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Anatomia do trato gastrointestinal

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Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
ANATOMIA DO TRATO 
GASTROINTESTINAL 
O sistema digestório se inicia na boca 
e termina no ânus. Os órgãos que 
integram esse sistema têm como 
função central a de tornar os alimentos 
solúveis. Para que esses alimentos 
possam ser absorvidos e assimilados 
pelo organismo, eles sofreram ações 
químicas e mecânicas. 
 
Fonte 1: Mundo educação 
O sistema digestório compreende o 
tubo digestivo (cavidade oral, faringe, 
esôfago, estômago, intestino delgado, 
intestino grosso, reto e ânus) e os 
órgãos acessórios (fígado, pâncreas, 
vesícula biliar e glândulas salivares) . 
Para que a digestão ocorra é 
necessário a participação de vários 
sucos digestivos que contém enzimas, 
responsáveis pela promoção de 
reações químicas. 
 
TUBO DIGESTIVO 
O tubo digestivo é, como o próprio 
nome sugere, um tubo contínuo de 
aproximadamente 9 metros de 
comprimento, da boca até o ânus. É 
formado pela boca (cavidade bucal), 
faringe, esôfago, estômago, intestino 
delgado, intestino grosso, reto e ânus. 
As paredes do tubo digestivo são 
compostas por quatro camadas: o 
revestimento mais interno, chamado 
de mucosa, é constituído por células 
epiteliais. A submucosa, composta por 
tecido conjuntivo com fibras, vasos 
sanguíneos e terminações nervosas. A 
terceira camada, muscular, consiste 
em músculos esqueléticos da boca, 
faringe e da parte superior do esôfago, 
que permitem o ato voluntário da 
deglutição. 
O restante do tubo digestivo é formado 
por musculatura lisa, que ajuda a 
quebrar o alimento e conduzi-lo pelo 
tubo digestivo. 
CAVIDADE ORAL 
O tubo digestivo inicia-se pela boca 
(cavidade bucal ou oral), por onde 
entra o alimento. O interior da boca é 
revestido por uma membrana mucosa 
e seu teto é composto por dois palatos: 
o mole e o duro. 
O palato duro é resistente, pois é 
formado por ossos maxilar e palatino, 
revestidos por mucosa. 
Posteriormente ao palato duro, 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
encontra-se o palato mole, composto 
por uma dobra de mucosa móvel. 
Dessa maneira, o palato duro 
desempenha tanto a função de 
assoalho nasal quanto a de teto da 
cavidade oral. 
O palato mole é uma região em forma 
de arco que separa a boca na 
nasofaringe e que contém uma 
estrutura em forma de cone chamada 
de úvula, responsável por impedir que 
o alimento acesse a cavidade nasal. 
A cavidade oral é o local onde o 
alimento é ingerido e preparado para 
digestão no estômago e no intestino 
delgado. O alimento é mastigado 
pelos dentes, e a saliva proveniente 
das glândulas salivares facilita a 
formação de um bolo alimentar macio. 
 
Fonte 2: https://novosti.tumori.me/wp-
content/uploads/2018/07/Rak-usana-i-usne-
%C5%A1upljine_1.jpg 
As fauces são o espaço entre a 
cavidade e a faringe. O limite superior 
é o palato mole, o inferior é a língua e 
o limite lateral são os pilares das 
fauces, os arcos palatoglosso e 
palatofaríngeo. 
O istmo das fauces é o espaço estreito 
e curto que faz a conexão entre a 
cavidade própria da boca e a parte 
oral da faringe. 
O limite anterior do istmo são as 
pregas palatoglossas e o limite 
posterior são as pregas 
palatofaríngeas. 
Em suma, as fauces representam a 
passagem da cavidade oral para a 
porção da orofaringe. 
As tonsilas palatinas, frequentemente 
denominadas “as tonsilas”, são massas 
de tecido linfoide, uma de cada lado 
da parte oral da faringe. Cada tonsila 
está localizada em uma fossa (seio) 
tonsilar, limitada pelos arcos 
palatoglosso e palatofaríngeo e pela 
língua. 
 
Fonte 3: Museu de anatomia - UFMS 
A deglutição é iniciada 
voluntariamente na cavidade oral. A 
fase voluntária do processo empurra o 
bolo da cavidade oral para a faringe, a 
parte expandida do sistema 
digestório, onde ocorre a fase 
involuntária (automática) da 
deglutição. 
 A língua e seus músculos estão fixados 
no assoalho da boca, ajudando tanto na 
mastigação quanto na deglutição. Ela 
possui estruturas responsáveis pelo 
paladar, as papilas gustativas. Os 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
dentes são os responsáveis pela 
mastigação e ajudam a reduzir os 
alimentos em fragmentos muito 
pequenos. Essa ação permite que as 
enzimas digestivas quebrem o 
alimento de forma mais eficiente e 
rápida. A saliva é composta 99,5% de 
água e fornece um meio para a 
dissolução dos alimentos. 
O restante é composto por cloretos, 
que ativam a amilase salivar, mucina e 
lisozima, uma enzima que destrói as 
bactérias. A amilase salivar inicia a 
degradação de carboidratos 
complexos em açúcares simples. 
A cavidade oral (boca) tem duas 
partes: o vestíbulo da boca e a 
cavidade própria da boca. É na 
cavidade oral que se sente o sabor dos 
alimentos e das bebidas e que o 
alimento é mastigado e manipulado 
pela língua. 
O vestíbulo da boca é o espaço 
semelhante a uma fenda entre os 
dentes e a gengiva e os lábios e as 
bochechas. O vestíbulo comunica-se 
com o exterior através da rima 
(abertura) da boca. O tamanho da rima 
é controlado pelos músculos periorais, 
como o orbicular da boca (o esfíncter 
da rima da boca), o bucinador, o 
risório e os depressores e elevadores 
dos lábios (dilatadores da rima). 
 
Fonte 4: https://www.auladeanatomcom 
A cavidade própria da boca é o espaço 
entre as arcadas ou arcos dentais 
maxilar (superior) e mandibular 
(inferior) (arcos alveolares maxilar e 
mandibular e os dentes que 
sustentam). É limitada lateral e 
anteriormente pelos arcos dentais. 
O teto da cavidade oral é formado pelo 
palato. Posteriormente, a cavidade 
oral comunica-se com a parte oral da 
faringe (orofaringe). Quando a boca 
está fechada e em repouso, a cavidade 
oral é totalmente ocupada pela língua. 
Quando a boca está aberta, com a rima 
bem estendida, é possível ver a 
projeção da papila do ducto parotídeo, 
em que será encontrado o óstio do 
ducto parotídeo. A relevância clínica é 
dada porque em casos de obstrução 
do desse ducto, ele pode ser 
canulizado a partir dessa região. Além 
disso, pode haver a injeção de 
contraste para exames de imagem. 
 
Fonte 5: Recanalização do ducto parotídeo. 
https://encrypted-
tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQIcqBa
GcQIcqBaRplziQUBpPOXWguQHqmB4Q&usqp=
CAU 
Constrição cervical (esfíncter 
superior do esófago): Tem seu início 
na junção faringoesofágica a 
aproximadamente 15 centímetros dos 
dentes incisivos. É causada pela parte 
cricofaríngea do músculo constritor 
inferior da faringe. 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
 
Fonte 6: MSD Manuals 
LÍNGUA 
O assoalho da cavidade própria da 
boca é inteiramente ocupado pela 
língua. A língua é um órgão muscular 
móvel, recoberto por uma túnica 
mucosa que pode assumir vários 
formatos e posições. 
 
Fonte 7: Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição. 
Ela é dividida em duas partes pelo 
suco terminal ( V da língua), de modo 
que os dois terços anteriores da língua 
estão localizados adiantes do sulco 
terminal e um terço se localiza 
posterior a este. 
O ângulo do sulco terminal aponta 
para o forame cego, que é uma 
pequena depressão remanescente 
inativo da parte proximal do ducto 
tireoglosso embrionário, o qual 
originou a glândula tireoide e a língua. 
Na região anterior ao sulco terminal é 
encontrado o dorso da língua, que 
apresenta estruturas especializadas 
para a captação dos gostos – as papilas 
gustativas. 
A raiz da língua é ocupa por um 
conjunto de tecido linfoide, o qual 
forma as tonsilas linguais. Estas são 
responsáveis por uma função de 
defesa. 
Além disso, a raiz da língua possui uma 
íntima relação com a epiglote, que é a 
cartilagem mais superior da laringe. Aconexão entre essas estruturas é feita 
pelas pregas glossoepiglóticas 
medianas e laterais. 
 
Fonte 8: Yokochi - anatomia humana: atlas 
fotográfico da anatomia sistêmica e regional. 5ª 
edição. 2005. 
TONSILAS LINGUAIS 
As numerosas protrusões localizadas 
no terço posterior da língua são 
conhecidas coletivamente como 
tonsilas linguais. Elas também 
são cobertas por epitélio escamoso 
estratificado não-queratinizado. 
O ramo lingual dorsal da artéria 
lingual e a veia lingual são 
responsáveis pelo suprimento 
vascular e a drenagem venosa destes 
agregados linfáticos, 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
respectivamente, enquanto o nervo 
glossofaríngeo os inerva, como o faz 
com o terço posterior da língua. 
INERVAÇÃO DA LÍNGUA 
A inervação da língua é bastante rica e 
acontece a partir de quatro nervos 
cranianos, os quais também são 
responsáveis por conduzir as fibras 
secretoras parassimpáticas para as 
glândulas serosas na língua. Todos os 
músculos dessa estrutura, exceto o 
músculo palatoglosso que é inervado 
pelo plexo faríngeo, recebem 
inervação motora do nervo craniano 
XII, o nervo hipoglosso. 
 
Fonte 9: 
http://www.geocities.ws/Athens/Academy/2966
/anatomia/face/inervacaolingua2.jpg 
A parte da sensibilidade geral da 
língua (tato e temperatura), na porção 
anterior, é proporcionada pelo nervo 
lingual, um ramo do nervo craniano V 
(nervo trigêmeo). Já a sensibilidade 
especial, exceto as papilas 
circunvaladas que são inervadas pelo 
ramo lingual do nervo glossofaríngeo, 
nervo craniano X, é proporcionada 
pelo nervo corda do timpânico, um 
ramo do nervo craniano VII (nervo 
facial). 
A camada mucosa da porção posterior 
da língua, por sua vez, é inervada pelo 
nervo glossofaríngeo, o qual realizará 
a sensibilidade geral e especial dessa 
região. 
Os brotos do nervo laríngeo interno, 
ramo do nervo vago, nervo craniano X, 
são responsáveis, sobretudo, pela 
sensibilidade geral e por parte da 
sensibilidade especial de uma 
pequena área da língua 
imediatamente anterior à epiglote. 
MUSCULATURA EXTRÍNSECA 
DA LÍNGUA 
Os músculos extrínsecos da língua 
(genioglosso, hioglosso, estiloglosso e 
palatoglosso) originam-se fora da 
língua e se fixam a ela. Eles 
movimentam principalmente a língua, 
mas também alteram seu 
formato. 
 
