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ATIVIDADES RITIMICAS

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MUSCULAÇÃO 
E GINÁSTICA 
DE ACADEMIA
Carlos Rey Perez
Práticas rítmicas 
de academia
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Identificar os benefícios das práticas rítmicas de academia.
 � Descrever as características específicas das aulas rítmicas de academia.
 � Elaborar uma aula de prática rítmica de academia.
Introdução
Algumas das expressões artísticas mais antigas, a dança e os movimentos 
rítmicos estiveram presentes em todas as civilizações e sociedades e, 
com o passar do tempo, desempenharam um papel importante na vida 
das pessoas. Os movimentos rítmicos são práticas físicas para aqueles 
que pretendem ter uma melhor qualidade de vida, pois beneficiam o 
condicionamento físico e, consequentemente, a saúde física e mental.
A procura pela dança em academias de ginástica cresce a cada dia, por 
pessoas de todas as idades e de ambos os sexos. Os benefícios estão para 
além das questões meramente físicas, como o condicionamento físico 
e o controle e equilíbrio postural, visto que atingem também questões 
psicológicas, como o aumento da autoestima, a diminuição do estresse 
e a interação entre as pessoas, trazendo benefícios para o bem-estar e, 
consequentemente, para a saúde dos praticantes.
Neste capítulo, você conhecerá as práticas rítmicas de academia, bem 
como seus benefícios e características específicas. Além disso, verá como 
elaborar uma aula prática rítmica de academia.
1 Os benefícios das práticas rítmicas 
de academia
As práticas rítmicas, enquanto atividade física, trazem uma enorme quantidade 
de benefícios aos praticantes, perpassando pelas dimensões da aptidão física 
relacionadas à saúde. Além disso, a união entre os exercícios de academia e 
as coreografias das danças permite ao praticante um estímulo adicional na 
execução das atividades propostas.
Como em toda atividade física regular, a composição corporal dos prati-
cantes é consideravelmente alterada, ocorrendo um déficit calórico em virtude 
dos exercícios de moderada a alta intensidade e, consequentemente, o emagre-
cimento. Essas práticas, além da diminuição da gordura corporal, estimulam 
o aumento da massa magra em pequenas proporções, mas o suficiente para 
promover mudanças na funcionalidade do indivíduo, principalmente em pessoas 
mais fragilizadas. No entanto, é importante destacar que não se espera uma 
grande hipertrofia, já que, para que ela ocorra, deve-se buscar por exercícios 
específicos para esse fim. 
A função cardiorrespiratória é constantemente trabalhada nas aulas de 
práticas rítmicas, por ser uma atividade altamente aeróbica. Saltos, giros, 
pequenas corridas e deslocamentos laterais estimulam o condicionamento 
cardiovascular, ao passo que exercícios respiratórios aproveitam o máximo 
da capacidade do diafragma, diminuindo, assim, o risco cardiovascular e o 
sedentarismo.
Outro benefício das modalidades rítmicas é a tonificação muscular, que 
ocorre por meio de exercícios localizados de membros superiores e inferiores, 
glúteos e abdome, trabalhos ora na forma de exercícios isotônicos, como 
agachamento e flexões, ora coordenados com as coreografias da prática. Além 
disso, a implementação de halteres e caneleiras faz a sobrecarga de trabalho 
permitir a hipertrofia muscular.
Para saber mais sobre a composição corporal de adultos depois de um programa de 
treinamento de resistência aeróbica e de força, busque pela dissertação de mestrado 
Efeitos de um programa de treino de resistência aeróbica e de força no perfil lipídico em 
adultos jovens, de Freitas (2018). 
Práticas rítmicas de academia2
A flexibilidade é tratada nas aulas de práticas rítmicas no ponto de equilíbrio 
muscular. Os exercícios de fortalecimento muscular, com ou sem implementos, 
juntamente a exercícios de alongamento muscular, são realizados com grande 
amplitude, trabalhando força e elasticidade ao mesmo tempo. 
O praticante começa aprendendo a executar exercícios básicos, com coreo-
grafias de baixa complexidade, e, com o passar das sessões de treinamento, há 
um aumento da complexidade, que exige cada vez mais agilidade e coordenação 
motora. Assim, por mais que os exercícios sejam difíceis de executar, o prati-
cante realiza os movimentos de forma mais consistente sem mostrar esforço. 
