NNE: Norte-nordeste;
NNO/NNW: Norte-noroeste;
SSO/SSW: Sul-sudoeste;
OSO/WSW: Oeste-sudoeste;
ONO/WNW: Oeste-noroeste.
VAMOS PENSAR?
 Tão importante quanto a metragem e 
localização, a orientação solar deve ser considerada na 
hora de escolher um imóvel para comprar. Isso porque 
é ela quem vai definir a quantidade de luz solar que 
a sua casa irá receber. São vários os benefícios para a 
residência que recebe sol de forma adequada: menos 
custos para o dono do imóvel e mais qualidade de 
vida. 
 Devido ao movimento do sol, a orientação 
solar muda de acordo com a região e, portanto, não 
há uma regra universal para a posição do imóvel.
No hemisfério sul, onde está localizado o Brasil, a face 
norte é a que recebe mais sol durante o dia, logo, a face 
sul quase não recebe sol. Sabendo que o sol nasce ao 
leste, esta face tem maior incidência do sol da manhã, 
enquanto a face oeste recebe o sol da tarde.
O quarto, por ser um ambiente com maior tempo de 
permanência, é importante que seja mais arejado. 
Se o sol da manhã for predominante em cômodos 
posicionados à leste, isso auxilia na rotina do sono, 
aquece o ambiente durante o dia e o refresca à noite, 
evitando a sensação de abafamento.
Tanto à leste, quanto à norte, a sala e a varanda 
costumam ficar bem frescos. Se posicionados à oeste, 
ficam mais aquecidos e podem ser favorecidos pela 
presença de plantas e flores.
Já a cozinha é naturalmente úmida e por isso deve 
receber alguma luz e ventilação. No entanto, é preciso 
evitar a incidência direta dos raios solares, que podem 
estragar eletrodomésticos e mantimentos. Para 
quem sofre com o clima úmido, as faces norte, leste 
ou oeste ajudam a manter o ambiente seco.
O banheiro também é um ambiente úmido e, por 
isso, propenso à manifestação de bolor e mofo. Dessa 
forma, é importante que receba sol em alguma parte 
do dia, independente da face escolhida.
A orientação solar deve ser uma das premissas 
na escolha do imóvel, porém, os costumes e as 
particularidades de cada morador devem ser 
considerados.
Cada caso é um caso. É preciso avaliar o entorno, 
gostos pessoais, questões de saúde, conforto e até 
mesmo a questão financeira. Se sua varanda for 
voltada para o oeste e você apreciar ver o pôr do sol, 
esse pode ser um ponto positivo. O horário em que 
você mais permanece em casa também deve ser 
levado em consideração.
Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto-
aracatuba/mercado-imobiliario-do-interior/noticia/
orientacao-solar-e-fator-importante-na-hora-de-
escolher-o-imovel.ghtml (adaptado).
14
Figura 4
Fonte: https://www.trekkingbrasil.com/orientacao-
-com-bussola-e-mapa-parte-1/
 Além do Norte Magnético (NM), 
também existe o Norte Geográfico (NG) ou 
verdadeiro (NV), assim chamado porque é 
o ponto onde passa o eixo de rotação da 
Terra, sendo ainda a referência do sistema de 
coordenadas geográficas, que veremos no 
próximo capítulo. O Norte Verdadeiro (90ºN) 
é o Polo Norte, onde se interceptam todos os 
meridianos.
 A diferença entre o Norte Magnético e 
o Norte Geográfico é medido em graus, sendo 
chamada de declinação magnética. Essa 
declinação varia no tempo geológico e de 
acordo com a localização da área no Planeta.
Figura 5
Figura: Declinação Magnética (+D)
BUSQUE POR MAIS 
 A descoberta de que a Terra possui um 
campo magnético, comportando-se como um 
grande imã, ocorreu em 1600, com trabalhos do 
físico e médico inglês William Gilbert.
A origem desse campo magnético e as suas 
consequências para a Terra ainda são objeto de 
estudo, mas sua importância é incontestável. Foi 
ele que permitiu as grandes navegações, pelo 
uso da bússola (os modernos navios usam GPS). 
É ele também que nos protege das partículas 
carregadas de eletromagnetismo provenientes 
do Sol (vento solar), a 700 km/s, e de outros 
pontos da galáxia (além de afetar seriamente as 
transmissões de rádio e televisão, há evidências 
de que as tormentas magnéticas aumentam as 
ocorrências de ataques cardíacos).
LINK: http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-
Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-
Ametista/Magnetismo-Terrestre-2623.html
Tão importante quanto a metragem e 
localização, a orientação solar deve ser 
considerada na hora de escolher o seu imóvel. 
Isso porque é ela quem vai definir a quantidade 
de luz solar que a sua casa irá receber. São vários 
os benefícios para a residência que recebe sol 
de forma adequada: menos custos para o dono 
do imóvel e mais qualidade de vida.
LINK: https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-
rio-preto-aracatuba/mercado-imobiliario-
do-interior/noticia/orientacao-solar-e-fator-
importante-na-hora-de-escolher-o-imovel.
ghtml
Aprenda a encontrar os pontos cardeais sem 
a bússola. Existem algumas maneiras de 
encontrar o Norte: através do sol, utilizando um 
relógio, utilizando a sombra de uma vara etc. 
Com este vídeo você observará que não é difícil 
se orientar.
LINK: https://www.youtube.com/
watch?v=mYKO93TbRe0
Livro técnico sobre a Cartografia e suas 
tecnologias, trabalhando sua evolução histórica 
e outros assuntos que serão vistos em todo esse 
livro.
15
Questão 01 - (Enem) Leia o texto a seguir. 
O JARDIM DE CAMINHOS QUE SE BIFURCAM
[...] Uma lâmpada aclarava a plataforma, mas os rostos dos meninos ficavam na 
sombra. Um me perguntou: O senhor vai à casa do Dr. Stephen Albert? Sem aguardar 
resposta, outro disse: A casa fica longe daqui, mas o senhor não se perderá se tomar 
esse caminho à esquerda e se em cada encruzilhada do caminho dobrar à esquerda. 
Borges, J. Ficções. Rio de Janeiro: Globo, 1997. p. 96 (adaptado). 
Quanto à cena descrita, considere que 
I. o Sol nasce à direita dos meninos. 
II. o senhor seguiu o conselho dos meninos, tendo encontrado duas encruzilhadas até 
a casa.
Conclui-se que o senhor caminhou, respectivamente, nos sentidos 
a) Oeste, Sul e Leste. 
b) Leste, Sul e Oeste. 
c) Oeste, Norte e Leste. 
d) Leste, Norte e Oeste. 
e) Leste, Norte e Sul.
Questão 02 - A figura simula um jogo de futebol, na qual o time A é composto pelos 
jogadores de A a L e o time B pelos jogadores de 1 a 11. O narrador do jogo, ao observar 
o movimento aparente do sol, pode descrever a seguinte jogada:
FIXANDO O CONTEÚDO
16
a) O goleiro do time A lança a bola na direção SO para o jogador E.
b) O jogador 9 chuta na direção NE para o jogador H, na porção meridional do 
campo.
c) O jogador 10 finaliza a jogada chutando para o gol na direção NE.
d) O goleiro do time B, do lado oriental do campo, defende a bola do jogador I, 
chutada na direção SE.
e) O jogador E, a oeste do jogador F, chuta a bola para o jogador J na direção SO.
Questão 03 - (UFG-GO). Observe o mapa a seguir:
A leitura e a interpretação do mapa, por meio da análise da rede geográfica e dos pontos 
de referência, indicam que o município de Sabará localiza-se:
a) Ao norte de Belo Horizonte e ao sul de Caeté.
b) A oeste de Nova Lima e a leste de Santa Luzia.
c) A leste de Belo Horizonte e a oeste de Caeté.
d) A oeste de Raposos e a leste de Santa Luzia.
e) Ao sul de Raposos e ao sul de Taquaraçu de Minas.