Fonte 10: Anatomia online 
 
Fonte 11: Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
MUSCULATURA INTRÍNSECA DA 
LÍNGUA 
Os músculos longitudinais superior e 
inferior, transverso e vertical são 
limitados à língua. Eles têm suas 
fixações completamente na língua e 
não estão fixados a osso. 
Os músculos longitudinais superior e 
inferior atuam juntos para tornar a 
língua curta e grossa e para retrair a 
língua protrusa. 
Os músculos transverso e vertical 
atuam simultaneamente para tornar a 
língua longa e estreita, o que pode 
empurrar a língua contra os dentes 
incisivos ou protrair a língua com a 
boca aberta (principalmente ao agir 
com a parte posteroinferior do 
músculo genioglosso). 
 
Fonte 12: anatomia online 
 
LIMITES ANATÔMICOS DA 
CAVIDADE ORAL 
A cavidade oral é delimitada 
anteriormente pelo vestíbulo e pelos 
dentes, superiormente pelos palatos, 
duro e mole. Inferiormente é 
delimitada pela língua e pelo 
pavimento da boca, e, posteriormente, 
pela laringe, faringe e tonsilas. 
LÁBIOS 
Os lábios são pregas musculofibrosas 
móveis que circundam a boca, 
estendendo-se dos sulcos nasolabiais 
e narinas lateral e superiormente até o 
sulco mentolabial inferiormente. 
 
Fonte 13: Plenna Cirurgia Plástica 
Eles contêm o músculo orbicular da 
boca e músculos, vasos e nervos dos 
lábios superior e inferior. Os lábios 
são cobertos externamente por pele e 
internamente por túnica mucosa. 
Atuam como as válvulas da rima da 
boca, contendo o esfíncter (músculo 
orbicular da boca) que controla a 
entrada e a saída da boca e dos 
sistemas digestório superior e 
respiratório. 
Os lábios são usados para apreender o 
alimento, sugar líquidos, manter o 
alimento fora do vestíbulo da boca, 
produzir a fala e osculação (beijo). 
A zona de transição dos lábios (muitas 
vezes considerada como sendo o 
próprio lábio), que varia de marrom a 
vermelha, continua até a cavidade 
oral, onde é contínua com a túnica 
mucosa da boca. Essa membrana 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
cobre a parte intraoral, vestibular dos 
lábios. 
Os frênulos dos lábios são pregas de 
margem livre da túnica mucosa na 
linha mediana, que se estendem da 
gengiva vestibular até a túnica mucosa 
dos lábios inferior e superior (maior). 
Às vezes há outro frênulo menor 
situado lateralmente nas regiões 
vestibulares pré-molares. 
As artérias labiais superior e inferior, 
ramos das artérias faciais, 
anastomosam-se entre si nos lábios 
para formar um anel arterial. O pulso 
dessas artérias pode ser palpado 
segurando-se levemente o lábio 
superior ou inferior entre os primeiros 
dedos. 
 
Fonte 14: 
https://br.pinterest.com/lilianruela/labios/ 
O lábio superior é irrigado por ramos 
labiais superiores das artérias facial e 
infraorbital. O lábio inferior é 
vascularizado por ramos labiais 
inferiores das artérias facial e mentual. 
O lábio superior é suprido por ramos 
labiais superiores dos nervos 
infraorbitais (do ramo maxilar do 
trigêmeo), e o lábio inferior é suprido 
pelos ramos labiais inferiores dos 
nervos mentuais (do ramo mandibular 
do trigêmeo). 
A linfa do lábio superior e das partes 
laterais do lábio inferior segue 
principalmente para linfonodos 
submandibulares, enquanto a linfa da 
parte medial do lábio inferior segue 
inicialmente para linfonodos 
submentuais. 
BOCHECAS 
As bochechas têm estrutura quase 
igual à dos lábios, com os quais são 
contínuas. As bochechas são as 
paredes móveis da cavidade oral. 
Anatomicamente, a face externa das 
bochechas constitui a região bucal, 
limitada anteriormente pelas regiões 
oral e mentual (lábios e queixo), 
superiormente pela região zigomática, 
posteriormente pela região 
parotideomassetérica e inferiormente 
pela margem inferior da mandíbula. A 
proeminência da bochecha ocorre na 
junção das regiões zigomática e bucal. 
 
Fonte 15: Odonto up 
O zigomático subjacente à 
proeminência e o arco zigomático, que 
continua posteriormente, são muitas 
vezes denominados “osso da 
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Rackel Resende 
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bochecha”. Os leigos também 
consideram as regiões zigomática e 
parotideomassetérica como parte da 
bochecha. 
Os principais músculos da bochecha 
são os bucinadores. Várias pequenas 
glândulas bucais situam-se entre a 
túnica mucosa e os músculos 
bucinadores. Superficialmente a estes 
músculos há coleções encapsuladas de 
gordura. Estes corpos adiposos de 
bochecha são proporcionalmente 
muito maiores em lactentes, 
provavelmente para reforçar as 
bochechas e evitar o colapso durante a 
sucção. 
As bochechas são supridas por ramos 
bucais da artéria maxilar e inervadas 
por ramos bucais do nervo 
mandibular. 
 
Fonte 16: Atlas de anatomia. Netter. 5ª edição. 
GENGIVAS 
As gengivas são formadas por tecido 
fibroso coberto por túnica mucosa. A 
gengiva propriamente dita está 
firmemente presa aos processos 
alveolares da mandíbula e da maxila e 
aos co1os dos dentes. 
As gengivas propriamente ditas, 
adjacentes à língua, são as gengivas 
linguais superior e inferior, e as 
gengivas adjacentes aos lábios e às 
bochechas são as gengivas labial ou 
bucal maxilar e mandibular, 
respectivamente. 
A gengiva propriamente dita normal é 
rósea, pontilhada e queratinizada. A 
túnica mucosa alveolar é normalmente 
vermelho brilhante enão 
queratinizada. 
 
Fonte 17: implante dentário ImplArt 
DENTES 
Um dente tem coroa, colo e raiz. A 
coroa projeta-se da gengiva. O colo 
está situado entre a coroa e a raiz. A 
raiz está fixada no alvéolo dental pelo 
periodonto; o número de raízes varia. 
A maior parte do dente é formada por 
dentina que é coberta por esmalte 
sobre a coroa e por cemento sobre a 
raiz. A cavidade pulpar contém tecido 
conectivo. vasos sanguíneos e nervos. 
O canal da raiz (canal pulpar) da 
passagem a nervos e vasos que entram 
e saem da cavidade pulpar através do 
forame do ápice do dente. 
Os alvéolos dentais estão nos 
processos alveolares da maxila e da 
mandíbula e são os elementos ósseos 
que mais se modificam durante a vida. 
As raízes dos dentes são unidas ao 
osso do alvéolo por uma suspensão 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
maleável que forma um tipo especial 
de articulação fibrosa denominada 
sindesmose dentoalveolar ou gonfose. 
 
Fonte 18: Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição. 
Os dentes são supridos por artérias 
alveolares superior e inferior (ramos 
da artéria maxilar), drenam para veias 
alveolares, os vasos linfáticos drenam 
para linfonodos submandibulares e 
são inervados por ramos dos nervos 
maxilar e mandibular. 
 
Fonte 19: Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição. 
PALATO 
O palato forma o teto curvo da boca e 
o assoalho das cavidades nasais. 
Separa a cavidade oral das cavidades 
nasais e da parte nasal da faringe, a 
parte da faringe superior ao palato 
mole. A face superior (nasal) do palato 
é coberta por túnica mucosa 
respiratória, e a face inferior (oral) é 
coberta por túnica mucosa oral, 
densamente povoada por glândulas. O 
palato tem duas regiões: o palato duro, 
anterior, e o palato mole, posterior. 
 
Fonte 20: Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição. 
PALATO DURO 
O palato duro tem formato de abóbada 
(côncavo); o espaço é ocupado 
principalmente pela língua quando 
está em repouso. 
Os dois terços anteriores do palato têm 
um esqueleto ósseo formado pelos 
processos palatinos da maxila e as 
lâminas horizontais dos palatinos. 
A fossa incisiva é uma depressão na 
linha mediana do palato ósseo 
posterior aos dentes incisivos centrais, 
na qual se abrem os canais incisivos. 
Os nervos nasopalatinos partem do 
nariz através de um número variável 
de canais e forames incisivos que se 
abrem na fossa incisiva medial ao 31º 
dente molar (dente serotino), o forame 
palatino maior perfura a margem 
lateral do palato ósseo. 
Os vasos e o nervo palatinos maiores 
emergem desse forame e seguem 
anteriormente sobre o palato. Os 
forames palatinos menores, situados 
posteriormente ao forame palatino 
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Rackel Resende 
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maior, perfuram o processo piramidal 
do palatino. Esses forames dão 
passagem aos nervos e vasos palatinos 
menores até o palato mole e estruturas 
adjacentes. 
PALATO MOLE 
O palato mole é o terço posterior 
móvel do palato e fica suspenso na 
margem posterior do palato duro. O 
palato mole não tem esqueleto ósseo; 
mas sua parte aponeurótica anterior é 
reforçada pela aponeurose palatina, 
que se fixa à margem posterior do 
palato duro. 
A aponeurose tem a parte anterior 
espessa e a parte posterior fina, na 
qual se funde a uma parte muscular 
posterior. Na parte posteroinferior o 
palato mole tem margem livre curva 
da qual pende um processo cônico, a 
úvula. 
Durante a deglutição, primeiro o 
palato mole é tensionado para permitir 
que a língua seja pressionada contra 
ele, levando o bolo alimentar para a 
parte posterior da boca. Em seguida, o 
palato mole é elevado posterior e 
superiormente contra a parede da 
faringe, impedindo, assim, a entrada 
de alimento na cavidade nasal. 
Na parte lateral, o palato mole é 
continuo com a parede da faringe e é 
unido pelos arcos palatoglosso e 
palatofaríngeo. Há algumas papilas 
gustativas no epitélio que cobre a face 
oral do palato mole, a parede posterior 
da parte oral da faringe e a epiglote. 
As fauces são o espaço entre a 
cavidade e a faringe. O limite superior 
é o palato mole, o inferior é a língua e 
o limite lateral são os pilares das 
fauces, os arcos palatoglosso e 
palatofaríngeo. O istmo das fauces é o 
espaço estreito e curto que faz a 
conexão entre a cavidade própria da 
boca e a parte oral da faringe. 
O limite anterior do istmo são as 
pregas palatoglossas e o limite 
posterior são as pregas 
palatofaríngeas. As tonsilas palatinas, 
frequentemente denominadas “as 
tonsilas”, são massas de tecido 
linfoide, uma de cada lado da parte 
oral da faringe. Cada tonsila está 
localizada em uma fossa (seio) tonsilar, 
limitada pelos arcos palatoglosso e 
palatofaríngeo e pela língua. 
O palato possui uma vasta 
vascularização, sendo a principal 
responsável e artéria palatina maior, 
um ramo da artéria palatina 
descendente, de cada lado. A artéria 
palatina maior atravessa o forame 
palatino maior e segue em sentido 
anteromedial. A artéria palatina 
menor, um ramo menor da artéria 
palatina descendente, entra no palato 
através do forame palatino menor e se 
anastomosa com a artéria palatina 
ascendente, um ramo da artéria facial. 
As veias do palato são tributárias do 
plexo venoso pterigoideo. 
Os nervos sensitivos do palato são 
ramos do nervo maxilar. Os nervos 
palatinos acompanham as artérias 
através dos forames palatinos maior e 
menor. 
GLÂNDULAS SALIVARES 
As glândulas salivares são as 
parótidas, as submandibulares e as 
sublinguais. 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
O líquido viscoso transparente, 
insípido e inodoro — saliva — 
secretado por essas glândulas e pelas 
glândulas mucosas da cavidade oral 
apresentam as seguintes funções: 
 Mantém a túnica mucosa da 
boca úmida; 
 Lubrifica o alimento durante a 
mastigação; 
 Inicia a digestão de amidos; 
 Atua como “colutório” 
intrínseco; 
 É importante na prevenção das 
cáries dentais e no paladar. 
 
