Buscar

Paper Libras no Contexto da Educação Inclusiva TCC 2021

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

2
Libras no contexto da Educação Inclusiva
Daniel Gomes da Silva¹
Shirley Cristina da Silva¹
Luana Deva Mendes²
	
RESUMO
No que se refere a educação do aluno surdo, passou por vários momentos em sua trajetória, passando pela parte medicinal (medicina) até o momento social de demonstração de generosidade pelo outro. Muito se tentou na questão educacional com a separação ou até mesmo o isolamento do indivíduo surdo, até chegar à inclusão. As práticas pedagógicas não atingiam um aprendizado significativo do aluno surdo, para que o entendimento fosse diferenciado, será de extrema importância sua língua materna (LIBRAS) para uma real aprendizagem vale ressaltar o profissional da educação, uma formação continuada com objetivo de entender como surgiu a libras no cenário educacional.
Palavras-chave: Educação inclusiva, libras, linguagem, aprendizagem.
1. INTRODUÇÃO
	O histórico educacional da comunidade surda, tem sido um tema de inúmeras discussões nas últimas décadas, por se tratar de uma educação peculiar não apenas cultural, mas principalmente linguística. No século XVII, se inicia o processo educacional dos surdos, através da difusão da língua de sinais que acontece na França, pelo Abade Charles Michel de I’Épée que cria um método de aprendizagem utilizando figuras associadas as palavras, o que veio como base para o surgimento da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS. Acontece então a propagação desta língua entre os surdos que eram conhecidos como “surdos-mudos”, por acreditarem que a ausência da fala acontecia pela ausência de voz, o que posteriormente foi comprovado pela medicina que a pessoa que nasce surda tem plena condição de adquirir a fala, pois em sua grande maioria tem as cordas vocais preservadas.
O século XVIII foi considerado como um dos momentos mais prósperos da educação dos surdos. A Universidade Gallaudet University (EUA), é fundada em 1864 com o objetivo de utilizar o Método de combinação escrita/fala/língua de sinais. Em 1878 acontece o I Congresso Internacional de Surdos-Mudos e ao final conclui que o melhor método de ensino para os surdos seria através da articulação labial e gestos.
Em 1.880 acontece o II Congresso Mundial de Surdos-Mudos em Milão, que vem com uma filosofia diferente, abolindo o uso da língua de sinais no ensino dos surdos, utilizando o Método Oral Puro mais conhecido como oralismo. Assim a educação de surdos passa por uma reviravolta, sendo um massacre cultural e linguístico, uma tentativa de limpar a sociedade e fazer o surdo se tornar uma pessoa “normal”.
Apesar da opressão que viviam, os surdos não deixaram a língua morrer, se encontravam escondidos, mantinham o diálogo e iniciaram a luta pela aceitação linguística desta comunidade, com sua identidade e suas especificidades culturais. Apenas em 1960 que foi assumido o fracasso deste método reconhecendo a língua de sinais como língua materna desta comunidade. A educação mantem a oralidade, porém, resgatando o uso da língua de sinais e outros recursos como bimodalismo, gestos, imagens e a língua pátria escrita, o que foi conhecido como Comunicação Total (CT). Posteriormente na década de 80 inicia-se a proposta do ensino bilíngue para surdos, algo que tem sido uma luta constante da comunidade, o direito de usar sua língua materna.
Dentro deste cenário histórico é importante ressaltar que apesar de ser uma celeuma, os avanços são recentes e tanto o oralismo quanto a comunicação total ainda são percebidas no processo educacional de surdos nos tempos atuais. 
No Brasil o reconhecimento da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS foi sancionada em 2002 através da lei 10.436 que diz em seu art. 1º:
É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, e outros recursos de expressão a ela associados.
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais – Libras, a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estruturas gramatical própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas no Brasil.
