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RELATÓRIO TÉCNICO - ACIDENTES EM AEROGERADORES - SENAI

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZEM INDUSTRIAL – SENAI 
UNIDADE DE TAGUATINGA – DF 
 
 
 
 
PRINCIPAIS ACIDENTES DE TRABALHO NO SETOR DE PRODUÇÃO DE 
AEROGERADORES E PARQUES EÓLICOS – RELATÓRIO TÉCNICO 
 
 
AMANDA DA CONCEIÇÃO VIANA 
JOAQUIM MARQUES DA SILVA NETO 
MAYARA ROSA MARQUES DE SOUZA 
TIAGO MONTELO DE LARA 
 
 
 
 
BRASÍLIA-DF 
2022 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................1 
2. PARQUES EÓLICOS...............................................................................................2 
2.1. CONCEITO 
2.2. BREVE RESUMO HISTÓRICO 
2.3. ESTRUTURA 
2.4. MERCADO, VANTAGENS E DESVANTAGENS 
3. ENERGIA EÓLICA....................................................................................................6 
3.1. CONCEITO 
3.2. VANTAGENS 
4. AEROGERADORES.................................................................................................7 
4.1. CONCEITO E ESTRUTURA 
4.2. TRANSPORTE 
4.3. MANUTENÇÃO 
5. NORMAS REGULAMENTADORAS.......................................................................13 
5.1. CONCEITO 
5.2. NR’s APLICÁVEIS 
6. ACIDENTES DE TRABALHO.................................................................................15 
6.1. CONCEITO 
6.2. DADOS E ESTATÍSTICAS 
7. NR 10 - RISCOS ELÉTRICOS................................................................................20 
8. NR 15 - RUÍDOS ACÚSTICOS...............................................................................23 
9. NR 23 - PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS.......................................................27 
10. NR 33 - ESPAÇO CONFINADO............................................................................30 
11. NR 35 - TRABALHO EM ALTURA........................................................................32 
12. CONCLUSÃO.......................................................................................................37 
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.....................................................................38 
1 
 
INTRODUÇÃO 
Fato é que a utilização de Energias renováveis já são uma realidade no Brasil, 
e no mundo, e seu crescimento tem sido cada vez mais expressivo. Vários são os 
fatores que as tornam tão necessárias, atrativas, viáveis e ecologicamente corretas, 
tais como: a redução da oferta e do incentivo ao uso de petróleo e derivados; a 
disponibilidade praticamente inesgotável de recursos, como o vento e o sol; o 
desenvolvimento de tecnologias capazes de gerar e transportar energia obtida; e a 
grande necessidade de suprir a demanda mundial. 
O vento já havia sido usado no passado como fonte de energia mecânica, bem 
como para transporte. A criação de turbinas capazes de capturar energia cinética do 
vento e transformá-la em mecânica para alimentar um gerador, revolucionou como 
esta vinha sendo aplicada. 
O Brasil hoje, conta com 828 parques eólicos, sendo 725 só no nordeste. A 
energia eólica é uma das mais limpas e ecologicamente corretas fontes de energia. 
Colabora na diversificação do portfólio energético de um país como reduz a 
dependência de combustíveis importados. Além disso, a força do vento traz consigo 
empregos e provém benefícios para as comunidades locais em que os parques são 
construídos. Entretanto, há alguns impactos sobre a vida humana, tais como: o 
barulho causado pelas turbinas, o impacto visual gerado por elas, a interferência 
eletromagnética, algumas intervenções na fauna e flora, e situações nas quais os 
colaboradores estão sujeitos a sofrer algum tipo de acidente. 
Segundo a presidente executiva da Associação Brasileira de Energia Eólica 
(ABEEÓLICA, 2016), Élbia Gannoum, existem barreiras que inibem o processo dessa 
fonte de energia, como: sociopolíticos, ausência de crédito, transmissão da energia, 
acesso ao mercado, falta de mão-de-obra experiente e qualificada, poucos fabricantes 
e fornecedores de equipamentos e uma grande deficiência na legislação e nas normas 
de segurança específicas ao setor. 
Por tanto, importante se faz a elaboração do relatório técnico que se apresenta. 
O qual expõe os principais componentes de um aerogerador/parques eólicos, e as 
vantagens da energia eólica, bem como os principais riscos de acidentes e requisitos 
específicos para se alcançar resultados de forma segura. 
2 
 
2 - PARQUES EÓLICOS 
2.1. Conceito 
Um parque eólico é um conjunto, também muitas vezes chamada de fazenda, 
de turbinas eólicas que operam juntas, de modo que, da perspectiva da rede, elas 
parecem formar uma única usina. Assim, as modernas turbinas eólicas são usadas 
para capturar energia cinética do vento, convertendo-a na capacidade de gerar 
energia elétrica. 
Ou seja, trata-se de um espaço, terrestre ou marítimo, onde estão concentrados 
vários aerogeradores destinados a transformar energia eólica em energia elétrica. 
Por fim, acerca do conceito, podemos trazer a conhecimento, a definição do 
Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA, o qual define eólica como sendo: 
A referência a qualquer empreendimento de geração de 
eletricidade que converta energia cinética dos ventos em 
energia elétrica, em ambiente terrestre, formado por uma ou 
mais unidades aerogeradoras, seus sistemas associados e 
equipamentos de medição, controle e supervisão. 
2.2. Breve Resumo Histórico 
É difícil apontar o momento exato de quando surgiu a energia eólica, mas o que 
se sabe é que num passado distante, no período Antes de Cristo, a força mecânica 
dos ventos já era utilizada pelo homem para impulsionar velas acopladas a 
embarcações, moinhos de grãos e no bombeamento de água, substituindo a força 
humana ou animal. 
Acredita-se que o primeiro moinho de vento utilizado com o intuito de produzir 
energia elétrica foi construído em 1887, na Escócia, pelo professor James Blyth, que 
instalou uma torre de dez metros de altura no jardim de sua própria residência, e a 
energia gerada era utilizada para iluminar o local. 
Na década de 1890, o inventor e meteorologista dinamarquês Poul la Cour deu 
mais um passo importante ao constatar que turbinas com menos pás eram mais 
rápidas e eficientes para a produção de eletricidade. Já em 1897, com financiamento 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Aerogerador
https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_e%C3%B3lica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_el%C3%A9trica
3 
 
do governo, construiu uma turbina, que posteriormente seria usada na usina do 
vilarejo de Askov - USA. Outra contribuição importante de Poul la Cour foi que ele 
fundou a primeira associação sobre energia eólica do mundo. Onde os integrantes, 
além de aprenderem a lidar com máquinas elétricas, tinham aulas de contabilidade, 
geometria, física e alemão. 
A expansão da energia eólica continuou com pesquisas e experimentos pelo 
mundo, mas ganhou força durante a crise internacional de petróleo, na década de 
1970. Neste período, diversos países, entre eles o Brasil, se interessaram pelo 
desenvolvimento de fontes alternativas visando dois objetivos principais: diminuir a 
dependência do petróleo e aumentar a autonomia em suprir as demandas internas de 
energia, algo de extrema importância estratégica para a época. 
Já no Brasil, a primeira turbina eólica foi instalada em Fernando de Noronha, 
em 1992. Dez anos depois, o governo criou o Programa de Incentivo às Fontes 
Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) para a utilização de fontes renováveis como 
a eólica, a biomassa e as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Este programa 
contratou cerca de 1.420 MW em empreendimentos eólicos por 20 anos, que entraram 
em operação entre 2006 e 2011. 
2.3. Estrutura 
Um parque eólico como já mencionado, é um local designado à geração de 
energia eólica (aquela obtida a partir da força do vento). Ele consiste em um grupo de 
aerogeradores com dimensões de altura de até 130 metros de base, com pás eólicas 
de até 100metros e 300 toneladas de peso. Já no tocante ao dimensionamento da 
produção de energia, elas podem variar em média de 600 kW a 5 MW, dispostos ao 
longo de um território para aproveitar ao máximo os recursos eólicos do local. 
Mas para se chegar a esse funcionamento, temos de ter em mente que o 
mesmo, é construído por várias etapas, que requerem o cuidado e a busca por 
pessoas capacitadas como pesquisadores e engenheiros nas áreas: civil, elétrica, 
mecânica, ambiental, entre outras. 
Para se ter uma ideia, são desenvolvidos estudos para que o projeto de parque 
eólico seja aprovado no local adequado. Uma vez tenha sido aprovado o local de 
4 
 