Fonte 21: Toda matéria 
Além das glândulas salivares 
principais, há pequenas glândulas 
salivares acessórias dispersas no 
palato, nos lábios, nas bochechas, nas 
tonsilas e na língua. 
GLÂNDULA PARÓTIDA 
As glândulas parótidas são as maiores 
dos três pares de glândulas salivares. 
Elas estão anteriormente ao músculo 
esternocleidomastóide, em posição 
lateral e posterior aos ramos da 
mandíbula e aos músculos masseteres, 
dentro de bainhas fibrosas inflexíveis. 
Além disso, drenam anteriormente 
através de ductos únicos que entram 
no vestíbulo da boca diante dos 
segundos molares maxilares. 
 
Fonte 22: Kenhub 
Embora o plexo intraparotídeo do 
nervo facial (NC VII) esteja inserido na 
glândula parótida, os ramos que se 
estendem dela para inervar os 
músculos da expressão facial são 
encontrados durante a dissecção da 
face. 
A dissecção da região 
parotideomassetérica deve ser 
concluída antes da dissecção da 
região infratemporal e músculos da 
mastigação ou do trígono carótico do 
pescoço. A glândula submandibular é 
encontrada principalmente durante a 
dissecção do trígono submandibular 
do pescoço, e as glândulas sublinguais 
ao dissecar o assoalho da boca. 
A glândula parótida é revestida por 
uma cápsula fascial resistente e 
inflexível, a fáscia (cápsula) parotídea, 
derivada da lâmina superficial da fáscia 
cervical. Ela tem formato irregular 
porque a área 
ocupada pela glândula, o leito 
parotídeo, situa-se 
anteroinferiormente ao meato acústico 
externo, onde está inserida entre o 
ramo da mandíbula e o processo 
mastoide. 
O tecido adiposo entre os lobos 
confere a flexibilidade 
que a glândula deve ter para permitir 
o movimento da mandíbula. O ápice 
da glândula parótidasitua-se 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
posteriormente ao ângulo da 
mandíbula, e sua base relaciona-se 
com o arco zigomático. A face lateral 
subcutânea da glândula parótida é 
quase plana. 
O ducto parotídeo segue 
horizontalmente a partir da margem 
anterior da glândula. Na margem 
anterior do músculo masseter, o ducto 
volta-se medialmente, perfura o 
músculo bucinador e entra na 
cavidade oral através de uma 
pequena abertura em frente ao 2º 
dente molar maxilar. 
Inseridos na substância da glândula 
parótida, da região superficial para 
a profunda, estão o plexo 
intraparotídeo do nervo facial (NC VII) 
e seus ramos, a veia retromandibular e 
a artéria carótida externa. Na fáscia 
parotídea e na glândula estão os 
linfonodos parotídeos. 
 
Fonte 23: Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição. 
Embora o plexo intraparotídeo do NC 
VII esteja inserido na glândula, ela não 
é inervada pelo NC VII. O nervo 
auriculotemporal, um ramo do NC V3, 
está intimamente relacionado com a 
glândula parótida e segue 
superiormente a ela com os vasos 
temporais superficiais. O nervo 
auriculotemporal e o nervo auricular 
magno, um ramo do plexo cervical 
formado por fibras dos nervos espinais 
C2 e C3, inervam a fáscia parotídea e a 
pele sobrejacente. 
O componente parassimpático do 
nervo glossofaríngeo (NC IX) envia 
fibras secretoras pré-ganglionares 
para o gânglio ótico. As fibras 
parassimpáticas pós-ganglionares são 
conduzidas do gânglio até a glândula 
pelo nervo auriculotemporal. 
A estimulação das fibras 
parassimpáticas produz saliva fina e 
aquosa. As fibras simpáticas são 
derivadas dos gânglios cervicais 
através do plexo nervoso carotídeo 
externo sobre a artéria carótida 
externa. 
A atividade vasomotora dessas fibras 
reduz a secreção da glândula. Fibra 
nervosas sensitivas seguem até a 
glândula através dos nervos auricular 
magno e auriculotemporal. 
 
Fonte 24: Universidad virtual de salud 
GLÂNDULAS 
SUBMANDIBULARES 
As glândulas submandibulares situam-
se ao longo do corpo da mandíbula, 
parte superior e parte inferior à 
metade posterior da mandíbula, e 
parte superficial e parte profunda ao 
músculo milo-hióideo. 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
 
Fonte 25: Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição. 
O ducto submandibular, com cerca de 
5 cm de comprimento, origina-se da 
parte da glândula situada entre os 
músculos milo-hióideo e hioglosso. 
Seguindo da região lateral para a 
região medial, o nervo lingual faz uma 
volta sob o ducto que segue 
anteriormente, abrindo-se por meio 
de um a três óstios em uma pequena 
papila sublingual ao lado da base do 
frênulo da língua. Esses óstios são 
visíveis, e pode-se ver o gotejamento 
da saliva (ou a pulverização durante o 
bocejo). 
A irrigação arterial das glândulas 
submandibulares provém das artérias 
submentuais. As veias acompanham as 
artérias. E os vasos linfáticos das 
glândulas, por sua vez, terminam nos 
linfonodos cervicais profundos, 
sobretudo no linfonodo júguloomo-
hióideo. 
As glândulas submandibulares são 
supridas por fibras secretomotoras 
parassimpáticas pré-ganglionares que 
são conduzidas, pelo nervo corda do 
tímpano, do nervo facial para o nervo 
lingual, e fazem sinapse com 
neurónios pós-ganglionares no 
gânglio submandibular. As últimas 
fibras acompanham artérias para 
chegar à glândula, juntamente com 
fibras simpáticas pós-ganglionares 
vasoconstritoras do gânglio cervical 
superior. 
GLÂNDULAS SUBLINGUAIS 
As glândulas sublinguais são as 
menores e mais profundas glândulas 
salivares. Cada glândula amendoada 
situa-se no assoalho da boca entre a 
mandíbula e o músculo genioglosso 
 
Fonte 26: 
https://image.slidesharecdn.com/classificasoda
sglndulassalivares-140310004249-
phpapp01/95/odontologia-classificaso-das-
glndulas-salivares-12-638.jpg?cb=1394412463 
As glândulas de cada lado se unem 
para formar massa em formato de 
ferradura ao redor do centro de tecido 
conectivo do frênulo da língua. Muitos 
pequenos ductos sublinguais abrem-
se no assoalho da boca ao longo das 
pregas sublinguais. 
A irrigação arterial das glândulas 
sublinguais é feita pelas artérias 
sublinguais e submentuais, ramos das 
artérias lingual e facial, 
respectivamente. 
Os nervos das glândulas acompanham 
os nervos da glândula submandibular. 
As fibras secretomotoras 
parassimpáticas pré-ganglionares são 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
conduzidas pelos nervos facial, corda 
do tímpano e lingual e fazem sinapse 
no gânglio submandibular. 
CORRELAÇÕES 
ANATOMOCLÍNICAS 
FENDA LABIAL 
A fenda labial é uma anomalia 
congênita (geralmente do lábio 
superior) que ocorre em 1 a cada 1.000 
nascimentos; 60 a 80% dos lactentes 
afetados são do sexo masculino. 
 As fendas variam de um pequeno 
entalhe na zona de transição do lábio e 
na margem vermelha até uma incisura 
que atravessa o lábio e se estende até 
o nariz. Em casos graves, a fenda 
estende-se mais profundamente e é 
contínua com uma fenda no palato. A 
fenda labial pode ser uni ou bilateral. 
 
Fonte 27: MSD Manuals 
CIANOSE LABIAL 
Os lábios, como os dedos das mãos, 
têm um fluxo sanguíneo abundante e 
relativamente superficial. Por causa 
disso, podem perder calor corporal de 
modo desproporcional quando 
expostos ao frio. 
Ambos têm anastomoses 
arteriovenosas inervadas pelo sistema 
simpático, capazes de redirecionar 
uma parte considerável do sangue de 
volta para o centro do corpo, 
reduzindo a perda de calor e, ao 
mesmo tempo, provocando a cianose 
dos lábios e dedos das mãos. 
A cianose coloração azul-escura ou 
arroxeada dos lábios e mucosas, 
resulta da oxigenação deficiente do 
sangue capilar e é um sinal de muitas 
doenças. A coloração azulada comum 
dos lábios causada pela exposição ao 
frio não indica doença; na verdade, 
resulta da diminuição do fluxo 
sanguíneo nos leitos capilares 
supridos pelas artérias labiais 
superior e inferior e do aumento da 
extração de oxigênio. O aquecimento 
simples restaura a coloração normal 
dos lábios. 
 
