Buscar

Empreendedorismo: Práticas e Desenvolvimento

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

O Comportamento Empreendedor como Forma de Vida: Práticas do Empreendedor Consciente
O empreendedorismo é um conjunto de práticas capaz de garantir a geração de riqueza e uma melhor performance às economias que atuam nesse cenário de ganhos e lucros. Além de fornecer desenvolvimento econômico, constitui mudanças de negócios e até da sociedade. O empreendedor dedica tempo e esforço para suas ideias e assume riscos financeiros, psicológicos e sociais, mas que, em contrapartida, traz benefícios financeiros e pessoais. Em todos os seus aspectos, o empreendedorismo tem assumido um lugar de destaque nas políticas econômicas ao redor do mundo.
Para empreender, é necessário ter criatividade e motivação para gerar sinergia e, consequentemente, realizar projetos inovadores e ter proatividade para lidar com os desafios que possam surgir no caminho. Com isso, o empreendedor ativa suas potencialidades racionais e intuitivas, em um estado de aprendizado permanente, estando sempre aberto para novos paradigmas. 
Existem muitas teorias que amparam essa área econômica do empreendedorismo que, apesar de enunciados diferentes, apontam para o mesmo caminho. Ser empreendedor é ter o impulso de materializar coisas novas, concretizar ideias e ter paixão pelo que faz buscando sempre um retorno financeiro a partir disso. A essência do empreendedorismo está na percepção e no aproveitamento das novas oportunidades de negócio, podendo sempre criar novas formas e combinações. 
Ao longo do tempo, principalmente após o regime feudal, a economia começou a ganhar contorno e iniciou o processo de empreendedorismo na sociedade. Com o passar dos anos, foi sendo desenvolvendo o perfil empreendedor e fortalecendo a economia como um todo. Pode-se definir o desenvolvimento do empreendedorismo em três momentos até chegar na configuração atual que conhecemos. São elas: Era Econômica (1870-1940), Era Ciências Sociais (1940-1970) e Era Estudos de Gestão (1970-atualmente).
Na Era Econômica, o foco do empreendedor era voltado para analisar os riscos e as incertezas do mercado (Richard Cantillon), foco em mudança e inovação (Joseph Schumpeter), e ligação entre empresário e empresa (escola Austríaca). Já na Era Ciências Sociais, houve a presença de pesquisadores de outras áreas como psicologia e ciências sociais que contribuíram para o melhor entendimento da configuração entre economia e sociedade, visando analisar o indivíduo e suas necessidades. A Era de Gestão, atualmente desempenhada, é marcada pelas mudanças políticas, econômicas e tecnológicas sendo de natureza multidisciplinar e torna algo dominante atualmente. 
Dentro do desenvolvimento da estrutura do empreendedorismo mundial, muitas pesquisas surgiram para compreender melhor o cenário e poder auxiliar a estruturar a forma como ele acontece. Além disso, com o desenvolvimento das práticas empreendedoras, observamos novas maneiras de empreender que não estão somente ligadas ao objetivo final de gerar inovação e lucratividade por meio de um produto ou serviço. Consequentemente, o empreendedorismo pode atuar no desenvolvimento de um novo mercado, usando uma nova matéria-prima ou criando um novo meio de produção. Assim, promove atividades ligadas à exploração e o desenvolvimento real de uma oportunidade.
Com a estruturação das teorias, a prática adquiri um caráter mais sólido e objetivo, trazendo novas aberturas e possibilidades de pensar o empreendedorismo como algo que contribui socialmente. Promove, assim, a criação de produtos novos para atender as necessidades atuais, além de focar no meio social, ambiental e jurídico, oferecendo benefícios para o todo e não somente a economia e ao empreendimento. 
O empreendedorismo social tem ganhado cada vez mais destaque atualmente por focar nas relações entre comunidade, governo e setor privado por meio de parcerias. Com isso, ocorre uma promoção da qualidade de vida social, cultural, econômica e ambiental, valorizando o todo, demonstrando tanto interesses particulares quanto interesses partilhados com a sociedade.
Nesse viés, o empreendedorismo social pode ser autônomo, pensado somente para a solução de problemas sociais, não produzindo necessariamente bens ou serviços para vender e sendo direcionado para segmentos populacionais em situação de risco social.
 	Mas, para além disso, os empreendedores podem tanto buscar a criação de produtos inovadores, novos mercados e obter lucratividade e, ainda sim, empreender socialmente. Esses empresários podem tanto pensar na criação de seus produtos e serviços de uma forma a levar em consideração o meio social e o meio ambiente, impactando minimamente o todo ou direcionar parte da sua lucratividade para ações sociais, por exemplo. Esse modelo visa amenizar os problemas de desigualdade e exclusão social, buscando trazer uma harmonia com o todo. 
	A responsabilidade social empresarial motiva a ação na prática promovendo transformações sociais efetivas e rompe com o padrão que se aproveita do ser humano e do meio para obter o que é preciso. E, para que essas transformações acontecem, é importante formar grupos/empresas comprometidos com os valores éticos e motivados pela justiça social pois sua criatividade e interesses vão fazer toda a diferença no mundo. 
	Na nova configuração social, além de se preocupar com a sociedade e o externo a empresa, os empreendedores devem, também, cuidar dentro do ambiente empresarial, fornecendo suporte para uma qualidade de trabalho interna para seus colaboradores e, somado a isso, trazer a participação ativa dos funcionários da corporação para participar de decisões e ações importantes da empresa. Assim, no empreendedorismo consciente o propósito vem acima de tudo e não é um motivo superficial, como ganhar dinheiro e ficar rico, por exemplo. O empreendedor consciente foca em gerar valor para o mundo, resolver um problema que poderá beneficiar a todos. 
	
Bibliografia
BAGGIO, Adelar Francisco; BAGGIO, Daniel Knebel. Empreendedorismo: conceito e definições. Rev. do Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, 1(1):25-38, 2014.
HALICKI, Zélia. Empreendedorismo. Caderno foi elaborado pelo Instituto Federal do Paraná para o Sistema Escola Técnica Aberta do Brasil - e-Tec Brasil. 
VERGA, Everton.; SOARES DA SILVA, Luiz. Fernando. Empreendedorismo: evolução histórica, definições e abordagens. Revista de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, v. 3, n. 3,p. 3-30, 2014.
2

Continue navegando