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Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho Patologia dos ovários ➛ Os cistos constituem a forma mais comum de tumor ovariano ➛ São denominadas cistos benignos ou cistos funcionais ➛ Principais: ✓ Cisto foliculares ✓ Cisto luteínicos Manifestações clínicas: ➛ Assintomáticos ou sintomáticos ➛ Dor unilateral ou pressão na parte inferior do abdômen ➛ Se ruptura ou torção ovariano, pode sentir um início súbito de dor aguda intensa, possivelmente associada a náuseas e vômitos ➛ O ciclo menstrual pode se tornar irregular e pode ocorrer sangramento vaginal anormal Fatores de risco: ➛ Tratamento de infertilidade ➛ Tamoxifeno ➛ Gravidez - na gravidez, cistos Ovarianos podem se formar no segundo trimestre, quando os níveis de HCG atingem o pico ➛ Hipotireoidismo ➛ Tabagismo ➛ Ligadura tubária - cistos funcionais tem sido associados a esterilização por laqueadura tubária Ciclo menstrual normal: ➛ Fase folicular: Aumento de FSH 1) Seleção do folículo dominante 2) Produção do estrogênio 3) Aumento de LH 4) Ovulação 5) Corpo lúteo 6) Estrogênio e progesterona 7) Inibe a liberação de FSH e LH Cistos foliculares: ➛ São formados do processo natural de ovulação ➛ Originados quando os folículos não se rompem (não roto) durante a ovulação (não liberação do ovócito) ✓ Pode ocorrer também por liberação e fechamento imediato do folículo ➛ Aumento de FSH ou ausência do pico de LH ✓ Folículo continua a crescer por estimulação hormonal (FSH) ✓ Ausência de LH acarreta em não ovulação ➛ Células da granulosa levam ao aumento de estrogênio (hiperestrogenismo) - diminuição da menstruação Morfologia: ➛ Aparência lisa da parede fina e unilocular ➛ São geralmente pequenos ➛ Únicos ou múltiplos ➛ Tem superfície interna lisa, sem massas vegetantes na luz ➛ Conteúdo seroso, cristalino ou discretamente hemorrágico ➛ O revestimento do cisto é composto por uma camada interna de células da granulosa e uma camada externa de células da teca luteinizadas Prognóstico: ➛ Como podem produzir estrógenos, as vezes causam hiperestrogenismo e hemorragias uterinas acíclicas ou disfuncionais ➛ Podem também favorecer torção do ovário ➛ Os cistos foliculares regridem espontaneamente em dois ou três meses Patologia dos ovarios Ci Ovarian: Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho Cistos luteínicos: ➛ Originam-se de hemorragias dentro do corpo lúteo ➛ Após a ovulação, ocorre a formação do corpo lúteo ➛ Se houver fecundação, o corpo lúteo mantém a produção de estrogênio e progesterona por 14 semanas ✓ Se não houver fecundação, o corpo lúteo regride em até 14 dias ➛ Se a dissolução do corpo lúteo não ocorrer, pode resultar em um cisto do corpo lúteo ➛ Sempre presentes durante a gravidez é geralmente se resolvem no final do primeiro trimestre Morfologia: ➛ Geralmente cresce até 3cm ➛ Borda espessa de tecido amarelo-brilhante ➛ Células da granulosa luteinizadas Cistos endometrióticos: ➛ Formas císticas de endometriose (pode apresentar outros focos) ➛ 40 a 50 anos ➛ Lesão pardo avermelhado (cistos de chocolate) ➛ Epitélio e estroma do endométrio com áreas de hemorragia ➛ Risco aumentado para carcinoma do endométrio e carcinoma endometrióide de ovário Exames diagnósticos: ➛ Palpação dos ovários no exame bimanual deve ajudar a determinar a localização, forma, tamanho, consistência, nível de sensibilidade e mobilidade ➛ Ultrassonografia transvaginal ➛ Achados para cistos benignos em qualquer faixa etária são paredes finas e lisas e ausência de separações, componentes sólidos e fluxo interno ao doppler colorido ➛ Doppler (presença de fluxo sanguíneo) ➛ CA125 (para suspeita de malignidade) ➛ Aparece como ovários aumentados com vários pequenos cistos foliculares ➛ A SOP é um distúrbio endócrino comum em mulheres em idade fértil, constituindo uma fonte frequente de anovulação crônica Fatores de risco: ➛ Fatores