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SOC 20 DIREITOS HUMANOS II

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DIREITOS HUMANOS
SOCIOLOGIA20
PRÉ-VESTIBULAR 1PROENEM.COM.BR
A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS 
DIREITOS HUMANOS
“Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, 
na Carta da ONU, sua fé nos direitos humanos fundamentais, na 
dignidade e no valor do ser humano e na igualdade de direitos entre 
homens e mulheres, e que decidiram promover o progresso social 
e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla,… a 
Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos 
Diretos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os 
povos e todas as nações…” (Preâmbulo da Declaração Universal 
dos Direitos Humanos - DUDH, 1948).
Esse texto introdutório sinaliza o ponto essencial em torno da 
igualdade entre os seres humanos e a valorização da liberdade e 
da dignidade como valores fundamentais. É importante apontar 
que a DUDH não se estabelece como uma legislação ou código 
de ordenamentos jurídicos a serem adotados por todos os países 
signatários, mas, como o próprio texto diz, um “ideal comum” a 
ser alcançado, um norte a orientar as ações das nações, povos e 
Estados.
Eleanor Roosevelt com o texto em inglês da 
Declaração Universal dos Direitos Humanos
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/24/Eleanor_Roosevelt_UDHR.jpg
Para o ENEM é fundamental o entendimento dos trinta artigos 
da Declaração Universal dos Direitos Humanos realizada pela 
ONU uma vez que, como dito, a partir dela as nações e Estados 
signatários (e aqueles que aderiram posteriormente) basearam-
se para coordenar políticas públicas, novas legislações, relações 
internacionais, ou seja, todo um conjunto de práticas orientadas 
pela DUDH.
Artº 1º - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em 
dignidade e em direitos, dotados de razão e de consciência, devem 
agir uns para com os outros num espírito de fraternidade.
Artº 2º - Cada qual pode valer-se de todos os direitos e de todas 
as liberdades proclamadas na presente Declaração, sem distinção 
nenhuma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de 
religião, de opinião política ou de qualquer outra opinião, de origem 
nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra 
situação. Além disso, não se fará qualquer distinção fundida no 
estatuto político, jurídico ou internacional do País ou do território 
a que pertencer qualquer pessoa, quer este País ou território seja 
independente, sob tutela, não autônomo ou submetido a uma 
limitação qualquer de soberania.
Artº 3º - Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à 
segurança social.
Artº 4º - Ninguém será detido em escravatura ou servidão; a 
escravatura e trato dos escravos são proibidos sob todas as suas 
formas.
Artº 5º - Ninguém será submetido à tortura, nem a castigos ou 
tratamentos cruéis, desumanos e degradantes.
Artº 6º - Cada qual tem direito a que lhe reconheçam em todos 
os lugares a sua personalidade jurídica.
Artº 7º - Todos são iguais perante a lei e têm direito sem 
distinção a igual proteção da lei. Todos têm direito a proteção igual 
contra toda a discriminação.
Artº 8º - Toda a pessoa tem direito a um recurso efetivo perante 
as jurisdições nacionais competentes contra os atos que viole os 
direitos fundamentais que lhes são reconhecidos pela constituição 
ou pela lei.
Artº 9º - Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido 
nem exilado.
Artº 10º - Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, 
a que a sua causa seja ouvida equitativamente e publicamente 
por um tribunal independente e imparcial que decidirá, quer 
dos seus direitos e obrigações, quer do bem fundado de toda a 
acusação em matéria penal dirigida contra ela.
Artº 11º 1 - Toda a pessoa acusada de um ato delituoso se 
presume inocente até que a sua culpabilidade tenha sido legalmente 
estabelecida no decurso de um processo público em que todas as 
garantias necessárias à sua defesa lhe forem asseguradas.
2 - Ninguém será condenado por acusações ou omissões 
que, no momento em que foram cometidas não constituam um 
ato delituoso, segundo o direito nacional ou internacional. Da 
mesma forma não será infligida pena mais grave do que a que 
era aplicável no momento em que o ato delituoso foi cometido.
Artº 12º - Ninguém será objeto de intromissões arbitrárias na 
sua vida privada, na família, domicílio ou correspondência, nem 
de atentados à honra ou reputação. Toda a pessoa tem direito à 
proteção da lei contra tais intromissões ou atentados.
Artº 13º - 1 - Toda a pessoa tem direito de circular 
livremente e escolher a sua Residência no interior de um 
Estado.
2 - Toda a pessoa tem direito de abandonar qualquer país, 
inclusivamente o seu, e de regressar ao seu país.
Artº 14º - 1 - Perante a perseguição, toda a pessoa tem 
direito de buscar asilo e de beneficiar de asilo noutros países.
2 - Este direito não pode ser invocado no caso de perseguições 
realmente fundadas num crime de direito comum ou em atuações 
contrárias aos fins e aos princípios das Nações Unidas.
Artº 15º - 1 - Todo o indivíduo tem direito a uma nacionalidade.
2 - Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua 
nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade.
Artº 16 º - 1 - A partir da idade núbil, o homem e a mulher, 
sem nenhuma restrição quanto à raça, nacionalidade ou religião, 
têm o direito de se casar e de fundar uma família. Têm direitos 
iguais perante o matrimônio e atuando da sua dissolução.
2 - O matrimônio só pode ser contraído com livre vontade e 
pleno consentimento dos futuros esposos.