instalação, é feita a medição dos ventos por um período de um ano, sendo possível 
ter uma noção de velocidade média anual para a geração de energia elétrica. É de 
suma importância que os ventos sejam regulares, e não tenham transtornos de 
turbulência e fenômenos climáticos que possam acarretar em transtornos 
inesperados. 
Por fim, importante frisar que existem dois tipos de parques eólicos: o offshore 
e o onshore. O offshore, está localizado em alto-mar, afastado da costa. Como o 
oceano permite a instalação de grandes estruturas, as turbinas deste sistema 
possuem alta capacidade. Além disso, o vento possui maior força e velocidade nestas 
regiões, uma vez que não existem quaisquer barreiras verticais, sejam naturais ou 
artificiais. Já o Parque eólico onshore, fica localizado no continente. E na maioria das 
vezes estes parques são instalados em áreas rurais, de elevadas altitudes. 
Figura 1 - Parque Offshore Figura 2 - Parque Onshore 
Fonte: Portal Energia Fonte: Portal Energia 
2.4. Mercado, Vantagens e Desvantagens 
O cenário brasileiro é bastante propício ao setor eólico e algumas 
características conspiram para isso, como as propriedades dos ventos que possuem 
direção predominantemente uniforme durante o ano e constantes em todas as estações 
do ano, com isso tornando bem mais rentável e produtiva do que em relação a uma usina 
europeia por exemplo, onde seus ventos não possuem propriedades tão boas e também 
a redução dos custos devido às políticas de leilões de energia, tornando, hoje, uma das 
energias mais baratas do país. (PORTAL BRASIL, 2017). 
5 
 
Sabe-se também, que a energia eólica é limpa, renovável e, portanto, uma 
excelente alternativa às fontes de energia poluentes e esgotáveis, como os 
combustíveis fósseis. Quando uma energia limpa substitui o uso de uma energia não-
renovável, temos um ganho na contenção do efeito estufa, do aquecimento global e 
de outros fenômenos que ameaçam a natureza. Além disso, os parques eólicos 
apresentam outras vantagens, tais como: 
 Os parques ocupam reduzidos espaços, se comparados à quantidade de 
energia que conseguem produzir; 
 Os custos de manutenção dos aerogeradores são baixos; 
 Podem ser criados milhares de postos de trabalho todos os anos; 
 Nomeadamente nos parques eólicos onshore, a geração de energia pode 
ocorrer de forma concomitante às atividades agrícolas e pecuárias, 
desenvolvidas ao redor das turbinas. 
Em relação às vantagens já citadas, o principal benefício é a contribuição 
ambiental, já que nenhum gás poluente é emitido no processo e praticamente se 
possui uma fonte inesgotável. 
Além disso, ocorre a redução da dependência de combustíveis fósseis, pois 
hoje, quando as usinas termelétricas são acionadas, em virtude das usinas 
hidrelétricas estarem com os reservatórios com níveis baixos, como ocorreu 
recentemente no Brasil, temos uma elevada liberação de gases nocivos na atmosfera. 
Isso ocorre, porque tais usinas queimam combustíveis fósseis como petróleo, carvão 
mineral e gás natural para produzir energia, processo que libera muito CO2. 
Desta forma, considerando que hoje as usinas eólicas são a terceira maior fonte 
de energia do país, elas se tornam ainda mais relevantes considerando a redução da 
dependência a usinas tão poluentes. 
Por outro lado, considerando as desvantagens, tratando-se de natureza, temos 
que o vento possa se tornar muito irregular, então nem sempre será possível gerar 
energia quando for necessário, caso isso ocorra. Por isso, a energia eólica pode ser 
considerada um tipo de energia “complementar”, pelo menos por enquanto. 
6 
 
Por fim, também há a questão dos custos dos equipamentos, o que causa uma 
dificuldade para a implantação, assim como é preciso encontrar grandes áreas que 
tenham muito vento para que os aerogeradores sejam instalados, o que não é uma 
tarefa muito simples, na maioria das vezes. 
 
3 - ENERGIA EÓLICA 
3.1. Conceito 
A energia eólica é aquela obtida a partir da força do vento. Como? Por meio de 
um aerogerador, que transforma a energia cinética das correntes de ar em energia 
elétrica. O processo de extração é realizado principalmente graças ao rotor (que 
transforma a energia cinética em energia mecânica) e ao gerador (que transforma dita 
energia mecânica em elétrica). Estamos falando de uma energia renovável, eficiente, 
madura e segura, fundamental para a transição energética e a descarbonização da 
economia. 
Ou nas palavras da ANEEL (2005) energia eólica é a energia cinética contidas 
nas massas de ar. Seu aproveitamento se dar através da conversão de energia 
cinética em energia cinética de rotação por meios de turbinas eólicas, assim gerando 
energia elétrica ou energia mecânica para a o bombeamento d’água através de cata-
ventos ou moinhos. 
3.2. Vantagens 
• Ser menos poluente: Por não utilizar recursos que causem perigo biológico 
(como a energia nuclear) e nem água, causa mínimo impacto na natureza 
durante a geração de energia elétrica; 
• Promover a economia local: sendo implantada em regiões mais afastadas, 
devido a força dos ventos, a usina eólica além de geras empregos locais, 
movimenta uma economia; 
• Reduzir gastos governamentais: Considerando o custo de uma hidroelétrica ou 
nuclear, uma usina de energia eólica tem um custo muito inferior; 
• Energia 100% renovável: Por depender apenas da força dos ventos é 
considerada uma das energias mais limpas e renováveis do planeta. 
https://www.iberdrola.com/quem-somos/linhas-negocio/energias-renovaveis
https://www.iberdrola.com/sustentabilidade/transicao-energetica
https://www.iberdrola.com/quem-somos/energetica-do-futuro/descarbonizacao-economia-principios-acoes-regulacao
7 
 
Diferente de outras fontes de energia como o petróleo e até mesmo a água, o 
vento é uma fonte inesgotável e não existe restrição para o seu uso. A energia 
produzida é sustentável que não há emissão de quaisquer elementos que poluem o 
ar ou o meio ambiente. 
Além das vantagens ao meio ambiente, a energia eólica está cada dia mais 
barata, já que a tecnologia usada na produção vem diminuindo ao longo dos anos e 
as empresas estão investindo neste tipo de produção. 
 
4 - AEROGERADORES 
4.1. Conceito e Estrutura 
Mas o que é, como funciona e para que serve um aerogerador? De forma a 
compreender melhor como funciona essa máquina, devemos saber primeiro o que é 
um aerogerador e como ele é constituído. 
Um aerogerador, equipamento semelhante a um moinho de vento (turbina 
eólica ou sistema de geração eólica) é um equipamento composto de pás, que se 
movimentam com a velocidade dos ventos, fazendo o rotor girar, ou seja, que utiliza 
a energia cinética do vento, convertendo-a em energia elétrica. Como no processo é 
utilizado uma fonte de energia sem fim denomina-se essa energia resultante de 
energia renovável, e também de energia eólica por ser utilizado o vento nesse 
processo. 
No funcionamento de um aerogerador as pás – que tratam-se de uma espécie 
de lâmina em forma de aerofólio, que proporciona elevação em uma aeronave de asa 
fixa, e aproveitam a energia eólica e acionam o rotor de uma turbina – giram com a 
força do vento, movimentando o rotor que por sua veztransmite a rotação multiplicada 
pela caixa multiplicadora ao gerador, que por sua vez, converte normalmente em 
conjunto com um conversor de potência, a energia mecânica recebida em energia 
elétrica. A energia elétrica produzida pelos aeros é injetada à rede de média tensão 
do parque eólico. E é por essa rede, que a energia chega à uma subestação Coletora. 
Assim, por meio de um transformador de potência, os níveis de tensão são elevados 
à patamares que possibilitam escoar a energia produzida através de extensas linhas 
de transmissão, direcionadas até as cidades. 
8 
 
Importante frisar que o desenho das pás em forma de aerofólio é usado para 
permitir que elas exerçam elevação perpendicular à direção do vento. Este vetor de 
força atua sobre o rotor e é a força motriz da turbina eólica. 
Os aerogeradores são equipados ainda com freio, que permite interromper a 
rotação das pás quando não é necessário gerar energia elétrica, e a unidade de 
controle, para monitorar as características do vento e fazer com que as pás sejam 
posicionadas de uma forma que possam aproveitá-lo com mais eficiência. 
 