Apesar de todos os benefícios que a atividade física produz no corpo e na 
mente das pessoas, diversos fatores contribuem para que as pessoas procurem 
por uma academia de ginástica, como metas, intenções e interesses, que des-
pontam como motivadores para a prática da atividade física. Nesse quesito, 
a disciplina por parte do praticante é fundamental, emergindo uma interação 
de ordem pessoal (fatores intrínsecos) associada a outras motivações externas 
ao praticante (fatores extrínsecos).
Ryan e Delci (2000) fazem uma revisitação das definições clássicas de motivações 
intrínsecas e extrínsecas à luz das teorias contemporâneas. A motivação intrínseca 
continua sendo muito importante, pois reflete a disposição natural do ser humano a 
aprender e assimilar. Já a motivação extrínseca varia consideravelmente com uma 
relativa autonomia, refletindo um controle externo ou se autorregulando. As relações 
de ambas as motivações são discutidas de acordo com as necessidades humanas 
básicas de autonomia, competência e relacionamento. 
Uma das principais motivações para a procura por atividades rítmicas é 
a diminuição do estresse causado pela rotina diária. As pessoas utilizam as 
atividades físicas como meio para relaxar ou até mesmo para um certo “es-
quecimento”, devido ao poder dessas atividades de liberação das endorfinas 
no cérebro, trazendo melhorias na qualidade do sono e no controle do estresse. 
Outra característica das práticas rítmicas é promover a socialização entre as 
pessoas, bem como uma sensação de aceitação e pertencimento a um grupo, 
melhorando a autoestima. Uma propriedade comum das atividades físicas são 
as relações de amizade entre os praticantes.
3Práticas rítmicas de academia
A presença de música é uma especificidade das práticas rítmicas de aca-
demia. A sua utilização tem efeito benéfico em contextos de atividade física e 
esportivos. De acordo com Terry e Karageorghis (2006) e Murrock e Higgins 
(2009), os benefícios das práticas rítmicas de academia são: melhora do humor; 
ativação do sistema nervoso durante a atividade e o relaxamento pós-atividade; 
redução da percepção da dor e da fadiga, especialmente durante o exercício 
aeróbico; aumento do desempenho por meio da sincronização da música com 
o movimento; e melhora da habilidade motora, principalmente quando o ritmo 
é coordenado com os padrões de movimentos necessários.
Além disso, os exercícios que são componentes das coreografias, juntamente 
à música, se apresentam imbuídos de uma dimensão estética que especifica 
e torna peculiar as práticas rítmicas de academia. A escolha dos exercícios 
que vão compor a aula, atrelada a uma sequência coreografada, implica uma 
busca pela beleza e as elegâncias dos movimentos e uma harmonia, que é 
compatibilizada pela música.
Um elemento constituinte da música é a presença do ritmo, que se mani-
festa junto às pessoas antes mesmo do nascimento, já que ele está associado 
ao movimento da natureza, como as marés e os ventos, e às ações motoras 
do homem, como os batimentos cardíacos, a respiração, a fala e a locomoção. 
Ritmo e movimento humano se desenvolveram, concomitantemente, no tempo 
e no espaço e estão ligados às percepções temporal, espacial e proprioceptiva 
(TIBEAU, 2006). Assim, faz-se necessário entender que o ritmo é interno 
ao ser humano, mas pode ser alterado a partir de estímulos externos, sendo 
percursor de processos mentais, afetivos e emocionais.
Aulas e treinamentos com um acompanhamento musical adequado possuem 
a capacidade de alterar positivamente o estado de ânimo de seus praticantes. 
Karageorghis et al. (2009) enfatizam que a música, quando sincronizada com os 
exercícios físicos, provoca um aumentoda capacidade para o trabalho corporal 
ou mental, sobretudo para a diminuição dos sintomas de fatiga, aumentando, 
assim, a resistência durante uma atividade cansativa.
Práticas rítmicas de academia4
Ouvir uma música é uma experiência sensorial que induz reações físicas 
que estão conectadas ao cérebro. Quando é intencional para a realização de 
atividades físicas, escutar uma música pode induzir a experiência de flow, um 
estado de profundo envolvimento com a tarefa que está sendo realizada. As 
pessoas que se encontram nesse estado se tornam mais conscientes e focadas 
no que realizam (CSIKSZENTMIHALYI, 1996; TERRY; KARAGEORGHIS, 
2006). 
