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1 CARTOGRAFIA BÁSICA IDELMAR MEDEIROS DO AMARAL EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA 2 LEGENDA DE Ícones Trata-se dos conceitos, definições e informações importantes nas quais você precisa ficar atento. Com o intuito de facilitar o seu estudo e uma melhor compreensão do conteúdo aplicado ao longo do livro didático, você irá encontrar ícones ao lado dos textos. Eles são para chamar a sua atenção para determinado trecho do conteúdo, cada uma com uma função específica, mostradas a seguir: São opções de links de vídeos, artigos, sites ou livros da biblioteca virtual, relacionados ao conteúdo apresentado no livro. Espaço para reflexão sobre questões citadas em cada unidade, associando-os a suas ações, seja no ambiente profissional ou cotidiano. Atividades de fixação sobre o conteúdo visto e aplicado no livro didático. Apresentação dos significados de um determinado termo ou palavras mostradas no decorrer do livro. Espaço para marcar citações de algum livro, artigo ou site que sustenta e reforça uma ideia. FIQUE ATENTO BUSQUE POR MAIS VAMOS PENSAR? FIXANDO O CONTEÚDO GLOSSÁRIO CITAÇÕES 3 SUMÁRIO UNIDADE 1 UNIDADE 2 UNIDADE 3 UNIDADE 4 UNIDADE 5 UNIDADE 6 1.1. Introdução.....................................................................................................................................................................................................7 1.2. História da Cartografia.......................................................................................................................................................................8 1.3. Formas da Terra.......................................................................................................................................................................................11 1.4. Orientação..................................................................................................................................................................................................12 1.4.1. Pontos Cardeais...................................................................................................................................................................................12 1.4.2. Pontos Colaterais..............................................................................................................................................................................12 1.4.3. Pontos Subcolaterais......................................................................................................................................................................13 2.1. Introdução.................................................................................................................................................................................................20 2.2. Movimentos da Terra.......................................................................................................................................................................20 2.3 Solstícios e Equinócios......................................................................................................................................................................21 2.4 Coordenadas Geográficas............................................................................................................................................................23 3.1. Introdução..................................................................................................................................................................................................31 3.2. Fusos Horários........................................................................................................................................................................................31 3.3. Linha Internacional de Datas (LID)......................................................................................................................................33 3.4. Fusos Horários Brasileiros............................................................................................................................................................34 3.5. Horário de Verão..................................................................................................................................................................................35 4.1. Introdução.................................................................................................................................................................................................41 4.2. Escala...........................................................................................................................................................................................................41 5.1. Introdução.................................................................................................................................................................................................50 5.2. Classificação dos Projetos............................................................................................................................................................50 5.2.1. Tipos de projeções............................................................................................................................................................................51 5.2.2. Projeção Cilíndrica...........................................................................................................................................................................51 5.2.3. Projeção Cônica................................................................................................................................................................................53 5.2.4. Projeção Plana, Azimutal ou Polar....................................................................................................................................53 5.2.5. Anamorfose.........................................................................................................................................................................................54 6.1 Introdução..................................................................................................................................................................................................63 6.2. Convenções Cartográficas...........................................................................................................................................................63 6.3. Sensoriamento Remoto................................................................................................................................................................64 6.4. GPS................................................................................................................................................................................................................67 HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA CARTOGRAFIA MOVIMENTOS DA TERRA E COORDENADAS GEOGRÁFICAS FUSOS HORÁRIOS ESCALA PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS CONVENÇÕES CARTOGRÁFICAS E SENSORIAMENTO REMOTO 4 UNIDADE 1 Será apresentado a história e evolução da cartografia, demostrando como seu surgimento está relacionado a própria história da humanidade, como se deu sua evolução através do tempo e o surgimento dos conceitos atuais da cartografia, como Latitude, Longitude e Rosa dos Ventos. UNIDADE 2 Você estudará sobre os movimentos da Terra e como influenciam na formação dos dias e noites e das estações do ano, compreendendo ainda como as coordenadas geográficas (latitude e longitude) permitem localizar com precisão qualquer ponto sobre a superfície terrestre, além de definir os fusos horários. UNIDADE 3 Nessa unidade você estudará sobre os fusos horários mundiais, como foram criados e como calcular as diferenças horárias entre os países. Estudará ainda os fusos horários brasileiros e sobreo horário de verão. Compreender sobre fusos horários é essencial para o aluno, principalmente no contexto de globalização e de intenso fluxo de pessoas a nível mundial. UNIDADE 4 Você, nessa unidade, aprenderá sobre escalas e suas as características, além de sua importância para geografia, para a cartografia e para diversas outras áreas do conhecimento. A escala está no dia a dia das pessoas, mesmo que de forma imperceptível. Reconhecer essas relações de proporção é essencial para que o aluno consiga interpretar corretamente as representações do espaço e seus fenômenos. UNIDADE 5 Todo mapa ou representação da Terra é construído através de uma projeção cartográfica. Nessa unidade você aprenderá os tipos de projeções diferentes, como cada uma delas influência nas características dos mapas e que, por mais que se busque, e mesmo com toda tecnologia disponível, não existe representação do planeta sem apresentar deformações. UNIDADE 6 Nessa unidade você aprenderá que existem convenções cartográficas reconhecidas mundialmente e que são essenciais para interpretar mapas em todo o mundo, evitando-se assim equívocos. Entenderá também os avanços na cartografia proporcionado pelas novas tecnologias, principalmente com o advento dos satélites e, mais recentemente, das tecnologias digitais, que possibilitaram, não apenas um maior detalhamento e representação da superfície terrestre e de seus fenômenos, como também a popularização dos mapas e das ferramentas de acesso e uso deles no dia a dia. C O N FI R A N O L IV R O 5 IN TR O D U Ç Ã O O presente material da disciplina CARTOGRAFIA BÁSICA é parte importante para a sua formação em Geografia pela Faculdade Única. Nossa intenção é auxiliá-lo(a) atra- vés de um material didático que, em conjunto, supra