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Patologia dos Ovarios

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Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
Patologia dos ovários 
➛ Os cistos constituem a forma mais comum de tumor 
ovariano 
➛ São denominadas cistos benignos ou cistos funcionais 
➛ Principais: 
 ✓ Cisto foliculares 
 ✓ Cisto luteínicos 
Manifestações clínicas: 
➛ Assintomáticos ou sintomáticos 
➛ Dor unilateral ou pressão na parte inferior do abdômen 
➛ Se ruptura ou torção ovariano, pode sentir um início 
súbito de dor aguda intensa, possivelmente associada a 
náuseas e vômitos 
➛ O ciclo menstrual pode se tornar irregular e pode ocorrer 
sangramento vaginal anormal 
Fatores de risco: 
➛ Tratamento de infertilidade 
➛ Tamoxifeno 
➛ Gravidez - na gravidez, cistos Ovarianos podem se formar 
no segundo trimestre, quando os níveis de HCG atingem o 
pico 
➛ Hipotireoidismo 
➛ Tabagismo 
➛ Ligadura tubária - cistos funcionais tem sido associados a 
esterilização por laqueadura tubária 
 
Ciclo menstrual 
normal: 
➛ Fase folicular: Aumento de 
FSH 
 1) Seleção do folículo 
dominante 
 2) Produção do estrogênio 
 3) Aumento de LH 
 4) Ovulação 
 5) Corpo lúteo 
 6) Estrogênio e progesterona 
 7) Inibe a liberação de FSH e 
LH 
Cistos foliculares: 
➛ São formados do processo natural de ovulação 
➛ Originados quando os folículos não se rompem (não roto) 
durante a ovulação (não liberação do ovócito) 
 ✓ Pode ocorrer também por liberação e fechamento 
imediato do folículo 
➛ Aumento de FSH ou ausência do pico de LH 
 ✓ Folículo continua a crescer por estimulação hormonal 
(FSH) 
 ✓ Ausência de LH acarreta em não ovulação 
 ➛ Células da granulosa levam ao aumento de estrogênio 
(hiperestrogenismo) - diminuição da menstruação 
 
Morfologia: 
➛ Aparência lisa da parede fina e 
unilocular 
➛ São geralmente pequenos 
➛ Únicos ou múltiplos 
➛ Tem superfície interna lisa, 
sem massas vegetantes na luz 
➛ Conteúdo seroso, cristalino ou 
discretamente hemorrágico 
➛ O revestimento do cisto é composto por uma camada 
interna de células da granulosa e uma camada externa de 
células da teca luteinizadas 
Prognóstico: 
➛ Como podem produzir estrógenos, as vezes causam 
hiperestrogenismo e hemorragias uterinas acíclicas ou 
disfuncionais 
➛ Podem também favorecer torção do ovário 
➛ Os cistos foliculares regridem espontaneamente em dois 
ou três meses 
Patologia dos ovarios 
Ci Ovarian: 
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
Cistos luteínicos: 
➛ Originam-se de hemorragias dentro do corpo lúteo 
➛ Após a ovulação, ocorre a formação do corpo lúteo 
➛ Se houver fecundação, o corpo lúteo mantém a 
produção de estrogênio e progesterona por 14 semanas 
 ✓ Se não houver fecundação, o corpo lúteo regride em 
até 14 dias 
➛ Se a dissolução do corpo lúteo não ocorrer, pode resultar 
em um cisto do corpo lúteo 
➛ Sempre presentes durante a gravidez é geralmente se 
resolvem no final do primeiro trimestre 
Morfologia: 
➛ Geralmente cresce até 3cm 
➛ Borda espessa de tecido 
amarelo-brilhante 
➛ Células da granulosa luteinizadas 
Cistos endometrióticos: 
➛ Formas císticas de 
endometriose (pode apresentar 
outros focos) 
➛ 40 a 50 anos 
➛ Lesão pardo avermelhado 
(cistos de chocolate) 
