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1 Relacione absolutismo e mercantilismo. O absolutismo, isto é, o poder centralizado pelos reis na Idade Moderna, permitia aos monarcas controlar a economia por meio de uma série de medidas conhecidas como mercantilismo. 2 Cite duas formas de controle dos reis sobre a economia. O aluno poderá citar: o controle dos preços e da produção, a cobrança de impostos, as tarifas alfandegárias sobre os produtos importados, etc. 3 Qual foi o posicionamento da burguesia diante da in- tervenção estatal na economia? A princípio o posicionamento da burguesia foi favorável, pois o mercantilismo organizou o comércio por meio da unificação monetária e do sistema de pesos e medidas. Posteriormente, passou a criticar a grande interferência estatal e o absolutismo. 4 Por que podemos afirmar que o mercantilismo foi um período de transição entre o feudalismo e o capitalismo? Porque as atividades econômicas, em especial o comércio, foram se desenvolvendo cada vez mais, deixando para trás o período feudal, no qual a agricultura de subsistência predominava e o comércio, bastante fraco, caminhava lentamente para o desenvolvimento de uma economia monetária e industrial. 5 Identifique e caracterize duas práticas mercantilistas. O aluno pode citar duas práticas entre as seguintes: • intervencionismo estatal: controle dos reis sobre a economia; • metalismo: acúmulo de metais preciosos; • colonialismo: exploração das colônias pelas metrópoles europeias; • incentivo às manufaturas: criação de manufaturas para reduzir a compra de produtos importados; • balança comercial favorável: importar menos que exportar. 6 Relacione balança comercial favorável e protecionismo alfandegário. A fim de manter uma balança comercial favorável, isto é, exportar mais e importar menos, os países europeus estabeleciam altas taxas sobre os produtos de outros países que entravam em seu território, tornando-os caros e incentivando a compra de produtos nacionais. 7 De que maneira as colônias contribuíram para o sucesso do mercantilismo europeu? As colônias eram exploradas pelas metrópoles, fornecendo metais preciosos e matérias-primas por preços baixos e sendo obrigadas a consumir produtos da metrópole por preços altos. 8 Caracterize o bulionismo espanhol. Prática mercantilista baseada no acúmulo de metais preciosos, também chamada de metalismo. PRATICANDO O APRENDIZADO PARA CONCLUIR Neste módulo vimos que o mercantilismo firmou-se como a organização econômica dos Esta- dos modernos e que o absolutismo foi a base política desse período, a partir do controle dos reis absolutistas sobre as atividades financeiras de seus países. Baseado em um sistema que variava de acordo com as características de cada país, o mercan- tilismo simbolizou o retorno da importância do comércio – atividade pouco praticada no período medieval, no qual predominava a agricultura – e sua propagação em âmbito mundial, especialmente a partir da expansão marítima dos séculos XV e XVI. Nesse sentido, as histórias da Europa, da América, da Ásia e da África passaram a se entrelaçar de maneira significativa, uma vez que a exploração de colônias e o comércio de especiarias e metais preciosos, assim como a exploração do trabalho de africanos escravizados, tornaram-se essenciais para o êxito econômico das nações europeias. 