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Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex ANATOMIA DO TRATO GASTROINTESTINAL O sistema digestório se inicia na boca e termina no ânus. Os órgãos que integram esse sistema têm como função central a de tornar os alimentos solúveis. Para que esses alimentos possam ser absorvidos e assimilados pelo organismo, eles sofreram ações químicas e mecânicas. Fonte 1: Mundo educação O sistema digestório compreende o tubo digestivo (cavidade oral, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus) e os órgãos acessórios (fígado, pâncreas, vesícula biliar e glândulas salivares) . Para que a digestão ocorra é necessário a participação de vários sucos digestivos que contém enzimas, responsáveis pela promoção de reações químicas. TUBO DIGESTIVO O tubo digestivo é, como o próprio nome sugere, um tubo contínuo de aproximadamente 9 metros de comprimento, da boca até o ânus. É formado pela boca (cavidade bucal), faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus. As paredes do tubo digestivo são compostas por quatro camadas: o revestimento mais interno, chamado de mucosa, é constituído por células epiteliais. A submucosa, composta por tecido conjuntivo com fibras, vasos sanguíneos e terminações nervosas. A terceira camada, muscular, consiste em músculos esqueléticos da boca, faringe e da parte superior do esôfago, que permitem o ato voluntário da deglutição. O restante do tubo digestivo é formado por musculatura lisa, que ajuda a quebrar o alimento e conduzi-lo pelo tubo digestivo. CAVIDADE ORAL O tubo digestivo inicia-se pela boca (cavidade bucal ou oral), por onde entra o alimento. O interior da boca é revestido por uma membrana mucosa e seu teto é composto por dois palatos: o mole e o duro. O palato duro é resistente, pois é formado por ossos maxilar e palatino, revestidos por mucosa. Posteriormente ao palato duro, Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex encontra-se o palato mole, composto por uma dobra de mucosa móvel. Dessa maneira, o palato duro desempenha tanto a função de assoalho nasal quanto a de teto da cavidade oral. O palato mole é uma região em forma de arco que separa a boca na nasofaringe e que contém uma estrutura em forma de cone chamada de úvula, responsável por impedir que o alimento acesse a cavidade nasal. A cavidade oral é o local onde o alimento é ingerido e preparado para digestão no estômago e no intestino delgado. O alimento é mastigado pelos dentes, e a saliva proveniente das glândulas salivares facilita a formação de um bolo alimentar macio. Fonte 2: https://novosti.tumori.me/wp- content/uploads/2018/07/Rak-usana-i-usne- %C5%A1upljine_1.jpg As fauces são o espaço entre a cavidade e a faringe. O limite superior é o palato mole, o inferior é a língua e o limite lateral são os pilares das fauces, os arcos palatoglosso e palatofaríngeo. O istmo das fauces é o espaço estreito e curto que faz a conexão entre a cavidade própria da boca e a parte oral da faringe. O limite anterior do istmo são as pregas palatoglossas e o limite posterior são as pregas palatofaríngeas. Em suma, as fauces representam a passagem da cavidade oral para a porção da orofaringe. As tonsilas palatinas, frequentemente denominadas “as tonsilas”, são massas de tecido linfoide, uma de cada lado da parte oral da faringe. Cada tonsila está localizada em uma fossa (seio) tonsilar, limitada pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo e pela língua. Fonte 3: Museu de anatomia - UFMS A deglutição é iniciada voluntariamente na cavidade oral. A fase voluntária do processo empurra o bolo da cavidade oral para a faringe, a parte expandida do sistema digestório, onde ocorre a fase involuntária (automática) da deglutição. A língua e seus músculos estão fixados no assoalho da boca, ajudando tanto na mastigação quanto na deglutição. Ela possui estruturas responsáveis pelo paladar, as papilas gustativas. Os Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex dentes são os responsáveis pela mastigação e ajudam a reduzir os alimentos em fragmentos muito pequenos. Essa ação permite que as enzimas digestivas quebrem o alimento de forma mais eficiente e rápida. A saliva é composta 99,5% de água e fornece um meio para a dissolução dos alimentos. O restante é composto por cloretos, que ativam a amilase salivar, mucina e lisozima, uma enzima que destrói as bactérias. A amilase salivar inicia a degradação de carboidratos complexos em açúcares simples. A cavidade oral (boca) tem duas partes: o vestíbulo da boca e a cavidade própria da boca. É na cavidade oral que se sente o sabor dos alimentos e das bebidas e que o alimento é mastigado e manipulado pela língua. O vestíbulo da boca é o espaço semelhante a uma fenda entre os dentes e a gengiva e os lábios e as bochechas. O vestíbulo comunica-se com o exterior através da rima (abertura) da boca. O tamanho da rima é controlado pelos músculos periorais, como o orbicular da boca (o esfíncter da rima da boca), o bucinador, o risório e os depressores e elevadores dos lábios (dilatadores da rima). Fonte 4: https://www.auladeanatomcom A cavidade própria da boca é o espaço entre as arcadas ou arcos dentais maxilar (superior) e mandibular (inferior) (arcos alveolares maxilar e mandibular e os dentes que sustentam). É limitada lateral e anteriormente pelos arcos dentais. O teto da cavidade oral é formado pelo palato. Posteriormente, a cavidade oral comunica-se com a parte oral da faringe (orofaringe). Quando a boca está fechada e em repouso, a cavidade oral é totalmente ocupada pela língua. Quando a boca está aberta, com a rima bem estendida, é possível ver a projeção da papila do ducto parotídeo, em que será encontrado o óstio do ducto parotídeo. A relevância clínica é dada porque em casos de obstrução do desse ducto, ele pode ser canulizado a partir dessa região. Além disso, pode haver a injeção de contraste para exames de imagem. Fonte 5: Recanalização do ducto parotídeo. https://encrypted- tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcQIcqBa GcQIcqBaRplziQUBpPOXWguQHqmB4Q&usqp= CAU Constrição cervical (esfíncter superior do esófago): Tem seu início na junção faringoesofágica a aproximadamente 15 centímetros dos dentes incisivos. É causada pela parte cricofaríngea do músculo constritor inferior da faringe. Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex Fonte 6: MSD Manuals LÍNGUA O assoalho da cavidade própria da boca é inteiramente ocupado pela língua. A língua é um órgão muscular móvel, recoberto por uma túnica mucosa que pode assumir vários formatos e posições. Fonte 7: Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição. Ela é dividida em duas partes pelo suco terminal ( V da língua), de modo que os dois terços anteriores da língua estão localizados adiantes do sulco terminal e um terço se localiza posterior a este. O ângulo do sulco terminal aponta para o forame cego, que é uma pequena depressão remanescente inativo da parte proximal do ducto tireoglosso embrionário, o qual originou a glândula tireoide e a língua. Na região anterior ao sulco terminal é encontrado o dorso da língua, que apresenta estruturas especializadas para a captação dos gostos – as papilas gustativas. A raiz da língua é ocupa por um conjunto de tecido linfoide, o qual forma as tonsilas linguais. Estas são responsáveis por uma função de defesa. Além disso, a raiz da língua possui uma íntima relação com a epiglote, que é a cartilagem mais superior da laringe. Aconexão entre essas estruturas é feita pelas pregas glossoepiglóticas medianas e laterais. Fonte 8: Yokochi - anatomia humana: atlas fotográfico da anatomia sistêmica e regional. 5ª edição. 2005. TONSILAS LINGUAIS As numerosas protrusões localizadas no terço posterior da língua são conhecidas coletivamente como tonsilas linguais. Elas também são cobertas por epitélio escamoso estratificado não-queratinizado. O ramo lingual dorsal da artéria lingual e a veia lingual são responsáveis pelo suprimento vascular e a drenagem venosa destes agregados linfáticos, Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex respectivamente, enquanto o nervo glossofaríngeo os inerva, como o faz com o terço posterior da língua. INERVAÇÃO DA LÍNGUA A inervação da língua é bastante rica e acontece a partir de quatro nervos cranianos, os quais também são responsáveis por conduzir as fibras secretoras parassimpáticas para as glândulas serosas na língua. Todos os músculos dessa estrutura, exceto o músculo palatoglosso que é inervado pelo plexo faríngeo, recebem inervação motora do nervo craniano XII, o nervo hipoglosso. Fonte 9: http://www.geocities.ws/Athens/Academy/2966 /anatomia/face/inervacaolingua2.jpg A parte da sensibilidade geral da língua (tato e temperatura), na porção anterior, é proporcionada pelo nervo lingual, um ramo do nervo craniano V (nervo trigêmeo). Já a sensibilidade especial, exceto as papilas circunvaladas que são inervadas pelo ramo lingual do nervo glossofaríngeo, nervo craniano X, é proporcionada pelo nervo corda do timpânico, um ramo do nervo craniano VII (nervo facial). A camada mucosa da porção posterior da língua, por sua vez, é inervada pelo nervo glossofaríngeo, o qual realizará a sensibilidade geral e especial dessa região. Os brotos do nervo laríngeo interno, ramo do nervo