Fonte 28: ps://dzos.ru 
HIPERTROFIA DO FRÊNULO 
LABIAL 
A hipertrofia do frênulo do lábio 
superior em crianças pode ocasionar o 
surgimento de um espaço entre os 
dentes incisivos centrais. 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
A ressecção do frênulo e do tecido 
conjuntivo subjacente (frenulectomia) 
entre os incisivos permite a 
aproximação dos dentes, o que pode 
exigir o uso de um aparelho 
ortodôntico. 
A hipertrofia do frênulo do lábio 
inferior em adultos pode tracionar a 
gengiva labial e contribuir para a 
retração gengiva, o que resulta em 
exposição anormal das raízes dos 
dentes. 
 
Fonte 29: DIASTEMA INTERINCISAL SUPERIOR 
ASSOCIADO AO FREIO LABIAL. Tamires 
Decavatá Oliveira. 2018. 
FENDA PALATINA 
A fenda palatina, com ou sem fenda 
labial, acomete cerca de 1 em cada 
2.500 recém-nascidos e é mais comum 
no sexo feminino. 
A fenda pode acometer apenas a 
úvula, conferindo-lhe uma aparência 
em rabo de peixe, ou pode estender-
se ao longo dos palatos mole e duro. 
Em casos graves associados à fenda 
labial, a fenda palatina estende-se 
através dos processos alveolares das 
maxilas e dos nos dois lados. 
A origem embriológica da fenda 
palatina é a ausência de encontro e 
fusão das massas mesenquimais nos 
processos palatinos laterais entre si, 
com o septo nasal e/ou com a margem 
posterior do processo palatino 
mediano. 
 
Fonte 30: Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição. 
FARINGE 
A faringe é a segunda porção das vias 
digestivas e respiratórias, que nela se 
entrecruzam. É um conduto 
musculomembranoso, situado atrás 
dasfossas nasais, da cavidade bucal e 
da cavidade da laringe (ocupando o 
espaço compreendido entre a base do 
crânio e, aproximadamente, o nível 
inferior da cartilagem cricóidea – 6ª 
vértebra cervical) que faz 
comunicação com o esôfago e a 
laringe nos sistemas digestivo e 
respiratório, respectivamente. 
 
Fonte 31:Mundo educação 
Esta dupla função da faringe só 
possível graças a presença da 
epiglote. Situada na parte superior da 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
laringe, normalmente permanece 
aberta, permitindo a comunicação 
aérea entre a laringe e o exterior, mas 
fecha-se durante a deglutição, 
bloqueando a entrada da laringe e 
fazendo com que o bolo alimentar se 
dirija obrigatoriamente para o 
esôfago. 
 
Fonte 32: Yokochi - anatomia humana: atlas 
fotográfico da anatomia sistêmica e regional. 5ª 
edição. 2005. 
A deglutição é um complexo fenómeno 
que compreende duas fases: 
 Durante a primeira fase da 
deglutição, sucedem-se de 
forma sequencial e coordenada 
três processos mecânicos: 
o A base da língua 
impulsiona o bolo 
alimentar para a 
garganta, enquanto a 
parte posterior do 
palato mole se eleva, de 
modo a impedir a sua 
passagem para as fossas 
nasais; 
o As paredes da faringe 
contraem-se de cima 
para baixo e 
impulsionam o bolo 
alimentar nessa direção; 
o Em simultâneo, a 
epiglote dobra-se 
(obstruindo a entrada 
da laringe) enquanto o 
esfíncter esofágico 
superior se dilata 
(permitindo a entrada 
do bolo alimentar para o 
interior do órgão). 
 Durante a deglutição não se 
pode inspirar ar, pois a laringe 
permanece fechada. Contudo, 
no resto do tempo, o esfíncter 
esofágico superior mantém-se 
fechado, enquanto a laringe 
permanece aberta, o que 
obriga o ar a seguir o seu 
caminho pelas vias 
respiratórias. 
NASOFARINGE 
A parte nasal da faringe tem função 
respiratória; é a extensão posterior 
das cavidades nasais. O nariz abre-se 
para a parte nasal da faringe através 
de dois cóanos (aberturas pares entre 
a cavidade nasal e a parte nasal da 
faringe). O teto e a parede posterior da 
parte nasal da faringe formam uma 
superfície contínua situada 
inferiormente ao corpo do esfenoide e 
à parte basilar do occipital. 
 
Fonte 33: Atlas de anatomia humana - Netter. 6ª 
edição. 2015. 
O tecido linfoide abundante na faringe 
forma um anel tonsilar incompleto ao 
redor da parte superior da faringe. Ele 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
é agregado em algumas regiões para 
formar massas denominadas tonsilas. 
As tonsilas são órgãos do sistema 
linfoide, ou seja, têm como função 
proteção contra infecções e formam o 
anel linfático da faringe. Possuem 
inúmeras vilosidades que multiplicam 
a sua área de superfície, permitindo-
lhes captar, filtrar e destruir com maior 
eficácia os micro-organismos e os 
agentes contaminantes externos. 
Existe uma cadeia de tonsilas para 
proteger vias aéreas, já que há intenso 
contato com o meio externo pela 
respiração e alimentação. 
TONSILAS FARÍNGEAS 
A tonsila faríngea (comumente 
chamada de adenoide quando 
aumentada) está situada na túnica 
mucosa do teto e parede posterior da 
parte nasal da faringe. Uma prega 
vertical de mucosa, a prega 
salpingofaríngea, estende-se 
inferiormente a partir da extremidade 
medial da tuba auditiva. Ela cobre o 
músculo salpingofaríngeo, que abre o 
óstio faríngeo da tuba auditiva durante 
a deglutição. 
 
Fonte 34: 
https://i2.wp.com/trabalhosparaescola.com.br/
wp-
content/uploads/2018/07/amigdalas.jpg?fit=700
%2C400&ssl=1 
A coleção de tecido linfoide na tela 
submucosa da faringe perto do óstio 
faríngeo da tuba auditiva é a tonsila 
tubária. 
Posteriormente ao toro tubário 
(conjunto musculomembranoso que se 
localiza em torno da faríngea da tuba 
auditiva), e à prega salpingofaríngea 
há uma projeção lateral da faringe, 
semelhante a uma fenda, o recesso 
faríngeo, que se estende lateral e 
posteriormente. 
OROFARINGE 
A parte oral da faringe tem função 
digestória. Os limites são: superior, 
palato mole; inferior, base da língua; 
laterais, arcos palatoglosso e 
palatofaríngeo. Estende-se do palato 
mole até a margem superior da 
epiglote. 
 
Fonte 35: Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição. 
A deglutição é o processo completo 
que transfere um bolo de alimento da 
boca através da faringe e esôfago para 
o estômago. O alimento sólido é 
mastigado e misturado com a saliva 
para formar um bolo macio e mais fácil 
de engolir. A deglutição ocorre em 
três estágios: 
 Estágio 1: voluntário; o bolo é 
comprimido contra o palato e 
empurrado da boca para a 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
parte oral da faringe, 
principalmente por 
movimentos dos músculos da 
língua e do palato mole; 
 Estágio 2: involuntário e 
rápido; o palato mole é 
elevado, isolando a parte nasal 
da faringe das partes oral e 
laríngea. A faringe alarga-se e 
encurta-se para receber o bolo 
alimentar enquanto os 
músculos supra-hióideos e os 
músculos faríngeos 
longitudinais se contraem, 
elevando a laringe; 
 Estágio 3: involuntário; a 
contração sequencial dos três 
músculos constritores da 
faringe cria uma crista 
peristáltica que força a descida 
do bolo alimentar para o 
esôfago. 
 
Fonte 36: Toda matéria. 
TONSILAS PALATINAS 
As tonsilas palatinas são coleções de 
tecido linfoide de cada lado da parte 
oral da faringe no intervalo entre os 
arcos palatinos. A tonsila não ocupa 
toda a fossa tonsilar entre os arcos 
palatoglosso e palatofaríngeo em 
adultos. 
 
Fonte 37: Drauzio Varella 
A fossa tonsilar, na qual está situada a 
tonsila palatina, situa-se entre esses 
arcos. Ela é formada pelo músculo 
constritor superior da faringe e pela 
lâmina fibrosa e fina da fáscia 
faringobasilar. Esta fáscia funde-se ao 
periósteo da base do crânio e define os 
limites da parede faríngea em sua 
parte superior. 
LARINGOFARINGE 
A parte laríngea da faringe situa-se 
posteriormente à laringe, estendendo-
se da margem superior da epiglote e 
das pregas faringoepiglóticas até a 
margem inferior da cartilagem 
cricóidea, onde se estreita e se torna 
contínua com o esôfago. 
Posteriormente, a parte laríngea da 
faringe mantém relação com os corpos 
das vértebras C IV a C VI. 
As paredes posterior e lateral são 
formadas pelos músculos constritores 
médio e inferior da faringe. 
Internamente a parede é formada 
pelos músculos palatofaríngeo e 
estilofaríngeo. A parte laríngea da 
faringe comunica-se com a laringe 
através do ádito da laringe em sua 
parede anterior. 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
 
Fonte 38: Atlas de anatomia humana - Netter. 6ª 
edição. 2015. 
O recesso piriforme é uma pequena 
depressão da parte laríngea da faringe 
de cada lado do ádito da laringe. Esse 
recesso é revestido por uma túnica 
mucosa é separado do ádito da laringe 
pela prega ariepiglótica. 
Lateralmente, o recesso piriforme é 
limitado pelas faces mediais da 
cartilagem tireóidea e pela membrana 
tíreo-hióidea. 
Os ramos dos nervos laríngeo interno 
e laríngeo recorrente situam-se 
profundamente à túnica mucosa do 
recesso piriforme e são vulneráveis à 
lesão quando um corpo estranho se 
aloja no recesso. 
 
Fonte 39: https://anatomiaefisioterapia.com/7-
laringe/ 
TUBA AUDITIVA 
A tuba auditiva (trompa de Eustáquio) 
liga a nasofaringe ao ouvido médio e 
possui uma parte óssea e uma parte 
cartilaginosa. 
A passagem de ar da faringe para o 
ouvido, através da tuba auditiva, 
permite manter equilíbrio entre a 
pressão interna do ouvido e a pressão 
atmosférica. 
Os movimentos de deglutição e 
mastigação forçam a abertura do óstio 
faríngeo da tuba auditiva, permitindoa 
passagem de ar. 
 