3 - A família é o elemento natural e fundamental da sociedade 
e do Estado.
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR2
SOCIOLOGIA 20 DIREITOS HUMANOS
Artº 17º - 1 - Toda a pessoa quer sozinha, quer em coletividade, 
tem direito à propriedade.
2 - Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua 
propriedade
Artº 18º - Toda a pessoa tem direito à liberdade de 
pensamento, de consciência e de religião; este direito implica 
a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como 
a liberdade de manifestar a sua religião ou convicção só ou em 
comum, tanto em público como em particular, pelo ensino, as 
práticas, o culto e a realização dos ritos.
Artº 19º - Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e 
de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado por suas 
opiniões e o de buscar, de receber e espalhar, sem considerações 
de fronteiras, as informações e as ideias por quaisquer meios de 
expressão.
Artº 20 º - 1 - Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião 
e de associação pacíficas.
2 - Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma 
associação.
Artº 21º - 1- Toda a pessoa tem direito a tomar parte na direção 
dos negócios públicos do seu país, quer diretamente, quer por 
intermédio de representantes livremente escolhidos.
2 - Toda a pessoa tem direito de acesso em condições de 
igualdade às funções públicas do seu país.
3 - A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos 
poderes públicos; esta vontade deve exprimir-se por eleições 
honestas que devem ter lugar periodicamente por sufrágio 
universal igual e voto secreto, ou segundo um processo equivalente 
que assegure a liberdade do voto.
Artº 22º - Toda a pessoa, enquanto membro da sociedade, tem 
direito à segurança social, esta baseia-se em alcançar a satisfação 
dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua 
dignidade e a livre desenvolvimento da sua personalidade, graças 
ao esforço nacional e à cooperação internacional, consoante a 
organização e os recursos de cada país.
Artº 23º - 1 - Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre 
escolha do seu trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de 
trabalho e à proteção contra o desemprego.
2 - Todos tem direito, sem discriminação, a um salário igual por 
um trabalho igual.
3 - O que trabalha tem direito a uma remuneração equitativa 
e satisfatória que lhe garanta, bem como à família, uma existência 
conforme à dignidade humana, e completada, a dar-se o caso, por 
todos os outros meios de proteção social.
4 - Toda apessoa tem direito de fundar, com outros, sindicatos 
e de se filiar em sindicatos para a defesa dos seus interesses.
Artº 24º - Toda a pessoa tem direito ao repouso e ao descanso 
e, nomeadamente, a uma limitação razoável da duração do trabalho 
e a feriados pagos periódicos.
Artº 25º - 1 - Toda a pessoa tem direito a um nível de vida 
suficiente para assegurar a saúde, o seu bem-estar e o da 
família, nomeadamente quanto à alimentação, o  vestuário, 
a habitação, a assistência médica, assim como quanto aos 
serviços sociais necessários; tem direito à segurança em caso 
de desemprego, de doença, de invalidez, de viuvez, de velhice ou 
nos outros casos de perda dos seus meios de subsistência por 
circunstâncias independentes da sua vontade.
2 - A maternidade e a infância têm direito a uma ajuda e 
uma assistência especiais. Todas as crianças, nascidas quer no 
matrimônio, quer fora dele, gozam da mesma proteção social.
Artº 26º - 1 - Toda a pessoa tem direito à educação. 
A  educação deve ser gratuita, pelo menos no que concerne 
ao ensino elementar e fundamental. O ensino elementar é 
obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; 
o acesso aos estudos superiores deve estar aberto e plena 
igualdade a todos em função do seu mérito.
2 - A educação deve visar ao pleno desabrochamento da 
personalidade humana e ao reforço do respeito dos direitos 
do homem e das liberdades fundamentais. Deve favorecer a 
compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos 
os grupos raciais ou religiosos, assim como o desenvolvimento das 
atividades das Nações Unidas para a manutenção da paz.
3 - Os pais têm, por prioridade, o direito de escolher o gênero de 
educação a dar aos seus filhos.
Artº 27º - 1- Toda a pessoa tem direito de tomar parte livremente 
na vida cultural da comunidade, de cultivar as artes e participar no 
progresso científico e nos benefícios que dela promanam.
2 - Cada qual tem direito à proteção dos benefícios morais 
e materiais que deriva de toda a produção científica, literária ou 
artística de que é autor.
Artº 28º - Toda a pessoa humana tem direito a que reine, no 
plano social e no plano internacional, uma ordem tal que os direitos 
e liberdades enunciados na presente Declaração possam encontrar 
pleno efeito.
Artº 29º - 1 - O indivíduo tem deveres para com a comunidade 
onde somente o livre desenvolvimento da sua personalidade é 
possível.
2 - No exercício dos seus direitos e no gozo das suas 
liberdades, cada qual só está sujeito às limitações estabelecidas 
pela lei exclusivamente em vista de assegurar o reconhecimento 
e o respeito dos direitos e liberdades de outrem, e a fim de 
satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e do 
bem-estar geral numa sociedade democrática.
3 - Estes direitos e liberdades não poderão em caso algum 
exercer-se contrariamente aos fins e aos princípios das Nações 
Unidas.
Artº 30º - Nenhuma disposição da presente Declaração pode 
ser interpretada como implicando para um Estado, um grupo ou 
indivíduo, um direito qualquer para se entregar a uma atividade ou 
praticar um ato que vise à destruição dos direitos e liberdades nela 
enunciados.
