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Anna Clara Legal em 11/08/2021 ENDOMÉTRIO Hormônios Hipofisários LH FSH ○ Ovarianos Estrógeno Progesterona Produzida pelo corpo lúteo □ ○ • Ciclo menstrual Histologia do endométrio varia desde o desprendimento (menstruação) até o fim do ciclo○ Descamação (dia 1) Desprende 2 terços superiores do endométrio ○ Fase proliferativa (pré-ovulatória) Crescimento rápido de glândulas e estroma. Glândulas retas com epitélio colunar pseudoestratificado. Não há secreção Estroma com células fusiformes compactadas com pouco citoplasma Mitoses ○ Ovulação Um se destaca em relação aos outros e se desenvolve mais para ovulação Cessa atividade mitótica Inicia atividade secretora, mais intensa na terceira semana Vacúolos basais e, posteriormente suprabasais ○ Quarta semana Secreção liberada no lúmen das glândulas (ficam dilatadas e tortuosas) Estroma com edema e desenvolvimento das arteríolas espiraladas (dias 21-22) ○ Alterações pré deciduais da camada funcional do estroma (dias 24-28) – Eosinofilia do citoplasma e mitoses Granulócitos e linfócitos ○ Desintegração da camada funcional - menstruação○ • PATOLOGIA DO TRATO GENITAL FEMININO quarta-feira, 11 de agosto de 2021 14:02 Página 1 de ANATO PATOLÓGICA II Distúrbios funcionais do endométrio - Sangramento Uterino Disfuncional/Anormal Ciclo anovulatório Fase estrogênica prolongada, sem fase progesterônica (pós-ovulação) Mais comuns próximos a menarca e perimenopausa Alteração endócrina (tireoide, adrenal, hipófise) Lesão primária do ovário Tumor funcionante (granuloma/teca)□ Ovário policístico□ Distúrbio metabólico sistêmico Obesidade□ Desnutrição□ Doenças crônicas □ ○ Deficiência de fase lútea Baixa produção de progesterona pelo corpo lúteo após a ovulação Ciclo ovulatório irregular□ Infertilidade, amenorreia ou hipermenorreia Histologicamente Endométrio secretor "atrasado" □ ○ Alterações induzidas por contraceptivos Dependem da dose e tipo de hormônio Discordância entre morfologia das glândulas e do estroma Glândulas inativas (endométrio de menopausa) em estroma com alterações pré-deciduais/deciduais (com características perto de engravidar)□ Interrupção do contraceptivo Efeito reversível □ ○ Alterações menopáusicas (1 ano sem menstruar) e pós menopáusicas (sangramento após 1 ano sem menstruar) Ciclos anovulatórios seguidos de falência ovariana Atrofia cística □ Produção ininterrupta de estrogênio Dilatação cística das glândulas □ Falência ovariana Atrofia do estroma □ ○ • Página 2 de ANATO PATOLÓGICA II Inflamação Endometrite aguda Incomum Normalmente após parto/abortamento ○ Endometrite crônica DIP (doença inflamatória pélvica)/MIP Após parto/abortamento (retenção) DIU Disseminação de tuberculose (raríssimo atualmente) É SECUNDÁRIA a uma DOENÇA DE BASE Autoimune □ Doença infecciosa sistêmica □ Infertilidade (principal queixa) ○ Presença de plasmócitos no estroma endometrial Não há plasmócitos no endométrio normal Aguda tem maior predominância de neutrófilo -> pus Crônica -> presença de plasmócitos Endométrio aparece normal, mas com presença de plasmócitos□ Plasmócito Complexo de Golgi em parte mais clara na imagem (Golgi muito desenvolvido)□ ○ • Endometriose e adenomiose Endometriose Presença de glândulas ou estroma endometriais em locais anormais fora do útero Ovários □ Ligamentos uterinos□ Septo retovaginal □ Peritônio pélvico □ Cicatrizes de laparotomia □ ○ • Página 3 de ANATO PATOLÓGICA II Cicatrizes de laparotomia □ Umbigo, vagina, vulva, apêndice □ Acomete aproximadamente 10% das mulheres Infertilidade □ Dor pélvica □ Dismenorreia (dor no período menstrual) □ Endometriose cística ovariana -> cistos chocolate Sangue parcialmente degradado ○ Teorias da origem da endometriose Teoria da regurgitação/implantação Menstruação retrógrada pelas tubas Endométrio na cavidade abdominal◊ ○ Teoria da metaplasia Endométrio surgindo do epitélio celômico ○ Teoria da disseminação linfática/vascular Disseminação