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apostila INSS nova concursos 2021

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Prévia do material em texto

< Ética no Serviço Público
< Regime Jurídico Único
< Noções de Direito Constitucional
< Noções de Direito Administrativo
< Língua Portuguesa
< Raciocínio Lógico
< Noções de Informática
< Conhecimentos Específicos: Seguridade 
Social
TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL
teoria e
ON-LINE
conteúdo
 exercícios
Curso com 
10 horas de
Videoaulas
Instituto Nacional do Seguro Social
INSS
Técnico do Seguro Social
NV-008MR-21
Cód.: 7908428800307
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos 
pela Lei nº 9.610/1998. É proibida a reprodução parcial ou total, 
por qualquer meio, sem autorização prévia expressa por escrito da 
editora Nova Concursos.
Essa obra é vendida sem a garantia de atualização futura. No caso 
de atualizações voluntárias e erratas, serão disponibilizadas no site 
www.novaconcursos.com.br. Para acessar, clique em “Erratas e 
Retificações”, no rodapé da página, e siga as orientações.
Produção Editorial
Carolina Gomes
Josiane Inácio
Karolaine Assis
Organização
Roberth Kairo
Saula Isabela Diniz
Revisão de Conteúdo
Ana Cláudia Prado 
Fernanda Silva
Jaíne Martins
Maciel Rigoni
Nataly Ternero
Análise de Conteúdo
Ana Beatriz Mamede
Arthur de Carvalho
João Augusto Borges
Diagramação
Dayverson Ramon
Higor Moreira 
Lucas Gomes
Willian Lopes
Capa
Joel Ferreira dos Santos
Projeto Gráfico
Daniela Jardim & Rene Bueno
Dúvidas
www.novaconcursos.com.br/contato
sac@novaconcursos.com.br
Obra
INSS-Instituto Nacional do 
Seguro Social
Técnico do Seguro Social
Autores
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO • Xico Kraemer
REGIME JURÍDICO ÚNICO • Jonatas Albino e Nágila Vilela
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL • Samara Kich
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO • Fernando Paternostro 
Zantedeschi e Jonatas Albino
LÍNGUA PORTUGUESA • Monalisa Costa, Ana Cátia Collares 
e Giselli Neves
RACIOCÍNIO LÓGICO • Kairton Batista (Prof.º Kaká)
NOÇÕES DE INFORMÁTICA • Fernando Nishimura, Hebert 
Ferreira e Leonardo Vanconcelos
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS: SEGURIDADE SOCIAL • Ana 
Julia Kachan e Lilian Novakoski
Edição:
Março/2021
APRESENTAÇÃO
Um bom planejamento de seus estudos é determinante para 
sua preparação de sucesso na busca pela tão almejada apro-
vação em um cargo público. Por isso, pensando no máximo 
aproveitamento de seus estudos, esse livro foi organizado con-
siderando os itens relevantes do último edital para Técnico do 
Seguro Social do Instituto Nacional de Seguridade Social – dida-
ticamente reunidos em um sumário planejado para otimizar o 
seu tempo e o seu aprendizado.
Ao longo da teoria, você encontrará boxes – Importante e Dica 
– com orientações, macetes e conceitos fundamentais cobra-
dos nas provas, além de Questões Comentadas das principais 
bancas para complementar seus estudos. E para treinar seus 
conhecimentos, a seção Hora de Praticar, trazendo exercícios 
gabaritados da banca organizadora do último certame.
A obra que você tem em suas mãos é resultado da competência 
de nosso time editorial e da vasta experiência de nossos profes-
sores e autores parceiros – muitos também responsáveis pelas 
aulas que você encontra em nossos Cursos Online – o que será 
um diferencial na sua preparação. Nosso time faz tudo pensan-
do no seu sonho de ser aprovado em um concurso público. Ago-
ra é com você!
Intensifique ainda mais a sua preparação acessando o Bônus 
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de videoaulas, conforme os assuntos cobrados na última prova. 
Para acessar, basta seguir as orientações na próxima página.
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Para intensificar a sua preparação para concursos, oferecemos em nossa plataforma on-
line materiais especiais e exclusivos, selecionados e planejados de acordo com a proposta 
deste livro. São conteúdos que tornam a sua preparação muito mais eficiente.
BÔNUS:
•	 Curso On-line.
à Ética no Serviço Público - Código de Ética do Servidor Público do Poder Executivo 
Federal: Decreto nº 6.029/2007
à Regime Jurídico Único - Lei n° 8.112/1990: Provimento
à Noções de Direito Constitucional - Dos Direitos e Garantias Fundamentais: Nacionalidade 
à Noções de Direito Administrativo - Princípios da Administração e Agentes Públicos
à Língua Portuguesa - Pontuação
à Raciocínio Lógico - Tabelas Verdade; Diagrama de Venn
à Noções de Informática - Internet: Protocolos
à Conhecimentos Específicos - Direito Previdenciário: Seguridade Social, Conceito e 
Princípios Constitucionais
COMO ACESSAR O CONTEÚDO ON-LINE
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VERSO DA APOSTILA
NV-003MR-20
Código Bônus
DÚVIDAS E SUGESTÕES
NV-003MR-20
9 088121 44215 3
Código Bônus
SUMÁRIO
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO ......................................................................................11
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO 
FEDERAL ............................................................................................................................................. 11
DECRETO Nº 1.171/1994 E DECRETO Nº 6.029/2007 ...................................................................................11
REGIME JURÍDICO ÚNICO .............................................................................................19
LEI 8.112/1990 E ALTERAÇÕES, DIREITOS E DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO ....................... 19
O SERVIDOR PÚBLICO COMO AGENTE DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL ................................... 32
SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA NO SERVIÇO PÚBLICO .................................................................. 32
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ...............................................................37
DIREITOS E DEVERES FUNDAMENTAIS ........................................................................................... 37
DIREITO À VIDA, À LIBERDADE, À IGUALDADE, À SEGURANÇA E À PROPRIEDADE ...................................37
DIREITOS SOCIAIS ............................................................................................................................................46
NACIONALIDADE E CIDADANIA ......................................................................................................................47
DIREITOS POLÍTICOS .......................................................................................................................................49
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .............................................................................................................. 50
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ................................................................61
ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ........................................................................ 61
CONCEITOS, ELEMENTOS, PODERES E ORGANIZAÇÃO ...............................................................................61
NATUREZA, FINS E PRINCÍPIOS ......................................................................................................................61
DIREITO ADMINISTRATIVO............................................................................................................... 61
CONCEITO E FONTES .......................................................................................................................................61
PRINCÍPIOS .......................................................................................................................................................62
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA UNIÃO ................................................................................ 65
ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA...........................................................................................................65
AGENTES PÚBLICOS ......................................................................................................................... 71
ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO ..........................................................................................................................71
PODERES, DEVERES E PRERROGATIVAS, CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO PÚBLICA ...................................72
REGIME JURÍDICO ÚNICO ................................................................................................................. 80
PROVIMENTO, VACÂNCIA, REMOÇÃO, REDISTRIBUIÇÃO, SUBSTITUIÇÃO, DIREITOS E VANTAGENS, 
REGIME DISCIPLINAR, RESPONSABILIDADE CIVIL, CRIMINAL E ADMINISTRATIVA ................................80
PODERES ADMINISTRATIVOS .......................................................................................................... 80
PODER HIERÁRQUICO ......................................................................................................................................80
PODER DISCIPLINAR ........................................................................................................................................81
PODER REGULAMENTAR .................................................................................................................................81
PODER DE POLÍCIA ...........................................................................................................................................81
USO E ABUSO DO PODER .................................................................................................................................82
ATO ADMINISTRATIVO...................................................................................................................... 82
VALIDADE, EFICÁCIA ATRIBUTOS, EXTINÇÃO, DESFAZIMENTO E SANATÓRIA .........................................82
CLASSIFICAÇÃO, ESPÉCIES E EXTERIORIZAÇÃO, VINCULAÇÃO E DISCRICIONARIEDADE ......................84
SERVIÇOS PÚBLICOS ........................................................................................................................ 85
CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO, REGULAMENTAÇÃO E CONTROLE, FORMA, MEIOS E REQUISITOS ...........85
DELEGAÇÃO: CONCESSÃO, PERMISSÃO, AUTORIZAÇÃO ............................................................................87
CONTROLE E RESPONSABILIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO ......................................................... 94
CONTROLE ADMINISTRATIVO ........................................................................................................................94
CONTROLE JUDICIAL .......................................................................................................................................94
CONTROLE LEGISLATIVO ................................................................................................................................95
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO ......................................................................................... 97
LEI Nº 8.429/1992 ............................................................................................................................101
LEI N°9.784/1999 .............................................................................................................................107
LÍNGUA PORTUGUESA.................................................................................................117
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS ........................................................................117
TIPOLOGIA TEXTUAL ......................................................................................................................120
ORTOGRAFIA OFICIAL .....................................................................................................................126
ACENTUAÇÃO GRÁFICA .................................................................................................................127
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS ......................................................................................128
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE ...............................................................................144
SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO ............................................................................................145