Os direitos humanos são um objetivo universal, um patamar e 
limiar que devem ser aplicados em todas as nações que participam 
da ONU, sabe-se que nem sempre são plenamente aplicados, 
mas sua efetivação é gradual e depende do esforço de todos os 
indivíduos e instituições envolvidas no processo social e jurídico. 
No vestibular ele pode ser cobrado tanto em formato de questão, 
tratando de sua elaboração ao longo da história, mas torna-se 
também fundamental para elaboração da redação, momento da 
prova que o discurso do aluno não deve em nenhum momento ferir 
aquilo estabelecido da declaração efetivada pela ONU.
PROTREINO
EXERCÍCIOS
01 Aponte o significado de “ONU”. 
02. Recorde o contexto histórico da construção da Declaração 
Universal dos Direitos Humanos.
03. Descreva o que representa a expressão “ideal comum” ao se 
falar da DUDH. 
04. Relate o que significa um “país signatário” da DUDH.
05. Defina a ideia de “dignidade da pessoa humana”.
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
20 DIREITOS HUMANOS
3
SOCIOLOGIA
PROPOSTOS
EXERCÍCIOS
01. (ENEM)
Cúpula dos Povos começa como contraponto à Rio+20
Enquanto a conferência oficial no Riocentro, na Barra, é restrita 
a participantes credenciados, que só entram depois de passar por 
um forte controle de segurança, a Cúpula dos Povos é aberta ao 
público, em tendas ao ar livre no Aterro do Flamengo. Ela é aberta 
também às tribos e discussões mais diversas, em mesas de debate 
e painéis geridos pelos próprios participantes, buscando promover a 
mobilização social. Problemas ambientais, econômicos, sociais, 
políticos e de minorias serão discutidos no evento, afirma uma 
ativista norte-americana, em alusão ao movimento que ocupou 
Wall Street, em Nova York, no ano passado.
Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 14 ago. 2012
Uma articulação entre as agendas ambientalistas e a antiglobali-
zação indica a
a) humanização do sistema capitalista financeiro.
b) consolidação do movimento operário internacional.
c) promoção de consenso com as elites políticas locais.
d) constituição de espaços de debates transversais globais.
e) construção das pautas com os partidos políticos socialistas
02. (ENEM)
O cartum evidencia um desafio que o tema de inclusão social 
impõe às democracias contemporâneas. Esse desafio exige a 
combinação entre
a) participação política e formação profissional diferenciada.
b) exercício da cidadania e políticas de transferência de renda.
c) modernização das leis e ampliação do mercado de trabalho.
d) universalização de direitos e reconhecimento das diferenças.
e) crescimento econômico e flexibilização dos processos 
seletivos.
03. (UNICAMP) “O Plenário da Câmara aprovou, em segundo turno, 
a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 438/01, do Senado, 
que permite a expropriação de imóveis rurais e urbanos onde a 
fiscalização encontrar exploração de trabalho escravo, e os destina 
à reforma agrária e a programas de habitação popular. A proposta 
é oriunda do Senado e, como foi modificada na Câmara, volta para 
exame dos senadores”.
“Aprovada PEC do trabalho escravo”. Notícias online no sítio da Comissão Pastoral 
da Terra. Disponível em http://www.cptnacional.org.br/index.php/ noticias/49-
trabalhoescravo/1099-aprovada-pec-do-trabalho-escravo.Acessado em 04/08/2012.
Embora o Brasil esteja plenamente inserido na era da denominada 
sociedade digital e do consumo, e a população tenha conquistado 
algumas garantias para o exercício de sua cidadania, o país ainda 
enfrenta relações de exploração de trabalho análogas às do 
período da escravidão. Sobre o trabalho escravo no Brasil, pode-
se afirmar que:
a) É uma prática mantida por fazendeiros do interior do Brasil que, 
embora registrem em carteira seus funcionários, não realizam 
de maneira adequada o pagamento de um salário mínimo, 
conforme obriga a lei em vigor.
b) As relações de exploração de trabalho análogas à escravidão 
são identificadas pelos fiscais do Ministério do Trabalho 
apenas em regiões distantes dos grandes centros urbanos, 
onde a presença do Estado é precária.
c) É uma prática mais comum nas fazendas de produção de 
carvão e de criação de gado do interior do Brasil, sendo quase 
inexistente nas fazendas modernas de produção de grãos e de 
cana-de-açúcar.
d) Relações de exploração de trabalho análogas à escravidão 
ainda são encontradas em diferentes partes do país, tanto em 
áreas rurais quanto em áreas urbanas.
04 . (ENEM) Palestinos se agruparam em frente a aparelhos de 
televisão e telas montadas ao ar livre em Ramalah, na Cisjordânia, 
para acompanhar o voto da resolução que pedia o reconhecimento 
da chamada Palestina como um Estado observador não membro 
da Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo era esperar 
pelo nascimento, ao menos formal, de um Estado palestino. Depois 
da aprovação da resolução,centenas de pessoas foram à praça 
da cidade com bandeiras palestinas, soltaram fogos de artifício, 
fizeram buzinaços e dançaram pelas ruas. Aprovada com 138 
votos dos 193 da Assembleia-Geral, a resolução eleva o status do 
Estado palestino perante a organização.
Palestinos comemoram elevação de status na ONU com bandeiras e fogos. 
Disponível em: http://folha.com. Acesso em: 4 dez. 2012 (adaptado).