Subsequentes algumas leis, decretos e portarias foram aprovadas com o objetivo principal de afirmar não apenas a língua, mas os direitos que permeiam a educação de surdos, a formação docente, o reconhecimento da profissão do professor de libras, instrutor de libras, intérprete em Libras e sua atuação, conforme nos mostra o decreto 5626/05 que ainda dispõe em seu art. 26 do papel do poder público e das empresas que detêm concessão ou permissão de serviços públicos, no apoio ao uso e difusão da libra, além disso queremos chamar a atenção para a validação da importância da educação bilíngue como esta explanado no art. 22:
 As instituições federais de ensino responsáveis pela educação básica devem garantir a inclusão de alunos surdos ou com deficiência auditiva, por meio da organização de:
 I - escolas e classes de educação bilíngue, abertas a alunos surdos e ouvintes, com professores bilíngues, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental;
 II - escolas bilíngues ou escolas comuns da rede regular de ensino, abertas a alunos surdos e ouvintes, para os anos finais do ensino fundamental, ensino médio ou educação profissional, com docentes das diferentes áreas do conhecimento, cientes da singularidade linguística dos alunos surdos, bem como com a presença de tradutores e intérpretes de Libras - Língua Portuguesa.
 § 1o São denominadas escolas ou classes de educação bilíngue aquelas em que a Libras e a modalidade escrita da Língua Portuguesa sejam línguas de instrução utilizadas no desenvolvimento de todo o processo educativo.
A educação bilíngue possibilita ao aluno surdo à aquisição do conhecimento em sua língua materna que é a língua de sinais que chamaremos de L1 em conjunto com a língua portuguesa que chamaremos de L2 na modalidade escrita, segundo Fernandes (2003)
Precisamos entender a educação bilíngue como uma proposta para fazer valer politicamente a voz da comunidade surda, seus direitos e anseios (que não são homogêneos), em um projeto educacional que construa novas práticas de significação da surdez. Fernandes (2003, p. 5-6)
O estudo apresentado, com a temática “libras no contexto educacional” descreve o contexto da história dessa língua, que hoje sabemos qual a importância para o aluno surdo e sua contribuição par ao ambiente escolar. O processo de inclusão das pessoas com necessidade educacionais especiais, já passou por diversas nomenclaturas na educação, houve separação exclusão, ou até mesmo espaços na escola destinada a alguma deficiência, com uma educação formal sistematizada. Os alunos eram (são) matriculados, e não há interversão escolares, para haver uma inclusão.
O surdo é aquele que apreende o mundo por meio de contatos visuais, que é capaz de se apropriar da língua de sinais e da língua escrita e de outras, de modo a propiciar pleno desenvolvimento cognitivo, cultural e social. A língua de sinais permite ao ser surdo expressar seus sentimentos e visões sobre o mundo, sobre significados, de forma mais completa e acessível. (CAMPOS in LACERDA; SANTOS, 2013 p.48)
No Brasil, a língua brasileira de sinais (LIBRAS) passou a ser uma língua oficial em 2002, com a lei nº10. 436 de 24 de abril de 2002. Considera-se a pessoa surda àquele que por ter perda auditiva (DA), compreende a interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da língua brasileira de sinais (Libras). Mostrando-nos que apenas as práticas pedagógicas não conduzem a uma aprendizagem significativa par ao aluno surdo. Quando surge a ideia do bilinguismo, tem a necessidade básica do surdo ser bilíngue, ou seja, este deve adquirir a língua de sinais (língua materna) L1 dos surdos e a segunda língua (língua portuguesa LP) ou língua oral utilizada em seus pais. 
Nosso trabalho possibilita uma visão geral de entender o processo como surgiu a língua de sinais no âmbito educacional, com suas contribuiçõespara este aluno, o processo de inclusão e um pouco da trajetória do processo inclusivo
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
A Declaração de Salamanca (1994, em Salamanca, Espanha) foi fruto de uma convenção mundial que congregou 92 países e 25 organizações internacionais. Esse documento preceitua que: 
“as escolas devem acolher todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com necessidades especiais e bem-dotadas; crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de minorias linguísticas, étnicas ou culturais e crianças de outros grupos ou zonas desfavorecidas ou marginalizadas” (BRASIL, 1994, p. 18).