PONTUAÇÃO.....................................................................................................................................149
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL .........................................................................................151
REGÊNCIAS NOMINAL E VERBAL ..................................................................................................152
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS .....................................................................................................153
REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS ............................................................................156
RACIOCÍNIO LÓGICO .....................................................................................................185
CONCEITOS BÁSICOS DE RACIOCÍNIO LÓGICO ...........................................................................185
PROPOSIÇÕES: VALORES LÓGICOS DAS PROPOSIÇÕES ...........................................................................185
SENTENÇAS ABERTAS ...................................................................................................................................186
NÚMERO DE LINHAS DA TABELA VERDADE ................................................................................................187
CONECTIVOS ..................................................................................................................................................188
PROPOSIÇÕES SIMPLES E PROPOSIÇÕES COMPOSTAS ..........................................................................190
TAUTOLOGIA ....................................................................................................................................190
OPERAÇÃO COM CONJUNTOS ......................................................................................................191
CÁLCULOS COM PORCENTAGENS ................................................................................................196
NOÇÕES DE INFORMÁTICA .......................................................................................201
CONCEITOS DE INTERNET E INTRANET, CONCEITOS BÁSICOS E MODOS DE UTILIZAÇÃO 
DE TECNOLOGIAS, FERRAMENTAS, APLICATIVOS E PROCEDIMENTOS DE INFORMÁTICA ..201
CONCEITOS E MODOS DE UTILIZAÇÃO DE APLICATIVOS PARA EDIÇÃO DE TEXTOS, 
PLANILHAS E APRESENTAÇÕES UTILIZANDO-SE A SUÍTE DE ESCRITÓRIO LIBREOFFICE ...216
CONCEITOS E MODOS DE UTILIZAÇÃO DE SISTEMAS OPERACIONAIS WINDOWS 7 E 10.....249
NOÇÕES BÁSICAS DE FERRAMENTAS E APLICATIVOS DE NAVEGAÇÃO E CORREIO 
ELETRÔNICO ....................................................................................................................................279
NOÇÕES BÁSICAS DE SEGURANÇA E PROTEÇÃO: VÍRUS, WORMS E DERIVADOS .................287
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS: SEGURIDADE SOCIAL ........................... 309
SEGURIDADE SOCIAL ......................................................................................................................309
ORIGEM E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL.........................................................................................309
CONCEITUAÇÃO .............................................................................................................................................311
LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA .....................................................................................................316
CONTEÚDO, AUTONOMIA, FONTES E HIERARQUIA ....................................................................................316APLICAÇÃO DAS NORMAS PREVIDENCIÁRIAS, INTEGRAÇÃO DA NORMA, VIGÊNCIA E 
INTERPRETAÇÃO ............................................................................................................................................317
ORGANIZAÇÃO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL ..................................................................................................319
REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL ....................................................................................322
BENEFICIÁRIOS DO RGPS ..............................................................................................................................322
CONCEITO, CARACTERÍSTICAS E ABRANGÊNCIA: EMPREGADO, EMPREGADO DOMÉSTICO, 
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL, TRABALHADOR AVULSO E SEGURADO ESPECIAL ....................................322
SEGURADO FACULTATIVO .............................................................................................................................328
DEPENDENTES DO RGPS ...............................................................................................................................328
TRABALHADORES EXCLUÍDOS DO RGPS .....................................................................................................329
FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO DE SEGURADOS E DEPENDENTES ........................................................................329
DISPOSIÇÕES GERAIS DO RGPS PARA CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS ......................................332
MANUTENÇÃO, PERDA E RESTABELECIMENTO DA QUALIDADE DE SEGURADO .....................................332
SALÁRIO DE BENEFÍCIO .................................................................................................................................336
RENDA MENSAL .............................................................................................................................................338
REAJUSTAMENTO DO VALOR DOS BENEFÍCIOS .........................................................................................338
EMPRESA E EMPREGADOR DOMÉSTICO: CONCEITO PREVIDENCIÁRIO ..................................339
FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL.................................................................................339
RECEITAS DA UNIÃO ......................................................................................................................................340
RECEITAS DAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS: DOS SEGURADOS, DAS EMPRESAS, 
DO CLUBE DE FUTEBOL PROFISSIONAL, DO EMPREGADOR DOMÉSTICO, DO PRODUTOR RURAL ........340
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO ........................................................................................................................343
Conceito..........................................................................................................................................................343
Parcelas Integrantes e Parcelas não Integrantes ........................................................................................343
Limites Mínimo e Máximo .............................................................................................................................345
COMPETÊNCIA DO INSS E DA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL ..........................................................345
INFRAÇÕES À LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA ............................................................................346
RECURSO DAS DECISÕES ADMINISTRATIVAS ............................................................................348
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO .........................................................................................................349
LEI Nº 8.212/1991 E ALTERAÇÕES ................................................................................................350
SOBRE A RECEITA DE CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS ...........................................................................351
LEI Nº 8.213/1991 E ALTERAÇÕES ................................................................................................356
DECRETO Nº 3.048/99 E ALTERAÇÕES .........................................................................................360
LEI DE ASSISTÊNCIA SOCIAL (LOAS) ............................................................................................379
INSTÂNCIAS DELIBERATIVAS DO SUAS.......................................................................................................383
DOS BENEFÍCIOS, DOS SERVIÇOS, DOS PROGRAMAS E DOS PROJETOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL ....384
ÉT
IC
A
 N
O
 S
ER
V
IÇ
O
 P
Ú
B
LI
C
O
11
ÉTICA NO SERVIÇO 
PÚBLICO
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO 
SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER 
EXECUTIVO FEDERAL 
DECRETO Nº 1.171/1994 E DECRETO Nº 6.029/2007
O decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994 foi 
sancionado pelo Presidente da República, tendo 
por base o disposto no art. 37 da constituição. E em 
leis esparsas (8.112/90 e 8429/92).
Com a aprovação do Código de Ética Profissional 
do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, 
ficam definidos os órgãos e entidades da Administra-
ção Pública Federal direta e indireta como destinatá-
rios da medida. O prazo para implementação foi de 60 
(sessenta) dias, inclusive a Constituição da respectiva 
Comissão de Ética que será integrada por três servi-
dores ou empregados titulares de cargo efetivo ou 
emprego permanente.
CÓDIGO DE 
ÉTICA
SERVIDORES 
PÚBLICOS 
FEDERAIS 
“direta e indireta“
Comissões formadas por 3 
servidores ou empregados 
“cargo efetivo ou emprego 
permanente“
O decreto é realmente muito curto, sendo assim, 
precisa ser lido várias vezes:
Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissio-
nal do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal, que com este baixa.
Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração 
Pública Federal direta e indireta implementarão, 
em sessenta dias, as providências necessárias à ple-
na vigência do Código de Ética, inclusive mediante 
a Constituição da respectiva Comissão de Ética, 
integrada por três servidores ou empregados titu-
lares de cargo efetivo ou emprego permanente.
Parágrafo único. A constituição da Comissão de Éti-
ca será comunicada à Secretaria da Administração 
Federal da Presidência da República, com a indica-
ção dos respectivos membros titulares e suplentes.
Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua 
publicação.
O código inicia suas disposições estabelecendo 
as regras deontológicas. As regras deontológicas são 
normas de conduta de uma determinada profissão. 
No caso do decreto 1.171/94, as regras de conduta se 
aplicam aos servidores do poder executivo federal na 
administração direta e indireta.
Administração Pública 
Federal direta e indireta
Destinatários da medida
Órgão e entidades da 
Administração Pública 
Federal
Código de Ética 
Profissional do 
Servidor Público Civil 
do Poder Executivo 
Federal
Terminado o texto da lei, vamos nos deter nas 
regras deontológicas que fazem parte do anexo, assim 
no capítulo I, seção I temos alguns incisos que mere-
cem o devido comentário e os demais são de leitura 
obrigatória, são eles:
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a 
consciência dos princípios morais são primados 
maiores que devem nortear o servidor público, seja 
no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que 
refletirá o exercício da vocação do próprio poder 
estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes 
serão direcionados para a preservação da honra e 
da tradição dos serviços públicos.
As palavras destacadas são de suma importância 
para esta primeira parte e precisam ser sempre lem-
bradas. É interessante que você as decore!
II - O servidor público não poderá jamais desprezar 
o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que 
decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o 
injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno 
e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e 
o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, 
caput, e § 4°, daConstituição Federal.
Nesse ponto estamos tratando do bem comum. 
Veja só: o servidor deverá decidir com base em diver-
sos valores, todavia seu eixo principal de orientação é 
o bem comum. 
III - A moralidade da Administração Pública não 
se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo 
ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem 
comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalida-
de, na conduta do servidor público, é que poderá 
consolidar a moralidade do ato administrativo.