A mencionada resolução da ONU referendou o(a)
a) delimitação institucional das fronteiras territoriais.
b) aumento da qualidade de vida da população local.
c) implementação do tratado de paz com os israelenses.
d) apoio da comunidade internacional à demanda nacional.
e) equiparação da condição política com a dos demais países.
05. (ENEM - LIBRAS) Com o fim da Ditadura, os movimentos 
populares tiveram maior participação na formulação dos 
programas governamentais para a reforma urbana. Porém, o 
direito à moradia só é expresso no corpo da Constituição por meio 
de emenda, em 2000, que alterou o conteúdo do art. 6º, que trata 
dos direitos sociais. Na década de 1990 começou a tramitar um 
projeto de lei que levou mais de dez anos para ser aprovado, tendo 
como resultado o Estatuto da Cidade. Essa lei instrumentaliza os 
municípios para a garantia do pleno desenvolvimento das funções 
sociais e ambientais da cidade e da propriedade.
HOLZ, S.; MONTEIRO, T. V. A. M. Disponível em: www.sociologia.ufsc.br. 
Acesso em: 7 maio 2013 (adaptado).
A aprovação do referido estatuto responde à necessidade de
a) democratização do uso do solo.
b) ampliação de áreas construídas.
c) diversificação do parque nacional.
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR4
SOCIOLOGIA 20 DIREITOS HUMANOS
d) expansão do transporte individual.
e) centralização de recursos financeiros.
06. (ENEM) Texto I
Mais de 50 mil refugiados entraram no território húngaro apenas 
no primeiro semestre de 2015. Budapeste lançou os “trabalhos 
preparatórios” para a construção de um muro de quatro metros de 
altura e 175 km ao longo de sua fronteira com a Sérvia, informou o 
ministro húngaro das Relações Exteriores. “Uma resposta comum 
da União Europeia a este desafio da imigração é muito demorada, e 
a Hungria não pode esperar. Temos que agir”, justificou o ministro.
Disponível em: www.portugues.rfi.fr. Acesso em: 19 jun. 2015 (adaptado).
Texto II
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados 
(ACNUR) critica as manifestações de xenofobia adotadas pelo 
governo da Hungria. O país foi invadido por cartazes nos quais 
o chefe do executivo insta os imigrantes a respeitarem as leis e 
a não “roubarem” os empregos dos húngaros. Para o ACNUR, a 
medida é surpreendente, pois a xenofobia costuma ser instigada 
por pequenos grupos radicais e não pelo próprio governo do país.
Disponível em: http://pt.euronews.com. Acesso em: 19 jun. 2015 (adaptado).
O posicionamento governamental citado nos textos é criticado pelo 
ACNUR por ser considerado um caminho para o(a)
a) alteração do regime político.
b) fragilização da supremacia nacional.
c) expansão dos domínios geográficos.
d) cerceamento da liberdade de expressão.
e) fortalecimento das práticas de discriminação.
07. (ENEM) A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e 
proclamada pela Assembleia Geral da ONU na Resolução 217-A, de 
10 de dezembro de 1948, foi um acontecimento histórico de grande 
relevância. Ao afirmar, pela primeira vez em escala planetária, o papel 
dos direitos humanos na convivência coletiva, pode ser considerada 
um evento inaugural de uma nova concepção de vida internacional.
LAFER, C. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). In: MAGNOLI, D. (Org.) 
História da paz. São Paulo: Contexto, 2008.
A declaração citada no texto introduziu uma nova concepção nas 
relações internacionais ao possibilitar a
a) superação da soberania estatal.
b) defesa dos grupos vulneráveis.
c) redução da truculência belicista.
d) impunidade dos atos criminosos.
e) inibição dos choques civilizacionais.
08. (FUVEST) [...] a Declaração Universal representa um fato novo 
na história, na medida em que, pela primeira vez, um sistema 
de princípios fundamentais da conduta humana foi livre e 
expressamente aceito, através de seus respectivos governos, pela 
maioria dos homens que vive na Terra. Com essa declaração, um 
sistema de valores é – pela primeira vez na história – universal, 
não em princípio, mas de fato, na medida em que o consenso sobre 
sua validade e sua capacidade de reger os destinos da comunidade 
futura de todos os homens foi explicitamente declarado. [...] 
Somente depois da Declaração Universal é que podemos ter a 
certeza histórica de que a humanidade – toda a humanidade – 
partilha alguns valores comuns; e podemos, finalmente, crer na 
universalidade dos valores, no único sentido em que tal crença 
é historicamente legítima, ou seja, no sentido em que universal 
significa não algo dado objetivamente, mas algo subjetivamente 
acolhido pelo universo dos homens.
N. Bobbio. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
A Declaração Universal mencionada no texto
a) foi instituída no processo da Revolução Francesa e norteou os 
movimentos feministas, sufragistas e operários no decorrer do 
século XIX.
b) assemelhou-se ao universalismo cristão, que também resultou 
no estabelecimento de um conjunto de valores partilhado pela 
humanidade.
c) desenvolveu-se com a inclusão de princípios universais pelos 
legisladores norte-americanos e influenciou o abolicionismo 
nos Estados Unidos.
d) foi aprovada pela Organização das Nações Unidas e serviu 
como referência para grupos que lutaram pelos direitos de 
negros, mulheres e homossexuais na década de 1960.
e) originou-se do jusnaturalismo moderno e consolidou-se com 
o movimento ilustrado e o despotismo esclarecido ao longo do 
século XVIII.
