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PRÁTICAS ECONÔMICAS MERCANTILISMO

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CRISTÓVÃO NOGUEIRA ARAÚJO
ABORDAGEM HISTÓRICA – ESTADO ABSOLUTISTA
O Estado Absolutista vigorou durante a Idade Moderna, constituía-se da forma de governo em que se centralizava o poder nas mãos de um único Chefe de Estado, o qual atuava independentemente e exclusivamente de forma soberana. Havia no Estado Absolutista uma distinção social significativa, uma vez que a sociedade era dividida em classe dominante e classe trabalhadora, o que impondo desigualdade entre os indivíduos.
A doutrina Mercantilista se fazia mentora do Estado Absolutista. Caracterizada por ser um conjunto de práticas econômicas as quais incluíam a aglomeração de altas cobranças de impostos, acúmulo de metais preciosos, como ouro e prata, e restrições à importação, com o intuito de obter uma balança comercial oportuna.
Com base nesse aspecto orientador do Mercantilismo, o Estado passou a intervir na economia interna impondo novas formas políticas econômicas protecionistas, com o intuito de limitar continuamente a concorrência da industrialização estrangeira, ou seja, restringir a importação, propiciando o surgimento dos Monopólios Estatais.
Estes fatores políticos econômicos determinados pelo Estado, cominaram na insatisfação social, ocasionando na luta da sociedade trabalhista pelo fim da intervenção estatal, a favor da Economia Nacional.
MERCANTILISMO
O Mercantilismo é tido como a forma política econômica do Estado Absolutista, no qual o governo absolutista intervia na economia dos países, tendo como principal objetivo o maior acúmulo de riquezas, para impor no ponto de vista econômico, poder e respeito.
Dentre as três principais formas do Mercantilismo, bulionismo, colbertismo e mercantilismo comercial, o que mais se sobressai é o colbertismo, por esclarecer que o centro do sistema econômico eram os lucros obtidos com altos valores dos materiais vendidos (ouro e prata), que seriam superiores ao valor dos mesmos.
A partir do colberalismo foi-se aplicado o conceito de balança comercial, condicionado ao fato dos materiais que eram a fonte de riquezas (metais preciosos, como o ouro e a prata), estarem mais escassos.
Visando manter-se de forma ativa no mercado, o governo através do Ideal do colberalismo, adquiriu uma nova prática política financeira, objetivando alta produção preferencialmente das manufaturas, para obter aumento de poder no comércio externo.
Embora o colberalismo propiciasse mudanças econômicas positivas, este resultou também em conflitos, pois aplicava uma “ditadura econômica” através de um conselho que detinha regras e poder para chefiar questões econômicas.
A política de tarifas alfandegárias é um exemplo pertinente dos reflexos desse período econômico no cenário mundial. Almejando obter uma balança comercial favorável, anexo ao Protecionismo, o Mercantilismo facilitava por um lado a exportação e em contrapartida dificultava a importação.
Diferentemente da Economia Clássica, que é decorrente do Mercantilismo, o Mercantilismo não é caracterizado como uma teoria econômica. É notável a ideia conceitual do Mercantilismo em registros do escritor Adam Smith, onde este o retrata como o conjunto de práticas econômicas.
PACTO COLONIAL
Era um sistema onde as colônias europeias deveriam fazer comércio apenas com as suas metrópoles. Era uma garantia que eles tinham de comprar barato e sempre vender caro e com isso, conseguir produtos que não eram encontrados na Europa.
O sistema colonial tinha finalidade mercantilista, dirigia e administrava a organização e o controle fiscal das metrópoles, sempre saciou seus interesses se beneficiando do comércio e do que ele gerava.
O sistema lógico do pacto colonial tem como fator integrante os ideais econômicos Mercantilistas, tendo como exemplo o exclusivismo comercial, que foi criado no século XVII, com a criação de companhias como a holandesa denominada Companhia das Índias Ocidentais, e a portuguesa Companhia do Maranhão.
METALISMO
O metalismo consiste em um dos principais aspectos do Mercantilismo por representar a maior atividade econômica do período mercantilista. O acréscimo e venda de materiais, como o ouro e a prata, de maneira a ser fonte essencial do metalismo, favoreceram o comércio externo. A partir deste fator, o metalismo em sua observância, é um marco mercantilista que consequentemente ocasionou-se a vinda da moeda para a economia interna do país.