➛ Epitélio e estroma do 
endométrio com áreas de 
hemorragia 
➛ Risco aumentado para carcinoma do endométrio e 
carcinoma endometrióide de ovário 
Exames diagnósticos: 
➛ Palpação dos ovários no exame bimanual deve ajudar a 
determinar a localização, forma, tamanho, consistência, nível 
de sensibilidade e mobilidade 
➛ Ultrassonografia transvaginal 
➛ Achados para cistos benignos em qualquer faixa etária são 
paredes finas e lisas e ausência de separações, componentes 
sólidos e fluxo interno ao doppler colorido 
➛ Doppler (presença de fluxo sanguíneo) 
➛ CA125 (para suspeita de malignidade) 
➛ Aparece como ovários aumentados com vários pequenos 
cistos foliculares 
➛ A SOP é um distúrbio endócrino comum em mulheres 
em idade fértil, constituindo uma fonte frequente de 
anovulação crônica 
Fatores de risco: 
➛ Fatores genéticos 
(Autossômico 
dominante) 
➛ Alterações na 
função hipotalâmica ou 
adrenal 
➛ Alteração de 
produção de GnRH 
➛ Alteração na 
liberação do LH e FSH 
➛ Hiperandrogenismo 
➛ Síndrome 
metabólica 
Manifestações clínicas: 
➛ Ovários policísticos 
➛ Irregularidade 
menstrual 
➛ Sinais de 
hiperandrogenismo 
(acne, excesso de pelos 
corporais, queda dos 
cabelos de padrão 
masculino) 
➛ Infertilidade 
➛ Anovulação crônica 
➛ Resistência insulínica 
➛ Acantose (Hiperinsulinemia) 
Síndrome do ovário policíico:
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
Fisiopatologia: 
➛ Aumento de LH: hiperandrogenismo -> impede o 
desenvolvimento do folículo 
➛ Diminuição de FSH: desenvolvimento lento do folículo e 
anovulação 
➛ Resistência insulinica - hiperinsulinemia 
➛ Ovários possuem receptores de insulina - 
hiperandrogenismo 
 ✓ LH regula a síntese de androgênio na teca 
 ✓ FSH regula a síntese de estrógenos na granulosa do 
folículo por meio da enzima aromatase 
 ✓ Aumento de LH: síntese preferencial de androgênios 
 
Morfologia: 
➛ Aparece como ovários 
aumentados com vários 
pequenos cistos foliculares 
➛ Superfície externa branca 
- ovo de galinha 
➛ Microscopia dos cistos 
foliculares com espessamento fibroso 
Diagnóstico: 
➛ Clínica 
➛ Ultrassonografia ou laparoscopia 
➛ Diferencial para hiperprolactinemia, hiperplasia suprarrenal 
de início tardio e tumores do ovário e das glândulas 
suprarrenais secretores de androgênios 
➛ Bioquímicos - glicemia em jejum, tolerância a glicose, 
níveis de insulina 
➛ Definida como a rotação parcial ou total do pedículo 
vascular ovariano que promove estase circulatória 
Manifestações clínicas: 
➛ Sintomatologia inespecifica 
➛ Abdome agudo 
➛ Difícil diagnóstico (crianças e adolescentes) 
➛ Dor repentina (inguinal migrando para todo abdome) 
➛ Náuseas e vômitos (70% dos casos) 
➛ Febre 
Fisiopatologia: 
➛ Indução da superovulação - volume dos ovários e número 
de folículos em desenvolvimento e de corpo lúteo resultante 
de punção folicular 
➛ A torção é idiopática 
➛ Inicialmente compromete o fluxo venoso seguido o 
arterial, o que provoca congestão, edema anemia, isquemia e 
necrose hemorrágica 
Morfologia: 
➛ Demonstra edema do pediculo e do ovario, falta de fluxo 
sanguineo e sinais 
indicativos de 
hemorragia); 
➛ Presença de ovário 
de aparência sólida, 
aumentado de volume, 
com estruturas císticas 
na periferia (folículos ou 
corpos lúteos), e edema 
no estroma. 