09. (ENEM) Após a Declaração Universal dos Direitos Humanos pela 
ONU, em 1948, a Unesco publicou estudos de cientistas de todo o 
mundo que desqualificaram as doutrinas racistas e demonstraram 
a unidade do gênero humano. Desde então, a maioria dos próprios 
cientistas europeus passou a reconhecer o caráter discriminatório 
da pretensa superioridade racial do homem branco e a condenar as 
aberrações cometidas em seu nome.
SILVEIRA, R. Os selvagens e a massa: papel do racismo científico na 
montagem da hegemonia ocidental. Afro-Ásia, nº 23, 1999(adaptado).
A posição assumida pela Unesco, a partir de 1948 foi motivada por 
acontecimentos então recentes, dentre os quais se destacava o(a) 
a) ataque feito pelos japoneses à base militar americana de Pearl 
Harbor.
b) desencadeamento da Guerra Fria e de novas rivalidades entre 
nações.
c) morte de milhões de soldados nos combates da Segunda 
Guerra Mundial.
d) execução de judeus e eslavos presos em guetos e campos de 
concentração nazistas.
e) lançamento de bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki 
pelas forças norte-americanas.
10. (ENEM) O marco inicial das discussões parlamentares em 
torno do direito do voto feminino são os debates que antecederam 
a Constituição de 1824, que não trazia qualquer impedimento ao 
exercício dos direitos políticos por mulheres, mas, por outro lado, 
também não era explícita quanto à possibilidade desse exercício. 
Foi somente em 1932, dois anos antes de estabelecido o voto aos 
18 anos, que as mulheres obtiveram o direito de votar, o que veio a 
se concretizar no ano seguinte. Isso ocorreu a partir da aprovação 
do Código Eleitoral de 1932.
Disponível em: http://tse.jusbrasil.com.br.Acesso em: 14 maio 2018.
Um dos fatores que contribuíram para a efetivação da medida 
mencionada no texto foi a
a) superação da cultura patriarcal.
b) influência de igrejas protestantes.
c) pressão do governo revolucionário.
d) fragilidade das oligarquias regionais.
e) campanha de extensão da cidadania.
11. (ENEM) Tendo encarado a besta do passado olho no olho, tendo 
pedido e recebido perdão e tendo feito correções, viremos agora a 
página – não para esquecê-lo, mas para não deixá-lo aprisionar-
nos para sempre.Avancemos em direção a um futuro glorioso 
de uma nova sociedade sul-africana, em que as pessoas valham 
não em razão de irrelevâncias biológicas ou de outros estranhos 
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
20 DIREITOS HUMANOS
5
SOCIOLOGIA
atributos, mas porque são pessoas de valor infinito criadas à 
imagem de Deus.
Desmond Tutu, no encerramento da Comissão da Verdade na África do Sul. 
Disponível em: http://td.camara.leg.br. Acesso em: 17 dez. 2012 (adaptado).
No texto, relaciona-se a consolidação da democracia na África do 
Sul à superação de um legado
a) populista, que favorecia a cooptação de dissidentes políticos.
b) totalitarista, que bloqueava o diálogo com os movimentos sociais.
c) segregacionista, que impedia a universalização da cidadania.
d) estagnacionista, que disseminava a pauperização social.
e) fundamentalista, que engendrava conflitos religiosos.
12. (ENEM PPL) Nas décadas de 1860 e 1870, as escolas criadas 
ou recriadas, em geral, previam a presença de meninas, mas se 
atrapalhavam na hora de colocar a ideia em prática. Na província do 
Rio de Janeiro, várias tentativas foram feitas e todas malsucedidas: 
colocar rapazes e moças em dias alternados e, em 1874, em 
prédios separados. Para complicar, na Assembleia, um grupo de 
deputados se manifestava contrário ao desperdício de verbas para 
uma instituição “desnecessária”, e a sociedade reagia contra a ideia 
de coeducação.
VILLELA, H. O. S. O mestre-escola e a professora. In: LOPES, E. M. T.; 
FARIA FILHO, L. M.; VEIGA, C. G. (Org.). 500 anos de educação no Brasil. 
Belo Horizonte: Autêntica, 2003 (adaptado).
As dificuldades retratadas estavam associadas ao seguinte 
aspecto daquele contexto histórico:
a) Formação enciclopédica dos currículos.
b) Restrição do papel da mulher à esfera privada.
c) Precariedade de recursos na educação formal.
d) Vinculação da mão de obra feminina às áreas rurais.
e) Oferta reduzida de profissionais do magistério público.
13. (ENEM) Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização 
social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originá-
rios sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à 
União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
Disponível em: www.planalto.gov. br. Acesso em: 27 abr. 2017.
A persistência das reivindicações relativas à aplicação desse preceito 
normativo tem em vista a vinculação histórica fundamental entre
a) etnia e miscigenação racial.
b) sociedade e igualdade jurídica.
c) espaço e sobrevivência cultural.
d) progresso e educação ambiental.
e) bem-estar e modernização econômica.