Sempre que falamos de moralidade ou de moral 
estamos nos referindo a normas de conduta ou con-
junto de normas e esse conjunto de valores, necessa-
riamente, depende do equilíbrio entre a legalidade e 
a finalidade.
12
Finalidade
Legalidade
IV- A remuneração do servidor público é cus-
teada pelos tributos pagos direta ou indireta-
mente por todos, até por ele próprio, e por isso se 
exige, como contrapartida, que a moralidade 
administrativa se integre no Direito, como ele-
mento indissociável de sua aplicação e de sua fina-
lidade, erigindo-se, como consequência, em fator de 
legalidade.
Essa informação despenca nas provas de concur-
so. Fique atento!
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público 
perante a comunidade deve ser entendido como acrés-
cimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, 
integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode 
ser considerado como seu maior patrimônio.
VI - A função pública deve ser tida como exercí-
cio profissional e, portanto, se integra na vida 
particular de cada servidor público. Assim, os 
fatos e atos verificados na conduta do dia-a-
-dia em sua vida privada poderão acrescer ou 
diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
Nesse ponto o código de ética afirma que a vida 
privada do servidor é relevante para o desempenho 
de sua profissão. Note que os atos do profissional em 
sua vida privada podem afetar diretamente sua car-
reira no serviço público.
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investi-
gações policiais ou interesse superior do Estado e da 
Administração Pública, a serem preservados em pro-
cesso previamente declarado sigiloso, nos termos da 
lei, a publicidade de qualquer ato administrati-
vo constitui requisito de eficácia e moralidade, 
ensejando sua omissão comprometimento ético con-
tra o bem comum, imputável a quem a negar.
Dica
Segundo Hely Lopes Meirelles: “Ato administrati-
vo é toda manifestação unilateral de vontade da 
Administração Pública que, agindo nessa quali-
dade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, 
transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, 
ou impor obrigações aos administrados ou a si 
própria”. 
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servi-
dor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que 
contrária aos interesses da própria pessoa interes-
sada ou da Administração Pública. Nenhum Estado 
pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder cor-
ruptivo do hábito do erro, da opressão ou da men-
tira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade 
humana quanto mais a de uma Nação.
O servidor tem o dever de dar voz à verdade. Ainda 
que em prejuízo da administração ou do interessado.
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tem-
po dedicados ao serviço público caracterizam o 
esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa 
que paga seus tributos direta ou indiretamen-
te significa causar-lhe dano moral. Da mesma 
forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao 
patrimônio público, deteriorando-o, por descuido 
ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa 
ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas 
a todos os homens de boa vontade que dedicaram 
sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus 
esforços para construí-los.
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à 
espera de solução que compete ao setor em que 
exerça suas funções, permitindo a formação de 
longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na 
prestação do serviço, não caracteriza apenas ati-
tude contra a ética ou ato de desumanidade, mas 
principalmente grave dano moral aos usuários dos 
serviços públicos.
Mais uma vez o Código de Ética demonstra seu 
interesse pelo desempenho do serviço público. Desta 
vez, apresentando condutas que demonstram falta de 
comprometimento.
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às 
ordens legais de seus superiores, velando atenta-
mente por seu cumprimento, e, assim, evitando a 
conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e 
o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis 
de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência 
no desempenho da função pública.
XII - Toda ausência injustificada do servidor de 
seu local de trabalho é fator de desmoralização 
do serviço público, o que quase sempre conduz à 
desordem nas relações humanas.
Geralmente somos cobrados nesse ponto da maté-
ria e a expressão “injustificada” é retirada da questão, 
por isso fique atento!
XIII - O servidor que trabalha em harmonia com 
a estrutura organizacional, respeitando seus cole-
gas e cada concidadão, colabora e de todos pode 
receber colaboração, pois sua atividade pública 
é a grande oportunidade para o crescimento e o 
engrandecimento da Nação.
DOS PRINCIPAIS DEVERES DO SERVIDOR PÚBLICO
Nesse ponto, o código de ética foca nos deveres do 
servidor. Novamente vamos separar algumas expres-
sões que são essenciais para o estudo desse assunto.
XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, 
função ou emprego público de que seja titular;
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfei-
ção e rendimento, pondo fim ou procurando prio-
ritariamente resolver situações procrastinatórias, 
principalmente diante de filas ou de qualquer outra 
espécie de atraso na prestação dos serviços pelo 
setor em que exerça suas atribuições, com o fim de 
evitar dano moral ao usuário;
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando 
toda a integridade do seu caráter, escolhendo sem-
pre, quando estiver diante de duas opções, a melhor 
e a mais vantajosa para o bem comum;
d) jamais retardar qualquer prestação de con-
tas, condição essencial da gestão dos bens, 
direitos e serviços da coletividade a seu cargo;
ÉT
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V
IÇ
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 P
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B
LI
C
O
13
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços 
aperfeiçoando o processo de comunicação e conta-
to com o público;
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por 
princípios éticos que se materializam na adequada 
prestação dos serviços públicos;
g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e 
atenção, respeitando a capacidade e as limitações 
individuais de todos os usuários do serviço público, 
sem qualquer espécie de preconceito ou distinção 
de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, 
cunho político e posição social, abstendo-se, dessa 
forma, de causar-lhes dano moral;
h) ter respeito à hierarquia, porém sem 
nenhum temor de representar contra qual-
quer comprometimento indevido da estrutura 
em que se funda o Poder Estatal;
i) resistir a todas as pressões de superiores hierár-
quicos, de contratantes, interessados e outros que 
visem obter quaisquer favores, benesses ou vanta-
gens indevidas em decorrência de ações imorais, 
ilegais ou aéticas e denunciá-las;
Podemos separar algumas expressões chave do que 
vimos até agora e que, se você as memorizar, serão um 
grande diferencial para seu estudo dessa matéria. São 
elas: “a tempo”, “rapidez, perfeição e rendimento”, “ser 
probo, reto, leal e justo”, e “ser cortês, ter urbanidade”.
j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas 
exigências específicas da defesa da vida e da 
segurança coletiva;
A conduta de greve é mencionada e defendida pelo 
código de ética. E não poderia ser diferente, o direi-
to constitucional da greve deve ser exercido, porém 
deve existir equilíbrio entre a busca de direitos e a 
manutenção de serviços de saúde e segurança.
l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de 
que sua ausência provoca danos ao trabalho orde-
nado, refletindo negativamente em todo o sistema;Novamente o servidor é impelido a demonstrar 
rendimento e presença no local de trabalho. O exercí-
cio desses valores termina por beneficiar o rendimen-
to e o ambiente de trabalho e sua ordem.
m) comunicar imediatamente a seus superiores 
todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse 
público, exigindo as providências cabíveis;
n) manter limpo e em perfeita ordem o local de tra-
balho, seguindo os métodos mais adequados à sua 
organização e distribuição;
o) participar dos movimentos e estudos que se rela-
cionem com a melhoria do exercício de suas fun-
ções, tendo por escopo a realização do bem comum;
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas ade-
quadas ao exercício da função;
q) manter-se atualizado com as instruções, as nor-
mas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão 
onde exerce suas funções;
r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as 
instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou fun-
ção, tanto quanto possível, com critério, segurança e 
rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem.
s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços 
por quem de direito;
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas 
funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de 
fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos 
usuários do serviço público e dos jurisdicionados 
administrativos;
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua fun-
ção, poder ou autoridade com finalidade estranha 
ao interesse público, mesmo que observando as for-
malidades legais e não cometendo qualquer viola-
ção expressa à lei;
v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua 
classe sobre a existência deste Código de Ética, esti-
mulando o seu integral cumprimento.
DAS VEDAÇÕES AO SERVIDOR PÚBLICO
XV - E vedado ao servidor público;
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, 
tempo, posição e influências, para obter qualquer 
favorecimento, para si ou para outrem;
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros 
servidores ou de cidadãos que deles dependam;
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, 
conivente com erro ou infração a este Código de Éti-
ca ou ao Código de Ética de sua profissão;
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar 
o exercício regular de direito por qualquer pessoa, 
causando-lhe dano moral ou material;
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e cientí-
ficos ao seu alcance ou do seu conhecimento para 
atendimento do seu mister;
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, 
caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal 
interfiram no trato com o público, com os jurisdi-
cionados administrativos ou com colegas hierar-
quicamente superiores ou inferiores;
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber 
qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prê-
mio, comissão, doação ou vantagem de qualquer 
espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, 
para o cumprimento da sua missão ou para influen-
ciar outro servidor para o mesmo fim;
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que 
deva encaminhar para providências;
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que neces-
site do atendimento em serviços públicos;
j) desviar servidor público para atendimento a inte-
resse particular;
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmen-
te autorizado, qualquer documento, livro ou bem 
pertencente ao patrimônio público;
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas 
no âmbito interno de seu serviço, em benefício pró-
prio, de parentes, de amigos ou de terceiros;
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora 
dele habitualmente;
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que 
atente contra a moral, a honestidade ou a dignida-
de da pessoa humana;
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o 
seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso.
