Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DIREITOS HUMANOS SOCIOLOGIA20 PRÉ-VESTIBULAR 1PROENEM.COM.BR A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS “Considerando que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta da ONU, sua fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor do ser humano e na igualdade de direitos entre homens e mulheres, e que decidiram promover o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla,… a Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Diretos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações…” (Preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos - DUDH, 1948). Esse texto introdutório sinaliza o ponto essencial em torno da igualdade entre os seres humanos e a valorização da liberdade e da dignidade como valores fundamentais. É importante apontar que a DUDH não se estabelece como uma legislação ou código de ordenamentos jurídicos a serem adotados por todos os países signatários, mas, como o próprio texto diz, um “ideal comum” a ser alcançado, um norte a orientar as ações das nações, povos e Estados. Eleanor Roosevelt com o texto em inglês da Declaração Universal dos Direitos Humanos https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/24/Eleanor_Roosevelt_UDHR.jpg Para o ENEM é fundamental o entendimento dos trinta artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos realizada pela ONU uma vez que, como dito, a partir dela as nações e Estados signatários (e aqueles que aderiram posteriormente) basearam- se para coordenar políticas públicas, novas legislações, relações internacionais, ou seja, todo um conjunto de práticas orientadas pela DUDH. Artº 1º - Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos, dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros num espírito de fraternidade. Artº 2º - Cada qual pode valer-se de todos os direitos e de todas as liberdades proclamadas na presente Declaração, sem distinção nenhuma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou de qualquer outra opinião, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não se fará qualquer distinção fundida no estatuto político, jurídico ou internacional do País ou do território a que pertencer qualquer pessoa, quer este País ou território seja independente, sob tutela, não autônomo ou submetido a uma limitação qualquer de soberania. Artº 3º - Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança social. Artº 4º - Ninguém será detido em escravatura ou servidão; a escravatura e trato dos escravos são proibidos sob todas as suas formas. Artº 5º - Ninguém será submetido à tortura, nem a castigos ou tratamentos cruéis, desumanos e degradantes. Artº 6º - Cada qual tem direito a que lhe reconheçam em todos os lugares a sua personalidade jurídica. Artº 7º - Todos são iguais perante a lei e têm direito sem distinção a igual proteção da lei. Todos têm direito a proteção igual contra toda a discriminação. Artº 8º - Toda a pessoa tem direito a um recurso efetivo perante as jurisdições nacionais competentes contra os atos que viole os direitos fundamentais que lhes são reconhecidos pela constituição ou pela lei. Artº 9º - Ninguém pode ser arbitrariamente preso, detido nem exilado. Artº 10º - Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja ouvida equitativamente e publicamente por um tribunal independente e imparcial que decidirá, quer dos seus direitos e obrigações, quer do bem fundado de toda a acusação em matéria penal dirigida contra ela. Artº 11º 1 - Toda a pessoa acusada de um ato delituoso se presume inocente até que a sua culpabilidade tenha sido legalmente estabelecida no decurso de um processo público em que todas as garantias necessárias à sua defesa lhe forem asseguradas. 2 - Ninguém será condenado por acusações ou omissões que, no momento em que foram cometidas não constituam um ato delituoso, segundo o direito nacional ou internacional. Da mesma forma não será infligida pena mais grave do que a que era aplicável no momento em que o ato delituoso foi cometido. Artº 12º - Ninguém será objeto de intromissões arbitrárias na sua vida privada, na família, domicílio ou correspondência, nem de atentados à honra ou reputação. Toda a pessoa tem direito à proteção da lei contra tais intromissões ou atentados. Artº 13º - 1 - Toda a pessoa tem direito de circular livremente e escolher a sua Residência no interior de um Estado. 