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Métodos de estudo em patologia

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Métodos de estudo em patologia 
 Patologia é o estudo da doença, ciência que estuda causa (etiologia), 
mecanismo e alterações morfológicas e moleculares que uma doença pode 
provocar. Fisiopatologia é o efeito dessas mudanças sobre a função total do 
corpo. A patologia pode ser dividida em dois seguimentos: 
• Patologia geral: estuda os aspectos comuns as diferentes doenças no que se 
referem as suas causas, mecanismos patogenéticos, lesões estruturais e 
alterações da função.
• Patologia especial: estuda as doenças de um determinado órgão ou sistema, ou 
estuda as doenças agrupadas por suas causas, como doenças infecciosas ou 
doenças causadas por radiação.
 A patologia cuida dos aspectos de 
etiologia (estudo das causas), patogênese 
(estudo dos mecanismos), anatomia 
patológica (estudo das alterações 
morfológicas dos tecidos que, em, 
conjunto, recebem o nome de lesões) e 
fisiopatologia (estudo das alterações 
funcionais de órgãos e sistemas afetados). 
 
Estudo morfologico 
 Estudo macroscópico ou microscópico das doenças (podendo ser realizados 
em organismos vivos ou cadáveres) pode ser utilizado para investigação ou para 
diagnóstico.
Tipos de estudos morfológicos:  
 Exames citológicos: é um importante meio de diagnóstico para neoplasias e 
lesões precursoras e para detecção de agentes infecciosos. O material para 
análise citológica pode ser obtido por meio de raspados da pele ou mucosas, 
secreções (da árvore traqueobrônquica, do conteúdo de cistos, da expressão 
mamilar, do tubo gastrointestinal), líquidos (serosas, urina, líquido amniótico), 
punção aspirativa por agulha fina guiada por palpação ou ultrassonografia. As 
amostras celulares devem ser fixadas na lamina com álcool etílico. A coloração 
universal dos esfregaços é a de Papanicolau.
 Biópsia: é um exame anatomopatológico que pode ser utilizado para 
diagnóstico e ou tratamento. Há dois tipos de biópsia: biópsias ablativas ou 
excisionais – retira toda a lesão; e biópsias incisionais – se retira apenas uma 
parte da lesão. Peças cirúrgicas: são provenientes de procedimento cirúrgico, 
podem ser simples – como a retirada da vesícula biliar, por exemplo, ou 
compostas – órgão principal e estruturas adjacentes, como por exemplo, mama + 
linfonodos. Utiliza como fixador o formoldeído, pois necessita de uma grande 
conservação. O volume do fixador deve ser de 6 a 10 vezes o volume da peça ou 
espécime. Nunca se deve colocar a amostra num recipiente menor, pois pode 
causar deformações. Todo material deve ser acompanhado de dados do paciente, 
informes clínicos relevantes, resultados de exames complementares e hipóteses 
diagnósticas.
 Colorações utilizadas em métodos microscópicos: 
 Autópsia ou necropsia: exame pós morte de órgãos para se determinar a 
causa da morte e conhecer as lesões e doenças existentes no falecido.
 Imunohistoquimica 
 Método que utiliza anticorpos contra como reagente específico para detectar 
antígenos presentes nas células e tecidos. Verifica a presença de antígenos 
celulares e teciduais normais ou patológicos, identifica elementos estranhos, 
como microrganismos de difícil reconhecimento por outros métodos, como vírus, 
fungos, bactérias e outros agentes infecciosos. Além disso, auxilia na 
caracterização de neoplasias pouco diferenciadas morfologicamente e na 
identificação de moléculas que determinam diferentes prognósticos ou diferentes 
respostas a terapias específicas em terapias malignas. Para reconhecimento dos 
anticorpos, eles devem ser marcados com algum produto para que depois possa 
ser visualizado seletivamente, podendo ser marcado por substâncias 
fluorescentes ou enzimas.
 Imunohistoquímica fluorescente: pode ser direta ou indireta. Direta: o 
anticorpo primário é ligado a um composto fluorescente, o mais utilizado é o 
isotiocianato de fluoresceína, que emite luz verde brilhante quando estimulado 
por luz ultravioleta. Indireta: o anticorpo primário liga-se ao antígeno de 
interesse. A substância fluorescente é conjugada a um anticorpo secundário, que, 
por sua vez, reconhece a porção Fc do anticorpo e com ele forma uma reação 
específica. Esse imunofluorescência é mais específica já que o anticorpo primário 
se encontra livre do marcador, e o sinal só aparece após duas ligações de 
antígeno-anticorpo, o que possibilita maior especificidade e melhor controle da 
reação.
 Técnicas imunoenzimáticas: empregam imunoglobulinas marcadas com 
enzimas. No caso, o sinal resulta da formação de um composto colorido no sítio 
da reação, o qual é gerado por ação da enzima sobre um substrato apropriado.
 