todas as suas neces- sidades acadêmicas. O estudo deste Livro é extremamente necessário, para que você, aluno(a), amplie seus conhecimentos dentro da disciplina. Leia-o com atenção e, sempre que necessário, consulte-o. Desejamos a todos(as) boas-vindas, expressando dessa forma a imensa alegria em tê-lo(a) conosco! Prezado acadêmico(a), 6 UNIDADE 1 HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DA CARTOGRAFIA 7 1.1 . IN TR O D U Ç Ã O A Cartografia está presente em grande parte do dia a dia das pessoas. Sem sua parte mais elementar, o ser humano não conseguiria se orientar no Planeta, estaria restrito a uma pequena área ou vagaria perdido, sem conseguir retornar a sua origem. Pense como seria durante as cruzadas ou nas grandes navegações, sem falar em vários outros eventos históricos associados a longas movimentações populacionais. A popularização da cartografia chegou com o avanço da tecnologia e a era digital, ocorridas principalmente nos últimos 20 anos. Além de ser usada em várias áreas de conhecimento, como navegação (aérea, rodoviária, marítima), agricultura, planejamento urbano, identificação de alvos militares, climatologia, hidrologia, arquitetura, dentre outros, o uso chegou ao cidadão comum através do uso do GPS e, posteriormente, de aplicativos de navegação como Waze ou o Google Maps, aplicativos de viagens e turismo como o Google Earth e outros como Uber. A cartografia é ainda essencial para o Geógrafo, seja na investigação e compreensão do espaço geográfico, seja na sua representação. Nesse livro você aprenderá a importância da cartografia, sua história, conceitos, orientação, coordenadas geográficas, como utilizar fusos horários e escala, tipos de projeções, convenções cartográficas e sensoriamento remoto. 8 A discussão sobre a origem de um tipo de conhecimento é sempre polêmica, o que acontece também com a Cartografia, visto estar associado diretamente a história da própria humanidade. O homem, desde os tempos mais antigos, quando ainda era nômade, já precisa demarcar áreas por onde passava, caçava e coletava, além de definir territórios. Esses registros, têm referências como árvores, rios, morros, animais e rochas, muitas vezes em forma de pinturas rupestres, permitia ao homem primitivo, não apenas definir rotas e caminhos, mas marcá-los para, depois de longas jornadas, conseguir voltar com segurança para seu grupo, ou seja, foi fundamental para a sobrevivência da espécie humana. Esses registros datam de pelo menos 6.200 antes de Cristo. Com o advento das explorações e do comércio, associados as grandes navegações e as guerras, a necessidade de se localizar na superfície terrestre foi se tornando cada vez maior, o que, em conjunto com o desenvolvimento das Ciências e da Arte, com destaque principalmente para a 1.2 H IS TÓ R IA D A C A R TO G R A FI A Tablete de Argila Mapa de Ga-Sur, 2500 a.C. Fonte: <https://www.researchgate.net/figure/Figura-34-Mapa-de- -Ga-Sur-Datado-entre-3800-e-2500-AC-este-e-considerado-um-dos_ fig19_29438530>. Acesso em 28 de dezembro de 2019. Interpretação do Mapa de Ga-Sur Figura 1 Matemática, marca os primórdios da Cartografia como Ciência. Muitas dessas representações se perderam no tempo, sendo que a primeira a ser considerada como mapa, pelos geógrafos, representando provavelmente a região do rio Eufrates, é o “Mapa de Ga-Sur”, feito em argila e datado de aproximadamente 3.000 anos a.C. 9 Muitos outros mapas primitivos foram encontrados em várias partes da Ásia, contribuindo para a construção, posterior de uma linguagem cartográfica, que pode se dizer, surgiu antes mesmo da linguagem escrita. Logicamente que, essas primeiras representações eram a percepção do espaço daquelas pessoas que os fizeram, influenciadas pelo contexto social, cultural e histórico em viviam. Se os primeiros fundamentos da ciência cartográfica foram lançados na Grécia Antiga, quando Hiparco (160-120 a.C.) utilizou-se de métodos astronômicos em seus cálculos e criou a projeção cônica, os gregos avançaram com as medidas geométricas, criando a noção de longitude e latitudes e os primeiros sistemas de projeção, com destaque para Ptolomeu (90-168 d.C.), que apesar de criar os princípios matemáticos da cartografia, foi ignorado durante toda a idade média pelo ocidente. Com o final da idade média, todo conhecimento cartográfico esquecido no ocidente, mas preservado pelos árabes, ressurge e se desenvolve com as necessidades náuticas ligadas as grandes navegações, no século XV, passando a ter um aspecto mais funcional, impulsionado pelo advento da agulha magnética, com a invenção da imprensa, que possibilitou a impressão acelerada de mapas e, finalmente, com a fundação da Escola de Sagres, em Portugal, que criaram um aspecto cartográfico mais científico. No século XVI a produção cartográfica foi intensa, com destaque para os cartógrafos portugueses, espanhóis e italianos e, posteriormente, pelos holandeses, representada principalmente por Mercator. Em 1569 apareceu o primeiro mapa de Mercator, que foi intensamente utilizado durante as grandes navegações. Apenas um ano depois (1570) é publicado o primeiro atlas moderno do mundo, o Theatrum Orbis Terrarum. As cartas náuticas portuguesas, chamadas de Portulanas, foram as primeiras a conter realmente referências geográficas, baseadas em astros e instrumentos como o astrolábio, quadrantes, bússola, dentre outros. O século XVII e XVIII foi dominado pela Escola Francesa que deu maior credibilidade científica a cartografia através da associação a diversas outras ciências, com destaque para a Matemática, a Geodésia e a Astronomia, acabando com as improvisações e dando lhe um sentido mais objetivo. O desenvolvimento de serviços geográficos e cartográficos nacionais se desenvolveram no século XIX, principalmente nos países europeus. A expansão do comércio mundial, realizado através dos oceanos, contribuíram para a ampliação dos levantamentos costeiros de todas as partes do mundo e o surgimento de projeções importantes como a de Mollweide e da de Gauss. Nesse mesmo século também se desenvolveu a cartografia náuticabrasileira. Na atualidade, a grande revolução tecnológica permitiu um avanço da cartografia através do uso da aerofotogrametria, dos satélites e da eletrônica. O desenvolvimento de certas tecnologias expandiu as possibilidades da cartografia, possibilitando a criação de mapas mais precisos e detalhados, resultando na criação dos Sistemas de Informações Geográficas – SIG, possibilitando sua popularização através de celulares com o uso de aplicativos, smartphones e dispositivos móveis baseados na navegação por satélite e definição de rotas, como, por exemplo, o Waze, levando a cartografia definitivamente a era digital e colaborativa. 10 BUSQUE POR MAIS No século XXI, ainda na primeira década, a internet passa por importantes transformações, disponibilizando ferramentas para geração, busca e compartilhamento de conteúdo. Nesse contexto surgem as primeiras plataformas de cartografia colaborativa na internet. LINK: http://enciclopedia.itaucultural.org.br/ termo332/cartografia-colaborativa Cada vez mais, nesta sociedade digital vivendo a era da informação móvel, os mapas são vitais e onipresentes, estão em toda parte. Recursos inovadores, dispositivos como os celulares e seus aplicativos ampliaram o potencial da Cartografia, agora com novos mapeadores e usuários. Espera- se que os mapas sejam acessíveis a todas as pessoas, respeitando a ideia dos direitos e oportunidades iguais. LINK: https://www.agb.org.br/publicacoes/index. php/boletim-paulista/article/view/1507 Trata da evolução da utilização da informação geográfica e sua cartografia após três revoluções tecnológicas: a digital, a multimídia e a da comunicação. Após breve apresentação da informação geográfica, veremos quais são as grandes transformações ocorridas na Cartografia. LINK: http://www.revistas.usp.br/rdg/article/ view/85565 SCANEIE O CÓDIGO E ACESSE O LINK O conceito de Cartografia, para definir as representações cartográficas, foi criada no século XIX, em 1839, pelo Visconde de Santarém. Posteriormente, em 1964, a Associação Cartográfica Internacional (ACI), criou um conceito mais amplo, sem grandes contestações, o que fez com que a própria UNESCO adotasse o conceito em 1966. “A Cartografia apresenta-se como o conjunto de estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que, tendo por base os resultados de observações diretas ou da análise de documentação, se voltam para a elaboração de mapas, cartas e outras formas de expressão ou representação de objetos, elementos, fenômenos e ambientes físicos e socioeconômicos, bem como a sua utilização.” (OLIVEIRA, Cêurio. Dicionário de Cartografia – Fundação IBGE. P. 13). 11 As dimensões e o formato do nosso Planeta sempre foram tema de especulações, muitas vezes com roupagens místicas, gerando vários conceitos e interpretações de qual seria a verdadeira forma da Terra. Na antiguidade, alguns estudiosos acreditavam ser a Terra plana, o que gerava debates acalorados, pois outros, como Pitágoras (528 A.C.), afirmavam ser a Terra esférica. O desenvolvimento tecnológico e o surgimento de novas técnicas cartográficas foram essenciais para resolver essa questão. A superfície da Terra é irregular, pois sofre constantes alterações, seja pela dinâmica interna do Planeta (terremotos, vulcões, placas tectônicas), pela dinâmica externa (clima e erosão) ou pela ação antrópica. A ciência responsável por estudar a forma e as dimensões da Terra chama-se Geodesia. O nome foi usado pela primeira vez por Aristóteles e é, simultaneamente, um ramo das geociências e um tipo de engenharia. A introdução da Matemática ajudou a simplificar os cálculos da superfície terrestre. O matemático alemão Carl Gauss (1777 – 1855), afirmou ser o formato da Terra Geoide, ou seja, a forma da Terra subtraída das montanhas e vales, pois estes são muito pequenos em relação ao diâmetro do planeta. Porém, não é possível calcular matematicamente a forma geoide, pois ela é aproximadamente esférica, com suaves ondulações e achatada nos polos. Em busca de uma simplificação para representar o planeta, que fosse possível de ser calculado matematicamente, facilitando a definição de coordenadas, adotou se a figura geométrica ELIPSE ou ELIPSÓIDE (achatado nos polos), tornando-se a referência na elaboração das representações cartográficas. 