2 - Toda a pessoa tem direito de abandonar qualquer país, inclusivamente o seu, e de regressar ao seu país. Artº 14º - 1 - Perante a perseguição, toda a pessoa tem direito de buscar asilo e de beneficiar de asilo noutros países. 2 - Este direito não pode ser invocado no caso de perseguições realmente fundadas num crime de direito comum ou em atuações contrárias aos fins e aos princípios das Nações Unidas. Artº 15º - 1 - Todo o indivíduo tem direito a uma nacionalidade. 2 - Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade. Artº 16 º - 1 - A partir da idade núbil, o homem e a mulher, sem nenhuma restrição quanto à raça, nacionalidade ou religião, têm o direito de se casar e de fundar uma família. Têm direitos iguais perante o matrimônio e atuando da sua dissolução. 2 - O matrimônio só pode ser contraído com livre vontade e pleno consentimento dos futuros esposos. 3 - A família é o elemento natural e fundamental da sociedade e do Estado. PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR2 SOCIOLOGIA 20 DIREITOS HUMANOS Artº 17º - 1 - Toda a pessoa quer sozinha, quer em coletividade, tem direito à propriedade. 2 - Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade Artº 18º - Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a sua religião ou convicção só ou em comum, tanto em público como em particular, pelo ensino, as práticas, o culto e a realização dos ritos. Artº 19º - Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado por suas opiniões e o de buscar, de receber e espalhar, sem considerações de fronteiras, as informações e as ideias por quaisquer meios de expressão. Artº 20 º - 1 - Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de associação pacíficas. 2 - Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação. Artº 21º - 1- Toda a pessoa tem direito a tomar parte na direção dos negócios públicos do seu país, quer diretamente, quer por intermédio de representantes livremente escolhidos. 2 - Toda a pessoa tem direito de acesso em condições de igualdade às funções públicas do seu país. 3 - A vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos; esta vontade deve exprimir-se por eleições honestas que devem ter lugar periodicamente por sufrágio universal igual e voto secreto, ou segundo um processo equivalente que assegure a liberdade do voto. Artº 22º - Toda a pessoa, enquanto membro da sociedade, tem direito à segurança social, esta baseia-se em alcançar a satisfação dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e a livre desenvolvimento da sua personalidade, graças ao esforço nacional e à cooperação internacional, consoante a organização e os recursos de cada país. Artº 23º - 1 - Toda a pessoa tem direito ao trabalho, à livre escolha do seu trabalho, a condições equitativas e satisfatórias de trabalho e à proteção contra o desemprego. 2 - Todos tem direito, sem discriminação, a um salário igual por um trabalho igual. 3 - O que trabalha tem direito a uma remuneração equitativa e satisfatória que lhe garanta, bem como à família, uma existência conforme à dignidade humana, e completada, a dar-se o caso, por todos os outros meios de proteção social. 4 - Toda apessoa tem direito de fundar, com outros, sindicatos e de se filiar em sindicatos para a defesa dos seus interesses. Artº 24º - Toda a pessoa tem direito ao repouso e ao descanso e, nomeadamente, a uma limitação razoável da duração do trabalho e a feriados pagos periódicos. Artº 25º - 1 - Toda a pessoa tem direito a um nível de vida suficiente para assegurar a saúde, o seu bem-estar e o da família, nomeadamente quanto à alimentação, o vestuário, a habitação, a assistência médica, assim como quanto aos serviços sociais necessários; tem direito à segurança em caso de desemprego, de doença, de invalidez, de viuvez, de velhice ou nos outros casos de perda dos seus meios de subsistência por circunstâncias independentes da sua vontade. 2 - A maternidade e a infância têm direito a uma ajuda e uma assistência especiais. Todas as crianças, nascidas quer no matrimônio, quer fora dele, gozam da mesma proteção social. Artº 26º - 1 - Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos no que concerne ao ensino elementar e fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto e plena igualdade a todos em função do seu mérito. 