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UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO PARTES DO SISTEMA DIGESTÓRIO • Cavidade oral • Faringe • Esôfago • Estomago • Intestino delgado e grosso • Reto • Anus • Glândulas anexas CAVIDADE ORAL • Os lábios são a porta de entrada para a cavidade oral. • Os lábios são toda a região do sulco nasolabial compreendida entre a asa do nariz e a comissura do lábio. • Na região mais próxima a entrada da cavidade oral (lábio inferior e superior) a cor mais avermelhada se dá pelo aumento da presença de vasos sanguíneos. • A rima é a fenda entre um lábio e outro. DELIMITAÇÕES DA CAVIDADE ORAL • Localiza-se inferiormente a cavidade nasal. • Sua abertura anterior é a rima enquanto abertura posterior se comunica se comunica com a parte oral da faringe. • Se conecta também com o palato mole (uma válvula estrutura aponeurotica com músculos que se move para baixo e para cima). Durante a deglutição o palato se curva para traz fechando a cavidade oral, assim ele impede que nesse momento haja entrada de ar para a laringe. FUNÇÃO DA CAVIDADE ORAL • Sua função é a trituração do alimento já por meio das enzimas digestivas. DIVISÃO DA CAVIDADE ORAL • Dividida em 3 partes: • Vestíbulo da boca: parte em verde. É a região entre dentes e paredes cutâneas da face. • Cavidade própria da boca: região roxa. É a parte lingual dos dentes. A língua ocupa quase toda a região. • Rima da boca. • No meio do vestíbulo há uma prega. • Na lateral há 2 pegas menos aparentes chamadas de frênulos. Anatomia do Sistema Digestório UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO ARCABOUÇO ÓSSEO • Contém os processos que servirão de inserção para músculos. • A parte anterior da base do crânio possui 2 ossos maxilares e ossos palatino. Eles compõem quase toda a base do crânio. • Os ossos maxilares chamados de processo palatino da maxila. • Os ossos palatinos chamados de lâmina horizontal do osso palatino. • Espinha nasal posterior para fixação do palato duro. • Projeções ósseas: processos piramidais que contém o forame palatino maior e menor que servem de passagem para estruturas vasculonervosas. • Na região do osso esfenoide (parte amarela) há a lâmina medial e lateral do processo pterigoide. A lâmina medial possui em sua parte superior uma curvatura chamada de hámulo pterigoide que também serve de fixação de alguns músculos da faringe, mas também contribui para que um musculo do palato exerça um direcionamento diferente. • Tubérculo faríngeo: nele há fixação de um tendão onde há o encontro dos músculos construtores da faringe. MANDÍBULA • No ramo da mandíbula há dois processos: condilar e coronoide que servirão de fixação para os músculos da mastigação. • Na parte interna a língua serve de fixação para ligamentos que movimenta a mandíbula. • A linha do Hilo hioide serve de inserção para alguns dos músculos do assoalho da cavidade oral. Ela separa duas fossas rasas superior e anterior (elas alojam a fossa sublingual) • A rafapterigomandibular serve de fixação para tendões que saem do hámulo pterigoideo. • O osso hioide não se articula com nenhum outro osso. No entanto ele serve de fixação para algumas estruturas. UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO • O ligamento estilo-hioideo se liga ao corno menor do osso hioideo e permite a movimentação da mandíbula para cima e para frente. Esse movimento impede a entrada de corpo estranho para a laringe durante a deglutição. MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO MASSETER • Se origina no arco zigomático. • São fibras musculares em paralelo. • Vai em direção ao hámulo da mandíbula. • Apesar de pequeno é um dos músculos mais fortes do corpo devido sua forma e biomecânica, origem e inserção. • Faz parte da parede lateral da cavidade oral junto