Questão 04 - Considere o esquema abaixo (pontos cardeais, colaterais e subcolaterais), 
que posiciona algumas capitais brasileiras e as direções NOROESTE (NO), SUDESTE 
(SE), ESTE-NORDESTE (ENE) e SUDOESTE (SO), respectivamente:
17
A alternativa que correlaciona a capital e a direção indicada é:
a) Teresina, Belo Horizonte, Fortaleza, São Paulo.
b) Cuiabá, São Paulo, Manaus, Vitória.
c) Manaus, Rio de Janeiro, Aracaju, Campo Grande.
d) Fortaleza, Teresina, Campo Grande, Cuiabá.
Questão05 - (PUC). Levando em consideração que, no dia em que esta foto foi tirada, 
o Sol se pôs exatamente atrás da estátua do Cristo Redentor, podemos AFIRMAR que:
a) O Pão de Açúcar está situado ao norte da parte frontal da estátua do Cristo 
Redentor.
b) O braço direito do Cristo Redentor está apontando para a direção sul.
c) O Leste está na direção da parte de trás da estátua do Cristo Redentor.
d) A enseada de Botafogo está ao sul da parte frontal da estátua do Cristo Redentor.
e) O braço esquerdo do Cristo Redentor está apontando para a direção oeste.
Questão 06 - A Terra comporta-se como um imenso ímã, ou seja, tem magnetismo 
próprio. Observe as figuras, que são representações do campo magnético da Terra.
A partir da observação das figuras e de seus conhecimentos, pode-se afirmar que:
a) se buscamos as coordenadas geográficas do polo Norte Magnético para atingir 
o polo Norte Geográfico, o provável é que não cheguemos lá, porque a localização dos 
polos magnéticos da Terra não coincide com a dos polos geográficos.
b) o polo norte magnético encontra-se na costa norte do Alasca e o polo sul 
magnético na costa oeste da Antártida.
c) se buscarmos as coordenadas geográficas do polo sul magnético para atingir o 
polo sul geográfico, o provável é que alcancemos nosso intento, porque a localização 
dos polos magnéticos da Terra coincide com a dos polos geográficos.
18
d) o polo norte magnético encontra-se na Groenlândia, na América do Norte, e o 
polo sul geográfico na costa norte da Antártida.
e) o polo norte magnético encontra-se na costa norte do Canadá, no oceano 
Atlântico, portanto, junto à localização do polo norte geográfico.
Questão 07 - Posicionando os estados brasileiros a partir de orientações em pontos 
cardeais e colaterais pode ser considerado que:
a) O estado do Mato Grosso encontra-se em uma posição meridional em relação ao 
Amazonas e Pará. 
b) O Acre e o Amazonas possuem as terras mais orientais do território brasileiro.
c) Os estados mais orientais do Nordeste são o Piauí e o Maranhão.
d) Em Roraima encontra-se a extremidade mais meridional do país.
e) O estado de Goiás está ao sul de Tocantins e a leste de Minas Gerais.
Questão 08 - A grande família do Alasca
“Nas profundezas do Alasca selvagem, vive a recém-descoberta família Brown. Billy, sua 
esposa Ami e os sete filhos (cinco rapazes e duas garotas) vivem isolados do mundo, 
desenvolvendo dialetos e sotaque próprios. Em determinadas épocas do ano, os Brown 
chegam a passar até nove meses sem contato com forasteiros”. 
Fonte: http://www.brasil.discovery.uol.com.br/aventura/a-grande-familia-do-alasca/a-
grande-familia-do-alasca-sobre-a-serie/, acesso em 28/02/2017.
Assinale em quais hemisférios se encontra a família Brown:
a) setentrional e oriental.
b) austral e oriental.
c) austral e ocidental.
d) boreal e ocidental.
e) meridional e oriental.
19
UNIDADE 2
MOVIMENTOS DA TERRA E COORDENADAS 
GEOGRÁFICAS
20
 Neste capítulo você vai estudar sobre os 
principais movimentos da Terra e compreender 
como influenciam na orientação do Planeta, 
na definição dos dias e noites e das estações 
do ano. Aprenderá ainda sobre as coordenadas 
geográficas, valores numéricos por meio dos 
quais se define, com precisão, um ponto na 
superfície terrestre, além de delimitar as zonas 
térmicas do planeta e os fusos horários.
 Esse capítulo é essencial em todo estudo 
de cartografia, uma vez que seria impossível 
se orientar, localizar ou mesmo representar a 
Terra sem os conhecimentos que envolvem os 
assuntos discutidos na unidade.
superfície terrestre durante o ano, pois o eixo 
imaginário, em torno do qual a terra faz sua 
rotação, tem uma inclinação de 23º27’ em 
relação a órbita terrestre.
 Desde os tempos mais remotos, o dia e a 
noite são os métodos mais eficazes de medição 
do tempo. Outra forma muito usual de medir 
o tempo, mas durante períodos mais longos, 
é a variação do clima durante as estações do 
ano, com a presença de longo período de 
calor, neve ou mesmo o florescer das plantas. 
Ambos métodos estão relacionados com os 
movimentos da Terra, diferenciando apenas se 
esse movimento é em torno do próprio eixo ou 
em torno do sol.
 O movimento que o Planeta faz em 
torno do próprio eixo é chamado ROTAÇÃO. 
O movimento ocorre de oeste para leste, em 
sentido anti-horário, e tem uma duração 
de 23 horas, 56 minutos e 4 segundos, ou, 
aproximadamente 24 horas, completando o dia 
solar. Além de determinar os dias e as noites, 
esse movimento também tem influência nos 
mecanismos de circulação atmosférica global e 
na dinâmica das correntes marítimas.
 A existência de dias e noites determina 
os índices de luminosidade, temperatura 
e umidade do ar, essenciais para o 
desenvolvimento dos ecossistemas do Planeta. 
Vale lembrar que a iluminação do sol varia na
 Outro movimento essencial para a vida 
e dinâmica do planeta é o de TRANSLAÇÃO. 
Nesse movimento a Terra gira em torno do 
Sol, de oeste para leste, mesmo sentido do 
movimento de rotação. Esse movimento tem 
duração de 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 
dois segundos, ou seja, um ano solar, sendo 
responsável pela ocorrência das estações do 
ano e, consequentemente, dos solstícios e 
equinócios.
 Considerando, aproximadamente, 
uma duração de 365 dias e 6 horas, será fácil 
perceber que a cada ano sobrará 6 horas, pois o 
ano civil adotado, por convenção, tem 365 dias. 
O ajuste será feito a cada 4 anos, quando o ano 
terá 366 dias e o mês de fevereiro 29 dias, o que 
é chamado de ano bissexto.
2.2. MOVIMENTOS DA TERRA
2.1. INTRODUÇÃO
Figura 6
Movimento de rotação da Terra
SCANEIE O CÓDIGO E ACESSE O LINK
21
 Ao longo do ano, quatro pontos durante 
o movimento de Translação são importantes, 
pois registram o início das estações do ano em 
 É importante frisar que a determinação 
das estações do ano não está associada apenas 
ao movimento de translação da Terra, mas 
também a inclinação de seu eixo de rotação, 
que faz com que o sol incida em ângulos 
diferentes na superfície terrestre, provocando 
variações de fotoperíodo.