237 H IS T Ó R IA � M Ó D U L O 1 3 3_PH7_EF2_HIST_C2_231a239_M13.indd 237 11/21/17 5:37 PM Leia o texto a seguir para responder às questões 1 e 2. Tráfico de negros atende às exigências do mercantilismo Durante muito tempo, justificou-se a escravidão do negro africano no Brasil pela falta de adaptação do índio nativo ao regime de trabalho compulsório, o que dava a entender que o negro se adaptava mais facilmente à escravidão ou, ao me- nos, não apresentava tanta resistência, sendo, portanto, mais servil e obediente. Essa interpretação tradicional pode ser questionada de diver- sas formas. Em primeiro lugar, foi comum o recurso à escravidão do índio nas regiões em que o acesso ao tráfico africano era difícil ou em que não se conseguia pagar o alto preço do escravo negro. […] A opção pela escravidão do negro decorreu, na verda- de, da natureza do sistema que ordenava as relações entre a metrópole e as colônias de exploração, denominado sistema colonial, o qual era parte de um receituário econômico que, ao lado do protecionismo, dos monopólios e das medidas de apoio às manufaturas, compunha o mercantilismo. No contexto dessa estratégia, cabia à colônia comple- mentar a economia metropolitana suprindo, de um lado, as necessidades de consumo e, de outro, fornecendo produtos que pudessem ser exportados com vista à obtenção de uma balança comercial favorável. Dessa forma, a metrópole acu- mularia ouro e prata, metais considerados pelos pensadores mercantilistas expressão da riqueza e do poder dos Estados durante a Idade Moderna. A captura do negro na África e a sua venda para as co- lônias na América eram um instrumento de poder sobre a colônia (pois controlava o fluxo da mão de obra, vital para a produção colonial) e, ao mesmo tempo, o negócio mais lucra- tivo entre todos os que envolviam o comércio colonial. O tráfico atendia, portanto, às exigências do sistema co- lonial e do mercantilismo, pois gerava uma via de comércio que proporcionava acumulação de capitais na metrópole. Seu papel decisivo levou alguns historiadores a afirmar que não foi a escravidão que gerou o tráfico, mas o tráfico que gerou a escravidão. OLIVEIRA, Robserson de. Tráfico de negros atende às exigências do mercantilismo. UOL, 7 maio 2013. Disponível em: <https://vestibular.uol.com.br/ resumo-das-disciplinas/historia-do-brasil/trafico-de-negros-atende- as-exigencias-do-mercantilismo.htm>. Acesso em: 20 jul. 2017. 1 Qual é a relação estabelecida pelo autor entre o comér- cio de africanos escravizados e o mercantilismo? Para o autor, o comércio de africanos escravizados era uma atividade econômica que atendia às exigências do mercantilismo, gerando riqueza e acúmulo de capitais para os países europeus. 2 Que outras práticas mercantilistas são citadas no texto? Protecionismo alfandegário, colonialismo, incentivo às manufaturas. Leia o texto a seguir, que trata de mercantilismo e agri- cultura, para responder às questões 3 e 4. Verdadeira prima pobre do pensamento mercantilista, a agricultura apenas incidentalmente chegou a merecer aná- lises ou avaliações mais profundas. Num certo sentido ela é a grande ausente. As ideias mercantilistas distinguem na realidade duas agriculturas: a dos gêneros de subsistência e a comercial. A primeira é necessária, pois é quem garante a subsistência dos povos e a ordem das repúblicas. A segunda é desejável, pois assegura matérias-primas para os insumos das manufaturas existentes no próprio país, ou se transforma em valiosas mercadorias de exportação. FALCON, Francisco. Mercantilismo e transição. São Paulo: Brasiliense, 1993. p. 77. 3 Por que o autor chama a agricultura de “prima pobre” do pensamento mercantilista? Porque considera que ela é uma atividade pouco analisada segundo os princípios mercantilistas. 4 Qual é a relação entre agricultura e mercantilismo? Gerar matérias-primas para as manufaturas ou valiosos produtos de exportação. Leia o texto a seguir e responda às questões 5 e 6. Prévio ao aparecimento do capitalismo mercantil que se dá entre os séculos XV e XVIII, a base da economia era agrária, amonetária, não comercial e autossuficiente. As relações de poder se davam pela vinculação pessoal entre senhores e vas- salos, substituindo as relações entre estados e os cidadãos. […] APLICANDO O CONHECIMENTO 238 H IS T Ó R IA � M Ó D U L O 1 3 3_PH7_EF2_HIST_C2_231a239_M13.indd 238 11/21/17 5:37 PM 1 Qual das alternativas abaixo apresenta as principais características do mercantilismo? a) Valorização da indústria, economia baseada em tro- cas sem moeda, redução das importações.b) Aumento das exportações, burguesia no controle das atividades econômicas, livre comércio. c) Intervenção do rei na economia, metalismo, colo- nialismo. d) Incremento do comércio, valorização do trabalho artesanal, redução das tarifas alfandegárias. 