1.3 F O R M A D A T E R R A Ação antrópica: Qualquer atividade desenvolvida pelo homem sobre o meio ambiente, independentemente de ser maléfica ou benéfica. (Vocabulário Básico de Recursos Naturais e Meio Ambiente – IBGE 2004). GLOSSÁRIO Figura 1 Fonte: Fundamentos da Topografia in http://engenha- riaconcursos.com.br/arquivos/Topografia/ fundamen- tos%20de%20topografia.pdf 12 1.4 O R IE N TA Ç Ã O 1.4.1. PONTOS CARDEAIS 1.4.2. PONTOS COLATERAIS Os meios de orientação surgiram da necessidade de se posicionar corretamente, de posicionar localidades ou para traçar rotas. Durante a história da humanidade, essa orientação foi feita por meios e formas diferentes. Quando as distâncias a serem percorridas não fossem longas, podia-se usar como referências recursos naturais como rios, lagos e montanhas. Para distâncias maiores, aprenderam a usar os astros, como o sol, a lua e algumas estrelas. O Sol se tornou a mais importante referência para o ser humano. O lugar onde nasce passou a ser chamado de nascente, leste ou oriente, daí o surgimento do termo orientação, ou seja, a busca do oriente ou cardeal e seu ponto colateral subsequente é sempre de 45º. Existe ainda os pontos subcolaterais, que no total são oito, situados entre cada ponto cardeal e colateral. Apesar desse ponto ser citado em todos os livros didáticos e materiais de cartografia, praticamente não é usado pelo aluno de Ensino Fundamental e Médio. Norte (N) – demonstra a direção exata em que o Polo Norte está localizado. Assim, possui dois tipos de sinônimos: setentrional e boreal. A Estrela Polar é usada para auxiliar na direção; Sul (S) – demonstra a direção exata em que o Polo Sul está localizado. Dessa forma, dois tipos de sinônimos são possíveis: meridional e austral. A estrela usada na direção é o Cruzeiro do Sul. Leste (L) – O “nascer do sol” é utilizado como referencial. Assim, o sinônimo comum é a palavra oriente. Oeste (O) – O “pôr do sol” é utilizado como o referencial. O sinônimo mais popular é a palavra ocidente. A partir da Rosa dos Ventos, com base no Leste, é possível encontrar também os pontos cardeais Norte (também chamado de Boreal ou Setentrional) e o Sul (também chamado de Austral ou Meridional). A distância entre dois pontos cardeais subsequentes é de 90º, ou seja, formam um ângulo reto. Entre dois pontos cardeais é possível encontraro ponto colateral, sendo eles Nordeste, Sudeste, Sudoeste e Noroeste. A distância entre um ponto onde o sol nasce. Onde o sol se põe foi denominado de poente, oeste ou ocidente, possibilitando a criação da Rosa dos Ventos com quatros pontos cardeais: Norte, Sul, Leste e Oeste. NO/NW – entre o Oeste e o Norte, há o ponto colateral Noroeste. SE/SW – entre o Oeste e o Sul, há o ponto colateral Sudoeste. SE – entre o Leste e o Sul, há o ponto colateral Sudeste. NE – entre o Leste e o Norte, há o ponto colateral Nordeste. Figura 3 Fonte: https://www.monolitonimbus.com.br/rosa-dos- -ventos-e-os-deuses/ 13 Esses pontos facilitam a orientação de navios e aviões ou de qualquer pessoa na superfície terrestre, principalmente em lugares onde não há estradas, como em desertos e florestas. Na análise de mapas são usados como referências de lugares ou elementos. Por exemplo, pode-se dizer que um navio afundou na Costa Oeste dos Estados Unidos ou, ainda, citar como referência, que o Aquífero Guarani localiza-se no Planalto Meridional Brasileiro. Vale lembrar ainda que a rosa dos ventos é utilizada na bússola, instrumento que possui uma agulha imantada que aponta sempre para o norte magnético,possibilitando ao usuário uma noção correta da direção a seguir. Apesar de ter se destacado durante as grandes navegações, no século XVI, a bússola foi criada na China, no século I, mas somente em 1302 o marinheiro e inventor Flávio Gioia aperfeiçoou a bússola, colocando a agulha sobre um cartão com o desenho de uma rosa dos ventos, o que facilitou a orientação. 1.4.3. PONTOS SUBCOLATERAIS ENE: Leste-nordeste; ESE: Leste-sudeste; SSE: Sul-sudeste; NNE: Norte-nordeste; NNO/NNW: Norte-noroeste; SSO/SSW: Sul-sudoeste; OSO/WSW: Oeste-sudoeste; ONO/WNW: Oeste-noroeste. VAMOS PENSAR? Tão importante quanto a metragem e localização, a orientação solar deve ser considerada na hora de escolher um imóvel para comprar. Isso porque é ela quem vai definir a quantidade de luz solar que a sua casa irá receber. São vários os benefícios para a residência que recebe sol de forma adequada: menos custos para o dono do imóvel e mais qualidade de vida. Devido ao movimento do sol, a orientação solar muda de acordo com a região e, portanto, não há uma regra universal para a posição do imóvel. No hemisfério sul, onde está localizado o Brasil, a face norte é a que recebe mais sol durante o dia, logo, a face sul quase não recebe sol. Sabendo que o sol nasce ao leste, esta face tem maior incidência do sol da manhã, enquanto a face oeste recebe o sol da tarde. O quarto, por ser um ambiente com maior tempo de permanência, é importante que seja mais arejado. Se o sol da manhã for predominante em cômodos posicionados à leste, isso auxilia na rotina do sono, aquece o ambiente durante o dia e o refresca à noite, evitando a sensação de abafamento. Tanto à leste, quanto à norte, a sala e a varanda costumam ficar bem frescos. Se posicionados à oeste, ficam mais aquecidos e podem ser favorecidos pela presença de plantas e flores. Já a cozinha é naturalmente úmida e por isso deve receber alguma luz e ventilação. No entanto, é preciso evitar a incidência direta dos raios solares, que podem estragar eletrodomésticos e mantimentos. Para quem sofre com o clima úmido, as faces norte, leste ou oeste ajudam a manter o ambiente seco. O banheiro também é um ambiente úmido e, por isso, propenso à manifestação de bolor e mofo. Dessa forma, é importante que receba sol em alguma parte do dia, independente da face escolhida. A orientação solar deve ser uma das premissas na escolha do imóvel, porém, os costumes e as particularidades de cada morador devem ser considerados. Cada caso é um caso. É preciso avaliar o entorno, gostos pessoais, questões de saúde, conforto e até mesmo a questão financeira. Se sua varanda for voltada para o oeste e você apreciar ver o pôr do sol, esse pode ser um ponto positivo. O horário em que você mais permanece em casa também deve ser levado em consideração. Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto- aracatuba/mercado-imobiliario-do-interior/noticia/ orientacao-solar-e-fator-importante-na-hora-de- escolher-o-imovel.ghtml (adaptado). 14 Figura 4 Fonte: https://www.trekkingbrasil.com/orientacao- -com-bussola-e-mapa-parte-1/ Além do Norte Magnético (NM), também existe o Norte Geográfico (NG) ou verdadeiro (NV), assim chamado porque é o ponto onde passa o eixo de rotação da Terra, sendo ainda a referência do sistema de coordenadas geográficas, que veremos no próximo capítulo. O Norte Verdadeiro (90ºN) é o Polo Norte, onde se interceptam todos os meridianos. A diferença entre o Norte Magnético e o Norte Geográfico é medido em graus, sendo chamada de declinação magnética. Essa declinação varia no tempo geológico e de acordo com a localização da área no Planeta. Figura 5 Figura: Declinação Magnética (+D) BUSQUE POR MAIS A descoberta de que a Terra possui um campo magnético, comportando-se como um grande imã, ocorreu em 1600, com trabalhos do físico e médico inglês William Gilbert. A origem desse campo magnético e as suas consequências para a Terra ainda são objeto de estudo, mas sua importância é incontestável. Foi ele que permitiu as grandes navegações, pelo uso da bússola (os modernos navios usam GPS). É ele também que nos protege das partículas carregadas de eletromagnetismo provenientes do Sol (vento solar), a 700 km/s, e de outros pontos da galáxia (além de afetar seriamente as transmissões de rádio e televisão, há evidências de que as tormentas magnéticas aumentam as ocorrências de ataques cardíacos). LINK: http://www.cprm.gov.br/publique/Redes- Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede- Ametista/Magnetismo-Terrestre-2623.html Tão importante quanto a metragem e localização, a orientação solar deve ser considerada na hora de escolher o seu imóvel. Isso porque é ela quem vai definir a quantidade de luz solar que a sua casa irá receber. São vários os benefícios para a residência que recebe sol de forma adequada: menos custos para o dono do imóvel e mais qualidade de vida. LINK: https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do- rio-preto-aracatuba/mercado-imobiliario- do-interior/noticia/orientacao-solar-e-fator- importante-na-hora-de-escolher-o-imovel. ghtml Aprenda a encontrar os pontos cardeais sem a bússola. Existem algumas maneiras de encontrar o Norte: através do sol, utilizando um relógio, utilizando a sombra de uma vara etc. Com este vídeo você observará que não é difícil se orientar. LINK: https://www.youtube.com/ watch?v=mYKO93TbRe0 Livro técnico sobre a Cartografia e suas tecnologias, trabalhando sua evolução histórica e outros assuntos que serão vistos em todo esse livro. 