Buscar

TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS SENSÍVEIS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

1 
 
 
tratamento de dados sensíveis 
 
O QUE SÃO DADOS SENSÍVEIS? 
O conceito está disposto no art. 5º, II da LGPD: 
Art. 5º Para os fins desta Lei, considera-se: 
(...) 
II - dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem 
racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, 
filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, 
filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida 
sexual, dado genético ou biométrico, quando vinculado 
a uma pessoa natural; 
 
 
 
Cumpre registrar que o tratamento de dados pessoais sensíveis 
somente ocorrerá mediante CONSENTIMENTO DE FORMA 
ESPECÍFICA E DESTACADA, PARA FINALIDADE ESPECÍFICA. 
O dado pessoal sensível se distingue com relação ao não 
sensível, porque o legislador impôs maior rigidez quanto ao 
tratamento sem o fornecimento do consentimento, tendo em 
vista que apenas se não restar alternativa ao Controlador e se 
enquadrar nas hipóteses de dispensa do consentimento, ele 
poderá tratar o dado pessoal sensível sem o consentimento do 
seu titular. 
O art. 11 da LGPD estabelece algumas exceções para 
tratamento de dados sensíveis, vejamos: 
 
Art. 11. O tratamento de DADOS PESSOAIS SENSÍVEIS 
somente poderá ocorrer nas seguintes hipóteses: 
 
I - quando o titular ou seu responsável legal consentir, de 
forma específica e destacada, para finalidades 
específicas; 
II - sem fornecimento de consentimento do titular, nas 
hipóteses em que for indispensável para: 
a) cumprimento de obrigação legal ou regulatória 
pelo controlador; 
 
 
2 
 
 
tratamento de dados sensíveis 
b) tratamento compartilhado de dados necessários 
à execução, pela administração pública, de 
políticas públicas previstas em leis ou regulamentos; 
c) realização de estudos por órgão de pesquisa, 
garantida, sempre que possível, a anonimização dos 
dados pessoais sensíveis; 
d) exercício regular de direitos, inclusive em contrato 
e em processo judicial, administrativo e arbitral, este 
último nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro 
de 1996 (Lei de Arbitragem) ; 
e) proteção da vida ou da incolumidade física do 
titular ou de terceiro; 
f) tutela da saúde, exclusivamente, em 
procedimento realizado por profissionais de saúde, 
serviços de saúde ou autoridade sanitária; ou 
g) garantia da prevenção à fraude e à segurança do 
titular, nos processos de identificação e 
autenticação de cadastro em sistemas eletrônicos, 
resguardados os direitos mencionados no art. 9º 
desta Lei e exceto no caso de prevalecerem direitos 
e liberdades fundamentais do titular que exijam a 
proteção dos dados pessoais. 
 
Quando a Lei Geral de Proteção de dados diz que a vida 
sexual é dado pessoal sensível, isto deve ser interpretado com 
tudo a que se refere ao sexo da pessoa, seja este relacionado 
à SAÚDE, ORIENTAÇÃO SEXUAL, mesmo porque se trata de 
direito fundamental e calcado na dignidade da pessoa 
humana e, portanto, deve ser interpretado sempre de forma 
extensiva, conferindo maior proteção. 
Embora a lei diga que é dado pessoal sensível a informação 
relacionada a filiação a organização de caráter religioso, 
filosófico ou político, a simples convicção da pessoa nesse 
sentido, já pode ser considerado dado pessoa sensível, porque 
a norma deve ser interpretada de acordo com o princípio da 
dignidade da pessoa humana. 
• PRINCÍPIO DA NÃO DISCRIMINAÇÃO: impossibilidade de 
realização do tratamento para fins discriminatórios ilícitos 
ou abusivos; 
TRATAMENTO DE DADOS SENSÍVEIS 
O tratamento de dados pessoais sensíveis deve ser precedido 
de cautelas maiores, com especial atenção aos princípios e 
direitos dos titulares, uma vez que eventual incidente de 
segurança com esses tipos de dados pode trazer 
consequências mais gravosas aos direitos e liberdades dos 
titulares. 
 
A LGPD, em seu art. 7º, estabelece dez bases legais para o 
tratamento de dados pessoais, são elas: 1) consentimento; 2) 
obrigação legal ou regulatória; 3) para execução de políticas 
 
 
3 
 
 
tratamento de dados sensíveis 
públicas pela administração pública; 4) estudos por órgão de 
pesquisa; 5) execução de contrato; 6) para o exercício regular 
de direitos em processo judicial, administrativo ou arbitral; 7) 
proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de 
terceiro; 8) tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento 
realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou 
autoridade sanitária; 9) interesse legítimo; e 10) proteção ao 
crédito. 
 
No que tange as bases legais que autorizam o tratamento de 
dados pessoais sensíveis, estas estão dispostas no art. 11 da 
LGPD, supramencionado. Da leitura dos incisos podemos inferir 
que há vedação ao tratamento de dados sensíveis para: 
➢ Execução de contrato; 
➢ Com base em interesse legítimo; e 
➢ Para a proteção ao crédito. 
➢ Demais possibilidades, ainda que com algumas 
restrições, permanecem. 
Pode-se afirmar que a principal diferença entre o tratamento 
de dados pessoais e dados pessoais sensíveis é que nessa 
última, como regra, a base legal aplicada é o consentimento, 
de forma específica e destacada, para finalidades específicas.

Continue navegando