 O movimento de translação ocorre 
em uma orbita elíptica, fazendo com que a 
Terra se aproxime ou se afaste mais do Sol. O 
momento em que a Terra está mais próxima 
do Sol é chamada de Periélio (do grego, peri 
= perto e hélio = sol), quando a Terra fica a 
aproximadamente 147 milhões de Km do Sol, o 
que acontece próximo ao dia 03 de janeiro. Por 
volta do dia 04 de julho ocorre o Afélio (do grego, 
ap = longe, distante e hélio = sol), momento em 
que a Terra se encontra mais distante em sua 
órbita de translação, a 152 milhões de km. Apesar 
das datas coincidirem com o verão e inverno 
do hemisfério sul, o Periélio e o Afélio não são 
responsáveis pelas estações no ano, apenas 
intensificando-as. Você estudará mais sobre o 
assunto em física, pois o tema é explicado pela 
2ª Lei de Kepler: Lei das Áreas. 
Figura 7
Figura: Afélio, Periélio, Solstício e Equinócio
BUSQUE POR MAIS 
O que é um ano? Uma pergunta simples, com 
uma resposta aparentemente simples: um ano é 
a quantidade de tempo que a Terra demora a dar 
uma volta ao Sol. Mas como sabemos quando a Terra 
completa uma volta ao Sol? Para responder a esta 
questão é necessário escolher uma referência que nos 
permita realizar a medição.
LINK: https://www.natgeo.pt/ciencia/2020/02/origem-
do-ano-bissexto
Os nascidos e os que vão nascer no dia 29 de fevereiro, 
devem ser registrados na data exata do nascimento. 
Isso se faz por meio do Cadastro Nacional de 
Estabelecimentos de Saúde, pelo médico ou profissional 
de saúde que acompanhou a gestação ou parto do 
nascido. Não se trata da Certidão de Nascimento, mas 
da Declaração de Nascido Vivo.
LINK: https://bhaz.com.br/2020/01/05/ano-bissexto-
nascidos-29-fevereiro/
Livro que constrói o conhecimento cartográfico com 
conceitos clássicos e modernos, sua história e grandes 
transformações até a Cartografia digital. Aborda seus 
campos temáticos e os sistemas de coordenadas 
(página 85 a 113).
LINK: https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/175009
FIQUE ATENTO
Os responsáveis pela ocorrência das estações do ano 
são o movimento de Translação da Terra e a inclinação 
do eixo terrestre em relação ao seu plano de órbita.
Fotoperíodo: É a duração do dia em relação à noite em 
um tempo de 24 horas. Fotoperiodismo é a reação da 
planta à esse tempo.
O fotoperíodo exerce influência sobre a floração, pois 
este aponta as estações do ano. As plantas neutras ou 
indiferentes são aquelas que não dependem do 
fotoperíodo e sim da disponibilidade de água e 
temperatura. 
LINK: (https://brasilescola.uol.com.br/biologia/
fotoperiodismo.html).
GLOSSÁRIO
2.3. SOLSTÍCIOS E EQUINÓCIOS
22
 cada hemisfério, de acordo com a 
incidência solar, definindo os Solstícios e 
Equinócios.
 Os Solstícios, do latim solstare, significa 
sol distante. Esse é o momento em que o sol fica 
perpendicular a um dos trópicos. Vale lembrar 
que os trópicos são o ponto máximo em que o 
sol incide perpendicularmente, ou seja, quando 
o sol incide perpendicularmente sobre o trópico 
de Câncer, é o momento em que o Sol está mais 
distante do hemisfério sul. Nesse momento 
inicia-se o verão no hemisfério norte e o inverno 
no hemisfério sul, o que ocorre no dia 21 de 
junho. No dia 21 de dezembro o Sol encontra-se 
perpendicular ao Trópico de Capricórnio, dando 
início ao Solstício de Verão nesse hemisfério. As 
estações do ano são inversas de hemisfério para 
hemisfério.
 Durante os solstícios tem-se a maior 
variação do fotoperíodo (período do dia de 
luminosidade). No verão, próximo ao trópico, 
tem-se o dia mais longo do ano e próximo ao 
círculo polar, os chamados dias polares. No 
inverno isso se inverte, pois, a noite será a mais 
longa do ano, chegando a noites polares nas 
altas latitudes.
Vale lembrar novamente que as estações do 
ano são inversas de hemisfério para hemisfério.
 Vale frisar ainda que, durante os 
solstícios, o Sol atinge o chamado Zênite, 
ponto mais alta da esfera celeste, formando 
um ângulo perpendicular com o observador. 
Isso só ocorre entre os trópicos de Câncer e de 
Capricórnio, pois são os pontos máximos em 
que o sol incide de forma perpendicular. Nesse 
ponto, a dispersão de energia solar é menor, 
fazendo com que as regiões entre os trópicos 
possuam temperaturas médias mais elevadas. 
Essa diferença de distribuição de energia solar 
sobre a superfície terrestre, devido a inclinação 
do eixo terrestre e do movimento de translação 
da Terra, além de definir os Solstícios Equinócios 
(estações do ano), também define as zonas 
térmicas do Planeta.
Figura 8
Figura 9
Figura 10
 Já os Equinócios, do latim aecnoquitium, 
significa “noites iguais”. É o momento em que 
o Sol está perpendicular ao Equador, dividindo 
luminosidade e calor por igual nos dois 
hemisférios e fazendo com que noites e dias 
tenham a mesma duração, ou seja, 12 horas de 
dia e 12 horas de noite em todo o Planeta. Isso 
só ocorre em dois dias do ano, com exceção do 
Equador, onde o Sol incide perpendicular todos 
os dias do ano. Os Equinócios representam o 
início da Primavera e do Outono, ocorrendo 
sempre nos dias 20 ou 21 de março e 23 de 
setembro. 
23
 A orientação terrestre, feita através do 
Sol, da Lua ou das estrelas ajudou muito o ser 
humano a conseguir se locomover e se orientar 
no espaço, porém não definia com precisão 
nenhum ponto sobre a superfície terrestre. Para 
isso, foi necessário avançar, principalmente 
com ajuda da matemática, na construção 
de uma rede de coordenadas cartesianas 
adaptadas a um plano, que ficou conhecida 
como Coordenadas Geográficas.
 Segundo o IBGE, Coordenadas 
Geográficas são “valores numéricos através 
dos quais podemos definir a posição de um 
ponto na superfície da Terra, tendo como 
ponto de origem para as latitudes o Equador 
e o Meridiano de Greenwich para a origem das 
longitudes. ”
Vídeo explicativo sobre Solstícios e Equinócio. A 
dinâmica do vídeo permite ao aluno uma melhor 
visualização e compreensão do assunto.
LINK: https://www.youtube.com/watch?v=S-DlNTw-
BUSQUE POR MAIS 
SCANEIE O CÓDIGO 
E ACESSE O LINK
A partir de 22 de novembro até 20 de janeiro o sol 
não nasce na cidade de Hammerfest. Nesta cidade 
portuária Norueguesa o sol não vai aparecer até dia 20 
de janeiro e depois, não se vai pôr de 14 maio a 31 de 
julho.
Com cerca de 10 mil habitantes, Hammerfest, na ilha de 
Kvalo, no condado de Finnmark, fica a 480 km a norte 
do Círculo Polar Ártico e auto- intitula-se a cidade mais 
setentrional do mundo. Aqui, durante o inverno, o sol 
nunca aparece no horizonte (noite polar) e, durante 
o verão, nunca desaparece (dia polar ou sol da meia 
noite).
Apesar da sua localização, a temperatura média anual 
nesta cidade norueguesa é de 2 °C, oscilando entre os 
−5 °C de janeiro e os 11 °C (52 °F) de julho.
Compreensivelmente Hammerfest foi, em 1891, o 
primeiro aglomerado urbano do norte da Europa a ter 
luz elétrica nas ruas. A invenção foi trazida para a cidade 
dois comerciantes locais regressados de uma feira em 
Paris onde tinham assistido a uma demonstração.
O sol da meia noite é um fenómeno natural que ocorre 
nos meses de verão em localidades a norte do círculo 
polar ártico e a sul do circo polar antártico quando o 
sol continua visível à meia noite. Perto do solstício de 
verão, o sol brilha continuamente durante 24 horas se o 
tempo estiver bom.