PROTECIONISMO ECONÔMICO
O Protecionismo é a prática econômica em que se objetiva o desenvolvimento econômico interno, inviabilizando o comércio externo. Assim sendo, o principal atributo do protecionismo é reduzir e dificultar a importação.
A elaboração de taxas gradualmente altas e a criação de normas técnicas para supervisionar os produtos estrangeiros, o incentivo ao desenvolvimento econômico interno através de subsídios à nacional, são exemplos notórios de medidas protecionistas.
Em suma, o Protecionismo é tido como a prática econômica de mais relevância para o Mercantilismo. Visto que, este a titulo primordial, se fazia como o meio de atrelar práticas/ atividades econômicas com o objetivo capitalista do Mercantilismo.
MONOPÓLIO
O monopólio é um dos elementos fundamentais do protecionismo econômico. Os produtos coloniais do monopólio só podiam ser comprados pela classe burguesa e eram revendidos no mercado do continente europeu pelos comerciantes da metrópole e a burguesia podia vender seus produtos europeus para o consumo da colônia.
O monopólio era um importante componente da política comercial do Estado. Quando este não o exercia diretamente, transferia o direito de monopólio a particulares, sejam pessoas, sejam empresas.
Os monopólios econômicos têm existido ao longo da história da humanidade. Na antiguidade, e durante a idade média, era comum que houvesse a carência extrema de alguns recursos, que afetavam quase toda a população. Quando tais recursos eram escassos, dificilmente existiam vários fabricantes daqueles bens.
INDUSTRIALIZAÇÃO MERCANTILISTA
Na Industrialização Mercantilista, o governo se faz estimulador do desenvolvimento do seu território. Considera-se como um símbolo mercantilista, pois a industrialização é resultante do Mercantilismo. O uso das máquinas para a criação de produtos manufaturados dispensava serviços manuais, fator que fundamentalmente contribuía para o crescimento econômico, ora, pois não havia a necessidade de contratação de uma grande massa de trabalhadores. Visa-se com a Industrialização Mercantilista atingir de modo complexo um maior acúmulo de capital, ou seja, um maior domínio econômico. São de grande relevância os impactos e influências da Industrialização Mercantilista no nosso mundo globalizado e capitalista.
ESTADOS NACIONAIS
Os Estados Nacionais se formaram durante o período da Baixa Idade Média, como consequência da crise do feudalismo. Foram caracterizados pelo fortalecimento do poder real, pois os povos se uniram diante de um único líder, que fosse maior que os outros, com o objetivo de unificar as regiões.
Vários líderes locais dificultavam o crescimento do comércio, por cada um ter suas leis e regulamentações. A centralização do poder iria fortalecer o poder político, administrativo e aumentaria a independência do poder da igreja.
O governo tinha uma burocracia política e administrativa e um exército nacional, financiados pela população, pelos banqueiros e comerciantes. Desse modo o capitalismo foi se fortalecendo, levando à ascensão da burguesia, sendo esta a base para a sustentação da monarquia.
A administração da nação era como um todo. Os impostos foram ampliados e o soberano controlava também todas as igrejas e os assuntos religiosos. Em decorrência dos Estados Nacionais nasce o absolutismo.
REGIME MERCANTILISTA
Este se compõe por ser um sistema de governo utilizado na Europa, com características mercantilistas e absolutistas. É visível no ponto de vista absolutista a figura central do rei que detinha todo o poder, a ele era resguardado a autonomia de impor suas vontades tanto na elaboração quanto na aplicação das leis, ou seja, ao rei,de forma alguma poderiam ser impostas sanções. A grande maioria dos lucros obtidos com as altas taxas cobradas à população (impostos) custeavam gastos da realeza.
No ponto de vista mercantilista, o Regime continua a ser comandado pelo rei. Adotava se a concepção da centralização dos poderes. Visava à aglomeração de riquezas através da busca por uma balança comercial favorável. Assim sendo, havia um protecionismo, onde o Rei visava apenas obter lucros com os metais preciosos, isto é, gerar através de uma prática econômica, uma fonte de renda extremamente capitalista. O Regime Mercantilista tem seu fim com a Revolução Francesa, posto que, esta extinguiu o poder do monarca.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Disponível	em:	<	http://balanca-comercial.info/mos/view/Mercantilismo	>. 
Disponível	em:	<	http://www.brasilescola.com/economia/protecionismo.htm	>. 
Disponível em: < http://www.mundoeducacao.com/historiageral/mercantilismo.htm >. 
Disponível	em:	<	http://www.suapesquisa.com/pesquisa/antigo_regime.htm	>.

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