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Séc. III na Muralha na China 1917 - "soloamies" (americanos) 1915 - mistura de conha do mar, areia e cimento (Bert Reno) 1929 - descoberta a relação umidade/peso específico na compactação do solo, permitindo o desenvolvimento do solo- cimento para diversos tipos de construções, tais como: pavimentação, revestimento de canais, diques, reservatórios e barragens de terra, estabilização de taludes, injeções, ladrilhos, tijolos, blocos, painéis e paredes monolíticas. (Ralph Proctor) 1945 - primeira obra no BR. Uma casa de bombas para abastecimento das obras do aeroporto em Santarém, no Pará, com 42 m2. Também por esse processo foi iniciada a construção do Hospital Adriano Jorge, em 1948, em Manaus. 1960 - na pavimentação, em barragens de terra, em tijolos e blocos para alvenaria, entre outras. DATAS IMPORTANTES O Centro de Pesquisas e Desenvolvimento (Ceped), na Bahia, é a entidade brasileira que mais se dedicou à construção e pesquisas do solo-cimento voltadas à execução de paredes monolíticas, além da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), responsável pela construção das primeiras habitações no Brasil. As técnicas mais usadas para a elevação de uma alvenaria de tijolo de solo-cimento são argamassa de assentamento e técnica de encaixe ou intertravamento, principalmente quando produzidos em prensa hidráulica, com melhor acabamento (melhor grau de industrialização). No BR, as técnicas foram utilizadas em programas habitacionais, como o Programa de Difusão de Tecnologia para Construção de Habitação de Baixo Custo (Protech), a partir de 1990. Requisitos para tijolos de solo-cimento e para blocos de solo-cimento sem função estrutural Métodos de ensaio para análise dimensional, determinação da resistência à compressão e da absorção de água para tijolos e para blocos. NORMAS ABNT Procedimento para fabricação de tijolo e bloco de solo-cimento com utilização de prensa manual e hidráulica; Determinação do teor de umidade; Determinação da absorção da água. NORMAS DE ENSAIO DE FABRICAÇÃO VANTAGENS DESVANTAGENS Economia de energia na fabricação, já que não precisa da queima; Seus resíduos podem ser utilizados como agregados reciclados em tijolo de solo estabilizado com cimento; Aproveitamento da matéria prima da região (quando houver) Similaridade com os componentes de vedação de tijolos maciços comuns e blocos cerâmicos, aceitos pela população em geral; Facilidade de construção para habitação popular, por meio da transferência da tecnologia para construção, por mutirão, destinada a populações de baixa renda. Existência de uma grande variedade de tipos de solos, o que acarreta a execução periódica de ensaios de caracterização, havendo casos em que o uso do solo-cimento se torna antieconômico. Necessita de vários ensaios, o tornando mais caro Adequados para edificações de pequeno e médio porte. CARACTERÍSTICAS Segundo a ABNT NBR 12023:2012, é um produto endurecido resultante da cura de uma mistura íntima compactada de solo, cimento e água, em proporções estabelecidas por meio de dosagem executada conforme a ABNT NBR 12253:2012. Os solos mais arenosos são os mais indicados e se estabilizam com menores quantidades de cimento, sendo necessária a presença de argila na sua composição, com objetivo de proporcionar à mistura, quando umedecida e compactada, coesão suficiente para a imediata retirada das fôrmas; Apesar de serem os mais indicados, estes solos devem ter um teor mínimo da fração fina, pois a resistência inicial do solo-cimento compactado é resultado da coesão da fração fina compactada. A prática tem apontado que solos com teores de silte mais argila inferiores a 20 % não propiciam compactação adequada, sobretudo na confecção de tijolos prensados, dificultando o processo de moldagem; Vários fatores influenciam no produto final, como teor de cimento, teor de umidade e compactação ou prensagem; Os cimentos Portland utilizados para solo-cimento podem ser do tipo comum, composto, alto-forno, pozolânico e alta resistência inicial (ARI). As impurezas que podem aparecer na água de mistura podem ser agressivas ao cimento, como, por exemplo, sulfatos e matéria orgânica. As quantidades mais adequadas dos componentes são determinadas em ensaios de laboratório ou ensaios expeditos, de acordo com os tipos de solo e cimento a serem usados. No estudo do solo-cimento, o primeiro passo é fazer a coleta correta do solo, para a execução de sua classificação em ensaios de laboratório. A umidade de moldagem, também um fator importante na mistura do solo-cimento, é função do tipo de solo. Os ensaios de compactação visam à obtenção dos valores de umidade ótima e de massa específica aparente seca máxima. O teor de umidade é tão significativo quanto à porcentagem de cimento, pois exerce forte influência nas características de resistência e de absorção