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DIODOS: Diodos Especiais LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 Diodo em 1905 ...................................................................................................................... 5 Figura 2 Triodo ...................................................................................................................................... 6 Figura 3 Representação do circuito da experiência de Edison ..................................................... 6 Figura 4 Válvula de Fleming ............................................................................................................... 7 Figura 5 Polarização direta ................................................................................................................. 8 Figura 6 Polarização reversa .............................................................................................................. 8 Figura 7 Simbologia do Diodo Schottky e sua a curva característica, comparada com a do Diodo comum de silício ..................................................................................................................... 10 Figura 8 Datasheet diodo schottky SB360 ..................................................................................... 11 Figura 9 Simbologia diodo túnel (tunnel) ........................................................................................ 12 Figura 10 Curva característica diodo túnel (tunnel) ...................................................................... 13 Figura 11 Datasheet diodo túnel 1N4395 ....................................................................................... 14 Figura 12 Região de depleção ......................................................................................................... 15 Figura 13 Curva característica diodo varicap ................................................................................ 17 Figura 14 Simbologia diodo varicap ................................................................................................ 17 Figura 15 Datasheet diodo varicap BB405B .................................................................................. 18 Figura 16 Características do diodo laser ........................................................................................ 19 Figura 17 Simbologia diodo laser .................................................................................................... 20 Figura 18 Datasheet diodo laser ...................................................................................................... 20 Figura 19 Simbologia ......................................................................................................................... 21 Figura 20 Estrutura de um Diodo orgânico emissor de luz .......................................................... 22 Figura 21 Processo de luminescência ............................................................................................ 22 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4 2 SURGIMENTO ................................................................................................................ 5 2.1 Válvula termodinâmica: o primeiro diodo ........................................................................... 6 2.2 O diodo de junção .................................................................................................................. 7 3 FUNCIONAMENTO EM CIRCUITOS .............................................................................. 7 4 DIODOS ESPECIAIS ...................................................................................................... 9 4.1 Diodo Schottky ....................................................................................................................... 9 4.2 Diodo Túnel ........................................................................................................................... 12 4.3 Diodo Varicap ....................................................................................................................... 15 4.4 Diodo Laser ........................................................................................................................... 19 4.5 Diodo de Corrente Constante ............................................................................................ 20 4.6 Diodo Orgânico Emissor de Luz ........................................................................................ 