Uma política educacional é uma política pública no âmbito social, setorial, que se refere ao domínio específico da Educação (MARTINS, 2010). A política pública é associada à intervenção do Estado. Representa sua materialidade (AZEVEDO, 2000). Neste enfoque, consiste no “Estado implantando um projeto de governo, através de programas, de ações voltadas para setores específicos da sociedade” (HÖFLING, 2001, p.31)
Políticas educacionais deveriam levar em total consideração as diferenças e situações individuais. A importância da linguagem de signos como meio de comunicação entre os surdos, por exemplo, deveria ser reconhecida e provisão deveria ser feita no sentido de garantir que todas as pessoas surdas tenham acesso à educação em sua língua nacional de signos. (Declaração de Salamanca, 1994)
A partir de estudos feitos, tem sido possível constatar que o modelo de educação que está sendo ofertado para os surdos, mesmo atendendo as normativas da lei, continua não atendendo as especificidades necessárias para propiciar uma educação que de fato contribua para a aquisição de conhecimento dos surdos, afinal esta inclusão não contempla o desenvolvimento destes alunos, apenas atende a um requisito imposto por um sistema educacional.
A criança surda, através da inclusão escolar, passa a frequentar uma comunidade ouvinte, sendo privada de ter contato com outras crianças usuárias da Libras, retardando assim, ou impedindo seu pleno desenvolvimento em sua língua materna que é a Libras. Lodi (2013) nos faz a seguinte contribuição:
Desconsidera-se, ainda, que durante os anos em que as crianças frequentam a educação infantil, elas estão em processo de apropriação de sua primeira língua (Libras), período que, no caso da maioria das crianças surdas, por serem filhas de ouvintes, pode ser estendido para os anos iniciais do ensino fundamental.
Percebe-se desta forma que a criança surda, ao ser obrigado a frequentar a escola regular através da inclusão, onde na maioria das vezes o par linguístico para promover o desenvolvimento de sua L1 a Libras é apenas o profissional intérprete, que está ali apenas para mediar a comunicação entre a comunidade escolar ouvinte e o aluno (a) surdo.
Como forma de deixar mais claro nosso posicionamento, de que o ideal para o aluno surdo é a de que ele seja instruído em escola bilíngue onde todos os profissionais conheçam a Libras, proporcionando-lhe maior interação e não o fazendo se sentir sozinho, foi a análise que fizemos dos gráficos abaixo, que nos comprovaram com bastante nitidez que este processo de inclusão no ensino regular, farda o aluno surdo a um isolamento, não contemplando, portanto, com uma inclusão que é pautada na Lei.
“Apesar de não ser esperado o domínio da língua de sinais pelo professor regente, tarefa esta que seria reservada a um intérprete, não se pode negar que um aprofundamento em LIBRAS é de grande proveito para que o professor possa auxiliar o aluno surdo na compreensão dos conteúdos. Contudo, não basta apenas dominar a língua se não existir uma metodologia adequada para apoiar o que está explanado, o que incide na necessidade de formação de futuros professores que saibam elaborar boas aulas – visualmente claras e que facilitem a atuação do intérprete e a compreensão do aluno surdo. ” (LACERDA; SANTOS; CAETANO, 2013, p.191)
A inclusão no âmbito educacional prima pelo respeito às particularidades dos alunos bem como 
 “representa uma mudança na mente e nos valores para as escolas e para a sociedade como um todo, porque, subjacente à sua filosofia, está aquele aluno ao qual se oferece o que é necessário, e assim celebra-se a diversidade”. (MITTLER, 2003, p. 36).
