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Denominação comum brasileira (DCB) PATRICIA DIAS – @cadernodefarmacia MESTRANDA EM SAÚDE PÚBLICA – FIOCRUZ / RESIDÊNCIA EM FARMÁCIA HOSPITALAR - UFF A Denominação comum brasileira (DCB) é a denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo aprovada pelo órgão federal responsável pela vigilância sanitária, (Lei n.º 9.787/1999; Decreto n.º 3.961/2001; Resolução – RDC n.º 84/2002). "São nomenclaturas oficiais, em língua portuguesa, de fármacos ou princípios ativos utilizados no Brasil, que foram aprovadas pelo órgão federal responsável pela vigilância sanitária" (Anvisa). A importância de ter uma nomenclatura oficial de fármacos no Brasil surgiu no início da década de 70. A primeira lista oficial de nomes genéricos, que passaram a ser obrigatórios na solicitação de registro de novos medicamentos foi documentada na Portaria SNVS 8/1981. Atualmente, com o advento do registro eletrônico, adquiriu uma concepção mais ampla e inclui também a denominação de: insumos inativos, soros hiperimunes e vacinas, radiofármacos, plantas medicinais, substâncias homeopáticas e biológicas. Essa denominação é utilizada nos processos de registro, rotulagens, bulas, licitação, importação, exportação, comercialização, propaganda, publicidade, informação, prescrição, dispensação e em materiais de divulgação didáticos, técnicos e científicos em todo o país. Existe também a Denominação comum internacional (DCI) ou International Nonproprietary Names (INN), que é a denominação do fármaco ou princípio farmacologicamente ativo, de acordo com a Organização Mundial de Saúde – OMS (Lei 9787/1999; Decreto n.º 3.961/2001; Resolução – RDC n.º 84/2002)), que identifica a substância por um nome genérico, de uso público e reconhecimento global. Cada denominação apresenta-se em diversos idiomas, como o latim, espanhol, francês, inglês e russo. A finalidade da Denominação Comum Internacional é conseguir uma boa identificação de cada fármaco no âmbito mundial. A DCI não tem caráter oficial, a menos que a autoridade sanitária de um determinado país a aceite assim. O país pode acatá-la em sua totalidade ou com certas variações. Denominação comum brasileira (DCB) PATRICIA DIAS – @CADERNODEFARMACIA MESTRANDA EM SAÚDE PÚBLICA – FIOCRUZ / RESIDÊNCIA EM FARMÁCIA HOSPITALAR - UFF As denominações genéricas oficiais nos Estados Unidos, no Reino Unido, no Japão e nos outros países que reconhecem a Farmacopeia Europeia recebem o nome de USAN, BAN, JAN e Farmacopeia Europeia, respectivamente. A RESOLUÇÃO - RDC Nº 51, DE 15 DE AGOSTO DE 2007 altera o item 2.3, VI, do Anexo I, da Resolução RDC nº 16, de 2 de março de 2007 e o Anexo da Resolução RDC nº 17, de 2 de março de 2007: Art. 1º O item 2.3, do item VI, do Anexo I, da Resolução RDC nº 16, de 2 de março de 2007, passa a vigorar com a seguinte redação: "2.3 O medicamento genérico somente será dispensado se prescrito pela Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na sua falta, pela Denominação Comum Internacional (DCI), podendo ser intercambiável com o respectivo medicamento referência." Art. 2º O item 2.3, do item VI, do Anexo I, da Resolução RDC nº 16, de 2 de março de 2007, passa a vigorar acrescido do seguinte item: "2.3.1 O medicamento de referência poderá ser dispensado quando prescrito pelo seu nome de marca ou pela respectiva Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na sua falta, pela Denominação Comum Internacional (DCI), podendo ser intercambiável com o medicamento genérico correspondente." Art. 3º O Anexo da Resolução RDC nº 17, de 2 de março de 2007, passa a vigorar acrescido dos seguintes itens: "VI. Critérios para prescrição e dispensação de medicamentos similares. 1. Prescrição 1.1. No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), as prescrições pelo profissional responsável adotarão, obrigatoriamente, a Denominação Comum Brasileira (DCB), ou, na sua falta, a Denominação Comum Internacional (DCI); 1.2. Nos serviços privados de saúde, a prescrição ficará a critério do profissional responsável, podendo ser realizada sob a Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na sua falta, sob a Denominação Comum Internacional (DCI) ou sob o nome comercial. Denominação comum brasileira (DCB) PATRICIA DIAS – @CADERNODEFARMACIA MESTRANDA EM SAÚDE PÚBLICA – FIOCRUZ / RESIDÊNCIA EM FARMÁCIA HOSPITALAR - UFF 2. Dispensação 2.1. O medicamento similar poderá ser dispensado quando prescrito pelo seu nome de marca ou pela respectiva Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, na sua falta, pela Denominação Comum Internacional (DCI) correspondente. 2.2. É dever do profissional farmacêutico explicar, detalhadamente, a dispensação realizada ao paciente ou usuário bem como fornecer toda a orientação necessária ao consumo racional do medicamento similar." O trabalho de atualização da lista das DCB é contínuo e quando há um volume significativo de denominações, novas listas são editadas. Consulte o Código DCB - Anvisa no link: https://www.consultadcb.com.br/ É indispensável, ao profissional farmacêutico, entender a DCB e estar devidamente informados sobre as atualizações realizadas na lista de denominações dos fármacos utilizados no Brasil. Referências ▪ Anvisa atualiza lista de Denominações Comuns Brasileiras. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt- br/assuntos/noticias- anvisa/2020/anvisa-atualiza-lista-de- denominacoes-comuns-brasileiras>. ▪ LAURO, O.; MORETTO, D.; MASTELARO, R. Volume 2013 16 MDCB Manual das Denominações Comuns Brasileiras. [s.l.], [s.d.]. Disponível em: <https://www.gov.br/anvisa/pt- br/assuntos/farmacopeia/dcb/arquivos/ 8140json-file-1>.
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