Quanto mais perto estiver o local dos polos, maior 
é a quantidade de dias do ano com luz contínua. O 
contrário acontece no inverno com a “noite polar” a 
prolongar-se por 24 horas.
Tal como o “sol da meia noite”, a “noite polar” deve-se 
também à inclinação do planeta. No inverno, “a noite 
polar” chega quando o hemisfério norte se encontra
mais longe do sol, sendo as regiões polares mais 
setentrionais, as zonas do planeta mais afastadas do sol 
e as regiões a que o resto do planeta faz sombra.
FONTE: https://rfm.sapo.pt/content/3679/a-cidade-
onde-a-noite-dura-59-dias. (adaptada)
2.4. COORDENADAS GEOGRÁFICAS
VAMOS PENSAR?
Figura 11
 É importante frisar que as coordenadas 
são adaptações que buscam, através de técnicas 
cartográficas, representar o Planeta Terra da 
forma mais correta e precisa possível, o que 
acaba não ocorrendo, pois toda representação 
da Terra acaba apresentando deformações e 
distorções, por menores que sejam.
 Através desse sistema, formado por 
paralelos e meridianos, torna-se possível
24
localizar com precisão qualquer ponto ou objeto 
na superfície terrestre.
 Os paralelos são círculos da superfície 
da Terra paralelos ao Equador, ou seja, 
perpendiculares ao eixo terrestre. A referência 
para os paralelos é sempre o paralelo 0 graus ou 
inicial, ou seja, o Equador, que divide o Planeta 
em dois hemisférios, Norte e Sul.
 O Equador é o círculo máximo entre os 
paralelos, pois passa na parte mais larga do 
Planeta. Os círculos dos paralelos vão diminuindo 
em direção aos pontos, até chegar nos paralelos 
90 graus Norte e Sul, representados apenas por 
um ponto.
 A partir dos paralelos se definem as 
latitudes, ou seja, a distância em graus de 
qualquer ponto da Terra em relação a linha do 
Equador, variando de 0º a 90º graus.
 Além do Equador, outros quatro 
paralelos também recebem nome e são 
importantes na definição das zonas térmicas da 
Terra. Os Trópicos de Câncer e de Capricórnio, 
respectivamente em 23º27’ norte e 23º27’ 
sul. Entre esses paralelos situa-se a Zona 
Intertropical, região com as temperaturas 
médias anuais mais elevadas por receber, pelo 
menos em dois dias do ano, os raios solares 
de forma perpendicular. Nessa região não são 
percebidas as quatro estações do ano, mas 
apenas verão e inverno.
 Outros dois paralelos importantes são o 
Círculo Polar Ártico e o Círculo Polar Antártico, 
situados em 66º33’ Norte e Sul, respectivamente, 
definindo o ponto máximo do Planeta em que 
se tem insolação os 365 dias do ano. A partir dos 
círculos polares, ter-se-á as chamadas noites e 
dias polares. Essa região é chamada de Zona 
Polar.Essa região recebe os raios solares 
sempre de forma oblíqua, nunca perpendicular, 
possuindo, por isso, temperaturas médias mais 
amenas, além de ser perceptível as quatro 
estações do ano.
Figura 12
Figura 14
Incidência dos raios solares por zona térmica da Terra
Figura 13
Principais Paralelos
25
 Acima, tem-se a representação de cinco 
pontos diferentes. Observando as suas latitudes 
e longitudes, pode-se, então, descrever as 
coordenadas geográficas de cada um deles, 
indicando os seus hemisférios (Norte: N. Sul: S. 
Leste: E. Oeste: W).
 Observe que todos os pontos da 
superfície se localizam em pelo menos dois 
hemisférios. O território brasileiro, nesse caso, 
encontra-se em três hemisférios: uma pequena 
parte no Norte, uma grande parte no Sul e todo 
ele no Oeste.
 Diferente dos paralelos, os meridianos 
são linhas imaginárias que cortam o Planeta 
na vertical (longitudinalmente), de polo a polo. 
O Meridiano Zero, ou de origem, é o Meridiano 
de Greenwich, que passa na cidade de Londres 
e divide o planeta em dois hemisférios, Leste e 
Oeste.
 Longitude é a distância em graus, 
de qualquer ponto da Terra em relação ao 
Meridiano de Greenwich, apresentando uma 
variação entre 0º e 180º Leste e Oeste. 
 O cruzamento entre um paralelo e um
meridiano forma a chamada coordenada 
geográfica, que será dada em latitudes e 
longitudes e representada através de graus e 
hemisférios. 
 Por exemplo, o mapa a seguir fornece as 
Coordenadas Geográficas globais estabelecidas 
a partir da combinação das latitudes e das 
longitudes.
Figura 16
As coordenadas geográficas permitem a localização dos 
diferentes pontos no mapa
Figura 15
PONTO A:
20ºS 60ºW
PONTO B:
40ºS 0º
PONTO C:
20ºS 90ºE
PONTO D:
0º
PONTO E:
40ºN 120ºE
SCANEIE O CÓDIGO 
E ACESSE O LINK
BUSQUE POR MAIS 
Site do IBGE onde o aluno encontrará vídeos e resumos 
sobre vários assuntos de cartografia, ajudando na 
visualização e aprendizagem de alguns conteúdos.
LINK: https://atlasescolar.ibge.gov.br/conceitos-gerais/
o-que-e-cartografia/coordenadas-geogra-ficas.html
O termo antípoda designa tradicionalmente na 
Europa as regiões situadas do outro lado da Terra, 
como a Oceania e vem do plural Antípodas. Este 
termo veio de uma expressão grega significando 
literalmente “pés opostos” (as pessoas que habitariam 
nos antípodas caminhariam “ao contrário”). Antípoda 
é um abuso de linguagem, já que o singular de 
antipodes é, em grego, antipous.
LINK: https://pt.wikipedia.org/wiki/Antípoda
26
Questão 01 – (UFPR) - “Se olharmos para o céu numa noite clara sem lua, os objetos 
mais brilhantes que vemos são os planetas Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Também 
percebemos um número muito grande de estrelas que são exatamente iguais ao nosso 
Sol, embora muito distantes de nós. Algumas dessas estrelas parecem, de fato, mudar 
sutilmente suas posições com relação umas às outras, à medida que a Terra gira em 
torno do Sol.” (HAWKING, S. W. Uma breve história do tempo: do Big Bang aos Buracos 
Negros. Trad. de Maria Helena Torres. Rio de Janeiro: Rocco, 1988. p. 61.)
A respeito do assunto, considere as seguintes afirmativas:
I. o movimento da Terra ao qual o autor se refere determina uma órbita elíptica em que 
o planeta ora se afasta, ora se aproxima do Sol.
II. o movimento da Terra em torno do Sol é responsável pela sucessão dos dias e das 
noites.
III. as posições relativas de planetas e estrelas permitem, há muitos séculos, a orientação 
no espaço terrestre; a constelação do Cruzeiro do Sul, no hemisfério Sul, e a Estrela 
Polar, no hemisfério Norte, são pontos de referência para esse tipo de orientação.
IV. a distribuição desigual das temperaturas, determinante da vida em distintos lugares 
da superfície terrestre, está relacionada, entre outros fatores, à forma esférica da Terra 
e ao ângulo de incidência dos raios solares.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa I é verdadeira.
b) Somente a afirmativa II é verdadeira.
c) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras.
e) Todas as afirmativas são verdadeiras.
Questão 02 – (UFG) Observe as figuras a seguir:
FIXANDO O CONTEÚDO
27
Os ângulos de incidência dos raios solares sobre a superfície da Terra, demonstrados 
nas figuras, apresentam duas situações distintas, que caracterizam os solstícios e os 
equinócios. Em ambas as figuras, o ponto A representa uma cidade sobre a Linha do 
Equador, ao meio-dia. A Figura 2 mostra a incidência do Sol três meses após a situação 
ilustrada na Figura 1.