21 5 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 24 6 REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 25 1 INTRODUÇÃO Neste trabalho estudaremos sobre diodos, embora pouco conhecidos, são componentes eletrônicos fundamentais para a criação de circuitos, principalmente quando o projeto irá trabalhar com alta potência. Será abordado ao longo da pesquisa a história, aplicação e os modelos existentes. Nosso foco será os chamados diodos especiais, que são: diodo schottky, diodo túnel, Varicap, diodo LASER, diodo de corrente constante e diodo orgânico emissor de luz. Cada um deles possui aplicações diferentes, mas todos eles baseados são no diodo de junção, que é o tipo de diodo mais usado, e eles se diferem pelos materiais que são feitos, mas os princípios de funcionamento são semelhantes. 2 SURGIMENTO O diodo foi inventado no século XX e é um dispositivo recente se comparado com o tempo do surgimento da eletrônica, apesar disso ele se desenvolveu bastante nesse breve período e sofreu várias modificações, diferentes de outros dispositivos que tiveram um progresso demorado. O engenheiro britânico J. Ambrose Fleming fabricou o primeiro diodo em 1905. O diodo é construído em um invólucro de vidro "selado a vácuo", semelhante ao bulbo de filamento inventado por Edison, que contém dois eletrodos. Um dos eletrodos é chamado de cátodo e é aquecido pela liberação de elétrons. Outro eletrodo denominado ânodo ou placa captura os elétrons emitidos pelo cátodo e os envia de volta ao cátodo por meio de um circuito externo. Figura 1 Diodo em 1905 No entanto, o fluxo de corrente só ocorre quando o sinal de carga no ânodo é positivo, porque a carga nos elétrons é negativa. Se a carga do ânodo for negativa, não há corrente. Embora o diodo tenha sido originalmente usado para detectar ondas Hertz de alta frequência, ele também é usado como um retificador de corrente, que converte a corrente alternada em corrente contínua porque permite que a corrente passe apenas em uma direção. No diodo, o sistema binário 0 e 1 pode ser verificado detectando se a corrente passa. Portanto, é o primeiro dispositivo eletrônico utilizado na construção de um computador. A memória binária pode ser construída usando vários diodos. Coloque os diodos apropriadamente em circuitos, somadores / subtratores e outros dispositivos. Em 1907, o inventor americano Lee De Forest adicionou um terceiro eletrodo ao diodo e construiu um transistor usado como amplificador de sinal. Na linguagem atual, diodos, tríodos e tetrodos são chamados de tubos de vácuo ou tubos de lâmpada- vácuo. Figura 2 Triodo 2.1 Válvula termodinâmica: o primeiro diodo Thomas Alva Edison (1847-1931) contribuiu indiretamente para a criação do diodo, uma vez que descobriu o efeito Edison ou efeito termiônico, posteriormente influenciando outros cientistas. Edison realizou uma experiência em 1883 que detectou corrente elétrica apenas em um sentido após conectar uma placa de metal ao filamento de uma lâmpada incandescente. O metal da lâmpada ao ser aquecido ganhavaenergia suficiente para emitir os elétrons que atravessam o vácuo na direção da folha. Figura 3 Representação do circuito da experiência de Edison Inspirado na descoberta de Edison, o físico britânico John Ambrose Fleming (1849- 1945) construiu a válvula termiônica, que utilizava esse efeito para a detecção de ondas eletromagnéticas. Esse aparelho era semelhante ao montado por Edison em sua experiência, basicamente era composto de uma lâmpada incandescente com o filamento coberto por uma placa cilíndrica. Figura 4 Válvula de Fleming A válvula de Fleming representou um grande avanço da eletrônica, e passou a ser utilizada em circuitos elétricos principalmente para retificar correntes alternadas, convertendo em contínuas. 2.2 O diodo de junção O diodo de junção foi criado pelo cientista Russell Shoemaker Ohl (1898-1987) algumas décadas depois do diodo de Fleming. Ohl compreendeu que o comportamento diferente do dos detectores silício era devido a impurezas presentes no cristal, isto é, átomos de outros elementos. Para tentar solucionar esse problema Ohl resolveu purificar o silício, ele conseguiu por meio de um forno adequado obter pedaços de silício mais puros, que mostraram resultados semelhantes em testes de retificação. Entretanto alguns deles apresentavam comportamentos opostos nos testes e foram classificados em dois tipos de silício. A partir daí Ohl foi capaz de criar bastões com bordas compostas dos diferentes tipos de silício descobertos anteriormente, dessa forma originando o primeiro diodo de junção. Além disso, percebeu que o aparelho possuía sensibilidade a luz e logo inventou um dispositivo sensível à luz, também conhecido como diodo foto-detector, recebendo uma patente por tal invenção mais tarde. O diodo de junção representou um grande avanço para eletrônica, a junção PN, e foi fundamental não apenas para o diodo como também para o desenvolvimento de diversos dispositivos eletrônicos. 