➛ O ovário acometido 
apresenta coloração preto-azulada durante a operação 
Diagnóstico: 
➛ Palpação dos ovários aumentados 
➛ Exame abdominal dificultado pela dor 
➛ Ultrassonografia - melhor método 
➛ Tomografia computadorizada 
➛ Doppler (ausência de vascularização) 
➛ Faz parte das doenças inflamatórias pélvicas crônicas (DIP) 
- DIP é uma infecção do trato genital superior 
 ✓ Afetam o endométrio, as tubas uterinas, os ovários e o 
peritônio pélvico 
➛ Inflamação do ovário 
Torção do Ovário: 
Ooforite:
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
Fatores de risco: 
➛ Hábito sexual 
➛ Infecção por bactérias anaeróbias - Clamídia e Gonorreia 
➛ Secundárias a DIP - normalmente inflamação da tuba 
uterina 
➛ Aborto 
➛ DIU não hormonal 
Manifestações clínicas: 
➛ Incidiosa. 
➛ Pode ser assintomático 
➛ Dor pélvica com febre (>38,3° C) ou corrimento intenso, 
que pode ter um odor fétido 
➛ Dor súbita na parte inferior do abdômen e pelve (bilateral) 
➛ Sensibilidade no colo úterino 
➛ Sangramento menstrual mais intenso que o normal 
➛ Sangramento entre os ciclos menstruais 
➛ Dor ou sangramento durante a relação sexual 
➛ Sensações de queimação ou dor ao urinar (Dificuldade 
para urinar) 
➛ Vômito. 
Fisiopatologia: 
➛ O canal endocervical encontra-se ligeiramente dilatado 
durante a menstruação, permitindo que as bactérias tenham 
acesso ao útero e a outras estruturas pélvicas. 
➛ Após penetrarem no trato reprodutivo superior, os micro- 
organismos multiplicam-serapidamente no ambiente favorável 
do endométrio em descamação e ascendem para a tuba 
uterina 
Morfologia: 
➛ Cicatriz (aderências) na superfície dos ovários 
normalmente quando em investigação de infertilidade 
➛ Abcesso 
Diagnóstico: 
➛ Histórico de infecções 
➛ Aumento de VHS, leucócitos e PCR 
➛ Sinais e sintomas - principalmente dor na parte inferior do 
abdome 
➛ Exame pélvico bimanual 
➛ Hipersensibilidade cervical e dos anexos 
➛ Presença de corrimento 
➛ Laparoscopia 
➛ Frequentes 
➛ Podem ser: benignas, malignas ou borderline 
➛ Maioria é benigna (80%) - 20 a 45 anos 
➛ Malignas - alta letalidade - 45 a 65 anos 
➛ Marcadores tumorais: CA-125 (epiteliais), AFP, Beta-HCG 
(germinativos) 
➛ Origem do epitélio superficial, das células germinativas, do 
estroma e cordão sexual 
Neoplasia maligna do ovário: 
➛ Lesões maiores que 10cm 
➛ Alta letalidade - difícil diagnóstico 
 ✓ Taxa de sobrevida 5 anos 
 ✓ Descoberta de metástase antes 
➛ Classificação das neoplasias com base no tecido de 
origem: 
 ✓ Tumores epiteliais 
 ✓ Tumores de células germinativas 
 ✓ Tumores de estroma gonodal e cordão sexual 
Nplasias ovarianas:
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
Fatores de risco: 
➛ Nuliparidade e baixa utilização de contraceptivos orais - 
favorecem ovulações múltiplas, com possível perda da 
integridade do epitélio de revestimento, seguida de 
regeneração, mutação e malignidade 
➛ Histórico familiar 
➛ Laqueadura reduz o risco 
➛ BRCA-1 e BRCA-2 (genes supressores tumorais): 
 ✓ Classicamente associada ao câncer de mama 
 ✓ Encontrado mutação BRCA-1 em 5% dos cânceres de 
ovário 
 ✓ 50% dos casos com alteração no BRCA-1 desenvolve 
tumor entre 49-53 anos 
 ✓ Em menor percentual o BRCA-2 causa tumor entre 
55-58 anos 
Tumores epiteliais: 
➛ Cerca de 70% dos casos de tumores de ovário 