genéticos (Autossômico dominante) ➛ Alterações na função hipotalâmica ou adrenal ➛ Alteração de produção de GnRH ➛ Alteração na liberação do LH e FSH ➛ Hiperandrogenismo ➛ Síndrome metabólica Manifestações clínicas: ➛ Ovários policísticos ➛ Irregularidade menstrual ➛ Sinais de hiperandrogenismo (acne, excesso de pelos corporais, queda dos cabelos de padrão masculino) ➛ Infertilidade ➛ Anovulação crônica ➛ Resistência insulínica ➛ Acantose (Hiperinsulinemia) Síndrome do ovário policíico: Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho Fisiopatologia: ➛ Aumento de LH: hiperandrogenismo -> impede o desenvolvimento do folículo ➛ Diminuição de FSH: desenvolvimento lento do folículo e anovulação ➛ Resistência insulinica - hiperinsulinemia ➛ Ovários possuem receptores de insulina - hiperandrogenismo ✓ LH regula a síntese de androgênio na teca ✓ FSH regula a síntese de estrógenos na granulosa do folículo por meio da enzima aromatase ✓ Aumento de LH: síntese preferencial de androgênios Morfologia: ➛ Aparece como ovários aumentados com vários pequenos cistos foliculares ➛ Superfície externa branca - ovo de galinha ➛ Microscopia dos cistos foliculares com espessamento fibroso Diagnóstico: ➛ Clínica ➛ Ultrassonografia ou laparoscopia ➛ Diferencial para hiperprolactinemia, hiperplasia suprarrenal de início tardio e tumores do ovário e das glândulas suprarrenais secretores de androgênios ➛ Bioquímicos - glicemia em jejum, tolerância a glicose, níveis de insulina ➛ Definida como a rotação parcial ou total do pedículo vascular ovariano que promove estase circulatória Manifestações clínicas: ➛ Sintomatologia inespecifica ➛ Abdome agudo ➛ Difícil diagnóstico (crianças e adolescentes) ➛ Dor repentina (inguinal migrando para todo abdome) ➛ Náuseas e vômitos (70% dos casos) ➛ Febre Fisiopatologia: ➛ Indução da superovulação - volume dos ovários e número de folículos em desenvolvimento e de corpo lúteo resultante de punção folicular ➛ A torção é idiopática ➛ Inicialmente compromete o fluxo venoso seguido o arterial, o que provoca congestão, edema anemia, isquemia e necrose hemorrágica Morfologia: ➛ Demonstra edema do pediculo e do ovario, falta de fluxo sanguineo e sinais indicativos de hemorragia); ➛ Presença de ovário de aparência sólida, aumentado de volume, com estruturas císticas na periferia (folículos ou corpos lúteos), e edema no estroma. ➛ O ovário acometido apresenta coloração preto-azulada durante a operação Diagnóstico: ➛ Palpação dos ovários aumentados ➛ Exame abdominal dificultado pela dor ➛ Ultrassonografia - melhor método ➛ Tomografia computadorizada ➛ Doppler (ausência de vascularização) ➛ Faz parte das doenças inflamatórias pélvicas crônicas (DIP) - DIP é uma infecção do trato genital superior ✓ Afetam o endométrio, as tubas uterinas, os ovários e o peritônio pélvico ➛ Inflamação do ovário Torção do Ovário: Ooforite: Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho Fatores de risco: ➛ Hábito sexual ➛ Infecção por bactérias anaeróbias - Clamídia e Gonorreia ➛ Secundárias a DIP - normalmente inflamação da tuba uterina ➛ Aborto ➛ DIU não hormonal Manifestações clínicas: ➛ Incidiosa. ➛ Pode ser assintomático ➛ Dor pélvica com febre (>38,3° C) ou corrimento intenso, que pode ter um odor fétido ➛ Dor súbita na parte inferior do abdômen e pelve (bilateral) ➛ Sensibilidade no colo úterino ➛ Sangramento menstrual mais intenso que o normal ➛ Sangramento entre os ciclos menstruais ➛ Dor ou sangramento durante a relação sexual ➛ Sensações de queimação ou dor ao urinar (Dificuldade para urinar) ➛ Vômito. Fisiopatologia: ➛ O canal endocervical encontra-se ligeiramente dilatado durante a menstruação, permitindo que as bactérias tenham acesso ao útero e a outras estruturas pélvicas. ➛ Após penetrarem no trato reprodutivo superior, os micro- organismos multiplicam-serapidamente no ambiente favorável do endométrio em descamação e