com o musculo bucinador. • Possui ação de fechar a boca. MÚSCULO TEMPORAL • Ocupa a parte temporal. • Suas fibras convergem para um tendão e vão se inserir no processo coronoide. MÚSCULO PTERIGÓIDE LATERAL E MEDIAL • Os músculos laterais possuem duas cabeças e contribuem para protusão (levar mandíbula para frente) e depressão da mandíbula, enquanto o medial ajuda a elevar a mandíbula e podem auxiliar na protusão. • O musculo origina o tendão que segue em direção a fóvea pterigóidea. Nessa fóvea há uma articulação do tipo sinovial que permite a depressão e protusão da mandíbula. Protusão: movimento para frente, retração: movimento para trás, elevação e depressão. • O ligamento esfenomandibular contribui para estabilizar a articulação temporomandibular. MÚSCULO ORBICULAR DA BOCA UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO MÚSCULO BUCIADOR • Compõe a parede lateral da cavidade oral. • Se inicia na rafe pterigomandibular. • Modíolo muscular: entrelaçamento das fibras musculares. MÚSCULO MILO-HIÓIDEO E MÚSCULO GENIO- HIÓIDEO • Compõem a o assoalho da cavidade oral. • Ambos vão se inserir no corpo do osso hioide. • Durante a deglutição interiorizam a laringe evitando entrada de corpos estranhos. INERVAÇÃO DOS MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO • Todos são inervados pela parte motora do nervo trigêmeo. LÍNGUA • A língua composta por músculos intrínsecos e extrínsecos e pares separados por septos de cartilagem. • Está fixada ao osso hioide. • No dorso da língua há as papilas gustativas. • Sulco terminal divide a língua em parte pré sulcal e pós sulcal. • No ápice do sulco há o forame cego onde a glândula tireoide se desenvolve. • Margeando o sulco há as papilas. • Tonsilas palatinas e linguais. • Parte pós-sulcal perto da laringe. • No dorso da língua há as papilas: fungiformes, figiformes e folhadas. As firiformes não detectam sabores. • Na face inferior da língua: prega franjada (uma região de pele mais fina). O frênulo da língua e veia lingual (facilita absorção rápida). UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO MÚSCULOS INTRÍNSECOS DA LÍNGUA • Longitudinal superior, transverso, vertical e longitudinal. • São pares, 1 de cada lado • Estão relacionados a mudança de forma da língua (estreitar alargar) mas não ao ato de colocar a língua para fora da boca. • Todos são inervados pelo nervo hipoglosso. XII par do nervo craniano. MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DA LÍNGUA • Musculo genioglosso, hioglosso HIOGLOSSO • Par de músculos quadrangular. • Ele é um marco pois o nervo lingual e hipoglosso e artéria lingual estão nas laterais desse músculo. • Ele se fixa no corno maior do osso hioide. ESTILOGLOSSO • Sai do processo estiloide. PALATOGLOSSO • Sai do palato mole e desce para as extremidades da língua. • Forma uma espécie de arco na cavidade oral. Esse musculo mais a mucosa da cavidade forma o arco palatoglosso chamado de istmo das fauces. • Essa estrutura delimita a parte posterior da cavidade oral e o início da parte oral da faringe, sendo a fronteira entre esses dois. INERVAÇÃO DOS MÚSCULOS EXTRÍNSECOS • Todos eles, exceto o palatoglosso são inervados pelo nervo hipoglosso XII par craniano. • O palatoglosso é inervado pelo nervo vago. VASCULARIZAÇÃO DA LÍNGUA • Em termos de irrigação ocorre pela Artéria lingual que é um ramo direto da carótida externa. • Marco: entra profundamente ao musculo hioglosso. • A drenagem venosa ocorre pela veia profunda da língua. Ela segue acompanhando o nervo hipoglosso e então há também uma veia dorsal profunda. A veia dorsal e profunda se encontra para abrir na veia jugular interna. UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO INERVAÇÃO DA LÍNGUA • Envolve duas partes: uma sensitiva e uma motora. • A inervação motora compreende os