de água. O processo de estabilização do solo por um aglomerante hidráulico pode ser explicado pela hidratação do cimento, na qual há uma mudança da carga elétrica no meio argiloso, a partir da troca de cátions, que promove uma atração entre as partículas, fazendo com que se reúnam, formando partículas maiores, determinando, desta forma, a perda de plasticidade da mistura. O produto final se caracteriza pela formação de cadeias hexagonais, que isolam, em seu interior, partículas que não chegam a ser aglutinadas, impedindo sua dilatação pela impermeabilidade. Além do cimento, outros materiais também podem ser utilizados como estabilizantes de solo, tais como cal, emulsões asfálticas (melhoram a resistência mecânica e desempenho na presença de água) e fibras vegetais. CARACTERÍSTICAS TIPOS DE ENSAIOS EXPEDITO1. São os ensaios em campo. São mais ágeis, podendo ser feito no meio rural, sem laboratório, mas a depender do porte da edificação, não o substituem, já que eles possuem maior precisão. Tipo comum; composto; alto-forno; pozolânico e alta resistência inicial. As quantidades são determinadas por ensaios de laboratório ou ensaios expeditos, de acordo com o tipo de solo e cimento a serem utilizados. QUAL TIPO DE CIMENTO PORT. USAR? PASSOS PRO ESTUDO DO SOLO-CIMENTO Fazer a coleta correta do solo; Umidade: principalmente a de moldagem, que é tão importante nessa mistura. Cada solo terá sua umidade. Ela exerce influência nas características de resistência final do produto. PRINCIPAIS USOS TIJOLOS OU BLOCOS São produzidos nas prensas, que dispensam a queima; Só precisam ser umedecidos para que se tornem resistentes; (imerso em água ou só umedecidos em dados períodos) Excelente aspecto (podendo dispensar até reboco). Compactadas no próprio local, em camadas sucessivas, no sentido vertical, com o auxílio de formas e guias; O processo é semelhante a taipa de pilão, formando painéis inteiriços, sem juntas horizontais. Uma das primeiras utilizações, são compactadas no local com o auxílio de forma, em uma única camada; Formam placas maciças que ficam apoiadas no chão Colocam uma farofa úmida dentro do saco, e quando colocados no local são compactados um à um. Se assemelham ao muro de arrimo. 1. 2. PAREDES MACIÇAS 3. PAVIMENTOS 4. SOLO-CIMENTO ENSACADO Ensaio da bola: junta uma porção do solo seco com água e faz uma bola de 3 cm de diâm. com a mão. Deixa a bola cair de uma altura aprox. de 1 m. Se ela esfarelar ou desagregar, o solo é arenoso. Se espalhar com maior coesão, é argiloso. Ensaio do vidro: pega uma porção do solo seco e destorrado e coloca em um vidro transparente até 1/3 da altura; adiciona água até 2/3 e uma pitada de sal (efeito defloculante), e agita. Coloca-se em repouso por 1h aprox, e agita de novo, daí podem ser feitas as leituras das frações que indicarão o tipo de solo, Assim, consegue ver o compõem o solo, e determinar seu tipo. Ensaio da caixa: mede a retração linear do solo, que determina indiretamente sua relação volumétrica, sendo indicado especialmente para estudos com blocos de terra compactada (BTC). Este ensaio consiste em tomar um punhado de solo seco e destorroado, adicionando-se água a seguir, atéque a mistura tome uma consistência tal que seja aderido a colher de pedreiro. Em seguida, esta mistura é colocada em uma caixa de dimensões de 8,5 cm × 3,5 cm × 60 cm de largura, altura e comprimento. Este material é rasado com uma colher de pedreiro e deixado em abrigo de chuva e sol por um período de sete dias. A partir deste período, mede-se a retração do material, que não deve ser maior que 20 mm. De compactação: A ABNT NBR 12023:2012 estabelece métodos para ensaios de compactação. É determinada a relação entre o teor de umidade e a massa especifica seca de misturas de solocimento, sem reúso do material, quando compactadas com energia normal. Corpos de Prova Cilíndricos: Os corpos de prova para ensaios de solo-cimento são normalizados pela ABNT NBR 12024:2012, que estabelece os procedimentos para a sua moldagem e cura. Os métodos empregados para a moldagem e cura de solo-cimento variam conforme a granulometria do solo. Durabilidade por Molhagem e Secagem: Este ensaio é normalizado pela ABNT NBR 13554:2012 que estabelece o método para a determinação da perda de massa, variação da umidade e de volume produzidas por ciclos de molhagem e secagem de corpo de prova de solo- cimento. O ensaio consiste na moldagem de três corpos de prova, de acordo com a ABNT NBR 12024:2012 2. DE LABORATÓRIO PRINCIPAIS NORMAS ABNT NBR 10883: Fabricação de tijolo e bloco de solo-cimento com utilização de prensas manuais e hidráulicas. NBR 10834: Bloco de solo-cimento sem função estrutural. NBR 13554: Ensaio de durabilidade por molhagem e secagem. NBR 12024: Moldagem e cura de corpos de prova cilindricos NBR 12023: Ensaio de compactação
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