2 De que forma os países da América foram atingidos pelo mercantilismo? a) Por meio do Pacto Colonial, segundo o qual as colô- nias da América só podiam comprar e vender mer- cadorias para suas metrópoles. b) Mediante o aumento das exportações de maté- rias-primas para todos os países mercantilistas da Europa. c) Com a facilitação da compra de produtos europeus pelo mercado consumidor das colônias na América. d) Pelo fim das relações comerciais entre os dois con- tinentes. 3 Leia o texto a seguir. Este fluxo de prata é despejado em um país protecio- nista, barricado de alfândegas. Nada sai ou entra em Es- panha sem o consentimento de um governo desconfiado, tenaz em vigiar as entradas e as saídas de metais precio- sos. Em princípio, a enorme fortuna americana vem, por- tanto, terminar num vaso fechado. Mas o fecho não é per- feito […] Ou dir-se-ia tão comumente que os Reinos de Espanha são as “Índias dos outros Reinos Estrangeiros”. BRAUDEL, Fernand. O mediterrâneo e o mundo mediterrânico à época de Felipe II. Lisboa: Martins Fontes, 1983-1984. v. 1, p. 523-527. De acordo com o texto, qual alternativa apresenta o mercantilismo espanhol? a) Ênfase na produção de matérias-primas para as in- dústrias inglesas. b) Busca pelo acúmulo de metais preciosos por meio da exploração colonial. c) Desenvolvimento da manufatura têxtil e de artigos de luxo. d) Estabelecimento de comércio exclusivo com os paí- ses africanos. 4 Responda à pergunta com base na leitura do excerto a seguir. Devemos sempre ter o cuidado de não comprar mais aos estrangeiros do que lhes vendemos. SMITH, Thomas, 1549 apud BRAUDEL, F. Os jogos das trocas. Lisboa: Cosmos, 1985. O princípio mercantilista destacado no texto é o(a): a) colonialismo. c) balança comercial favorável. b) colbertismo. d) intervencionismo estatal. Veja, no Manual do Professor, o gabarito comentado da questão sinalizada com asterisco. DESENVOLVENDO HABILIDADES O período conhecido por Baixa Idade Média, que se es- tendeu do século X ao XV, foi marcado por profundas altera- ções na sociedade, as quais conduziram à superação das es- truturas feudais e à progressiva estruturação do futuro modo de produção capitalista. […] Neste momento há o renascimento comercial, institucio- nalizado pela empreitada mercantil, onde o poder novamen- te se apresenta na forma de propriedade e de personalidade à medida que o foco passa a ser a conquista dos pontos de acesso das áreas que possuíam bens comercializáveis e a ri- queza das nações passa a ser medida pela quantidade e volu- me de prata e ouro acumulados. BAPTISTUCCI, Marcos Viceconte; REIS, Dálcio Roberto dos. As relações de poder – do mercantilismo à era do conhecimento. Revista Gestão Industrial, v. 1, n. 2, maio 2005. Disponível em: <https://periodicos.utfpr.edu.br/revistagi/ article/view/168/164>. Acesso em: 10 jul. 2016. 5 Com base no texto, compare os períodos feudal e mercantil. Feudal: a base da economia era agrária, amonetária, não comercial e autossuficiente. Mercantil: o foco passou a ser a conquista dos pontos de acesso das áreas que possuíam bens comercializáveis, e a riqueza das nações passou a ser medida pela quantidade de prata e ouro acumulada. 6 Apresente duas características do mercantilismo citadas no texto. Colonialismo e metalismo. 239 H IS T Ó R IA � M Ó D U L O 1 3 3_PH7_EF2_HIST_C2_231a239_M13.indd 239 11/21/17 5:37 PM
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