músculos extrínsecose intrínsecos. Sendo eles inervados pelo nervo hipoglosso, exceto o palatoglosso. • A língua possui 2 tipos de sensibilidade: especial e geral. A geral informa dor, calor, textura, toque, vibração etc. a especial informa por exemplo sentidos como gustação. • A língua é dívida em parte pré-sulcal e pós- sulcal. • Então na parte pre-sulcal há 2 tipos de sensibilidade: gustatória (especial) e tato, dor, temperatura (geral). • A informação geral e especial, no primeiro momento seguem o nervo lingual. Em seguida a informação especial continua no nervo lingual até chegar ao nervo trigêmeo. Enquanto a informação geral passa para o nervo corda do tímpano e depois nervo facial. • Na parte pós-sulcal ambas as sensibilidades senguem o nervo glossofaríngeo. • O nervo corda do tímpano também participa de respostas parassimpáticas, ou seja, levar informações para fora do SNC. • Se houver uma lesão no nervo corda do tímpano as glândulas salivares deixam de produzir saliva. (qual nervo tem sensibilidade geral e especial? Duvida?) GLÂNDULAS SALIVARES • Na cavidade oral existem 3 glândulas principais: glândula parótida, sublingual e submandibular. GLÂNDULA PARÓTIDA • Localizada abaixo da orelha. • Dela sai um ducto protídeo que se abre na altura do segundo dente molar. • Ela é revestida pela fáscia parotidea. A caxumba pode estender essa fáscia gerando dor. Uma obstrução do ducto protídeo também pode gerar dor. • Parotidectomia é a retirada da glândula. Essa retirada precisa preservar os nervos que também são nervos da face (temporal, zigomático, bucal, cervical, marginal da mandíbula). GLÂNDULA SUBMANDIBULAR E SUBLINGUAL • Da parte profunda da glândula sublingual sai o ducto submandibular. UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO INERVAÇÃO PARASSIMPÁTICA DAS GLÂNDULAS SALIVARES • o nervo facial inerva a glândula sublingual e submandibular, além das outras glândulas menores. • O nervo facial emite 2 ramos. O ramo nervo petroso maior inerva as glândulas acima da rima da boca. Já o ramo corda do tímpano inerva as glândulas abaixo da rima da boca. • O nervo glossofaríngeo. Emite fibras pre- ganglionares por meio do nervo timpânico, depois nervo auriculotemporal que vai inervar a parótida. TETO DA CAVIDADE ORAL TENSOR DO VÉU PALATINO • O palato mole é basicamente uma válvula na saída da cavidade oral. Alguns músculos saem da região superior da boca e vão se fixar no palato mole tencionando-o e fazendo com que ele se levante. • Esse musculo desce e se fixa no hámulo pterigoideo. O hámulo causa no musculo um ângulo de 90 graus para que ele consiga tensionar o véu palatino. LEVANTADOR DO VÉU PALATINO • Não possui mudança do seu tendão. • Levanta o palato mole. • Assim o palato encosta na musculo constritor superior e juntos fecham a entrada para o ar durante a deglutição. PALATOFARÍNGEO • Depressor do palato mole. MÚSCULO DA ÚVULA E PALATOGLOSSO • Todos os músculos palatinos são inervados pelo nervo vago, exceto o tensor do véu palatino que é inervado pelo pterigoideo medial. UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO VASCULARIZAÇÃO DO PALATO • Artéria palatina maior e menor que são ramos da artéria maxilar. • Artéria palatina ascendente sai da artéria facial. • Artéria faríngea ascendente ramo direto da artéria carótida interna. • Artéria esfenopalatina. INERVAÇÃO • No palato existe uma fosse por artéria onde passa a artéria palatina maior que acaba se anastomosando com artérias da cavidade oral. • A inervação é pelo nervo palatino maior e menor e são ramos do nervo maxilar. DRENAGEM • As veias vão drenar as mesmas regiões das artérias e recebem o mesmo nome delas. • Vão formar um plexo na fossa temporal, plexo pterigoideo. Depois levam o sangue para veia jugular interna. DENTES DENTES PERMANENTES • As raízes dos