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O BATISMO EM NOME DE JESUS

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O BATISMO EM NOME DE JESUS
ORDENANÇAS DETERMINADAS POR JESUS (PARTE I)
I – INTRODUÇÃO
O Senhor Jesus, logo após a Sua ressurreição, apresentou-Se aos Seus discípulos e a outros seguidores por um espaço de 40 dias, falando a respeito do Reino de Deus (Atos 1:3). Durante esses encontros Ele fazia questão de lembrá-los das coisas que lhes havia ensinado enquanto ainda estava com eles.
Depois de ter trazido à memória todas as passagens que falavam a Seu respeito nas Sagradas Escrituras, o Senhor Jesus abriu-lhes “o entendimento para compreenderem as Escrituras; e disse-lhes: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressurgisse dentre os mortos; e que em Seu nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém.” Lucas 24:45-47.
Esta ordem de Jesus foi fielmente cumprida por Seus discípulos. No dia de pentecostes, quase três mil pessoas em Jerusalém (Atos 2:41) atenderam o seguinte convite do apóstolo Pedro:
“Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.” Atos 2:38.
Há, no entanto, uma controvérsia nos meios teológicos sobre esta questão, pois em Mateus 28:19 está escrito que o Senhor Jesus deu aos Seus apóstolos a missão de irem por todo o mundo e fazerem discípulos, “batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.”
Para os estudiosos das Escrituras Sagradas é bastante intrigante encontrar no Novo Testamento duas fórmulas batismais completamente opostas, ou seja, uma ordenando o batismo em nome de Jesus e uma outra ordenando o batismo em nome de uma trindade.
O tema levanta uma série de questões interessantes. Por que a fórmula de Mateus 28:19 não foi aplicada pelos apóstolos? Por que o batismo em nome da trindade aparece explicitamente apenas em um único texto no evangelho de Mateus, e não aparece nos demais evangelhos e em nenhuma das epístolas?
Para que este assunto seja entendido, faremos uma profunda investigação à luz da Palavra de Deus e também um amplo estudo no campo histórico sobre fatos que ocorreram nos primeiros séculos da era cristã.
II – A FÓRMULA BATISMAL NA ERA APOSTÓLICA
Os registros bíblicos confirmam que na época dos apóstolos o batismo por imersão era sempre ministrado “em nome de Jesus Cristo” ou “em nome do Senhor Jesus”. No livro de Atos encontramos quatro eventos em que esta fórmula batismal foi claramente exposta pelos apóstolos:
1) ATOS 2:38
A primeira ocasião em que se menciona o batismo em nome de Jesus ocorreu no dia de Pentecostes. Ali estavam presentes judeus e prosélitos de todas as nações. O apóstolo Pedro aproveitou a oportunidade para proferir uma mensagem vibrante na qual explicou os acontecimentos recentes e falou a eles a respeito da morte de Jesus e Sua ressurreição por Deus. Diz o relato bíblico que “ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, irmãos?” Atos 2:37. Em resposta foi dito que deviam arrepender-se e ser batizados em nome de Jesus Cristo:
“Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.” Atos 2:38.
2) ATOS 8:16
A próxima referência ao batismo em nome de Jesus ocorreu em território não judaico. A missão de pregar o evangelho havia acabado de entrar no segundo estágio prescrito por Jesus em Atos 1:8 - Judéia e Samaria (Atos 8:1). O evangelista Filipe prega o evangelho (Atos 8:5,12) e os samaritanos aceitam a mensagem com fé e alegria (Atos 8:8,12), sendo posteriormente batizados em nome do Senhor Jesus:
“...mas somente tinham sido batizados em nome do Senhor Jesus.” Atos 8:16.
3) ATOS 10:48
A terceira referência ao batismo em nome de Jesus é de tremenda importância no contexto geral do livro de Atos. O episódio ilustra o enorme desafio enfrentado pela igreja primitiva: a inclusão dos gentios em uma comunidade de discípulos que, a essa altura, era quase inteiramente judaica. Estavam ali reunidos: o gentio Cornélio, seus parentes e amigos mais íntimos (Atos 10:24). Em seguida o apóstolo Pedro declara que todo o que crê em Jesus receberá a remissão dos pecados pelo Seu nome. Para que esta promessa pudesse se concretizar, o apóstolo Pedro mandou “que fossem batizados em nome de Jesus Cristo.” Atos 10:48.
4) ATOS 19:5
A última referência ao batismo em nome de Jesus é registrada num contexto muito excepcional. O apóstolo Paulo cumpre sua missão de pregar o evangelho em Éfeso, em sua terceira investida missionária à Ásia Menor. O avanço da pregação do evangelho alcança a sua última etapa prescrita por Jesus em Atos 1:8, num contexto geográfico para aquela época – (“até os confins da terra”). Paulo encontrou em Éfeso alguns discípulos que passaram pelo batismo de João (Atos 19:3). Após ouvirem a mensagem do apóstolo Paulo, eles “foram batizados em nome do Senhor Jesus”. Atos 19:5. A partir de então a nova conexão deles com Cristo e o seu compromisso com Ele tornaram-se explícitos.
Além dessas referências, o livro de Atos relata a surpreendente experiência do apóstolo Paulo, chamado pelo próprio Senhor Jesus para uma missão muito especial: “Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para Mim um vaso escolhido, para levar o Meu nome perante os gentios, e os reis, e os filhos de Israel.” Atos 9:15. Após o seu chamado, ele foi batizado (Atos 9:18). Em um de seus discursos, ao defender-se dos ataques de seus opositores, ele relata um detalhe muito importante sobre o seu batismo: “Um certo Ananias, varão piedoso conforme a lei, que tinha bom testemunho de todos os judeus que ali moravam, indo ter comigo, de pé ao meu lado, disse-me: ...O Deus de nossos pais de antemão te designou para conhecer a Sua vontade, ver o Justo, e ouvir a voz da sua boca. Porque hás de ser Sua testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido. Agora por que te demoras? Levanta-te, batiza-te e lava os teus pecados, invocando o Seu nome.” Atos 22:12-16.
