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2 - Direito e Moral

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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Introdução a Estudo do Direito – Prof.ª Amanda Pereira Dãum Página 1
Direito e moral
“O direito não se dissocia da moral.”
A palavra moral decorre sociologicamente de “mores” que pode ser compreendida como o
conjunto de práticas, costumes, usos, padrões de conduta em determinado seguimento social.
Nesse sentido, cada povo, cada época, cada setor da sociedade possui seu próprio padrão, sua
própria moral.
Levou algum tempo no curso da humanidade para que fossem criados padrões de cultura, de
ação, de ética, de moral. Por meio dessas práticas a sociedade procura atingir seus objetivos.
“A moral não só orienta a conduta dos indivíduos em sociedade, como também a sociedade
utiliza-se das regras morais para julgar os indivíduos aprovando ou reprovando suas ações
segundo seus imperativos morais.”
Direito e moral não se confundem, apesar de semelhantes. Esse problema surgiu desde a mais
remota sociedade, mas ganhou importância na época moderna, basicamente depois dos
conflitos entre igreja católica e protestante. Devido a uma sequência de conflitos deste gênero
cada chefe de Estado passou a intervir na vida das pessoas querendo que cada um seguisse a
religião que eles defendiam. Nesse momento, o problema ganhou um olhar bem mais
significativo, pois como chefes de Estado passaram a intervir na vida pessoal de seus súditos,
houve a necessidade de delimitar até que ponto o poder público poderia fazer essa
intervenção. Isso só era possível distinguindo o mundo jurídico do mundo religioso, moral,
porque na época o comportamento era ditado pela religião.
“O Direito só deve cuidar da ação humana depois de exteriorizada. A moral diz respeito aquilo
que se procura no plano da consciência. Enquanto uma ação se desenrola no foro íntimo,
ninguém pode interferir, obrigar a fazer ou deixar de fazer. O Direito rege as ações exteriores
do homem ao passo que as ações íntimas pertencem ao domínio da moral.” Miguel Reale.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Introdução a Estudo do Direito – Prof.ª Amanda Pereira Dãum Página 2
Assim entendiam:
DIREITO = AÇÕES DO HOMEM NA SOCIEDADE
ESCOLHA ÍNTIMA = MORAL (Se causam dano a outrem pode ser penalizado por ter causado
dano)
DOUTRINA = EXTERIORIDADE DO DIREITO (Homem em sociedade, não homem isolado)
“Tudo que é jurídico é moral, nem tudo que é moral é jurídico.” Ex: burcas.
Norma moral - Determina ao homem qual a conduta a seguir para seu aperfeiçoamento como
homem entre as possíveis condutas dele próprio. Características:
 Fundadas na esfera íntima
 Visa o bem individual
 Espera aperfeiçoar o ser humano em sua individualidade
 Dotadas de unilateralidade e apenas prescrevem um comportamento sem prescrever
coação.
Norma social – “Etiquetas sociais” findam-se em usos, hábitos, costume. Cortesia,
cavalheirismo, pontualidade, galanteria. Finalidade das normas morais:
As regras morais objetivam o aperfeiçoamento do indivíduo, as regras jurídicas apenas
facilitam o convívio social procurando prevenir e solucionar conflitos. Normas morais
regulam a conduta interna da pessoa e o direito interessa-se pelo comportamento
externo e não pelos motivos da ação humana ou pelo pensamento.
Direito não proíbe pensamentos pecaminosos ou imorais nem se interessa porque o indivíduo
decide respeitar a regra jurídica. Quem não mata uma pessoa por amor ao próximo é uma
pessoa que respeita a legalidade tal como aquele que se abstem do homicídio por puro medo
da pena, já que o direito quer preservar a vida e os demais bens dos membros da sociedade.

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