molares são bem longas e chegam a alcançar o seio maxilar. VASCULARIZAÇÃO • Ocorre pelas artérias alveolares superiores anterior e posterior. A posterior irriga dentes molares e pré molares e anterior os incisivos e caninos. • A alveolar inferior chega a todos os dentes inferiores. Ela sai pelo forame mentual e então é chamada de artéria mentual ou incisiva. • Ambas as artérias alveolares superior e inferior são ramos da artéria maxilar. DRENAGEM • A drenagem ocorre por veias de mesmo nome UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO DRENAGEM LINFÁTICA • Vai para linfonodos cervicais profundos no teto da cavidade. E na parte inferior vai para linfonodos submandibulares. INERVAÇÃO • São inervações sensitivas que levam informação para o SNC. • 3 Nervos alveolares superiores: posterior, médio e inferior. • São ramos do nervo maxilar. FARINGE • Serve para a passagem de ar que vem da cavidade nasal como para passagem do bolo alimentar. • Representada em verde. • Possui parte nasal, oral e laríngea. • A faringe é um órgão muscular inserido na base do crânio e formada por 3 músculos constritores e 3 longitudinais. • Nessa linha há a delimitação da faringe na base do crânio. • Construída próximo ao osso pterigoideo nas lâminas mediais, fossa escafoide, e segue em direção ao osso occipital na região do tubérculo faríngeo. Nessa região há um tendão onde os músculos da faríngea podem se fixar. MÚSCULOS CONSTRITORES • Preenchimento da região por 3 músculos constritores. • A rafe da faringe também serve se fixação desses músculos. • Em relação aos músculos há um superior, médio e inferior. Todos eles se fixam na rafe da faringe posteriormente e suas fibras se direcionam para frente. O superior se fixa na lâmina medial do processo pterigoideo e hámulo pterigoideo. O médio as fibras vão em direção ao ligamento estilo hioideo, corno menor do osso hioide e margem superior do osso hioideo. O inferior segue a linga obliqua UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO passa pelo cricotireoideo e suas fibras posteriores se misturam com as fibras do esôfago. • Algumas regiões do musculo constritor superior fazem uma contração que fica espessa e ajuda a empurrar o bolo alimentar para baixo. • O esfíncter palatofaríngeo (em amarelo) mais o palato mole e o musculo constritor superior fecha a cavidade oral e impede que entre comida na região na hora da deglutição. VISTA POSTERIOR • Eles vão se sobrepondo uns sobres os outros em forma de ‘’copo empilhado’’ • Por cima há fáscia faríngea. • Eles são inervados pelo nervo vago. MÚSCULOS LONGITUDINAIS ESTILO FARÍNGEO UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO PALATOFARÍNGEO • Ele delimita a localização da tonsila palatina junto com o musculo palato gloso SALPINGOFARINGEO • Dois deles são inervados pelo nervo vago • Somente o estilofarigeo é inervado pelo nervo glosso faríngeo. Trígono orofaringe: é uma passagem formado pelas margens de dois músculos constritores da faringe (superior e médio) e a margem posterior do músculo milho-hioideo. Com isso forma-se uma entrada de forma triangular que serve para passagem de músculos (estiloglosso, musculo hioglosso), vasos como artéria lingual (ramo da carótida externa), veias que vão em direção a veia jugular interna, nervo vago, hipoglosso e glossofaríngeo e nervos linfáticos. • A faringe é delimitada posteriormente pelo musculo constritor médio e anteriormente pela parte pós sulcal da língua. • O palato mole mais acima se contrai e fecha a laringe na hora da deglutição. • Na parte final da passagem da faringe para o esôfago há o recesso piriforme que aprisiona qualquer corpo estranho que possa ter entrado pela cavidade oral. • Tumor ou câncerna região pode obstruir essa passagem. IRRIGAÇÃO UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO • Ocorre por meio de diversos ramos diferentes. • Inferiormente os ramos faríngeos provenientes da artéria tireoide superior vão irrigar os músculos constritores. • A. faríngea ascendente ramo da A. carótida externa e irriga partes mais superiores da faringe. Ela entra por uma fenda entra o constritor superior e o médio. • A. tonsilar e palatina ascendente ramos da arterial facial. Por meio deles podem emergir ramos faríngeos para contribuir na irrigação dessa região. • Mais superiormente um ramo faríngeo sai da artéria maxilar ramo que emerge quando a artéria maxilar entra na fossa pterigopalatina. Ele entra por meio do canal palatovaginal forame acima do forame redondo. DRENAGEM • Ocorre por meio do plexo pterigoideo. Esse ramo se comunica depois com a veia reto mandibular e veia facial que direcionam para veia jugular interna. • Os linfonodos: relacionados a jugular interna como retrofaringeo e infrahióideos. INERVAÇÃO • Há dois tipos de inervação: motora e sensitiva. • A motora: todos inervados pelo nervo vago exceto o m. estilofaringeo inervado pelo nervo glossofaríngeo. Ambos os nervos saem do forame jugular. • A sensitiva: seguem por vias diferentes. A parte oral, nasal e laríngea vai seguir nervos diferentes. • A parte nasal entra por meio do nervo trigêmeo parte maxilar VII. A parte oral é conduzida pelo nervo glossofaríngeo e a parte laríngea pelo nervo vago. ESÔFAGO • Continuação da faringe a partir da vertebra c6. • Possui parte cervical, torácica e abdominal. • O esôfago desce e penetra o diafragma pelo hiato esofágico chegando a trigêmeo cavidade abdominal onde despeja seu conteúdo no estomago. • Ao longo do esôfago há três pontos onde sua luz é obstruída. Na junção entre esôfago e faringe, depois onde há o arco da aorta e o brônquio principal e por último no hiato esofágico UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO • Os espessamentos da fáscia supra diafragmática geram o ligamento fáscia. Esse ligamento ajuda na estabilização do esôfago. VASCULARIZAÇÃO • Quanto a drenagem a parte cervical é irrigada pelo ramo esofágico ramo da artéria tireóidea inferior. • Na parte torácica a irrigação é feita por ramos particulares do aspecto anterior da aorta, ramos de artérias mediastinais a drenagem por veias esofágicas que drenam para a veias ázigo. • A parte abdominal: a irrigação por meio de artérias gástricas ramo do tronco celíaco e a drenagem por veias esofágicas que tributam para veias gástricas e depois veia porta. HERNIAS DE HIATO • A hernia é o deslizamento de alguma parte do estomago por meio do hiato esofágico. • A paraesofágica ocorre por meio do fundo do estomago. Em geral não está associada com regurgitamento • Na hernia deslizante é a primeira parte do estomago que desliza a cárdia então há regurgitamento. • Elas estão associadas ao enfraquecimento da musculatura dos ligamentos do diafragma. CAVIDADE ABDOMINAL • Para se chegar à cavidade abdominal há a pele, tecido subcutâneo com gordura, musculo obliquo externo interno e transverso do abdômen, fáscia extraperitonial e peritônio que reveste a cavidade interna do abdômen. • Essas camadas subcutâneas possuem camada mais superficial que possui mais tecido subcutâneo (camada de camper) e uma mais profunda sem tanto tecido adiposo e chamada de camada de Scarpa. • Podemos dividir a cavidade abdominal em 4 quadrantes. • UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO • Divisão em 9 partes. PERITÔNIO • Camada de células únicas que se assemelham a células epiteliais que reveste a parede abdominal (peritônio parietal) e reveste algumas vísceras (peritônio visceral). • Entre o revestimento da cavidade e o das vísceras há uma transição do peritônio chamado de pregas por onde passam estruturas vasculonervosas. • Víscera intraperitoneal: envolvida completamente