para sítios distantes e não relacionados ○ Página 4 de ANATO PATOLÓGICA II Adenomiose Presença de tecido endometrial na parede do útero, no músculo (miométrio) Permanece em contato com endométrio da cavidade endometrial□ Ninhos de estroma com ou sem glândulas separados da camada basal por 2 a 3 mm Prolongamento da cavidade uterina para dentro do músculo -> menos que 2mm □ Ocorre em até 20% dos úteros □ Sangramento durante menstruação - dor pélvica □ Adenomioma (adenomiose em forma de massa) Forma localizada de adenomiose Um grandão, não impede outros focos de adenomiose □ ○ Pólipos endometriais "Massas" sésseis (base larga) ou pedunculadas (forma de cogumelo, base mais estreita) que se projetam para a cavidade endometrial Únicos ou múltiplos Assintomáticos ou podem causar sangramentos (ulceração, torção, necrose) Podem ser revestidos de endométrio funcional (semelhante ao normal) ou hiperplásico e estar associado a hiperplasia de todo o endométrio ○ Página 5 de ANATO PATOLÓGICA II Hiperplasia endometrial atípica Neoplasia intraepitelial endometrioide (EIN) - nome mais utilizado atualmente Lesão precursora do carcinoma endometrioide □ Atipias citoarquiteturais Relação glândula/estroma alterada Alterações da glândula + estroma ◊ Atipias citológicas Alterações da célula ◊ □ Hiperplasia atípica □ Antigas hiperplasia simples/complexa com atipias (nomes mais antigos)□ EIN: critérios mais rígidos que a hiperplasia atípica□ Importante saber dia do ciclo para biópsia □ ○ Tumores malignos de endométrio Carcinomas (todo tumor maligno de epitélio - adenocarcinoma) Mulheres pós-menopausa Sangramento uterino anormal/disfuncional (SUA/SUD) Fatores de risco (hiperestrogenismo) Obesidade Diabetes Hipertensão Síndrome metabólica □ Nuliparidade □ Infertilidade □ Subtipos histológicos Endometrioide (melhor prognóstico, mais jovens) Diferenciação escamosa, tubária, mucinosa Inativação do PTEN □ Serosos (pior prognóstico, mais idosas) Mutação de p53 □ Carcinossarcoma Carcinoma de endométrio em que célula epitelial maligna sofre diferenciação mesenquimal □ ○ • Página 6 de ANATO PATOLÓGICA II Carcinoma de endométrio em que célula epitelial maligna sofre diferenciação mesenquimal Associação com radioterapia prévia Tumores de estroma (menos de 5% dos tumores de endométrio) Adenossarcoma Componente mesenquimal (estroma) - maligno□ Componente epitelial (glandular) - benigno□ Pode haver sobrecrescimento sarcomatose - ALTO GRAU□ Responsivos a estrogênios □ Nódulo do estroma Nódulo do estroma □ Sarcoma do estroma Infiltra miométrio ou vasos sanguíneos □ Baixo grau - sem translocação específica □ Alto grau - Translocação – t (7;17) (p15;q21) – JAZF1 e JJAZ1 e outras □ Sarcoma Uterino Indiferenciado □ ○ Página 7 de ANATO PATOLÓGICA II CORPO DO ÚTERO Leiomioma Tumores benignos com diferenciação muscular lisa ○ Extremamente comuns ○ Intramural, submucoso ou subseroso○ Muito estroma○ • Leiomiossarcoma Tumores malignos com diferenciação muscular lisa ○ Atipia citológica (muitas células), mitoses e necrose tumoral ○ Origem no miométrio ou do estroma endometrial com diferenciação muscular lisa • Página 8 de ANATO PATOLÓGICA II Origem no miométrio ou do estroma endometrial com diferenciação muscular lisa ○ "Neoplasia muscular lisa de potencial maligno incerto" TUBAS UTERINAS E OVÁRIOS Página 9 de ANATO PATOLÓGICA II Salpingite Gonococo e clamídia (MIPA/DIPA)○ Abscesso tubo-ovariano○ • Gestação ectópica Dano ao epitélio colunar ciliado tubário Infecções/cirurgias ○ Embrião se implanta na tuba - rotura ○ • Página 10 de ANATO PATOLÓGICA II Tumores adenomatoides Proliferação mesoteliais que surgem na subserosa da tuba ○ • Cistos Hidátides de Morgagni Remanescentes dos ductos mullerianos ○ • Página 11 deANATO PATOLÓGICA II OVÁRIOS Página 12 de ANATO PATOLÓGICA II Histologia do folículo• Corpo lúteo• Cistos funcionais e não neoplásicos Cistos foliculares e lúteos Foliculares de DeGraaf ○ • Página 13 de ANATO PATOLÓGICA II Foliculares