15 Questão 01 - (Enem) Leia o texto a seguir. O JARDIM DE CAMINHOS QUE SE BIFURCAM [...] Uma lâmpada aclarava a plataforma, mas os rostos dos meninos ficavam na sombra. Um me perguntou: O senhor vai à casa do Dr. Stephen Albert? Sem aguardar resposta, outro disse: A casa fica longe daqui, mas o senhor não se perderá se tomar esse caminho à esquerda e se em cada encruzilhada do caminho dobrar à esquerda. Borges, J. Ficções. Rio de Janeiro: Globo, 1997. p. 96 (adaptado). Quanto à cena descrita, considere que I. o Sol nasce à direita dos meninos. II. o senhor seguiu o conselho dos meninos, tendo encontrado duas encruzilhadas até a casa. Conclui-se que o senhor caminhou, respectivamente, nos sentidos a) Oeste, Sul e Leste. b) Leste, Sul e Oeste. c) Oeste, Norte e Leste. d) Leste, Norte e Oeste. e) Leste, Norte e Sul. Questão 02 - A figura simula um jogo de futebol, na qual o time A é composto pelos jogadores de A a L e o time B pelos jogadores de 1 a 11. O narrador do jogo, ao observar o movimento aparente do sol, pode descrever a seguinte jogada: FIXANDO O CONTEÚDO 16 a) O goleiro do time A lança a bola na direção SO para o jogador E. b) O jogador 9 chuta na direção NE para o jogador H, na porção meridional do campo. c) O jogador 10 finaliza a jogada chutando para o gol na direção NE. d) O goleiro do time B, do lado oriental do campo, defende a bola do jogador I, chutada na direção SE. e) O jogador E, a oeste do jogador F, chuta a bola para o jogador J na direção SO. Questão 03 - (UFG-GO). Observe o mapa a seguir: A leitura e a interpretação do mapa, por meio da análise da rede geográfica e dos pontos de referência, indicam que o município de Sabará localiza-se: a) Ao norte de Belo Horizonte e ao sul de Caeté. b) A oeste de Nova Lima e a leste de Santa Luzia. c) A leste de Belo Horizonte e a oeste de Caeté. d) A oeste de Raposos e a leste de Santa Luzia. e) Ao sul de Raposos e ao sul de Taquaraçu de Minas. Questão 04 - Considere o esquema abaixo (pontos cardeais, colaterais e subcolaterais), que posiciona algumas capitais brasileiras e as direções NOROESTE (NO), SUDESTE (SE), ESTE-NORDESTE (ENE) e SUDOESTE (SO), respectivamente: 17 A alternativa que correlaciona a capital e a direção indicada é: a) Teresina, Belo Horizonte, Fortaleza, São Paulo. b) Cuiabá, São Paulo, Manaus, Vitória. c) Manaus, Rio de Janeiro, Aracaju, Campo Grande. d) Fortaleza, Teresina, Campo Grande, Cuiabá. Questão05 - (PUC). Levando em consideração que, no dia em que esta foto foi tirada, o Sol se pôs exatamente atrás da estátua do Cristo Redentor, podemos AFIRMAR que: a) O Pão de Açúcar está situado ao norte da parte frontal da estátua do Cristo Redentor. b) O braço direito do Cristo Redentor está apontando para a direção sul. c) O Leste está na direção da parte de trás da estátua do Cristo Redentor. d) A enseada de Botafogo está ao sul da parte frontal da estátua do Cristo Redentor. e) O braço esquerdo do Cristo Redentor está apontando para a direção oeste. Questão 06 - A Terra comporta-se como um imenso ímã, ou seja, tem magnetismo próprio. Observe as figuras, que são representações do campo magnético da Terra. A partir da observação das figuras e de seus conhecimentos, pode-se afirmar que: a) se buscamos as coordenadas geográficas do polo Norte Magnético para atingir o polo Norte Geográfico, o provável é que não cheguemos lá, porque a localização dos polos magnéticos da Terra não coincide com a dos polos geográficos. b) o polo norte magnético encontra-se na costa norte do Alasca e o polo sul magnético na costa oeste da Antártida. c) se buscarmos as coordenadas geográficas do polo sul magnético para atingir o polo sul geográfico, o provável é que alcancemos nosso intento, porque a localização dos polos magnéticos da Terra coincide com a dos polos geográficos. 18 d) o polo norte magnético encontra-se na Groenlândia, na América do Norte, e o polo sul geográfico na costa norte da Antártida. e) o polo norte magnético encontra-se na costa norte do Canadá, no oceano Atlântico, portanto, junto à localização do polo norte geográfico. Questão 07 - Posicionando os estados brasileiros a partir de orientações em pontos cardeais e colaterais pode ser considerado que: a) O estado do Mato Grosso encontra-se em uma posição meridional em relação ao Amazonas e Pará. b) O Acre e o Amazonas possuem as terras mais orientais do território brasileiro. c) Os estados mais orientais do Nordeste são o Piauí e o Maranhão. d) Em Roraima encontra-se a extremidade mais meridional do país. e) O estado de Goiás está ao sul de Tocantins e a leste de Minas Gerais. Questão 08 - A grande família do Alasca “Nas profundezas do Alasca selvagem, vive a recém-descoberta família Brown. Billy, sua esposa Ami e os sete filhos (cinco rapazes e duas garotas) vivem isolados do mundo, desenvolvendo dialetos e sotaque próprios. Em determinadas épocas do ano, os Brown chegam a passar até nove meses sem contato com forasteiros”. Fonte: http://www.brasil.discovery.uol.com.br/aventura/a-grande-familia-do-alasca/a- grande-familia-do-alasca-sobre-a-serie/, acesso em 28/02/2017. Assinale em quais hemisférios se encontra a família Brown: a) setentrional e oriental. b) austral e oriental. c) austral e ocidental. d) boreal e ocidental. e) meridional e oriental. 19 UNIDADE 2 MOVIMENTOS DA TERRA E COORDENADAS GEOGRÁFICAS 20 Neste capítulo você vai estudar sobre os principais movimentos da Terra e compreender como influenciam na orientação do Planeta, na definição dos dias e noites e das estações do ano. Aprenderá ainda sobre as coordenadas geográficas, valores numéricos por meio dos quais se define, com precisão, um ponto na superfície terrestre, além de delimitar as zonas térmicas do planeta e os fusos horários. Esse capítulo é essencial em todo estudo de cartografia, uma vez que seria impossível se orientar, localizar ou mesmo representar a Terra sem os conhecimentos que envolvem os assuntos discutidos na unidade. superfície terrestre durante o ano, pois o eixo imaginário, em torno do qual a terra faz sua rotação, tem uma inclinação de 23º27’ em relação a órbita terrestre. Desde os tempos mais remotos, o dia e a noite são os métodos mais eficazes de medição do tempo. Outra forma muito usual de medir o tempo, mas durante períodos mais longos, é a variação do clima durante as estações do ano, com a presença de longo período de calor, neve ou mesmo o florescer das plantas. Ambos métodos estão relacionados com os movimentos da Terra, diferenciando apenas se esse movimento é em torno do próprio eixo ou em torno do sol. O movimento que o Planeta faz em torno do próprio eixo é chamado ROTAÇÃO. O movimento ocorre de oeste para leste, em sentido anti-horário, e tem uma duração de 23 horas, 56 minutos e 4 segundos, ou, aproximadamente 24 horas, completando o dia solar. Além de determinar os dias e as noites, esse movimento também tem influência nos mecanismos de circulação atmosférica global e na dinâmica das correntes marítimas. A existência de dias e noites determina os índices de luminosidade, temperatura e umidade do ar, essenciais para o desenvolvimento dos ecossistemas do Planeta. Vale lembrar que a iluminação do sol varia na Outro movimento essencial para a vida e dinâmica do planeta é o de TRANSLAÇÃO. Nesse movimento a Terra gira em torno do Sol, de oeste para leste, mesmo sentido do movimento de rotação. Esse movimento tem duração de 365 dias, 5 horas, 49 minutos e dois segundos, ou seja, um ano solar, sendo responsável pela ocorrência das estações do ano e, consequentemente, dos solstícios e equinócios. Considerando, aproximadamente, uma duração de 365 dias e 6 horas, será fácil perceber que a cada ano sobrará 6 horas, pois o ano civil adotado, por convenção, tem 365 dias. O ajuste será feito a cada 4 anos, quando o ano terá 366 dias e o mês de fevereiro 29 dias, o que é chamado de ano bissexto. 2.2. MOVIMENTOS DA TERRA 2.1. INTRODUÇÃO Figura 6 Movimento de rotação da Terra SCANEIE O CÓDIGO E ACESSE O LINK 21 Ao longo do ano, quatro pontos durante o movimento de Translação são importantes, pois registram o início das estações do ano em É importante frisar que a determinação das estações do ano não está associada apenas ao movimento de translação da Terra, mas também a inclinação de seu eixo de rotação, que faz com que o sol incida em ângulos diferentes na superfície terrestre, provocando variações de fotoperíodo. O movimento de translação ocorre em uma orbita elíptica, fazendo com que a Terra se aproxime ou se afaste mais do Sol. O momento em que a Terra está mais próxima do Sol é chamada de Periélio (do grego, peri = perto e hélio = sol), quando a Terra fica a aproximadamente 147 milhões de Km do Sol, o que acontece próximo ao dia 03 de janeiro. Por volta do dia 04 de julho ocorre o Afélio (do grego, ap = longe, distante e hélio = sol), momento em que a Terra se encontra mais distante em sua órbita de translação, a 152 milhões de km. Apesar das datas coincidirem com o verão e inverno do hemisfério sul, o Periélio e o Afélio não são responsáveis pelas estações no ano, apenas intensificando-as. Você estudará mais sobre o assunto em física, pois o tema é explicado pela 2ª Lei de Kepler: Lei das Áreas. Figura 7 Figura: Afélio, Periélio, Solstício e Equinócio BUSQUE POR MAIS O que é um ano? Uma pergunta simples, com uma resposta aparentemente simples: um ano é a quantidade de tempo que a Terra demora a dar uma volta ao Sol. Mas como sabemos quando a Terra completa uma volta ao Sol? Para responder a esta questão é necessário escolher uma referência que nos permita realizar a medição. LINK: https://www.natgeo.pt/ciencia/2020/02/origem- do-ano-bissexto Os nascidos e os que vão nascer no dia 29 de fevereiro, devem ser registrados na data exata do nascimento. Isso se faz por meio do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, pelo médico ou profissional de saúde que acompanhou a gestação ou parto do nascido. Não se trata da Certidão de Nascimento, mas da Declaração de Nascido Vivo. LINK: https://bhaz.com.br/2020/01/05/ano-bissexto- nascidos-29-fevereiro/ Livro que constrói o conhecimento cartográfico com conceitos clássicos e modernos, sua história e grandes transformações