➛ Tendem a ser bilaterais 
➛ Tipo 1: 
 ✓ Tumores de baixo grau que frequentemente surgem 
em associação com tumores borderline ou endometriose 
 ✓ Mutação nos genes K-RAS (mucinoso), BRAF e PTEN 
(endometrioide) 
 ✓ Crescimento lento 
➛ Tipo 2: 
 ✓ Mais frequentemente carcinomas serosos de alto grau 
que surgem a partir do carcinoma seroso intraepitelial tubário 
 ✓ Mutação BRCA-1 e BRCA-2, TP53 
 ✓ Agressivo com pior prognóstico 
➛ Classificação de acordo com o tipo histológico: 
 ✓ Tumores serosos 
 ✓ Tumores mucinosos 
 ✓ Tumores endometrioides 
Tumores serosos: 
➛ Geralmente cístico e revestidos por epitélio colunar ciliado 
(tipo tubário) 
➛ 30% de todos os tumores (benigno, maligno e borderline) 
de ovário (tipo mais comum) 
➛ Benigno (cistadenoma seroso) ou borderline: 
 ✓ 60% benigno e 10% borderline 
 ✓ Comuns entre 20-45 anos 
 ✓ Assintomáticos 
 ✓ Lesão volumosa ou maligna pode causar dor aguda 
quando associado a torção 
➛ Maligno (cistadenocarcinoma): 
 ✓ 30% malignos 
 ✓ Comum em idades avançadas 
 ✓ Tipo 1 e tipo 2 
Cistadenoma seroso benigno: 
➛ Apresenta-se como neoplasia cística 
➛ Uni ou multiloculada 
➛ Diâmetro entre 5 e 20 cm 
➛ Parede fina 
➛ Superfície interna lisa 
➛ Conteúdo seroso, em geral cristalino ou citrino 
➛ Bilateral (20%) 
➛ Cistos revestidos por epitélio colunar simples, ciliado e sem 
atipias, podendo existir papilas pequenas 
Implantes na cavidade peritoneal: 
- Borderline geralmente produzem implantes 
superficiais sem caráter infiltrativas (não invasivo/
melhor prognóstico) 
- Carcinomas de tipo 2 produzem implantes invasivos 
(evolução clínica mais rápida e pior prognóstico) 
- Sobrevida de 5 anos em 70% dos casos de 
carcinoma seroso e de 100% para borderline 
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
Cistoadenocarcinoma seroso maligno ou 
borderline: 
➛ Maior número de excrescências papilíferas internas e/ou 
externas 
➛ Parede de espessura irregular 
➛ Áreas sólidas e nodularidade na cápsula, que pode 
estar rompida 
➛ Encontram-se também áreas de necrose e hemorragia 
➛ Bilateral (60%) 
➛ Borderline -> Exibe papilas mais complexas, ramificadas 
(arboriformes), revestidas por epitélio estratificado e atípico, 
mas sem invasão do estroma 
➛ Cistoadenocarcinoma maligno -> Nítida invasão do 
estroma, atipias celulares mais acentuadas e mitoses 
frequentes, podendo existir papilas, ninhos, trabéculas e 
pseudoácinos. 
Tumores mucinosos: 
➛ Raros antes da puberdade e após a menopausa 
➛ Ocorrem entre 40-50 anos de idade 
➛ Mutação do proto-oncogene KRAS 
➛ 20% dos tumores de ovário 
➛ Normalmente unilateral 
➛ Benigno, borderline e maligno 
➛ Prognóstico melhor 
Cistadenoma Mucinoso benigno: 
➛ Unilateral 
➛ Representam 75% 
➛ Formam massas císticas 
multiloculadas 
➛ Conteúdo gelatinoso 
➛ Podem atingir até 50 kg 
➛ Cistos revestidos por 
epitélio colunar 
mucossecretor (semelhante 
ao gastrointestinal) 
➛ Sem atipias, podendo haver discreta pseudoestratificação 
Borderline: 
➛ Baixo potencial de 
malignidade 
➛ Representam 
10% 
➛ Epitélio com 
grau variável de 
estratificação 
➛ Formação de 
Pseudomixoma peritoneal 
- Caso ruptura de cistadenoma ou disseminação de 
borderline ou maligna 
liberando células e 
muco no peritônio 
(ascite mucinosa), 
formam implantes e 
aderências entre as 
vísceras. 
- Obstrução intestinal/
morte. 