3 FUNCIONAMENTO EM CIRCUITOS O diodo só conduz em um sentido, como se fosse uma rua de mão única para a corrente elétrica. Quando ele é polarizado no sentido correto, isto é, diretamente polarizado a corrente passa normalmente, porém com uma pequena queda de tensão. Ela fica em torno de 0,6/0,7 volts. Veja um exemplo de um diodo polarizado diretamente: Figura 5 Polarização direta Porém, quando tentamos polarizar ele inversamente, ele se opõe a passagem da corrente, como se fosse um circuito aberto. Dessa forma, o componente torna-se muito útil em muitos circuitos quando queremos que a corrente flua somente em um sentido, como por exemplo em circuitos retificadores. O problema é que, se a tensão ultrapassar o limite de tensão reversa que o componente pode suportar, ele entrará em colapso, e ficará em curto-circuito. Essa tensão reversa varia de acordo com cada componente em sua fabricação. Figura 6 Polarização reversa Quando o diodo fica inversamente polarizado, toda tensão da fonte fica sobre ele, e a corrente não passa pelo componente. Um ponto importante a se destacar é que o diodo não é instantâneo, ele leva um tempo até passar a conduzir corrente quando diretamente polarizado. Isso pode ser prejudicial para circuitos de alta frequência, por isso existem componentes específicos para aplicações com maior frequência. Para baixas frequências, como em pontes retificadoras, os diodos de baixa frequência desempenharão muito bem o seu trabalho. 4 DIODOS ESPECIAIS Com a diversificação dos tipos de materiais e da forma de construção utilizados para o desenvolvimento de componentes semicondutores, foi possível observar a ocorrência de diferentes tipos de fenômenos físicos. Alguns deste fenômenos foram aproveitados para o desenvolvimento de componentes eletrônicos especiais. 4.1 Diodo Schottky O diodo schottky é um componente semicondutor e recebe este nome em homenagem ao físico alemão Walter Hermann Schottky. O diodo Schottky têm como característica a comutação ultrarrápida, e quando é polarizado diretamente possui uma queda de tensão muito baixa. Ao contrário do diodo comum, o diodo schottky não é formado por uma junção P-N, porque a camada P é substituída por uma camada de metal, formando uma junção Metal-N. O material e a tecnologia utilizados no processo de fabricação do diodo schottky e do diodo comum, é o que diferencia as características de condução do diodo Schottky em relação aos demais diodos. Essas características do diodo Schottky torna este tipo de diodo especial em muitas aplicações, desenvolvido para atender as necessidades de circuitos de comutação e proteção como por exemplo, circuitos chaveados e circuitos de proteção contra transientes. Os diodos Schottky são componentes relativamente novos, as suas características especiais os tornam ideais para certas aplicações, principalmente quando os diodos comuns não são capazes de atuar em tais situações. O diodo Schottky de fato possui muitas vantagens, mas também tem algumas desvantagens em relação a sua utilização e devem ser levadas em consideração. As principais vantagens que podemos citar é a sua velocidade de comutação que é muito rápida, além da sua queda de tensão no sentido direto, que é extremamente baixa se comparada com a queda de tensão de outros diodos, como o diodo retificador por exemplo. Podemos destacar que as principais desvantagens do diodo Schottky são não suportar temperaturas elevadas, possuir uma elevada corrente de fuga no sentido inverso e a sua tensão de ruptura reversa geralmente é menor que 100V, que limita a sua utilização em circuitos de maior potência. Abaixo temos uma imagem com a curva característica do diodo Schottky em comparação com o diodo comum, além da sua respectiva característica. Figura 7 Simbologia do Diodo Schottky e sua a curva característica, comparada com a do Diodo comum de silício Em projetos com amplificadores de áudio, transistores de silício e diodos começam a conduzir a uma voltagem relativamente alta (0,7 V), o que pode causar distorção de sinal. Existem alguns componentes modernos com tecnologia que podem minimizar esse problema até um certo grau de distorção, que está muito abaixo do que nossos ouvidos