 Figura 3: Aerogerador Aspecto Externo 
 Fonte: ResearchGat 
 
No tocante a estrutura de um aerogerador de Eixo Horizontal, que são os mais 
comuns, temos os seguintes componentes: 
 Pás: captam o vento, convertendo sua potência ao centro do rotor. São 
construídas em processos praticamente artesanal a partir de materiais como o 
plástico (poliéster e resina apóxi), fibra de vidro. O desenho das pás emprega 
as mesmas soluções técnicas usadas na Aeronáutica nos cálculos de 
engenharia das asas dos aviões; 
 Rotor: elemento de fixação das pás que transmite o movimento de rotação 
para o eixo de movimento lento. Um de seus principais componentes é o 
sistema hidráulico que permite o movimento das pás em distintas posições para 
otimizar a força do vento ou parar a turbina por completo; 
 Torre: elemento que sustenta o rotor e a nacelle na altura apropriada ao seu 
funcionamento. Embora a maioria das torres sejam de aço, como foram 
9 
 
originalmente construídas, hoje já existem outros modelos com diferentes tipos 
de material como o concreto; 
 Nacelle: compartimento instalado no alto da torre composto por caixa 
multiplicadora, gerador, chassis, sistema de yaw, sistema de controle eletrônico 
e sistema hidráulico. É o componente com maior peso do sistema. Dependendo 
do fabricante do aerogerador, pode ultrapassar as 72 toneladas de peso; 
 Gearbox (caixa multiplicadora): tem função de transformar as rotações que 
as pás transmitem ao eixo de baixa velocidade (19 a 30 rpm), de modo que 
entregue ao eixo de alta velocidade aa rotações que o gerador precisa para 
funcionar (~1.500 rpm); 
 Gerador: converte a energia mecânica do eixo em energia elétrica; 
 Anemómetro: mede e intensidade, velocidade e a direção do vento. Esses 
dados são lidos pelo sistema de controle, que garante o posicionamento mais 
adequado para a turbina; 
 Figura 4: Funcionamento de um Aerogerador 
 Fonte: Neoenergia 
10 
 
4.2. Transporte 
A produção de pás eólicas tem aumentado significativamente desde os anos 
80 até os dias de hoje, levando as transportadoras especializadas e se adaptarem 
constantemente, para oferecer uma logística segura, eficaz e com o menor custo 
possível. Uma dessas adaptações é com relação aos modais que devem ser 
escolhidos para o transporte, que podem incluir além do tradicional rodoviário, o fluvial 
e o ferroviário. 
As pás eólicas são grandes, pesadas e extremamente difíceis de transportar. 
Para se ter uma ideia, um parque eólico de 150 megawatts pode exigir até 650 cargas 
de caminhão, 140 vagões e oito navios para completar o processo de transporte. Por 
isso, no planejamento tradicional de rotas, é escolhida aquela mais rápida e mais 
econômica. Entretanto, a logística deve ser ajustada para lidar com limitações e 
barreiras, sejam elas físicas ou até mesmo legais. 
Dessa maneira, é bastante compreensivo o esforço logístico envolvido no 
transporte de itens com o tamanho e complexidade das pás eólicas, que envolve 
veículos, equipamentos e profissionais especializados. Isso sem contar as grandes 
distâncias a serem percorridas dentro de um país continental, como o Brasil, com seus 
vários tipos de estradas, nem sempre em condições favoráveis. 
Além disso, os parques eólicos costumam ser instalados em áreas rurais e 
remotas, enquanto as capacidades de fabricação são estabelecidas em cidades 
maiores e centrais. Por isso, muitas vezes a logística por trás do transporte de pás 
eólicas leva meses para ser planejada, em virtude da complexidade que o serviço 
exige. Para peças transportadas por estrada, o grande tamanho das pás eólicas exige 
um estudo de viabilidade abrangente em relação às rotas, remoção de obstáculos, 
obtenção de licenças, entre outras providências. 
Importante salientar ainda que, na maioria das vezes, não há muitas opções 
além do transporte terrestre, além de pouca oferta de empresas de logística 
gabaritadas para fazerem o transporte eficaz e seguro. Tão logo, claro fica que 
conduzir caminhões suficientemente grandes para transportar peças de turbinas 
eólicas é um trabalho incrivelmente qualificado. 
 
https://www.enelgreenpower.com/pt/learning-hub/energias-renoveveis/energia-eolica/parque-eolico
https://arizonagrupo.com.br/
11 
 
 Figura 5: Transporte de Pás – Via Rodovia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Tecmundo 
 
 Figura 6: Transporte de Pás – Via Aquaviária 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: DocPlayer 
 
 
Por fim, se tratando sobre transportes de cargas, temos de levantar o disposto na NR 
17, que aborda sobre o tema, o qual informa que todo trabalhador designado para o 
transporte manual e regular de cargas, que não as leves, deve receber treinamento 
para isso. E, também, instruções sobre aos métodos de trabalho que deverá utilizar, 
para salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes. Visando estabelecer diretrizes e 
requisitos que permitam a adaptação das condições de trabalho às características 
12 
 
psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar conforto, segurança, 
saúde e desempenho eficiente no trabalho. 
 
4.3. Manutenção 
Ligando áreas como elétrica, mecânica, aerodinâmica e controle de sistemas, 
os aerogeradores possuem um sistema complexo e altamente tecnológico, onde 
diversos especialistas são necessários para incorporá-los nos complexos eólicos 
espalhados pelo Brasil, pois cada equipamento necessita de pessoal treinado e 
capacitado para realizar sua manutenção. 
Como o ciclo de vida dos aerogeradores é de aproximadamente 20 anos, a 
troca de todo o equipamento é substituída pelas manutenções preventivas e 
renovações de peças individuais, porém, alguns itens são trocados de 2 em 2 anos 
como travões, amortecedores, óleos das caixas de velocidade, entre outros. Já 
algumas partes dos sistemas de orientações das pás devem ser substituídas em torno 
de 5 anos. 
Claro que rotinas preventivas, reparações e inspeções são realizadas 
anualmente em todos os equipamentos principalmente em aerogeradores, mas 
a manutenção desses sistemas ocorre através de um conjunto de ações que 
determinam a possibilidade do custo mínimo em todas as etapas dos processos, 
assegurando o bom funcionamento do serviço determinado. 
A manutenção de aerogeradores é feita através de 4 etapas importantes: 
 Manutenção Preventiva (Procedimentos Diários); 
 Manutenção Curativa (Procedimento Moderador); 
 Manutenção Sistemática (Verificações Periódicas); 
 Manutenção Condicionada (Manutenção seguindo um acontecimento 
predeterminado). 
Todas estão interligadas e apresentam um conjunto de técnicas e informações 
que servirão como princípio para descobrir os principais danos elétricos e mecânicos 
em aerogeradores. Manutenções preventivas, curativas, sistemáticas e condicionadashttps://www.portal-energia.com/principais-avarias-electricas-mecanicas-aerogeradores/
https://www.portal-energia.com/principais-avarias-electricas-mecanicas-aerogeradores/
13 
 
são executadas seguindo um planejamento eficiente atribuído em todos os controles 
dos sistemas eólicos. 
 Figura 7: Manutenção na Nacelle 
 Fonte: Portal Energia 
 
5 - NORMAS REGULAMENTADORAS 
5.1. Conceito 
As Normas Regulamentadoras (NR) são disposições complementares ao 
Capítulo V (Da Segurança e da Medicina do Trabalho) do Título II da Consolidação 
das Leis do Trabalho (CLT), com redação dada pela Lei nº 6.514, de 22 de dezembro 
de 1977. 
Consistem em obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por 
empregadores e trabalhadores com o objetivo de garantir trabalho seguro e sadio, 
prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho. 
As primeiras normas regulamentadoras foram publicadas pela Portaria MTb nº 
3.214, de 8 de junho de 1978. As demais normas foram criadas ao longo do tempo, 
visando assegurar a prevenção da segurança e saúde de trabalhadores em serviços 
laborais e segmentos econômicos específicos. 
A elaboração e a revisão das normas regulamentadoras são realizadas 
adotando o sistema tripartite paritário, preconizado pela Organização Internacional do 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6514.htm
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-portarias/1978/portaria_3-214_aprova_as_nrs.pdf
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-portarias/1978/portaria_3-214_aprova_as_nrs.pdf
14 
 
Trabalho (OIT), por meio de grupos e comissões compostas por representantes do 
governo, de empregadores e de trabalhadores. 
Nesse contexto, a Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP) é a 
instância de discussão para construção e atualização das normas regulamentadoras, 
com vistas a melhorar as condições e o meio ambiente do trabalho. 
 