Fonte 40: 
https://dsrrl2qsquyq4.cloudfront.net/wp-
content/uploads/2014/11/ouvido.jpg 
Óstio faríngeo da tuba auditiva: 
orifício que liga tuba auditiva à faringe. 
É delimitado por uma prega de 
mucosa e de músculo (torus tubário). 
Recesso faríngeo: localizado atrás do 
torus tubário. 
Quando o indivíduo está gripado, com 
acúmulo de secreção impedindo a 
passagem de ar, não é recomendado 
mergulhar em profundidade porque 
não vai equalizar pressão e pode 
estourar a membrana timpânica. 
MÚSCULOS DA FARINGE 
A parede da faringe é excepcional 
para o trato alimentar pois tem uma 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
lâmina muscular formada apenas por 
músculo voluntário disposto em uma 
camada interna de músculo 
longitudinal e uma camada circular 
externa. 
 
Fonte 41: SanarFlix. 
A maior parte do trato alimentar é 
composta de músculo liso, com uma 
camada de músculo longitudinal 
externa e uma camada 
circular interna. 
A camada circular externa de 
músculos faríngeos consiste em três 
constritores da faringe: superior, 
médio e inferior. Os músculos 
longitudinais internos são o 
palatofaríngeo, o estilofaríngeo e o 
salpingofaríngeo. Esses músculos 
elevam a laringe e encurtam a faringe 
durante a deglutição e a fala. 
 
Os músculos constritores da faringe 
têm um revestimento fascial interno 
forte, a fáscia faringobasilar e 
um revestimento fascial externo fino, a 
fáscia bucofaríngea. Inferiormente, a 
fáscia bucofaríngea funde-se 
com a lâmina pré-traqueal de fáscia 
cervical profunda. 
A contração dos músculos constritores 
da faringe é involuntária, de 
modo que a contração ocorre de modo 
sequencial da extremidade superior 
para a extremidade inferior da faringe, 
impulsionando o alimento para o 
esôfago. 
Os três músculos constritores são 
supridos pelo plexo nervoso faríngeo 
formado por ramos faríngeos dos 
nervos vago e glossofaríngeo e por 
ramos simpáticos do gânglio cervical 
superior. 
O plexo faríngeo situa-se na parede 
lateral da faringe, principalmente 
sobre o músculo constritor médio. 
 
A superposição dos músculos 
constritores da faringe deixa quatro 
aberturas na musculatura para a 
entrada ou saída de 
estruturas da faringe: 
1. Superiormente ao músculo 
constritor superior da faringe, o 
músculo levantador do véu 
palatino, a tuba auditiva e a 
artéria palatina ascendente 
atravessam uma abertura entre 
o músculo constritor superior e 
o crânio. É aqui que a fáscia 
faringobasilar funde-se à fáscia 
bucofaríngea para formar, com 
a túnica mucosa, a parede fina 
do recesso faríngeo; 
2. Uma abertura entre os 
músculos constritores superior 
e médio da faringe permite a 
passagem do músculo 
estilofaríngeo, nervo 
glossofaríngeo e ligamento 
estilo-hióideo até a face interna 
da parede da faringe; 
3. Uma abertura entre os 
músculos constritores médio e 
inferior da faringe permite que 
o ramo interno do nervo 
laríngeo superior e a artéria e 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
veia laríngeas superiores 
sigam até a laringe; 
4. Uma abertura inferior ao 
músculo constritor inferior da 
faringe permite que o nervo 
laríngeo recorrente e a artéria 
laríngea inferior sigam 
superiormente até a laringe. 
 
Fonte 42: Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição. 
 CORRELAÇÕES 
ANATOMOCLÍNICAS 
ADENOIDITE 
A inflamação das tonsilas faríngeas 
(adenoide) é denominada adenoidite. 
Esse distúrbio pode obstruir a 
passagem de ar das cavidades nasais 
através dos cóanos para a parte nasal 
da faringe e exigir a respiração bucal. 
A infecção das tonsilas faríngeas 
aumentadas pode disseminar-se para 
as tonsilas tubárias, causando edema e 
fechamento das tubas auditivas. O 
comprometimento da audição pode 
resultar de obstrução nasal e da 
obstrução das tubas auditivas. 
A propagação da infecção da parte 
nasal da faringe para a orelha média 
causa otite média (infecção da orelha 
média), o que pode acarretar surdez 
temporária ou permanente. Por vezes 
as tonsilas palatinas e faríngeas são 
removidas na mesma cirurgia 
(tonsilectomia e adenoidectomia). 
 
Fonte 43: educar saúde. 
AMIGDALITE 
amigdalite é a inflamação das tonsilas 
palatinas que pode ser causada tanto 
por vírus quanto por bactérias. 
Indivíduos que apresentam amigdalite 
infecciosa de repetição podem 
remover cirurgicamente as amígdalas, 
mas este procedimento só é indicado 
em algumas situações. 
 
Fonte 44: banco da saúde. 
DIVERTÍCULO DE ZENKER 
O divertículo de Zenker ou divertículo 
faringoesofágico é uma projeção 
sacular da mucosa e da submucosa da 
transição faringoesofágica, que se 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
assenta acima do músculo 
cricofaríngeo, sendo um 
pseudodivertículo. 
O divertículo surge 
caracteristicamente no músculo 
constritor inferior da faringe, entre as 
fibras oblíquas dos constritores 
posteriores da faringe e o músculo 
cricofaríngeo ou EES. A transição na 
direção destas fibras musculares 
(trígono de Killian) representa um 
ponto de fraqueza potencial na faringe 
posterior. 
O divertículo de Zenker é um 
divertículo de pulsão resultante de 
uma incoordenação do EES, também 
chamada de acalasia do cricofaríngeo. 
O bolus deglutido exerce pressão 
dentro da faringe acima do EES e faz a 
mucosa e a submucosa eventualmente 
herniar através da área 
anatomicamente frágil proximal ao 
músculo cricofaríngeo. O divertículo 
aumenta, deita sobre o músculo 
cricofaríngeo e disseca inferiormente 
no espaço pré-vertebral posterior ao 
esôfago, em alguns casos, 
profundamente no mediastino 
posterior. 
Os divertículos de Zenker são 
usualmente assintomáticos 
inicialmente e, na maioria das vezes, 
são descobertos durante uma 
avaliação radiográfica de rotina. 
Pacientes sintomáticos podem 
queixar-se de uma sensação vaga ou 
desconforto na garganta, tosse 
intermitente, salivação excessiva, e 
disfagia intermitente (particularmente 
com alimentos sólidos). Quando o 
divertículo aumenta, especialmente 
em pessoas idosas, desenvolvem-se 
sintomas mais graves, incluindo 
disfagia cervical, sons durante a 
deglutição, regurgitação de alimentos 
ingeridos várias horas antes, halitose, 
alteração da voz, dor retroesternal, e 
obstrução respiratória. 
Para auxiliar a deglutição, os pacientes 
desenvolvem frequentemente várias 
manobras, incluindo limpar a 
garganta, tossir, ou aplicar pressão no 
pescoço. Em casos raros, o divertículo 
pode ficar tão grande que obstrui o 
esôfago. A complicação mais grave 
associada ao divertículo de Zenker é a 
aspiração, especialmente noturna, que 
pode causar pneumonia ou abscesso 
pulmonar. 
Outras complicações incluem 
perfuração, hemorragia e câncer. Um 
esofagograma com bário estabelece o 
diagnóstico. Por ser a origem do 
divertículo posterior, as incidências 
laterais são essenciais. As incidências 
anteriores são úteis para confirmar o 
lado da alteração. 
 
Fonte: LAP - UFPel Fonte: SPED
Fonte: PUC Campinas Fonte: Souto; dos Santos. 2004.
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
ESÔFAGO 
O esôfago é um tubo muscular de 
aproximadamente 25 centímetros de 
comprimento, com um diâmetro médio 
de 2 centímetros que conduz alimento 
da faringe de para o estômago. 
 
Fonte 45: Yokochi - anatomia humana: atlas 
fotográfico da anatomia sistêmica e regional. 5ª 
edição. 2005. 
A fluoroscopia após ingestão de bário 
mostra que o esófago normalmente 
tem 3 constrições onde estruturas 
adjacentes deixam impressões: 
 Constrição cervical (esfíncter 
superior do esófago): Tem seu 
início na junção 
faringoesofágica a 
aproximadamente 15 
centímetros dos dentes 
incisivos. É causada pelaparte 
cricofaríngea do músculo 
constritor inferior da faringe; 
 Constrição broncoaórtica 
(torácica): Uma constrição 
combinada no local onde 
ocorre primeiro o cruzamento 
do arco da aorta a 22,5 
centímetros dos dentes 
incisivos, e depois o 
cruzamento pelo brônquio 
principal esquerdo e a 27,5 
centímetros dos dentes 
incisivos. A 1ª constrição é 
observada em vistas 
anteroposteriores e a 2ª em 
vistas laterais; 
 Constrição diafragmática: No 
local onde atravessa o hiato 
esofágico do diafragma, 
aproximadamente 40 
centímetros dos dentes 
incisivos. 
 