podem detectar. Porém, é importante enfatizar que não só existe em circuitos amplificadores, mas a presença de silício nos semicondutores também afeta o circuito, pois o silício gera ruído. Os diodos Schottky têm tempos de comutação extremamente rápidos, da ordem de nanossegundos ou menos. Eles podem substituir perfeitamente diodos de silício comuns em fontes de amplificadores, pré-amplificadores, leitores de CD, processadores digitais etc. Figura 8 Datasheet diodo schottky SB360 4.2 Diodo Túnel O diodo túnel ou diodo Esaki é um tipo de diodo semicondutor extremamente rápido, que opera na casa dos GHz, através da utilização dos efeitos da mecânica quântica. Recebeu o nome do físico Leo Esaki, que em 1973 recebeu o Prêmio Nobel em Física pela descoberta do efeito túnel utilizado neste tipo de diodo semicondutor. O diodo túnel é muito parecido com os diodos convencionais, que são diodos de junção PN. O diodo túnel recebe seu nome por conta do efeito de túnel, ou tunelamento quântico, conceito que a física quântica descreve quando partículas conseguem transpor um estado de energia que seria “proibido” para a física clássica. O que difere o diodo túnel dos demais é a sua alta dopagem (alto nível de impureza) nas duas camadas, tanto a P quanto a N. Por conta desse alto nível de dopagem (a dopagem de um semicondutor é o processo no qual impurezas são adicionadas à ele, afim de melhorar suas características, através da adição de outros elementos) a região da camada de depleção se torna muito estreita quando comparada aos diodos usuais, uma dopagem forte distorce o que seria a curva característica de um diodo convencional quando o mesmo estáconduzindo. Símbolo comumente adotado para representar o diodo túnel: Figura 9 Simbologia diodo túnel (tunnel) Por conta do alto índice de impureza, o diodo túnel apresenta um efeito de resistência negativa, este nome é por conta que tal efeito é contraria a lei de ohm, isso significa que um aumento na tensão direta produz uma diminuição da corrente direta, uma vez que a lei de ohm é (V=R.I), onde V é a tensão, R a resistência e I a corrente. Se considerarmos uma resistência fixa, qualquer aumento na tensão necessariamente provoca um aumento na corrente, e vice e versa. Vale lembrar que a resistência negativa não é real, não é algo físico que pode ser inserido em um componente ou circuito para que ocorra esse comportamento, pois https://pt.wikipedia.org/wiki/Diodo_semicondutor https://pt.wikipedia.org/wiki/GHz https://pt.wikipedia.org/wiki/Mec%C3%A2nica_qu%C3%A2ntica https://pt.wikipedia.org/wiki/Leo_Esaki https://pt.wikipedia.org/wiki/Efeito_t%C3%BAnel este termo é na verdade uma idealização (uma ferramenta) que a matemática utiliza para descrever o comportamento observado em virtude do tunelamento quântico. Como demonstrado na figura a seguir: Figura 10 Curva característica diodo túnel (tunnel) Analisando o gráfico do comportamento do diodo túnel, podemos observar inicialmente um comportamento comum, como os demais diodos, logo sem executar sua devida aplicação, pois a ideia de utilizar este dispositivo é justamente sua característica de resistência negativa. Conforme a tensão aumenta a corrente também aumenta, respeitando a lei de Ohm. A partir do momento em que a tensão atinge o “ponto de pico”, onde há o nível de tensão máximo, o valor da corrente começa a diminuir, logo a lei de Ohm não está sendo respeitada, temos o efeito da resistência negativa. Após este trecho a corrente volta a se elevar conforme a tensão também se eleva, funcionando novamente como outro diodo qualquer. Nota-se, portanto, um comportamento cíclico. É importante ressaltar, que o trecho onde contém esse comportamento diferente é que ocorre o fenômeno do tunelamento quântico, o mesmo acontece de forma extremamente rápida, fazendo com que o diodo túnel opere em frequências altíssimas. Vantagens: Baixo custo, baixo ruído, simplicidade de fabricação, alta velocidade (o tempo de chaveamento é da ordem de Nano segundos), não há variações em função de ações externa e baixa potência. Desvantagens: Baixa variação na tensão de saída e o fato de ser um dispositivo com dois terminais, não existe isolação entre a entrada e a saída, provocando assim sérias dificuldades em projetos de circuitos. Essa característica de possuir uma região de depleção menor que as usuais, faz com que a sua velocidade de operação seja altíssima, logo os diodos túnel podem ser utilizados em circuitos que oscilam em alta frequência, da ordem de 1Ghz. Devido a essas características, os diodos túnel são amplamente utilizados