Ao computarmos propostas de ação educacional que visam à inclusão, encontramos normalmente dimensões éticas conservadoras nas diretrizes dessas ações. Essas diretrizes, no geral, expressam-se pela tolerância e pelo respeito ao outro, que são sentimentos que precisamos analisar com mais cuidado, para entender o que podem esconder em suas entranhas. Nessas diretrizes, entendem-se que os diversos tipos de deficiências são como “fixadas” no indivíduo, como se fossem marcas indeléveis, as quais só nos cabe aceitá-las, passivamente, pois pensa-se que o indivíduo nada poderá evoluir, além do esperado e previsto no quadro geral das suas especificações estáticas como níveis de comprometimento, as categorias educacionais, os quocientes de inteligência, as predisposições para o trabalho e outras tantas mais. A inclusão diz respeito, também, à luta: 
a) pela universalização da educação; b) pela matricula dos alunos com necessidades especiais nas turmas ditas regulares e lhes sejam asseguradas práticas pedagógicas e todas as modalidades de suporte que permitam a remoção de barreiras para a sua aprendizagem e para a sua participação; c) por uma rede de ajuda e apoio a alunos que apresentem necessidades especiais, seus pais e professores; d) pela formação inicial e continuada dos professores. (Carvalho, 2004)
A ética, em toda sua dimensão crítica e transformadora endossa nossa luta pela inclusão escolar. A posição é oposta à conservadora, porque entende-se que as diferenças estão sendo constantemente feitas e refeitas, já que vão distinguindo-se com o passar do tempo. Elas são produzidas e não podem ser naturalizadas, como pensamos normalmente. Essa produção precisa ser compreendida, e não apenas respeitada e tolerada. As ações educativas têm como eixos primordial o convívio com as diferenças e a aprendizagem como experiência de uma correlação, participativa, que produz sentido para o aluno, contemplando uma subjetividade, embora seja construída no coletivo das salas de aula. Para quem é a educação inclusiva? 
Alunos com Necessidades Educativas Especiais que englobam aqueles com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/Superdotação bem como os transtornos globais específicos, como dislexia, hiperatividade entre outros (BRASIL, 2008).
A inclusão é produto de uma educação plural, democrática e transgressora. Ela provoca uma crise escolar, ou melhor, uma crise de identidade institucional, que, por sua vez, abala a identidade dos professores e faz com que seja ressignificada a identidade do aluno. O aluno da escola inclusiva é outro sujeito, que não tem uma identidade fixada em modelos ideais, permanentes, essenciais.
A Constituição Federal de 1988 respalda os avanços significativos para a educação escolar de pessoas que tem deficiência, quando elenca como fundamentos da República a cidadania e a dignidade da pessoa humana (art. 1º, incisos II e III) e, como um dos seus objetivos principais e fundamentais, a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, inciso IV). Garante ainda o direito à igualdade (art. 5U) e trata, no artigo 205 e seguintes, do direito de todos à educação. Esse direito visa ao “pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para a cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Além disso, a Constituição tem como princípio o ensino “a igualdade de condições de acesso e permanência na escola” (art. 206, inciso I), acrescentando que o ‘‘‘dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de acesso aos níveis mais elevados do ensino,da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um” (art. 208, inciso V). Quando se garante a todos o direito à educação e ao acesso à escola, a Constituição Federal define que toda escola deve atender aos princípios constitucionais, sem excluir nenhuma pessoa por causa de sua origem, raça, sexo, cor, idade ou deficiência.
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Este estudo constitui-se de uma revisão bibliográfica da literatura especializada, em caráter analítico, sobre o tema “Libras no Contexto da Educação Inclusiva” realizado entre março de 2021 e junho de 2021, no qual se realizou uma consulta de materiais já publicados a livros, periódicos, artigos científicos e informações disponibilizadas na internet selecionada através de busca no banco de dados do Scielo, revistas eletrônicas e sites acadêmicos. A pesquisa dos artigos foi realizada entre março de 2021 e junho de 2021.
A busca nos bancos de dados foi realizada utilizando palavras-chave como Educação inclusiva, libras, linguagem, aprendizagem. Logo em seguida, buscou-se estudar e compreender os materiais encontrados, assim como os parâmetros e forma de explanação e discussão do assunto abordado. 