Fonte 46: Netter & Machado. Atlas interativo de 
Anatomia Humana. 2004. 
O conhecimento destas construções é 
importante ao introduzir instrumentos 
no estômago através do esófago e ao 
examinar radiografias de paciente 
com disfagia. 
O esôfago segue a curva da coluna 
vertebral ao descer através do 
pescoço e do mediastino, a divisão 
mediana da cavidade torácica. 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
Esse órgão tem lâminas musculares 
circulares internas e longitudinais 
externas. Em seu terço superior, a 
lâmina externa consiste em músculo 
estriado voluntário. O terço inferior é 
formado por músculo liso, e o terço 
médio tem os dois tipos de músculo. 
Ele atravessa o hiato esofágico elíptico 
no pilar muscular direito do 
diafragma, logo à esquerda do plano 
mediano no nível da vértebra T10 e 
termina entrando no estômago no óstio 
cárdico do estômago à esquerda da 
linha mediana ao nível da 7ª 
cartilagem costal esquerda e da 
vértebra T11. 
Além disso, o esôfago é circundado 
pelo plexo nervoso esofágico 
distalmente. O alimento atravessa o 
esôfago rapidamente em razão da 
ação peristáltica de sua musculatura, 
auxiliado pela gravidade, mas não 
depende dela (é possível engolir de 
cabeça para baixo). 
O esôfago está fixado às margens do 
hiato esofágico no diafragma pelo 
ligamento frênico esofágico, uma 
extensão da fáscia diafragmática. Esse 
ligamento permite o movimento 
independente do diafragma e do 
esôfago durante a respiração e a 
deglutição. 
A parte abdominal do esôfago, em 
forma de trompete, com apenas 25 
centímetros de comprimento, vai do 
hiato esofágico no pilar direito do 
diafragma até o óstio cárdico do 
estômago, alargando-se à medida que 
se aproxima. Em porção anterior e à 
esquerda na sua descida, a face 
anterior é coberta por peritônio. Na 
cavidade peritoneal continua com 
aquele que reveste a face anterior do 
estômago. 
A face posterior da parte abdominal do 
esófago é recoberta por peritônio da 
bolsa omental, contínuo com aquele 
que reveste a parte posterior do 
estômago. A junção esófago gástrica 
situa-se à esquerda da vértebra T11 no 
plano horizontal que atravessa a 
extremidade do processo xifoide. 
Os cirurgiões e endoscopistas 
designam a linha Z, uma linha e 
regular, em que a mudança abrupta da 
mucosa esofágica para a mucosa 
gástrica. Como a junção 
imediatamente superior a essa 
musculatura diafragmática, que forma 
o hiato esofágico, funciona como este 
esfíncter inferior do esófago 
fisiológico, que se contrai e relaxa, 
exames radiológicos mostram que o 
alimento para momentaneamente 
neste lugar e que o mecanismo 
normalmente é eficiente para evitar 
refluxo do conteúdo gástrico para o 
esôfago. 
 
Fonte 47: 
https://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A
%2F%2Fwww.gastroalgarve.pt%2Fdrge.htm&psi
g=AOvVaw33pYg9ZZeh2pIi9bWEFt12&ust=16276
82628248000&source=images&cd=vfe&ved=0CA
sQjRxqFwoTCMi8gr2kifICFQAAAAAdAAAAABA
N 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
Quando uma pessoa não está comendo 
o lúmen do esôfago normalmente 
encontra-se colapsado acima desse 
nível para evitar a regurgitação de 
alimentos ou suco gástrico para o 
esôfago. 
VASCULARIZAÇÃO DO 
ESÔFAGO 
A irrigação arterial da parte 
abdominal do esôfago é feita pela 
artéria gástrica esquerda, um ramo do 
tronco celíaco, e pela artéria frênica 
inferior esquerda. 
 
Fonte 48: KenHub. 
A drenagem venosa das veias 
submucosas dessa parte do esôfago se 
faz para o sistema venoso porta através 
da veia gástrica esquerda, e para o 
sistema venoso sistêmico pelas veias 
esofágicas que entram na veia ázigo. 
 
Fonte 49: 
https://www.passeidireto.com/arquivo/6861915
4/ok-anatomia-do-esofago-e-estomago-evandro 
DRENAGEM LINFÁTICA 
A drenagem linfática da parte 
abdominal do esôfago se faz para os 
linfonodos gástricos esquerdos. Os 
vasos linfáticos eferentes desses 
linfonodos drenam principalmente 
para os linfonodos celíacos. 
 
Fonte 50: Daniel Paulino Santana. 
INERVAÇÃO DO ESÔFAGO 
O esôfago é inervado pelo plexo 
esofágico, formado pelos troncos 
vagais, que se formam nos ramos 
gástricos anteriores e posterior, e 
pelos troncos simpáticos torácicos por 
meio dos nervos esplâncnicos maiores 
e plexos peri-arteriais ao redor das 
artérias gástrica esquerda e frênica 
inferior. 
 
Fonte 51:KenHub. 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
CORRELAÇÕES 
ANATOMOCLÍNICAS 
VARIZES ESOFÁGICAS 
Como drenam para os sistemas 
venosos porta e sistêmico, as veias 
submucosas da parte inferior do 
esôfago constituem uma anastomose 
portossistêmica. 
Na hipertensão porta (aumento 
anormal da pressão arterial do sistema 
venoso porta), o sangue não consegue 
atravessar o fígado através da veia 
porta, causando inversão do fluxo na 
tributária esofágica. 
O grande volume de sangue causa 
aumento acentuado das veias 
submucosas, com formação de varizes 
esofágicas. Esses canais colaterais 
distendidos podem se romper e causar 
hemorragia grave, com risco à vida e 
difícil controle cirúrgico. As varizes 
esofágicas são frequentes em 
portadores de cirrose alcoólica do 
fígado. 
 
Fonte 52: Dr. Eduardo Ramos 
PIROSE 
A pirose ou “azia” é o tipo mais comum 
de desconforto esofágico ou dor 
subesternal. 
A sensação de queimação na parte 
abdominal do esôfago geralmente é 
causada pela regurgitação de 
pequenas quantidades de alimento ou 
líquido gástrico para a parte inferior 
do esôfago (doença do refluxo 
gastresofágico – DRGE). 
A pirose também pode estar associada 
à hérnia de hiato e é frequentemente 
percebida como uma sensação 
torácica. 
 
Fonte 53: 
https://www.pluricosmetica.com/pluriblog/azia
-ou-pirose-sabe-o-que-e-como-tratar/ 
HÉRNIA DE HIATO 
A hérnia de hiato é a protrusão de uma 
parte do estômago para o mediastino 
através do hiato esofágico do 
diafragma. As hérnias são mais 
frequentes após a meia-idade, 
provavelmente devido ao 
enfraquecimento da parte muscular do 
diafragma e alargamento do hiato 
esofágico. 
 
Fonte 54: MSD Manuals 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
Embora clinicamente haja vários tipos 
de hérnias de hiato, os dois principais 
tipos são a hérnia de hiato 
paraesofágica e a hérnia de hiato por 
deslizamento. 
Na hérnia de hiato paraesofágica, 
menos comum, a cárdia permanece 
em sua posição normal. Entretanto, 
uma bolsa de peritônio, 
frequentemente contendo parte do 
fundo gástrico, estende-se através do 
hiato esofágico anteriormente ao 
esôfago. Nesses casos, geralmente 
não há regurgitação do conteúdo 
gástrico porque o óstio cárdico está 
em sua posição normal. 
 
Fonte 55: Endoscopia terapêutica 
Na hérnia de hiato por deslizamento, 
mais comum, a parte abdominal do 
esôfago, a cárdia e parte do fundo 
gástrico deslizam superiormente 
através do hiato esofágico para o 
tórax, sobretudo quando a pessoa se 
deita ou se curva para a frente. É 
possível que haja alguma regurgitação 
do conteúdo gástrico para o esôfago, 
pois a ação de clampeamento do pilar 
direito do diafragma na extremidade 
inferior do esôfago é fraca. 
 
Fonte 56: Endoscopia terapêuticaESTÔMAGO 
O estômago consiste em um órgão 
abdominal importantíssimo 
pertencente ao tubo digestivo, situado 
no quadrante superior direito e, 
principalmente no quadrante superior 
esquerdo. Ele desempenha um papel 
importante no armazenamento 
temporário e na digestão enzimática 
dos alimentos. 
 
Fonte 57: Yokochi - anatomia humana: atlas 
fotográfico da anatomia sistêmica e regional. 5ª 
edição. 2005. 
 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
O estômago possui 2 curvaturas: 
 Curvatura maior: parte 
convexa, mais longa do 
estômago 
 Curvatura menor: parte 
côncava, mais curta do 
estômago 
 
Fonte 58: Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição. 
Além disso, podemos distinguir 
algumas porções anatômicas no 
estômago, sendo elas: 
 Cárdia: porção que realiza a 
transição com o esôfago. 
 Fundo gástrico: parte superior 
dilatada. Entre o fundo e o 
esôfago está situada a incisura 
cárdica. 
 Corpo gástrico: entre o fundo 
gástrico e o antro pilórico. 
 Parte pilórica: porção final do 
estômago, formada pelo antro 
pilórico, que é a parte mais 
alargada, e logo após o canal 
pilórico, sua parte mais 
estreita. E, o piloro que é um 
espessamento de músculo liso, 
um esfíncter, que realiza o 
controle da passagem dos 
alimentos em direção ao 
duodeno. Entre a curvatura 
menor e a parte pilórica está 
situada a incisura angular. 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL 
O estômago é um órgão ricamente 
vascularizado, inúmeras anastomoses 
são formadas entre as artérias, 
gerando uma abundante 
vascularização que é originada no 
tronco celíaco e em seus ramos. 
 
Fonte 59: Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição. 
O tronco celíaco origina 3 ramos, 
sendo eles: a artéria gástrica 
esquerda, artéria esplênica e artéria 
hepática comum. 
 
Fonte 60: 
https://pt.slideshare.net/MaraDeMantillaCastro
/ramas-de-la-aorta-56089843/4 
A vascularização arterial da curvatura 
menor se dá por anastomose da artéria 
gástrica esquerda, e da artéria 
gástrica direita, ramo da artéria 
hepática comum. 
A vascularização arterial da curvatura 
maior se dá por anastomose da artéria 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
gastromental direita, ramo da artéria 
gastroduodenal (que é ramo da artéria 
hepática comum), e pela artéria 
gastromental esquerda, ramo da 
artéria esplênica. 
Por fim, a vascularização arterial do 
fundo se dá por artérias gástricas 
curtas e posteriores, que são ramos da 
artéria esplênica. 
 
 
DRENAGEM VENOSA DO 
ESTÔMAGO 
A vascularização venosa acompanha a 
vascularização arterial. As veias 
gástricas direita e esquerda, na região 
da curvatura menor, drenam para a 
veia porta. 
Na região da curvatura maior, as veias 
gastromentais esquerdas drenam para 
a veia esplênica que se une a veia 
mesentérica superior, para formar a 
veia porta; e as veias gastromentais 
direitas drenam para a veia 
mesentérica superior. 
Por fim, na região do fundo, a 
drenagem venosa se dá pelas veias 
gástricas curtas que drenam para a 
veia esplênica. Também há uma veia 
pré-pilórica que ascende sobre o 
piloro e segue até a veia gástrica 
direita, sendo essa uma veia 
importante para os cirurgiões pois é 
facilmente visível, auxiliando na 
identificação do piloro. 
 
Fonte 63: Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição. 
DRENAGEM LINFÁTICA 
Há também a vascularização linfática, 
na qual os vasos linfáticos 
acompanham as artérias ao longo das 
curvaturas maior e menor. 
 