DAS COMISSÕES DE ÉTICA
XVI - Em todos os órgãos e entidades da Adminis-
tração Pública Federal direta, indireta autárquica e 
fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que 
exerça atribuições delegadas pelo poder públi-
co, deverá ser criada uma Comissão de Ética, 
encarregada de orientar e aconselhar sobre a 
ética profissional do servidor, no tratamento 
com as pessoas e com o patrimônio público, 
competindo-lhe conhecer concretamente de 
imputação ou de procedimento susceptível de 
censura.
14
Dica
Comissão de ética - Comissões formadas por 
três servidores ou empregados com “cargo efeti-
vo ou emprego permanente”
XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos 
organismos encarregados da execução do quadro 
de carreira dos servidores, os registros sobre sua 
conduta ética, para o efeito de instruir e fundamen-
tar promoções e para todos os demais procedimen-
tos próprios da carreira do servidor público.
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela 
Comissão de Ética é a de censura e sua fundamen-
tação constará do respectivo parecer, assinado por 
todos os seus integrantes, com ciência do faltoso.
Censura é a única penalidade imposta pelo código 
de ética.
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento 
ético, entende-se por servidor público todo aquele 
que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato 
jurídico, preste serviços de natureza permanente, 
temporária ou excepcional, ainda que sem retribui-
ção financeira, desde que ligado direta ou indire-
tamente a qualquer órgão do poder estatal, como 
as autarquias, as fundações públicas, as entidades 
paraestatais, as empresas públicas e as sociedades 
de economia mista, ou em qualquer setor onde pre-
valeça o interesse do Estado.
A definição de servidor público feita no decreto 
1.171/94 só se aplica aos servidores do Poder Executi-
vo Federal na Administração Direta e Indireta. Isso se 
deve ao fato de que o decreto é do Presidente da Repúbli-
ca. Caso fosse lei aprovada no Congresso Nacional, tería-
mos uma abrangência muito maior. Fique muito atento 
ao fato de que o decreto não abrange os servidores do 
judiciário ou do legislativo, nem mesmo os servidores 
dos estados, municípios ou do Distrito Federal.
REFERÊNCIAS
Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994. Aprova o 
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil 
do Poder Executivo Federal. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm
Meirelles, Hely Lopes. Direito Administrativo Bra-
sileiro. 44. ed. São Paulo: Editora Juspodivm, 2020.
 EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (INSTITUTO CONSULPLAN – 2020) Considerando o 
Decreto nº 1.171, de 22 de junho 1994 e seus anexos, 
marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as 
falsas.
( ) A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedi-
cados ao serviço público caracterizam o esforço pela 
disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga os seus 
tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe 
dano moral. 
( ) Constitui direito do servidor público ter limpo e em 
perfeita ordem o local de trabalho, motivo pelo qual 
o serviço de limpeza deve ser instituído em todos os 
órgãos da Administração.
( ) O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens 
legais de seus superiores, velando atentamente por 
seu cumprimento, evitando conduta imprudente. 
A sequência está correta em:
a) F, F, F.
b) V, F, F.
c) F, V, V.
d) V, V, V.
Aqui podemos resolver a questão com uma atenta 
leitura ao anexo do decreto 1.170/94, assim:
A primeira afirmação é verdadeira, de acordo com 
o inciso IX, vejamos: A cortesia, a boa vontade, o 
cuidado e o tempo dedicados ao serviço público 
caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal 
uma pessoa que paga seus tributos direta ou indire-
tamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma 
forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao 
patrimônio público, deteriorando-o, por descuido 
ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa 
ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas 
a todos os homens de boa vontade que dedicaram 
sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus 
esforços para construí-los.
A segunda afirmação é falsa, conforme inciso XIV: 
São deveres fundamentais do servidor público: n) 
manter limpo eem perfeita ordem o local de tra-
balho, seguindo os métodos mais adequados à sua 
organização e distribuição;
A terceira afirmação também é falsa, pois o texto 
do decreto fala em “conduta negligente” e não “con-
duta imprudente”, assim: O servidor deve prestar 
toda a sua atenção às ordens legais de seus supe-
riores, velando atentamente por seu cumprimento, 
e, assim, evitando a conduta negligente. Resposta: 
Letra B.
2. (UFU – 2020) O Código de Ética do Servidor Público 
(Decreto 1.171/94) estabelece deveres e vedações ao 
servidor público. Considerando-se esse decreto, é cor-
reto afirmar que: 
a) as ações do servidor público, quando este não se 
encontra no exercício da função, não poderão ter 
impactos no bom conceito de sua vida profissional.
b) a comunicação do servidor a seus superiores, de atos 
e de fatos contrários ao interesse público, demandan-
do as providências cabíveis, deve ser feita quando for 
mais conveniente.
c) o exercício do poder ou da autoridade com finalidade 
estranha ao interesse público, sem qualquer violação 
expressa à lei, é uma das prerrogativas do servidor 
público.
d) a função pública deve ser tida como exercício profis-
sional, portanto se integra à vida particular de cada 
servidor público.
O inciso VI traz exatamente o teor da alternativa: a 
função pública deve ser tida como exercício profis-
sional e, portanto, se integra na vida particular de 
cada servidor público. Assim, os fatos e atos verifi-
cados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada 
poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito 
na vida funcional. Resposta: Letra D.
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IC
A
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DECRETO 6.029 DE 2007
O decreto nº 6.029, de 1º de fevereiro de 2007, institui 
o sistema de gestão da ética do Poder Executivo Federal.
Como forma de organizar e padronizar os con-
selhos de Ética, foi instituído o Sistema de Gestão da 
Ética do Poder Executivo Federal com a finalidade de 
promover atividades que dispõem sobre a conduta 
ética no âmbito do Executivo Federal. As competên-
cias do sistema são as seguintes:
 z Integrar os órgãos, programas e ações relaciona-
das com a ética pública;
 z Contribuir para a implementação de políticas 
públicas tendo a transparência e o acesso à infor-
mação como instrumentos fundamentais para o 
exercício de gestão da ética pública;
 z Promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a 
compatibilização e interação de normas, procedi-
mentos técnicos e de gestão relativos à ética pública;
 z Articular ações com vistas a estabelecer e efeti-
var procedimentos de incentivo e incremento ao 
desempenho institucional na gestão da ética públi-
ca do Estado brasileiro. 
O sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo 
Federal é composto por 3 grandes grupos:
 z A Comissão de Ética Pública (CEP), instituída pelo 
Decreto de 26 de maio de 1999;
 z As Comissões de Ética de que trata o Decreto no 
1.171, de 22 de junho de 1994; 
 z As demais Comissões de Ética e equivalentes nas 
entidades e órgãos do Poder Executivo Federal.
Vamos dar especial destaque para a composição 
das comissões, uma vez que tal assunto é muito cobra-
do em concursos e deve ser, se possível, decorado:
 z CEP: 7 integrantes brasileiros com idoneidade moral, 
reputação ilibada e notória experiência designados 
pelo Presidente. O mandato será de três anos, não 
coincidentes e com aceitação de uma recondução.
O trabalho desenvolvido na CEP não enseja remu-
neração, mas é considerado serviço público relevante.
A CEP apresenta diversas competências, todas lista-
das no artigo 4º do decreto 6.029/07, dentre elas a mais 
importante é a seguinte: atuar como instância consul-
tiva do Presidente da República e Ministros de Estado 
em matéria de ética pública. Ou seja, a CEP deverá ser 
capaz de dirimir dúvidas na área da gestão da Ética 
no Executivo Federal, por isso a Comissão possui um 
departamento Jurídico para prestar assessoria. Além 
disso, deverá apurar informações recebidas por meio 
de denúncias ou de ofício, quando presentes condutas 
fiquem em desacordo com suas normas. Por fim, coor-
denará, avaliará e supervisionará o Sistema de Gestão 
da Ética Pública do Poder Executivo Federal 
As instâncias superiores dos órgãos e entidades do 
Poder Executivo Federal, abrangendo a administração 
direta e indireta deverão observar as normas éticas e 
de disciplina, constituir as próprias comissões de ética 
e atender com prioridade as solicitações da CEP.
Considerando o alto impacto que as ações desen-
volvidas pela CEP podem causar nos servidores que 
forem investigados, algumas medidas rígidas foram 
adotadas para preservar os investigados. 
Deverá ser protegida a honra e a imagem das pes-
soas investigadas, assim como a imagem do denun-
ciante deverá ser mantida em sigilo, se este for o seu 
desejo, e os membros da CEP deverão ter independên-
cia e imparcialidade para apurar os fatos, com todas 
as garantidas presentes no decreto 6.029/2007.