até a Cartografia digital. Aborda seus campos temáticos e os sistemas de coordenadas (página 85 a 113). LINK: https://plataforma.bvirtual.com.br/Acervo/Publicacao/175009 FIQUE ATENTO Os responsáveis pela ocorrência das estações do ano são o movimento de Translação da Terra e a inclinação do eixo terrestre em relação ao seu plano de órbita. Fotoperíodo: É a duração do dia em relação à noite em um tempo de 24 horas. Fotoperiodismo é a reação da planta à esse tempo. O fotoperíodo exerce influência sobre a floração, pois este aponta as estações do ano. As plantas neutras ou indiferentes são aquelas que não dependem do fotoperíodo e sim da disponibilidade de água e temperatura. LINK: (https://brasilescola.uol.com.br/biologia/ fotoperiodismo.html). GLOSSÁRIO 2.3. SOLSTÍCIOS E EQUINÓCIOS 22 cada hemisfério, de acordo com a incidência solar, definindo os Solstícios e Equinócios. Os Solstícios, do latim solstare, significa sol distante. Esse é o momento em que o sol fica perpendicular a um dos trópicos. Vale lembrar que os trópicos são o ponto máximo em que o sol incide perpendicularmente, ou seja, quando o sol incide perpendicularmente sobre o trópico de Câncer, é o momento em que o Sol está mais distante do hemisfério sul. Nesse momento inicia-se o verão no hemisfério norte e o inverno no hemisfério sul, o que ocorre no dia 21 de junho. No dia 21 de dezembro o Sol encontra-se perpendicular ao Trópico de Capricórnio, dando início ao Solstício de Verão nesse hemisfério. As estações do ano são inversas de hemisfério para hemisfério. Durante os solstícios tem-se a maior variação do fotoperíodo (período do dia de luminosidade). No verão, próximo ao trópico, tem-se o dia mais longo do ano e próximo ao círculo polar, os chamados dias polares. No inverno isso se inverte, pois, a noite será a mais longa do ano, chegando a noites polares nas altas latitudes. Vale lembrar novamente que as estações do ano são inversas de hemisfério para hemisfério. Vale frisar ainda que, durante os solstícios, o Sol atinge o chamado Zênite, ponto mais alta da esfera celeste, formando um ângulo perpendicular com o observador. Isso só ocorre entre os trópicos de Câncer e de Capricórnio, pois são os pontos máximos em que o sol incide de forma perpendicular. Nesse ponto, a dispersão de energia solar é menor, fazendo com que as regiões entre os trópicos possuam temperaturas médias mais elevadas. Essa diferença de distribuição de energia solar sobre a superfície terrestre, devido a inclinação do eixo terrestre e do movimento de translação da Terra, além de definir os Solstícios Equinócios (estações do ano), também define as zonas térmicas do Planeta. Figura 8 Figura 9 Figura 10 Já os Equinócios, do latim aecnoquitium, significa “noites iguais”. É o momento em que o Sol está perpendicular ao Equador, dividindo luminosidade e calor por igual nos dois hemisférios e fazendo com que noites e dias tenham a mesma duração, ou seja, 12 horas de dia e 12 horas de noite em todo o Planeta. Isso só ocorre em dois dias do ano, com exceção do Equador, onde o Sol incide perpendicular todos os dias do ano. Os Equinócios representam o início da Primavera e do Outono, ocorrendo sempre nos dias 20 ou 21 de março e 23 de setembro. 23 A orientação terrestre, feita através do Sol, da Lua ou das estrelas ajudou muito o ser humano a conseguir se locomover e se orientar no espaço, porém não definia com precisão nenhum ponto sobre a superfície terrestre. Para isso, foi necessário avançar, principalmente com ajuda da matemática, na construção de uma rede de coordenadas cartesianas adaptadas a um plano, que ficou conhecida como Coordenadas Geográficas. Segundo o IBGE, Coordenadas Geográficas são “valores numéricos através dos quais podemos definir a posição de um ponto na superfície da Terra, tendo como ponto de origem para as latitudes o Equador e o Meridiano de Greenwich para a origem das longitudes. ” Vídeo explicativo sobre Solstícios e Equinócio. A dinâmica do vídeo permite ao aluno uma melhor visualização e compreensão do assunto. LINK: https://www.youtube.com/watch?v=S-DlNTw- BUSQUE POR MAIS SCANEIE O CÓDIGO E ACESSE O LINK A partir de 22 de novembro até 20 de janeiro o sol não nasce na cidade de Hammerfest. Nesta cidade portuária Norueguesa o sol não vai aparecer até dia 20 de janeiro e depois, não se vai pôr de 14 maio a 31 de julho. Com cerca de 10 mil habitantes, Hammerfest, na ilha de Kvalo, no condado de Finnmark, fica a 480 km a norte do Círculo Polar Ártico e auto- intitula-se a cidade mais setentrional do mundo. Aqui, durante o inverno, o sol nunca aparece no horizonte (noite polar) e, durante o verão, nunca desaparece (dia polar ou sol da meia noite). Apesar da sua localização, a temperatura média anual nesta cidade norueguesa é de 2 °C, oscilando entre os −5 °C de janeiro e os 11 °C (52 °F) de julho. Compreensivelmente Hammerfest foi, em 1891, o primeiro aglomerado urbano do norte da Europa a ter luz elétrica nas ruas. A invenção foi trazida para a cidade dois comerciantes locais regressados de uma feira em Paris onde tinham assistido a uma demonstração. O sol da meia noite é um fenómeno natural que ocorre nos meses de verão em localidades a norte do círculo polar ártico e a sul do circo polar antártico quando o sol continua visível à meia noite. Perto do solstício de verão, o sol brilha continuamente durante 24 horas se o tempo estiver bom. Quanto mais perto estiver o local dos polos, maior é a quantidade de dias do ano com luz contínua. O contrário acontece no inverno com a “noite polar” a prolongar-se por 24 horas. Tal como o “sol da meia noite”, a “noite polar” deve-se também à inclinação do planeta. No inverno, “a noite polar” chega quando o hemisfério norte se encontra mais longe do sol, sendo as regiões polares mais setentrionais, as zonas do planeta mais afastadas do sol e as regiões a que o resto do planeta faz sombra. FONTE: https://rfm.sapo.pt/content/3679/a-cidade- onde-a-noite-dura-59-dias. (adaptada) 2.4. COORDENADAS GEOGRÁFICAS VAMOS PENSAR? Figura 11 É importante frisar que as coordenadas são adaptações que buscam, através de técnicas cartográficas, representar o Planeta Terra da forma mais correta e precisa possível, o que acaba não ocorrendo, pois toda representação da Terra acaba apresentando deformações e distorções, por menores que sejam. Através desse sistema, formado por paralelos e meridianos, torna-se possível 24 localizar com precisão qualquer ponto ou objeto na superfície terrestre. Os paralelos são círculos da superfície da Terra paralelos ao Equador, ou seja, perpendiculares ao eixo terrestre. A referência para os paralelos é sempre o paralelo 0 graus ou inicial, ou seja, o Equador, que divide o Planeta em dois hemisférios, Norte e Sul. O Equador é o círculo máximo entre os paralelos, pois passa na parte mais larga do Planeta. Os círculos dos paralelos vão diminuindo em direção aos pontos, até chegar nos paralelos 90 graus Norte e Sul, representados apenas por um ponto. A partir dos paralelos se definem as latitudes, ou seja, a distância em graus de qualquer ponto da Terra em relação a linha do Equador, variando de 0º a 90º graus. Além do Equador, outros quatro paralelos também recebem nome e são importantes na definição das zonas térmicas da Terra. Os Trópicos de Câncer e de Capricórnio, respectivamente em 23º27’ norte e 23º27’ sul. Entre esses paralelos situa-se a Zona Intertropical, região com as temperaturas médias anuais mais elevadas por receber, pelo menos em dois dias do ano, os raios solares de forma perpendicular. Nessa região não são percebidas as quatro estações do ano, mas apenas verão e inverno. Outros dois paralelos importantes são o Círculo Polar Ártico e o Círculo Polar Antártico, situados em 66º33’ Norte e Sul, respectivamente, definindo o ponto máximo do Planeta em que se tem insolação os 365 dias do ano. A partir dos círculos polares, ter-se-á as chamadas noites e dias polares. Essa região é chamada de Zona Polar.Essa região recebe os raios solares sempre de forma oblíqua, nunca perpendicular, possuindo, por isso, temperaturas médias mais amenas, além de ser perceptível as quatro estações do ano. Figura 12 Figura 14 Incidência dos raios solares por zona térmica da Terra Figura 13 Principais Paralelos 25 Acima, tem-se a representação de cinco pontos diferentes. Observando as suas latitudes e longitudes, pode-se, então, descrever as coordenadas geográficas de cada um deles, indicando os seus hemisférios (Norte: N. Sul: S. Leste: E. Oeste: W). Observe que todos os pontos da superfície se localizam em pelo menos dois hemisférios. O território brasileiro, nesse caso, encontra-se em três hemisférios: uma pequena parte no Norte, uma grande parte no Sul e todo ele no Oeste. Diferente dos paralelos, os meridianos são linhas imaginárias que cortam o Planeta na vertical (longitudinalmente), de polo a polo. O Meridiano Zero, ou de origem, é o Meridiano de Greenwich, que passa na cidade de Londres e divide o planeta em dois hemisférios, Leste e Oeste. Longitude é a distância em graus, de qualquer ponto da Terra em relação ao Meridiano de Greenwich, apresentando uma variação entre 0º e 180º Leste e Oeste. O cruzamento entre um paralelo e um meridiano forma a chamada coordenada geográfica, que será dada em latitudes e longitudes e representada através de graus e hemisférios. Por exemplo, o mapa a seguir fornece as Coordenadas Geográficas globais estabelecidas a partir da combinação das latitudes e das longitudes. Figura 16 As coordenadas geográficas permitem a localização dos diferentes pontos no mapa Figura 15 PONTO A: 20ºS 60ºW PONTO B: 40ºS 0º PONTO C: 20ºS 90ºE PONTO D: 0º PONTO E: 40ºN 120ºE SCANEIE O CÓDIGO E ACESSE O LINK BUSQUE POR MAIS Site do IBGE onde o aluno encontrará vídeos e resumos sobre vários assuntos de cartografia, ajudando na visualização e aprendizagem de alguns