5.2. NR’s Aplicáveis ao Trabalho em Parques Eólicos e Aerogeradores 
Dentro da nossa área de atuação, poderíamos apontar as seguintes NR’s de 
forma prioritária: 
NR 01 - Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais; 
NR 03 - Embargo e Interdição; 
NR 04 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho; 
NR 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes; 
NR 06 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI; 
NR 07 - Programa de Controle Médico e de Saúde Ocupacional; 
NR 09 - Avaliação e Controle das Exposições a Agentes Físicos, Químicos e 
Biológicos; 
NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade; 
NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais; 
NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos; 
NR 15 - Atividades e Operações Insalubres; 
 Anexo 1 - Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente; 
 Anexo 2 – Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto; 
NR 17 - Ergonomia; 
NR 21 - Trabalhos a Céu Aberto; 
https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/ctpp-nrs/ctpp-normas-regulamentadoras
15 
 
NR 23 - Proteção Contra Incêndios; 
NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho; 
NR 26 - Sinalização de Segurança; 
NR 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados; 
NR 35 - Trabalho em Altura. 
OBS.: Entre estas, destacamos em negrito, as que seriam mais importantes, 
haja vista todo o apresentado até o momento. 
 
6 - ACIDENTES DE TRABALHO 
6.1. Conceito 
Nos termos da Lei nº 6.367, de 19 de outubro de 1976: 
Art. 2º Acidente do trabalho é aquele que ocorrer pelo exercício 
do trabalho a serviço da empresa, provocando lesão corporal 
ou perturbação funcional que cause a morte, ou perda, ou 
redução, permanente ou temporária, da capacidade para o 
trabalho. 
Assim, a indústria de energia eólica, sendo um setor relativamente novo, ainda 
tem muito a discutir sobre os riscos específicos a que estão sujeitos os trabalhadores 
envolvidos. Os inerentes aos trabalhos em altura, à movimentação de cargas, ao 
espaço confinado, riscos elétricos, lesões, posturas inadequadas, entre outras, são 
intensificadas com situações muito particulares, como zonas isoladas e condições 
meteorológicas adversas. 
A criação de Parques Eólicos envolve diversas situações nas quais o indivíduo 
pode sofrer algum tipo de acidente, por isso é preciso cuidado e atenção às normas 
de segurança em qualquer uma das situações apresentadas anteriormente. 
E embora muitos dos fatores de riscos mais evidentes, sejam minimizados pelo 
fornecimento de tecnologias antiqueda e sistemas de trabalho seguro por exemplo, 
alguns perigos permanecem imperceptíveis, sem a devida fiscalização e plano de 
levantamento, podendo levar à ocorrência de incidentes/acidentes. 
16 
 
Desta forma, temos que a segurança em usinas eólicas é um dos principais 
aspectos para o bom funcionamento deste serviço. Por trazer um método de 
fornecimento de energia, esses locais precisam cumprir com alguns requisitos 
específicos para que alcancem os resultados pretendidos de forma segura. 
Por fim, antes de adentrarmos especificamente no setor eólico, é preciso 
lembrar que o Brasil é mundialmente conhecido por seu elevado número de acidentes 
de trabalho, sendo algo que não orgulha em nada nosso país, mas é uma realidade 
que pode ser mudada. 
A título de conhecimento, segue gráfico abaixo, que traz tão somente os dados 
de empregos formais: 
 Figura 08: Comparação entre o saldo de empregos formais e acidentes de trabalho de 2011 a 
2016 - Brasil 
 
6.2. Dados e Estatísticas 
No sentido de ratificar os dados ora coletados expressos no Gráfico CWIF, 
realizou-se uma estimativa. Para isso, foram utilizados os dados divulgados pela 
Previdência Social (Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho) e pelo Ministério de 
Minas e Energia (Relatório Final de Balanço Energético Nacional) também entre os 
anos de 2007 e 2015. 
17 
 
A estimativa baseou-se na quantidade de acidentes registrados segundo a 
Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) que engloba todos os tipos 
de fontes geradoras de energia em uma mesma classe, conforme a categorização 
mostrada na Tabela AEAT e na porcentagem de energia eólica na matriz energética 
nacional no ano específico. Desta forma, haja vista que no ano de 2015 por exemplo, 
foram registrados 699 acidentes, e como neste ano a porcentagem de energia eólica 
na matriz nacional foi de 3,5% estima-se que tenham ocorrido 24 acidentes neste 
segmento. 
 Figura 09: Acidentes em Parques Eólicos Brasileiros 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 10: Relação entre Acidentes 
 
18 
 
 Figura 11: Classificação de Atividades Econômicas 
 
 
 
 
 Assim, a nível de Brasil, temos que apesar de não termos números elevados 
quando comparado a outros setores, como por exemplo a construção civil, precisamos 
levar em consideração que por se tratar de um setor novo, e que não possui legislação 
aplicável, mas apenas análogas, é suficiente para se acender o alerta vermelho no 
sentido de se verificar e elaborar relatórios técnicos que demonstrem o porquê e como 
ocorreram os acidentes, evitando assim perdas futuras. 
 Agora, quando passamos a analisar gráficos que demonstram os acidentes a 
níveis globais, estes alimentam ainda mais a necessidade e observância de critérios 
técnicos de segurança, já apresentados acima. 
 
 Figura 12: Acidentes de Trabalho em Usinas Eólicas entre 1996 e 2017 
 
19 
 
Figura 13: Tipos de Acidentes em Parques Eólicos ocorridos entre janeiro/2008e dezembro/2017 
Escala Global 
 
 
Figura 14: Número de Acidentes e Incêndios em Parques Eólicos por País de janeiro/2008 a 
dezembro/2017 
 
20 
 
7 – NR 10 - RISCOS ELÉTRICOS 
A NR 10, trata da segurança em instalações e serviços em eletricidade, 
estabelecendo os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de 
medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a 
saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações 
elétricas e serviços com eletricidade. 
Desta forma, com base no apresentado em epígrafe, podemos elencar os 
seguintes objetivos da NR 10: 
 Diminuir o risco de morte para quem trabalha com a rede elétrica; 
 Reduzir o número de choques; 
 Melhorar a capacitação dos profissionais que atuam nesse tipo de 
serviço; 
 Melhorar as condições de trabalho e qualidade de vida dos profissionais 
que atuam na rede elétrica. 
Neste sentido, temos que os trabalhadores que executam tarefas em parques 
eólicos estão potencialmente expostos a perigos elétricos, que podem incluir o arco 
elétrico (que têm como consequência as queimaduras por arco e risco de explosão) e 
o choque elétrico (definido como o acidente resultante da passagem da corrente 
elétrica no corpo humano – Manuel, 2014). 
O risco de lesão por faísca ou arco elétrico, o risco de eletrização ou até mesmo 
eletrocussão constitui uma preocupação constante nos trabalhos executados no 
interior do aerogerador e, quando na nacelle, este risco aumenta consideravelmente 
caso a turbina seja acidentalmente ligada durante os trabalhos de manutenção (EU -
OSHA, 2013). Defeitos suscetíveis de provocar aquecimentos anormais e produção 
de faíscas, tais como contatos e ligações em mau estado, canalizações 
sobrecarregadas, defeitos de isolamentos, etc., contribuem também para o aumento 
do risco elétrico nas instalações do Parque. 
Neste sentido, temos que a eletrização é o termo que designa o conjunto de 
manifestações fisiológicas devidas à passagem da corrente elétrica através do corpo 
humano. E a eletrocussão é o termo que designa a morte produzida pela passagem 
de uma corrente elétrica no corpo humano. Como mecanismos da eletrização têm-se 
21 
 