Possui legitimidade para provocar a atuação da 
CEP qualquer cidadão (servidor ou não), pessoa jurídi-
ca de direito privado, associação ou entidade de classe, 
visando a apuração de infração ética imputada a agente 
público, órgão ou setor específico do ente estatal.
Dica
Definição de agente público do Decreto 6.029/07
Entende-se por agente público, todo aquele que, 
por força de lei, contrato ou qualquer ato jurídico, 
preste serviços de natureza permanente, tem-
porária, excepcional ou eventual, ainda que sem 
retribuição financeira, a órgão ou entidade da 
administração pública federal, direta e indireta. 
Da apuração dos atos
O Decreto organiza procedimento de apuração dos 
atos praticados em seu desacordo. Desta forma, privi-
legia o contraditório e a ampla defesa. As apurações 
poderão ser praticadas de ofício (sem provocação) 
ou por meio de denúncia. É importante frisar que o 
processo inicia com um prazo de defesa prévia, fato 
importante, posto que, acusações com pouca funda-
mentação poderão ser combatidas desde logo. 
Nos termos do Decreto “o processo de apuração de 
prática de ato em desrespeito ao preceituado no Códi-
go de Conduta da Alta Administração Federal e no 
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil 
do Poder Executivo Federal será instaurado, de ofício 
ou em razão de denúncia fundamentada, respeitando-
-se, sempre, as garantias do contraditório e da ampla 
defesa”. 
As apurações serão feitas pela Comissão de Ética 
Pública ou pelas demais Comissões de Ética. Em todos 
os casos será notificado o investigado para manifes-
tar-se, por escrito, no prazo de dez dias. Além disso, 
o investigado poderá produzir prova documental 
necessária a sua defesa e as Comissões de Ética terão 
o poder de requisitar os documentos que entenderem 
necessários à instrução probatória e, também, promo-
ver diligências e solicitar parecer de especialista. 
Após a conclusão do processo poderão ser adota-
das as seguintes medidas:
 z Encaminhamento de sugestão de exoneração de car-
go ou função de confiança à autoridade hierarqui-
camente superior ou devolução ao órgão de origem, 
conforme o caso;
 z Encaminhamento, conforme o caso, para a Contro-
ladoria-Geral da União ou unidade específica do 
Sistema de Correição do Poder Executivo Federal 
de que trata o Decreto n o 5.480, de 30 de junho de 
2005, para exame de eventuais transgressões dis-
ciplinares; e
 z Recomendação de abertura de procedimento admi-
nistrativo, se a gravidade da conduta assim o exigir. 
Fica assegurado a todos os investigados, em respei-
to ao contraditório e ampla defesa, o conhecimento do 
teor das acusações e o acesso aos autos (ainda que no 
16
recinto das Comissões de Ética). Por fim, fica garanti-
do o acesso a cópias integrais dos processos e de certi-
dão do seu teor. 
As comissões de ética têm por dever proferir deci-
são sobre os temas de sua competência, independen-
temente de omissão do Código de Conduta da Alta 
Administração Pública. Eventuais omissões poderão 
ser supridas por uso da analogiaou dos princípios da 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade 
e eficiência.
Importante!
Art. 17 As Comissões de Ética, sempre que cons-
tatarem a possível ocorrência de ilícitos penais, 
civis, de improbidade administrativa ou de infra-
ção disciplinar, encaminharão cópia dos autos 
às autoridades competentes para apuração de 
tais fatos, sem prejuízo das medidas de sua 
competência.
O texto do artigo 17 do Decreto é tremendamente 
importante, justamente pelo fato de lembrar às Comissões 
de Ética que, além de realizarem seu dever, deverão estar 
atentas aos possíveis desdobramentos que poderão ocor-
rer em função das condutas praticadas. 
Os trabalhos nas Comissões de Ética que são dispos-
tas nos incisos II e III do art. 2º do Decreto 6.029/07 são 
considerados relevantes e têm prioridade sobre as atri-
buições próprias dos cargos dos seus membros, quando 
estes não atuarem com exclusividade na Comissão.
Chegamos ao final de mais um assunto com grande 
chance de ser objeto de questões nas provas do CESPE. 
Lembre-se: o Código de Conduta da Alta Administração 
Federal, o Código de Ética Profissional do Servidor Públi-
co Civil do Poder Executivo Federal e o Código de Ética 
do órgão ou entidade serão aplicados ao servidor ainda 
que essas autoridades e agentes públicos estejam em 
gozo de licença. 
 HORA DE PRATICAR!
1. (CESPE-CEBRASPE – 2019) A respeito de ética no ser-
viço público, julgue o item a seguir.
 No estrito exercício de sua função, o servidor públi-
co deve nortear-se por primados maiores — como a 
consciência dos princípios morais, o zelo e a eficácia 
—; fora dessa função, porém, por estar diante de situa-
ção particular, não está obrigado a agir conforme tais 
primados.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
2. (CESPE-CEBRASPE – 2019) A respeito de ética no ser-
viço público, julgue o item a seguir.
 Servidor público que se apresenta habitualmente 
embriagado no serviço ou até mesmo fora dele pode-
rá ser submetido à Comissão de Ética, a qual poderá 
aplicar-lhe a pena de censura.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
3. (CESPE-CEBRASPE – 2018) No exercício do cargo, o 
servidor público, quando decide entre o honesto e o 
desonesto, vincula sua decisão à
a) ética.
b) impessoalidade.
c) conveniência.
d) eficiência.
e) legalidade.
4. (CESPE-CEBRASPE– 2018) Julgue o seguinte item, a 
respeito da ética no serviço público.
 O uso do cargo ou função pública para obter favore-
cimento, desde que não haja prejuízo a outrem, não 
constitui afronta à ética e à moral do serviço público.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
5. (CESPE-CEBRASPE– 2018) Julgue o seguinte item, a 
respeito da ética no serviço público.
 A ausência injustificada de um servidor público ao seu 
local de trabalho constitui fator de desmoralização do 
serviço público 
( ) CERTO  ( ) ERRADO
6. (CESPE-CEBRASPE– 2018) Com base no disposto na 
legislação administrativa, julgue o item a seguir.
 A punição prevista para servidor por desvio de condu-
ta ética reconhecido por comissão de ética é a censu-
ra ética.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
7. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Com base no Código de 
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal, julgue o item a seguir.
 A criação de comissão de ética com a finalidade de 
orientar o servidor é facultativa às entidades que exer-
çam atribuições delegadas pelo poder público.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
8. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Julgue o item seguinte, 
que versa sobre o disposto no Código de Ética Profis-
sional do Servidor Público e sobre gestão de pessoas 
e de processos no serviço público.
 Conforme o Decreto n.º 1.171/1994, é vedado ao servi-
dor público civil do Poder Executivo federal atrapalhar 
ou impedir o exercício regular de direito por qualquer 
pessoa.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
9. (CESPE-CEBRASPE – 2018) No que se refere à ética 
no serviço público, julgue o item seguinte, à luz do dis-
posto no Decreto n.º 1.171/1994 (Código de Ética Pro-
fissional do Serviço Público).
 Não descumpre o dever de respeito à hierarquia o ser-
vidor que denunciar pressões de superiores hierárqui-
cos que visem obter vantagens indevidas.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
10. (CESPE-CEBRASPE – 2018) No que se refere à ética 
no serviço público, julgue o item seguinte, à luz do dis-
posto no Decreto n.º 1.171/1994 (Código de Ética Pro-
fissional do Serviço Público).
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 Uma das regras deontológicas que regem a conduta dos 
servidores públicos federais é o espírito de solidariedade, 
conforme o qual se espera que o servidor seja compla-
cente em caso de erro ou infração, pois a superação de 
falhas representa uma oportunidade para o engrandeci-
mento profissional dos servidores públicos.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
11. (CESPE-CEBRASPE – 2018) No que se refere a ética 
no serviço público, julgue o próximo item, com base no 
Decreto n.º 1.171/1994 — Código de Ética Profissional 
do Serviço Público.
 Constitui dever fundamental do servidor público abs-
ter-se de exercer sua função com finalidade estranha 
ao interesse público, mesmo que observadas as for-
malidades legais.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
12. (CESPE-CEBRASPE – 2018) À luz da Lei n.º 8.112/1990, 
da Lei n.º 12.527/2011 e do Código de Ética Profissional 
do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, jul-
gue o item subsecutivo.
 Em regra, a publicidade do ato administrativo consti-
tui requisito de eficácia e moralidade; por isso, a sua 
omissão enseja comprometimento ético contra o bem 
comum, imputável a quem a negar.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
13. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Além da distinção entre 
lícito e ilícito, a moralidade da administração pública 
também abrange a ideia de que a finalidade dos seus 
atos deve ser sempre o
a) justo.
b) equilíbrio.
c) honesto.
d) bem comum.
e) ético.
14. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Tendo conhecimento de 
conduta que esteja em desacordo com as normas éti-
cas pertinentes e seja praticada por servidor do órgão 
da administração federal, uma comissão de ética a ser 
instalada deverá
a) informar, imediatamente, o fato à autoridade máxima 
do respectivo órgão.
b) aplicar a penalidade prevista em lei logo após o devido 
processo legal.
c) permitir vista dos autos ao investigado mesmo antes 
de ele ser notificado da existência do procedimento 
investigatório.
d) pedir autorização à autoridade máxima para requisitar 
a outro órgão documentos necessários à apuração do 
fato violador.
e) pedir autorização à autoridade máxima para apor aos 
autos a chancela de “reservado” até emitir relatório de 
conclusão.
15. (CESPE-CEBRASPE– 2018) A Comissão de Ética 
Pública (CEP) integra o Sistema de Gestão da Ética 
do Poder Executivo Federal e, segundo o Decreto n.º 
6.029/2007,
a) ela é a instância deliberativa do presidente da Repúbli-
ca e dos ministros de Estado.
b) o presidente da comissão tem voto de qualidade nas 
deliberações da CEP.
c) o mandato de seus integrantes é de três anos, sem 
direito à recondução.
d) seus integrantes são designados pelo chefe da Casa 
Civil da Presidência da República.
e) os mandatos de seus integrantes devem ser coincidentes.
 9 GABARITO
1 ERRADO
2 CERTO
3 A
4 ERRADO
5 CERTO
6 ERRADO
7 ERRADO
8 CERTO
9 CERTO
10 ERRADO
11 CERTO
12 CERTO
13 D
14 C
15 B
ANOTAÇÕES
18
ANOTAÇÕES
R
EG
IM
E 
JU
R
ÍD
IC
O
 Ú
N
IC
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19
REGIME JURÍDICO ÚNICO
LEI 8.112/1990 E ALTERAÇÕES, 
DIREITOS E DEVERES DO SERVIDOR 
PÚBLICO
CONCEITO
Dentre os vários conceitos de agente público, um 
dos mais completos e esclarecedores é o constante da 
Lei de Improbidade Administrativa (Lei nº 8.429/92). 
Vejamos.
Art. 2° Reputa-se agente público, para os efeitos 
desta lei, todo aquele que exerce, ainda que tran-
sitoriamente ou sem remuneração, por eleição, 
nomeação, designação, contratação ou qualquer 
outra forma de investidura ou vínculo, mandato, 
cargo, emprego ou função nas entidades menciona-
das no artigo anterior.
Veja que, não por acaso, o conceito é o mais abran-
gente possível, visto que se trata de uma lei que tem 
o intuitode alcançar atos impróprios praticados por 
pessoas que estejam agindo em nome da Administra-
ção Pública.
Espécies
Conhecido o conceito de agente público da forma 
mais ampla possível, passamos agora a dois tipos que 
são certamente os mais frequentes.
 z Servidores Públicos
 � Possuem regime próprio (estatuto) predomi-
nantemente de direito público, devido às fun-
ções em que atuam.
 � Ocupam cargos públicos efetivos (por meio de 
concurso público). 
 z Empregados Públicos
 � Agentes públicos que têm seus vínculos basea-
dos na CLT. O vínculo é chamado de celetista ou 
contratual. 
 � Há predominância do regime privado.
Os conceitos acima são estritos. Em sentido amplo, 
o termo “servidores públicos” engloba os dois grupos 
colocados acima e também os servidores temporá-
rios. Vamos agora conhecer outras espécies citadas 
pela doutrina, mas menos frequentes que as duas 
anteriores.
 z Agentes administrativos: são aqueles remune-
rados para exercer cargos, empregos e funções 
públicas. São basicamente os dois tipos que vimos 
acima em apenas um grupo.
 z Agentes políticos: que fazem parte da cúpu-
la da Administração Pública. Eles definem as 
políticas públicas e atuam diretamente na direção 
da implementação.
Suas competências constam diretamente na CF/88 
e possuem prerrogativas específicas. Como exemplo, 
temos Deputado Federal, Ministro de Estado etc.
 z Agentes honoríficos: não possuem vínculo e nor-
malmente atuam sem remuneração. Prestam ser-
viços específicos e temporários, como os mesários 
em eleições.
 z Agentes delegados: são particulares que exercem 
atividades de interesse público em seu próprio 
nome, estando sujeitos à fiscalização do Estado. Os 
tabeliães são exemplos.
 z Agentes credenciados: têm por missão representar 
a Administração Pública em um evento ou atividade 
específica. Um exemplo é um atleta em atividade ou 
aposentado que representa o país em evento da FIFA 
ou outra organização de esporte.
 EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (CESPE-CEBRASPE – 2020) No que diz respeito à admi-
nistração pública direta, à administração pública indireta 
e aos agentes públicos, julgue o item que se segue.
 Ministros e secretários estaduais e municipais são 
agentes políticos cujos vínculos funcionais não têm 
natureza permanente, mas que, com base no seu 
poder político, traçam e implementam políticas públi-
cas constitucionais e políticas públicas de governo.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
Agentes políticos podem ser conceituados como 
participantes da cúpula da Administração Pública, 
e os Ministros e Secretários de Estado certamente 
fazem parte de tal categoria, uma vez que estão 
abaixo apenas dos chefes do Poder Executivo e são 
responsáveis pela definição de políticas públicas. 
Resposta: Certo.
2. (CESPE-CEBRASPE – 2016) No que concerne aos 
agentes públicos, julgue o próximo item.
 A definição de servidor público, em sentido amplo, 
engloba os empregados públicos e servidores 
temporários.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
O conceito de servidor público em sentido amplo 
engloba servidor público em sentido estrito, emprega-
dos públicos e servidores temporários. Lembre-se de 
que a afirmação incompleta para a banca CESPE-CE-
BRASPE não torna errada a questão. Resposta: Certo.
CARGO, EMPREGO E FUNÇÃO PÚBLICA
Vamos conhecer mais três conceitos importantes 
no âmbito do estudo dos agentes públicos. Inicialmen-
te, vejamos o conceito de cargo público, previsto no 
artigo 3º da Lei nº 8.122/90.
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e 
responsabilidades previstas na estrutura organiza-
cional que devem ser cometidas a um servidor.
Seus ocupantes são chamados servidores públicos 
e seu provimento poderá se dar em caráter efetivo 
20
(em regra por meio de concurso público) ou comis-
sionado (ocupados provisoriamente por agentes 
nomeados e exonerados livremente pela autoridade 
competente).
Os empregos públicos são ocupados por empregados 
públicos, cujo vínculo tem por base a CLT, possuindo, 
portanto, natureza contratual e trabalhista. Em regra, 
serão providos por meio de concurso público. Não 
adquirem estabilidade, mas sua demissão deve se dar 
mediante processo administrativo com ampla defesa e 
contraditório.
Por fim, temos a função pública. Inicialmente, 
precisamos entender que todo cargo ou emprego está 
associado a uma função. No entanto, nem toda função 
está associado a um cargo ou emprego. O que estamos 
abordando aqui é, logicamente, a existência da função 
de maneira isolada. Elas poderão ser classificadas em 
temporárias ou permanentes.
As funções temporárias têm respaldo constitucional, 
existindo por tempo determinado e com base em 
excepcional interesse público.
CF/88
Art. 37 [...]
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por 
tempo determinado para atender a necessidade 
temporária de excepcional interesse público;
A Lei nº 8.745/93 trata do assunto, sendo a assistência 
a situações de calamidade pública uma dessas hipóteses.
Temos também as funções permanentes, que 
serão exercidas juntamente com cargos públicos. 
Aqui, é preciso atenção. Não estamos falando em fun-
ção associada ao cargo público, e sim da possibilida-
de de exercício simultâneo.
Exemplo: Você passa em um concurso e ocupa um 
cargo em determinado setor. Depois de um tempo, 
assume a função de chefia. Essa função existe perma-
nentemente e não está associada ao cargo que você 
ocupa, mas pode ser exercida juntamente com ele.
 EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (CESPE-CEBRASPE – 2016) Em relação aos serviços 
públicos e ao disposto na Lei n.º 8.112/1990, julgue o 
item seguinte.
 Os servidores contratados por tempo determinado 
para atender à necessidade temporária de excepcio-
nal interesse público e os empregados públicos clas-
sificam-se, em virtude da ausência de estabilidade, 
como servidores temporários.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
Empregados públicos não possuem vínculo tempo-
rários. Não adquirem estabilidade, mas a demissão 
deve ocorrer mediante processo administrativo com 
ampla defesa e contraditório, devendo o ato admi-
nistrativo ser motivado. Resposta: Errado.
2. (CESPE-CEBRASPE – 2015) A respeito dos cargos e 
funções públicas, julgue o item que se segue.
 A função pública compreende o conjunto de atribui-
ções conferidas aos servidores ocupantes de cargo 
efetivo, razão por que não é exercida por servidores 
temporários.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
A função pública é um conjunto de atribuições que 
pode ser atribuído tanto a um servidor efetivo quan-
to a um servidor temporário. Não há a vedação tra-
zida pela questão. Há possibilidade de exercício de 
funções em caráter temporário, como vimos ante-
riormente. Resposta: Errada.