Fonte 64: Misodor 
Curvatura 
menor
A. Gástrica 
Direita 
A. Gástrica 
Esquerda
Curvatura 
Maior 
A. 
Gastromental 
Esquerda
A. 
Gastromental 
Direita
Fundo do 
estômago
Aa. Gástricas 
Curtas
A. Gástrica 
Posterior 
Fonte 62: Irrigação arterial do estômago. Autoria 
Própria. 
Tronco celíaco
A. Gástrica 
Esquerda
A. Esplênica
A. 
gastromental 
Direita
A. Gástricas 
Curtas e 
Posteriores
A. Hepática 
Comum
A. Gástrica 
Direita 
Fonte 61: Representação esquemática do tronco 
celíaco. Autoria Própria. 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
A porção que inclui a curvatura menor 
e grande parte do corpo gástrico é 
drenada para os linfonodos gástricos 
esquerdos. 
A parte direita da curvatura maior 
drena para linfonodos gastromentais 
ou linfonodos pilóricos. A parte 
esquerda da curvatura maior drena 
para linfonodos gastromentais ou 
linfonodos pancreaticoesplênicos. 
Uma porção da curvatura menor, 
correspondente a parte pilórica, drena 
para linfonodos gástricos direitos. 
Esses linfonodos principais drenam 
para os linfonodos celíacos, que por 
sua vez drenam para o ducto torácico. 
INTESTINO DELGADO 
Após o bolo alimentar transitar e 
passar o tempo necessário para sofrer 
ação do suco gástrico dentro do 
estômago, ele tem sua admissão 
controlada pelo esfíncter pilórico e 
alcança o intestino delgado. 
 
Fonte 65: Yokochi - anatomia humana: atlas 
fotográfico da anatomia sistêmica e regional. 5ª 
edição. 2005. 
O intestino delgado é o principal local 
de absorção de nutrientes. Em uma 
vista geral do intestino delgado, 
observamos as três porções desse 
componente do sistema digestório: 
1. Duodeno; 
2. Jejuno; 
3. Íleo. 
 
Fonte 66: InfoEscola. 
DUODENO 
O duodeno é a menor porção do 
intestino delgado, com cerca de 25 a 
30cm, e também a mais larga e mais 
fixa das três porções. Foi assim 
chamado pelos anatomistas por ter a 
extensão aproximada de 12 dedos 
transversos. 
 
Fonte 67: Atlas de anatomia humana - Netter. 6ª 
edição. 2015. 
Essa porção do intestino delgado 
possui formato de C e inicia-se no 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
piloro no lado direito (em relação à 
linha mediana), faz uma curva se 
dirigindo à linha mediana e termina-se 
no lado esquerdo, na flexura 
duodenojejunal, aproximadamente no 
nível de L2. 
 
Fonte 68:KenHub 
Grande parte do duodeno está fixada 
na parede abdominal posterior pelo 
peritônio. O duodeno pode ser divido, 
ainda, em 4 porções: 
 1ª porção: parte superior, 
bulbo ou ampola duodenal; 
 2ª porção: parte descendente ; 
 3ª porção: parte horizontal ou 
inferior; 
 4ª porção: parte ascendente A 
primeira porção é o local de 
maior acometimento de úlceras 
duodenais. 
 
Fonte 69: Ranniely Martins. Passei Direto. 
Além disso, dessas 4 partes, a 2ª é a 
mais importante do ponto de vista 
clínico-cirúrgico, pois é nela que irão 
desembocar as secreções vindas do 
fígado e do pâncreas. 
 
Fonte 70: Anatomia - Atlas 3D 
A 3ª porção é a secção mais longa, que 
cruza a veia cava inferior, a aorta e a 
coluna vertebral. 
 A 4ª porção ou parte ascendente 
segue superiormente e ao longo d o 
lado esquerdo da aorta e, após 
alcançar a cabeça do pâncreas, se 
curva anteriormente, no ângulo ou 
flexura duodenojejunal. 
O ligamento ou músculo suspensor do 
duodeno (músculo de Treitz) é uma 
prega de peritônio contendo fibras 
musculares que circunda a flexura 
duodenojejunal. 
 
Fonte 71: 
https://quizlet.com/mx/293884584/duodeno-
flash-cards/ 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
O duodeno é retroperitoneal, exceto 
em seu início que é ligado ao fígado 
pelo ligamento hepatoduonal (parte 
do omento maior). 
 
Fonte 72: 
https://pdfslide.tips/documents/abdomen-aula-
3.html 
Ele apresenta relações importantes 
com outras vísceras vizinhas, dentre as 
principais, a convexidade da 2ª porção 
com o rim direito e com a glândula 
suprarrenal direita e a concavidade 
duodenal que se dispõe ao redor da 
cabeça do pâncreas. Nesse último 
caso, alterações nessa região 
pancreática poderão acarretar 
compressão da concavidade duodenal 
e, por conseguinte, dificultar o 
esvaziamento desecreções nesse 
local, com repercussões sistêmicas 
imediatas. 
 
Fonte 73: Anatomia - Atlas 3D 
 
Fonte 74: Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição. 
Na 2ª porção duodenal, há a papila 
duodenal maior, região abaulada da 
mucosa duodenal em que há 
desembocadura da Ampola 
hepatopancreática ou Ampola de 
Vater, formada pela união do ducto 
colédoco (com a secreção biliar) e do 
ducto pancreático (de Wirsung). Além 
disso, há, em alguns casos, a presença 
da papila duodenal menor, que é o 
local onde desemboca o ducto 
pancreático acessório (de Santorini). 
Essas duas papilas têm os óstios que 
levam a esses ductos. 
 
Fonte 75: 
https://www.slideshare.net/ozimogama/anatom
an-do-sistema-digestrio 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
JEJUNO E ÍLEO 
O jejuno e íleo formam a maior parte 
do intestino delgado, cerca de 6 a 7 m 
de comprimento, e se distribuem 
através de alças, que ficam localizadas 
em uma espécie de moldura feita pelo 
intestino grosso. 
Juntas, essas duas porções do intestino 
delgado, têm um papel importante no 
processo da digestão, sobretudo na 
absorção. A superfície da mucosa do 
jejuno e do íleo apresenta vilosidades, 
pequenas projeções, que exercem 
função de absorção de nutrientes. 
Na vista anterior do abdome, é 
possível observar, entre as estruturas 
digestivas tubulares, que a disposição 
do jejuno e do íleo se dá na parte 
central, envolvidos por uma moldura 
(como se fosse um quadro) de intestino 
grosso. 
 
Fonte 76: Yokochi - anatomia humana: atlas 
fotográfico da anatomia sistêmica e regional. 5ª 
edição. 2005. 
O jejuno localizando-se mais superior 
e a esquerda - no quadrante superior 
esquerdo (QSE) -, e o íleo mais inferior 
e a direita - no quadrante inferior 
direito (QID). 
 
Fonte 77: Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição. 
Ainda que não exista demarcação 
nítida entre o jejuno e o íleo, algumas 
características como espessura da 
parede, coloração, quantidade de 
nódulos linfoides (Placas de Peyer), 
volume de pregas e perfil das arcadas 
arteriais permitem a diferenciação. 
 
Fonte 78: Atlas de anatomia humana - Netter. 6ª 
edição. 2015. 
Além disso, é possível perceber que 
as alças do intestino delgado são 
diferentes das alças do intestino 
grosso. 
Os limites dessa região do intestino 
delgado são a flexura duodenojejunal 
até o íleo-terminal, que estabelece 
relação anatômica íntima com a 
primeira porção do intestino grosso, o 
ceco. 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
 
Fonte 79: Atlas de anatomia humana - Netter. 6ª 
edição. 2015. 
As alças do intestino delgado estão 
presas à parede posterior por uma 
reflexão ou prega de peritônio em 
forma de leque, que é o chamada 
Mesentério, estrutura que permite 
mobilidade e condução de 
vascularização, inervação, linfonodos, 
no seu interior em meio ao tecido 
adiposo, para nutrir, drenar e inervar 
esses órgãos. 
 
Fonte 80: KenHub 
A irrigação arterial é toda oriunda da 
artéria mesentérica superior (AMS), 
via artérias jejunais e ileais, que se 
dispõem em arcadas. A artéria 
ileocólica supre a porção final do íleo, 
pelos ramos ileais, e o ceco, através 
dos ramos cecais 
 
Fonte 81: Atlas de anatomia humana - Netter. 6ª 
edição. 2015. 
A drenagem venosa do jejuno e íleo é 
realizada pela veia mesentérica 
superior. 
A transição entre intestino delgado 
(íleo) e intestino grosso (ceco) é feita 
por meio de uma projeção chamada de 
Papila ileal, antigamente chamada de 
válvula ileocecal. Essa papila forma 
dois lábios, um superior e outro 
inferior formando um esfíncter com um 
orifício entre eles. Essa válvula é 
responsável por evitar refluxo do ceco 
ao íleo e controlar a passagem de 
conteúdo do íleo ao ceco. 
 
Fonte 82: https://docplayer.com.br/105432843-
Morfofuncional-manifestacoes-abdominais.html 
CORRELAÇÕES 
ANATOMOCLÍNICAS 
CRPE 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
 
A segunda porção duodenal é a porção 
mais importante do duodeno, visto que 
recebe as secreções oriundas do 
sistema biliar e a secreção do 
pâncreas. 
Assim, a papila duodenal maior pode 
ser acessada por um endoscópio, 
através do qual pode ser injetado 
contraste nessa região. O contraste vai 
preencher a via pancreática e a via 
biliar e podemos então, através do 
exame Colangeopancreatotomografia 
retrógrada endoscópica, observar 
todo trajeto, integridade e perviedade 
dos ductos. 
 
Fonte 83: Dr. Ricardo Veloso 
Além da observação, essa técnica 
possibiliza uma opção terapêutica, 
visto que pode ser usada uma garra 
biloscópica para remoção de cálculos 
biliares. 
VÓLVULO INTESTINAL 
O mesentério que liga o intestino à 
parede lhe confere mobilidade, de 
suma importância. Porém, em alguns 
casos este pode ser muito longo e essa 
mobilidade ser prejudicial, causando 
torção do intestino em torno de si 
próprio. 
Essa situação, em que o mesentério, 
junto com os vasos que estão no seu 
interior, sofrem torção é chamada de 
volvo ou vólvulo. O vólvulo intestinal 
ocasiona isquemia do órgão, é 
considerada emergência médica, 
exigindo intervenção cirúrgica. 
 