o contato direto – contato com uma peça que se encontra normalmente em tensão – 
e o contato indireto – contato de uma pessoa com massas que se encontram 
acidentalmente em tensão devido a defeito de isolamento, troca dos condutores de 
fase e de proteção, ou condutor em tensão exterior ao aparelho que entra em contato 
com aquele (Manuel, 2014). 
Nos trabalhos fora de tensão, os acidentes podem acontecer devido à presença 
acidental de tensão, seja porque a instalação é suposta fora de tensão (sem o 
comprovar), seja pela ação intempestiva de terceiros (que colocam tensão na 
instalação) (Manuel, 2014). Para impedir estas situações os trabalhos fora de tensão 
só podem ter lugar depois de cumpridas as regras básicas de segurança (consignação 
elétrica). Para efetuar a consignação e garantir a segurança no local de trabalho 
enquanto este decorre é preciso respeitar as regras que se seguem: 
 Desligar (isolar a instalação de todas as possíveis fontes de tensão); 
 Proteger contra religação (bloquear/etiquetar - lockout/tagout); 
 Verificar a ausência de tensão (potencial zero), ligar à terra e em curto-
circuito; 
 Cobrir e isolar as peças em tensão adjacentes. 
O respeito destas 4 regras, asseguram ao trabalhador uma proteção quase total 
contra o risco elétrico e as suas consequências. 
Portanto, apesar de existirem normas de segurança bem estabelecidas para os 
trabalhadores que executam trabalhos em instalações elétricas, as condições 
desfavoráveis já enunciadas, que caracterizam o trabalho nas turbinas eólicas, 
representam um desafio adicional para qualquer trabalhador. E uma das grandes 
preocupações presentes nos trabalhos em instalações elétricas continua a ser a 
proteção contra religações, nos bloqueios incorretos ou desconexão dos 
equipamentos (EU-OSHA, 2013). 
Conhecer os riscos que envolvem os trabalhos com eletricidade e como se 
proteger de modo a evitar acidentes é de fundamental importância para os 
trabalhadores que atuam na área elétrica e também para que se utiliza da eletricidade 
no seu trabalho do dia-a-dia. 
22 
 
Estatísticas não oficiais mostram que em média morrem em torno de 600 
pessoas por ano em consequência de choque elétrico no Brasil. Entre as vítimas 
temos trabalhadores que atuam na área elétrica, mas a grande maioria são 
trabalhadores de outras áreas e também pessoas que sofrem choque elétrico em suas 
próprias casas. 
É fato que o profissional da área elétrica, está constantemente exposto aos 
riscos inerentes de serviços e instalações que envolvam a eletricidade, tais como o 
choque elétrico e o arco elétrico, assim como riscos adicionais relacionados a 
atividade dos eletricistas, que envolve o trabalho em altura, trabalho em espaços 
confinados, em ambientes úmidos, radiação solar, entre outros. 
A não observância dos riscos envolvidos no trabalho com eletricidade faz com 
que o trabalhador fique exposto, possibilitando a ocorrência de choque elétrico que 
pode apresentar consequências diretas e indiretas como queimaduras, batidas, 
quedas e até óbito. 
Assim, para evitar acidentes envolvendo eletricidade, medidas de controle 
devem ser adotadas. Estas medidas de controle são tomadas após ser realizado 
uma análise de risco do ambiente de trabalho. 
Vale salientar que estas medidas não se limitam a utilização de equipamentos 
de proteção individual (EPI), pois se deve levar em consideração também a 
identificação de riscos adicionais, a criação do mapa de risco e a formação 
e treinamento do profissional eletricista. 
Assim sendo, o profissional ou trabalhador da área elétrica que atua 
diretamente com instalações energizadas ou em suas proximidades, também tem o 
dever de avaliar os riscos no ambiente de trabalho e o grau de exposição de outras 
pessoas a estes riscos. Cabendo também indicar meios para redução e controle de 
riscos elétricos. 
23 
 
 Figura 15: Manutenção Elétrica no Rotor 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: ISC Treinamentos 
 
8 – NR 15 - RUÍDOS ACÚSTICOS 
No senso comum, a palavra ruído significa barulho, som ou poluição sonora 
não desejada. Na eletrônica o ruído pode ser associado à percepção acústica, por 
exemplo, de um “chiado” característico (ruído branco), ou aos “chuviscos” na recepção 
fraca de um sinal de televisão. De forma parecida a granulação de uma foto, quando 
evidente, também tem o sentido de ruído. No processamento de sinais o ruído pode 
ser entendido como um sinal sem sentido (aleatório), sendo importante a relação 
Sinal/ Ruído na comunicação. 
De acordo com Saliba (2004), o som é qualquer vibração ou um conjunto de 
vibrações ou ondas mecânicas que podem ser ouvidas. Costuma-se também dizer 
que o barulho é todo aquele som indesejável; o barulho e o ruído são interpretações 
subjetivas e desagradáveis de um som. 
Fisicamente, o ruído é uma mistura complexa de diversas vibrações, medido 
em uma escala logarítmica, cuja unidade é o dB (decibel). O ouvido humano é capaz 
de perceber uma gama grande de intensidades sonoras, desde aquelas próximas de 
zero, até potências de 1013 superiores equivalentes a 130 dB. Esse ruído 
corresponde ao de um avião a jato, e praticamente o máximo que o ouvido humano 
24 
 
pode suportar. Acima disso, situa-se o limiar da percepção dolorosa, que pode causar 
danos ao aparelho auditivo (GERGES, 2003; IIDA, 2005). 
Neste sentido, o ruído ocupacional, é todo aquele barulho, som ou poluição 
sonora que não é desejada e acaba interferindo na produtividade do trabalhador. 
Podendo este, ter basicamente três fontes: o ruído aerodinâmico gerado pela rotação 
das pás no fluido, o ruído estrutural devido a vibração da estrutura e o ruído mecânico 
devido aoatrito de rolamentos e engrenagens confinados no suporte do motor. 
Importante frisar, que a problemática deste agente, não é somente a incomodação, já 
que ele pode sim, levar a problemas de saúde e doenças ocupacionais de longo prazo. 
Por este motivo que existe o Limite de Tolerância, determinado pela NR 15, em seus 
anexos 1 e 2, que visam evitar esse tipo de situação. 
O ruído contínuo ou intermitente tem uma duração prolongada. Ele é o que 
apresenta maior risco, pois causa danos progressivos à audição e à saúde dos 
colaboradores. Pensando nisso, há limites de decibéis (dB), em relação ao tempo de 
exposição, tais como: 
 85 dB: 8 horas; 
 86 dB: 7 horas; 
 87 dB: 6 horas; 
 88 dB: 5 horas; 
 90 dB: 4 horas; 
 92 dB: 3 horas; 
 95 dB: 2 horas; 
 100 dB: 1 hora; 
 105 dB: 30 minutos; 
 110 dB: 15 minutos; 
 112 dB: 10 minutos; 
 114 dB: 8 minutos; 
 115 dB: 7 minutos. 
Não é permitida a exposição acima de 115 dB, por nenhum período, se o 
trabalhador não estiver protegido. Outro ponto importante envolve fornecer EPIs para 
os colaboradores — especialmente, para aqueles que atuam em um ambiente com 
25 
 
