Acidentes de Trabalho em Aerogeradores

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Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI
Técnico em Segurança do Trabalho
Jordelio Santos Vieira
PRINCIPAIS ACIDENTES DE TRABALHO CAUSADOS NO SETOR DE PRODUÇÃO DE AEROGERADORES NO BRASIL
Vitória da Conquista - BA
2021
Jordelio Santos Vieira
PRINCIPAIS ACIDENTES DE TRABALHO CAUSADOS NO SETOR DE PRODUÇÃO DE AEROGERADORES NO BRASIL
Trabalho apresentado como forma de avaliação para o curso de Técnico em Segurança do Trabalho ofertado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI.
Vitória da Conquista - BA
2021
Sumário
1.	Introdução	4
2.	Desenvolvimento	4
3.	Conclusão	5
Referências	6
 
3
1. Introdução
A energia eólica tem como característica ser de fonte renovável e não lançar poluentes no meio ambientes. Para que esse tipo de energia seja produzido é necessário aerogeradores, que convertem a energia mecânica em energia elétrica. Apesar dos benefícios, os aerogeradores são fontes de riscos para os trabalhadores do parque eólico e ainda há os acidentes que envolvem apenas danos materiais sem que haja danos à saúde e à integridade do ser humano.
Este trabalho tem como objetivo discorrer sobre os cinco principais acidentes de trabalho que podem acontecer no setor de produção de aerogeradores. 
2. Desenvolvimento
Segundo o artigo 19 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 “acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho” (BRASIL, 1991).
Os riscos relacionados a aerogeradores são:
· Ruído;
· Trabalho em altura em altura;
· Trabalho em espaços confinados;
· Riscos elétricos;
· Incêndios. 
Os ruídos podem ter basicamente três fontes: o ruído aerodinâmico gerado pela rotação das pás no fluido, o ruído estrutural devido a vibração da estrutura e o ruído mecânico devido ao atrito de rolamentos e engrenagens confinados no suporte do motor.
Segundo a Norma Regulamentadora (NR) de número 35 no item 35.1.2 “considera-se trabalho em altura toda atividade executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda”. No caso do setor eólico, os profissionais são submetidos à altura de até 130 metros. Os principais riscos em que estão expostos os trabalhadores são a movimentação manual das cargas e também pelos guindastes principalmente na suspenção das peças, em até 130 metros de altura, encaixe da nacele, compartimento que abriga os componentes essenciais para a geração de energia, e das pás dos rotores, com cerca de 65 metros de comprimento.
O trabalho em aerogeradores também envolve espaço confinados. Entendido como qualquer área ou ambiente que não seja projetado para permanência de pessoas, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes, prejudicando o abastecimento de oxigênio para o operário. 
Os riscos de acidentes por descargas elétricas podem ocorrer nas etapas de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica. As descargas elétricas podem causar eletrocussão, choque elétrico, queimaduras, entre outros. 
Incêndios podem ser provocados por quedas de raios, mau funcionamento elétrico e/ou mecânico e falta de manutenção, representando as maiores preocupações vez que acarretam danos consideráveis como perdas diretas decorrentes do sinistro, interrupções da produção. Existe ainda a possibilidade da queda de torres e componentes que podem atingir demais partes do sistema, gerando focos de incêndios secundários.
Devidos os riscos existentes no setor de geração de energia a partir dos ventos, faz-se necessário a obediência às NRs. Com base nos riscos apresentados, as principais NRs são as NR 10 (trabalhos em eletricidade), NR 11 (elevação e movimentação de cargas), NR 15 (atividades e operações insalubres),  NR 16 (atividades e operações perigosas), NR 23 (prevenção e combate a incêndio), NR-33 (trabalhos em espaço confinado) e NR 35 (trabalho em altura).
3. Conclusão
Desta forma, para atuar de forma eficaz na prevenção dos riscos, agindo em prol da prevenção e zelando pela saúde e segurança dos trabalhadores, precisa-se conhecer mais cada tipo de trabalho desenvolvido em parques de energia eólica, bem como estar em concordância as legislações e normas regulamentadoras.
Referências 
WINTER, Anne Caroline e SEGALOVICH, Raísa Nocetti. ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA EM USINAS EÓLICAS. Curitiba, 2018. Disponível em: <http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/11893/1/CT_COELE_2018_1_17.pdf> Acesso em: Agosto, 2021.
SILVA, Leohandson Santos da e ABRANTES, Rafael De Carvalho Costa. ANÁLISE DOS RUÍDOS GERADOS POR AEROGERADORES NO COMPLEXO EÓLICO CANOAS E LAGOAS. Disponível em: <http://anpur.org.br/xviiienanpur/anaisadmin/capapdf.php?reqid=544> Acesso em: Agosto, 2021.
SILVA, Reginaldo. SIMULADO DE EMERGÊNCIA – SEGURANÇA EM AEROGERADORES PARA TRABALHO EM ALTURA NOS PARQUES EÓLICOS. Disponível em: <https://inovarum.net/energia-eolica/simulado-de-emergencia-seguranca-em-aerogeradores-para-trabalho-em-altura-nos-parques-eolicos/> Acesso em: Agosto, 2021.
BRASIL. LEI Nº 8.213 DE 24 DE JULHO DE 1991.
AZEVEDO, Pedro Henrique Medeiros de. SEGURANÇA NOS TRABALHOS EM ALTURA EM CONFORMIDADE COM A NR-35 – NA CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DAS TORRES EÓLICAS NA REGIÃO DE JOÃO CÂMARA/RN. Dispóniel em: <https://monografias.ufrn.br/jspui/bitstream/123456789/5154/1/Seguran%C3%A7a-trabalhos-altura-Azevedo-Artigo.pdf> Acesso em: Agosto, 2021.