2 - A educação deve visar ao pleno desabrochamento da personalidade humana e ao reforço do respeito dos direitos do homem e das liberdades fundamentais. Deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos, assim como o desenvolvimento das atividades das Nações Unidas para a manutenção da paz. 3 - Os pais têm, por prioridade, o direito de escolher o gênero de educação a dar aos seus filhos. Artº 27º - 1- Toda a pessoa tem direito de tomar parte livremente na vida cultural da comunidade, de cultivar as artes e participar no progresso científico e nos benefícios que dela promanam. 2 - Cada qual tem direito à proteção dos benefícios morais e materiais que deriva de toda a produção científica, literária ou artística de que é autor. Artº 28º - Toda a pessoa humana tem direito a que reine, no plano social e no plano internacional, uma ordem tal que os direitos e liberdades enunciados na presente Declaração possam encontrar pleno efeito. Artº 29º - 1 - O indivíduo tem deveres para com a comunidade onde somente o livre desenvolvimento da sua personalidade é possível. 2 - No exercício dos seus direitos e no gozo das suas liberdades, cada qual só está sujeito às limitações estabelecidas pela lei exclusivamente em vista de assegurar o reconhecimento e o respeito dos direitos e liberdades de outrem, e a fim de satisfazer às justas exigências da moral, da ordem pública e do bem-estar geral numa sociedade democrática. 3 - Estes direitos e liberdades não poderão em caso algum exercer-se contrariamente aos fins e aos princípios das Nações Unidas. Artº 30º - Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como implicando para um Estado, um grupo ou indivíduo, um direito qualquer para se entregar a uma atividade ou praticar um ato que vise à destruição dos direitos e liberdades nela enunciados. Os direitos humanos são um objetivo universal, um patamar e limiar que devem ser aplicados em todas as nações que participam da ONU, sabe-se que nem sempre são plenamente aplicados, mas sua efetivação é gradual e depende do esforço de todos os indivíduos e instituições envolvidas no processo social e jurídico. No vestibular ele pode ser cobrado tanto em formato de questão, tratando de sua elaboração ao longo da história, mas torna-se também fundamental para elaboração da redação, momento da prova que o discurso do aluno não deve em nenhum momento ferir aquilo estabelecido da declaração efetivada pela ONU. PROTREINO EXERCÍCIOS 01 Aponte o significado de “ONU”. 02. Recorde o contexto histórico da construção da Declaração Universal dos Direitos Humanos. 03. Descreva o que representa a expressão “ideal comum” ao se falar da DUDH. 04. Relate o que significa um “país signatário” da DUDH. 05. Defina a ideia de “dignidade da pessoa humana”. PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 20 DIREITOS HUMANOS 3 SOCIOLOGIA PROPOSTOS EXERCÍCIOS 01. (ENEM) Cúpula dos Povos começa como contraponto à Rio+20 Enquanto a conferência oficial no Riocentro, na Barra, é restrita a participantes credenciados, que só entram depois de passar por um forte controle de segurança, a Cúpula dos Povos é aberta ao público, em tendas ao ar livre no Aterro do Flamengo. Ela é aberta também às tribos e discussões mais diversas, em mesas de debate e painéis geridos pelos próprios participantes, buscando promover a mobilização social. Problemas ambientais, econômicos, sociais, políticos e de minorias serão discutidos no evento, afirma uma ativista norte-americana, em alusão ao movimento que ocupou Wall Street, em Nova York, no ano passado. Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 14 ago. 2012 Uma articulação entre as agendas ambientalistas e a antiglobali- zação indica a a) humanização do sistema capitalista financeiro. b) consolidação do movimento operário internacional. c) promoção de consenso com as elites políticas locais. d) constituição de espaços de debates transversais globais. e) construção das pautas com os partidos políticos socialistas 02. (ENEM) O cartum evidencia um desafio que o tema de inclusão social impõe às democracias contemporâneas. Esse desafio exige a combinação entre a) participação política e formação profissional diferenciada. b) exercício da cidadania e políticas de transferência de renda. c) modernização das leis e ampliação do mercado de trabalho. d) universalização de direitos e reconhecimento das diferenças. e) crescimento econômico e flexibilização dos processos seletivos. 