vago, nervo craniano X, são responsáveis, sobretudo, pela sensibilidade geral e por parte da sensibilidade especial de uma pequena área da língua imediatamente anterior à epiglote. MUSCULATURA EXTRÍNSECA DA LÍNGUA Os músculos extrínsecos da língua (genioglosso, hioglosso, estiloglosso e palatoglosso) originam-se fora da língua e se fixam a ela. Eles movimentam principalmente a língua, mas também alteram seu formato. Fonte 10: Anatomia online Fonte 11: Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex MUSCULATURA INTRÍNSECA DA LÍNGUA Os músculos longitudinais superior e inferior, transverso e vertical são limitados à língua. Eles têm suas fixações completamente na língua e não estão fixados a osso. Os músculos longitudinais superior e inferior atuam juntos para tornar a língua curta e grossa e para retrair a língua protrusa. Os músculos transverso e vertical atuam simultaneamente para tornar a língua longa e estreita, o que pode empurrar a língua contra os dentes incisivos ou protrair a língua com a boca aberta (principalmente ao agir com a parte posteroinferior do músculo genioglosso). Fonte 12: anatomia online LIMITES ANATÔMICOS DA CAVIDADE ORAL A cavidade oral é delimitada anteriormente pelo vestíbulo e pelos dentes, superiormente pelos palatos, duro e mole. Inferiormente é delimitada pela língua e pelo pavimento da boca, e, posteriormente, pela laringe, faringe e tonsilas. LÁBIOS Os lábios são pregas musculofibrosas móveis que circundam a boca, estendendo-se dos sulcos nasolabiais e narinas lateral e superiormente até o sulco mentolabial inferiormente. Fonte 13: Plenna Cirurgia Plástica Eles contêm o músculo orbicular da boca e músculos, vasos e nervos dos lábios superior e inferior. Os lábios são cobertos externamente por pele e internamente por túnica mucosa. Atuam como as válvulas da rima da boca, contendo o esfíncter (músculo orbicular da boca) que controla a entrada e a saída da boca e dos sistemas digestório superior e respiratório. Os lábios são usados para apreender o alimento, sugar líquidos, manter o alimento fora do vestíbulo da boca, produzir a fala e osculação (beijo). A zona de transição dos lábios (muitas vezes considerada como sendo o próprio lábio), que varia de marrom a vermelha, continua até a cavidade oral, onde é contínua com a túnica mucosa da boca. Essa membrana Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex cobre a parte intraoral, vestibular dos lábios. Os frênulos dos lábios são pregas de margem livre da túnica mucosa na linha mediana, que se estendem da gengiva vestibular até a túnica mucosa dos lábios inferior e superior (maior). Às vezes há outro frênulo menor situado lateralmente nas regiões vestibulares pré-molares. As artérias labiais superior e inferior, ramos das artérias faciais, anastomosam-se entre si nos lábios para formar um anel arterial. O pulso dessas artérias pode ser palpado segurando-se levemente o lábio superior ou inferior entre os primeiros dedos. Fonte 14: https://br.pinterest.com/lilianruela/labios/ O lábio superior é irrigado por ramos labiais superiores das artérias facial e infraorbital. O lábio inferior é vascularizado por ramos labiais inferiores das artérias facial e mentual. O lábio superior é suprido por ramos labiais superiores dos nervos infraorbitais (do ramo maxilar do trigêmeo), e o lábio inferior é suprido pelos ramos labiais inferiores dos nervos mentuais (do ramo mandibular do trigêmeo). A linfa do lábio superior e das partes laterais do lábio inferior segue principalmente para linfonodos submandibulares, enquanto a linfa da parte medial do lábio inferior segue inicialmente para linfonodos submentuais. BOCHECAS As bochechas têm estrutura quase igual à dos lábios, com os quais são contínuas. As bochechas são as paredes móveis da cavidade oral. Anatomicamente, a face externa das bochechas constitui a região bucal, limitada anteriormente pelas regiões oral e mentual (lábios e queixo), superiormente pela região zigomática, posteriormente pela região parotideomassetérica e inferiormente pela margem inferior da mandíbula. A proeminência da bochecha ocorre na junção das regiões zigomática e bucal. Fonte 15: Odonto up O zigomático subjacente à proeminência e o arco zigomático, que continua posteriormente, são muitas vezes denominados “osso da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex bochecha”. Os leigos também consideram as regiões zigomática e parotideomassetérica como parte da bochecha. Os principais músculos da bochecha são os bucinadores. Várias pequenas glândulas bucais situam-se entre a túnica mucosa e os músculos bucinadores. Superficialmente a estes músculos há coleções encapsuladas de gordura. Estes corpos adiposos de bochecha são proporcionalmente muito maiores em lactentes, provavelmente para reforçar as bochechas e evitar o colapso durante a sucção. As bochechas são supridas por ramos bucais da artéria maxilar e inervadas por ramos bucais do nervo mandibular. Fonte 16: Atlas de anatomia. Netter. 5ª edição. GENGIVAS As gengivas são formadas por tecido fibroso coberto por túnica mucosa. A gengiva propriamente dita está firmemente presa aos processos alveolares da mandíbula e da maxila e aos co1os dos dentes. As gengivas propriamente ditas, adjacentes à língua, são as gengivas linguais superior e inferior, e as gengivas adjacentes aos lábios e às bochechas são as gengivas labial ou bucal maxilar e mandibular, respectivamente. A gengiva propriamente dita normal é rósea, pontilhada e queratinizada. A túnica mucosa alveolar é normalmente vermelho brilhante enão queratinizada. Fonte 17: implante dentário ImplArt DENTES Um dente tem coroa, colo e raiz. A coroa projeta-se da gengiva. O colo está situado entre a coroa e a raiz. A raiz está fixada no alvéolo dental pelo periodonto; o número de raízes varia. A maior parte do dente é formada por dentina que é coberta por esmalte sobre a coroa e por cemento sobre a raiz. A cavidade pulpar contém tecido conectivo. vasos sanguíneos e nervos. O canal da raiz (canal pulpar) da passagem a nervos e vasos que entram e saem da cavidade pulpar através do forame do ápice do dente. Os alvéolos dentais estão nos processos alveolares da maxila e da mandíbula e são os elementos ósseos que mais se modificam durante a vida. As raízes dos dentes são unidas ao osso do alvéolo por uma suspensão Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex maleável que forma um tipo especial de articulação fibrosa denominada sindesmose dentoalveolar ou gonfose. Fonte 18: Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição. Os dentes são supridos por artérias alveolares superior e inferior (ramos da artéria maxilar), drenam para veias alveolares, os vasos linfáticos drenam para linfonodos submandibulares e são inervados por ramos dos nervos maxilar e mandibular. Fonte 19: Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição. PALATO O palato forma o teto curvo da boca e o assoalho das cavidades nasais. Separa a cavidade oral das cavidades nasais e da parte nasal da faringe, a parte da faringe superior ao palato mole. A face superior (nasal) do palato é coberta por túnica mucosa respiratória, e a face inferior (oral) é coberta por túnica mucosa oral, densamente povoada por glândulas. O palato tem duas regiões: o palato duro, anterior, e o palato mole, posterior. Fonte 20: Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição. PALATO DURO O palato duro tem formato de abóbada (côncavo); o espaço é ocupado principalmente pela língua quando está em repouso. Os dois terços anteriores do palato têm um esqueleto ósseo formado pelos processos palatinos da maxila e as lâminas horizontais dos palatinos. A fossa incisiva é uma depressão na linha mediana do palato ósseo posterior aos dentes incisivos centrais, na qual se abrem os canais incisivos. Os nervos nasopalatinos partem do nariz através de um número variável de canais e forames incisivos que se abrem na fossa incisiva medial ao 31º dente molar (dente serotino), o forame palatino maior perfura a margem lateral do palato ósseo. Os vasos e o nervo palatinos maiores emergem desse forame e seguem anteriormente sobre o palato. Os forames palatinos menores, situados posteriormente ao forame palatino Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex maior, perfuram o processo piramidal do palatino. Esses forames dão passagem aos nervos e vasos palatinos menores até o palato mole e estruturas adjacentes. PALATO MOLE O palato mole é o terço posterior móvel do palato e fica suspenso na margem posterior do palato duro. O palato mole não tem esqueleto ósseo; mas sua parte aponeurótica anterior é reforçada pela aponeurose palatina, que se fixa à margem posterior do palato duro. A aponeurose tem a parte anterior espessa e a parte posterior fina, na qual se funde a uma parte muscular posterior. Na parte posteroinferior o palato mole tem margem livre curva da qual pende um processo cônico, a úvula. Durante a deglutição, primeiro o palato mole é tensionado para permitir que a língua seja pressionada contra ele, levando o bolo alimentar para a parte posterior da boca. Em seguida, o palato mole é elevado posterior e superiormente contra a parede da faringe, impedindo, assim, a entrada de alimento na cavidade nasal. Na parte lateral, o palato mole é continuo com a parede da faringe