Fonte 84: Journal of Emergency Medicine 
INTESTINO GROSSO 
O intestino grosso é o principal local 
de absorção de água do trato 
gastrintestinal, sendo responsável por 
converter o quimo líquido em fezes 
semissólidas. Após essa etapa, as fezes 
são armazenadas e acumuladas até o 
momento de defecação. 
Anatomicamente se localiza no 
abdome, representando uma espécie 
de "moldura" para o intestino delgado. 
As tênias do colo (musculatura 
longitudinal - existem três faixas 
longitudinais distintas: a tênia 
mesocólica, a tênia omental e a tênia 
livre) iniciam juntas, "encontro das 
tênias", na base do apêndice 
vermiforme. Elas seguem, ainda, todo 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
comprimento do intestino grosso se 
encontrando para formar uma camada 
longitudinal contínua ao redor do reto. 
 
Fonte 85: Atlas de anatomia humana - Netter. 6ª 
edição. 2015. 
Além dessas características, o 
intestino grosso é distinguível do 
intestino delgado por seu maior 
calibre 
O intestino grosso, assim como o 
delgado, é formado por porções: 
1. Ceco; 
2. Colo (partes ascendente, 
transversa, descendente e 
sigmoide); 
3. Reto; 
4. Canal anal. 
CECO 
O ceco é a primeira parte do intestino 
grosso, totalmente revestido por 
peritônio, porém sem mesentério. 
Nele se encontra o óstio ileal, na 
junção ileocecal, projetando-se entre 
os lábios ileocólico e ileocecal. Esse 
óstio é tonicamente fechado 
apresentando-se como uma papila 
ileal. Essa estrutura tem importância 
clínica por evitar regurgitações do 
ceco para o íleo e controlar o trânsito 
do conteúdo do íleo para o ceco. Caso 
essa válvula fique incompetente, em 
situações de obstrução no colo 
ascendente com acúmulo retrógrado, 
por exemplo, esse acúmulo pode 
extrapolar para o íleo também. 
 
Fonte 87: Yokochi - anatomia humana: atlas 
fotográfico da anatomia sistêmica e regional. 5ª 
edição. 2005. 
Já no caso de válvulas competentes, 
caso haja essa mesma obstrução, o 
Intestino 
Grosso
Apêndices 
adiposos ou 
omentais no 
colo
Tênias do 
colo
Saculações 
Fonte 86: Características do intestino grosso. 
Autoria Própria. 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
acúmulo excessivo de conteúdo no 
ceco pode comprimir as paredes, 
causando isquemia, passível de gerar 
necrose e perfuração cecal, 
constituindo um quadro considerado 
grave incorrendo em peritonite fecal. 
Ainda no ceco, encontra-se o apêndice 
vermiforme, um divertículo intestinal 
cego de aproximadamente 9 cm de 
comprimento que contémtecido 
linfoide. O apêndice possui 
mesentério, o mesoapêndice. 
 
Fonte 88: Yokochi - anatomia humana: atlas 
fotográfico da anatomia sistêmica e regional. 5ª 
edição. 2005. 
Essa estrutura pode sofrer, ainda, 
inflamação aguda, apendicite, 
podendo gerar abdome agudo. Nesse 
caso, a compressão sobre o ponto de 
McBurney (final do primeiro 1/3 da 
linha espinoumbilical) provoca dor 
abdominal máxima. A inflamação do 
apêndice pode ocorrer por obstrução 
de material fecal causando edema e 
distensão do peritônio visceral. A 
apendicectomia é indicada nesse 
caso. 
COLO 
Em relação as quatro segmentações do 
colo, tanto a parte ascendente quanto a 
descendente são retroperitoneais, já o 
colo transverso e o sigmoide são 
intraperitoneais tendo um meso, o 
mesocolo transverso e o mesocolo 
sigmoide. 
 
Fonte 89: Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição. 
Por terem mesos, esses dois colos 
estão suscetíveis a torções, volvos ou 
vólvulos. 
Os vólvulos de colo são considerados 
emergência aguda por potencial 
isquemia e necrose do tecido afetado. 
O sulco paracólico direito localiza-se 
entre o colo ascendente e a parede do 
abdome e o sulco paracólico esquerdo 
entre o colo descendente e a parede 
abdominal. 
O colo sigmoide é bastante móvel e 
apresenta, ainda, apêndices omentais 
longos que desaparecem quando o 
mesocolo sigmoide termina. 
Além disso, em relação aos colos 
existem as importantes flexuras direita 
e esquerda do colo. A flexura 
esquerda é mais aguda e situada em 
um nível superior ao da direita. 
A flexura direita tem relação íntima 
com o fígado, sendo denominada 
clinicamente, flexura hepática, 
enquanto a esquerda, relacionada ao 
baço é denominada clinicamente de 
flexura esplênica. 
Clinicamente, esses dois ângulos são 
pontos relevantes de localização para 
exames, já que durante uma 
colonoscopia ao examinar o colo é 
possível avistar a sombra hepática, por 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
exemplo. Em exames de imagem 
contrastada as divisões do colo ficam 
bem claras, evidenciando bem as 
saculações. 
Em relação à vascularização do 
intestino grosso, inicialmente na 
região ileocecal a nutrição é realizada 
pela artéria ileocólica, através dos 
ramos cecais. A região do cólon 
ascendente e parte do transverso tem 
nutrição por projeções da artéria 
mesentérica superior, ramo da aorta. 
Já a artéria mesentérica inferior, ramo 
da aorta, garante a irrigação arterial 
do restante do colo transverso, todo 
colo descendente, colo sigmoide e 
região inicial do reto. 
 
Fonte 90: Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição. 
No intestino grosso, existem dois 
pontos "divisores de águas", ou seja, 
que estão na fronteira entre territórios 
de vascularização distintos. Em casos 
de isquemia mesentérica, esses locais 
são os últimos pontos de 
vascularização, portanto serão os 
primeiros a sofrer isquemia, gerando 
grandes repercussões clínicas. 
O primeiro, também chamado de 
Ponto de Griffith, se localiza na flexura 
esplênica ou ângulo esquerdo, entre 
os territórios da artéria mesentérica 
superior e os territórios da artéria 
mesentérica inferior. O segundo ponto 
está na junção retossigmoide, também 
chamado de Ponto de Sudeck, entre os 
territórios da artéria mesentérica 
inferior e territórios da artéria ilíaca 
interna. 
 
Toda a arcada arterial que se dispõe 
perifericamente no mesentério é 
também chamada de Arcada de Riolan 
ou arco justacólico, anastomose 
formada por ramos das artéria 
mesentérica superior e inferior. 
RETO E ANUS 
A parte final da via digestória é 
formada pelo reto e pelo ânus. O reto 
inicia-se na junção retossigmoide, 
localizada aproximadamente a nível 
da 3ª vértebra sacral, e se estende 
inferiormente até, aproximadamente, 
o nível final do cóccix. 
O reto é contínuo internamente com o 
canal anal. Interiormente, essa região 
apresenta alguns desvios laterais 
provocados pelas pregas transversas 
que acarretam flexuras. Nele há duas 
flexuras, a flexura sacral e a flexura 
anorretal (perineal). Além disso, ele 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
ainda possui três pregas transversais 
(superior, média e inferior), sendo a 
média a mais forte delas. 
 
Fonte 91: KenHub 
A ampola retal se localiza em uma 
dilatação do reto, inferior a prega 
transversal média, e serve de 
reservatório durante a defecação. O 
sistema de pregueamentos confere ao 
trânsito intestinal bloqueios, de forma 
que o bolo fecal não desça 
diretamente ao ânus, estando 
colapsado apenas com exceção do 
momento das fezes; permitindo, assim, 
a continência fecal. 
 
Fonte 92: Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição. 
O canal anal é a parte terminal do 
intestino grosso, iniciando-se no 
estreitamento da ampola retal e 
terminando no ânus, abertura de saída 
do sistema digestório. 
Observando detalhes da parede entre 
a região retal e anal, um conjunto de 
estruturas se dispõe, na parede interna 
do canal anal um conjunto de fibras 
musculares lisas formam o esfíncter 
interno de contração involuntária 
(músculo liso). 
Já na parede externa, fibras de 
musculatura esquelética compõe o 
esfíncter externo de contração 
voluntária (músculo esquelético). O 
processo de defecação envolve 
relaxamento dos dois esfíncteres. 
Na região mucosa é observado um 
conjunto de colunas anais, chamadas 
de colunas anais (de Morgagni), que 
determinam a presença, entre elas, de 
válvulas anais e depressões, os seios 
anais. Quando comprimidos os seios 
anais liberam muco, importante na 
evacuação das fezes do canal anal. 
Nessas depressões podem ocorrer 
retenções de fezes formadas, 
proliferação de bactérias, indução de 
processo inflamatório e formação de 
fístulas, completas ou incompletas. 
Superiormente às válvulas anais há 
uma linha pectinada, anorretal ou 
ainda chamada de denteada, sendo 
ponto de referência para separação 
histológica e de vascularização e 
inervação das porções superior e 
inferior do canal anal. 
O reto mantém extensa vascularização 
arterial e venosa, há a anastomose de 
três artérias: 
 Artéria retal superior (com 
origem na artéria mesentérica 
inferior); 
Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS 
Rackel Resende 
@medibulandex 
 
 Artéria retal média (com 
origem na artéria ilíaca 
interna); 
 • Artéria retal inferior (com 
origem na artéria pudenda 
interna). 
 
Fonte 93:Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição. 
Paralelamente a essas artérias, estão 
um conjunto de veias retais superior, 
média e inferior que fazem ampla 
anastomose na parede retal. 
A veia retal superior possui sentido de 
drenagem para o sistema porta, 
enquanto as veias retais média e 
inferior drenam para a veia ilíaca 
interna e, portanto, para o sistema 
cava inferior. 
 
Fonte 94: Anatomia orientada para a clínica. 
Moore. 7ª edição. 
Nesse sentido, em relação a 
administração de medicamentos 
locais, como supositórios, se 
colocados muito superiormente em 
relação ao reto pode ser drenado pelo 
sistema porta. 
Além disso, a anastomose entre as 
veias retais pode constituir uma via de 
ligação porto-cava, logo hipertensões 
portais podem ter repercussões nessa 
vascularização, originando na 
circulação colateral um regime de 
passagem de sangue não usual, 
produzindo dilatação e varizes 
hemorroidárias. 
CORRELAÇÕES 
ANATOMOCLÍNICAS 
OBSTRUÇÃO INTESTINAL 
Em radiografia de abdome, quando 
observamos o colo transverso 
excessivamente dilatado sem 
visualização de gás no interior do reto, 
provavelmente trata-se de uma 
obstrução. No intestino grosso existem 
regiões de dilatação e há diversas 
causas de obstrução intestinal. 
 
Fonte 95: MSD Manuals 
Obstruções colônicas podem

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