ascendem para a tuba uterina Morfologia: ➛ Cicatriz (aderências) na superfície dos ovários normalmente quando em investigação de infertilidade ➛ Abcesso Diagnóstico: ➛ Histórico de infecções ➛ Aumento de VHS, leucócitos e PCR ➛ Sinais e sintomas - principalmente dor na parte inferior do abdome ➛ Exame pélvico bimanual ➛ Hipersensibilidade cervical e dos anexos ➛ Presença de corrimento ➛ Laparoscopia ➛ Frequentes ➛ Podem ser: benignas, malignas ou borderline ➛ Maioria é benigna (80%) - 20 a 45 anos ➛ Malignas - alta letalidade - 45 a 65 anos ➛ Marcadores tumorais: CA-125 (epiteliais), AFP, Beta-HCG (germinativos) ➛ Origem do epitélio superficial, das células germinativas, do estroma e cordão sexual Neoplasia maligna do ovário: ➛ Lesões maiores que 10cm ➛ Alta letalidade - difícil diagnóstico ✓ Taxa de sobrevida 5 anos ✓ Descoberta de metástase antes ➛ Classificação das neoplasias com base no tecido de origem: ✓ Tumores epiteliais ✓ Tumores de células germinativas ✓ Tumores de estroma gonodal e cordão sexual Nplasias ovarianas: Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho Fatores de risco: ➛ Nuliparidade e baixa utilização de contraceptivos orais - favorecem ovulações múltiplas, com possível perda da integridade do epitélio de revestimento, seguida de regeneração, mutação e malignidade ➛ Histórico familiar ➛ Laqueadura reduz o risco ➛ BRCA-1 e BRCA-2 (genes supressores tumorais): ✓ Classicamente associada ao câncer de mama ✓ Encontrado mutação BRCA-1 em 5% dos cânceres de ovário ✓ 50% dos casos com alteração no BRCA-1 desenvolve tumor entre 49-53 anos ✓ Em menor percentual o BRCA-2 causa tumor entre 55-58 anos Tumores epiteliais: ➛ Cerca de 70% dos casos de tumores de ovário ➛ Tendem a ser bilaterais ➛ Tipo 1: ✓ Tumores de baixo grau que frequentemente surgem em associação com tumores borderline ou endometriose ✓ Mutação nos genes K-RAS (mucinoso), BRAF e PTEN (endometrioide) ✓ Crescimento lento ➛ Tipo 2: ✓ Mais frequentemente carcinomas serosos de alto grau que surgem a partir do carcinoma seroso intraepitelial tubário ✓ Mutação BRCA-1 e BRCA-2, TP53 ✓ Agressivo com pior prognóstico ➛ Classificação de acordo com o tipo histológico: ✓ Tumores serosos ✓ Tumores mucinosos ✓ Tumores endometrioides Tumores serosos: ➛ Geralmente cístico e revestidos por epitélio colunar ciliado (tipo tubário) ➛ 30% de todos os tumores (benigno, maligno e borderline) de ovário (tipo mais comum) ➛ Benigno (cistadenoma seroso) ou borderline: ✓ 60% benigno e 10% borderline ✓ Comuns entre 20-45 anos ✓ Assintomáticos ✓ Lesão volumosa ou maligna pode causar dor aguda quando associado a torção ➛ Maligno (cistadenocarcinoma): ✓ 30% malignos ✓ Comum em idades avançadas ✓ Tipo 1 e tipo 2 Cistadenoma seroso benigno: ➛ Apresenta-se como neoplasia cística ➛ Uni ou multiloculada ➛ Diâmetro entre 5 e 20 cm ➛ Parede fina ➛ Superfície interna lisa ➛ Conteúdo seroso, em geral cristalino ou citrino ➛ Bilateral (20%) ➛ Cistos revestidos por epitélio colunar simples, ciliado e sem atipias, podendo existir papilas pequenas Implantes na cavidade peritoneal: - Borderline geralmente produzem implantes superficiais sem caráter infiltrativas (não invasivo/ melhor prognóstico) - Carcinomas de tipo 2 produzem implantes invasivos (evolução clínica mais rápida e pior prognóstico) - Sobrevida de 5 anos em 70% dos casos de carcinoma seroso e de 100% para borderline Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho Cistoadenocarcinoma seroso maligno ou borderline: ➛ Maior número de excrescências papilíferas internas e/ou externas ➛ Parede de espessura irregular ➛ Áreas sólidas e nodularidade na cápsula, que pode estar rompida ➛ Encontram-se também áreas de necrose e hemorragia ➛ Bilateral (60%) ➛ Borderline -> Exibe papilas mais complexas, ramificadas (arboriformes), revestidas por epitélio estratificado e atípico, mas sem invasão do estroma ➛ Cistoadenocarcinoma