em osciladores, circuitos que produzem uma forma de onda periódica, de alta frequência Figura 11 Datasheet diodo túnel 1N4395 4.3 Diodo Varicap É o diodo cuja capacitância interna varia com a variação da tensão reversa. É usado para armazenar a carga. O diodo varactor sempre funciona em polarização reversa, e é um dispositivo semicondutor dependente de tensão. O dispositivo dependente de tensão significa que a saída do diodo depende da tensão de entrada. O diodo varactor é usado em um local onde a capacitância variável é necessária, e essa capacitância é controlada com a ajuda da tensão. O diodo varactor também é conhecido como o varicap, voltcap, capacitância variável de tensão ou diodo de Tunning. O díodo varactor é constituído por um tipo N e material semicondutor do tipo P. Em um material semicondutor do tipo N, os elétrons são o portador de carga majoritária e, no material do tipo P, os orifícios são os transportadores majoritários. Quando o material semicondutor do tipo P e do tipo N são unidos, a junção P-N é formada e a região de depleção é criada na junção PN. Os íons positivos e negativos fazem a região de depleção. Esta região bloqueia a corrente para entrar na região da PN. Figura 12 Região de depleção O diodo varactor opera apenas na polarização reversa. Por causa do viés reverso, a corrente não flui. Se o diodo estiver conectado na polarização direta, a corrente começa a fluir através do diodo e sua região de depleção diminui. A região de depleção não permite que os íons se movam de um lugar para outro. O diodo varactor é usado para armazenar a carga não para fluir a carga. Na polarização direta, a carga total armazenada no diodo torna-se zero, o que é indesejável. Assim, o diodo varactor sempre opera no sentido reverso. A fórmula dá a capacitância do diodo varactor: 𝐶𝑡 = 𝜀 × 𝐴 𝑊 Onde, ε - Permissividade do material semicondutor. A - área do PN-entroncamento W - Largura da região de depleção Além disso, a relação entre a capacitância e a tensão de polarização reversa é dada como: 𝐶𝑡 = 𝐶𝐾 (𝑉𝑏 − 𝑉𝑅) 𝑚 Onde, Ct é a capacitância do diodo varactor. C é a capacitância do diodo varactor quando imparcial. K é a constante, muitas vezes considerada como 1. Vb é o potencial da barreira. VR é a tensão inversa aplicada. m é a constante dependente do material. A capacitância do diodo varactor aumenta com o aumento de N e a região do tipo P e diminui com o aumento da região de depleção. O aumento na capacitância significa que mais cargas são armazenadas no diodo. Para aumentar a capacidade de armazenamento da carga, a região de depleção (que atua como um dielétrico do capacitor) do diodo deve ser mantida pequena. A curva característica do diodo varactor é mostrado na figura abaixo. O gráfico mostra que, quando a tensão de polarização reversa aumenta, a região de depleção aumenta e a capacitância do diodo é reduzida. Figura 13 Curva característica diodo varicap Diodos varactor são vantajosos, por serem compactos em tamanho, econômicos, confiáveis e menos propensos ao ruído quando comparados a outros diodos. O símbolo do diodo varactor é semelhante ao do diodo de junção PN. O diodo tem dois terminais, o anodo e o cátodo. A extremidade de um símbolo consiste no diodo, e a outra extremidade tem duas linhas paralelas que representam as placas condutoras do capacitor. O espaço entre as placas mostra seu dielétrico. Figura 14 Simbologia diodo varicap Figura 15 Datasheet diodo varicap BB405B 4.4 Diodo Laser Um diodo laser (LD) é um componente eletrônico semicondutor formado por uma junção PN semelhante à junção PN em um diodo emissor de luz (LED). Pode ser feito de várias substâncias, como metais, gases e gemas, que emitem luz quando excitados por energia O nome LASER vem do inglês, ou seja, amplificação da luz excitada por radiação, ou seja, amplificação da luz excitada por radiação. Em linguagem simples, podemos dizer que um diodo laser nada mais é do que um amplificador óptico. Em 1962, dois grupos de americanos liderados por Robert N. Hall da General Electric Company e Marshall Nathan da IBM TJ Watson demonstraram o primeiro diodo laser. Os diodos laser têm uma ampla gama de usos, incluindo gravação, leitura de CD, DVD e luz azul, comunicações de fibra óptica, sistemas de iluminação especial, leitores de código de barras, ponteiros laser, impressão a laser, scanners, depilação, corte, perfuração e faca cirúrgica, etc. Diodos laser são comparados eletricamente com diodos Pin. Embora a pesquisa sobre diodos laser tenha sido originalmente realizada em diodos PN simples, todos os lasers