LEI Nº 8.112/90
Compreendidos os conceitos iniciais anteriormen-
te apresentados, estudaremos agora a Lei nº 8.112/90, 
que é o estatuto dos servidores civis da União, como 
fica exposto já em seu artigo 1º.
Art. 1º Esta Lei institui o Regime Jurídico dos Ser-
vidores Públicos Civis da União, das autarquias, 
inclusive as em regime especial, e das fundações 
públicas federais.
Vamos, então, conhecer os principais institutos e 
respectivos dispositivos constantes da lei.
 z Provimento
É a ocupação do cargo público por uma pessoa. O 
artigo 5º traz os requisitos:
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em 
cargo público:
I - a nacionalidade brasileira;
II - o gozo dos direitos políticos;
III - a quitação com as obrigações militares e 
eleitorais;
 IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício 
do cargo;
V - a idade mínima de dezoito anos;
VI - aptidão física e mental.
A investidura é o termo jurídico utilizado para 
indicar o momento em que a pessoa toma posse do 
cargo; o artigo 7º traz essa informação. Ele é impor-
tante e bastante cobrado em provas.
Art. 7º A investidura em cargo público ocorrerá 
com a posse.
Em seguida, no artigo 8º, temos as formas de “ocu-
par” o cargo público. A lei chama-as de formas de 
provimento. São elas:
Fo
rm
as
 d
e 
Pr
ov
im
en
to
Nomeação
Promoção
Readaptação
Reversão
AproveitamentoReintegração
Recondução
R
EG
IM
E 
JU
R
ÍD
IC
O
 Ú
N
IC
O
21
Não se preocupe com o significado de cada um dos 
incisos, pois falaremos sobre eles mais à frente.
 z Nomeação
A nomeação é o ato unilateral da administração 
para prover o cargo. Poderá se dar em caráter efetivo 
ou em comissão, conforme a natureza do vínculo (efe-
tivo ou comissionado). Vejamos o artigo 9º:
Art. 9º A nomeação far-se-á:
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo iso-
lado de provimento efetivo ou de carreira;
I - em comissão, inclusive na condição de interino, 
para cargos de confiança vagos.
A nomeação para cargo de carreira ou cargo isola-
do de provimento efetivo depende de prévia habili-
tação em concurso público de provas ou de provas e 
títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo 
de sua validade, conforme previsão do artigo 10.
Art. 10 A nomeação para cargo de carreira ou car-
go isolado de provimento efetivo depende de prévia 
habilitação em concurso público de provas ou de 
provas e títulos, obedecidos a ordem de classifica-
ção e o prazo de sua validade.
 z Concurso Público
O concurso será de provas ou provas e títulos e 
poderá ser realizado em duas etapas, conforme dis-
posição da lei e regulamento ligado à carreira. Terá 
validade de até 2 anos, podendo ser prorrogado uma 
única vez, por igual período.
 z Posse e Exercício
 � Posse: tratada nos artigos 13 e 14, ocorrerá 
pela assinatura do respectivo termo, no qual 
deverão constar as atribuições, os deveres, as 
responsabilidades e os direitos inerentes ao 
cargo ocupado, que não poderão ser alterados 
unilateralmente, por qualquer das partes, res-
salvados os atos de ofício previstos em lei.
A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados 
da publicação do ato de provimento que, no caso do 
concurso, é a nomeação e poderá ocorrer mediante 
procuração específica.
 � Exercício: é o efetivo desempenho das atri-
buições do cargo público ou da função de con-
fiança, sendo de quinze dias o prazo para o 
servidor empossado em cargo público entrar 
em exercício, contados da data da posse.
O servidor será exonerado do cargo ou será tor-
nado sem efeito o ato de sua designação para função 
de confiança se não entrar em exercício no prazo. O 
início, a suspensão, a interrupção e o reinício do exer-
cício serão registrados no assentamento individual do 
servidor.
 EXERCÍCIO COMENTADO
1. (CESPE-CEBRASPE – 2015) A respeito da Lei n.º 
8.112/1990, o item apresenta uma situação hipotética, 
seguida de uma assertiva a ser julgada.
 Alice, aprovada em concurso público para o cargo 
de técnico administrativo de um TRE, precisa acom-
panhar uma cirurgia de um ente familiar que ocorrerá 
no mesmo dia em que foi marcada sua posse. Nessa 
situação, Alice poderá nomear, por procuração especí-
fica, alguém que a represente no ato da posse.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
O §3º do artigo 13 da Lei 8.112/90 dá o respaldo 
legal para que o servidor possa tomar posse por 
meio de procuração específica. Resposta: Certo.
 z Estágio Probatório e Estabilidade
Vejamos os artigos 20 e 21, que nos trazem os fato-
res a serem observados por ocasião do estágio proba-
tório e o prazo para estabilidade.
Art. 20 Ao entrar em exercício, o servidor nomeado 
para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a 
estágio probatório por período de 24 (vinte e qua-
tro) meses, durante o qual a sua aptidão e capaci-
dade serão objeto de avaliação para o desempenho 
do cargo, observados os seguintes fatores:
I - assiduidade;
II - disciplina;
III - capacidade de iniciativa;
IV - produtividade;
V- responsabilidade.
Art. 21 O servidor habilitado em concurso público 
e empossado em cargo de provimento efetivo adqui-
rirá estabilidade no serviço público ao completar 2 
(dois) anos de efetivo exercício.
É importante ressaltar que o prazo de 24 meses se 
encontra em discordância com o artigo 41 da Consti-
tuição Federal, que traz o prazo de 36 meses. Portanto, 
fique atento para não se confundir.
Importante
Lei nº 8.112/90: O servidor estável só perderá o 
cargo em virtude de:
z sentença judicial transitada em julgado; ou 
z de processo administrativo disciplinar no qual 
lhe seja assegurada ampla defesa.
CF/88: O servidor público estável só perderá o 
cargo:
z em virtude de sentença judicial transitada em 
julgado;
z mediante processo administrativo em que lhe 
seja assegurada ampla defesa;
z mediante procedimento de avaliação periódi-
ca de desempenho, na forma de lei complemen-
tar, assegurada ampla defesa.
22
 EXERCÍCIO COMENTADO
1. (CESPE-CEBRASPE – 2020) Julgue o próximo item, 
relativo à administração de pessoal e a processos de 
compras governamentais no âmbito do setor público.
 A produtividade é um dos fatores utilizados para a ava-
liação de desempenho de servidores nomeados para 
cargos efetivos em período de estágio probatório.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
Conforme consta no IV do artigo 20 da Lei nº 
8.112/90, a produtividade compõe os fatores de ava-
liação de desempenho. Vale acrescentar que o perío-
do de estágio probatório é de 24 meses, período em 
que ocorrerá essa avaliação. Resposta: Certo.
 z Readaptação
Segundo o artigo 24, é a investidura do servidor 
em cargo de atribuições e responsabilidades compatí-
veis com a limitação que tenha sofrido em sua capaci-
dade física ou mental verificada em inspeção médica. 
Se julgado incapaz para o serviço público, o readap-
tando será aposentado.
 z Reversão
De acordo com o artigo 25, é o retorno à atividade 
de servidor aposentado:
 � Por invalidez, quando junta médica oficial decla-
rar insubsistentes os motivos da aposentadoria;
 � No interesse da administração.
A segunda hipótese acima poderá ocorrer desde que:
 z Tenha sido solicitada a reversão;
 z A aposentadoria tenha sido voluntária;
 z O servidor era estável quando na atividade;
 z A aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos 
anteriores à solicitação;
 z Haja cargo vago.
Não poderá ser revertido o aposentado que já tiver 
completado 70 anos de idade.
 EXERCÍCIO COMENTADO
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Com base nas disposi-
ções da Lei n.º 8.112/1990, julgue o item a seguir. 
 É vedado ao servidor público aposentado o retorno ao 
serviço público a pedido, somente sendo possível a 
reversão por insubsistência dos motivos da aposenta-
doria por invalidez.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
Tal assertiva contradiz o que dispõe o artigo 25 
sobre a reversão:“Art. 25. Reversão é o retorno à 
atividade de servidor aposentado: I - por invalidez, 
quando junta médica oficial declarar insubsistentes 
os motivos da aposentadoria; ou II - no interesse 
da administração, desde que: a) tenha solicitado a 
reversão.” Resposta: Errado
 z Reintegração
Segundo o artigo 28, é a reinvestidura do servidor 
estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo 
resultante de sua transformação, quando invalidada 
a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, 
com ressarcimento de todas as vantagens.
Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor 
ficará em disponibilidade. Encontrando-se provido o 
cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao 
cargo de origem, sem direito à indenização, aprovei-
tado em outro cargo ou, ainda, posto em disponibili-
dade. Entenderemos a recondução a seguir.
 z Recondução
É o retorno do servidor estável ao cargo anterior-
mente ocupado e decorrerá de inabilitação em estágio 
probatório relativo a outro cargo ou reintegração do 
anterior ocupante. Encontrando-se provido o cargo de 
origem, o servidor será aproveitado em outro.
 EXERCÍCIOS COMENTADOS
1. (FGV – 2018) Maria foi aprovada em concurso para 
o cargo de analista judiciário do Tribunal Regional 
Federal da 2ª Região, mas, após ter adquirido a esta-
bilidade, foi demitida sem a observância das normas 
relativas ao processo administrativo disciplinar.
 Em razão disso, Maria ajuizou ação anulatória do ato 
demissional, na qual obteve êxito por meio de decisão 
jurisdicional transitada em julgado. Nesse interregno, 
contudo, Alfredo, também regularmente aprovadoem 
concurso e estável, foi promovido e passou a ocupar o 
cargo que era de Maria.
 Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa 
correta.
a) A invalidação do ato demissional de Maria não poderá 
importar na sua reintegração ao cargo anterior, consi-
derando que está ocupado por Alfredo.
b) Maria, em razão de ter adquirido a estabilidade, inde-
pendentemente da existência e necessidade do cargo 
que ocupava, deverá ser posta em disponibilidade.
c) Maria deverá ser readaptada em cargo superior ao que 
ocupava anteriormente, diante da ilicitude de seu ato 
demissional.
d) Em decorrência da invalidade do ato demissional, 
Maria deve ser reintegrada ao cargo que ocupava 
e Alfredo deverá ser reconduzido para o cargo de 
origem.
Uma vez invalidada a demissão por meio de decisão 
judicial transitada em julgado, teremos a aplicação 
do instituto da reintegração, conforme expressa 
previsão legal: “Art. 28 A reintegração é a reinves-
tidura do servidor estável no cargo anteriormente 
ocupado, ou no cargo resultante de sua transforma-
ção, quando invalidada a sua demissão por decisão 
administrativa ou judicial, com ressarcimento de 
todas as vantagens.” Resposta: Letra D.
R
EG
IM
E 
JU
R
ÍD
IC
O
 Ú
N
IC
O
23
2. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Com base nas disposi-
ções da Lei n.º 8.112/1990, julgue o item a seguir.
 A readequação consiste no retorno do servidor estável 
ao cargo anteriormente ocupado.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
O conceito trazido não está conforme o constante do 
artigo 29 da lei: “Art. 29. Recondução é o retorno do 
servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e 
decorrerá de: I - inabilitação em estágio probatório 
relativo a outro cargo; II - reintegração do anterior 
ocupante. Parágrafo único. Encontrando-se provi-
do o cargo de origem, o servidor será aproveitado 
em outro, observado o disposto no art. 30.” Não há 
readequação, porém temos a readaptação. Vejamos: 
“Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor 
em cargo de atribuições e responsabilidades com-
patíveis com a limitação que tenha sofrido em sua 
capacidade física ou mental verificada em inspeção 
médica.” Resposta: Errado.
 z Disponibilidade e Aproveitamento
Disponibilidade é a situação em que o servidor 
fica afastado de suas atividades com remuneração 
proporcional ao tempo de serviço, aguardando o 
retorno às atividades, que é o aproveitamento.
Na lei, temos o artigo 30 como principal disposição 
a esse respeito.
Art. 30 O retorno à atividade de servidor em dis-
ponibilidade far-se-á mediante aproveitamento 
obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos 
compatíveis com o anteriormente ocupado.
 z Vacância
É a ocorrência de algum evento que torna vago o 
cargo. A lei enumera esses eventos no seu artigo 33.
va
câ
nc
ia
Exoneração
Demissão
Promoção
Readaptação
Aposentadoria
Posse em outro cargo 
inacumulável
Recondução
A exoneração de cargo efetivo ocorrerá a pedido 
do servidor, ou de ofício. Quando de ofício, será por 
(1) não terem sido satisfeitas as condições do estágio 
probatório ou (2) quando o servidor, após tomar pos-
se, não entrar em exercício no prazo estabelecido.
A exoneração de cargo em comissão e a dispensa 
de função de confiança dar-se-á a juízo da autoridade 
competente e a pedido do próprio servidor.
Atenção! Muitas vezes, principalmente com base 
em leitura de notícias ou noticiários televisivos, aca-
bamos interpretando o termo exoneração como uma 
punição ou sanção. Veja que a lei não prevê a exone-
ração dessa forma.
As sanções estão previstas em outros dispositivos e 
serão oportunamente abordadas.
 EXERCÍCIO COMENTADO
1. (FGV – 2016) Conforme prevê a Lei nº 8.112/90, que 
institui o regime jurídico dos servidores públicos civis 
da União, das autarquias e das fundações públicas 
federais, a vacância do cargo público decorrerá, dentre 
outros, de:
a) exoneração, demissão e promoção;
b) falecimento, readaptação e nomeação;
c) remoção, aposentadoria e reintegração;
d) permuta, reversão e disponibilidade;
e) aproveitamento, recondução e transferência.
Em conformidade com o que descreve o artigo 33, 
a exoneração, demissão e promoção são as opções 
que ocasionam a vacância do cargo público. Respos-
ta: Letra A.
REMOÇÃO E REDISTRIBUIÇÃO
Remoção (segundo o artigo 36) é o deslocamento 
do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do mes-
mo quadro, com ou sem mudança de sede. São moda-
lidades de remoção:
 z de ofício, no interesse da Administração;
 z a pedido, a critério da Administração;
 z a pedido, para outra localidade, independente-
mente do interesse da Administração:
 � para acompanhar cônjuge ou companheiro, 
também servidor público civil ou militar, de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslo-
cado no interesse da Administração;
 � por motivo de saúde do servidor, cônjuge, 
companheiro ou dependente que viva às suas 
expensas e conste do seu assentamento fun-
cional, condicionada à comprovação por junta 
médica oficial;
 � em virtude de processo seletivo promovido, 
na hipótese em que o número de interessados 
for superior ao número de vagas, de acordo 
com normas preestabelecidas pelo órgão ou 
entidade em que aqueles estejam lotados.
Vejamos agora a redistribuição que, ao contrário 
da remoção, impõe dentre seus preceitos a necessária 
existência de interesse público.
Art. 37 Redistribuição é o deslocamento de cargo 
de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbi-
to do quadro geral de pessoal, para outro órgão ou 
entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação 
24
do órgão central do SIPEC, observados os seguintes 
preceitos:
I - interesse da administração;
II - equivalência de vencimentos;
III - manutenção da essência das atribuições do 
cargo;
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e 
complexidade das atividades;
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou 
habilitação profissional;
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e 
as finalidades institucionais do órgão ou entidade.
Veja que, enquanto na remoção a lei fala em deslo-
camento do servidor, na redistribuição temos o des-
locamento do próprio cargo. Em outros termos, no 
primeiro caso, temos a mudança do servidor sem que 
ocorra qualquer alteração nos quadros dos servidores 
envolvidos. No segundo caso, temos uma mudança da 
localização do cargo.
 EXERCÍCIO COMENTADO
1. (CESPE-CEBRASPE – 2018) Acerca das regras apli-
cáveis aos servidores públicos do Poder Judiciário, e 
considerando o que dispõe a Lei n.º 8.112/1990 e a Lei 
n.º 11.416/2006, julgue o item a seguir.
 A legislação que dispõe sobre o regime estatutário 
prevê a possibilidade de o servidor público, em deter-
minadas hipóteses, pedir remoção para outra localida-
de, independentemente do interesse da administração 
pública.
( ) CERTO  ( ) ERRADO
A questão aborda as hipóteses de remoção. Nesse 
caso, temos especificamente o que consta no inciso 
III do artigo 36: “Art. 36 Remoção é o deslocamen-
to do servidor, a pedido ou de ofício, no âmbito do 
mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. III - a 
pedido, para outra localidade, independentemente 
do interesse da Administração”. Resposta: Certo.
VENCIMENTO E REMUNERAÇÃO
Vejamos o conceito de vencimento constante do 
artigo 40 da lei:
Art. 40 Vencimento é a retribuição pecuniária pelo 
exercício de cargo público, com valor fixado em lei.
Vencimento é uma parcela básica que compõe a 
remuneração do agente público. Ela é fixada em lei, 
não estando ligada a situações eventuais em que o 
servidor possa se enquadrar. Ao nos aprofundarmos 
no que pode integrar a remuneração, o conceito ficará 
mais claro.
Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, 
acrescido das vantagens pecuniárias permanentes 
estabelecidas em lei. Veremos mais à frente as espé-
cies de vantagens.
Vencimentos
Vantagens
Remuneração
O vencimento do cargo efetivo, acrescido das van-
tagens de caráter permanente, é irredutível. Salvo por 
imposição legal ou mandado judicial, nenhum des-
conto incidirá

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