maligno -> Nítida invasão do estroma, atipias celulares mais acentuadas e mitoses frequentes, podendo existir papilas, ninhos, trabéculas e pseudoácinos. Tumores mucinosos: ➛ Raros antes da puberdade e após a menopausa ➛ Ocorrem entre 40-50 anos de idade ➛ Mutação do proto-oncogene KRAS ➛ 20% dos tumores de ovário ➛ Normalmente unilateral ➛ Benigno, borderline e maligno ➛ Prognóstico melhor Cistadenoma Mucinoso benigno: ➛ Unilateral ➛ Representam 75% ➛ Formam massas císticas multiloculadas ➛ Conteúdo gelatinoso ➛ Podem atingir até 50 kg ➛ Cistos revestidos por epitélio colunar mucossecretor (semelhante ao gastrointestinal) ➛ Sem atipias, podendo haver discreta pseudoestratificação Borderline: ➛ Baixo potencial de malignidade ➛ Representam 10% ➛ Epitélio com grau variável de estratificação ➛ Formação de Pseudomixoma peritoneal - Caso ruptura de cistadenoma ou disseminação de borderline ou maligna liberando células e muco no peritônio (ascite mucinosa), formam implantes e aderências entre as vísceras. - Obstrução intestinal/ morte. - Pode ser extraovariana (adivindo principalmente apendice) Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho vilos ou papilas e atipias nucleares ➛ Sem invasão do estroma ➛ Encontrados “lagos” acelulares de muco (pseudomixoma ovarii) Carcinoma mucinoso maligno: ➛ Bilateral ➛ Representam 15% ➛ Contido ao ovário, raramente tumores avançados ➛ Apresentam áreas sólidas ➛ Necrose ➛ Nodularidade capsular ➛ Crescimento infiltrativo ➛ Atipias nucleares ➛ Numerosas mitoses ➛ Padrões de lesão benigna, maligna e invasiva num mesmo tumor Tumores De células germinativas: ➛ 20% dos tumores de ovário ➛ Presente em mulheres mais jovens - quando mais jovem, maior a chance de malignidade ➛ Podem seguir várias linhagens de diferenciação, produzindo neoplasias análogas às do testiculo ➛ Principais neoplasias deste grupo são os teratoma ➛ Surge a partir de um ovócito depois da primeira divisão meiotica, enquanto uma minoria surge antes da primeira divisão Teratomas: ➛ Caracterizam por produzir tecidos derivados dos três folhetos embrionários (ectoderma, mesoderma e endoderma) ➛ Podem ser: ✓ Teratoma maduro ✓ Teratoma imaturo ✓ Teratoma monodermico ou especializado Teratoma maduro: ➛ Cistos dermoides (normalmente benigno) ➛ Revestidos por estruturas semelhantes a pele ➛ Idade reprodutiva (média 32 anos) ➛ Diagnóstico ao acaso ➛ Bilateral (10-15%) ➛ Cisto 5-15cm ➛ Unilocular ➛ Parede fibrosa ➛ Contendo pelo, sebo e talvez dentes e ossos ➛ Encontram-se vários tipos de tecidos e estruturas organoides derivados dos três folhetos embrionários ➛ Pele com anexos pilossebáceos, outros epitélios de revestimento e glandular, cartilagem, tecidos musculares etc Teratoma imaturo: ➛ Neoplasia maligna pouco frequente ➛ Tecidos imaturos, derivados de um ou mais folhetos embrionários - lembram o tecido embrionário imaturo ➛ Normalmente por volta dos 18 anos ➛ Volumosos ➛ Superfície externa lisa ➛ Aparência sólida aos cortes ➛ Pode apresentar pelo e sebo ➛ Cartilagem e calcificação ➛ Área de necrose e hemorragias ➛ Mistura de tecidos indiferenciados/imaturos (mais comum o neuroectodérmico) ➛ Áreas com cartilagem imatura, osteoide e rabdomioblastos Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho ➛ Quanto mais componentes imaturos, pior é o prognóstico Teratoma monodérmico ou especializado: ➛ Tumores raros, dos quais os mais comuns são: ✓ Struma ovarii - inteiramente composto por tecido tireoide maduro (causa hipertireoidismo) ✓ Carcinoide ovariano - Surge a partir do tecido intestinal encontrado em teratomas - Funcional quando maior que 7cm (síndrome carcinoide) - Diferente do carcinoide intestinal (tumor neuroendócrino) quee bilateral quando metástase ➛ Sempre unilaterais Tumores De estroma gonodal e cordão sexual: ➛ Os ovários são derivados dos cordões sexuais da gônada embrionário ➛ O mesênquima gonadal (sem diferenciação) produz