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1 Química Prof. Arilson Aluno(a):______________________________________________________ Reações de substituição eletrofílica em aromáticos Os compostos aromáticos são muito estáveis devido à ressonância do benzeno, por isso as reações de substituição dos hidrogênios são mais prováveis que reações de adição. Existem cinco principais casos de substituição eletrofílica em aromáticos importantes para o vestibular. O importante em cada caso é aprender qual é o eletrófilo de cada reação. Halogenação: um halogênio (-Br, -Cl ) substitui um hidrogênio; Nitração: um grupo nitro (-NO2) substitui um hidrogênio; Sulfonação: um grupo de ácido sulfônico (-SO3H) substitui um hidrogênio; Acilação de Friedel-Crafts: um grupo acil (RC=O) substitui um hidrogênio; Alquilação de Friedel-Crafts: um grupo alquil (-R) substitui um hidrogênio. Esquema geral E ou E+=eletrófilo Mecanismo geral Mesmo sem olhar o diagrama de energia desse mecanismo, podemos prever que a primeira etapa é a lenta, determinante da velocidade da reação. Na primeira etapa ocorre a perda da aromaticidade do anel,portanto, essa etapa possui uma alta energia de ativação ,sendo necessário a utilização de catalisadores para viabilizar o processo.O segundo passo deve ser rápido, pois devolve a estabilidade ao composto(aromaticidade). Nós iremos ver como este mecanismo genérico de dois passos se aplica a todas as cinco substituições eletrofílicas. Nitração A reação do benzeno com ácido nítrico (HNO3) concentrado a quente é muito lenta, no entanto, a reação é rápida na presença de ácido sulfúrico concentrado (H2SO4), que atua como catalisador. Sulfonação O benzeno pode ser sulfonado utilizando-se ácido sulfúrico concentrado, porém, a reação é lenta e reversível. A reação se torna bem mais rápida quando se usa o ácido sulfúrico fumegante como reagente, que é uma mistura de ácido sulfúrico e trióxido de enxofre (SO3). Halogenação As halogenações importantes são cloração (Cl2) e bromação (Br2), no entanto, o benzeno não reage com esses halogênios sem a ajuda de um catalisador. Os catalisadores mais utilizados são ácidos de Lewis, os principais são: AlCl3 , FeCl3 e FeBr3. Alquilação de Friedel-Crafts A alquilação é utilizada para introduzir um grupo alquila no anel obtendo-se como produto um alquilbenzeno. O reagente utilizado é um haleto de alquila, sendo necessário a presença de um ácido de Lewis, que atua como catalisador. Acilação de Friedel-Crafts A acilação é utilizada para introduzir um grupo acila (RCO─) no anel obtendo-se como produto uma cetona aromática. O reagente utilizado é um haleto de acila, sendo necessário a presença de um ácido de Lewis, que atua como catalisador. Mecanismos geral das substituições eletrofílicas Etapa 1= O eletrófilo(E+) formado no meio reacional ataca o anel formando um carbocátion não aromático denominado íon arênio. Como essa etapa envolve a quebra da aromaticidade ela possui uma alta energia de ativação sendo, portanto, a etapa que determina a velocidade da reação. E A EA+ + EA HA+ Reação de substituição Reação de adição H E Perda da aromaticidade H + E +E A H A E + H + H + + E ou + E A E + + A - + E H A - + E + H A Íon arênio lenta rápida H HO NO2 H2O+ + NO2 H2SO4 H HO SO3H H2O+ + SO3H SO3H + H SO3 H + + Cl Cl Cl Br Br HBr HCl Br ++ H AlCl3 FeBr3 Cl AlCl3 HCl++ H HX C O R ++ H FeX3C R O X O Cl AlCl3 HCl O + + H James Mason Crafts e Charles Friedel, ambos químicos orgânicos, descobriram a acilação e a alquilação em 1877. arilsonmartino@hotmail.com 2 Etapa 2= Um próton (H+) é removido do carbono ao qual o eletrófilo se ligou, e os elétrons que ligavam o próton ao carbono são utilizados para restaurar a aromaticidade do anel. Como essa etapa devolve a aromaticidade do anel ela possui uma baixa energia de ativação e, consequentemente, não tem efeito sobre a velocidade da reação. Exemplo – Mecanismo da halogenação Orientação da segunda substituição no benzeno O benzeno pode sofrer mais de uma substituição. A primeira substituição ocorre normalmente, com a entrada do eletrófilo no lugar de qualquer um dos hidrogênios do anel, já que são equivalentes. No entanto, uma segunda substituição dependerá do grupo substituinte já existente no anel, que então irá orientar a entrada do próximo grupo no anel. Reatividade Além da orientação nas substituições eletrofílicas, os grupos dirigentes também afetam a reatividade do anel aromático. Os grupos orto-para dirigentes tornam o anel mais reativo do que o benzeno e são denominados ativantes(aumentam a densidade eletrônica do anel).Já os grupos meta dirigentes, tornam o anel menos reativo do que o benzeno e são denominados desativantes(diminuem a densidade eletrônica do anel). Observação: Os halogênios são uma exceção, pois são desativantes fracos, mas orientam para orto/para. A explicação para isso é devido ao fato dos halogênios promoverem efeito indutivo negativo, que justifica o caráter desativante e também promoverem efeito mesomérico Substituição da cadeia lateral Os compostos aromáticos que possuem cadeia lateral podem sofrer reações de substituição no anel ou na cadeia lateral, dependendo das condições reacionais. Se a reação for efetuada com aquecimento na presença de luz, a substituição ocorrerá na cadeia lateral.Nessas condições o mecanismo da reação é radicalar e não eletrofílico.Observe o exemplo a seguir: A reação se inicia com a ruptura homolítica da ligação sigma dos halogênios, dando origem a radicais. Logo, é uma substituição radicalar, semelhante as que ocorrem com os alcanos, por isso, a preferência pela cadeia lateral (grupo alquila). No entanto, na presença de ácido de Lewis, que quebram heteroliticamente a ligação sigma dos halogênios formando íons, a reação é iônica e o ataque do reagente e no anel aromático, sendo que, a orientação da entrada do eletrófilo será dada pelo grupo que estiver presente no anel. E + E + + Lenta Íon arênio F Efeito indutivo negativo Efeito mesomérico positivo
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