conteúdos. LINK: https://atlasescolar.ibge.gov.br/conceitos-gerais/ o-que-e-cartografia/coordenadas-geogra-ficas.html O termo antípoda designa tradicionalmente na Europa as regiões situadas do outro lado da Terra, como a Oceania e vem do plural Antípodas. Este termo veio de uma expressão grega significando literalmente “pés opostos” (as pessoas que habitariam nos antípodas caminhariam “ao contrário”). Antípoda é um abuso de linguagem, já que o singular de antipodes é, em grego, antipous. LINK: https://pt.wikipedia.org/wiki/Antípoda 26 Questão 01 – (UFPR) - “Se olharmos para o céu numa noite clara sem lua, os objetos mais brilhantes que vemos são os planetas Vênus, Marte, Júpiter e Saturno. Também percebemos um número muito grande de estrelas que são exatamente iguais ao nosso Sol, embora muito distantes de nós. Algumas dessas estrelas parecem, de fato, mudar sutilmente suas posições com relação umas às outras, à medida que a Terra gira em torno do Sol.” (HAWKING, S. W. Uma breve história do tempo: do Big Bang aos Buracos Negros. Trad. de Maria Helena Torres. Rio de Janeiro: Rocco, 1988. p. 61.) A respeito do assunto, considere as seguintes afirmativas: I. o movimento da Terra ao qual o autor se refere determina uma órbita elíptica em que o planeta ora se afasta, ora se aproxima do Sol. II. o movimento da Terra em torno do Sol é responsável pela sucessão dos dias e das noites. III. as posições relativas de planetas e estrelas permitem, há muitos séculos, a orientação no espaço terrestre; a constelação do Cruzeiro do Sul, no hemisfério Sul, e a Estrela Polar, no hemisfério Norte, são pontos de referência para esse tipo de orientação. IV. a distribuição desigual das temperaturas, determinante da vida em distintos lugares da superfície terrestre, está relacionada, entre outros fatores, à forma esférica da Terra e ao ângulo de incidência dos raios solares. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa I é verdadeira. b) Somente a afirmativa II é verdadeira. c) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. d) Somente as afirmativas I, III e IV são verdadeiras. e) Todas as afirmativas são verdadeiras. Questão 02 – (UFG) Observe as figuras a seguir: FIXANDO O CONTEÚDO 27 Os ângulos de incidência dos raios solares sobre a superfície da Terra, demonstrados nas figuras, apresentam duas situações distintas, que caracterizam os solstícios e os equinócios. Em ambas as figuras, o ponto A representa uma cidade sobre a Linha do Equador, ao meio-dia. A Figura 2 mostra a incidência do Sol três meses após a situação ilustrada na Figura 1. A Figura 1 representa o: a) Equinócio de primavera no Hemisfério Sul, quando a incidência dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra em A. b) Equinócio de primavera no Hemisfério Sul, quando a incidência dos raios solares é perpendicular à superfície da Terra em A. c) Equinócio de outono no Hemisfério Sul, quando a incidência dos raios solares é perpendicular à superfície da Terra em A. d) Solstício de verão no Hemisfério Norte, quando a incidência dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra em A. e) Solstício de inverno no Hemisfério Sul, quando a incidência dos raios solares é oblíqua à superfície da Terra em A. Questão 03 – (UFPE - adaptada) Observe as proposições abaixo, tomando por referência o mapa do Nordeste. I) em relação ao Meridiano de Greenwich, o Nordeste está situado no Hemisfério Oriental. II) as coordenadas geográficas do ponto A, situado na parte central da Bahia, são: Lat. 12º S e Long. 42º W. III) São Luís é a capital mais setentrional do Nordeste. Mapa de localização da região do Nordeste brasileiro 28 São corretas: a) I. b) II. c) II e III. d) I e II. e) I, II, III. Questão 04 – (PUC-RS) Responder à questão com base no gráfico, que representa parte das Coordenadas Geográficas. O ponto antípoda de B é: a) 3o de latitude Norte e 2o de longitude Oeste. b) 87o de latitude Sul e 2o de longitude Oeste. c) 3o de latitude Norte e 178o de longitude Oeste. d) 2o de latitude Sul e 177o de longitude Leste. e) 3o de latitude Sul e 4o de longitude Leste. Questão 05 – Observe o mapa. Suponha a realização de uma viagem de automóvel de Belo Horizonte a Luz, com a partida marcada para às 15h de um dia ensolarado, na véspera do Natal. Nessa viagem, com duração aproximada de duas horas e trinta minutos, o motorista irá receber mais intensamente os raios solares: 29 a) De frente e à sua esquerda. b) De frente e à sua direita. c) Pelas costas e à sua esquerda. d) Pelas costas e à sua direita. e) Em cima do carro. Questão 06 – Entre todos os movimentos realizados pela Terra, a Rotação e a Translação são consideradas como os dois mais importantes, pois são os que exercem maior influência no cotidiano das sociedades. As consequências principais da Rotação e da Translação da Terra são, respectivamente, a) A intercalação das atividades solares e a variação cíclica dos climas. b) A ocorrência das estações do ano e a sucessão dos dias e noites. c) A sucessão dos dias e noites e a ocorrência das estações do ano. d) A existência dos solstícios e equinócios e a duração do ano em 365 dias. e) A duração dos ciclos solares e a diferenciação entre climas frios e quentes. Questão 07 – O deslocamento do periélio é registrado como um dos movimentos da Terra, mas não é tão lembrado por dois motivos: não exerce uma influência tão grande sobre a vida no Planeta e também por apresentar um ciclo muito longo, que totaliza os 21 mil anos. Mas, afinal, o que é o periélio? a) É a forma com que a Terra se desloca em torno do seu próprio eixo. b) É o movimento aparente da Terra ao longo do universo. c) É o eixo da translação terrestre. d) É a distância mínima da órbita terrestre em relação ao Sol. e) É a distância máxima da órbita terrestre em relação ao Sol. Questão 08 – (UTFPR) Durante a Translação da Terra e em função da sua obliquidade e esfericidade, o ângulo de incidência dos raios solares se modifica durante o ano. Assinale a única alternativa correta sobre osfenômenos observados quando ocorrem os equinócios durante o ano. a) A incidência do Sol é vertical sobre o Equador e mais oblíqua perto dos polos. b) A incidência do Sol é perpendicular ao trópico de Câncer e oblíqua no Equador. c) A incidência do Sol é perpendicular ao trópico de Capricórnio e oblíqua na latitude 23ºS. d) A duração do dia é maior que a duração da noite no Hemisfério Sul. e) A duração do dia é menor que a duração da noite no Hemisfério Sul. 30 UNIDADE 3 FUSOS HORÁRIOS 31 O tema “fusos horários” é muito importante na atualidade, principalmente com o avanço dos sistemas de transportes e comunicações que consolidaram o processo de globalização. Compreender que os países possuem fusos diferentes ajuda o aluno a entender as variações de horários e, consequentemente, de funcionamento de bancos, bolsas de valores, instituições públicas, comércios, dentre outros, mundo a fora. Deve-se ainda levar em conta os crescimentos dos fluxos populacionais pelo mundo, seja para turismo, trabalho ou fixar residência em outros territórios. Hoje em dia, quase toda família possui um parente ou conhecido que ficou residência em outros países, com os quais se comunicam. Mas não foi sempre assim, pois, no passado, as pessoas raramente se deslocavam ou saiam das regiões em que tinham nascido, portanto, conhecer os fusos horários era quase que um desperdício de tempo, uma vez que esse conhecimento dificilmente seria usado pela maioria da população. Prova disso é que a preocupação em se criar um sistema oficial de variações de horas ao redor do mundo, com base no movimento de rotação da Terra e de radiação solar, só surge pós 1ª revolução industrial, pois o avanço das máquinas a vapor, com destaque para as locomotivas, diminuiu o tempo gasto para cruzar grandes distâncias continentais. Nesse capítulo você vai estudar sobre os fusos horários mundiais e também a variação dos fusos brasileiros, aprender como calcular as diferenças e como essa questão pode interferir no dia a dia do país. Aprenderá ainda sobre o horário de verão, que funcionou no Brasil desde a década de 1930 e que acabou em 2019, através de decreto do presidente Jair Bolsonaro. O Sistema de Fusos horários internacionais percorreu um longo caminho até se tornar oficial e ser adotado no mundo todo utilizando os mesmos parâmetros. Inicialmente não existia um referencial único e os viajantes tinham que acertar os relógios todas as vezes que chegavam a uma cidade nova, baseando se no sol ao meio dia, quando atingia o seu zênite (ponto mais alto do sol no céu, incidindo na superfície da Terra de forma perpendicular – ângulo de 90º). A Grã-Bretanha foi o primeiro país a adotar uma única hora legal para todo o seu território, em 1883, através de um sistema que ficou conhecido como Greenwich Mean Time (GMT) ou Tempo Médio de Greenwich. Em 1878 foi sugerido por um senador Canadense um sistema internacional de fusos, que dividiria a Terra em 24 faixas longitudinais, onde cada uma delas, com uma largura de 15º, representaria 1 hora, ou 60 minutos. Se for considerada a circunferência da Terra, de 360º, divididas em 24 faixas (que representam, cada uma, uma hora do dia), têm-se exatamente os 15º sugeridos no estudo. Em 1883 as linhas de trens norte americanas adotaram esse sistema de fusos. No ano seguinte, já em 1884, ocorria nos Estados Unidos, em Washington D.C., a Conferência Internacional do Primeiro Meridiano, que adotou a padronização mundial da hora legal, considerando que o ponto de referência, a Longitude 0º, passaria pelo Observatório Real de Greenwich, em Londres, na Inglaterra, e que as horas, a partir daí, seriam contadas positivamente para leste e negativamente para oeste. Ficou definido ainda que o Meridiano de 180º (antemeridiano de Greenwich), seria considerado a Linha Internacional de Data (LID). 