de DeGraaf Cistos de corpo lúteo Ovários policísticos e hipertecose do estroma Síndrome dos ovários policísticos Numerosos cistos foliculares □ Ciclos anovulatórios □ Obesidade, hirsutismo, virilismo□ Resistência à insulina □ ○ Tumores de ovário Fatores de risco Nuliparidade História familiar (mutações BRCA1 e 2) Hiperestrogenismo ○ Tumores do epitélio Mullerianos Maioria dos tumores de ovário Transformação do mesotélio celômico Origem tubária (mais comum) Tumores Serosos Células colunares altas e ciliadas (semelhante ao epitélio tubário) em projeções papilares no interior de lesão císticas fibrosas Podem ser bilaterais Preenchidos por líquidos serosos Presença de calcificações concêntricas (corpos de psamoma - patognomônico antigamente) Patognomônico: especifico de uma doença e só é encontrado nessa doença ◊ Sequência benigno até carcinoma seroso de baixo grau Benigno Parede cística brilhante sem espessamento epitelial, pequenas projeções papilares, sem atipias do epitélio Sem invasão do tecido adjacente (estroma) Adenoma, não carcinoma ◊ Borderline Maior número de projeções papilares, com irregularidades, áreas mais sólidas, com baixo potencial de malignidade Tumor SOE (sem outra especificação) seroso de borderline ◊ Maligno (carcinoma seroso de baixo grau) Áreas sólidas, de invasão estromal e atipias células discretas a moderadas Baixo índice mitótico ◊ Maligno (carcinoma seroso de alto grau) Mais comum de ovário Massas anexiais necróticas (grande e grave) Geralmente avançados ao diagnóstico Atipias acentuadas e elevado índice mitótica Tumores associados às mutações de BRCA1 e 2 ◊ □ ○ • Página 14 de ANATO PATOLÓGICA II Tumores associados às mutações de BRCA1 e 2 Admite-se ser tumores originados do epitélio fimbriado da tuba uterina Lesão precursora: carcinoma seroso intraepitelial tubário (STIC)– Mulheres portadoras de mutações dos genes BRCA podem ser orientadas a realizar salpingectomia ou salpingooforectomia profilática entre 35-45 anos Benignos e borderlines mais frequentes em mulheres mais jovens Malignos > 50 anos (já evoluiu até chegar no maligno) Tumores Mucinosos Menos comuns que seroso Raros antes da puberdade e após menopausa Cistos de tamanhos variados, raramente acometem superfície e raramente são bilaterais Epitélio de revestimento produtor de mucina (tipo endocervical ou intestinal) Tipos Benigno Revestimento de cistos por células epiteliais altas sem cílios com mucina na porção apical das células ◊ Borderline Glândulas complexas no interior do estroma ◊ Maligno Crescimento sólido, atipia proeminente, estratificação, perda da arquitetura glandular, necrose Semelhante aos cânceres colônicos ◊ □ Página 15 de ANATO PATOLÓGICA II Tumores Endometrióides (do ovário) Presença de glândulas semelhantes ao endométrio benigno ou maligno 15-30% acompanhados de carcinoma endometrióide de endométrio (pode ter carcinomas endometrióides em outros locais) Fatores de risco são os mesmos ◊ Quando há no endométrio, buscar também nos ovários e vice-versa◊ 15% coexistem com endometriose Podem ser bilaterais □ Tumores de Células Claras Incomum Células grandes com amplo citoplasma claro Boa parte acontece em associação com endometriose São semelhantes a variantes de carcinoma de células claras do endométrio Podem ser sólidos ou císticos Se há propagação para fora do ovário, tendem a ter péssimo prognóstico Tumor muito agressivo □ Tumor de Brenner "Adenofibromas" Componente epitelial composto com ninhos de células transicionais (uroteliais, epitélio de trato urinário) Geralmente unilaterais Benigno (maioria), borderline e maligno □ Página 16 de ANATO PATOLÓGICA II Cistadenofibroma Benignos Estroma fibrose mais proliferado do que epitélio Epitélio pode ser seroso, mucinoso, endometrióide ou de células claras □ Tumores de Células Germinativas Teratoma (principal tipo de tumor) Apresentam tecidos derivados dos 3 folhetos embrionários Maduros - benignos (mais frequente) 10-15% bilaterais ◊ Teratoma