com peritônio e forma mesentério (são a pregas). • Víscera retroperitoneal: • Estomago e fígado são intraperitoneais • Omento menor comunica fígado e estomago e omento maior é uma extensão do peritônio que serve de proteção para as vísceras. CORTE TRANSVERSAL DA CAVIDADE ABDOMINAL • O forame omental comunica o saco maior com o saco menor. • Na abertura desse forame: artéria hepática própria, ducto colédoco e veia porta. Na borda posterior há a veia cava. OMENTO MAIOR UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO • Formado por duas ou mais pregas de peritônio. • Funciona como protetor do estomago. Por exemplo quando se tem uma área inflamada ela para em termos de peristaltismos. Assim o omento se direcionada para essa área e pode absorver ou paralisar essas secreções impedindo que essa inflamação se espalhe. • Quando se eleva o omento maior vai junto com ele o colón transverso. OMENTO MENOR • Emerge da curvatura menor do estomago e segue em direção ao fígado. • Pode ser descrito como ligamento hepatoduodenal e ligamento hepatogastrico. • Omento menor e maior também são pregas de peritônio. • Mesentério: prega dupla de peritônio. • Colón transverso e intestino delgado são órgãos intraperitoneais. • O mesocolo transverso: mesentério associado ao colón • O mesocolo sigmoide associado ao colón sigmoide • Mesentério: associado aí intestino delgado. • Duodeno é retroperitoneal e intestino delgado intraperitoneal. Essa transição provoca a hernia. Hernia paraduodenal: na região da prega paraduodenal pode haver algum aprisionamento da alça do intestino delgado. ESTÔMAGO • Continuação com o esôfago. • Localizado na região epigástrica. • Atinge ate a quarta vertebra torácica. • O orifício pilórico e delimitado por esfíncter pilórico. Permite a passagem do conteúdo para a primeira parte do intestino delgado, o duodeno. MÚSCULOS DA SUPERFÍCIE DO ESTOMAGO • Musculatura longitudinal • Camada circular • Camada obliqua UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO Pregas gástricas: ficam mais proeminentes com o estomago vazio. Canal gástrico é por onde passa a saliva. LEITO DO ESTOMAGO • Órgãos que fazem parte desse leito: glândula suprarrenal, baço, rim pâncreas, pilares do diafragma, tronco celíaco e veia e artéria esplênica que passa na margem superior do pâncreas. • Qualquer ulcera no estomago pode lesar o pâncreas e o vaso esplênico. • Ulceras poéticas: são na parte pilórica do estomago ou no duodeno. INTESTINO DELGADO • Dividido em duodeno, jejuno e íleo. • Não é possível definir a transição do jejuno para o íleo. • Jejuno está no quadrante superior esquerdo: 2\5 do ID. • Íleo está no quadrante inferior direito e equivale a 2\5 do ID. DUODENO • Formato em C. • Aloja a cabeça do pâncreas. • Apresenta 4 partes: superior, descendente, inferior e ascendente. • Ele é retroperitoneal exceto a primeira parte (ampola do duodeno). • Ducto colédoco e biliar se unem e se abrem na papila maior e menor do duodeno. • Em relação a camada muscular: camada longitudinal mais superficial, camada circular e no flexor duodeno jejunal há uma estrutura que se fixa ao pilar direito do diafragma chamado de musculo suspensor do duodeno que da o suporte para a parte final do duodeno e inicial do jejuno. Jejuno • Pregas circulares mais presentes no jejuno e íleo. • No jejuno as arcadas são maiores e em menores números. • Os vasos dessas arcadas são maiores no jejuno. • A gordura mesentérica é menor no jejuno. UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO • O diâmetro do jejuno é maior. • Vai se abrirno intestino grosso chamado de ceco por uma papila ileal que é uma projeção • Possui lábio superior (acima dele é o colón ascendente e abaixo dele o ceco). INTESTINO GROSSO • Saculaçoes • Tênias: fibras musculares que seguem ao longo dele. São três, tênia