A Figura 1 representa o:
a) Equinócio de primavera no Hemisfério Sul, quando a incidência dos raios solares 
é oblíqua à superfície da Terra em A.
b) Equinócio de primavera no Hemisfério Sul, quando a incidência dos raios solares 
é perpendicular à superfície da Terra em A.
c) Equinócio de outono no Hemisfério Sul, quando a incidência dos raios solares é 
perpendicular à superfície da Terra em A.
d) Solstício de verão no Hemisfério Norte, quando a incidência dos raios solares é 
oblíqua à superfície da Terra em A.
e) Solstício de inverno no Hemisfério Sul, quando a incidência dos raios solares é 
oblíqua à superfície da Terra em A.
Questão 03 – (UFPE - adaptada) Observe as proposições abaixo, tomando por referência 
o mapa do Nordeste.
I) em relação ao Meridiano de Greenwich, o Nordeste está situado no Hemisfério 
Oriental.
II) as coordenadas geográficas do ponto A, situado na parte central da Bahia, são: Lat. 
12º S e Long. 42º W.
III) São Luís é a capital mais setentrional do Nordeste.
Mapa de localização da região do Nordeste brasileiro
28
São corretas:
a) I.
b) II.
c) II e III.
d) I e II.
e) I, II, III.
Questão 04 – (PUC-RS) Responder à questão com base no gráfico, que representa parte 
das Coordenadas Geográficas.
O ponto antípoda de B é:
a) 3o de latitude Norte e 2o de longitude Oeste.
b) 87o de latitude Sul e 2o de longitude Oeste.
c) 3o de latitude Norte e 178o de longitude Oeste.
d) 2o de latitude Sul e 177o de longitude Leste.
e) 3o de latitude Sul e 4o de longitude Leste.
Questão 05 – Observe o mapa.
Suponha a realização de uma viagem de automóvel de Belo Horizonte a Luz, com a partida 
marcada para às 15h de um dia ensolarado, na véspera do Natal. Nessa viagem, com duração 
aproximada de duas horas e trinta minutos, o motorista irá receber mais intensamente os 
raios solares:
29
a) De frente e à sua esquerda.
b) De frente e à sua direita.
c) Pelas costas e à sua esquerda.
d) Pelas costas e à sua direita.
e) Em cima do carro.
Questão 06 – Entre todos os movimentos realizados pela Terra, a Rotação e a Translação 
são consideradas como os dois mais importantes, pois são os que exercem maior influência 
no cotidiano das sociedades. As consequências principais da Rotação e da Translação da 
Terra são, respectivamente,
a) A intercalação das atividades solares e a variação cíclica dos climas.
b) A ocorrência das estações do ano e a sucessão dos dias e noites.
c) A sucessão dos dias e noites e a ocorrência das estações do ano.
d) A existência dos solstícios e equinócios e a duração do ano em 365 dias.
e) A duração dos ciclos solares e a diferenciação entre climas frios e quentes.
Questão 07 – O deslocamento do periélio é registrado como um dos movimentos da Terra, 
mas não é tão lembrado por dois motivos: não exerce uma influência tão grande sobre a 
vida no Planeta e também por apresentar um ciclo muito longo, que totaliza os 21 mil anos. 
Mas, afinal, o que é o periélio?
a) É a forma com que a Terra se desloca em torno do seu próprio eixo.
b) É o movimento aparente da Terra ao longo do universo.
c) É o eixo da translação terrestre.
d) É a distância mínima da órbita terrestre em relação ao Sol.
e) É a distância máxima da órbita terrestre em relação ao Sol.
Questão 08 – (UTFPR) Durante a Translação da Terra e em função da sua obliquidade e 
esfericidade, o ângulo de incidência dos raios solares se modifica durante o ano. Assinale a 
única alternativa correta sobre osfenômenos observados quando ocorrem os equinócios 
durante o ano.
a) A incidência do Sol é vertical sobre o Equador e mais oblíqua perto dos polos.
b) A incidência do Sol é perpendicular ao trópico de Câncer e oblíqua no Equador.
c) A incidência do Sol é perpendicular ao trópico de Capricórnio e oblíqua na latitude 
23ºS.
d) A duração do dia é maior que a duração da noite no Hemisfério Sul.
e) A duração do dia é menor que a duração da noite no Hemisfério Sul.
30
UNIDADE 3
FUSOS HORÁRIOS
31
 O tema “fusos horários” é muito 
importante na atualidade, principalmente 
com o avanço dos sistemas de transportes e 
comunicações que consolidaram o processo de 
globalização.
 Compreender que os países possuem 
fusos diferentes ajuda o aluno a entender as 
variações de horários e, consequentemente, de 
funcionamento de bancos, bolsas de valores, 
instituições públicas, comércios, dentre outros, 
mundo a fora.
 Deve-se ainda levar em conta os 
crescimentos dos fluxos populacionais pelo 
mundo, seja para turismo, trabalho ou fixar 
residência em outros territórios. Hoje em dia, 
quase toda família possui um parente ou 
conhecido que ficou residência em outros 
países, com os quais se comunicam. 
 Mas não foi sempre assim, pois, no 
passado, as pessoas raramente se deslocavam 
ou saiam das regiões em que tinham nascido, 
portanto, conhecer os fusos horários era quase 
que um desperdício de tempo, uma vez que 
esse conhecimento dificilmente seria usado 
pela maioria da população. Prova disso é que 
a preocupação em se criar um sistema oficial 
de variações de horas ao redor do mundo, 
com base no movimento de rotação da Terra 
e de radiação solar, só surge pós 1ª revolução 
industrial, pois o avanço das máquinas a vapor, 
com destaque para as locomotivas, diminuiu 
o tempo gasto para cruzar grandes distâncias 
continentais.
 Nesse capítulo você vai estudar sobre os 
fusos horários mundiais e também a variação 
dos fusos brasileiros, aprender como calcular as 
diferenças e como essa questão pode interferir 
no dia a dia do país. Aprenderá ainda sobre o 
horário de verão, que funcionou no Brasil desde 
a década de 1930 e que acabou em 2019, através 
de decreto do presidente Jair Bolsonaro. 
 O Sistema de Fusos horários 
internacionais percorreu um longo caminho até 
se tornar oficial e ser adotado no mundo todo 
utilizando os mesmos parâmetros. Inicialmente 
não existia um referencial único e os viajantes 
tinham que acertar os relógios todas as vezes 
 que chegavam a uma cidade nova, baseando 
se no sol ao meio dia, quando atingia o seu 
zênite (ponto mais alto do sol no céu, incidindo 
na superfície da Terra de forma perpendicular – 
ângulo de 90º).
 A Grã-Bretanha foi o primeiro país a 
adotar uma única hora legal para todo o seu 
território, em 1883, através de um sistema que 
ficou conhecido como Greenwich Mean Time 
(GMT) ou Tempo Médio de Greenwich.
 Em 1878 foi sugerido por um senador 
Canadense um sistema internacional de fusos, 
que dividiria a Terra em 24 faixas longitudinais, 
onde cada uma delas, com uma largura de 
15º, representaria 1 hora, ou 60 minutos. Se for 
considerada a circunferência da Terra, de 360º, 
divididas em 24 faixas (que representam, cada 
uma, uma hora do dia), têm-se exatamente os 
15º sugeridos no estudo. Em 1883 as linhas de 
trens norte americanas adotaram esse sistema 
de fusos.