3.1. INTRODUÇÃO 3.2. INTRODUÇÃO Figura 17 Meridiano de Greenwich 32 Figura 18 Figura 19 Figura 20 Marco Zero - Meridiano de Greenwich É essencial compreender que os fusos horários estão relacionados com o movimento de Rotação da Terra, que ocorre de oeste para leste, demorando 24 horas para que o Planeta faça um giro completo em torno de seu próprio eixo. Esse movimento faz com que o Sol, aparentemente, nasça sempre a leste e se ponha em oeste. A verdade é que, pela manhã, quando o Sol parece subir no horizonte, é a Terra que está girando na direção contrária (Oeste- Leste). A hora legal será dada pelo Meridiano Central de cada fuso, que será sempre um múltiplo de 15º. Finalmente têm-se a hora oficial, que é a hora adotada por cada país, o que nem sempre respeita a hora legal. No século XXI, o Brasil, por exemplo, chegou a mudar seu fuso oficial, quando entre 2008 e 2013 teve apenas 3 fusos, voltando a ter 4 fusos a partir de 2014, após plebiscito realizado pelo Estado do Acre. Para se saber a hora oficial de um determinado lugar ou país é necessário consultar um mapa para se descobrir a posição oficial determinada pelo governo e congresso desse país. Já quando se busca conhecer a hora legal ou de Greenwich, o aluno deverá utilizar-se de cálculos matemáticos e de algumas regras pré- definidas. Primeiro deverá saber que cada 15º de longitude representa 1 hora ou 60 minutos, Dentro desse contexto, quando maior for o território de um país de leste para oeste, mais fusos horários diferentes ele possuirá, o que influenciará na integração econômica e social do país. Observe que as horas apenas variam quando se mudam as longitudes, ou seja, se duas cidades estão em mesmas longitudes, mas em latitudes diferentes, mesmo que em hemisférios diferentes, a hora legal dessas cidades serão as mesmas. Na realidade, existem três tipos de horas diferentes, a solar ou verdadeira, a legal e a oficial. A hora solar ou verdadeira está relacionada ao movimento aparente do Sol, definida pelo meio dia, quando o Sol está a zênite, sendo assim, cada lugar terá uma hora diferente, mesmo que apenas por alguns milésimos de segundo. A hora legal está relacionada ao Meridiano de Greenwich, que é o padrão internacional definido em 1884, onde a cada faixa longitudinal de 15º têm-se uma hora definida. Dentro desse conceito, todas as cidades e localidades situadas dentro do mesmo intervalo terão a mesma hora legal. 33 Para colocar esses conhecimentos em prática é importante trabalhar exercícios de fusos horários utilizando exemplos para demonstrar sua resolução em quatro regras simples. Para melhor compreender essas regras será usado como base o exercício abaixo. Em uma cidade A localizada na longitude 45° N e na latitude 60º W são 19:00 horas. Que horas serão, nesse mesmo instante, em uma cidade B localizada na latitude 30° N e longitude 75° E? O ponto A está a oeste do Meridiano de Greenwich; dessa forma, tem sua hora solar atrasada em relação à cidade B, que está localizada a leste (a Terra gira de oeste para leste, sendo assim, as terras a leste de Greenwich estão adiantadas). As cidades estão em hemisférios distintos, então deve-se somar os valores das longitudes. Assim, tem- se: 60º + 75° = 135° Deve-se dividir o valor total da soma das longitudes por 15º, assim tem-se: 135°/15° = 9 horas. Dessa forma, a diferença de horas entre as cidades A e B é de 9 horas. Assim, se na cidade A for 19:00h, no mesmo instante, na cidade B serão 04:00h do dia seguinte. Figura 21 Figura 22 Movimento aparente do Sol pois se o Planeta tem 360º, divididos pela quantidade de fusos, que são 24 (representando 24 horas do dia), têm se como resultado 15º, ou seja: Lembre-se que o Meridiano de Greenwich é o marco inicial, assim todos os fusos que se encontram a Oeste são negativos e todos os que se encontram a Leste são positivos. A linha internacional de data (LID) é representada pelo meridiano de 180º, que corta de norte a sul o Oceano Pacífico, entre a Ásia e as Américas. Cada 15º = 60 minutos (1hora) VAMOS PENSAR? 3.3. LINHA INTERNACIONAL DE DATA (LID) 34 Por convenção internacional, esse meridiano determina a mudança do dia, ou seja, o dia no mundo pode mudar de duas formas diferentes, seja pela diferença do dia e da noite, associada ao movimento de Rotação da Terra ou por que se atravessou a LID. Ao ultrapassar essa linha, exatamente no ponto em que ela se localiza, deve-se alterar a data para o dia anterior (a leste) ou seguinte (a oeste) à partida. A mudança de datas ocorre da seguinte maneira: ao se fazer uma viagem no sentido Oeste-Leste (mesmo sentido da rotação da Terra) se ganha um dia no calendário, ou seja, no momento em que se cruza a linha tem-se uma imediata mudança de data. Na verdade, não se deixa de viver 24 horas, apenas, o viajante que estava em um dia 30, por exemplo, ao cruzar a linha no sentido Leste passa imediatamente para o dia 31. Em contraposição, quando se viaja no sentido Leste-Oeste e ultrapassa-se a LID, há a mudança de um dia, ou seja, do 31 para um dia 30. Texto extraído do livro “A Volta ao Mundo em 80 Dias”, de Júlio Verne, é uma ilustração clássica de como a mudança de datas pode interferir nas nossas vidas. O Brasil é um país situado totalmente no hemisfério ocidental do Planeta, o que faz com que seus fusos horários sejam todos atrasados em relação ao Meridiano de Greenwich. Além disso, possui grande extensão latitudinal, o que faz com que seja cortado por várias longitudes, conferindo ao país 4 fusos horários diferentes. Até julho de 2008, o Brasil possuía 4 fusos horários. Entretanto, a partir dessa data, o país passou a ter 3 fusos por determinação do Presidente Luís Inácio Lula da Silva, que justificou sua decisão em mudar a hora oficial do país alegando que facilitaria a integração econômica do Brasil. Porém, o Acre, que teve o fuso (75ºO) integrado do fuso da amazônica (60ºO) reivindicou o retorno do 4º fuso, alegando que a mudança anterior provocava prejuízo aos alunos e crianças, que acordavam e iam para a escola ainda com o dia escuro. Em novembro de 2013, o antigo fuso horário, vigente no Acre e no sudoeste do Amazonas, foi restabelecido após um plebiscito, e o país voltou a ter 4 fusos. É importante observar que os fusos brasileiros não obedecem aos meridianos limítrofes originais, pois são ajustados de Afinal foram apenas 79 dias! “Aposto vinte mil libras, seja contra quem for, que darei a volta à Terra em oitenta dias ou menos. ... sendo hoje quarta-feira, 2 de outubro, tenho de estar de volta a Londres, a este mesmo salão do Reform-Club, em 21 de dezembro, sábado, às oito e quarenta e cinco da noite. ” ... houve, porém, demoras forçadas, e quando o gentleman desembarcou, enfim, no seu destino, todos os relógios de Londres marcavam dez minutos para as nove da noite. Concluída a volta ao mundo, Phileas Fogg chegava com cinco minutos de atraso! Em resumo: perdera a aposta! ... “O Sr. enganou-se num dia! Nós chegamos 24 horas adiantados; mas só temos 10 minutos”. “Sem dar por isso”, Phileas Fogg ganhara um dia no seu itinerário, unicamente porque dera a volta ao mundo caminhando para leste, dia que, pelo contrário, perderia se fosse em sentido inverso, quer dizer, marchando para oeste. (VERNE, 1982). 3.4. FUSOS HORÁRIOS BRASILEIROS Fonte: IBGE. Disponivel em: <http://mapas.ibge.gov.br/politico-administrativo> Figura 23 35 de acordo com as conveniências regionais. 1º Fuso, também conhecido como fuso –2h (menos duas horas) em relação à hora de Greenwich ou 30ºO. Fazem parte deste fuso as ilhas oceânicas de Fernando de Noronha, Martin Vaz e Trindade, o Atol das Rocas, os Penedos de São Pedro e São Paulo. Por abarcar apenas as ilhas brasileiras, esse fuso é chamado de Fuso Oceânico Brasileiro. 2º Fuso, também conhecido como fuso –3h (menos três horas) ou 45ºO. É o principal fuso do país, conhecido também como fuso de Brasília, representando a hora oficial do país. Todos os estados das regiões Nordeste, Sudeste e Sul, mais os estados de Goiás e o Distrito Federal, além de Tocantins, Pará e Amapá na região Norte. 3º Fuso, fuso –4h (menos quatro horas) ou 60ºO. Compreende os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul no Centro-Oeste, Roraima, Rondônia e quase todo o estado do Amazonas na região Norte. 4º e último Fuso, conhecido também como –5h (menos cinco horas) ou 75ºO. É o fuso do Acre e do sudoeste do estado do Amazonas, abolido em 2008 e reimplantado em 2014, após plebiscito. com a denominação daylight saving time. O objetivo era aproveitar ao máximo os dias mais longos do ano. O horário de verão no Brasil foi instituído, pela primeira vez, no verão de 1931- 1932. Até 1967 sua implantação foi feita de forma esporádica e sem um critério científico mais apurado. Apenas a partir de 1985 a medida passou a vigorar todos os anos. O principal objetivo da implantação do horário de verão é o melhor aproveitamento da luz natural ao entardecer, o que proporciona substancial redução no consumo de energia elétrica, aproximadamente 4% a 5%. Os estados do Nordeste e do Norte do Brasil não adotam o horário de verão porque nessas regiões, que estão localizadas próximas ao Equador, a quantidade de horas do dia com luminosidade natural varia muito pouco ao longo do ano. Em julho de 2017, tramitava na Câmara dos Deputados um projeto de lei que pretendia acabar com horário de verão. A aplicação do horário de verão resultava, no passado, em maior economia de energia elétrica, quando mais pessoas tinham um horário de trabalho tradicional, chegando em casa no início da noite, e ligando a iluminação e aparelhos elétricos em seus lares, e criando um pico de demanda. Hoje, o uso de equipamentos de ar condicionado durante o dia (em especial nas tardes ensolaradas e quentes de verão) mudou a curva de consumo, colocando o pico no período do meio da tarde. Em março de 2017, quando foi apresentado o resultado de economia do horário