um volume maior de decibéis. Além de medidas paliativas, é interessante pensar em 
alternativas definitivas. Nesse caso, vale a pena recorrer ao isolamento acústico. 
O ruído ocupacional afeta a saúde dos trabalhadores e deve ser reduzido por meio 
das medidas certas. Com os cuidados recomendados, é possível melhorar a 
segurança do trabalho, além de atender a exigências legais e aliviar os custos em 
médio e longo prazo. 
Ainda neste sentido, segundo Thomas (2011), os estudos já efetuados a 
respeito, foram abrangentes por médicos, patologistas e engenheiros, dos quais 
resultaram publicações que alertam para as graves consequências fisiológicas de 
residir junto a parques eólicos. As consequências identificadas nos referidos estudos 
foram classificadas em duas categorias, tendo em conta os fenômenos associados ao 
ruído das turbinas. A primeira categoria, relacionada com a Doença Vibroacústica 
(DVA), é caracterizada pela existência de danos causados diretamente nos tecidos ou 
órgãos ao passo que, para a segunda categoria, relacionada com o Síndrome da 
Turbina Eólica (STE), se caracteriza pelos diversos sintomas relacionados com os 
órgãos do sistema vestibular (integrante do ouvido interno, ligado à cóclea, sendo o 
responsável pela manutenção do equilíbrio), que se manifestam sob a forma de 
perturbação do sono, dores de cabeça, zumbido no/s ouvido/s, e sensação de tremor 
ou vibração, nervosismo, arritmia cardíaca, náuseas, dificuldade de concentração e 
de memória e irritabilidade. 
Tanto a DVA como o STE podem ser muito prejudiciais e debilitantes, podendo 
levar mesmo até mesmo a morte. E levando-se em consideração que o ruído emitido 
pelas turbinas eólicas é composto por dois conjuntos de frequência diferentes. O ruído 
de baixa frequência (audível) entre o 20 Hz e 500 Hz e o inaudível (infrassons), que 
ocorre entre os 0 Hz e os 20 Hz. O STE é provocado pelos dois conjuntos, ao passo 
que a DVA é causada pelo último. 
Por este motivo, temos que na maioria dos casos, os parques eólicos são 
implantados em áreas rurais, nas quais o ruído ambiente é significativamente baixo. 
De acordo com a NBR 10.151 – norma utilizada para avaliação da paisagem sonora 
de acordo com o zoneamento – estas áreas podem ser enquadradas como áreas de 
sítios e fazendas, nas quais o nível de pressão sonora ponderado não deve 
ultrapassar 40dB durante o dia e 35dB durante a noite. 
https://www.3tc.com.br/blog/isolamento-acustico/
26 
 
Assim, para evitar o impacto sonoro na vizinhança e conflitos sociais, 
previamente à instalação do parque, ou fazenda, eólica; medidas preventivas ao ruído 
devem ser consideradas. No Brasil, os instrumentos de licenciamento ambiental 
exigidos pelos órgãos ambientais brasileiros são importantes para isentar os parques 
eólicos e resguardar as comunidades vizinhas dos impactos ambientais negativos 
associados às atividades eólicas. Os processos de licenciamento ambiental devem 
ser acompanhados de estudos de predição do ruído, realizados a partir de 
medições inloco e através de modelagens computacionais capazes de simular a 
propagação do ruído e a sua influência nas comunidades vizinhas ao parque. Os 
resultados são expressos em formas tabeladas ou gráficas em mapas de ruído, 
possibilitando estudar estratégias para adequação da operação dos parques aos 
critérios regulamentares. 
 É possível ainda, controlar o ruído gerado pelos aerogeradores a partir de 
medidas de prevenção relacionadas à fonte sonora, ao caminho de transmissão e, em 
última instância, nos receptores (ouvintes próximos às fazendas eólicas). A redução 
do ruído na fonte está relacionada com as propriedades das máquinas, como a 
potência sonora e aspectos específicos da geometria e funcionamento dos elementos 
que constituem os aerogeradores, como as pás e os perfis das lâminas. 
 Com relação ao caminho de propagação sonora, sabendo-se que os 
aerogeradores são considerados fontes pontuais de ruído, pode-se considerar o 
decréscimo de 6 dB para cada duplicação de distância entre a fonte e o receptor. Isto 
significa que, se encontrarmos o valor para o nível de pressão sonora de 45 dB em 
um determinado receptor distante 300 metros do aerogerador, a 600 metros o valor 
salta para 39 dB nesta nova posição de audição. 
 O conhecimento do regime de ventos do local é igualmente capaz de trazer 
vantagens para a atenuação sonora até o receptor. Quando a direção predominante 
de vento se dirige do receptor ao aerogerador, ocorre acréscimo na atenuação em 
relação à situação sem ventos. Agora se o vento se dá na direção do aerogerador até 
o receptor, o incômodo do ruído no receptor é maior, visto que não são formadas as 
zonas de sombra acústica. 
 Em última instância, quando não é mais possível controlar o posicionamento 
dos geradores e nem se valer de barreiras ou outras medidas mitigatórias, recorre-se 
27 
 
a medidas de prevenção nos receptores. Essa alternativa ocorre a partir de soluções 
que garantam o isolamento acústico dos sistemas construtivos das edificações 
residenciais, sobretudo nas baixas frequências. Esta opção torna-se viável para os 
casos de loteamentos urbanos vizinhos aos parques eólicos cuja construção seja 
posterior à implantação dos parques e não seja possível distanciar ainda mais as 
edificações dos aerogeradores. 
 Figura 16: Exemplo de Mapeamento de Ruídos Gerados em Aerogeradores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: http://ontario-wind-resistance.org/category/noise/ 
 
9 – NR 23 - PREVENÇÃO CONTRA INCÊNDIOS 
O mecanismo de atuação de um incêndio em um parque eólico pode ser 
considerado imprevisível, tendo em vista as peculiaridades que caracterizam este 
ambiente: diferentes topologias, configurações estruturais, materiais de constituição, 
localização do foco de incêndio e a quantidade de material combustível que pode 
existir no interior do equipamento. 
Sem dúvida, a proteção dos aerogeradores contra incêndios deve ser 
projetada, caso a caso, tendo em vista todas as especificidades de cada modelo. 
Devem ser levantados alguns detalhes de projeto, como: pontos críticos com relação 
aos riscos de facilitar os focos de incêndio, bem como os fatores inerentes a sua 
construção, funcionamento e condições regionais de localização. Independente das 
dificuldades mapeadas, um conjunto de medidas destinadas a eliminar ou minimizar 
os efeitos pelas condicionantes de risco deve ser elaborado. 
http://ontario-wind-resistance.org/category/noise/
28 
 
Para a redução dos riscos, estes devem ser identificados e os aspectos de 
proteção levados em conta durante o planejamento e a construção do parque. Mais 
especificamente sobre a proteção contra raios e sobretensões, deve-se equipar a 
turbinaeólica com proteções que devem cobrir as pás, a nacelle e o rotor, bem como 
qualquer instalação ou equipamentos elétricos, incluindo cabos, que sejam relevantes 
para a operação e segurança do sistema. Haja vista que devido à existência de vazios 
nas pás, os danos podem ser destrutivos e irreversíveis. Se o raio adentra a estes 
vazios, a tendência é a destruição total das pás, em decorrência de uma expansão 
explosiva do ar contida na estrutura das hélices que inicia a formação de fissuras e 
rachaduras no seu revestimento. Em outras palavras, a onda de pressão do choque 
térmico é capaz de explodir as pás ou romper a sua estrutura construtiva (COLUNA, 
2015). 
Caso os componentes mecânicos ou elétricos aqueçam ou desenvolvam 
alguma falha pode-se iniciar um incêndio, e este pode por sua vez ser de alguma 
forma atiçado pelos ventos. Uma vez deflagrado um incêndio numa turbina este é 
extremamente difícil de ser apagado devido à localização em altura da turbina. 
No caso do Brasil, deve-se observar ainda, que somos um dos países que 
possuem um dos mais altos índices de incidência de raios no mundo, e por este 
motivo, torna-se tão importante e imprescindível a proteção contra descargas 
atmosféricas nas turbinas. Existem alguns parâmetros que servem para avaliar a 
frequência com que os raios ocorrem em determinado ponto: densidade de 64 
descargas à Terra e a superfície de captação da estrutura (BONFIM, YAMANISHI, 
2017). A densidade de descargas é o número de descargas à Terra por quilometro 
quadrado no ano, sendo um parâmetro ceráunico para quantificar os raios em uma 
zona (QENERGIA, 2018). Já a superfície de captação é a área do terreno que possui 
a mesma frequência anual de descargas que as estruturas instaladas. 
Além disso, a proteção dos sistemas elétricos, bem como as medidas para 
identificar falhas no sistema de potência e outras condições operacionais anormais 
em turbinas eólicas e nos sistemas periféricos associados, devem ser de última 
geração e estar em conformidade com os padrões nacionais atuais. Sua principal 
tarefa é identificar as falhas seletivamente e desligar imediatamente partes 
defeituosas do sistema de energia ou equipamentos elétricos individuais. 
29 
 