cístico benigno (ou "cistos dermóides")◊ Imaturos - maligno Tecidos embrionários (indiferenciados) Tecido neuroepitélio imaturo (mais comum) ◊ Grau I, II e III - OMS ◊ Propagação local e metástases a distância Evoluem de forma mais branda) ◊ Monodérmicos Raros, unilaterais ◊ Struma ovarri (benigno) Tecido tireoidiano maduro (pode ser funcionante) ◊ Carcinoide (maligno) DD com tumor carcionóide intestinal metastático ◊ □ ○ Página 17 de ANATO PATOLÓGICA II Página 18 de ANATO PATOLÓGICA II Disgerminoma Contraparte ovariana do Seminoma de Testículo□ Células grandes com citoplasma claro, limite celulares nítidos, núcleos centrais e regulares, separadas por finas traves fibrosas contendo linfócitos □ 75% surgem na segunda/terceira década de vida □ Não funcionantes □ Unilaterais □ Tumor de seio endodérmicos (Saco Vitelino / Yolk Sac) Segundo tumor maligno de células germinativas mais comum □ Originado da diferenciação das células germinativas malignas em estruturas extraembrionárias do saco vitelino □ Corpos de Schiller-Duval □ Produtor de alfa-fetoproteína (detecção sérica no sangue e por IHQ) □ Crianças e mulheres jovens com dor abdominal e massa pélvica de crescimento rápido □ Prognóstico ruim□ Página 19 de ANATO PATOLÓGICA II Cariocarcinoma Diferenciação extraembrionária de células germinativas malignas, assim como o tumor de seio endodérmico □ Mais frequentemente se origina na placenta □ Só se pode afirmar que é de origem em células germinativas ovarianas em crianças pré-púberes □ Agressivos, normalmente já metastáticos ao diagnóstico □ Produtores de b-HCG (detecção sérica e IHQ) □ Geralmente não respondem a QT (oposto aos de origem placentária)□ Células que se diferenciam em sincíciotrofoblástico Que se unem, perdem as membranas entre elas e se unem □ Carcinoma embrionário Originário de elementos embrionários primitivos □ Extremamente agressivos □ Histologicamente similar ao de testículo □ Outros tumores de células germinativas Página 20 de ANATO PATOLÓGICA II Outros tumores de células germinativas Tumores mistos de células germinativas São combinações em proporções variadas de dois ou mais tipos histológicos São mais frequentes que os subtipos “puros” (exceto teratoma) Importante avaliação histológica extensa (1 a 2 fragmentos por centímetro de tumor em seu maior eixo) Presença de subtipos mais agressivos determinam tratamentos, prognóstico e seguimentos diferentes □ Tumores dos cordões sexuais e estroma Mesênquima indiferenciado das gônadas primitivas Sertoli e Leydig (produz andrógenos) - testículos Clínica de virilização □ Granulosa e teca (estrógenos) - ovário Hiperestrogenismo prolongado (muito lento) □ Tumores das células da granulosa ou da Teca Quase sempre formados por mistura de células da granulosa e da teca em proporções diferentes □ 2/3 dos casos ocorrem em mulheres na pós menopausa □ Unilaterais □ Tumores que são hormonalmente ativos tem superfície de corte amarelada Hormônios esteroides com presença de lipídios □ Componente predominante de tecoma superfície sólida e firme Quando há predominância de componentes da célula da Teca □ Células da granulosa são pequenas, cuboides a poligonais□ Corpos de Call-Exner Usado para fazer diagnóstico morfológicos □ Importância clínica – produção de hormônios□ ○ Fibrotecomas Fibroblastos (fibromas) e células ricas em gotículas de lipídios (tecomas) □ Geralmente unilaterais□ Tumores de Células de Sertoli-Leydig (androblastomas) Pico de incidência entresegunda e terceira décadas de vida □ Geralmente unilaterais e produzem virilização (hirsutismo, distribuição masculina de pelos, hipertrofia do clitóris, alterações de voz)□ Página 21 de ANATO PATOLÓGICA II Metástases Útero, tuba, ovário contralateral (origem mulleriana) Mama, TGI (origem extramulleriana) Tumor de Krukenberg (metástase bilateral, células em anel de sinete) ○ Anna Clara Legal em 25/08/2021 Página 22 de ANATO PATOLÓGICA II
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