 No ano seguinte, já em 1884, ocorria 
nos Estados Unidos, em Washington D.C., 
a Conferência Internacional do Primeiro 
Meridiano, que adotou a padronização 
mundial da hora legal, considerando que o 
ponto de referência, a Longitude 0º, passaria 
pelo Observatório Real de Greenwich, em 
Londres, na Inglaterra, e que as horas, a partir 
daí, seriam contadas positivamente para leste 
e negativamente para oeste. Ficou definido 
ainda que o Meridiano de 180º (antemeridiano 
de Greenwich), seria considerado a Linha 
Internacional de Data (LID).
3.1. INTRODUÇÃO
3.2. INTRODUÇÃO
Figura 17
Meridiano de Greenwich
32
Figura 18
Figura 19
Figura 20
Marco Zero - Meridiano de Greenwich
 É essencial compreender que os fusos 
horários estão relacionados com o movimento 
de Rotação da Terra, que ocorre de oeste para 
leste, demorando 24 horas para que o Planeta 
faça um giro completo em torno de seu 
próprio eixo. Esse movimento faz com que o 
Sol, aparentemente, nasça sempre a leste e se 
ponha em oeste. A verdade é que, pela manhã, 
quando o Sol parece subir no horizonte, é a Terra 
que está girando na direção contrária (Oeste-
Leste).
 A hora legal será dada pelo Meridiano 
Central de cada fuso, que será sempre um 
múltiplo de 15º.
 Finalmente têm-se a hora oficial, que é a 
hora adotada por cada país, o que nem sempre 
respeita a hora legal. No século XXI, o Brasil, 
por exemplo, chegou a mudar seu fuso oficial, 
quando entre 2008 e 2013 teve apenas 3 fusos, 
voltando a ter 4 fusos a partir de 2014, após 
plebiscito realizado pelo Estado do Acre.
 Para se saber a hora oficial de um 
determinado lugar ou país é necessário 
consultar um mapa para se descobrir a posição 
oficial determinada pelo governo e congresso 
desse país. 
 Já quando se busca conhecer a hora legal 
ou de Greenwich, o aluno deverá utilizar-se de 
cálculos matemáticos e de algumas regras pré-
definidas. Primeiro deverá saber que cada 15º 
de longitude representa 1 hora ou 60 minutos,
 Dentro desse contexto, quando maior for 
o território de um país de leste para oeste, mais 
fusos horários diferentes ele possuirá, o que 
influenciará na integração econômica e social 
do país. Observe que as horas apenas variam 
quando se mudam as longitudes, ou seja, se 
duas cidades estão em mesmas longitudes, 
mas em latitudes diferentes, mesmo que em 
hemisférios diferentes, a hora legal dessas 
cidades serão as mesmas.
 Na realidade, existem três tipos de horas 
diferentes, a solar ou verdadeira, a legal e a oficial. 
A hora solar ou verdadeira está relacionada ao 
movimento aparente do Sol, definida pelo meio 
dia, quando o Sol está a zênite, sendo assim, 
cada lugar terá uma hora diferente, mesmo 
que apenas por alguns milésimos de segundo.
 A hora legal está relacionada ao Meridiano 
de Greenwich, que é o padrão internacional 
definido em 1884, onde a cada faixa longitudinal 
de 15º têm-se uma hora definida. Dentro desse 
conceito, todas as cidades e localidades situadas 
dentro do mesmo intervalo terão a mesma hora 
legal.
33
Para colocar esses conhecimentos em prática é 
importante trabalhar exercícios de fusos horários 
utilizando exemplos para demonstrar sua resolução 
em quatro regras simples. Para melhor compreender 
essas regras será usado como base o exercício abaixo.
Em uma cidade A localizada na longitude 45° N e na 
latitude 60º W são 19:00 horas. Que horas serão, nesse 
mesmo instante, em uma cidade B localizada na 
latitude 30° N e longitude 75° E? 
O ponto A está a oeste do Meridiano de Greenwich; 
dessa forma, tem sua hora solar atrasada em relação 
à cidade B, que está localizada a leste (a Terra gira 
de oeste para leste, sendo assim, as terras a leste de 
Greenwich estão adiantadas).
As cidades estão em hemisférios distintos, então 
deve-se somar os valores das longitudes. Assim, tem-
se: 60º + 75° = 135°
Deve-se dividir o valor total da soma das longitudes 
por 15º, assim tem-se: 135°/15° = 9 horas.
Dessa forma, a diferença de horas entre as cidades 
A e B é de 9 horas. Assim, se na cidade A for 19:00h, 
no mesmo instante, na cidade B serão 04:00h do dia 
seguinte.
Figura 21
Figura 22
Movimento aparente do Sol
pois se o Planeta tem 360º, divididos pela 
quantidade de fusos, que são 24 (representando 
24 horas do dia), têm se como resultado 15º, ou 
seja:
 Lembre-se que o Meridiano de Greenwich 
é o marco inicial, assim todos os fusos que se 
encontram a Oeste são negativos e todos os 
que se encontram a Leste são positivos. 
 A linha internacional de data (LID) é 
representada pelo meridiano de 180º, que 
corta de norte a sul o Oceano Pacífico, entre a 
Ásia e as Américas.
Cada 15º = 60 minutos (1hora)
VAMOS PENSAR?
3.3. LINHA INTERNACIONAL DE 
DATA (LID)
34
 Por convenção internacional, esse 
meridiano determina a mudança do dia, ou seja, 
o dia no mundo pode mudar de duas formas 
diferentes, seja pela diferença do dia e da noite, 
associada ao movimento de Rotação da Terra 
ou por que se atravessou a LID.
Ao ultrapassar essa linha, exatamente no ponto 
em que ela se localiza, deve-se alterar a data 
para o dia anterior (a leste) ou seguinte (a oeste) 
à partida.
 A mudança de datas ocorre da seguinte 
maneira: ao se fazer uma viagem no sentido 
Oeste-Leste (mesmo sentido da rotação da 
Terra) se ganha um dia no calendário, ou seja, no 
momento em que se cruza a linha tem-se uma 
imediata mudança de data. Na verdade, não se 
deixa de viver 24 horas, apenas, o viajante que 
estava em um dia 30, por exemplo, ao cruzar 
a linha no sentido Leste passa imediatamente 
para o dia 31. Em contraposição, quando se viaja 
no sentido Leste-Oeste e ultrapassa-se a LID, há 
a mudança de um dia, ou seja, do 31 para um 
dia 30.
 Texto extraído do livro “A Volta ao Mundo 
em 80 Dias”, de Júlio Verne, é uma ilustração 
clássica de como a mudança de datas pode 
interferir nas nossas vidas.
 O Brasil é um país situado totalmente no 
hemisfério ocidental do Planeta, o que faz com 
que seus fusos horários sejam todos atrasados 
em relação ao Meridiano de Greenwich. Além 
disso, possui grande extensão latitudinal, o que 
faz com que seja cortado por várias longitudes, 
conferindo ao país 4 fusos horários diferentes.
 Até julho de 2008, o Brasil possuía 4 
fusos horários. Entretanto, a partir dessa data, 
o país passou a ter 3 fusos por determinação 
do Presidente Luís Inácio Lula da Silva, que 
justificou sua decisão em mudar a hora oficial 
do país alegando que facilitaria a integração 
econômica do Brasil. Porém, o Acre, que teve 
o fuso (75ºO) integrado do fuso da amazônica 
(60ºO) reivindicou o retorno do 4º fuso, alegando 
que a mudança anterior provocava prejuízo aos 
alunos e crianças, que acordavam e iam para a 
escola ainda com o dia escuro. Em novembro 
de 2013, o antigo fuso horário, vigente no Acre 
e no sudoeste do Amazonas, foi restabelecido 
após um plebiscito, e o país voltou a ter 4 fusos.
 É importante observar que os fusos 
brasileiros não obedecem aos meridianos 
limítrofes originais, pois são ajustados de
Afinal foram apenas 79 dias! “Aposto vinte 
mil libras, seja contra quem for, que darei 
a volta à Terra em oitenta dias ou menos. 