modernos usam heteroestruturas duplas. Nessa estrutura, os operadores e fótons são afetados por restrições para maximizar as chances de reorganização e montagem. Ao contrário dos diodos comuns, o objetivo dos diodos laser é recombinar todos os portadores na áreaI e gerar luz. Portanto, semicondutores de banda direta são usados para fabricar diodos de laser. O laser é formado por uma área ativa dentro da cavidade do laser, na qual ocorre a emissão do laser. Para este fim, a corrente é aplicada à junção p-n do diodo. Figura 16 Características do diodo laser Pinagem do diodo laser No caso dos diodos lasers para CD/DVD eles possuem 3 terminais, sendo: 1 – + diodo Laser (emissor do laser) 2 – – Comum GND 3 – + Fotodiodo (receptor do feixe de laser refletido do disco) Figura 17 Simbologia diodo laser Figura 18 Datasheet diodo laser 4.5 Diodo de Corrente Constante Um diodo de corrente constante é um dispositivo eletrônico que limita a corrente a um valor máximo especificado para o dispositivo. É conhecido como diodo limitador de corrente (CLD) ou diodo regulador de corrente (CRD). Existem diodos que funcionam de modo exatamente oposto aos diodos Zener. Em vez de manterem a tensão constante, esses diodos mantêm a corrente constante. Conhecidos como diodos reguladores de corrente (ou diodos de corrente constante), esses dispositivos mantêm a corrente que circula por eles fixa quando a tensão varia. Por exemplo, o 1N5305 é um diodo de corrente constante com uma corrente típica de 2 mA sobre uma faixa de tensão de 2 V até 100 V. Figura 19 Simbologia Consiste em um JFET de canal N cuja porta está em curto-circuito com a fonte de alimentação e serve como um limitador de corrente de dois terminais ou fonte de corrente (semelhante a um diodo Zener limitador de tensão). Ele permite que a corrente que passa por ele suba até um determinado valor e, em seguida, se estabilize em um determinado valor. Ao contrário dos diodos Zener, esses diodos mantêm uma corrente constante em vez de uma tensão constante. Quando a voltagem muda, esses dispositivos mantêm constante o fluxo de corrente através deles. Observe que alguns dispositivos são unidirecionais e a tensão no dispositivo deve ter apenas uma polaridade para ser usada como CLD, enquanto outros dispositivos são bidirecionais e podem operar corretamente em qualquer polaridade. Materiais de banda larga, como carboneto de silício, têm sido usados em equipamentos de produção para alcançar aplicações de alta tensão na faixa dos quilovolts. 4.6 Diodo Orgânico Emissor de Luz OLED é um dispositivo de estado sólido composto de filmes finos moleculares orgânicos, que emitem luz quando energizados. Em comparação com diodos emissores de luz convencionais (LEDs) ou telas de cristal líquido (LCDs) usados hoje, os OLEDs podem fornecer telas mais claras e brilhantes em dispositivos eletrônicos e consumir menos energia. O OLED consiste nas seguintes partes: 1-substrato (plástico transparente, vidro, rodo) -o substrato suporta o OLED; 2-ânodo (transparente) -quando a corrente passa pelo dispositivo, o ânodo remove elétrons (adiciona "buracos" de elétrons); 3- Camada orgânica - essas camadas são feitas de moléculas orgânicas ou polímeros; camada condutora - essa camada é feita de moléculas de plástico orgânico com "orifícios" no ânodo. O polímero condutor usado no OLED é a polianilina. 4- Camada emissiva - Esta camada é feita de moléculas de plástico orgânico (são diferentes da camada condutora), essas moléculas de plástico orgânico carregam elétrons do cátodo. Figura 20 Estrutura de um Diodo orgânico emissor de luz É aqui que a luz é gerada. Um polímero usado na camada de emissão é o polifluoreno. O cátodo - pode ou não ser transparente, dependendo do tipo de OLED - o cátodo injeta elétrons quando a corrente flui pelo dispositivo. Como os OLEDs emitem luz: Os OLEDs emitem luz de maneira semelhante aos LEDs por meio de um processo chamado eletrofosforescência. Figura 21 Processo de luminescência Vantagens: O LCD é atualmente o monitor preferido para dispositivos pequenos e é muito popular em TVs de tela grande. LEDs comuns geralmente formam números em relógios digitais e outros dispositivos eletrônicos. Comparado com LCD e LED, o OLED tem muitas vantagens: As camadas orgânicas de plástico do OLED são mais finas, leves e flexíveis do que as camadas cristalinas do LED ou LCD; • Como as camadas de emissão de luz do OLED são mais leves, o substrato do OLED pode ser flexível ao invés de rígido. Os substratos do OLED podem ser de plástico, ao contrário do vidro usado nos LEDs e LCDs; • Os