de verão 2016/2017, o governo decidiu repensar a aplicação da medida. Os órgãos que participam do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiram fazer uma pesquisa em outros países para saber se há evidências sobre a efetividade do horário de verão nesse novo perfil de consumo. A consulta a outros 15 países trouxe um resultado interessante: na maioria deles, não há avaliação que justifique a efetividade do horário de verão do ponto de vista da economia de energia. Segundo ata da reunião do CMSE de maio, a A ideia moderna do horário de verão foi proposta pelo neozelandês George Hudson em 1895. A Alemanha e a Áustria-Hungria organizaram a primeira implementação, começando em 30 de abril de 1916, durante a Primeira Guerra Mundial. Vários países usaram- no diversas vezes desde então, particularmente durante a crise da energia em 1970. O horário oficial utilizado como base para todo o território brasileiro é o de Brasília, que se mantém atrasado três horas em relação ao Meridiano de Greenwich. Durante o conhecido horário de verão, é acrescida uma hora às regiões que o utilizam como forma de diminuir o consumo de energia. A ideia de adiantar em 1 hora os relógios no período de verão surgiu nos Estados Unidos, 3.5. HORÁRIO DE VERÃO 36 consulta apontou que na maioria dos países a adoção da medida “está muito mais relacionada ao costume da população”. Em abril de 2019, o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto onde encerra o ciclo do horário de verão no Brasil, utilizando como justificativa os estudos realizados em 2016 e 2017, além de alegar trazer males ao ciclo biológico da população. A hora local é aquela referida a um meridiano local específico. A determinação deste horário é feita com base na posição do Sol: quando ele se situa exatamente sobre o meridiano escolhido, ao “meio- dia”, ajustam-se os relógios para marcarem 12 horas. Deste modo, cada ponto localizado sobre a superfície terrestre possui uma hora diferente. Já o conceitode hora legal, também conhecido como hora oficial, abrange o intervalo de tempo considerado por um país como sendo igual para um determinado fuso. Esta varia de país para país dentro do próprio território que o delimita. FONTE: https://www.ofitexto.com.br/comunitexto/ entenda-os-fusos-horarios/ FIQUE ATENTO SCANEIE O CÓDIGO E ACESSE O LINK BUSQUE POR MAIS O horário de verão é uma prática adotada em diversos países que visa ao máximo aproveitamento da luz solar e, consequentemente, à redução do consumo de energia elétrica. O nome “horário de verão” deve-se ao fato de que essa prática é normalmente adotada no período de vigência do verão. LINK: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/ horario-verao.htm A esta altura do ano, moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste já estariam se preparando para acordar uma hora mais cedo com o início do horário de verão, em vigor desde 1985. Porém, um decreto assinado em abril pelo presidente Jair Bolsonaro cancelou a mudança nos relógios este ano. LINK: https://www12.senado.leg.br/noticias/ materias/2019/10/08/final-de-ano-nao-tera-horario- de-verao-pela-primeira-vez-em-34-anos Bolsonaro cancelou a mudança nos relógios este ano. LINK: https://www12.senado.leg.br/noticias/ materias/2019/10/08/final-de-ano-nao-tera-horario- de-verao-pela-primeira-vez-em-34-anos 37 Questão 01 - (UFPE) Observe: 1 - Pelo sistema de fusos horários, o globo terrestre foi dividido em 24 fusos, cada um equivalendo a 15º no sentido das longitudes. 2 - O equador é o círculo máximo que marca o início da contagem das horas. 3 - Quando o Meridiano de Greenwich marcar 19 horas, hora legal, num ponto situado a uma longitude de 30º w, a hora legal será de 21 horas. 4 - O Brasil possui 4 fusos horários, todos situados ao oeste de Greenwich. 5 - Um avião ao cruzar a linha internacional (da data), no sentido oeste-leste, retrocede 1 (um) dia no calendário. Estão corretos apenas os itens: a) 2, 4 e 5. b) 1, 3 e 4. c) 3, 4 e 5. d) 1, 4 e 5. e) 1, 2 e 4. Questão 02 - (PUC-RS) Enquanto na cidade 1 são 18 horas, na cidade 2 são 8 horas do mesmo dia. A indicação correta da longitude da cidade 2 em relação à cidade 1 é: a) 120º Oeste. b) 120º Leste. c) 150º Leste. d) 150º Oeste. e) 180º Oeste. Questão 03 - (PUC-RS) Em 1884, 25 países reunidos em Washington estabeleceram uma divisão do Globo em 24 fusos de uma hora, baseando-se no Movimento de Rotação da Terra. A partir desta divisão, podemos concluir que o Meridiano Central do 4º fuso, a Oeste de Greenwich, e do 4º fuso, a Leste de Greenwich, são, respectivamente:) a) 58°30’Oeste e 29°30’Leste. b) 60°Oeste e 60°Leste. c) 29°30’Oeste e 58°30’Leste. d) 45°Oeste e 45°Leste. e) 52°30’Oeste e 127°30’ Leste. FIXANDO O CONTEÚDO 38 Questão 04 - (PUC-RS) Que hora solar verdadeira e hora legal são correspondentes respectivamente em uma cidade localizada a 48º de longitude Oeste e 30º de latitude Sul, sabendo que, no centro do fuso horário onde se localiza a cidade, os relógios marcam 12h? a) 12h e 12min - 11h. b) 10h e 48min - 11h. c) 12h - 12h e12min. d) 11h e 48min - 12h. e) 12h - 12h. Questão 05 - (UFAC) Localizadas a Oeste de Greenwich, duas cidades, “A” e “B”, encontram-se, respectivamente, a 90° e 45°. Numa quarta-feira, um avião saiu de “A” às 14h30min e chegou a “B” depois de 5 horas de viagem. O horário de chegada em “B” foi: a) 18h30min da quarta-feira. b) 19h30min da quarta-feira. c) 22h30min da quarta-feira. d) 00h30min da quinta-feira. e) 02h30min da quinta-feira. Questão 06 - O Brasil possui uma relativa diversidade em termos de horas legais, ou seja, aqueles horários oficialmente adotados para as diferentes localidades. Essa característica pode ser explicada por um fator territorial brasileiro e um aspecto geofísico da Terra, que são, respectivamente: a) Ampla extensão longitudinal – movimento de rotação. b) Posição territorial específica – formato Geoide do Planeta. c) Longa distanciação norte-sul – movimento em torno do Sol. d) Expansão colonial interna – transformações geomorfológicas. e) Fragmentação sociopolítica – deslocamento aparente do Sol. Questão 07 - Por volta das 9 horas do dia 11 de setembro de 2001, o mundo assistiu atônito aos ataques terroristas às Torres Gêmeas do “World Trade Center”, na cidade de Nova York, localizada a 74° de longitude oeste de Greenwich. Tem-se apontado, como o autor intelectual dos ataques, o saudita Osama Bin Laden, que se encontra escondido no Afeganistão. A diferença horária entre a cidade de Cabul, no Afeganistão, e a cidade de Nova York, nos EUA, é de +9h30min. Com base nas informações acima, a longitude da capital afegã é a) 142°30’ longitude oeste de Greenwich. b) 135°00’ longitude oeste de Nova York. c) 216°30’ longitude leste de Nova York. 39 d) 83°30’ longitude leste de Greenwich. e) 68°30’ longitude leste de Greenwich. Questão 08 - Um terremoto de 6,9 graus de magnitude abalou a costa leste do Japão nesta quarta-feira, sem provocar alerta de tsunami, anunciou a agência sismológica japonesa. O tremor, às 9h19min no horário local, ocorreu a 400 km de profundidade no Oceano Pacífico, a cerca de 600 km ao sul de Tóquio, onde os prédios balançaram. Jornal Zero Hora, 03/09/2013. S abendo que a região afetada pelo terremoto citado na reportagem acima se situa na longitude de 135º Leste, podemos dizer que, no horário de Brasília (45º Oeste), o incidente ocorreu às: a) 07h19min do dia seguinte. b) 19h19min do dia anterior. c) 09h19min do dia anterior. d) 06h19min do dia seguinte. e) 21h19min do dia anterior. 40 UNIDADE 4 ESCALA 41 A Escala é um importante atributo dos mapas, pois representa o quanto o espaço geográfico ou parte dele foi reduzido para caber no local onde foi representado. Isso é essencial para compreender o tamanho real dos elementos representados e poder compará-los. É um tema muito trabalhado em Geografia e Matemática, com presença continua em provas de vestibulares e concursos. Sem a escala é impossível interpretar com precisão os mapas e seus elementos, sendo, portanto, uma ferramenta essencial na compreensão e interpretação do espaço lido através do olhar e das análises de outra pessoa. Nesse capítulo o aluno trabalhará os conceitos básicos e tipos diferentes de escala, além de aprender como calcular e aplicá-la a situações do dia a dia. A escala é uma relação de entre o real e sua representação gráfica, ou seja, quantas vezes real foi reduzido para poder ser representado. A escala pode ser usada em mapas, fotografias, desenhos técnicos e até mesmo em brinquedos, como é o caso dos carrinhos hot wheels. Nos carrinhos hot wheels vem representada a escala da miniatura, ou seja, quantas vezes o modelo real foi reduzido para ficar no tamanho do brinquedo. A escala gráfica, representada por uma régua graduada, facilita a ampliação e redução dos mapas, pois a régua será ampliada ou reduzida juntamente com o mapa. Nessa escala cada intervalo entre um número e outro representa uma distância específica apontada na régua. A definição da escala vai depender sempre do objetivo do cartógrafo, do nível de detalhamento que necessita e, principalmente, do espaço (normalmente folha de papel) que possui para representar o real. Normalmente a escala é representada de forma numérica ou gráfica. A escala numérica é representada por números em forma de fração ou proporção (1:1.000.000), sendo muito utilizada para cálculos matemáticos. 4.1 INTRODUÇÃO 4.2 ESCALA Figura 24 Escala numérica e seus termos FIQUE ATENTO É importante diferenciar a escala cartográfica da escala geográfica, a escala cartográfica é a razão proporcional entre o espaço real e a representação gráfica dele. Quanto menor a localidade a ser representada, maior será a escala cartográfica pois será menor a redução e, portanto, mais detalhes serão representados. Enquanto que quanto maior for a
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