Foi dito ao apóstolo Paulo que, ao ser batizado, fosse invocado apenas o nome de Jesus. A razão disto é porque o batismo em nome de Jesus tem um significado muito especial. Não se deve esquecer que os grandes fatos da graça redentora são exibidos pelo batismo por imersão, através do qual estão representados a morte, o sepultamento e a ressurreição de nosso Salvador Jesus Cristo (Romanos 6:3-6).
A importância que o apóstolo Paulo deu a esse detalhe pode-se deduzir pelo que ele escreveu aos gálatas: “Porque todos quantos fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo.” Gálatas 3:27.
Diante do sucesso e número cada vez mais crescente de pessoas que ouviram e creram nas mensagens dos discípulos, as autoridades da época lançaram uma importante pergunta a Pedro e João:
“Muitos, porém, dos que ouviram a palavra, creram, e se elevou o número dos homens a quase cinco mil. No dia seguinte, reuniram-se em Jerusalém as autoridades, os anciãos, os escribas, e Anás, o sumo sacerdote, e Caifás, João, Alexandre, e todos quantos eram da linhagem do sumo sacerdote. E, pondo-se no meio deles, perguntaram: Com que poder ou em nome de quem fizestes vós isto? Atos 4:4-7.
A resposta dele foi enfática e precisa:
“Seja conhecido de vós todos, e de todo o povo de Israel, que em nome de Jesus Cristo, o nazareno, aquele a quem vós crucificastes e a quem Deus ressuscitou dentre os mortos, nesse nome está este aqui, são diante de vós. Ele é a pedra que foi rejeitada por vós, os edificadores, a qual foi posta como pedra angular. E em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu, nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos.” Atos 4:10-12.
Ao escrever sua carta à Igreja de Colossos, o apóstolo Paulo dirige uma exortação para os novos conversos, os quais foram sepultados e ressuscitados juntamente com Cristo no batismo (Colossenses 2:12 e 3:1), dizendo-lhes:
“E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus,dando por Ele graças a Deus Pai.” Colossenses 3:17.
As Escrituras Sagradas ensinam que Deus, o Pai, concedeu a Jesus toda a autoridade no céu e na terra: “E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-Me dada toda a autoridade no céu e na terra.” Mateus 28:18.
Após ter recebido toda a “autoridade” (do grego: exousia) de Deus, Jesus autorizou Seus discípulos a irem e ensinarem a todas as nações, e pregarem em Seu nome o arrependimento para remissão dos pecados (Lucas 24:47). Constatamos, pois, que os apóstolos cumpriram fielmente a ordem de nosso Salvador Jesus, cuja autoridade Lhe foi dada pelo Pai. A partir do Pentecostes, eles começaram a batizar em nome de Jesus.
III – PROVAS HISTÓRICAS E A CONTROVERSA PASSAGEM DE MATEUS 28:19
O texto em questão diz o seguinte: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.” Mateus 28:19.
O texto de Mateus 28:19 é contraditório, pois tira a primazia de Jesus Cristo como nosso único Salvador e Mediador.
Esta citação é única e isolada na Palavra de Deus. Os teólogos são unânimes em concordar que não devemos apoiar nossa fé em ensinos que têm por base um texto isolado nas Escrituras Sagradas. Além de ser um texto único e isolado, provamos que não há um único registro nas Escrituras Sagradas de os apóstolos terem se utilizado desta fórmula.
Resta-nos, pois, buscar informações através de fontes históricas disponíveis. A história, no decorrer do tempo, vem mostrando as mudanças efetuadas por pessoas de grande influência religiosa dentro do cristianismo. Os registros históricos provam que o texto original, que serviu de base para os batismos realizados pelos apóstolos foi modificado em alguma época do passado, a fim de adaptá-lo ao credo dos concílios de Nicéia e Constantinopla.
O que dizem algumas fontes históricas acerca desta controversa passagem bíblica?
“A fórmula batismal foi mudada do nome de Jesus Cristo para as palavras Pai, Filho e Espírito Santo pela Igreja Católica no segundo século.” Enciclopédia Britânica, 11ª. Edição, volume 3, pp. 365 e 366.
“Sempre nas fontes antigas menciona que o batismo era em nome de Jesus Cristo.” Enciclopédia Britânica, 11ª. Edição, volume 3, p. 82.
“É possível que, em sua forma precisa, essa fórmula (Pai, Filho e Espírito Santo) reflita influência do uso litúrgico posteriormente fixado na comunidade primitiva. Sabe-se que o livro dos Atos fala em batizar `no nome de Jesus`... Mais tarde deve ter-se estabelecido a associação do batizado às três pessoas da Trindade.” (Grifo nosso) Comentário no rodapé da Bíblia de Jerusalém.
“Um dos rituais mais dramáticos observados pelos primeiros cristãos foi o batismo. O seu objetivo era lavar toda a impureza resultante do pecado, preparando assim o iniciado para a sua nova vida. Na sua forma mais elementar, a cerimônia exigia do candidato uma profissão de fé, seguida da imersão total na água em nome de Jesus Cristo.” (Grifo Nosso) Depois de Jesus o Triunfo do Cristianismo – p. 36 – Seleções do Reader´s Digest.
“A religião primitiva sempre batizava em nome do Senhor Jesus até o desenvolvimento da doutrina da trindade no segundo século.” Enciclopédia da Religião – Canney, p. 53.
“O batismo cristão era administrado usando o nome de Jesus. O uso da fórmula trinitariana de nenhuma forma foi sugerida pela história da igreja primitiva; o batismo foi sempre em nome do Senhor Jesus até o tempo do mártir Justino, quando a fórmula da trindade foi usada.” Enciclopédia da Religião – Hastings, vol. 2, pp. 377-389 (em inglês).