Para obter mais informações sobre o estado de flow, busque pelo estudo Flow-feeling 
no esporte: uma revisão bibliográfica, de Oliveira (2009).
Com todos os benefícios das práticas rítmicas, é imprescindível que o 
praticante escolha, entre as opções, a que melhor se adapte aos seus interesses 
e objetivos. A seguir, serão apresentadas as características específicas das 
modalidades rítmicas de academia.
2 Características específicas das aulas rítmicas 
de academia
As práticas rítmicas de academia possuem suas próprias características, além 
de características em comum, como a música e os exercícios coreografados. 
O objetivo dessas práticas é a promoção da saúde por meio da melhoria da 
aptidão física e de um estado de relaxamento e baixo nível de estresse. 
Exercícios de moderada a alta intensidade, aumento da capacidade car-
diorrespiratória, tonificação muscular, união da dança com coreografias 
elaboradas e diversos ritmos musicais são características presentes em todas as 
modalidades rítmicas. As relações pessoais entre os praticantes que fazem uma 
“higiene mental” e uma motivação constante pelos desafios das coreografias 
são, também, características comuns dessas atividades rítmicas. A Figura 1, a 
seguir, apresenta as características comuns às práticas rítmicas de academia.
5Práticas rítmicas de academia
Figura 1. Características comuns às práticas rítmicas de academia. 
Presença de
música
Exercícios
coreografados
Relação com o
parceiro
Motivação
Dimensão
estética
A seguir, serão apresentadas as principais modalidades de práticas rítmicas 
em academia.
Aula de ritmos
É uma aula com exercícios aeróbicos com danças e variações de ritmos mun-
diais, nacionais e regionais, como, por exemplo, axé, funk, reggaeton, forró, 
sertanejo, pop, samba, entre outros. O praticante realiza coreografias com 
duração de 45 a 60 minutos, beneficiando a melhora da função cardiopulmonar 
e tonificando os músculos e a coordenação motora de uma forma dinâmica 
no acompanhamento das coreografias. Essa aula é indicada para quem quer 
dançar suas músicas favoritas e atuais.
Zumba 
É uma modalidade de atividade física com origem no desenvolvimento da 
ginástica aeróbica, combinando dança com ginástica, mas com a incorporação 
de músicas latinas, como, por exemplo, salsa e merengue.
Práticas rítmicas de academia6
A zumba foi criada, por volta de 1990, pelo professor de aeróbica e per-
sonal trainer colombiano Beto Perez. Essa prática surgiu de forma ocasional 
quando ele improvisou em uma de suas aulas movimentos de danças latinas, 
uma vez que tinha esquecido o material que utilizaria na aula. Beto percebeu, 
então, que esse tipo de aula era muito eficiente, tanto no sentido de melhora do 
condicionamento físico quanto na motivação dos praticantes. Ao melhorar a 
rotina de treino, ele lançou o formato de aula, introduzido nos Estados Unidos 
em 1999 e, atualmente, presente em mais de 150 países.
Nessa modalidade, enquanto as coreografias de dança aumentam o traba-
lho cardiopulmonar, as variações de exercícios fitness possibilitam o treino 
muscular. Com isso, a soma da coreografia com os exercícios localizados 
aumenta o grau de resistência muscular, utilizando tanto o substrato energé-
tico via aeróbica como anaeróbica por meio dos movimentos sequenciados e 
repetitivos. Em virtude de sua origem latina, a zumba focaliza coreografias 
com muitos movimentos de quadril em grande amplitude. 
Body jam e sh´bam
Tanto o body jam como o sh´bam são modalidades rítmicas do sistema body 
system de aulas pré-coreografadas que surgiram na rede de academias Les 
Mills, na Nova Zelândia, na década de 1980, e começaram a ser introduzidas 
no Brasil em 1997.
Em 2001, surgiu o body jam, que, inicialmente, possuía uma ideia de 
músicas latinas, como a zumba, com ritmos fortes e animados, mas, ao longo 
do tempo, mudou suas características para um bloco coreográfico diferente, 
com estilo de música de “balada”, com passos incrementadas e novos desa-
fios. No body jam, a aula é formada por dois momentos de alta intensidade, 
que são formados, cada um, por cinco fases, com sequências de exercícios 
coreografados em cada uma delas. Os estilos musicais vão do techno, hip-
-hop, house, jazz até o eletro, e são observadas coreografias realizadas com 
movimentos mais intensos e “agressivos”, realizados durante uma aula com 
duração entre 45 e 60 minutos.