livre, mesocolica e omental. • Ao longo delas há apêndices omentais que são bolsas de gordura. • Pregas semilunares. CECO • Primeira parte. • Intraperitoneal. • Apêndice vermiforme, estrutura de tecido linfoide e fundo cego. UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO • O apêndice pode assumir diversas posições na cavidade. COLO • Ascendente, transverso, descendente, sigmoide e sulco paracólico. VASCULARIZAÇÃO IRRIGAÇÃO • As vísceras abdominais são irrigadas por 3 ramos que saem da parte anterior da artéria aorta. Esses ramos vão gerar outros ramos para irrigar as vísceras. • Tronco celíaco, artéria mesentérica superior e A. mesentérica superior e inferior. • Tronco celíaco irriga ate a papila maior do duodeno. • A. mesentérica superior irriga ate a os 2\3 proximais do colón transverso. • O restante é pela A. mesentérica inferior. Com exceção do canal anal. UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO ESTOMAGO • 3 ramos saem do tronco celíaco para irrigar a região. • o primeiro ramo é a A. esplênica, vai para o baço. Mas dela há dois ramos principais que é A. gastromental esquerda e ramo para o fundo do estomago para emitir artérias gástricas curtas. • O segundo ramo é a artéria hepática comum que segue a direita em direção ao fígado. Segue em direção ao fígado, emite seu segundo ramo a artéria gastroduodenal que segue posteriormente a primeira parte do duodeno. (ulceras no estomago podem lesionar essa artéria). Após isso ela passa a ser chamada artéria hepática própria e segue em direção a porta do fígado e se divide em artéria hepática direita e esquerda • O terceiro ramo é a artéria gástrica esquerda. Vai para o esôfago e depois curvatura do estomago e se anastomosa com artéria gástrica esquerda. • A artéria gástrica esquerda emite ramo esofágico que irriga parte abdominal do esôfago. • Artéria pancreática duodenal superior e anterior emite um ramo gastro omental direito que segue na curvatura do estomago e se anastomosa com a artéria gastro omental esquerda. DUODENO • Terceira anastomose: tronco celíaco e artéria mesentérica superior. DUODENO • Artéria cólica sai da A. mesentérica superior e irriga o intestino grosso. FÍGADO • Localizado no hipocôndrio direito. • Possui uma superfície (face diafragmática) em contato com o diafragma e outra(visceral) voltada para os órgãos do sistema digestório. • Recessos gerado entre peritônio visceral e parietal: recesso subfrenico, 2 sub-hepático e hepatorrenal. • Região nua do fígado: não envolvida por peritônio. DIVISÃO ANATÔMICA • Lobo direito e lobo esquerdo separados pelo ligamento falciforme que se adere a face posterior do abdome. São continuas com o peritônio. • Ligamento redondo ao final do ligamento falciforme. FACE VISCERAL (INFERIOR) UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO • Dividida em lobo quadrado e caudado com base na fissura para o ligamento redondo e mais superiormente uma fissura que equivale ao ligamento venoso. • Elas são equivalentes ao ligamento falciforme da face diafragmática. • Linha da vesícula biliar mais veia cava participam da formação de uma fissura sagital direita. • Linha transversal: abertura de peritônio chamada de porta do fígado onde entra veia porta, artéria hepática própria e ducto biliar. • A margem do peritônio que se reflete em posições diferentes é chamada de ligamentos, são eles: ligamentos coronários superiores direito e esquerdo, reflexão inferior ligamento coronário inferior direito e esquerdo, eles seguem para as extremidades e se unem se chamando de ligamento triangular direito e esquerdo. • Na face visceral há impressões. Impressão maior do lado direito: em contato com o rim. • Impressão cólica: em contato com o colón. Também do lado direito. • Do lado esquerdo: impressão gástrica e esofágica. • Além disso