“A forma básica da nossa profissão de fé (Mateus 28:19) tomou forma ao longo dos séculos segundo e terceiro d.C. em conexão com a cerimônia do batismo. Trata-se originariamente de uma fórmula nascida em Roma.” (Grifo Nosso) Introdução ao Cristianismo – Capítulo 2, p. 82 (Autor: Cardeal Joseph Ratzinger – Atual Papa Benedito XVI).
No Compêndio da História da Igreja, de autoria de Frei Dagoberto Romag, Volume I, intitulado: A Antiguidade Cristã, impresso pela Editora Vozes, pp. 90-93 e 143-145, diz que a ordem do batismo em nome do Pai, Filho e Espírito Santo, saiu da pena de Tertuliano, no ano 197 d.C.
Podemos citar também Eusébio, bispo de Cesaréia. Ele é referido como pai da história da igreja, porque em seus escritos estão os primeiros relatos quanto à história do cristianismo primitivo. Ele possuía cópias do evangelho de Mateus, no idioma hebraico. Em seus escritos ele citava frequentemente as palavras de Jesus em Mateus 28:19, na versão original, da seguinte forma: “Ide fazei discípulos de todas as nações em Meu nome”. (grifo nosso) Eusébio de Cesaréia.- História Eclesiástica.- Livro III. 24.6. Segundo ele, o texto original não mandava batizar em nome da trindade.
IV – CONCLUSÃO
Logo após a ressurreição, o Senhor Jesus se encontrou com os onze discípulos para lhes dar importantes instruções. Entre eles estava presente o apóstolo Pedro que ouviu atentamente aquelas instruções dadas pelo Mestre:
“E disse-lhes: Assim está escrito, e assim convinha que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia ressuscitasse dos mortos; e em Seu nome se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.” Lucas 24:46 e 47.
Mais tarde, no dia de Pentecostes, cumprindo as instruções de Jesus relatadas em Lucas 24:47, Pedro pregou o arrependimento e apelou aos novos conversos para que se batizassem “em nome de Jesus Cristo”, para perdão dos pecados (Atos 2:38).
Em Atos 2:41-43 encontramos registrado a comprovação de que Deus abençoou a obra do apóstolo Pedro:
“ ...Então, os que lhe aceitaram a palavra foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas. ... Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos....E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos.” Atos 2:41, 43.
As atitudes de Pedro, Paulo e de outros apóstolos não teriam aprovação, a menos que eles estivessem cumprindo exatamente a ordem dada pelo Senhor Jesus. Sendo isso verdade, o original de Mateus 28:19 nunca poderia ser o que conhecemos hoje nas Bíblias atuais. Com base nos fatos históricos, há fortes evidências que já a partir do segundo século o texto original sofreu modificações, para se enquadrar à recém criada doutrina da trindade..
O dogma da trindade inegavelmente foi criado pela Igreja de Roma e se fundamenta em suposições filosóficas derivadas de idéias pagãs. Os primeiros estudos sobre esse assunto surgiram a partir do segundo século d.C.. O povo de Deus, no século III, enfrentou uma crise de fé no interior de suas fileiras em virtude dos debates a respeito da trindade. A história revela que “muitos cristãos opunham-se à idéia de um Deus uno e trino formado pelo Pai, o Filho e o Espírito Santo, o que lhes parecia muito próximo do politeísmo dos seus vizinhos pagãos.” Depois de Jesus o triunfo do cristianismo, p. 153.
A oficialização do dogma da trindade ocorreu no quarto século, nos Concílios de Nicéia (325 d.C.) e Constantinopla (381 d.C.).
Para o fiel pesquisador das Escrituras Sagradas a conclusão é clara. A fórmula batismal correta é aquela praticada pelos apóstolos e realizada “EM NOME DE JESUS”.
SOBRE O BATISMO
O Batismo é SOMENTE no Nome de Jesus!
10/09/2020 - Leave a Comment
Todos os batismos na Bíblia, sem exceção, somente são realizados em nome do Senhor Jesus, e não em nome de uma TRINDADE, pois somos justificados por meio do sacrifício de Cristo, que foi morto, sepultado e ressurgiu ao terceiro dia. O batismo representa a morte e sepultamento do velho homem e a ressurreição de um novo homem para andar em novidade de vida.
“…Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.” (Romanos 6:2-4)
“Sepultados comele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o ressuscitou dentre os mortos.” (Colossenses 2:12) (A.C.F.)
Vejamos em nome de quem os apóstolos realizavam os batismos na Bíblia:
“Pedro respondeu: Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo.” (Atos 2:38)
“Porque sobre nenhum deles tinha ainda descido; mas somente eram batizados em nome do Senhor Jesus.” (Atos 8:16)
“Então ordenou que fossem batizados em nome de Jesus Cristo. Depois pediram a Pedro que ficasse com eles alguns dias.” (Atos 10:48)
“E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.” (Atos 19:5)
“Mas, como cressem em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus, e do nome de Jesus Cristo, se batizavam, tanto homens como mulheres.” (Atos 8:12)
Os apóstolos, monoteístas, jamais realizaram qualquer batismo em “títulos trinitários”. Isso não existe na Bíblia, mas sim no Catecismo Católico; o que foi amplamente aceito e adotado pelas igrejas evangélicas; ou seja, pelas filhas da grande meretriz de Apocalipse 17.
O Dogma da “Santíssima Trindade” é oriundo do catolicismo romano, tendo ganhado força em meados do século IV, após o Concilio de Niceia, que paganizou a Igreja. (apostasia prevista em 2 Tessalonicenses 2:3).
Neste estudo veremos que o batismo em títulos não possui qualquer base bíblica, não surtindo efeitos, devendo ser realizado unicamente em nome do Senhor Jesus Cristo: Não há salvação em nenhum outro, pois, debaixo do céu não há nenhum outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos”. (Atos 4:12)
A Bíblia deixa absolutamente claro que só existe um único nome pelo qual possamos ser salvos. “Pai” não é nome, inclusive Satanás é chamado de pai da mentira; “Filho” também não é nome, pois todos nós somos filhos de alguém, e Espírito Santo é o Poder de Deus.
“Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo,” (1 Tessalonicenses 5:9)
O BATISMO NO CATECISMO CATÓLICO E A “TRÍPLICE IMERSÃO / EFUSÃO”
Sabemos que a Igreja Romana formulou inúmeras doutrinas antibíblicas, como a doutrina da trindade; imortalidade da alma; purgatório; sucessão “apostólica” dos papas; guarda do domingo; transubstanciação do pão no verdadeiro corpo de Cristo e o vinho para o atual sangue de Cristo; oração a Maria “mãe de Deus”; invocação e intercessão de santos mortos; a imaculada Conceição de Maria; morada no céu; infalibilidade papal; venda de indulgências; inferno de fogo sem fim para os pecadores, entre muitas outras.
A posição Católica Romana sobre o batismo, também adotada pelas suas “filhas” evangélicas é falsa! A Bíblia não é um livro Católico. O Cânon do Novo Testamento estava completo pelo fim do primeiro século; sendo que a Igreja Católica Romana, que jamais foi citada na Bíblia, somente veio existir séculos depois.
Por isso o batismo na Trindade faz parte do Catecismo Católico, e não dos ensinamentos de Jesus ou da prática apostólica, conforme artigos do Catecismo abaixo transcritos:
“§ 1266. A Santíssima Trindade dá ao batizado a graça santificante, a graça da justificação,…”
O ritual da seita Católica prevê, ainda, a tríplice imersão ou tríplice derramamento de água na cabeça do candidato (efusão), para enaltecer o Dogma da Trindade:
“§ 1239. Segue então o rito essencial do sacramento: o Batismo propriamente dito, que significa e realiza a morte ao pecado e a entrada na vida da Santíssima Trindade por meio da configuração ao mistério pascal de Cristo. O Batismo é realizado da maneira mais significativa pela tríplice imersão na água batismal. Mas desde a antiguidade ele pode também ser conferido derramando-se, por três vezes, a água sobre a cabeça do candidato.”
“§ 1278. O rito essencial do Batismo consiste em mergulhar na água o candidato ou em derramar água sobre sua cabeça, pronunciando a invocação da Santíssima Trindade, isto é, do Pai, do Filho e do Espírito Santo.”
Abaixo veremos que tal prática não encontra qualquer amparo bíblico, sendo inválido tal
rito pagão.
1 JOÃO 5:7,8 – INSERÇÃO ENTRE COLCHETES EM ALGUMAS VERSÕES
Este texto, encontrado entre colchetes em algumas traduções, é o único que afirma claramente que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são um, sem necessidade de interpretação particular. Seria uma evidência da existência da trindade, caso não fosse um texto comprovadamente apócrifo, um texto adicionado posteriormente, que NÃO consta nos manuscritos mais antigos.
Vejamos algumas traduções de acordo com os antigos manuscritos, sem acréscimo:
“Porque três são os que testemunham: o Espírito, a água e o sangue, e os três tendem ao mesmo fim.” (1 João 5:7,8) (Bíblia de Jerusalém).
“Há três que dão testemunho: o Espírito, a água e o sangue; e os três são unânimes.” (1 João 5:7,8) (Bíblia NVI).
“e o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. Pois três são os que dão testemunho, o Espírito, a água e o sangue, e estes três concordam.” (1 João 5:7,8) (Sociedade Bíblica Britânica).
Tradução infiel com evidente acréscimo:
“Pois há três que dão testemunho [no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra]: o Espírito, a água e o sangue, e os três são unânimes num só propósito.” (1 João 5:7,8) (A.R.A.)
A maioria das traduções fiéis já omitiu o trecho inserido posteriormente. A Bíblia de
Jerusalém, uma das versões mais fiéis ao original que dispomos em português, omite tal
inserção e ainda adiciona a seguinte nota de rodapé:
Páginas 2.132/2.133: “O texto dos vv. 7-8 está acrescido na Vulgata de um inciso ausente dos antigos manuscritos gregos, das antigas versões e dos melhores manuscritos da Vulgata, o qual parece ser uma glosa marginal introduzida posteriormente no texto.”
Na edição João Ferreira de Almeida Revista e Atualizada, 1 João 5:7 está entre colchetes com a seguinte explicação no início do Novo Testamento:
“Todo conteúdo entre colchetes é matéria da Tradução de Almeida, que não se encontra no texto grego adotado.”
O Novo Testamento Trilíngüe das Edições Vida Nova mostra, simultaneamente, a versão em Grego do Novum Testamentum Graece Nestlé-Aland, 4a Edição, a versão em Português Almeida Revista e Atualizada 2a Edição, e o texto em Inglês da New International Version, onde os textos dos três idiomas estão dispostos lado a lado e podem ser comparados facilmente pelo leitor. Repare que apenas a versão em Português contém a adulteração Trinitariana.
A nota de rodapé do texto grego diz o seguinte: “O texto dos versículos 7 e 8 entre
colchetes na Almeida Revista e Atualizada nunca fez parte do original. Os manuscritos mais antigos que contém o texto são da Vulgata Latina do século XVI.”
Percebe-se, claramente, que houve uma ousada tentativa de adulteração da Palavra de Deus, a fim de introduzir o Dogma da “Santíssima Trindade”, que nunca constou da Bíblia. Será que esta foi a única tentativa dos padres trinitarianos? Ou será que eles tentaram adulterar outros textos em favor da teoria trinitariana?
É muito difícil responder a estas questões, pois não temos o original grego escrito pelos
apóstolos. É relativamente fácil identificar uma adulteração trinitariana feita no século 16 (exemplo: 1 João 5:7), mas o mesmo não pode se afirmar com relação a adulterações mais antigas, principalmente em meados do quarto século.