e é unido pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo. Há algumas papilas gustativas no epitélio que cobre a face oral do palato mole, a parede posterior da parte oral da faringe e a epiglote. As fauces são o espaço entre a cavidade e a faringe. O limite superior é o palato mole, o inferior é a língua e o limite lateral são os pilares das fauces, os arcos palatoglosso e palatofaríngeo. O istmo das fauces é o espaço estreito e curto que faz a conexão entre a cavidade própria da boca e a parte oral da faringe. O limite anterior do istmo são as pregas palatoglossas e o limite posterior são as pregas palatofaríngeas. As tonsilas palatinas, frequentemente denominadas “as tonsilas”, são massas de tecido linfoide, uma de cada lado da parte oral da faringe. Cada tonsila está localizada em uma fossa (seio) tonsilar, limitada pelos arcos palatoglosso e palatofaríngeo e pela língua. O palato possui uma vasta vascularização, sendo a principal responsável e artéria palatina maior, um ramo da artéria palatina descendente, de cada lado. A artéria palatina maior atravessa o forame palatino maior e segue em sentido anteromedial. A artéria palatina menor, um ramo menor da artéria palatina descendente, entra no palato através do forame palatino menor e se anastomosa com a artéria palatina ascendente, um ramo da artéria facial. As veias do palato são tributárias do plexo venoso pterigoideo. Os nervos sensitivos do palato são ramos do nervo maxilar. Os nervos palatinos acompanham as artérias através dos forames palatinos maior e menor. GLÂNDULAS SALIVARES As glândulas salivares são as parótidas, as submandibulares e as sublinguais. Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex O líquido viscoso transparente, insípido e inodoro — saliva — secretado por essas glândulas e pelas glândulas mucosas da cavidade oral apresentam as seguintes funções: Mantém a túnica mucosa da boca úmida; Lubrifica o alimento durante a mastigação; Inicia a digestão de amidos; Atua como “colutório” intrínseco; É importante na prevenção das cáries dentais e no paladar. Fonte 21: Toda matéria Além das glândulas salivares principais, há pequenas glândulas salivares acessórias dispersas no palato, nos lábios, nas bochechas, nas tonsilas e na língua. GLÂNDULA PARÓTIDA As glândulas parótidas são as maiores dos três pares de glândulas salivares. Elas estão anteriormente ao músculo esternocleidomastóide, em posição lateral e posterior aos ramos da mandíbula e aos músculos masseteres, dentro de bainhas fibrosas inflexíveis. Além disso, drenam anteriormente através de ductos únicos que entram no vestíbulo da boca diante dos segundos molares maxilares. Fonte 22: Kenhub Embora o plexo intraparotídeo do nervo facial (NC VII) esteja inserido na glândula parótida, os ramos que se estendem dela para inervar os músculos da expressão facial são encontrados durante a dissecção da face. A dissecção da região parotideomassetérica deve ser concluída antes da dissecção da região infratemporal e músculos da mastigação ou do trígono carótico do pescoço. A glândula submandibular é encontrada principalmente durante a dissecção do trígono submandibular do pescoço, e as glândulas sublinguais ao dissecar o assoalho da boca. A glândula parótida é revestida por uma cápsula fascial resistente e inflexível, a fáscia (cápsula) parotídea, derivada da lâmina superficial da fáscia cervical. Ela tem formato irregular porque a área ocupada pela glândula, o leito parotídeo, situa-se anteroinferiormente ao meato acústico externo, onde está inserida entre o ramo da mandíbula e o processo mastoide. O tecido adiposo entre os lobos confere a flexibilidade que a glândula deve ter para permitir o movimento da mandíbula. O ápice da glândula parótidasitua-se Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex posteriormente ao ângulo da mandíbula, e sua base relaciona-se com o arco zigomático. A face lateral subcutânea da glândula parótida é quase plana. O ducto parotídeo segue horizontalmente a partir da margem anterior da glândula. Na margem anterior do músculo masseter, o ducto volta-se medialmente, perfura o músculo bucinador e entra na cavidade oral através de uma pequena abertura em frente ao 2º dente molar maxilar. Inseridos na substância da glândula parótida, da região superficial para a profunda, estão o plexo intraparotídeo do nervo facial (NC VII) e seus ramos, a veia retromandibular e a artéria carótida externa. Na fáscia parotídea e na glândula estão os linfonodos parotídeos. Fonte 23: Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição. Embora o plexo intraparotídeo do NC VII esteja inserido na glândula, ela não é inervada pelo NC VII. O nervo auriculotemporal, um ramo do NC V3, está intimamente relacionado com a glândula parótida e segue superiormente a ela com os vasos temporais superficiais. O nervo auriculotemporal e o nervo auricular magno, um ramo do plexo cervical formado por fibras dos nervos espinais C2 e C3, inervam a fáscia parotídea e a pele sobrejacente. O componente parassimpático do nervo glossofaríngeo (NC IX) envia fibras secretoras pré-ganglionares para o gânglio ótico. As fibras parassimpáticas pós-ganglionares são conduzidas do gânglio até a glândula pelo nervo auriculotemporal. A estimulação das fibras parassimpáticas produz saliva fina e aquosa. As fibras simpáticas são derivadas dos gânglios cervicais através do plexo nervoso carotídeo externo sobre a artéria carótida externa. A atividade vasomotora dessas fibras reduz a secreção da glândula. Fibra nervosas sensitivas seguem até a glândula através dos nervos auricular magno e auriculotemporal. Fonte 24: Universidad virtual de salud GLÂNDULAS SUBMANDIBULARES As glândulas submandibulares situam- se ao longo do corpo da mandíbula, parte superior e parte inferior à metade posterior da mandíbula, e parte superficial e parte profunda ao músculo milo-hióideo. Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex Fonte 25: Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição. O ducto submandibular, com cerca de 5 cm de comprimento, origina-se da parte da glândula situada entre os músculos milo-hióideo e hioglosso. Seguindo da região lateral para a região medial, o nervo lingual faz uma volta sob o ducto que segue anteriormente, abrindo-se por meio de um a três óstios em uma pequena papila sublingual ao lado da base do frênulo da língua. Esses óstios são visíveis, e pode-se ver o gotejamento da saliva (ou a pulverização durante o bocejo). A irrigação arterial das glândulas submandibulares provém das artérias submentuais. As veias acompanham as artérias. E os vasos linfáticos das glândulas, por sua vez, terminam nos linfonodos cervicais profundos, sobretudo no linfonodo júguloomo- hióideo. As glândulas submandibulares são supridas por fibras secretomotoras parassimpáticas pré-ganglionares que são conduzidas, pelo nervo corda do tímpano, do nervo facial para o nervo lingual, e fazem sinapse com neurónios pós-ganglionares no gânglio submandibular. As últimas fibras acompanham artérias para chegar à glândula, juntamente com fibras simpáticas pós-ganglionares vasoconstritoras do gânglio cervical superior. GLÂNDULAS SUBLINGUAIS As glândulas sublinguais são as menores e mais profundas glândulas salivares. Cada glândula amendoada situa-se no assoalho da boca entre a mandíbula e o músculo genioglosso Fonte 26: https://image.slidesharecdn.com/classificasoda sglndulassalivares-140310004249- phpapp01/95/odontologia-classificaso-das- glndulas-salivares-12-638.jpg?cb=1394412463 As glândulas de cada lado se unem para formar massa em formato de ferradura ao redor do centro de tecido conectivo do frênulo da língua. Muitos pequenos ductos sublinguais abrem- se no assoalho da boca ao longo das pregas sublinguais. A irrigação arterial das glândulas sublinguais é feita pelas artérias sublinguais e submentuais, ramos das artérias lingual e facial, respectivamente. Os nervos das glândulas acompanham os nervos da glândula submandibular. As fibras secretomotoras parassimpáticas pré-ganglionares são Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex conduzidas pelos nervos facial, corda do tímpano e lingual e fazem sinapse no gânglio submandibular. CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS FENDA LABIAL A fenda labial é uma anomalia congênita (geralmente do lábio superior) que ocorre em 1 a cada 1.000 nascimentos; 60 a 80% dos lactentes afetados são do sexo masculino. As fendas variam de um pequeno entalhe na zona de transição do lábio e na margem vermelha até uma incisura que atravessa o lábio e se estende até o nariz. Em casos graves, a fenda estende-se mais profundamente e é contínua com uma fenda no palato. A fenda labial pode ser uni ou bilateral. Fonte 27: MSD Manuals CIANOSE LABIAL Os lábios, como os dedos das mãos, têm um fluxo sanguíneo abundante e relativamente superficial. Por causa disso, podem perder calor corporal de modo desproporcional quando expostos ao frio. Ambos têm anastomoses arteriovenosas inervadas pelo sistema simpático, capazes de redirecionar uma parte considerável do sangue de volta para o centro do corpo, reduzindo a perda de calor e, ao mesmo tempo, provocando a cianose dos lábios e dedos das mãos. A cianose coloração azul-escura ou arroxeada dos lábios e mucosas, resulta da oxigenação deficiente do sangue capilar e é um sinal de muitas doenças. A coloração azulada comum dos lábios causada pela exposição ao frio não indica doença; na verdade, resulta da diminuição do fluxo sanguíneo nos leitos capilares supridos pelas artérias labiais superior e inferior e do aumento da extração de oxigênio. O aquecimento simples restaura a coloração normal dos lábios. Fonte 28: ps://dzos.ru HIPERTROFIA DO FRÊNULO LABIAL A hipertrofia do frênulo do lábio superior em crianças pode ocasionar o surgimento de um espaço entre os dentes incisivos centrais. Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex A ressecção do frênulo e do tecido conjuntivo subjacente (frenulectomia) entre os incisivos permite a aproximação dos dentes, o que pode exigir o uso de um aparelho ortodôntico. A hipertrofia do frênulo do lábio inferior em adultos pode tracionar a gengiva labial e contribuir para a retração gengiva, o que resulta em exposição anormal das raízes dos dentes. Fonte 29: DIASTEMA INTERINCISAL SUPERIOR ASSOCIADO AO FREIO LABIAL. Tamires Decavatá Oliveira. 2018. FENDA PALATINA A fenda palatina, com ou sem fenda labial, acomete cerca de 1 em cada 2.500 recém-nascidos e é mais comum no sexo feminino. A fenda pode acometer apenas a úvula, conferindo-lhe uma aparência em rabo de peixe, ou pode estender- se ao longo dos palatos mole e duro. Em casos graves associados à fenda labial, a fenda palatina estende-se através dos processos alveolares das maxilas e dos nos dois lados. A origem embriológica da fenda palatina é a ausência de encontro e fusão das massas mesenquimais nos processos palatinos laterais entre si, com o septo nasal e/ou com a margem posterior do processo palatino mediano. Fonte 30: Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição. FARINGE A faringe é a segunda porção das vias digestivas e respiratórias, que nela se entrecruzam. É um conduto musculomembranoso, situado atrás dasfossas nasais, da cavidade bucal e da cavidade da laringe (ocupando o espaço compreendido entre a base do crânio e, aproximadamente, o nível inferior da cartilagem cricóidea – 6ª vértebra cervical) que faz comunicação com o esôfago e a laringe nos sistemas digestivo e respiratório, respectivamente. Fonte 31:Mundo educação Esta dupla função da faringe só possível graças a presença da epiglote. Situada na parte superior da Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex laringe, normalmente permanece aberta, permitindo a comunicação aérea entre a laringe e o exterior, mas fecha-se durante a deglutição, bloqueando a entrada da laringe e fazendo com que o bolo alimentar se dirija obrigatoriamente para o esôfago. Fonte 32: Yokochi - anatomia humana: atlas fotográfico da anatomia sistêmica e regional. 5ª edição. 2005. A deglutição é um complexo fenómeno que compreende duas fases: Durante a primeira fase da deglutição, sucedem-se de forma sequencial e coordenada três processos mecânicos: o A base da língua impulsiona o bolo alimentar para a garganta, enquanto a parte posterior do palato mole se eleva, de modo a impedir a sua passagem para as fossas nasais; o As paredes da faringe contraem-se de cima para baixo e impulsionam o bolo alimentar nessa direção; o Em simultâneo, a epiglote dobra-se (obstruindo a entrada da laringe) enquanto o esfíncter esofágico superior se dilata (permitindo a entrada do bolo alimentar para o interior do órgão). Durante a deglutição não se pode inspirar ar, pois a laringe permanece fechada. Contudo, no resto do tempo, o esfíncter esofágico superior mantém-se fechado, enquanto a laringe permanece aberta, o que obriga o ar a seguir o seu caminho pelas vias respiratórias. NASOFARINGE A parte nasal da faringe tem função respiratória; é a extensão posterior das cavidades nasais. O nariz abre-se para a parte nasal da faringe através de dois cóanos (aberturas pares entre a cavidade nasal e a parte nasal da faringe). O teto e a parede posterior da parte nasal da faringe formam uma superfície contínua situada inferiormente ao corpo do esfenoide e à parte basilar do occipital. Fonte 33: Atlas de anatomia humana - Netter. 6ª edição. 2015. O tecido linfoide abundante na faringe forma um anel tonsilar incompleto ao redor da parte superior da faringe. Ele Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex é agregado em algumas regiões para formar massas denominadas tonsilas. As tonsilas são órgãos do sistema linfoide, ou seja, têm como função proteção contra infecções e formam o anel linfático da faringe. Possuem inúmeras vilosidades que multiplicam a sua área de superfície, permitindo- lhes captar, filtrar e destruir com maior eficácia os micro-organismos e os agentes contaminantes externos. Existe uma cadeia de tonsilas para proteger vias aéreas, já que há intenso contato com o meio externo pela respiração e alimentação. TONSILAS FARÍNGEAS A tonsila faríngea (comumente chamada de adenoide quando aumentada) está situada na túnica mucosa do teto e parede posterior da parte nasal da faringe. Uma prega vertical de mucosa, a prega salpingofaríngea, estende-se inferiormente a partir da extremidade medial da tuba auditiva. Ela cobre o músculo salpingofaríngeo, que abre o óstio faríngeo da tuba auditiva durante a deglutição. Fonte 34: https://i2.wp.com/trabalhosparaescola.com.br/ wp- content/uploads/2018/07/amigdalas.jpg?fit=700 %2C400&ssl=1 A coleção de tecido linfoide na tela submucosa da faringe perto do óstio faríngeo da tuba auditiva é a tonsila tubária. Posteriormente ao toro tubário (conjunto musculomembranoso que se localiza em torno da faríngea da tuba auditiva), e à prega salpingofaríngea há uma projeção lateral da faringe, semelhante a uma fenda, o recesso faríngeo, que se estende lateral e posteriormente. OROFARINGE A parte oral da faringe tem função digestória. Os limites são: superior, palato mole; inferior, base da língua; laterais, arcos palatoglosso e palatofaríngeo. Estende-se do palato mole até a margem superior da epiglote. Fonte 35: Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição. A deglutição é o processo completo que transfere um bolo de alimento da boca através da faringe e esôfago para o estômago. O alimento sólido é mastigado e misturado com a saliva para formar um bolo macio e mais fácil de engolir. A deglutição ocorre em três estágios: Estágio 1: voluntário; o bolo é comprimido contra o palato e empurrado da boca para a Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex parte oral da faringe, principalmente por movimentos dos músculos da língua e do palato mole; Estágio 2: involuntário e rápido; o palato mole é elevado, isolando a parte nasal da faringe das partes oral e laríngea. A faringe alarga-se e encurta-se para receber o bolo alimentar enquanto os músculos supra-hióideos e os músculos faríngeos longitudinais se contraem, elevando a laringe; Estágio 3: involuntário; a contração sequencial dos três músculos constritores da faringe cria uma crista peristáltica que força a descida do bolo alimentar para o esôfago. Fonte 36: Toda matéria. TONSILAS PALATINAS As tonsilas palatinas são coleções de tecido linfoide de cada lado da parte oral da faringe no intervalo entre os arcos palatinos. A tonsila não ocupa toda a fossa tonsilar entre os arcos palatoglosso e palatofaríngeo em adultos. Fonte 37: Drauzio Varella A fossa tonsilar, na qual está situada a tonsila palatina, situa-se entre esses arcos. Ela é formada pelo músculo constritor superior da faringe e pela lâmina fibrosa e fina da fáscia faringobasilar. Esta fáscia funde-se ao periósteo da base do crânio e define os limites da parede faríngea em sua parte superior. LARINGOFARINGE A parte laríngea da faringe situa-se posteriormente à laringe, estendendo- se da margem superior da epiglote e das pregas faringoepiglóticas até a margem inferior da cartilagem cricóidea, onde se estreita e se torna contínua com o esôfago. Posteriormente, a parte laríngea da faringe mantém relação com os corpos das vértebras C IV a C VI. As paredes posterior e lateral são formadas pelos músculos constritores médio e inferior da faringe. Internamente a parede é formada pelos músculos palatofaríngeo e estilofaríngeo. A parte laríngea da faringe comunica-se com a laringe através do ádito da laringe em sua parede anterior. Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex Fonte 38: Atlas de anatomia humana - Netter. 6ª edição. 