nas gônadas de homens (Sertoli e Leydig) e nas mulheres (granulosa e teca) ➛ Estas neoplasias ovarianas são derivadas do estroma do ovário ➛ Tumores que lembram todos esses tipos celulares podem ser identificados no ovário ➛ São denominados tumores feminilizantes (células tumorais da granulosa/teca), e masculinizantes (tumores das células de Leydig) Tumores de células da granulosa: ➛ Todos são potencialmente malignos ➛ Tumor composto por células que lembram as células da granulosa de um folículo ovariano em desenvolvimento ➛ Tipos ✓ Adulto (95% dos tumores de granulosa) - relacionado com doença proliferativa de mamas, hiperplasia endometrial e carcinoma endometrial ✓ Juvenil - desenvolvimento sexual precoce ➛ Juntas, representam 5% de todos os tumores ovarianos ➛ 2/3 ocorrem em pós menopausa ➛ Produz grande quantidade de estrogênio ➛ Produz malignidade de baixo grau ➛ Unilaterais ➛ Podem ser microscópicos ou grandes - massas encapsuladas, sólidas e cisticas ➛ Amarelados na superfície (lípidios) quando hormonalmente ativos ➛ Pode apresentar áreas de necrose e hemorragia ➛ As células pequenas, cuboides a poligonais, crescem em cordões, lençóis ou faixas anastomosantes ➛ Recorrência em 10-20 anos ➛ Sobrevida em 5 anos - 85% ➛ Marcador tumoral - níveis serícos elevados de inibina (produto da granulosa) estão associados a tumores do estroma do cordão sexual e mutações do gene FOXL2 em 97% dos tumores de células da granulosa do tipo adulto Fibromas, tecomas e fibrotecomas: ➛ Tumores originados do estroma ovariano; ➛ Comuns e representam cerca de 4% de todos os tumores do ovário. ➛ Fibromas: compostos por fibroblastos ✓ Unilaterais ✓ Massas sólidas, esféricas ou discretamente lobuladas, encapsuladas, duras, cinza- esbranquiçadas, cobertas pela serosa ovariana intacta e brilhante ✓ Fibroblastos bem diferenciados, entremeados por escasso estroma colagenoso ✓ Pode ser encontrado células diferenciadas tecais ✓ Manifestações clínicas: fibromas são hormonalmente inativos, dor pelvica, ascite (40% dos casos > 6 cm), raramente hidrotórax (lado direito) Camila Mariana Castro de Oliveira Medicina Nove de Julho ➛ Tecomas: células fusiformes amplas com gotículas lipídicas ✓ Tecomas “puros” hormonalmente ativos (raros) ✓ Produz estrogênos com risco para hiperplasia e câncer do endométrio ✓ Trata-se de tumor benigno, sólido, encapsulado, firme, de coloração róseo-amarelada, às vezes vermelho- tijolo (tumor bem colorido) ✓ É constituído por células da teca dispostas em feixes, simulando fibroma ✓ Pode apresentar gotículas lipídicas no citoplasma (células claras) ➛ Fibrotecomas: misto dos dois tipos de células Tumor e d células de Sertoli-Leydig: ➛ Semelhante, histologicamente, ao testículo embrionário/ fetal (raro) ➛ 20-30 anos. ➛ Tumor masculinizante ➛ Baixo potencial maligno ➛ Jovens e adultos ➛ Amenorreia, hipertrofia do clitóris, hirsutismo, acne e alterações da voz (sinais tipicos) ➛ Mutações no DICER1 (codifica endonucleases essencial para o processamento correto de micro-RNAs) ➛ Metástase em menos de 5% dos casos ➛ Superfície de corte geralmente é sólida e varia de cinza a um castanho- dourado ➛ Parece tumor das células da granulosa ➛ A neoplasia apresenta vários padrões histológicos, dependendo do grau de diferenciação: ✓ Padrão tubular (bem diferenciado) ✓ Padrão misto (tipo intermediário) ✓ Padrão secretor de esteroides (lipídeos) ✓ Padrão retiforme (semelhante à rete testis) ✓ Padrão sólido (Indiferenciado) Diagnóstico geral das neoplasias ovarianas: - Quando sintomáticos: distensão abdominal, massa palpável, desconforto pélvico e dor abdominal baixa - Queixas urinárias ou digestivas podem estar associadas - CA125 (pouco específico) - Beta-HCG e Alfa-Fetoproreina (tumores germinativos - pós operatório) - Alfa-Inibina (tumores do cordão sexual - Ultrassonografia transvaginal
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