A empresa, ao perceber a diminuição da clientela, procurou inovar com 
uma aula mais light, utilizando músicas pop e atuais e coreografias mais 
simples. Assim surgiu o sh´bam, que é uma gíria do mundo dos dançarinos 
profissionais que significa algo como “uau”. A modalidade agitou as academias 
e trouxe a intensidade com alto gasto calórico 
7Práticas rítmicas de academia
As aulas de body jam e sh´bam são compostas por coreografias pré-
-produzidas e, a cada 3 meses, são lançadas novas coreografias de aulas, 
trabalhando sempre com músicas vibrantes e atuais. No entanto, se, por um 
lado, a padronização de aulas potencializa a fidelização do praticante, por 
outro, essa característica não permite a individualização e a criatividade por 
parte do professor.
Batucalê
O batucalê surgiu no Rio Grande do Sul com o professor José Anchieta, que, 
na trajetória de sua carreira, juntou o esporte e a dança, com o objetivo de 
aproximar um assunto importante em sua história de vida, a questão racial.
É uma modalidade de raiz afro-brasileira, com diversos aspectos dessa 
cultura, como, por exemplo, o candomblé e o samba. Os praticantes dançam 
em ritmo agitado ao som de um tambor e reproduzem movimentos de luta. O 
diferencial está no fato de que os praticantes usam luvas acústicas para ajudar 
no ritmo da música. Os passos da coreografia são marcados com os chocalhos 
nas mãos e, assim, é criado um som a partir dos movimentos coreografados.
Walking dance
A caminhada é um exercício fácil que não requer espaço ou materiais exclu-
sivos, porém, com o passar do tempo, o praticante se rende à monotonia, pelo 
fato de ela ser sempre no mesmo modo ou lugar. O walking dance combina 
a caminhada comum sobre a esteira ergométrica com passos de dança. Os 
movimentos são de baixo impacto e recomendados para iniciantes, sempre 
com músicas dançantes. 
Os passos podem incluir pequenos saltos, troca de passos em cima da esteira, 
coordenação dos passos com movimentação de braços, pequenos giros, além 
de o praticante utilizar as laterais da esteira para mudar o ritmo da caminhada.
Kangoo jump
A modalidade kangoo jump inova ao introduzir botas especiais para a prática 
das atividades rítmicas. Denis Naville, um engenheiro suíço, aperfeiçoou o 
conceito existente de botas, com o propósito original de auxiliar na reabilitação 
de articulações e problemas na coluna vertebral, adicionando conforto, design, 
qualidade e desempenho. A bota é semelhante à utilizada pelos patinadores 
rollers, mas, em vez de rodas, existe uma espécie de mola, que pesa 1,6 kg. 
Práticas rítmicas de academia8
O praticante inicia as aulas aprendendo a calçar a bota, ficar em pé, se 
equilibrar e executar os primeiros movimentos. Ao realizar os movimentos 
que proporcionam as fases de flutuação e rebote — o ato de saltar com os 
dois pés simultâneos ou alternados —, há uma grande contratação muscular, 
principalmente dos membros inferiores e da pelve e doabdome. Os movi-
mentos são os mesmos de outras modalidades, como saltos e deslocamentos 
laterais. Por isso, o praticante deve estar muito preparado fisicamente para a 
sequência de movimentos.
Jump
As aulas de jump são realizadas com um minitrampolim elástico, onde são 
executados os movimentos. Com duração entre 30 e 40 minutos, os exercí-
cios simulam coreografias dançantes, corridas, polichinelos, agachamentos 
e sequência de saltos ao som de músicas.
FitDance
Em 2013, o dançarino baiano Fábio Duarte criou um canal de dança para o 
YouTube, o FitDance. O canal que reúne diversas técnicas de dança, com 
coreografias simples e de fácil assimilação, que se vinculam aos exercícios 
nas academias, tendo como pano de fundo ritmos brasileiros, como o axé e 
o funk carioca.
O criador da modalidade menciona que o principal objetivo do FitDance 
é tornar a vida das pessoas mais divertida por meio da dança e tem como 
metodologia o que chamou de 5 “D”: dinâmico, dançante, divertido, demo-
crático e desafiador. 