Após selecionar os artigos adequados nos critérios de pesquisa e inclusão, foi realizado respectivamente: uma leitura exploratória e minuciosa do material que se adequasse ao tema abordado, tendo como objeto a libras contexto da educação inclusiva, seleção dos artigos a serem usados na fundamentação teórica do paper, leitura interpretativa e redação do paper. 
	Para Cervo (2016, p. 67):
Todas as informações reunidas nos passos anteriores devem ser comparadas entre si e analisadas. A análise, a partir da classificação ordenada dos dados, [...] quando empregadas, procura verificar a comprovação ou não das hipóteses de estudo.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram encontrados vários artigos e livros nas bases de dados consultadas na busca inicial que mostram estudos e descrições do assunto abordado. Todos os artigos selecionados, são de origem brasileira, publicações em português, Escolhemos 6 artigos e 3 livros para fazer a revisão bibliográfica do tema escolhido. O período de publicação dos artigos escolhidos ficou compreendido entre 1997 e 2021. 
Após a leitura e fichamento do material selecionado, 6 artigos e 2 livros compuseram o estudo por abordarem as características do tema: Libras no contexto da Educação Inclusiva.
A união de forças do professor e o intérprete para o trabalho com alunos surdos é benéfica para todos neste momento, pois o professor terá um apoio de alguém que possui conhecimento específico acerca da situação, podendo esse apoio também ser de um instrutor de LIBRAS que seja surdo. Assim o intérprete não se sentirá sobrecarregado ou responsável pela educação do aluno que por sua vez, terá a oportunidade de aprender com mais eficácia. No entanto,
“(…) as soluções nem são simples nem otimistas uma vez que os alunos com necessidades de ensino especiais só se beneficiarão do ensino ministrado nas escolas regulares quando existir uma congruência entre as suas necessidades, as expectativas e atitudes dos professores e os apoios adequados (…)”. Desta forma, encontrar esta conformidade é encontrar o caminho da escola inclusiva (Correia, 2008).
É fundamental para o professor o conhecimento e utilização de estratégias pedagógicas adquiridas em seu curso de formação, assim como o empenho na inclusão real do aluno surdo. Isso significa que tanto professores como as escolas e a comunidade precisam procurar resolver esses problemas respeitando a integridade dos alunos como futuros cidadãos. Ou seja, é necessário que a sociedade em geral, abra a sua mente e comece realmente a aceitar a LIBRAS e o surdo.
A Constituição Brasileira de 1988, no seu artigo 205° e a LDBEN - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no seu artigo 2°garantem: “A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”.
Para que aconteça inclusão escolar é indispensável que os estabelecimentos de ensino eliminem barreiras arquitetônicas e adotem práticas de ensino adequadas às diferenças dos alunos em geral, oferecendo alternativas que contemplem a diversidade, além de recursos de ensino e equipamentos especializados que atendam a todas as necessidades educacionais dos educandos, com ou sem deficiências, mas sem discriminações (Mantoan, 1999, 2001)
5. CONCLUSÕES
A história da educação dos surdos, pode-se dizer que teve sua melhor fase, quando teve a educação inclusiva acontecendo realmente. Uma educação inclusiva aponta para a transformação de uma sociedade inclusiva e é um processo pelo qual todos os alunos são inseridos no ensino regular. Respeitando a diversidade cultural, e também as diversas formas de linguagem e comunicação, que aborda a o aluno surdo com a língua de sinais, que trouxe uma melhor aprendizagem para o educando.
 O princípio da gestão democrática seja um realidade em cada ambiente escolar, pois com esse princípio se dará espaço para um formação para capacitar o profissional da educação a trabalhar de forma prazerosa e harmônica, o ensino da LP( Língua Portuguesa) tradicional contextualizada com a língua de sinais, lembrando que cada país, cada região possui seus dialetos para se comunicar que envolve expressão corporal e facial, juntos se tornaram um comunicação formal, todos educadores sonham ver o aluno surdo se apropriando sua verdadeira língua. 