Apesar de haver evidências suficientes de que pequenas alterações foram feitas para
“beneficiar” algumas doutrinas pagãs, podemos confiar plenamente na Palavra de Deus, pois ela mantém a verdade original, sem a perda da essência. Toda a sã doutrina da salvação está preservada. A vontade de Deus, os ensinamentos de Jesus, a doutrina apostólica e as profecias estão integralmente preservadas. Mesmo que haja algum tipo de alteração, o Espírito do Senhor nos revelará, como fez com 1 João 5:7, por meio de provas incontestáveis, ou de fortes evidências como veremos a seguir.
MATEUS 28:19 – ACRÉSCIMO POSTERIOR PARA FINS LITÚRGICOS
Com a generalizada aceitação de que 1 João5:7 é um texto espúrio, o peso da defesa da
trindade caiu fortemente sobre Mateus 28:19, que passou a ser o verso preferido dos
defensores do dogma da trindade. A razão é simples: Nenhum outro verso bíblico coloca
no mesmo patamar o Pai, o Filho e o Espírito Santo, ou seja, a famosa e consagrada
expressão “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” não aparece em nenhum outro
lugar na Bíblia, mas apenas em Mateus 28:19.
No entanto, esta fórmula batismal tem trazido controvérsia entre os estudiosos por diversas razões:
(a) A sugestão de existência de uma trindade não se coaduna com a crença do público alvo do livro (os judeus).
(b) O contexto; verso 18; diz que a autoridade foi dada a Cristo, o que sugeriria, naturalmente, uma ação posterior em nome de quem tem e delega a autoridade, no caso, em nome de Cristo Jesus apenas.
(c) Todos os batismos realizados posteriormente pelos discípulos foram em nome de Jesus apenas.
(d) Todas as orientações de Cristo e as ações dos discípulos; orações, milagres, expulsão
de demônios, advertências, reuniões e pregações; foram em nome de Jesus e não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
(e) Há evidências tangíveis de que a fórmula batismal trinitariana não conste do original,
mas tenha sido adicionado posteriormente, como confessado pela própria Igreja Católica.
Passaremos a analisar cada uma destas causas de controvérsias.
Cremos que as imprecisões da língua são causa de muitas confusões doutrinárias. Por esta razão o melhor conselho para evitar erros doutrinários em decorrência destas imprecisões é:
(I) Analisar o texto controvertido dentro do seu contexto.
(II) Analisar outros textos bíblicos que abordam o mesmo assunto.
(III) Quando possível, recorrer ao original hebraico ou grego para desfazer dúvidas remanescentes.
Acima destas três regras que procuramos obedecer está a confiança no poder de Deus que, por meio do seu Espírito, atua em nossa mente nos guiando em toda a verdade.
Passemos agora a analisar as dificuldade na interpretação de Mateus 28:19:
INCONSISTÊNCIA COM O PÚBLICO ALVO
Acredita-se que o livro de Mateus tenha sido escrito em aramaico; ao contrário dos demais livros do Novo Testamento que teriam sido escritos em grego. O objetivo de Mateus era alcançar os judeus convencendo-os de que Jesus Cristo era o Messias descrito pelos profetas do Antigo Testamento.
Desta forma, causa-nos no mínimo alguma estranheza a menção de uma fórmula batismal que sugira a existência de uma trindade jamais aceita pelos judeus. Isto porque a crença dos judeus se baseia totalmente no Velho Testamento, onde não há qualquer sugestão da existência de um “Deus Trino”.
“Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.” (Deuteronômio 6:4)
Baseados no Velho Testamento, os judeus aceitam um único Deus e a proposta de uma trindade soaria como uma abominação. Ademais, o objetivo de Mateus não era convencê-los da existência de uma trindade, mas mostrar Jesus como o Messias.
ANÁLISE CONTEXTUAL – A AUTORIDADE DE CRISTO
Como em todo texto controvertido, temos que dedicar tempo e esforço para a compreensão não apenas do verso em questão, mas também do seu contexto. Neste ponto, devemos compreender claramente o que significa fazer algo em nome de alguém.
“Fazer algo em nome de alguém” significa a concessão ou delegação de poder para outra pessoa.
Por exemplo, um policial não tem autoridade se esta não lhe fosse dada pela lei. Por isso,
ao deter um criminoso, o policial poderá dizer: “Preso em nome da Lei”, em outras palavras, “Estou lhe prendendo com a autoridade que a lei me dá”.
Da mesma forma, um representante de estado, por exemplo, um embaixador, age não por si mesmo, mas em nome de uma nação. O mesmo vale para um delegado, um procurador, um advogado ou qualquer outro representante legal. Este representante, advogado ou procurador, age apenas em nome de alguém que tenha lhe dado autoridade para tanto. Por isso podemos afirmar que existe uma íntima relação entre fazer algo em nome de uma pessoa, e a autoridade que esta pessoa confere a outrem.
Estes exemplos simples foram citados apenas para mostrar a forte relação entre fazer
algo em nome de alguém e sua autoridade.
Analisando o contexto de Mateus 28:19, especialmente o verso 18, vemos que a autoridade a que Mateus se refere é a autoridade de Cristo e não a autoridade de uma trindade:
“Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra.” (Mateus 28:18)
Seria esperado, portanto, na sucessão natural da grande comissão, que Jesus comissionasse os discípulos como seus representantes, seus procuradores agindo exclusivamente em seu nome e com a sua autoridade. Mas, surpreendentemente, embora a autoridade seja a de Cristo, a recomendação é que os discípulos batizem em nome do “Pai, do Filho e do Espírito Santo”, o que seria totalmente contraditório.
Mas como os discípulos obedeceram a esta ordem de Cristo? Como no início do estudo, o livro de Atos relata vários batismos, mas nenhum deles foi realizado em nome da trindade. Os exemplos que temos da era apostólica demonstram claramente que os batismos foram realizados em nome de Jesus.