Como citado anteriormente, existem diversos materiais combustíveis 
espalhados por diferentes pontos da estrutura, para minimizar os riscos estes 
materiais devem ser escolhidos de acordo com as características técnicas exigidas 
além de serem preferencialmente não combustíveis ou terem um ponto de inflamação 
alto que esteja significativamente acima das temperaturas de operação dos sistemas. 
 Serviços de reparos, montagens ou desmontagens de estruturas, que 
envolvem riscos de incêndios, devem ser evitados assim como possíveis fontes de 
ignição, tais como: faíscas voadoras, superfícies quentes, curto-circuito e arcos 
elétricos. 
Toda a área da turbina eólica deve ser declarada área para não fumantes 
(CFPAE, 2012). A fim de garantir o cumprimento desta proibição, os funcionários e 
empresas externas, se for o caso, devem ser instruídos e sanções devem ser impostas 
em caso de violação. Sinalizações de “Não fumar” devem ser colocadas de forma 
clara e permanente nas áreas de entrada da turbina eólica. 
Todos os trabalhadores presentes na planta, sejam equipes de serviço ou 
funcionários de empresas externas autorizadas, devem receber instruções 
regularmente sobre prevenção de riscos de incêndio, funcionalidade dos sistemas e 
instalações de proteção contra incêndios presentes no parque eólico, além de saber 
como lidar com eles, como se comportar corretamente em casos de incêndio e o uso 
correto de extintores. Sugere-se também a realização de testes de alarmes de 
incêndio, ensaios para implementação do plano de emergência e evacuação da 
nacelle e envolver o corpo de bombeiros local nestes treinamentos e simulações. A 
informação e garantia de compreensão dos riscos são imprescindíveis. 
 Figura 17: Classificação dos Incêndios 
 
 
 
 
 
 Fonte: Abeeolica 
30 
 
Figura 18: Aerogerador atingido por raio 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Portal Energia 
 
10 – NR 33 - ESPAÇO CONFINADO 
Espaço Confinado, é qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação 
humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação 
existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a 
deficiência ou enriquecimento de oxigênio. 
Assim, uma turbina por exemplo, conta com diversos espaços considerados 
confinados: a nacelle, as pás, o cubo do rotor, a torre e a base da torre. Estes possuem 
poucos meios de acesso e saída e não estão concebidos para longas permanências. 
Técnicos de manutenção que executem trabalhos dentro destes espaços devem 
carregar consigo monitores de gás e verificar amostras de ar a fim de se prevenir, 
detectando possíveis gases tóxicos e/ou inflamáveis no interior destes 
compartimentos. Há ainda, outras questões como ergonomia e perturbações 
cardiovasculares, devido a temperaturas elevadas durante os meses de verão, por 
exemplo, que devem ser levadas em consideração. É essencial ministrar aos 
trabalhadores da manutenção, uma formação adequada sobre os riscos que irão 
enfrentar e como se portar diante destas situações específicas (EU-OSHA, 2014). 
A orientação, é que a realização do trabalho dentro dos aerogeradores seja 
controlado para que os trabalhadores não ultrapassem o tempo de duas horas 
enclausurados e sempre operado por no mínimo dois operários ao mesmo tempo, pois 
em caso de emergência, há a possibilidade de um pronto atendimento ao operário em 
perigo, tendo com eles rádios transmissores para comunicação com pessoas no solo. 
31 
 
Portanto, tanto quem atua ou gerencia trabalhadores em espaços confinados, 
também estão suscetíveis a graves acidentes, especialmente quando não usam 
equipamentos de segurança adequados e/ou quando não há equipamentos e 
sistemas de exaustão e ventilação instalados naquelas áreas. 
Por tal, para evitar ou mitigar os riscos de acidentes nessas áreas, a NR-
33 recomenda algumas medidas de segurança que incluem: uso de equipamentos de 
proteção, entrada em espaços confinados apenas de pessoas autorizadas e 
treinadas, monitoramento da atmosfera antes e durante os trabalhos, além de 
cadastramento atualizado de todas as áreas confinadas e seus respectivos riscos para 
o trabalhador. A todas essas medidas, soma-se, então, a necessidade da instalação 
de equipamentos e sistemas de ventilação, para exaustão e/ou insuflamento (absorver 
o ar atmosférico por um ventilador, para que ele seja introduzido ao ambiente, por 
meio de dutos, grelhas, grades e fendas) de ar no ambiente confinado. 
Apesar das consequências que a atividade nesse tipo de ambiente pode gerar 
a saúde do homem, algumas organizações precisam desenvolver trabalhos 
específicos nesses locais. Diante de tamanha peculiaridade, cada espaço confinado 
tem um ponto de alto risco que deve ser analisado cuidadosa e criteriosamente. 
Entre os incidentes/acidentes mais comuns, além dos já falados, como a falta 
ou excesso de oxigênio para um bom funcionamento da respiração humana, temos o 
perigo de incêndio ou explosão (em virtude da concentração de gases e vapores que 
podem levar a um incêndio e/ou explosão), intoxicação por substâncias químicas 
(poeiras e gases tóxicos) e infecções por agentes biológicos (derivam da presença de 
vírus, bactérias e protozoários). 
Desta forma, é preciso estar alinhado com o disposto na NR 33, treinando e 
capacitando o responsável técnico, o supervisor de entrada, o vigia, e o operacional, 
para que todos desempenhem com louvor suas competências, bem como 
gerenciando medidas técnicas, administrativas e pessoais de prevenção. 
 
 
 
 
https://www.nederman.com/pt-br/industry-solutions/espacos-confinados-br
32 
 
 Figura 19: Interior de Pá Eólica Figura 20: InteriorBase da Torre 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: VCI do Brasil Fonte: Istock 
 
 
11 – NR 35 - TRABALHO EM ALTURA 
Como já exposto ao longo deste relatório, é nítido que o crescimento do setor 
eólico, acaba potencializando uma série de fatores em detrimento do setor de 
segurança do trabalho, principalmente no trabalho em altura realizado nos parques, 
seja durante a construção de uma torre, durante sua manutenção ou até mesmo no 
eventual resgate de um trabalhador. 
A NR 35, estabelece os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o 
trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma 
a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente 
com esta atividade. Em seu item 1.2., considera-se trabalho em altura toda atividade 
executada acima de 2,00 m (dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda, 
e no item 1.3., esta norma se complementa com as normas técnicas oficiais 
estabelecidas pelos Órgãos competentes e, na ausência ou omissão dessas, com as 
normas internacionais aplicáveis. Assim, a NR 35 é uma norma regulamentadora, que 
versa sobre padrões de segurança para o trabalho em altura, ela garante que nenhum 
trabalho coloque em risco a vida e a integridade dos funcionários. 
No caso do setor eólico, os profissionais são submetidos a alturas de até 130 
metros. O nível de conhecimento do trabalhador em relação à complexidade do 
33 
 