2015. O recesso piriforme é uma pequena depressão da parte laríngea da faringe de cada lado do ádito da laringe. Esse recesso é revestido por uma túnica mucosa é separado do ádito da laringe pela prega ariepiglótica. Lateralmente, o recesso piriforme é limitado pelas faces mediais da cartilagem tireóidea e pela membrana tíreo-hióidea. Os ramos dos nervos laríngeo interno e laríngeo recorrente situam-se profundamente à túnica mucosa do recesso piriforme e são vulneráveis à lesão quando um corpo estranho se aloja no recesso. Fonte 39: https://anatomiaefisioterapia.com/7- laringe/ TUBA AUDITIVA A tuba auditiva (trompa de Eustáquio) liga a nasofaringe ao ouvido médio e possui uma parte óssea e uma parte cartilaginosa. A passagem de ar da faringe para o ouvido, através da tuba auditiva, permite manter equilíbrio entre a pressão interna do ouvido e a pressão atmosférica. Os movimentos de deglutição e mastigação forçam a abertura do óstio faríngeo da tuba auditiva, permitindoa passagem de ar. Fonte 40: https://dsrrl2qsquyq4.cloudfront.net/wp- content/uploads/2014/11/ouvido.jpg Óstio faríngeo da tuba auditiva: orifício que liga tuba auditiva à faringe. É delimitado por uma prega de mucosa e de músculo (torus tubário). Recesso faríngeo: localizado atrás do torus tubário. Quando o indivíduo está gripado, com acúmulo de secreção impedindo a passagem de ar, não é recomendado mergulhar em profundidade porque não vai equalizar pressão e pode estourar a membrana timpânica. MÚSCULOS DA FARINGE A parede da faringe é excepcional para o trato alimentar pois tem uma Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex lâmina muscular formada apenas por músculo voluntário disposto em uma camada interna de músculo longitudinal e uma camada circular externa. Fonte 41: SanarFlix. A maior parte do trato alimentar é composta de músculo liso, com uma camada de músculo longitudinal externa e uma camada circular interna. A camada circular externa de músculos faríngeos consiste em três constritores da faringe: superior, médio e inferior. Os músculos longitudinais internos são o palatofaríngeo, o estilofaríngeo e o salpingofaríngeo. Esses músculos elevam a laringe e encurtam a faringe durante a deglutição e a fala. Os músculos constritores da faringe têm um revestimento fascial interno forte, a fáscia faringobasilar e um revestimento fascial externo fino, a fáscia bucofaríngea. Inferiormente, a fáscia bucofaríngea funde-se com a lâmina pré-traqueal de fáscia cervical profunda. A contração dos músculos constritores da faringe é involuntária, de modo que a contração ocorre de modo sequencial da extremidade superior para a extremidade inferior da faringe, impulsionando o alimento para o esôfago. Os três músculos constritores são supridos pelo plexo nervoso faríngeo formado por ramos faríngeos dos nervos vago e glossofaríngeo e por ramos simpáticos do gânglio cervical superior. O plexo faríngeo situa-se na parede lateral da faringe, principalmente sobre o músculo constritor médio. A superposição dos músculos constritores da faringe deixa quatro aberturas na musculatura para a entrada ou saída de estruturas da faringe: 1. Superiormente ao músculo constritor superior da faringe, o músculo levantador do véu palatino, a tuba auditiva e a artéria palatina ascendente atravessam uma abertura entre o músculo constritor superior e o crânio. É aqui que a fáscia faringobasilar funde-se à fáscia bucofaríngea para formar, com a túnica mucosa, a parede fina do recesso faríngeo; 2. Uma abertura entre os músculos constritores superior e médio da faringe permite a passagem do músculo estilofaríngeo, nervo glossofaríngeo e ligamento estilo-hióideo até a face interna da parede da faringe; 3. Uma abertura entre os músculos constritores médio e inferior da faringe permite que o ramo interno do nervo laríngeo superior e a artéria e Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex veia laríngeas superiores sigam até a laringe; 4. Uma abertura inferior ao músculo constritor inferior da faringe permite que o nervo laríngeo recorrente e a artéria laríngea inferior sigam superiormente até a laringe. Fonte 42: Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição. CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS ADENOIDITE A inflamação das tonsilas faríngeas (adenoide) é denominada adenoidite. Esse distúrbio pode obstruir a passagem de ar das cavidades nasais através dos cóanos para a parte nasal da faringe e exigir a respiração bucal. A infecção das tonsilas faríngeas aumentadas pode disseminar-se para as tonsilas tubárias, causando edema e fechamento das tubas auditivas. O comprometimento da audição pode resultar de obstrução nasal e da obstrução das tubas auditivas. A propagação da infecção da parte nasal da faringe para a orelha média causa otite média (infecção da orelha média), o que pode acarretar surdez temporária ou permanente. Por vezes as tonsilas palatinas e faríngeas são removidas na mesma cirurgia (tonsilectomia e adenoidectomia). Fonte 43: educar saúde. AMIGDALITE amigdalite é a inflamação das tonsilas palatinas que pode ser causada tanto por vírus quanto por bactérias. Indivíduos que apresentam amigdalite infecciosa de repetição podem remover cirurgicamente as amígdalas, mas este procedimento só é indicado em algumas situações. Fonte 44: banco da saúde. DIVERTÍCULO DE ZENKER O divertículo de Zenker ou divertículo faringoesofágico é uma projeção sacular da mucosa e da submucosa da transição faringoesofágica, que se Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex assenta acima do músculo cricofaríngeo, sendo um pseudodivertículo. O divertículo surge caracteristicamente no músculo constritor inferior da faringe, entre as fibras oblíquas dos constritores posteriores da faringe e o músculo cricofaríngeo ou EES. A transição na direção destas fibras musculares (trígono de Killian) representa um ponto de fraqueza potencial na faringe posterior. O divertículo de Zenker é um divertículo de pulsão resultante de uma incoordenação do EES, também chamada de acalasia do cricofaríngeo. O bolus deglutido exerce pressão dentro da faringe acima do EES e faz a mucosa e a submucosa eventualmente herniar através da área anatomicamente frágil proximal ao músculo cricofaríngeo. O divertículo aumenta, deita sobre o músculo cricofaríngeo e disseca inferiormente no espaço pré-vertebral posterior ao esôfago, em alguns casos, profundamente no mediastino posterior. Os divertículos de Zenker são usualmente assintomáticos inicialmente e, na maioria das vezes, são descobertos durante uma avaliação radiográfica de rotina. Pacientes sintomáticos podem queixar-se de uma sensação vaga ou desconforto na garganta, tosse intermitente, salivação excessiva, e disfagia intermitente (particularmente com alimentos sólidos). Quando o divertículo aumenta, especialmente em pessoas idosas, desenvolvem-se sintomas mais graves, incluindo disfagia cervical, sons durante a deglutição, regurgitação de alimentos ingeridos várias horas antes, halitose, alteração da voz, dor retroesternal, e obstrução respiratória. Para auxiliar a deglutição, os pacientes desenvolvem frequentemente várias manobras, incluindo limpar a garganta, tossir, ou aplicar pressão no pescoço. Em casos raros, o divertículo pode ficar tão grande que obstrui o esôfago. A complicação mais grave associada ao divertículo de Zenker é a aspiração, especialmente noturna, que pode causar pneumonia ou abscesso pulmonar. Outras complicações incluem perfuração, hemorragia e câncer. Um esofagograma com bário estabelece o diagnóstico. Por ser a origem do divertículo posterior, as incidências laterais são essenciais. As incidências anteriores são úteis para confirmar o lado da alteração. Fonte: LAP - UFPel Fonte: SPED Fonte: PUC Campinas Fonte: Souto; dos Santos. 2004. Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex ESÔFAGO O esôfago é um tubo muscular de aproximadamente 25 centímetros de comprimento, com um diâmetro médio de 2 centímetros que conduz alimento da faringe de para o estômago. Fonte 45: Yokochi - anatomia humana: atlas fotográfico da anatomia sistêmica e regional. 5ª edição. 2005. A fluoroscopia após ingestão de bário mostra que o esófago normalmente tem 3 constrições onde estruturas adjacentes deixam impressões: Constrição cervical (esfíncter superior do esófago): Tem seu início na junção faringoesofágica a aproximadamente 15 centímetros dos dentes incisivos. É causada pelaparte cricofaríngea do músculo constritor inferior da faringe; Constrição broncoaórtica (torácica): Uma constrição combinada no local onde ocorre primeiro o cruzamento do arco da aorta a 22,5 centímetros dos dentes incisivos, e depois o cruzamento pelo brônquio principal esquerdo e a 27,5 centímetros dos dentes incisivos. A 1ª constrição é observada em vistas anteroposteriores e a 2ª em vistas laterais; Constrição diafragmática: No local onde atravessa o hiato esofágico do diafragma, aproximadamente 40 centímetros dos dentes incisivos. Fonte 46: Netter & Machado. Atlas interativo de Anatomia Humana. 2004. O conhecimento destas construções é importante ao introduzir instrumentos no estômago através do esófago e ao examinar radiografias de paciente com disfagia. O esôfago segue a curva da coluna vertebral ao descer através do pescoço e do mediastino, a divisão mediana da cavidade torácica. Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex Esse órgão tem lâminas musculares circulares internas e longitudinais externas. Em seu terço superior, a lâmina externa consiste em músculo estriado voluntário. O terço inferior é formado por músculo liso, e o terço médio tem os dois tipos de músculo. Ele atravessa o hiato esofágico elíptico no pilar muscular direito do diafragma, logo à esquerda do plano mediano no nível da vértebra T10 e termina entrando no estômago no óstio cárdico do estômago à esquerda da linha mediana ao nível da 7ª cartilagem costal esquerda e da vértebra T11. Além disso, o esôfago é circundado pelo plexo nervoso esofágico distalmente. O alimento atravessa o esôfago rapidamente em razão da ação peristáltica de sua musculatura, auxiliado pela gravidade, mas não depende dela (é possível engolir de cabeça para baixo). O esôfago está fixado às margens do hiato esofágico no diafragma pelo ligamento frênico esofágico, uma extensão da fáscia diafragmática. Esse ligamento permite o movimento independente do diafragma e do esôfago durante a respiração e a deglutição. A parte abdominal do esôfago, em forma de trompete, com apenas 25 centímetros de comprimento, vai do hiato esofágico no pilar direito do diafragma até o óstio cárdico do estômago, alargando-se à medida que se aproxima. Em porção anterior e à esquerda na sua descida, a face anterior é coberta por peritônio. Na cavidade peritoneal continua com aquele que reveste a face anterior do estômago. A face posterior da parte abdominal do esófago é recoberta por peritônio da bolsa omental, contínuo com aquele que reveste a parte posterior do estômago. A junção esófago gástrica situa-se à esquerda da vértebra T11 no plano horizontal que atravessa a extremidade do processo xifoide. Os cirurgiões e endoscopistas designam a linha Z, uma linha e regular, em que a mudança abrupta da mucosa esofágica para a mucosa gástrica. Como a junção imediatamente superior a essa musculatura diafragmática, que forma o hiato esofágico, funciona como este esfíncter inferior do esófago fisiológico, que se contrai e relaxa, exames radiológicos mostram que o alimento para momentaneamente neste lugar e que o mecanismo normalmente é eficiente para evitar refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago. Fonte 47: https://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A %2F%2Fwww.gastroalgarve.pt%2Fdrge.htm&psi g=AOvVaw33pYg9ZZeh2pIi9bWEFt12&ust=16276 82628248000&source=images&cd=vfe&ved=0CA sQjRxqFwoTCMi8gr2kifICFQAAAAAdAAAAABA N Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex Quando uma pessoa não está comendo o lúmen do esôfago normalmente encontra-se colapsado acima desse nível para evitar a regurgitação de alimentos ou suco gástrico para o esôfago. VASCULARIZAÇÃO DO ESÔFAGO A irrigação arterial da parte abdominal do esôfago é feita pela artéria gástrica esquerda, um ramo do tronco celíaco, e pela artéria frênica inferior esquerda. Fonte 48: KenHub. A drenagem venosa das veias submucosas dessa parte do esôfago se faz para o sistema venoso porta através da veia gástrica esquerda, e para o sistema venoso sistêmico pelas veias esofágicas que entram na veia ázigo. Fonte 49: https://www.passeidireto.com/arquivo/6861915 4/ok-anatomia-do-esofago-e-estomago-evandro DRENAGEM LINFÁTICA A drenagem linfática da parte abdominal do esôfago se faz para os linfonodos gástricos esquerdos. Os vasos linfáticos eferentes desses linfonodos drenam principalmente para os linfonodos celíacos. Fonte 50: Daniel Paulino Santana. INERVAÇÃO DO ESÔFAGO O esôfago é inervado pelo plexo esofágico, formado pelos troncos vagais, que se formam nos ramos gástricos anteriores e posterior, e pelos troncos simpáticos torácicos por meio dos nervos esplâncnicos maiores e plexos peri-arteriais ao redor das artérias gástrica esquerda e frênica inferior. Fonte 51:KenHub. Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS VARIZES ESOFÁGICAS Como drenam para os sistemas venosos porta e sistêmico, as veias submucosas da parte inferior do esôfago constituem uma anastomose portossistêmica. Na hipertensão porta (aumento anormal da pressão arterial do sistema venoso porta), o sangue não consegue atravessar o fígado através da veia porta, causando inversão do fluxo na tributária esofágica. O grande volume de sangue causa aumento acentuado das veias submucosas, com formação de varizes esofágicas. Esses canais colaterais distendidos podem se romper e causar hemorragia grave, com risco à vida e difícil controle cirúrgico. As varizes esofágicas são frequentes em portadores de cirrose alcoólica do fígado. Fonte 52: Dr. Eduardo Ramos PIROSE A pirose ou “azia” é o tipo mais comum de desconforto esofágico ou dor subesternal. A sensação de queimação na parte abdominal do esôfago geralmente é causada pela regurgitação de pequenas quantidades de alimento ou líquido gástrico para a parte inferior do esôfago (doença do refluxo gastresofágico – DRGE). A pirose também pode estar associada à hérnia de hiato e é frequentemente percebida como uma sensação torácica. Fonte 53: https://www.pluricosmetica.com/pluriblog/azia -ou-pirose-sabe-o-que-e-como-tratar/ HÉRNIA DE HIATO A hérnia de hiato é a protrusão de uma parte do estômago para o mediastino através do hiato esofágico do diafragma. As hérnias são mais frequentes após a meia-idade, provavelmente devido ao enfraquecimento da parte muscular do diafragma e alargamento do hiato esofágico. Fonte 54: MSD Manuals Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex Embora clinicamente haja vários tipos de hérnias de hiato, os dois principais tipos são a hérnia de hiato paraesofágica e a hérnia de hiato por deslizamento. Na hérnia de hiato paraesofágica, menos comum, a cárdia permanece em sua posição normal. Entretanto, uma bolsa de peritônio, frequentemente contendo parte do fundo gástrico, estende-se através do hiato esofágico anteriormente ao esôfago. Nesses casos, geralmente não há regurgitação do conteúdo gástrico porque o óstio cárdico está em sua posição normal. Fonte 55: Endoscopia terapêutica Na hérnia de hiato por deslizamento, mais comum, a parte abdominal do esôfago, a cárdia e parte do fundo gástrico deslizam superiormente através do hiato esofágico para o tórax, sobretudo quando a pessoa se deita ou se curva para a frente. É possível que haja alguma regurgitação do conteúdo gástrico para o esôfago, pois a ação de clampeamento do pilar direito do diafragma na extremidade inferior do esôfago é fraca. Fonte 56: Endoscopia terapêuticaESTÔMAGO O estômago consiste em um órgão abdominal importantíssimo pertencente ao tubo digestivo, situado no quadrante superior direito e, principalmente no quadrante superior esquerdo. Ele desempenha um papel importante no armazenamento temporário e na digestão enzimática dos alimentos. Fonte 57: Yokochi - anatomia humana: atlas fotográfico da anatomia sistêmica e regional. 5ª edição. 2005. Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex O estômago possui 2 curvaturas: Curvatura maior: parte convexa, mais longa do estômago Curvatura menor: parte côncava, mais curta do estômago Fonte 58: Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição. Além disso, podemos distinguir algumas porções anatômicas no estômago, sendo elas: Cárdia: porção que realiza a transição com o esôfago. Fundo gástrico: parte superior dilatada. Entre o fundo e o esôfago está situada a incisura cárdica. Corpo gástrico: entre o fundo gástrico e o antro pilórico. Parte pilórica: porção final do estômago, formada pelo antro pilórico, que é a parte mais alargada, e logo após o canal pilórico, sua parte mais estreita. E, o piloro que é um espessamento de músculo liso, um esfíncter, que realiza o controle da passagem dos alimentos em direção ao duodeno. Entre a curvatura menor e a parte pilórica está situada a incisura angular. IRRIGAÇÃO ARTERIAL O estômago é um órgão ricamente vascularizado, inúmeras anastomoses são formadas entre as artérias, gerando uma abundante vascularização que é originada no tronco celíaco e em seus ramos. Fonte 59: Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição. O tronco celíaco origina 3 ramos, sendo eles: a artéria gástrica esquerda, artéria esplênica e artéria hepática comum. Fonte 60: https://pt.slideshare.net/MaraDeMantillaCastro /ramas-de-la-aorta-56089843/4 A vascularização arterial da curvatura menor se dá por anastomose da artéria gástrica esquerda, e da artéria gástrica direita, ramo da artéria hepática comum. A vascularização arterial da curvatura maior se dá por anastomose da artéria Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex gastromental direita, ramo da artéria gastroduodenal (que é ramo da artéria hepática comum), e pela artéria gastromental esquerda, ramo da artéria esplênica. Por fim, a vascularização arterial do fundo se dá por artérias gástricas curtas e posteriores, que são ramos da artéria esplênica. DRENAGEM VENOSA DO ESTÔMAGO A vascularização venosa acompanha a vascularização arterial. As veias gástricas direita e esquerda, na região da curvatura menor, drenam para a veia porta. Na região da curvatura maior, as veias gastromentais esquerdas drenam para a veia esplênica que se une a veia mesentérica superior, para formar a veia porta; e as veias gastromentais direitas drenam para a veia mesentérica superior. Por fim, na região do fundo, a drenagem venosa se dá pelas veias gástricas curtas que drenam para a veia esplênica. Também há uma veia pré-pilórica que ascende sobre o piloro e segue até a veia gástrica direita, sendo essa uma veia importante para os cirurgiões pois é facilmente visível, auxiliando na identificação do piloro. Fonte 63: Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição. DRENAGEM LINFÁTICA Há também a vascularização linfática, na qual os vasos linfáticos acompanham as artérias ao longo das curvaturas maior e menor. Fonte 64: Misodor Curvatura menor A. Gástrica Direita A. Gástrica Esquerda Curvatura Maior A. Gastromental Esquerda A. Gastromental Direita Fundo do estômago Aa. Gástricas Curtas A. Gástrica Posterior Fonte 62: Irrigação arterial do estômago. Autoria Própria. Tronco celíaco A. Gástrica Esquerda A. Esplênica A. gastromental Direita A. Gástricas Curtas e Posteriores A. Hepática Comum A. Gástrica Direita Fonte 61: Representação esquemática do tronco celíaco. Autoria Própria. Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex A porção que inclui a curvatura menor e grande parte do corpo gástrico é drenada para os linfonodos gástricos esquerdos. A parte direita da curvatura maior drena para linfonodos gastromentais ou linfonodos pilóricos. A parte esquerda da curvatura maior drena para linfonodos gastromentais ou linfonodos pancreaticoesplênicos. Uma porção da curvatura menor, correspondente a parte pilórica, drena para linfonodos gástricos direitos. Esses linfonodos principais drenam para os linfonodos celíacos, que por sua vez drenam para o ducto torácico. INTESTINO DELGADO Após o bolo alimentar transitar e passar o tempo necessário para sofrer ação do suco gástrico dentro do estômago, ele tem sua admissão controlada pelo esfíncter pilórico e alcança o intestino delgado. Fonte 65: Yokochi - anatomia humana: atlas fotográfico da anatomia sistêmica e regional. 5ª edição. 2005. O intestino delgado é o principal local de absorção de nutrientes. Em uma vista geral do intestino delgado, observamos as três porções desse componente do sistema digestório: 1. Duodeno; 2. Jejuno; 3. Íleo. Fonte 66: InfoEscola. DUODENO O duodeno é a menor porção do intestino delgado, com cerca de 25 a 30cm, e também a mais larga e mais fixa das três porções. Foi assim chamado pelos anatomistas por ter a extensão aproximada de 12 dedos transversos. Fonte 67: Atlas de anatomia humana - Netter. 6ª edição. 2015. Essa porção do intestino delgado possui formato de C e inicia-se no Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex piloro no lado direito (em relação à linha mediana), faz uma curva se dirigindo à linha mediana e termina-se no lado esquerdo, na flexura duodenojejunal, aproximadamente no nível de L2. Fonte 68:KenHub Grande parte do duodeno está fixada na parede abdominal posterior pelo peritônio. O duodeno pode ser divido, ainda, em 4 porções: 1ª porção: parte superior, bulbo ou ampola duodenal; 2ª porção: parte descendente ; 3ª porção: parte horizontal ou inferior; 4ª porção: parte ascendente A primeira porção é o local de maior acometimento de úlceras duodenais. Fonte 69: Ranniely Martins. Passei Direto. Além disso, dessas 4 partes, a 2ª é a mais importante do ponto de vista clínico-cirúrgico, pois é nela que irão desembocar as secreções vindas do fígado e do pâncreas. Fonte 70: Anatomia - Atlas 3D A 3ª porção é a secção mais longa, que cruza a veia cava inferior, a aorta e a coluna vertebral. A 4ª porção ou parte ascendente segue superiormente e ao longo d o lado esquerdo da aorta e, após alcançar a cabeça do pâncreas, se curva anteriormente, no ângulo ou flexura duodenojejunal. O ligamento ou músculo suspensor do duodeno (músculo de Treitz) é uma prega de peritônio contendo fibras musculares que circunda a flexura duodenojejunal. Fonte 71: https://quizlet.com/mx/293884584/duodeno- flash-cards/ Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex O duodeno é retroperitoneal, exceto em seu início que é ligado ao fígado pelo ligamento hepatoduonal (parte do omento maior). Fonte 72: https://pdfslide.tips/documents/abdomen-aula- 3.html Ele apresenta relações importantes com outras vísceras vizinhas, dentre as principais, a convexidade da 2ª porção com o rim direito e com a glândula suprarrenal direita e a concavidade duodenal que se dispõe ao redor da cabeça do pâncreas. Nesse último caso, alterações nessa região pancreática poderão acarretar compressão da concavidade duodenal e, por conseguinte, dificultar o esvaziamento desecreções nesse local, com repercussões sistêmicas imediatas. Fonte 73: Anatomia - Atlas 3D Fonte 74: Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição. Na 2ª porção duodenal, há a papila duodenal maior, região abaulada da mucosa duodenal em que há desembocadura da Ampola hepatopancreática ou Ampola de Vater, formada pela união do ducto colédoco (com a secreção biliar) e do ducto pancreático (de Wirsung). Além disso, há, em alguns casos, a presença da papila duodenal menor, que é o local onde desemboca o ducto pancreático acessório (de Santorini). Essas duas papilas têm os óstios que levam a esses ductos. Fonte 75: https://www.slideshare.net/ozimogama/anatom an-do-sistema-digestrio Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex JEJUNO E ÍLEO O jejuno e íleo formam a maior parte do intestino delgado, cerca de 6 a 7 m de comprimento, e se distribuem através de alças, que ficam localizadas em uma espécie de moldura feita pelo intestino grosso. Juntas, essas duas porções do intestino delgado, têm um papel importante no processo da digestão, sobretudo na absorção. A superfície da mucosa do jejuno e do íleo apresenta vilosidades, pequenas projeções, que exercem função de absorção de nutrientes. Na vista anterior do abdome, é possível observar, entre as estruturas digestivas tubulares, que a disposição do jejuno e do íleo se dá na parte central, envolvidos por uma moldura (como se fosse um quadro) de intestino grosso. Fonte 76: Yokochi - anatomia humana: atlas fotográfico da anatomia sistêmica e regional. 5ª edição. 2005. O jejuno localizando-se mais superior e a esquerda - no quadrante superior esquerdo (QSE) -, e o íleo mais inferior e a direita - no quadrante inferior direito (QID). Fonte 77: Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição. Ainda que não exista demarcação nítida entre o jejuno e o íleo, algumas características como espessura da parede, coloração, quantidade de nódulos linfoides (Placas de Peyer), volume de pregas e perfil das arcadas arteriais permitem a diferenciação. Fonte 78: Atlas de anatomia humana - Netter. 6ª edição. 2015. Além disso, é possível perceber que as alças do intestino delgado são diferentes das alças do intestino grosso. Os limites dessa região do intestino delgado são a flexura duodenojejunal até o íleo-terminal, que estabelece relação anatômica íntima com a primeira porção do intestino grosso, o ceco. Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex Fonte 79: Atlas de anatomia humana - Netter. 6ª edição. 2015. As alças do intestino delgado estão presas à parede posterior por uma reflexão ou prega de peritônio em forma de leque, que é o chamada Mesentério, estrutura que permite mobilidade e condução de vascularização, inervação, linfonodos, no seu interior em meio ao tecido adiposo, para nutrir, drenar e inervar esses órgãos. Fonte 80: KenHub A irrigação arterial é toda oriunda da artéria mesentérica superior (AMS), via artérias jejunais e ileais, que se dispõem em arcadas. A artéria ileocólica supre a porção final do íleo, pelos ramos ileais, e o ceco, através dos ramos cecais Fonte 81: Atlas de anatomia humana - Netter. 6ª edição. 2015. A drenagem venosa do jejuno e íleo é realizada pela veia mesentérica superior. A transição entre intestino delgado (íleo) e intestino grosso (ceco) é feita por meio de uma projeção chamada de Papila ileal, antigamente chamada de válvula ileocecal. Essa papila forma dois lábios, um superior e outro inferior formando um esfíncter com um orifício entre eles. Essa válvula é responsável por evitar refluxo do ceco ao íleo e controlar a passagem de conteúdo do íleo ao ceco. Fonte 82: https://docplayer.com.br/105432843- Morfofuncional-manifestacoes-abdominais.html CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS CRPE Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex A segunda porção duodenal é a porção mais importante do duodeno, visto que recebe as secreções oriundas do sistema biliar e a secreção do pâncreas. Assim, a papila duodenal maior pode ser acessada por um endoscópio, através do qual pode ser injetado contraste nessa região. O contraste vai preencher a via pancreática e a via biliar e podemos então, através do exame Colangeopancreatotomografia retrógrada endoscópica, observar todo trajeto, integridade e perviedade dos ductos. Fonte 83: Dr. Ricardo Veloso Além da observação, essa técnica possibiliza uma opção terapêutica, visto que pode ser usada uma garra biloscópica para remoção de cálculos biliares. VÓLVULO INTESTINAL O mesentério que liga o intestino à parede lhe confere mobilidade, de suma importância. Porém, em alguns casos este pode ser muito longo e essa mobilidade ser prejudicial, causando torção do intestino em torno de si próprio. Essa situação, em que o mesentério, junto com os vasos que estão no seu interior, sofrem torção é chamada de volvo ou vólvulo. O vólvulo intestinal ocasiona isquemia do órgão, é considerada emergência médica, exigindo intervenção cirúrgica. Fonte 84: Journal of Emergency Medicine INTESTINO GROSSO O intestino grosso é o principal local de absorção de água do trato gastrintestinal, sendo responsável por converter o quimo líquido em fezes semissólidas. Após essa etapa, as fezes são armazenadas e acumuladas até o momento de defecação. Anatomicamente se localiza no abdome, representando uma espécie de "moldura" para o intestino delgado. As tênias do colo (musculatura longitudinal - existem três faixas longitudinais distintas: a tênia mesocólica, a tênia omental e a tênia livre) iniciam juntas, "encontro das tênias", na base do apêndice vermiforme. Elas seguem, ainda, todo Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex comprimento do intestino grosso se encontrando para formar uma camada longitudinal contínua ao redor do reto. Fonte 85: Atlas de anatomia humana - Netter. 