- Pode ser 
extraovariana (adivindo 
principalmente apendice) 
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
vilos ou papilas e atipias nucleares 
➛ Sem invasão do estroma 
➛ Encontrados “lagos” acelulares de muco (pseudomixoma 
ovarii) 
Carcinoma mucinoso maligno: 
➛ Bilateral 
➛ Representam 15% 
➛ Contido ao ovário, 
raramente tumores avançados 
➛ Apresentam áreas sólidas 
➛ Necrose 
➛ Nodularidade capsular 
➛ Crescimento infiltrativo 
➛ Atipias nucleares 
➛ Numerosas mitoses 
➛ Padrões de lesão benigna, maligna e invasiva num mesmo 
tumor 
Tumores De células germinativas: 
➛ 20% dos tumores 
de ovário 
➛ Presente em 
mulheres mais jovens 
- quando mais jovem, 
maior a chance de 
malignidade 
➛ Podem seguir 
várias linhagens de 
diferenciação, 
produzindo neoplasias análogas às do testiculo 
➛ Principais neoplasias deste grupo são os teratoma 
➛ Surge a partir de um ovócito depois da primeira divisão 
meiotica, enquanto uma minoria surge antes da primeira 
divisão 
Teratomas: 
➛ Caracterizam por produzir tecidos derivados dos três 
folhetos embrionários (ectoderma, mesoderma e endoderma) 
➛ Podem ser: 
 ✓ Teratoma maduro 
 ✓ Teratoma imaturo 
 ✓ Teratoma monodermico ou especializado 
Teratoma maduro: 
➛ Cistos dermoides (normalmente benigno) 
➛ Revestidos por 
estruturas semelhantes a 
pele 
➛ Idade reprodutiva 
(média 32 anos) 
➛ Diagnóstico ao acaso 
➛ Bilateral (10-15%) 
➛ Cisto 5-15cm 
➛ Unilocular 
➛ Parede fibrosa 
➛ Contendo pelo, sebo e talvez dentes e ossos 
➛ Encontram-se vários tipos de tecidos e estruturas 
organoides derivados dos três folhetos embrionários 
➛ Pele com anexos pilossebáceos, outros epitélios de 
revestimento e glandular, cartilagem, tecidos musculares etc 
Teratoma imaturo: 
➛ Neoplasia maligna pouco frequente 
➛ Tecidos imaturos, derivados 
de um ou mais folhetos 
embrionários - lembram o 
tecido embrionário imaturo 
➛ Normalmente por volta 
dos 18 anos 
➛ Volumosos 
➛ Superfície externa lisa 
➛ Aparência sólida aos cortes 
➛ Pode apresentar pelo e 
sebo 
➛ Cartilagem e calcificação 
➛ Área de necrose e hemorragias 
➛ Mistura de tecidos indiferenciados/imaturos (mais comum 
o neuroectodérmico) 
➛ Áreas com cartilagem imatura, osteoide e rabdomioblastos 
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
➛ Quanto mais componentes imaturos, pior é o prognóstico 
Teratoma monodérmico ou especializado: 
➛ Tumores raros, dos quais os mais comuns são: 
 ✓ Struma ovarii - inteiramente composto por tecido 
tireoide maduro (causa hipertireoidismo) 
 ✓ Carcinoide ovariano 
 - Surge a partir do tecido intestinal encontrado em 
teratomas 
 - Funcional quando maior que 7cm (síndrome carcinoide) 
 - Diferente do carcinoide intestinal (tumor neuroendócrino) 
quee bilateral quando metástase 
➛ Sempre unilaterais 
Tumores De estroma gonodal e 
cordão sexual: 
➛ Os ovários são derivados dos cordões sexuais da gônada 
embrionário 
➛ O mesênquima gonadal (sem diferenciação) produz nas 
gônadas de homens (Sertoli e Leydig) e nas mulheres 
(granulosa e teca) 
➛ Estas neoplasias ovarianas são derivadas do estroma do 
ovário 
➛ Tumores que lembram todos esses tipos celulares podem 
ser identificados no ovário 
➛ São denominados tumores feminilizantes (células tumorais 
da granulosa/teca), e masculinizantes (tumores das células de 
Leydig) 
Tumores de células da granulosa: 
➛ Todos são potencialmente malignos 
➛ Tumor composto por células que lembram as células da 
granulosa de um folículo ovariano em desenvolvimento 
➛ Tipos 
 ✓ Adulto (95% dos tumores de granulosa) - relacionado 
com doença proliferativa de mamas, hiperplasia endometrial e 
carcinoma endometrial 
 ✓ Juvenil - desenvolvimento sexual precoce 
➛ Juntas, representam 5% de todos os tumores ovarianos 
➛ 2/3 ocorrem em pós menopausa 
➛ Produz grande quantidade de estrogênio 
➛ Produz malignidade de baixo grau 
➛ Unilaterais 
➛ Podem ser microscópicos ou 
grandes - massas encapsuladas, 
sólidas e cisticas 
➛ Amarelados na superfície 
(lípidios) quando hormonalmente 
ativos 
➛ Pode apresentar áreas de 
necrose e hemorragia 
➛ As células pequenas, 
cuboides a poligonais, crescem em cordões, lençóis ou faixas 
anastomosantes 
➛ Recorrência em 10-20 anos 
➛ Sobrevida em 5 anos - 85% 
➛ Marcador tumoral - níveis serícos elevados de inibina 
(produto da granulosa) estão associados a tumores do 
estroma do cordão sexual e mutações do gene FOXL2 em 
97% dos tumores de células da granulosa do tipo adulto 
Fibromas, tecomas e fibrotecomas: 
➛ Tumores originados do estroma ovariano; 
➛ Comuns e representam cerca de 4% de todos os 
tumores do ovário. 