Uma peculiaridade é que os praticantes podem acompanhar as novidades 
pelas redes sociais e pelo canal do YouTube, onde são diariamente divulgadas 
novas coreografias de ritmos nacionais e internacionais. Isso permite uma 
interação de praticantes e professores com a modalidade, visto que eles podem, 
inclusive, sugerir novas músicas e coreografias.
Ballet fitness
Modalidade criada no Brasil pela bailarina Betina Dantas, o ballet fitness 
intercala movimentos de balé clássico com exercícios típicos de academia. Ao 
contrário das outras modalidades rítmicas, a proposta aqui é utilizar exercícios 
funcionais para trabalhar a resistência e a força muscular de membros superiores 
9Práticas rítmicas de academia
e inferiores por meio de movimentos de agachamento, flexão e abdominais. 
Dessa forma, o ballet fitness utiliza cargas e repetições para trabalhar os grupos 
musculares, com objetivos similares aos treinos de resistência.
O uso das técnicas do balé clássico permite ao praticante melhorar a flexi-
bilidade, o equilíbrio e o controle postural. Além disso, remete a uma memória 
afetiva daquelas que praticaram o balé na infância, conduzindo a uma elevação 
da autoestima e a exercícios como os quais estão familiarizados. 
3 Plano de aula de prática rítmica de academia
O planejamento e a preparação das aulas de prática rítmica devem sempre levar 
em consideração o nível de aptidão física da turma, bem como estabelecer 
uma relação de individualidade e exclusividade com os alunos. De modo geral, 
as aulas podem ser divididas em três partes: aquecimento, parte principal e 
relaxamento/volta à calma. 
A escolha dos exercícios para cada grupamento muscular deve estar re-
lacionada às condições físicas dos praticantes, apresentando uma relação de 
casualidade contínua e replicável entre os exercícios multiarticulares, o tipo 
de contração muscular (isotônica ou isométrica) e os equipamentos utilizados 
(step, halteres, caneleiras, etc.), quando for o caso.
Os princípios do treinamento físico listados a seguir devem estar presentes 
no plano de aula de prática rítmica em academia.
 � Individualidade biológica: o praticante reage de uma forma particular 
com o mesmo exercício, intensidade, duração e frequência.
 � Sobrecarga: o praticante precisa ser submetido a exigências cada vez 
maiores, como, por exemplo, maior intensidade, maior tempo ou maior 
frequência.
 � Continuidade: a atividade física deve ser contínua e sem interrupção.
 � Especificidade: cada atividade física tem suas próprias características.
 � Reversibilidade: a inatividade fará o organismo retornar a níveis de 
pré-treinamento.
O Quadro 1, a seguir, apresenta um exemplo de aula para a modalidade de 
ballet fitness, cujo objetivo é o fortalecimento muscular.
Práticas rítmicas de academia10
Fase Treino/duração Exercício
Aqueci-
mento
2 minutos � Marcha no mesmo lugar
1 minuto � Alongamento de braços e pernas
2 minutos � Marcha no mesmo lugar
Parte 
principal
Treino: coxas, 
panturrilhas, bíceps 
e ombros. Uso de 
halteres (1 kg — 
30 repetições)
 � Posição de plié (posição inicial)
 � Segurando os halteres com as palmas 
para a frente, levante os calcanhares 
alguns centímetros
 � Dobre ligeiramente os joelhos enquanto 
você sobe os pesos em direção aos 
ombros
Treino: coxas, 
cintura, ombros 
e costas. Uso de 
halteres (1 kg — 
20 repetições)
 � De pé, dobre os joelhos cerca de 90 
graus e levante os braços sobre a cabeça 
(posição inicial)
 � Estique os joelhos, torcendo o corpo len-
tamente para a direita enquanto abaixa 
os braços até a altura do peito
 � Retorne à posição inicial e refaça o exercí-
cio para o outro lado
Treino: abdome, 
costas e posterior 
das coxas. Braços 
alternados por 
1 minuto
 � De pé, coloque as palmas das mãos na 
barra com abertura dos ombros e dobre 
o corpo para a frente (posição inicial)
 � Com as costas retas, coloque os pés 
debaixo dos quadris, com os joelhos 
ligeiramente dobrados
 � Contraia o abdome e pressione a barra 
com as mãos
 � Estique os joelhos, levantando o braço es-
querdo e girando o tórax para a esquerda
 � Repita o exercício para o outro lado
Treino: abdome 
(25 repetições)
 � Deite-se de costas, com os joelhos curva-
dos e elevados, braços ao lado do corpo 
(posição inicial)
 � Estique uma das pernas em 90 graus e 
a outra na horizontal, sem colocá-la no 
chão
 � Repita a posição anterior com as pernas 
trocadas 
Quadro 1. Exemplo de plano de aula de ballet fitness
(Continua)
11Práticas rítmicas de academia
Fase Treino/duração Exercício
Relaxa-
mento/
alonga-
mento
Alongamento 
(5 minutos)
 � Alongamento dorsal
 � Alongamento de braços e pernas
 � Exercícios de respiração
Quadro 1. Exemplo de plano de aula de ballet fitness
(Continuação)
O Quadro 2, a seguir, apresenta um exemplo de aula para a modalidade 
walking dance, cujo objetivo é o aumento do condicionamento físico em 
alunos iniciantes.