6ª edição. 2015. Além dessas características, o intestino grosso é distinguível do intestino delgado por seu maior calibre O intestino grosso, assim como o delgado, é formado por porções: 1. Ceco; 2. Colo (partes ascendente, transversa, descendente e sigmoide); 3. Reto; 4. Canal anal. CECO O ceco é a primeira parte do intestino grosso, totalmente revestido por peritônio, porém sem mesentério. Nele se encontra o óstio ileal, na junção ileocecal, projetando-se entre os lábios ileocólico e ileocecal. Esse óstio é tonicamente fechado apresentando-se como uma papila ileal. Essa estrutura tem importância clínica por evitar regurgitações do ceco para o íleo e controlar o trânsito do conteúdo do íleo para o ceco. Caso essa válvula fique incompetente, em situações de obstrução no colo ascendente com acúmulo retrógrado, por exemplo, esse acúmulo pode extrapolar para o íleo também. Fonte 87: Yokochi - anatomia humana: atlas fotográfico da anatomia sistêmica e regional. 5ª edição. 2005. Já no caso de válvulas competentes, caso haja essa mesma obstrução, o Intestino Grosso Apêndices adiposos ou omentais no colo Tênias do colo Saculações Fonte 86: Características do intestino grosso. Autoria Própria. Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex acúmulo excessivo de conteúdo no ceco pode comprimir as paredes, causando isquemia, passível de gerar necrose e perfuração cecal, constituindo um quadro considerado grave incorrendo em peritonite fecal. Ainda no ceco, encontra-se o apêndice vermiforme, um divertículo intestinal cego de aproximadamente 9 cm de comprimento que contémtecido linfoide. O apêndice possui mesentério, o mesoapêndice. Fonte 88: Yokochi - anatomia humana: atlas fotográfico da anatomia sistêmica e regional. 5ª edição. 2005. Essa estrutura pode sofrer, ainda, inflamação aguda, apendicite, podendo gerar abdome agudo. Nesse caso, a compressão sobre o ponto de McBurney (final do primeiro 1/3 da linha espinoumbilical) provoca dor abdominal máxima. A inflamação do apêndice pode ocorrer por obstrução de material fecal causando edema e distensão do peritônio visceral. A apendicectomia é indicada nesse caso. COLO Em relação as quatro segmentações do colo, tanto a parte ascendente quanto a descendente são retroperitoneais, já o colo transverso e o sigmoide são intraperitoneais tendo um meso, o mesocolo transverso e o mesocolo sigmoide. Fonte 89: Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição. Por terem mesos, esses dois colos estão suscetíveis a torções, volvos ou vólvulos. Os vólvulos de colo são considerados emergência aguda por potencial isquemia e necrose do tecido afetado. O sulco paracólico direito localiza-se entre o colo ascendente e a parede do abdome e o sulco paracólico esquerdo entre o colo descendente e a parede abdominal. O colo sigmoide é bastante móvel e apresenta, ainda, apêndices omentais longos que desaparecem quando o mesocolo sigmoide termina. Além disso, em relação aos colos existem as importantes flexuras direita e esquerda do colo. A flexura esquerda é mais aguda e situada em um nível superior ao da direita. A flexura direita tem relação íntima com o fígado, sendo denominada clinicamente, flexura hepática, enquanto a esquerda, relacionada ao baço é denominada clinicamente de flexura esplênica. Clinicamente, esses dois ângulos são pontos relevantes de localização para exames, já que durante uma colonoscopia ao examinar o colo é possível avistar a sombra hepática, por Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex exemplo. Em exames de imagem contrastada as divisões do colo ficam bem claras, evidenciando bem as saculações. Em relação à vascularização do intestino grosso, inicialmente na região ileocecal a nutrição é realizada pela artéria ileocólica, através dos ramos cecais. A região do cólon ascendente e parte do transverso tem nutrição por projeções da artéria mesentérica superior, ramo da aorta. Já a artéria mesentérica inferior, ramo da aorta, garante a irrigação arterial do restante do colo transverso, todo colo descendente, colo sigmoide e região inicial do reto. Fonte 90: Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição. No intestino grosso, existem dois pontos "divisores de águas", ou seja, que estão na fronteira entre territórios de vascularização distintos. Em casos de isquemia mesentérica, esses locais são os últimos pontos de vascularização, portanto serão os primeiros a sofrer isquemia, gerando grandes repercussões clínicas. O primeiro, também chamado de Ponto de Griffith, se localiza na flexura esplênica ou ângulo esquerdo, entre os territórios da artéria mesentérica superior e os territórios da artéria mesentérica inferior. O segundo ponto está na junção retossigmoide, também chamado de Ponto de Sudeck, entre os territórios da artéria mesentérica inferior e territórios da artéria ilíaca interna. Toda a arcada arterial que se dispõe perifericamente no mesentério é também chamada de Arcada de Riolan ou arco justacólico, anastomose formada por ramos das artéria mesentérica superior e inferior. RETO E ANUS A parte final da via digestória é formada pelo reto e pelo ânus. O reto inicia-se na junção retossigmoide, localizada aproximadamente a nível da 3ª vértebra sacral, e se estende inferiormente até, aproximadamente, o nível final do cóccix. O reto é contínuo internamente com o canal anal. Interiormente, essa região apresenta alguns desvios laterais provocados pelas pregas transversas que acarretam flexuras. Nele há duas flexuras, a flexura sacral e a flexura anorretal (perineal). Além disso, ele Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex ainda possui três pregas transversais (superior, média e inferior), sendo a média a mais forte delas. Fonte 91: KenHub A ampola retal se localiza em uma dilatação do reto, inferior a prega transversal média, e serve de reservatório durante a defecação. O sistema de pregueamentos confere ao trânsito intestinal bloqueios, de forma que o bolo fecal não desça diretamente ao ânus, estando colapsado apenas com exceção do momento das fezes; permitindo, assim, a continência fecal. Fonte 92: Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição. O canal anal é a parte terminal do intestino grosso, iniciando-se no estreitamento da ampola retal e terminando no ânus, abertura de saída do sistema digestório. Observando detalhes da parede entre a região retal e anal, um conjunto de estruturas se dispõe, na parede interna do canal anal um conjunto de fibras musculares lisas formam o esfíncter interno de contração involuntária (músculo liso). Já na parede externa, fibras de musculatura esquelética compõe o esfíncter externo de contração voluntária (músculo esquelético). O processo de defecação envolve relaxamento dos dois esfíncteres. Na região mucosa é observado um conjunto de colunas anais, chamadas de colunas anais (de Morgagni), que determinam a presença, entre elas, de válvulas anais e depressões, os seios anais. Quando comprimidos os seios anais liberam muco, importante na evacuação das fezes do canal anal. Nessas depressões podem ocorrer retenções de fezes formadas, proliferação de bactérias, indução de processo inflamatório e formação de fístulas, completas ou incompletas. Superiormente às válvulas anais há uma linha pectinada, anorretal ou ainda chamada de denteada, sendo ponto de referência para separação histológica e de vascularização e inervação das porções superior e inferior do canal anal. O reto mantém extensa vascularização arterial e venosa, há a anastomose de três artérias: Artéria retal superior (com origem na artéria mesentérica inferior); Universidade Federal da Fronteira Sul – UFFS Rackel Resende @medibulandex Artéria retal média (com origem na artéria ilíaca interna); • Artéria retal inferior (com origem na artéria pudenda interna). Fonte 93:Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição. Paralelamente a essas artérias, estão um conjunto de veias retais superior, média e inferior que fazem ampla anastomose na parede retal. A veia retal superior possui sentido de drenagem para o sistema porta, enquanto as veias retais média e inferior drenam para a veia ilíaca interna e, portanto, para o sistema cava inferior. Fonte 94: Anatomia orientada para a clínica. Moore. 7ª edição. Nesse sentido, em relação a administração de medicamentos locais, como supositórios, se colocados muito superiormente em relação ao reto pode ser drenado pelo sistema porta. Além disso, a anastomose entre as veias retais pode constituir uma via de ligação porto-cava, logo hipertensões portais podem ter repercussões nessa vascularização, originando na circulação colateral um regime de passagem de sangue não usual, produzindo dilatação e varizes hemorroidárias. CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS OBSTRUÇÃO INTESTINAL Em radiografia de abdome, quando observamos o colo transverso excessivamente dilatado sem visualização de gás no interior do reto, provavelmente trata-se de uma obstrução. No intestino grosso existem regiões de dilatação e há diversas causas de obstrução intestinal. Fonte 95: MSD Manuals Obstruções colônicas podem
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