➛ Fibromas: compostos por fibroblastos 
 ✓ Unilaterais 
 ✓ Massas sólidas, 
esféricas ou 
discretamente lobuladas, 
encapsuladas, duras, cinza-
esbranquiçadas, cobertas 
pela serosa ovariana 
intacta e brilhante 
 ✓ Fibroblastos bem 
diferenciados, entremeados por escasso estroma colagenoso 
 ✓ Pode ser encontrado células diferenciadas tecais 
 ✓ Manifestações clínicas: fibromas são hormonalmente 
inativos, dor pelvica, ascite (40% dos casos > 6 cm), 
raramente hidrotórax (lado direito) 
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
➛ Tecomas: células fusiformes amplas com gotículas lipídicas 
 ✓ Tecomas “puros” hormonalmente ativos (raros) 
 ✓ Produz estrogênos com risco para hiperplasia e câncer 
do endométrio 
 ✓ Trata-se de 
tumor benigno, 
sólido, encapsulado, 
firme, de coloração 
róseo-amarelada, às 
vezes vermelho-
tijolo (tumor bem 
colorido) 
 ✓ É constituído 
por células da teca dispostas em feixes, simulando fibroma 
 ✓ Pode apresentar gotículas lipídicas no citoplasma (células 
claras) 
➛ Fibrotecomas: misto dos dois tipos de células 
Tumor e d células de Sertoli-Leydig: 
➛ Semelhante, histologicamente, ao testículo embrionário/
fetal (raro) 
➛ 20-30 anos. 
➛ Tumor 
masculinizante 
➛ Baixo potencial 
maligno 
➛ Jovens e adultos 
➛ Amenorreia, 
hipertrofia do clitóris, 
hirsutismo, acne e 
alterações da voz (sinais 
tipicos) 
➛ Mutações no DICER1 (codifica endonucleases essencial para 
o processamento correto de micro-RNAs) 
➛ Metástase em menos de 5% dos casos 
➛ Superfície de corte geralmente é sólida e varia de cinza a 
um castanho- dourado 
➛ Parece tumor das células da granulosa 
➛ A neoplasia apresenta vários padrões histológicos, 
dependendo do grau de diferenciação: 
 ✓ Padrão tubular (bem diferenciado) 
 ✓ Padrão misto (tipo intermediário) 
 ✓ Padrão secretor de esteroides (lipídeos) 
 ✓ Padrão retiforme (semelhante à rete testis) 
 ✓ Padrão sólido (Indiferenciado) 
Diagnóstico geral das neoplasias 
ovarianas: 
- Quando sintomáticos: distensão abdominal, massa 
palpável, desconforto pélvico e dor abdominal baixa 
- Queixas urinárias ou digestivas podem estar 
associadas 
- CA125 (pouco específico) 
- Beta-HCG e Alfa-Fetoproreina (tumores 
germinativos - pós operatório) 
- Alfa-Inibina (tumores do cordão sexual 
- Ultrassonografia transvaginal

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