Fase Treino/duração Exercício
Aqueci-
mento
5 minutos, 
utilizando música
 � Fora da esteira, alongamento das pernas
 � Caminhada na esteira a 2 km/h sem 
inclinação, com alongamento de braços
Parte 
principal
Fase aeróbica: 20 
a 25 minutos, em 
cima da esteira, 
com música rápida
 � Esteira a 2,5 km/h sem inclinação
 � Movimentos de corrida
 � Troca de passos direita-esquerda-direita
 � Troca de passos utilizando a lateral da 
esteira
 � Caminhando com pequenos saltos e 
elevação do joelho
 � Marcha na ponta do pé
 � Pequenos saltos e agachamento rápido
 � Esteira a 3 km/h sem inclinação
 � Pequenos saltos e agachamento rápido
 � Pequenos chutes para a frente
Relaxa-
mento/
alonga-
mento
Alongamento 
(7 minutos) com 
música relaxante
 � Esteira a 2 km/h
 � Caminhando
 � Exercícios de respiração
 � Alongamento de braços
 � Fora da esteira: alongamento de pernas
Quadro 2. Exemplo de plano de aula de walking dance
Práticas rítmicas de academia12
Como visto, as práticas rítmicas de academia devem ser uma experiência 
divertida e prazerosa, e o praticante de ser levado a perceber os benefícios 
adquiridos e estimulados, vivenciando um estilo de vida ativo e saudável. 
CSIKSZENTMIHALYI, M. Creativity: flow and the psychology of discovery and invention. 
New York: HarperCollins, 1996.
FREITAS, A. J. G. Efeitos de um programa de treino de resistência aeróbica e de força no 
perfil lipídico em adultos jovens. 2018. Dissertação (Mestrado em Exercício e Saúde) – 
Universidade de Évora, Évora, 2018. 
KARAGEORGHIS, C. I. et al. Psychophysical and ergogenic effects of synchronous music 
during treadmill walking. Journal of Sport & Exercise Psychology, Champaign, v. 31, n. 1, 
p. 18–36, 2009.
MURROCK, C. J.; HIGGINS, P. A. The theory of music, mood and movement to improve 
health outcomes, Journal of Advanced Nursing, Oxford, v. 65, n. 10, p. 2249–2257, 2009. 
OLIVEIRA, H. Z. Flow-Feeling no esporte: uma revisão bibliográfica. 2009. Trabalho de 
Conclusão de Curso (Bacharel em Educação Física) – Faculdade de Educação Físicae 
Desporto, Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2009.
RYAN, R. M.; DECI, E. L. Intrinsic and extrinsic motivations: classic definitions and new 
directions. Contemporary Educational Psychology, San Diego, v. 25, n. 1, p. 54–67, 2000.
TERRY, P. C.; KARAGEORGHIS, C. I. Psychophysical effects of music in sport and exercise: 
an update on theory, research and application. In: PSYCHOLOGY BRIDGING THE TAS-
MAN: SCIENCE, CULTURE AND PRACTICE, 2006, Auckland. Proceedings […]. Auckland: 
NZPSS, 2006. p. 415–419.
TIBEAU, C. Motricidade e música: aspectos relevantes das atividades rítmicas como 
conteúdo da Educação Física. Revista Brasileira de Educação Física, Esporte, Lazer e Dança, 
[s. l.], v. 1, n. 2, p. 53–62, 2006.
13Práticas rítmicas de academia

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