O livro dos Atos relata até mesmo casos de rebatismo em Éfeso:
“Eles, tendo ouvido isto, foram batizados em o nome do Senhor Jesus.” (Atos 19:5)
Por que os discípulos batizaram em nome de Jesus e não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo? Por que os batismos hoje são em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, baseando-se em apenas um verso e ignorando todos os demais que ensinam que o batismo deve ser em nome de Jesus?
Em Romanos 6:3, Paulo afirma que “fomos batizados em Jesus Cristo.” Ele nunca afirmou que fomos batizados na trindade.
Exortando sobre a necessidade de unidade em Cristo, Paulo pergunta aos Coríntios:
“Acaso, Cristo está dividido? Foi Paulo crucificado em favor de vós ou fostes, porventura, batizados em nome de Paulo?” (1 Coríntios 1:13)
Embora este verso não diga tão claramente quanto os anteriores que o batismo é em nome de Jesus, há uma evidência clara da intenção do apóstolo. Cristo não está dividido. Jesus Cristo foi crucificado em favor dos crentes e estes foram batizados em nome dEle.
Escrevendo aos Gálatas, Paulo reafirma o que foi dito até o momento:
“pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram.” (Gálatas 3:27)
Não apenas os batismos foram realizados em nome de Cristo, mas todas as palavras e obras dos cristãos devem ser em nome de Jesus Cristo, não em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
A AUTENTICIDADE DE MATEUS 28:19
Diante de tantas inconsistências e incompatibilidades com o restante dos escritos sagrados, Mateus 28:19 tem sua autenticidade questionada. A história demonstra que na era apostólica batizava-se apenas em nome de Jesus, sendo que batismos em títulos trinitários só foram realizados muitos anos após a morte dos apóstolos. Vejamos o que as enciclopédias dizem a respeito da origem da trindade e do batismo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo:
ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA:
“A fórmula batismal foi mudada do nome de Jesus Cristo para as palavras Pai, Filho e Espírito Santo pela Igreja Católica no 2o Século.” – 11a Edição, Vol.3 – págs. 365-366. (em inglês)… “Sempre nas fontes antigas menciona que o batismo era em nome de Jesus Cristo.” – Volume 3, pág.82.
ENCICLOPÉDIA DA RELIGIÃO – CANNEY:
“A religião primitiva sempre batizava em nome do Senhor Jesus até o desenvolvimento de doutrina da trindade no 2° Século.” – pág. 53 (em inglês).
NOVA ENCICLOPÉDIA INTERNACIONAL:
“O termo “trindade” se originou com Tertuliano, padre da Igreja Católica Romana.” – Vol. 22 pág. 477. (em inglês).
ENCICLOPÉDIA DA RELIGIÃO – HASTINGS:
“O batismo cristão era administrado usando o nome de Jesus. O uso da fórmula trinitariana de nenhuma forma foi sugerida pela história da igreja primitiva; o batismo foi sempre em nome do Senhor Jesus até o tempo do mártir Justino quando a fórmula da trindade foi usada.” – Vol.2, páginas 377- 378-389. (em inglês).
O Pastor Adventista do Sétimo Dia, Alejandro Bullón, no livro“O Terceiro Milênio” fala de
alguns conflitos internos enfrentados pela igreja da idade média por causa de doutrinas
estranhas:
“Naquele período, a Igreja cristã passou a ter conflitos internos por causa de doutrinas
estranhas que pretendiam misturar-se às verdades bíblicas. Entre as doutrinas em conflito, podemos mencionar: o pecado original, a trindade, a natureza de Cristo, o papel da virgem Maria, o celibato e a autoridade da Igreja.” – Livro: O Terceiro Milênio e as Profecias do Apocalipse – Alejandro Bullón – págs. 41 e 42.
Vejamos Mateus 28:19 em tradução simultânea português / hebraico:
“Portanto, ide, ensinai [fazei discípulos de] todas as nações, batizando-as em nome do pai,
e do filho, e do espírito santo;” (Mateus 28:19)
[MV: “Ide e fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em meu nome”]. (Mateus 28:19)
Bíblica Hebraica: Link: http://www.hebraico.pro.br/r/biblia/quadros.asp
DOCUMENTOS DA IGREJA CATÓLICA:
Nota da Bíblia de Jerusalém: Página 1.758:
“É possível que, em sua forma precisa, essa fórmula reflita influência do uso litúrgico posteriormente fixado na comunidade primitiva. Sabe-se que o livro dos Atos fala em batizar “no nome de Jesus”. Mais tarde deve ter-se estabelecido a associação do batizado às três pessoas da Trindade.”
Livro: Introdução ao Cristianismo, publicado em 1968, pela Editora Ignatius Press,
escrito por Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI):
“A forma básica da nossa profissão de fé (Mateus 28:19) tomou forma ao longo dos séculos segundo e terceiro d.C. em conexão com a cerimonia do batismo. Trata-se originalmente de uma fórmula nascida em Roma.” (Capítulo 2, página 82).
OUTRAS VERSÕES DE MATEUS 28:19
Em 1960, a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira publicaram um Novo Testamento em Grego e a alternativa apresentada para Mateus 28:19 foi “en to onomati mou” (“em meu nome”). Eusébio foi citado como autoridade em favor desta versão.
Algumas Bíblias que provavelmente se utilizam de outros critérios na crítica textual adotam outras versões para estes textos controversos. O Evangelho de Mateus em Hebraico de George Howard é um exemplo que não contem a fórmula batismal em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. (Hebrew Gospel of Matthew-George Howard – 1995 – ISBN 0-86554-470-0).
A tradução em inglês que consta no mesmo volume convertida para o português é a seguinte:
“Jesus, aproximando-se deles, disse-lhes: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide e ensinai-os a observar todas as coisas que vos ordenei para sempre.” – Mateus 28:18-20 (Na Tradução do Evangelho de Mateus em Hebraico).