14. (UNICAMP) A igualdade, a universalidade e o caráter natural 
dos direitos humanos ganharam uma expressão política direta 
pela primeira vez na Declaração da Independência americana 
de 1776 e na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão 
de 1789. Embora se referisse aos “antigos direitos e liberdades” 
estabelecidos pela lei inglesa e derivados da história inglesa, a Bill of 
Rights inglesa de 1689 não declarava a igualdade, a universalidade 
ou o caráter natural dos direitos. Os direitos são humanos não 
apenas por se oporem a direitos divinos ou de animais, mas por 
serem os direitos de humanos em relação uns aos outros.
HUNT, Lynn. A invenção dos direitos humanos: uma história. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 19. (Adaptado)
Assinale a alternativa correta.
a) A prática jurídica da igualdade foi expressa na Declaração 
de Independência dos EUA e assegurada nos países 
independentes do continente americano após 1776.
b) A lei inglesa, ao referir-se aos antigos direitos, preservava 
a hierarquia, os privilégios exclusivos da nobreza sobre a 
propriedade e os castigos corporais como procedimento jurídico. 
c) No contexto da Revolução Francesa, a Declaração dos Direitos 
do Homem e do Cidadão significou o fim do Antigo Regime, ainda 
que tenham sido mantidos os direitos tradicionais da nobreza.
d) Os direitos do homem, por serem direitos dos humanos em 
relação uns aos outros, significam que não pode haver privilégios, 
nem direitos divinos, mas devem prevalecer os princípios da 
igualdade e universalidade dos direitos entre os humanos.
15. (ENEM) O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizou 
248 ações fiscais e resgatou um total de 1.590 trabalhadores da 
situação análoga à de escravo, em 2014, em todo o país. A análise 
do enfrentamento do trabalho em condições análogas às de 
escravo materializa a efetivação de parcerias inéditas no trato da 
questão, podendo ser referenciadas ações fiscais realizadas com o 
Ministério da Defesa, Exército Brasileiro, Instituto Brasileiro do Meio 
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto 
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Disponível em: http://portal.mte.gov.br. Acesso em: 4 fev. 2015 (adaptado).
A estratégia defendida no texto para reduzir o problema social 
apontado consiste em:
a) Articular os órgãos públicos.
b) Pressionar o Poder Legislativo.
c) Ampliar a emissão das multas.
d) Limitar a autonomia das empresas.
e) Financiar as pesquisas acadêmicas.
16. (ENEM - LIBRAS) A cidadania exige um elo de natureza diferente, 
um sentimento direto de participação numa comunidade baseado 
numa lealdade a uma civilização que é um patrimônio comum. 
Compreende a lealdade de homens livres, imbuídos de direitos e 
protegidos por uma lei comum.
MARSHALL, T. H. Cidadania, classe social e status. Rio de Janeiro: Zahar, 1967.
A vigência do pacto político mencionado está vinculada à
a) crença em valores ortodoxos.
b) garantia da igualdade jurídica.
c) amplitude do território nacional.
d) fluência no idioma predominante.
e) nivelação do campo socioeconômico.
17. (ENEM PPL) Quando refletimos sobre a questão da justiça, 
algumas associações são feitas quase intuitivamente, tais como 
a de equilíbrio entre as partes, princípio de igualdade, distribuição 
equitativa, mas logo as dificuldades se mostram. Isso porque a 
nossa sociedade, sendo bastante diversificada, apresenta uma 
heterogeneidade tanto em termos das diversas culturas que 
coexistem em um mundo interligado como em relação aos modos de 
vida e aos valores que surgem no interior de uma mesma sociedade.
CHEDIAK, K. A pluralidade como ideia reguladora: a noção de justiça a partir 
da filosofia de Lyotard. Trans/Form/Ação, n. 1, 2001 (adaptado).
A relação entre justiça e pluralidade, apresentada pela autora, está 
indicada em:
a) A complexidade da sociedade limita o exercício da justiça e a 
impede de atuar a favor da diversidade cultural.
b) A diversidade cultural e de valores torna a justiça mais 
complexa e distante de um parâmetro geral orientador.
c) O papel da justiça refere-se à manutenção de princípios fixos e 
incondicionais em função da diversidade cultural e de valores.
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR6
SOCIOLOGIA 20 DIREITOS HUMANOS
d) O pressuposto da justiça é fomentar o critério de igualdade a fim 
de que esse valor tome-se absoluto em todas as sociedades. 
e) O aspecto fundamental da justiça é o exercício de dominação e 
controle, evitando a desintegração de uma sociedade diversificada. 
18. (UERJ) Depois da votação no parlamento alemão da 
resolução que classifica a matança de armênios pela Turquia 
como genocídio, as relações entre Turquia e Alemanha ameaçam 
congelar. A Comissão de Relações Internacionais do Parlamento 
turco acusou os alemães de deturparem fatos históricos sobre os 
acontecimentos de 1915. A Turquia, até hoje, nega veementemente 
que se trate de genocídio a morte de até 1,5 milhão de armênios 
em massacres e marchas ao deserto ordenadas pelo Império 
Otomano, sobretudo entre 1915 e 1917.
Adaptado de O Globo, 03/06/2016.
No contexto dos efeitos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), 
a ONU passou a conceber o genocídio como um crime contra o 
Direito Internacional.