Cultura celular 
 Consiste na manutenção e multiplicação in vitro de células vivas. É realizada 
apenas em populações celulares homogêneas, sem interferência de outros tipos 
celulares, sem a participação de fatores externos além do meio de cultura. Esse 
método analisa o metabolismo e o comportamento celular, por conta disso é muito 
utilizado em estudos. Também pode ser utilizado para diagnosticar defeitos 
enzimáticos.
 Citometria 
 É a medida de um componente físico ou químico de uma célula ou partícula. 
O método baseia-se na ligação específica de uma substância a determinado 
componente celular, o qual posteriormente é reconhecido seletivamente. Há dois 
tipos: citofotometria (ou citometria estática) e citometria de fluxo.
 Citofometria: uma estrutura ou componente celular é corado 
especificamente por meio de uma reação histoquímica. Um sensor colocado após 
a preparação corada capta e quantifica a intensidade de luz que a ele chega. 
Comparando-se com a quantidade de luz que passa por estrutura não corada, 
pode-se determinar a quantidade da substância presente na amostra que reagiu 
com o corante. Permite análise de células individuais e por conta disso, é possível 
avaliar constituintes celulares em células normais e em células alteradas. Muito 
utilizado em neoplasias malignas.
 Citometria de fluxo: é realizada com células em suspensão, e as medidas 
são feitas enquanto as células passam uma a uma em um aparelho através de 
um fluxo contínuo em frente a um feixe de luz (laser). É possível comparar 
células quanto ao seu tamanho e à sua complexidade interna, permitindo, por 
exemplo, diferenciar linfócitos de neutrófilos, que possuem tamanho e 
constituintes citoplasmáticos bem diferentes. As células podem também ser 
tratadas com um fluorocromo que se liga especificamente à estrutura de 
interesse, o qual depois é reconhecido e quantificado por um sensor. As principais 
aplicações da citometria de fluxo são identificação e quantificação de populações 
celulares específicas, normais (tipos de linfócitos, macrófagos etc.) ou 
cancerosas, além de fornecer o conteúdo de várias moléculas (p. ex., DNA). É 
possível ainda, por meio de um citômetro de fluxo especial, separar células vivas 
segundo características desejadas e, dessa forma, cultivá-las in vitro ou realizar 
experimentos funcionais sem a contaminação de outros tipos celulares. 
 
 Ao identificar em um corte histológico um pequeno número de leucócitos, o 
observador pode inferir que a inflamação presente é discreta (também 
representada pelo sinal gráfico +); inflamação moderada (++) ou acentuada (+++) 
indica número crescente de leucócitos, determinado subjetivamente por padrões 
visuais, sempre individuais e sujeitos a interpretação diferente por diferentes 
observadores. Esse é um exemplo de análise semiquantitativa, que é suficiente 
em muitas situações para dar informações sobre intensidade ou grandeza de 
determinado elemento. Método muito utilizado em pesquisas científicas.
Técnicas de análise de DNA ou RNA.
RT-PCR: PCR = reação em cadeia de polimerase. Amplificação de uma sequência 
específica do material genético (no DNA, já que a enzima em questão só atua no 
DNA). Utilizado para reconhecer agentes etiológicos - doença infecciosas, genes 
alterados - doenças genéticas e alterações moleculares - neoplasias.
Morfometria
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