03. (UNICAMP) “O Plenário da Câmara aprovou, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 438/01, do Senado, que permite a expropriação de imóveis rurais e urbanos onde a fiscalização encontrar exploração de trabalho escravo, e os destina à reforma agrária e a programas de habitação popular. A proposta é oriunda do Senado e, como foi modificada na Câmara, volta para exame dos senadores”. “Aprovada PEC do trabalho escravo”. Notícias online no sítio da Comissão Pastoral da Terra. Disponível em http://www.cptnacional.org.br/index.php/ noticias/49- trabalhoescravo/1099-aprovada-pec-do-trabalho-escravo.Acessado em 04/08/2012. Embora o Brasil esteja plenamente inserido na era da denominada sociedade digital e do consumo, e a população tenha conquistado algumas garantias para o exercício de sua cidadania, o país ainda enfrenta relações de exploração de trabalho análogas às do período da escravidão. Sobre o trabalho escravo no Brasil, pode- se afirmar que: a) É uma prática mantida por fazendeiros do interior do Brasil que, embora registrem em carteira seus funcionários, não realizam de maneira adequada o pagamento de um salário mínimo, conforme obriga a lei em vigor. b) As relações de exploração de trabalho análogas à escravidão são identificadas pelos fiscais do Ministério do Trabalho apenas em regiões distantes dos grandes centros urbanos, onde a presença do Estado é precária. c) É uma prática mais comum nas fazendas de produção de carvão e de criação de gado do interior do Brasil, sendo quase inexistente nas fazendas modernas de produção de grãos e de cana-de-açúcar. d) Relações de exploração de trabalho análogas à escravidão ainda são encontradas em diferentes partes do país, tanto em áreas rurais quanto em áreas urbanas. 04 . (ENEM) Palestinos se agruparam em frente a aparelhos de televisão e telas montadas ao ar livre em Ramalah, na Cisjordânia, para acompanhar o voto da resolução que pedia o reconhecimento da chamada Palestina como um Estado observador não membro da Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo era esperar pelo nascimento, ao menos formal, de um Estado palestino. Depois da aprovação da resolução,centenas de pessoas foram à praça da cidade com bandeiras palestinas, soltaram fogos de artifício, fizeram buzinaços e dançaram pelas ruas. Aprovada com 138 votos dos 193 da Assembleia-Geral, a resolução eleva o status do Estado palestino perante a organização. Palestinos comemoram elevação de status na ONU com bandeiras e fogos. Disponível em: http://folha.com. Acesso em: 4 dez. 2012 (adaptado). A mencionada resolução da ONU referendou o(a) a) delimitação institucional das fronteiras territoriais. b) aumento da qualidade de vida da população local. c) implementação do tratado de paz com os israelenses. d) apoio da comunidade internacional à demanda nacional. e) equiparação da condição política com a dos demais países. 05. (ENEM - LIBRAS) Com o fim da Ditadura, os movimentos populares tiveram maior participação na formulação dos programas governamentais para a reforma urbana. Porém, o direito à moradia só é expresso no corpo da Constituição por meio de emenda, em 2000, que alterou o conteúdo do art. 6º, que trata dos direitos sociais. Na década de 1990 começou a tramitar um projeto de lei que levou mais de dez anos para ser aprovado, tendo como resultado o Estatuto da Cidade. Essa lei instrumentaliza os municípios para a garantia do pleno desenvolvimento das funções sociais e ambientais da cidade e da propriedade. HOLZ, S.; MONTEIRO, T. V. A. M. Disponível em: www.sociologia.ufsc.br. Acesso em: 7 maio 2013 (adaptado). A aprovação do referido estatuto responde à necessidade de a) democratização do uso do solo. b) ampliação de áreas construídas. c) diversificação do parque nacional. PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR4 SOCIOLOGIA 20 DIREITOS HUMANOS d) expansão do transporte individual. e) centralização de recursos financeiros. 