De acordo com o texto acima, o posicionamento do governo turco 
indica o temor de possíveis punições, especialmentese esse 
organismo internacional conceber o massacre dos armênios como 
um ato deliberado de: 
a) limpeza étnica 
b) segregação política 
c) rivalidade nacionalista 
d) discriminação religiosa 
19. (ENEM) Na regulamentação de matérias culturalmente 
delicadas, como, por exemplo, a linguagem oficial, os currículos 
da educação pública, o status das Igrejas e das comunidades 
religiosas, as normas do direito penal (por exemplo, quanto ao 
aborto), mas também em assuntos menos chamativos, como, 
por exemplo, a posição da família e dos consórcios semelhantes 
ao matrimônio, a aceitação de normas de segurança ou a 
delimitação das esferas pública e privada — em tudo isso reflete-
se amiúde apenas o autoentendimento ético-político de uma 
cultura majoritária, dominante por motivos históricos. Por causa 
de tais regras, implicitamente repressivas, mesmo dentro de uma 
comunidade republicana que garanta formalmente a igualdade de 
direitos para todos, pode eclodir um conflito cultural movido pelas 
minorias desprezadas contra a cultura da maioria.
HABERMAS, J. A inclusão do outro: estudos de teoria política. São Paulo: Loyola, 2002.
A reivindicação dos direitos culturais das minorias, como 
exposto por Habermas, encontra amparo nas democracias 
contemporâneas, na medida em que se alcança 
a) a secessão, pela qual a minoria discriminada obteria a igualdade 
de direitos na condição da sua concentração espacial, num tipo 
de independência nacional. 
b) a reunificação da sociedade que se encontra fragmentada 
em grupos de diferentes comunidades étnicas, confissões 
religiosas e formas de vida, em torno da coesão de uma cultura 
política nacional. 
c) a coexistência das diferenças, considerando a possibilidade de 
os discursos de autoentendimento se submeterem ao debate 
público, cientes de que estarão vinculados à coerção do melhor 
argumento. 
d) a autonomia dos indivíduos que, ao chegarem à vida adulta, 
tenham condições de se libertar das tradições de suas origens 
em nome da harmonia da política nacional. 
e) o desaparecimento de quaisquer limitações, tais como 
linguagem política ou distintas convenções de comportamento, 
para compor a arena política a ser compartilhada. 
20. (ENEM) A ética precisa ser compreendida como um 
empreendimento coletivo a ser constantemente retomado e 
rediscutido, porque é produto da relação interpessoal e social. A 
ética supõe ainda que cada grupo social se organize sentindo-
se responsável por todos e que crie condições para o exercício 
de um pensar e agir autônomos. A relação entre ética e política 
é também uma questão de educação e luta pela soberania dos 
povos. É necessária uma ética renovada, que se construa a partir 
da natureza dos valores sociais para organizar também uma nova 
prática política.
CORDI et al. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2007 (adaptado).
O Século XX teve de repensar a ética para enfrentar novos problemas 
oriundos de diferentes crises sociais, conflitos ideológicos e 
contradições da realidade. Sob esse enfoque e a partir do texto, a 
ética pode ser compreendida como 
a) instrumento de garantia da cidadania, porque através dela 
os cidadãos passam a pensar e agir de acordo com valores 
coletivos. 
b) mecanismo de criação de direitos humanos, porque é da 
natureza do homem ser ético e virtuoso. 
c) meio para resolver os conflitos sociais no cenário da 
globalização, pois a partir do entendimento do que é 
efetivamente a ética, a política internacional se realiza. 
d) parâmetro para assegurar o exercício político primando pelos 
interesses e ação privada dos cidadãos. 
e) aceitação de valores universais implícitos numa sociedade que 
busca dimensionar sua vinculação à outras sociedades. 
APROFUNDAMENTO
EXERCÍCIOS DE
01. (UNICAMP) Pode parecer inconcebível que um crime de 
proporções gigantescas como o Holocausto, que também é um 
dos crimes mais bem documentados, estudados e testemunhados 
da história, possa ser negado, especialmente hoje, quando são 
numerosos os meios de informação sobre o tema.
Adaptado de Bruno Leal Pastor de Carvalho, “O negacionismo do Holocausto na 
internet”. Faces da História, Assis, v. 3, n.1, jan.- jun. 2016, p. 6.
A partir do excerto e de seus conhecimentos, analise o impacto da 
internet nos debates sobre o Holocausto no mundo contemporâneo. 
02. (UNICAMP) A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) foi 
criada em dezembro de 1950 por resolução da Assembleia Geral 
das Nações Unidas. Iniciou suas atividades em janeiro de 1951. 
O Protocolo de 1967 reformou a Convenção de 1951 e expandiu 
o mandato da ACNUR para além das fronteiras europeias e das 
pessoas afetadas pela Segunda Guerra Mundial. Em 1995, a 
Assembleia Geral designou a ACNUR como responsável pela 
proteção e assistência dos apátridas em todo o mundo. Nas 
últimas décadas, os deslocamentos forçados atingiram níveis 
sem precedentes. Estatísticas recentes revelam que mais de 67 
milhões de pessoas no mundo todo deixaram seus locais de 
origem por causa de conflitos, perseguições e graves violações 
de direitos humanos.
Adaptado de http://www.acnur.org/portugues/convencao-de-1951/. 
Acessado em: 31/08/2018.
a) Explique o contexto de criação da ACNUR e seu principal 
objetivo.
b) Levando em consideração os princípios da ONU, relacione a 
condição de refugiado com a noção de cidadania e de direitos 
humanos. 