OLEDs são mais brilhantes do que os LEDs. Como as camadas orgânicas do OLED são mais finas do que as camadas de cristal inorgânico correspondentes de um LED, as camadas condutiva e emissiva do OLED podem ser sobrepostas. Da mesma forma, os LEDs e os LCDs precisam do vidro como suporte e o vidro absorve alguma luz. Os OLEDs não precisam de vidro; • Os OLEDs não precisam de luz de fundo como os LCDs (consulte Como funcionam as LCDs - (telas de cristal líquido). Os LCDs funcionam através do bloqueio seletivo das áreas de luz de fundo para montar as imagens que você vê, enquanto os OLEDs geram a própria luz. Como os OLEDs não necessitam de luz de fundo, eles consomem muito menos energia do que os LCDs (a maior parte da energia do LCD vai para a luz de fundo). Isto é especialmente importante para dispositivos que funcionam com bateria, como os telefones celulares; • Os OLEDs são mais fáceis de serem produzidos e podem ser feitos em tamanhos maiores. Como os OLEDs são essencialmente plásticos, podem ser feitos no formato de folhas grandes e finas. Já é muito mais difícil crescer e distribuir com esse formato tantos cristais líquidos; • Os OLEDs possuem grandes campos de visualização, aproximadamente 170 graus. Como os LDCs funcionam bloqueando a luz, eles apresentam um obstáculo natural de visualização de determinados ângulos. Os OLEDs produzem sua própria luz, portanto, têm um alcance maior de visualização. Desvantagens: O OLED parece ser a tecnologia perfeita para todos os tipos de displays, mas ele também apresenta alguns problemas: • vida útil - enquanto os filmes de OLED vermelho e verde apresentam uma longa vida útil (10 mil a 40 mil horas), os orgânicos azuis apresentam atualmente uma vida útil mais curta (apenas mil horas aproximadamente); • fabricação- os processos de fabricação são caros atualmente; • água- a água pode facilmente danificar os OLEDs. Aplicações: Atualmente, os OLEDs são usados em dispositivos de tela pequena, como telefones celulares, PDAs e câmeras digitais. Em setembro de 2004, a Sony anunciou o início da produção em massa de telas OLED para seu modelo CLIE PEG- VZ90 (dispositivo portátil de entretenimento pessoal). Diversas empresas fizeram protótipos de monitores para computadores e TVs de tela grande. Em maio de 2005, a Samsung Electronics anunciou que havia desenvolvido a primeira TV ultrafina com tela OLED de 40 polegadas. 5 CONCLUSÃO A partir da variedade de matérias primas utilizadas na fabricação, assim como a forma de confecção aplicada em alguns tipos de semicondutores, mudanças de características entendidas como fenômenos físicos passaram a acontecer na aplicação desses componentes, dessa forma alguns dispositivos antes vistos como comuns, passaram a ser classificado como diodos especiais. Isso porque, as mudanças proporcionadas por alguns desses fenômenos diferentes, fizeram com que outras plataformas de desenvolvimento eletrônico fossem testadas. Atualmente, diversas opções no mercado são classificadas como diodos especiais, pois proporcionam alguma diferença de aplicação diferente do padrão técnico contido em um diodo comum. O diodo comum tende a oferecer uma função única, que faz o direcionamento de uma determinada carga de baixa tensão, funcionando como uma chave que bloqueia ou deixa fluir a condução de pulsos de energia, conforme sua aplicação. Os chamados diodos especiais são os que possuem, assim como o diodo comum, dois condutores, mas, que contam comalguma diferença em sua estrutura básica para outra utilização. 6 REFERÊNCIAS https://historiadaeletronica.wordpress.com/2017/06/10/historia-do-diodo/ https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Hist%C3%B3ria-Do-Diodo/843930.html https://www.mundodaeletrica.com.br/diodo-funcionamento-tipos-aplicacoes/ https://athoselectronics.com/diodo/ https://www.mundodaeletrica.com.br/diodo-schottky-funcionamento-e-aplicacoes/ https://athoselectronics.com/diodo-schottky-o-que-e/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Diodo_t%C3%BAnel https://www.mundodaeletrica.com.br/diodo-tunel-o-que-sao-e-quais-suas-aplicacoes/ https://illustrationprize.com/pt/348-varactor-diode.html https://riverglennapts.com/pt/diode/300-varactor-diode.html http://blog.novaeletronica.com.br/diodos-laser/ https://www.feg.unesp.br/Home/PaginasPessoais/ProfMarceloWendling/diodos- especiais.pdf https://www.capitoliosemic.com.br/diodos- especiais#:~:text=Os%20chamados%20diodos%20especiais%20s%C3%A3o,estrutu ra%20b%C3%A1sica%20para%20outra%20utiliza%C3%A7%C3%A3o.
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