EUSÉBIO DE CESAREIA – O PAI DA HISTÓRIA DA IGREJA
Eusébio de Cesareia (270-340 d.C.), conhecido como o pai da história da igreja, foi
provavelmente o maior historiador da igreja dos primeiros séculos. Sua obra é vasta e ele
é considerado um dos preservadores da literatura sacra em sua época. Embora não tenha se destacado pela criatividade e originalidade, Eusébio goza de boa reputação no tocante à sua precisão.
Ele baseou seus escritos em manuscritos anteriores e mais fidedignos do que os que temos hoje. No início do quarto século, Eusébio citou Mateus 28:19 diversas vezes em comentários sobre Salmos, Isaías, e em obras como Demonstratio Evangelica e Teofania.
Também citou este verso em História da Igreja. Na maioria das vezes suas citações de Mateus 28:19 eram muito semelhantes a esta:
“Ide e fazei discípulos de todas as nações em meu nome, ensinando-os a observar
todas as coisas que eu vos tenho ordenado.”
É importante ressaltar que toda a doutrina deve ser obtida da pura Palavra de Deus, não de escritos de homens, por mais fidedignos que eles sejam. Estes historiadores viveram em tempos de grande escuridão espiritual, quando o paganismo sutilmente penetrava na igreja. Por esta razão, nosso objetivo ao mencionar as citações de Eusébio é apenas usar o testemunho dos escritores dos primeiros séculos como evidência histórica de que a versão tenha sido adulterada. Ao fazer tais citações de Mateus 28:19, Eusébio usou manuscritos mais antigos e mais fidedignos do que os que temos hoje.
A. Ploughman, um estudioso inglês, se interessou em pesquisar a fundo as citações de Mateus 28:19 na obra de Eusébio. A. Ploughman contou 18 citações de Eusébio contendo o batismo em nome de Jesus.
É interessante notar que no final de sua vida, após o Concílio de Niceia, Eusébio incluiu
em obras como “Contra Marcelo de Ancira” e “Sobre a Teologia da Igreja” citações de Mateus 28:19 incluindo o batismo em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo. Isto revela a influência poderosíssima exercida pelo Concílio de Niceia em favor da trindade, afetando a produção da literatura sacra no quarto século.
Fica claro, não apenas pelas evidências provenientes da crítica textual, bem como da análise do contexto de Mateus 28:19 e por outras passagens bíblicas, que a autenticidade do verso em questão é bastante questionável e, portanto, não deve ser utilizado para provar qualquer doutrina. Ademais, é sempre conveniente lembrar que nenhuma doutrina bíblica pode ser estabelecida com base em apenas um verso.
Essa regra é um consenso entre os teólogos e estudiosos da Bíblia. Por isso, batizar em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo é quebrar este princípio e, mais do que isso,
desprezar as provas bíblicas de que o batismo deve ser realizado em nome de Jesus.
TUDO EM NOME DO SENHOR JESUS CRISTO
“Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai.” (Colossenses 3:17)
Paulo recomenda que tudo deve ser feito em nome de Jesus. O que está incluído nesta expressão “tudo”? Todas as coisas estão incluídas aqui, inclusive batismos. O que é mais importante do que a salvação? Vamos conferir os versos abaixo.
As orações devem ser feitas em nome de Jesus, não em nome de uma Trindade. Veja
vários exemplos: João 14:13 e 14; João 15:16; João 16:24, 26 e 27; Tiago 5:14.
Advertências, admoestações e repreensões foram feitas em nome de Jesus, nunca em nome da Trindade: 1 Coríntios 1:10; 5:4; 2 Tessalonicenses 3:6.
Nenhum milagre foi feito em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, mas em nome de Jesus: Mateus 7:22; Marcos 9:38-40; Marcos 16:15-18; Lucas 10:17; Atos 3:6; 4:7-12; 4:30; 16:18.
Obras de caridade também foram realizadas em nome de Jesus: Mateus 18:5; Marcos 9:37 e 41; Lucas 9:48.
Até mesmo reuniões espirituais e pregações devem ser realizadas em nome de Jesus, não em nome da Trindade: Mateus 18:20; Lucas 24:46 e 47; Atos 4:18; 9:27 e 29; Efésios 5:20; Tiago 5:10.
O mais impressionante é que até mesmo o Espírito é enviado em nome de Jesus, conforme João 14:26.
Enfim, como diz Paulo, tudo deve ser feito em nome de Jesus, pois a nossa salvação é
também em nome do nosso Senhor Jesus Cristo: Atos 4:12; João 20:31; 1 Cor. 6:11.
BATISMO BÍBLICO POR IMERSÃO EM ÁGUA CORRENTE
O que significa a palavra “batismo”? Qual é a sua terminologia? Nada mais é que o étimo grego “βαπτο” (bapto), ao qual se acrescentou o sufixo “- ismós” para formar “βαπτισμα” (baptisma), o que significa “imersão”, sendo exatamente esta a etimologia do verbo “βαπτιζειν” (baptizein): “imergir” / “mergulhar”.
Batizar, portanto, deve ser semanticamente compreendido como sendo o ato de mergulhar um corpo dentro de outro, no caso em um corpo líquido, a água.
Por extensão, a ação, o efeito de sepultar um morto comporta, também, a sematologia da
palavra batismo. O que faz a morte de Jesus ser tão gloriosamente diferente é a sua
ressurreição. Nós, os verdadeiros cristãos, fomos sepultados com Cristo no batismo, e
emergimos das águas como nova criatura:
“Isso aconteceu quando vocês foram sepultados com ele no batismo, e com ele foram ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos.” (Colossenses 2:12)
Primeiro somos IMERSOS nas águas, representando a morte e o sepultamento da nossa antiga criatura pecaminosa. Depois EMERGIMOS das águas como nova criatura que deve negar a si mesmo; tomar a sua cruz; praticar os mandamentos, e andar como Jesus andou.