 A Libras é reconhecida como a língua do surdo e deve fazer parte do currículo escolar, onde os alunos surdos sejam proporcionados a um ensino que aborda a cultura surda, fazendo também uma participação dos mesmos, nas atividades que venham ajudar o cognitivo, perceptivo, o motriz, o raciocínio lógico. Não se pode pensar e afirmar que inclusão de alunos surdos na sala regular é ter somente um intérprete e uma ou duas vezes na semana ter aula de Libras com um instrutor fora do contexto escolar, ou demonstração de sinais isolados, então quando for trabalhar Libras, que ocorra uma ação interdisciplinar. É preciso que a escola reformule seus métodos, e que ocorra a inclusão do curso de Libras no ambiente escolar para que todos os funcionários participem, pois faz-se necessário que se capacitem adequando a realidade, os professores agindo como pesquisadores de novos métodos para facilitar e promover a aprendizagem, compreendendo que a Libras é a L1 e a língua portuguesa é a L2 do surdo, onde os docentes trabalhem a interdisciplinaridade e temas transversais, proporcionando uma aprendizagem mais efetiva, e o currículo deve incluir outras temáticas voltadas para a realidade do aluno, fazendo que o aluno se torne o agente, sujeito do aprender.
[...] porque apenas inseri-los no espaço escolar dos ouvintes, mas não lhes permitir o acesso aos recursos que poderiam facilitar o seu aprendizado não significa uma inclusão adequada (Lacerda 2002) [...]
REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Janete M.Lins de. O Estado, a política educacional e a regulação do setor educação no Brasil: uma abordagem histórica. In: FERREIRA, Naura Syria Carapeto e AGUIAR, Márcia Ângela da S. (Org.). Gestão da educação. São Paulo: Cortez, 2000
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988.
BRASIL. Declaração de Salamanca. Disponível em: Acesso em: 8 de jun. de 2021.
BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de dezembro de 2005.
BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 25 de abril de 2002.
BRASIL, Ministério da Educação - Secretaria de Educação Fundamental. Ética e Cidadania no convívio escolar. Brasília: 2001
BRASIL.Parâmetros Curriculares Nacionais: Temas Transversais. Brasília: MEC/SEF, p.29-30,2001.
CAETANO, Juliana Fonseca; LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de; SANTOS, Lara Ferreira dos. Estratégias metodológicas para o ensino de alunos surdos. In: LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de; SANTOS, Lara Ferreira dos (Org.). Tenho um aluno surdo, e agora? Introdução à LIBRAS e educação de surdos. São Carlos: EdUFCSCar, 2013. Cap. 11, p.185-200.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. São Paulo: Ed. Pearson, 2006.
CORREIA, L.M. (2008a). Inclusão e Necessidades educativas Especiais: Um guia para educadores e professores. Porto: Porto Editora.
FERNANDES, Sueli. Práticas de Letramento na Educação Bilíngue para Surdo. São Paulo: Plexus (2003).
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo. Melhoramentos, 1973.
HÖFLING, Eloísa de Mattos. Estado e Políticas (Públicas). Sociais. In: Cadernos Cedes. Políticas Públicas e Educação, nº 55, 2001.
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN/Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996.
LODI, Ana Cláudia Baleiro. Ensino da língua portuguesa como segunda língua para surdos: Impacto na educação básica. In: LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de; SANTOS, Lara Ferreira dos (Org.). Tenho um aluno surdo, e agora? Introdução à LIBRAS e educação de surdos. São Carlos: EdUFCSCar, 2013. Cap. 10, p 165-183.
MANTO AN, M. T. E. Caminhos pedagógicos da inclusão. São Paulo, Memnon Edições Científicas, 2001.
MARTINS, Paulo de Sena. O financiamento da educação básica como política pública. In: Revista Brasileira de Política e Administração da Educação-RBPAE, v. 26, nº3, set/dez 2010
 
1 Acadêmicos Graduandos em Letras Libras
2 Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Curso Letras Libras (LBR0048) – TCC – 26/06/2021

Outros materiais