... sendo hoje quarta-feira, 2 de outubro, 
tenho de estar de volta a Londres, a este 
mesmo salão do Reform-Club, em 21 de 
dezembro, sábado, às oito e quarenta 
e cinco da noite. ” ... houve, porém, 
demoras forçadas, e quando o gentleman 
desembarcou, enfim, no seu destino, todos 
os relógios de Londres marcavam dez 
minutos para as nove da noite. Concluída 
a volta ao mundo, Phileas Fogg chegava 
com cinco minutos de atraso! Em resumo: 
perdera a aposta! ... “O Sr. enganou-se num 
dia! Nós chegamos 24 horas adiantados; 
mas só temos 10 minutos”. “Sem dar por 
isso”, Phileas Fogg ganhara um dia no seu 
itinerário, unicamente porque dera a volta 
ao mundo caminhando para leste, dia que, 
pelo contrário, perderia se fosse em sentido 
inverso, quer dizer, marchando para oeste. 
(VERNE, 1982).
3.4. FUSOS HORÁRIOS BRASILEIROS
Fonte: IBGE. 
Disponivel em: <http://mapas.ibge.gov.br/politico-administrativo>
Figura 23
35
de acordo com as conveniências regionais. 
 1º Fuso, também conhecido como fuso 
–2h (menos duas horas) em relação à hora de 
Greenwich ou 30ºO. Fazem parte deste fuso 
as ilhas oceânicas de Fernando de Noronha, 
Martin Vaz e Trindade, o Atol das Rocas, os 
Penedos de São Pedro e São Paulo. Por abarcar 
apenas as ilhas brasileiras, esse fuso é chamado 
de Fuso Oceânico Brasileiro.
 2º Fuso, também conhecido como fuso 
–3h (menos três horas) ou 45ºO. É o principal 
fuso do país, conhecido também como fuso de 
Brasília, representando a hora oficial do país. 
Todos os estados das regiões Nordeste, Sudeste 
e Sul, mais os estados de Goiás e o Distrito 
Federal, além de Tocantins, Pará e Amapá na 
região Norte.
 3º Fuso, fuso –4h (menos quatro horas) 
ou 60ºO. Compreende os estados de Mato 
Grosso e Mato Grosso do Sul no Centro-Oeste, 
Roraima, Rondônia e quase todo o estado do 
Amazonas na região Norte. 
 4º e último Fuso, conhecido também 
como –5h (menos cinco horas) ou 75ºO. É o fuso 
do Acre e do sudoeste do estado do Amazonas, 
abolido em 2008 e reimplantado em 2014, após 
plebiscito.
com a denominação daylight saving time. O 
objetivo era aproveitar ao máximo os dias mais 
longos do ano. O horário de verão no Brasil foi 
instituído, pela primeira vez, no verão de 1931-
1932.
 Até 1967 sua implantação foi feita de 
forma esporádica e sem um critério científico 
mais apurado. Apenas a partir de 1985 a medida 
passou a vigorar todos os anos. 
 O principal objetivo da implantação do 
horário de verão é o melhor aproveitamento da 
luz natural ao entardecer, o que proporciona 
substancial redução no consumo de energia 
elétrica, aproximadamente 4% a 5%.
 Os estados do Nordeste e do Norte do 
Brasil não adotam o horário de verão porque 
nessas regiões, que estão localizadas próximas 
ao Equador, a quantidade de horas do dia com 
luminosidade natural varia muito pouco ao 
longo do ano.
 Em julho de 2017, tramitava na Câmara 
dos Deputados um projeto de lei que pretendia 
acabar com horário de verão. A aplicação do 
horário de verão resultava, no passado, em 
maior economia de energia elétrica, quando 
mais pessoas tinham um horário de trabalho 
tradicional, chegando em casa no início da 
noite, e ligando a iluminação e aparelhos 
elétricos em seus lares, e criando um pico de 
demanda. 
 Hoje, o uso de equipamentos de ar 
condicionado durante o dia (em especial nas 
tardes ensolaradas e quentes de verão) mudou a 
curva de consumo, colocando o pico no período 
do meio da tarde. Em março de 2017, quando 
foi apresentado o resultado de economia do 
horário de verão 2016/2017, o governo decidiu 
repensar a aplicação da medida. Os órgãos 
que participam do Comitê de Monitoramento 
do Setor Elétrico (CMSE) decidiram fazer uma 
pesquisa em outros países para saber se há 
evidências sobre a efetividade do horário 
de verão nesse novo perfil de consumo. A 
consulta a outros 15 países trouxe um resultado 
interessante: na maioria deles, não há avaliação 
que justifique a efetividade do horário de verão 
do ponto de vista da economia de energia. 
Segundo ata da reunião do CMSE de maio, a
 A ideia moderna do horário de verão foi 
proposta pelo neozelandês George Hudson 
em 1895. A Alemanha e a Áustria-Hungria 
organizaram a primeira implementação, 
começando em 30 de abril de 1916, durante a 
Primeira Guerra Mundial. Vários países usaram-
no diversas vezes desde então, particularmente 
durante a crise da energia em 1970.
 O horário oficial utilizado como base para 
todo o território brasileiro é o de Brasília, que 
se mantém atrasado três horas em relação ao 
Meridiano de Greenwich. Durante o conhecido 
horário de verão, é acrescida uma hora às 
regiões que o utilizam como forma de diminuir 
o consumo de energia.
 A ideia de adiantar em 1 hora os relógios 
no período de verão surgiu nos Estados Unidos,
3.5. HORÁRIO DE VERÃO
36
consulta apontou que na maioria dos países a 
adoção da medida “está muito mais relacionada 
ao costume da população”. 
 Em abril de 2019, o presidente Jair 
Bolsonaro assinou decreto onde encerra o 
ciclo do horário de verão no Brasil, utilizando 
como justificativa os estudos realizados em 
2016 e 2017, além de alegar trazer males ao ciclo 
biológico da população.
A hora local é aquela referida a um meridiano local 
específico. A determinação deste horário é feita 
com base na posição do Sol: quando ele se situa 
exatamente sobre o meridiano escolhido, ao “meio-
dia”, ajustam-se os relógios para marcarem 12 horas. 
Deste modo, cada ponto localizado sobre a superfície 
terrestre possui uma hora diferente.
Já o conceitode hora legal, também conhecido como 
hora oficial, abrange o intervalo de tempo considerado 
por um país como sendo igual para um determinado 
fuso. Esta varia de país para país dentro do próprio 
território que o delimita.
FONTE: https://www.ofitexto.com.br/comunitexto/
entenda-os-fusos-horarios/
FIQUE ATENTO
SCANEIE O CÓDIGO 
E ACESSE O LINK
BUSQUE POR MAIS 
O horário de verão é uma prática adotada em 
diversos países que visa ao máximo aproveitamento 
da luz solar e, consequentemente, à redução do 
consumo de energia elétrica. O nome “horário 
de verão” deve-se ao fato de que essa prática é 
normalmente adotada no período de vigência do 
verão.
LINK: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/
horario-verao.htm
A esta altura do ano, moradores das regiões Sul, 
Sudeste e Centro-Oeste já estariam se preparando 
para acordar uma hora mais cedo com o início do 
horário de verão, em vigor desde 1985. Porém, um 
decreto assinado em abril pelo presidente Jair 
Bolsonaro cancelou a mudança nos relógios este ano.
LINK: https://www12.senado.leg.br/noticias/
materias/2019/10/08/final-de-ano-nao-tera-horario-
de-verao-pela-primeira-vez-em-34-anos
Bolsonaro cancelou a mudança nos relógios este ano.