06. (ENEM) Texto I Mais de 50 mil refugiados entraram no território húngaro apenas no primeiro semestre de 2015. Budapeste lançou os “trabalhos preparatórios” para a construção de um muro de quatro metros de altura e 175 km ao longo de sua fronteira com a Sérvia, informou o ministro húngaro das Relações Exteriores. “Uma resposta comum da União Europeia a este desafio da imigração é muito demorada, e a Hungria não pode esperar. Temos que agir”, justificou o ministro. Disponível em: www.portugues.rfi.fr. Acesso em: 19 jun. 2015 (adaptado). Texto II O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) critica as manifestações de xenofobia adotadas pelo governo da Hungria. O país foi invadido por cartazes nos quais o chefe do executivo insta os imigrantes a respeitarem as leis e a não “roubarem” os empregos dos húngaros. Para o ACNUR, a medida é surpreendente, pois a xenofobia costuma ser instigada por pequenos grupos radicais e não pelo próprio governo do país. Disponível em: http://pt.euronews.com. Acesso em: 19 jun. 2015 (adaptado). O posicionamento governamental citado nos textos é criticado pelo ACNUR por ser considerado um caminho para o(a) a) alteração do regime político. b) fragilização da supremacia nacional. c) expansão dos domínios geográficos. d) cerceamento da liberdade de expressão. e) fortalecimento das práticas de discriminação. 07. (ENEM) A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral da ONU na Resolução 217-A, de 10 de dezembro de 1948, foi um acontecimento histórico de grande relevância. Ao afirmar, pela primeira vez em escala planetária, o papel dos direitos humanos na convivência coletiva, pode ser considerada um evento inaugural de uma nova concepção de vida internacional. LAFER, C. Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). In: MAGNOLI, D. (Org.) História da paz. São Paulo: Contexto, 2008. A declaração citada no texto introduziu uma nova concepção nas relações internacionais ao possibilitar a a) superação da soberania estatal. b) defesa dos grupos vulneráveis. c) redução da truculência belicista. d) impunidade dos atos criminosos. e) inibição dos choques civilizacionais. 08. (FUVEST) [...] a Declaração Universal representa um fato novo na história, na medida em que, pela primeira vez, um sistema de princípios fundamentais da conduta humana foi livre e expressamente aceito, através de seus respectivos governos, pela maioria dos homens que vive na Terra. Com essa declaração, um sistema de valores é – pela primeira vez na história – universal, não em princípio, mas de fato, na medida em que o consenso sobre sua validade e sua capacidade de reger os destinos da comunidade futura de todos os homens foi explicitamente declarado. [...] Somente depois da Declaração Universal é que podemos ter a certeza histórica de que a humanidade – toda a humanidade – partilha alguns valores comuns; e podemos, finalmente, crer na universalidade dos valores, no único sentido em que tal crença é historicamente legítima, ou seja, no sentido em que universal significa não algo dado objetivamente, mas algo subjetivamente acolhido pelo universo dos homens. N. Bobbio. A era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992. A Declaração Universal mencionada no texto a) foi instituída no processo da Revolução Francesa e norteou os movimentos feministas, sufragistas e operários no decorrer do século XIX. b) assemelhou-se ao universalismo cristão, que também resultou no estabelecimento de um conjunto de valores partilhado pela humanidade. c) desenvolveu-se com a inclusão de princípios universais pelos legisladores norte-americanos e influenciou o abolicionismo nos Estados Unidos. d) foi aprovada pela Organização das Nações Unidas e serviu como referência para grupos que lutaram pelos direitos de negros, mulheres e homossexuais na década de 1960. e) originou-se do jusnaturalismo moderno e consolidou-se com o movimento ilustrado e o despotismo esclarecido ao longo do século XVIII. 