problema está longe de ser o ideal. A não realização das análise de risco ou até uma 
precária análise que não prevê as diversas medidas de segurança coletiva e 
individual, ou, ainda, o uso inadequado de EPC (equipamento de proteção coletiva), 
como sinalização de segurança, proteção de partes móveis de máquinas e 
equipamentos, corrimãos e de EPI (equipamento de proteção individual), como 
capacete, óculos, luvas, cintos de segurança, talabartes, assim como a falta de norma 
e regulamentação específica na área, fazem com que o risco de acidente aumente 
consideravelmente. 
De acordo com o Ministério de Trabalho e Emprego (MTE), de 20% a 40% dos 
acidentes de trabalho no Brasil estão relacionados ao trabalho em altura, sendo a 
principal causa de mortes na indústria no país. Considerando-se que no ano de 2013, 
segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social, o Brasil registrou 2797 óbitos no 
âmbito industrial, e temos que pelo menos 559 destes óbitos, ou seja, o equivalente a 
20% do total, teriam sido ocasionados por quedas em trabalho em altura, podendo 
esse número ser superior, considerando que foram registrados apenas trabalhadores 
de carteira assinada. (FEITEN, 2015). 
Assim, temos que as principais causas de quedas em altura estão ligadas 
diretamente, e principalmente, se não for precedida de uma análise de risco ou se a 
mesma for deficiente ao não prever todas as medidas de proteções coletivas e 
individuais necessárias, ou também, o uso e seleção inadequado de EPC’S e EPI’S 
ao tipo de atividade, treinamento incompleto sobre zona livre de queda e fator de 
queda, noções de primeiros socorros e resgate muito aquém do necessário, síndrome 
de suspensão inerte (ela é produto das situações de queda ou do tempo de suspensão 
necessário à chegada do socorro), e priorização do EPI como solução para redução 
de riscos. (FEITEN, 2015). 
Sabemos que os EPI’s, para operações em grandes altitudes incluem sistemas 
de ancoragem e acessórios. Tal a importância deste, que no item 35.5 da NR 35, 
encontram-se as principais instruções sobre aquisição, uso e manutenção dos 
equipamentos. Enfatizamos que os empregadores devem realizar inspeções de rotina 
para verificar o status dos equipamentos de proteção individual antes de iniciar o 
trabalho. E além dos sistemas de ancoragem, os EPIs mais comumente usados são: 
Cinto de segurança; Cinto de segurança do tipo “cadeirinha”; Conectores; Cordas; 
34 
 
Escadas; Polia; Talabarte de segurança; Trava-quedas; Trava-quedas retrátil. Fora 
estes específicos para o trabalho em altura, os trabalhadores também devem usar 
sapatos de segurança, óculos de proteção, capacetes e luvas. 
No tocante ao uso do cinto de segurança, indispensável às atividades 
em alturas, imperioso frisar que o mesmo, pode comprimir o fluxo de sangue do 
trabalhador e, consequentemente, impedir que o sistema circulatório funcione 
corretamente, quando tratamos da síndrome de suspensão inerte, apresentada 
anteriormente. Em pouco tempo, podem surgir alterações, como o aumento da 
frequência cardíaca e da pressão das vias de condução sanguínea, a fim de 
restabelecer a circulação. O estrangulamento causado pelas fitas do cinto é capaz de 
promover edemas e liberação de toxinas (acidose) por isquemia leve, cujos 
desdobramentos podem gerar trombose venosa, insuficiência renal, embolia 
pulmonar e fabricação de ácidos nos músculos, e por consequência, podendo levar à 
óbito em questão de minutos). Ou seja, é fruto da condição de imobilidade e 
suspensão. 
Qualquer atividade que envolva trabalho em altura (na torre e nacelle do 
aerogerador) deve ser considerada com uma situação potencialmente crítica, sendo 
que as condições climáticas, como a exposição a ventos fortes, a formação de gelo 
nas pás da turbina (para climas mais frios) ou a ocorrência de descargas elétricas 
atmosféricas, a que os aerogeradores estão muitas vezes expostos podem tornar o 
trabalho em altura ainda mais perigoso. Por exemplo, a força do vento pode suscitar 
oscilações estruturais na torre e nacelle, por vezes suficientes para causar a perda de 
equilíbrio do trabalhador que se encontre no seu interior; placas de gelo podem ser 
lançadas quando o rotor está em movimento ou simplesmente soltarem-se atingindo 
os trabalhadores no exterior dos aerogeradores; quando dentro da nacelle, 
relâmpagos e trovoadas podem ser perigosos para os trabalhadores, podendo ser a 
causa de um incêndio, exigindo uma evacuação rápida ou mesmo o resgate destes 
(EU-OSHA, 2013). 
Tão logo, fica claro que os principais riscos envolvidos com o trabalho em altura 
numa turbina eólica vão surgir dos riscos diretos (RenewableUK, 2011), incluindo 
quedas (quedas das escadas fixas no interior da torre, através das aberturas nas 
plataformas, dentro da nacelle em superfícies irregulares, no exterior da nacelle e 
https://conect.online/blog/cintos-e-talabartes-principais-duvidas/
35 
 
rotor, para o interior do cubo do rotor) e queda de objetos (no interior das torres ou no 
exterior da base das torres). Quando ocorre uma queda, as consequências podem ser 
lesões graves ou mesmo a morte do trabalhador; dificuldade em alcançar o 
trabalhador caído; dificuldade para transportar a vítima para uma zona segura; 
escassez de recursos para cuidar da vítima; disponibilidade imediata apenas dos 
colegas de trabalho, a assistência de emergência está normalmente distante (única 
ambulância fazendo ronda pelo complexo eólico); e os médicos de emergência podem 
não estar familiarizados com as técnicas de emergência em alturas. 
Por exemplo, a manutenção das turbinas eólicas envolve a utilização constante 
de um sistema de escadas, instalado a 90° em cada uma das seções da torre, estando 
os trabalhadores sujeitos a usar equipamento antiqueda, tais como: arnês (cinto de 
segurança) completo para o corpo e o sistema de segurança para escadas 
(paraquedas deslizante com suporte de ancoragem – cabo/corda linha de vida). 
Na nacelle devem também usar o amortecedor de quedas, fixado a um ponto 
acima do plano de trabalho. A manutenção e reparo dos mecanismos de controlo e 
medição ou os trabalhos de limpeza envolvem o acesso aos equipamentos pelo 
exterior da nacelle, havendo vários pontos de ancoragem para fixação do dispositivo 
de ligação e do dispositivo de preensão do corpo do trabalhador – arnês antiqueda 
com cinto incorporado. 
Embora muitos dos fatores de risco maisevidentes sejam minimizados pelo 
fornecimento de tecnologias antiqueda e sistemas de trabalho seguro, alguns perigos 
permanecem podendo levar à ocorrência de incidentes/acidentes. Estes incluem o 
risco de escorregamento, devido à perda de atrito ou falha de um degrau; o risco de 
choques durante a subida/descida, quando existem obstáculos ou saliências; ou o 
risco de queda na transição das escadas para uma plataforma e vice-versa (Cooper 
et al., 2014). 
 
 
 
 
 
36 
 
 Figura 21: Base da Nacelle Figura 22: Lateral da Nacelle 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Compositores VCI Fonte: InoVarum 
 
 
 Figura 23: Suspensão Inerte Figura 24: Pontos de Ancoragem 
 Fonte: ZR/Fire Engineering Fonte: Motorpasión 
 
 
 
37 
 
CONCLUSÃO 
A sustentabilidade é um dos temas mais importantes no cenário atual, tanto 
para os setores públicos quantos para os privados. Existe uma tendência de mudança 
nas rotinas de trabalho e na vida pessoal, para melhorarmos o ambiente onde 
vivemos. E uma forma de geração de energia elétrica que está de acordo com esta 
política de sustentabilidade é a geração eólica, que utiliza a força dos ventos e que 
gera poucos danos ao meio ambiente. 
Assim, a geração eólica vem tendo um grande destaque no cenário nacional, 
sendo uma energia limpa e que está atraindo investidores de todo o mundo na busca 
de lugares para implantar seus parques. 
Aliado a esta visão de sustentabilidade, e com a crescente expansão do setor 
eólico no Brasil, devemos estar preocupados, e levando em consideração 
prioritariamente, a saúde e segurança dos trabalhadores envolvidos, além do próprio 
empreendimento, garantindo assim, o atendimento as Normas de Segurança 
estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 
Já que se tratam de aspectos, que devem estar em constante evolução para 
acompanhar as novas tendências. Novas tecnologias são empregadas a cada dia, 
porém a falta de normatização e normalização dos padrões de segurança para os 
trabalhadores e para o setor de modo geral tornam-se pontos de melhorias 
importantes para o crescimento desse segmento, com o adicional de o Brasil ser 
conhecido mundialmente por seus altos índices de acidentes de trabalho. 
É importante que o setor como um todo entenda a importância e as vantagens 
da partilha de informações entre contratados e contratantes. Melhorias de instalação 
e manutenção poderão ser implementadas, treinamentos mais extensivos e 
direcionados aos funcionários poderão ser elaborados e a perpetuação de boas 
práticas serão mais conhecidas e disseminadas, tudo isso visando cada vez mais a 
melhoria das condições de trabalho, saúde e segurança dos profissionais. 
 
 
 
38 
 
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