LINK: https://www12.senado.leg.br/noticias/
materias/2019/10/08/final-de-ano-nao-tera-horario-
de-verao-pela-primeira-vez-em-34-anos
37
Questão 01 - (UFPE) Observe:
1 - Pelo sistema de fusos horários, o globo terrestre foi dividido em 24 fusos, cada um 
equivalendo a 15º no sentido das longitudes. 
2 - O equador é o círculo máximo que marca o início da contagem das horas. 
3 - Quando o Meridiano de Greenwich marcar 19 horas, hora legal, num ponto situado 
a uma longitude de 30º w, a hora legal será de 21 horas. 
4 - O Brasil possui 4 fusos horários, todos situados ao oeste de Greenwich. 
5 - Um avião ao cruzar a linha internacional (da data), no sentido oeste-leste, retrocede 
1 (um) dia no calendário.
Estão corretos apenas os itens: 
a) 2, 4 e 5. 
b) 1, 3 e 4. 
c) 3, 4 e 5. 
d) 1, 4 e 5. 
e) 1, 2 e 4.
Questão 02 - (PUC-RS) Enquanto na cidade 1 são 18 horas, na cidade 2 são 8 horas do 
mesmo dia. A indicação correta da longitude da cidade 2 em relação à cidade 1 é:
a) 120º Oeste. 
b) 120º Leste. 
c) 150º Leste. 
d) 150º Oeste. 
e) 180º Oeste.
Questão 03 - (PUC-RS) Em 1884, 25 países reunidos em Washington estabeleceram 
uma divisão do Globo em 24 fusos de uma hora, baseando-se no Movimento de Rotação 
da Terra. A partir desta divisão, podemos concluir que o Meridiano Central do 4º fuso, a 
Oeste de Greenwich, e do 4º fuso, a Leste de Greenwich, são, respectivamente:) 
a) 58°30’Oeste e 29°30’Leste. 
b) 60°Oeste e 60°Leste. 
c) 29°30’Oeste e 58°30’Leste. 
d) 45°Oeste e 45°Leste. 
e) 52°30’Oeste e 127°30’ Leste.
FIXANDO O CONTEÚDO
38
Questão 04 - (PUC-RS) Que hora solar verdadeira e hora legal são correspondentes 
respectivamente em uma cidade localizada a 48º de longitude Oeste e 30º de latitude 
Sul, sabendo que, no centro do fuso horário onde se localiza a cidade, os relógios 
marcam 12h?
a) 12h e 12min - 11h. 
b) 10h e 48min - 11h.
c) 12h - 12h e12min.
d) 11h e 48min - 12h.
e) 12h - 12h.
Questão 05 - (UFAC) Localizadas a Oeste de Greenwich, duas cidades, “A” e “B”, 
encontram-se, respectivamente, a 90° e 45°. Numa quarta-feira, um avião saiu de “A” às 
14h30min e chegou a “B” depois de 5 horas de viagem. O horário de chegada em “B” foi:
a) 18h30min da quarta-feira. 
b) 19h30min da quarta-feira. 
c) 22h30min da quarta-feira. 
d) 00h30min da quinta-feira. 
e) 02h30min da quinta-feira. 
Questão 06 - O Brasil possui uma relativa diversidade em termos de horas legais, 
ou seja, aqueles horários oficialmente adotados para as diferentes localidades. Essa 
característica pode ser explicada por um fator territorial brasileiro e um aspecto geofísico 
da Terra, que são, respectivamente:
a) Ampla extensão longitudinal – movimento de rotação.
b) Posição territorial específica – formato Geoide do Planeta.
c) Longa distanciação norte-sul – movimento em torno do Sol.
d) Expansão colonial interna – transformações geomorfológicas.
e) Fragmentação sociopolítica – deslocamento aparente do Sol.
Questão 07 - Por volta das 9 horas do dia 11 de setembro de 2001, o mundo assistiu 
atônito aos ataques terroristas às Torres Gêmeas do “World Trade Center”, na cidade de 
Nova York, localizada a 74° de longitude oeste de Greenwich. Tem-se apontado, como o 
autor intelectual dos ataques, o saudita Osama Bin Laden, que se encontra escondido 
no Afeganistão. A diferença horária entre a cidade de Cabul, no Afeganistão, e a cidade 
de Nova York, nos EUA, é de +9h30min. 
Com base nas informações acima, a longitude da capital afegã é 
a) 142°30’ longitude oeste de Greenwich. 
b) 135°00’ longitude oeste de Nova York. 
c) 216°30’ longitude leste de Nova York.
39
d) 83°30’ longitude leste de Greenwich. 
e) 68°30’ longitude leste de Greenwich.
Questão 08 - Um terremoto de 6,9 graus de magnitude abalou a costa leste do Japão 
nesta quarta-feira, sem provocar alerta de tsunami, anunciou a agência sismológica 
japonesa. O tremor, às 9h19min no horário local, ocorreu a 400 km de profundidade no 
Oceano Pacífico, a cerca de 600 km ao sul de Tóquio, onde os prédios balançaram. Jornal 
Zero Hora, 03/09/2013.
S
abendo que a região afetada pelo terremoto citado na reportagem acima se situa na 
longitude de 135º Leste, podemos dizer que, no horário de Brasília (45º Oeste), o incidente 
ocorreu às:
a) 07h19min do dia seguinte.
b) 19h19min do dia anterior.
c) 09h19min do dia anterior.
d) 06h19min do dia seguinte.
e) 21h19min do dia anterior.
40
UNIDADE 4
ESCALA
41
 A Escala é um importante atributo dos 
mapas, pois representa o quanto o espaço 
geográfico ou parte dele foi reduzido para 
caber no local onde foi representado. Isso é 
essencial para compreender o tamanho real dos 
elementos representados e poder compará-los.
 É um tema muito trabalhado em 
Geografia e Matemática, com presença continua 
em provas de vestibulares e concursos. 
 Sem a escala é impossível interpretar 
com precisão os mapas e seus elementos, 
sendo, portanto, uma ferramenta essencial na 
compreensão e interpretação do espaço lido 
através do olhar e das análises de outra pessoa. 
 Nesse capítulo o aluno trabalhará os 
conceitos básicos e tipos diferentes de escala, 
além de aprender como calcular e aplicá-la a 
situações do dia a dia. 
 A escala é uma relação de entre o real e 
sua representação gráfica, ou seja, quantas vezes 
real foi reduzido para poder ser representado. A 
escala pode ser usada em mapas, fotografias, 
desenhos técnicos e até mesmo em brinquedos, 
como é o caso dos carrinhos hot wheels.
 Nos carrinhos hot wheels vem 
representada a escala da miniatura, ou seja, 
quantas vezes o modelo real foi reduzido para 
ficar no tamanho do brinquedo. 
 A escala gráfica, representada por uma 
régua graduada, facilita a ampliação e redução 
dos mapas, pois a régua será ampliada ou 
reduzida juntamente com o mapa. Nessa 
escala cada intervalo entre um número e outro 
representa uma distância específica apontada 
na régua.
 A definição da escala vai depender 
sempre do objetivo do cartógrafo, do nível de 
detalhamento que necessita e, principalmente, 
do espaço (normalmente folha de papel) que 
possui para representar o real. Normalmente 
a escala é representada de forma numérica ou 
gráfica.
 A escala numérica é representada por 
números em forma de fração ou proporção 
(1:1.000.000), sendo muito utilizada para cálculos 
matemáticos. 
4.1 INTRODUÇÃO
4.2 ESCALA
Figura 24
Escala numérica e seus termos
FIQUE ATENTO
É importante diferenciar a escala cartográfica da escala 
geográfica, a escala cartográfica é a razão proporcional 
entre o espaço real e a representação gráfica dele. 
Quanto menor a localidade a ser representada, maior 
será a escala cartográfica pois será menor a redução 
e, portanto, mais detalhes serão representados. 
Enquanto que quanto maior for a

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