há um sulco que serve para alojar a veia cava inferior e um sulco raso para alojar a vesícula biliar. DIVISÃO FUNCIONAL • Divisão com base nas ramificações da veia porta, hepática própria e drenagem de ductos biliares. • Área roxa, amarela e laranja: lobo direito anatômico. • Na divisão funcional separamos ele por onde a veia porá está entrando. Ela entra para a direita na região da fissura portal principal divide o fígado em esquerda e direita. A veia porta e os ramos a artéria hepática emitem seus ramos que seguem os lobos do fígado e para as extremidades. • Eles vão emitindo ramos secundários. Esses ramos geram outros que vão irrigar um segmento hepático isolado. O mesmo acontece para o lado esquerdo. • A veia porta, a. hepática própria entram no parênquima hepático e depois o sangue que entrou é drenado por veias hepáticas que vão se abrir na veia cava inferior. • Veia hepática direita, esquerda e intermedia. Cada uma dividem também o fígado na divisão funcional por meio de fissuras: portal direita, umbilical e portal principal que divide o fígado em 4 partes. UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO • A veia porta corta transversamente 3 dessas 4 divisões. Do lado direito corta lateralmente e medialmente e do lado esquerdo não cruza o lobo medial só lateral. Assim forma-se um lobo ‘’independente’’ chamado de lobo caudado. Esse sangue também é drenado por veias hepáticas independentes que depois se abre na veia cava. São independentes dos ramos primários da veia hepática. • Esses lobos separados por ramos da tríade: veia porta, artéria hepática própria e ducto biliar são contados em sentido horário formando 8 lóbulos. VESÍCULA BILIAR • Armazena a bile. • Apresenta 3 partes: fundo, corpo e colo. O colo é continuo com o ducto cístico. • Ela possui mucosa espiralada e dificulta sua obstrução. Facilita também o enchimento da vesícula biliar. • A bile é produzida no fígado e drenada pelo ducto biliar e depois ducto hepático direito e esquerdo se unem para formar o ducto hepático comum. O ducto cístico se une ao hepático comum formando o ducto colédoco. Ele possa posterior ao duodeno e segue para entrar na margem medial da parte descendente do duodeno. • Cálculos biliares (colelitíase): excesso de colesterol associado a alguns sais. • Algum desses cálculos pode obstruir o ducto cístico ou colédoco. Impede a passagem de bile para o duodeno uma obstrução do ducto cístico pode gerar excesso de bile na vesícula gerando cólica (contração para tentar expulsar a bile). • Calculo no ducto cístico: pode ser desobstruído sozinho. PÂNCREAS • Colo: onde se forma veia porta. • Corpo • Cauda • Localizado retroperitonealmente • Ele possui drenagem pelo ducto pancreático principal vai em direção a cabeça do pâncreas. • Diversos ductos drenam extremidade do pâncreas para esse ducto • O ducto principal se une ao colédoco (formado pela união do ducto cístico e hepático comum). • Dilatação: ampola hepato pancreática VIAS BILIARES UFRJ – Fernanda Daumas ANATOMIA DO SISTEMA DIGESTÓRIO A junção entre ducto cístico e colédoco pode haver variações. Ponto importante para cirurgia de calculo biliar. BAÇO • Ele não faz parte do sistema digestório em si, mas está na cavidade abdominal. • Massa envolvida por capsula fibrosa. • Apresenta margem anterior aguda e margem posterior arredondada. • Se relaciona com o rim esquerdo e estomago. • Posteriormente protegido pelo diafragma ecostelas. • Intraperitoneal. Esse peritônio do estomago e baça forma pregas que formam ligamentos: esplenorrenal e gastroesplênico. • São formados por 2 pregas de peritônio. • Hilo esplênico: chegada de vasos. • Possui impressões para acomodar estomago e rim. • Palpação do baço em caso de esplenomegalia pela sua margem inferior.
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