03. (UERJ) Aqueles que, como nós, estão no coração do movimento 
em defesa dos animais almejam um mundo no qual a vida e os 
interesses de todos os seres sencientes [que tenham sensações] 
sejam respeitados pelo sistema jurídico, de modo que os animais 
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
20 DIREITOS HUMANOS
7
SOCIOLOGIA
de estimação tenham uma morada confortável e boa durante 
toda sua vida, que os animais silvestres possam viver livremente 
de acordo com seus instintos, em um meio ambiente que atenda 
suas necessidades, em um mundo onde os animais não sejam 
explorados, aterrorizados, torturados ou controlados para servir a 
propósitos humanos gananciosos ou frívolos. 
Joyce Tischler, diretora-executiva do Fundo Legal de Defesa dos Animais. 
Adaptado de animallaw.info.
Japão pede fim da proibição da caça à baleia
A caça à baleia faz parte da cultura do Japão, mas encontra-se 
restringida desde 1946, ano em que uma moratória internacional 
estabeleceu que a caça só era permitida para fins científicos. Em 
1986, foi estabelecida uma proibição total, mas Tóquio continuou 
a exercer a atividade para supostos “fins científicos” – com a 
carne de baleia continuando a ser comercializada nos restaurantes 
japoneses.
Adaptado de publico.pt, 11/09/2018.
Há algumas décadas, os direitos dos animais passaram a ser 
reconhecidos juridicamente no âmbito de decisões internacionais, 
como no caso da proibição da caça às baleias. 
Apresente um dos princípios nos quais se baseia a defesa dos direitos 
dos animais, na atualidade. Em seguida, explicite um argumento 
favorável e outro contrário à aplicação plena desses direitos. 
04. (UFJF-PISM 2) Observe os documentos abaixo, e a seguir, faça 
o que se pede:
Documento 1
Na Constituição Política do Império do Brasil, de 1824, temos:
Art. 94. Podem ser Eleitores, e votar na eleição dos Deputados, 
Senadores, e Membros dos Conselhos de Província todos, os que 
podem votar na Assembleia Paroquial. Excetuam-se:
I. Os que não tiverem de renda líquida anual duzentos mil réis por 
bens de raiz, indústria, comércio, ou emprego.
II. Os Libertos.
III. Os criminosos pronunciados em querela, ou devassa.
Documento 2
Na Constituição da República Federativa do Brasil atual, promulgada 
em 1988, temos: 
CAPÍTULO IV - DOS DIREITOS POLÍTICOS
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e 
pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos (...):
§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
I. obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
II. facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menoresde dezoito anos.
A partir das informações acima e de seus conhecimentos, analise 
UMA diferença entre o direito à participação política no Brasil 
Império e no Brasil atual.
05. (UNICAMP)
A charge de Carlos Latuff, publicada em 2016, faz associações sobre 
diversos processos do mundo contemporâneo. A primeira-ministra 
britânica, Theresa May, ouve uma voz enquanto carrega tijolos para a 
construção de um polêmico muro em Calais, na França.
Por que a questão dos muros tornou-se um assunto recorrente 
na política internacional do século XXI? Justifique sua resposta a 
partir de uma das referências da charge. 
GABARITO
 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01.D
02.D
03.D
04.D
05.A
06.E
07.B
08.D
09.D
10.E
11.C
12.B
13.C
14.D
15.A
16.B
17.B
18.A
19.C
20.A
 EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. As redes sociais mudaram a forma de se relacionar, comunicar, fazer política, 
organizar movimentos sociais, etc. A facilidade de acesso à internet contribuiu para 
compartilhar notícias verdadeiras e falsas, muitas pessoas por falta de conhecimento 
acabam aceitando teorias falsas sem qualquer contestação.
02.
a) A ACNUR foi criada após a Segunda Guerra Mundial para ajudar no deslocamento de 
pessoas do Leste Europeu expulsos de seu território por motivos étnicos.
b) Refugiados são pessoas que sofrem perseguições políticas, religiosas, étnicas, 
culturais e que por esses motivos, não têm seus direitos humanos assegurados, o que os 
leva a deslocar para outros países mesmo não participando e exercendo uma cidadania 
local.
03. Entre os argumentos utilizados pelos defensores dos “Direitos dos Animais” está à 
defesa de causas ambientais, direito a vida selvagem, condenação dos maus-tratos e 
da exploração sem limites dos animais, etc. No final do século XX, surgiram diversas leis 
no mundo em defesa da vida dos animais. Entre os argumentos favoráveis as leis estão 
o risco de extinção de algumas espécies bem como o sofrimento dos animais. Entre os 
argumentos contrários as leis estão interesses econômico-comerciais, hábitos culturais, 
bem como a utilização de animais para o avanço das ciências, etc.
04. A constituição atual foi promulgada em 05 de outubro de 1988. Denominada “Cidadã”, 
a magna carta ampliou os Direitos Sociais, Civis e Políticos. No que diz respeito aos 
direitos políticos, permitiu o voto para analfabetos. Portanto, a constituição de 1824 
restringia o voto, somente homens ricos participavam enquanto a constituição de 1988 
ampliou a cidadania. Vale dizer que o voto feminino foi estabelecido na constituição de 
1934.
05. No século XXI, vimos ressurgir em alguns países práticas que beiram a xenofobia: 
em defesa da soberania nacional, tais países buscam meios de impedir a entrada e a 
circulação de estrangeiros nas suas fronteiras. A partir da charge, podemos usar o 
exemplo do Muro do México: erguido pelos EUA para tentar impedir a entrada de latino-
americanos nas suas terras.
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