09. (ENEM) Após a Declaração Universal dos Direitos Humanos pela ONU, em 1948, a Unesco publicou estudos de cientistas de todo o mundo que desqualificaram as doutrinas racistas e demonstraram a unidade do gênero humano. Desde então, a maioria dos próprios cientistas europeus passou a reconhecer o caráter discriminatório da pretensa superioridade racial do homem branco e a condenar as aberrações cometidas em seu nome. SILVEIRA, R. Os selvagens e a massa: papel do racismo científico na montagem da hegemonia ocidental. Afro-Ásia, nº 23, 1999(adaptado). A posição assumida pela Unesco, a partir de 1948 foi motivada por acontecimentos então recentes, dentre os quais se destacava o(a) a) ataque feito pelos japoneses à base militar americana de Pearl Harbor. b) desencadeamento da Guerra Fria e de novas rivalidades entre nações. c) morte de milhões de soldados nos combates da Segunda Guerra Mundial. d) execução de judeus e eslavos presos em guetos e campos de concentração nazistas. e) lançamento de bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki pelas forças norte-americanas. 10. (ENEM) O marco inicial das discussões parlamentares em torno do direito do voto feminino são os debates que antecederam a Constituição de 1824, que não trazia qualquer impedimento ao exercício dos direitos políticos por mulheres, mas, por outro lado, também não era explícita quanto à possibilidade desse exercício. Foi somente em 1932, dois anos antes de estabelecido o voto aos 18 anos, que as mulheres obtiveram o direito de votar, o que veio a se concretizar no ano seguinte. Isso ocorreu a partir da aprovação do Código Eleitoral de 1932. Disponível em: http://tse.jusbrasil.com.br.Acesso em: 14 maio 2018. Um dos fatores que contribuíram para a efetivação da medida mencionada no texto foi a a) superação da cultura patriarcal. b) influência de igrejas protestantes. c) pressão do governo revolucionário. d) fragilidade das oligarquias regionais. e) campanha de extensão da cidadania. 11. (ENEM) Tendo encarado a besta do passado olho no olho, tendo pedido e recebido perdão e tendo feito correções, viremos agora a página – não para esquecê-lo, mas para não deixá-lo aprisionar- nos para sempre.Avancemos em direção a um futuro glorioso de uma nova sociedade sul-africana, em que as pessoas valham não em razão de irrelevâncias biológicas ou de outros estranhos PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 20 DIREITOS HUMANOS 5 SOCIOLOGIA atributos, mas porque são pessoas de valor infinito criadas à imagem de Deus. Desmond Tutu, no encerramento da Comissão da Verdade na África do Sul. Disponível em: http://td.camara.leg.br. Acesso em: 17 dez. 2012 (adaptado). No texto, relaciona-se a consolidação da democracia na África do Sul à superação de um legado a) populista, que favorecia a cooptação de dissidentes políticos. b) totalitarista, que bloqueava o diálogo com os movimentos sociais. c) segregacionista, que impedia a universalização da cidadania. d) estagnacionista, que disseminava a pauperização social. e) fundamentalista, que engendrava conflitos religiosos. 12. (ENEM PPL) Nas décadas de 1860 e 1870, as escolas criadas ou recriadas, em geral, previam a presença de meninas, mas se atrapalhavam na hora de colocar a ideia em prática. Na província do Rio de Janeiro, várias tentativas foram feitas e todas malsucedidas: colocar rapazes e moças em dias alternados e, em 1874, em prédios separados. Para complicar, na Assembleia, um grupo de deputados se manifestava contrário ao desperdício de verbas para uma instituição “desnecessária”, e a sociedade reagia contra a ideia de coeducação. VILLELA, H. O. S. O mestre-escola e a professora. In: LOPES, E. M. T.; FARIA FILHO, L. M.; VEIGA, C. G. (Org.). 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2003 (adaptado). As dificuldades retratadas estavam associadas ao seguinte aspecto daquele contexto histórico: a) Formação enciclopédica dos currículos. b) Restrição do papel da mulher à esfera privada. c) Precariedade de recursos na educação formal. d) Vinculação da mão de obra feminina às áreas rurais. e) Oferta reduzida de profissionais do magistério público. 13. (ENEM) Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originá- rios sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: www.planalto.gov. br. Acesso em: 27 abr. 2017. A persistência das reivindicações relativas à aplicação desse preceito normativo tem em vista a vinculação histórica fundamental entre a) etnia e miscigenação racial. b) sociedade e igualdade jurídica. c) espaço e sobrevivência cultural. d) progresso e educação ambiental. e) bem-estar e modernização econômica. 