Jesusdizia a todos: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me.” (Lucas 9:23)
IMERGIR se refere ao ato de afundar, mergulhar ou submergir alguma coisa em um líquido. É sinônimo de mergulhar, afundar, submergir, entrar, adentrar.
EMERGIR se refere ao ato de se elevar acima do nível da água, de subir, de vir à tona. Também é usado com significado de aparecer e de se manifestar, tornando-se compreensível. É sinônimo de subir, elevar-se, erguer-se, aflorar, surgir.
É exatamente este o simbolismo implícito no batismo bíblico. O significado da palavra baptizo no grego é, essencialmente, “mergulhar” ou “imergir”, e não aspergir. Portanto não é válido apenas borrifar (aspersão), ou derramar água (efusão).
“Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.” (João 3:5)
Dai o necessário entendimento de que a submersão precisa ser completa, para que haja
verdadeiro batismo, visto que o significado maior deste deve ser encontrado exatamente na retomada da vida após a morte com Jesus, representada pela emersão. (Efésios 2:1-5: Estamos mortos em nossos pecados, fomos vivificados juntamente com Cristo).
Assim como a ressurreição reverte a morte, a emersão, revertendo a imersão, identifica o
converso não somente com a morte, mas principalmente com ressurreição de Cristo.
“Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em sua morte?” (Romanos 6:3)
A segunda etapa, emersão que representa a ressurreição, não tem como ocorrer, sem que antes a primeira tenha ocorrido, ou seja, imersão simbolizando o sepultamento.
A descrição dos batismos narrados no Novo Testamento nos levam à conclusão de que eles aconteceram sob a forma de batismo por imersão. O próprio Senhor Jesus foi batizado dessa forma:
“Assim que Jesus foi batizado, saiu da água. Naquele momento os céus se abriram, e ele viu o Espírito de Deus descendo como pomba e pousando sobre ele.” (Mateus 3:16)
“Naquela ocasião Jesus veio de Nazaré da Galileia e foi batizado por João no Jordão. Assim que saiu da água, Jesus viu os céus se abrindo, e o Espírito descendo como pomba sobre ele.” (Marcos 1:9,10)
Em Atos 8:36,39 Filipe claramente batiza o eunuco por imersão:
“Prosseguindo pela estrada, chegaram a um lugar onde havia água. O eunuco disse: “Olhe, aqui há água. Que me impede de ser batizado?” Disse Filipe: “Você pode, se crê de todo o coração”. O eunuco respondeu: “Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus”. Assim, deu ordem para parar a carruagem. Então Filipe e o eunuco desceram à água, e Filipe o batizou. Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou Filipe repentinamente. O eunuco não o viu mais e, cheio de alegria, seguiu o seu caminho.” (Atos 8:36-39)
A expressão “sair da água”, encontrada nestas três referências não deixa dúvidas de que o batismo bíblico era realizado por imersão. Além disso, vemos em João 3:23 a citação sobre as Muitas Águas de Enom:
“João também estava batizando em Enom, perto de Salim, porque havia ali muitas águas, e o povo vinha para ser batizado.” (João 3:23)
Certamente não haveria necessidade de “muitas águas” para se realizar uma aspersão ou
efusão. Diversos escritos dos pais da Igreja também testificam o batismo por imersão. A
antiga obra Didaquê (70-90 d.C.), embora permitindo a aspersão na ausência de água
suficiente, prescreve a imersão como forma prioritária de batismo.
Tertuliano (160-220 d.C.): “O ato do batismo em si é carnal, pois estamos mergulhados na água, mas o efeito é espiritual, pois somos libertados do pecado.” (Do Batismo, c. 7). “[No batismo] o homem é mergulhado na água, em meio à pronunciação de algumas poucas palavras, e em seguida sobe novamente” (Do Batismo, c. 2).
João Crisóstomo (347-407 d.C.): “Ser batizado, pois, mergulhar, em seguida emergir é sinal da descida às regiões inferiores e subida de lá. Por isso Paulo também chama o batismo de sepulcro, nesses termos: ‘Pelo batismo nós fomos sepultados com ele na morte.’” (Comentário às Cartas de São Paulo – Quadragésima Homília).
Portanto, as descrições de batismos na Bíblia indicam que as pessoas entravam na água (Atos 8:38) e dela saíam (Mateus 3:16). Os batismos eram realizados em locais em que havia abundância de água, para que as elas pudessem ser submergidas:
“Confessando os seus pecados, eram batizados por ele no rio Jordão.” (Mateus 3:6)
Jesus Cristo nos deu o exemplo e, mesmo não tendo nenhum pecado, João Batista o batizou por imersão no rio Jordão.
A HERESIA DO BATISMO INFANTIL
Não existe qualquer passagem bíblica no Novo Testamento relatando o batismo de bebes ou crianças. Isso porque, a Palavra de Deus nos ensina que a pessoa precisa crer, conscientemente, para somente depois ser batizado:
E disse-lhes: “Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado.” (Marcos 16:15,16)
Ou seja, a Bíblia nos ensina que primeiro devemos aceitar a sã doutrina e o Messias como nosso Salvador, para após isso sermos batizados.
Conforme Tiago, Capítulo 2, verso 4:
“De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a
fé pode salvá-lo?” (Tiago 2:14)
Bebes e crianças ainda não estão aptas a professar a fé, muito menos a produzir obras. Crianças pequenas são incapazes de compreender racionalmente o plano de salvação. Ainda não estão suficientemente desenvolvidas para crer, ou rejeitar, em algo nesse sentido, razão pela qual não existe qualquer efeito no ato de batizá-las.
São os pais crentes que justificam os filhos pequenos, que ainda não possuem discernimento próprio:
“Porque o marido descrente é santificado pela mulher; e a mulher descrente é santificada pelo marido; de outra sorte os vossos filhos seriam imundos; mas agora são santos.” (1 Coríntios 7:14)
Quem tem ouvidos para ouvir, OUÇA!
Fonte:
ASSEF, Gilberto. Heresias da Babilônia, PDF nº 6.

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