14. (UNICAMP) A igualdade, a universalidade e o caráter natural dos direitos humanos ganharam uma expressão política direta pela primeira vez na Declaração da Independência americana de 1776 e na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789. Embora se referisse aos “antigos direitos e liberdades” estabelecidos pela lei inglesa e derivados da história inglesa, a Bill of Rights inglesa de 1689 não declarava a igualdade, a universalidade ou o caráter natural dos direitos. Os direitos são humanos não apenas por se oporem a direitos divinos ou de animais, mas por serem os direitos de humanos em relação uns aos outros. HUNT, Lynn. A invenção dos direitos humanos: uma história. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 19. (Adaptado) Assinale a alternativa correta. a) A prática jurídica da igualdade foi expressa na Declaração de Independência dos EUA e assegurada nos países independentes do continente americano após 1776. b) A lei inglesa, ao referir-se aos antigos direitos, preservava a hierarquia, os privilégios exclusivos da nobreza sobre a propriedade e os castigos corporais como procedimento jurídico. c) No contexto da Revolução Francesa, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão significou o fim do Antigo Regime, ainda que tenham sido mantidos os direitos tradicionais da nobreza. d) Os direitos do homem, por serem direitos dos humanos em relação uns aos outros, significam que não pode haver privilégios, nem direitos divinos, mas devem prevalecer os princípios da igualdade e universalidade dos direitos entre os humanos. 15. (ENEM) O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizou 248 ações fiscais e resgatou um total de 1.590 trabalhadores da situação análoga à de escravo, em 2014, em todo o país. A análise do enfrentamento do trabalho em condições análogas às de escravo materializa a efetivação de parcerias inéditas no trato da questão, podendo ser referenciadas ações fiscais realizadas com o Ministério da Defesa, Exército Brasileiro, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Disponível em: http://portal.mte.gov.br. Acesso em: 4 fev. 2015 (adaptado). A estratégia defendida no texto para reduzir o problema social apontado consiste em: a) Articular os órgãos públicos. b) Pressionar o Poder Legislativo. c) Ampliar a emissão das multas. d) Limitar a autonomia das empresas. e) Financiar as pesquisas acadêmicas. 16. (ENEM - LIBRAS) A cidadania exige um elo de natureza diferente, um sentimento direto de participação numa comunidade baseado numa lealdade a uma civilização que é um patrimônio comum. Compreende a lealdade de homens livres, imbuídos de direitos e protegidos por uma lei comum. MARSHALL, T. H. Cidadania, classe social e status. Rio de Janeiro: Zahar, 1967. A vigência do pacto político mencionado está vinculada à a) crença em valores ortodoxos. b) garantia da igualdade jurídica. c) amplitude do território nacional. d) fluência no idioma predominante. e) nivelação do campo socioeconômico. 17. (ENEM PPL) Quando refletimos sobre a questão da justiça, algumas associações são feitas quase intuitivamente, tais como a de equilíbrio entre as partes, princípio de igualdade, distribuição equitativa, mas logo as dificuldades se mostram. Isso porque a nossa sociedade, sendo bastante diversificada, apresenta uma heterogeneidade tanto em termos das diversas culturas que coexistem em um mundo interligado como em relação aos modos de vida e aos valores que surgem no interior de uma mesma sociedade. CHEDIAK, K. A pluralidade como ideia reguladora: a noção de justiça a partir da filosofia de Lyotard. Trans/Form/Ação, n. 1, 2001 (adaptado). A relação entre justiça e pluralidade, apresentada pela autora, está indicada em: a) A complexidade da sociedade limita o exercício da justiça e a impede de atuar a favor da diversidade cultural. b) A diversidade cultural e de valores torna a justiça mais complexa e distante de um parâmetro geral orientador. c) O papel da justiça refere-se à manutenção de princípios fixos e incondicionais em função da diversidade cultural e de valores. PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR6 SOCIOLOGIA 20 DIREITOS HUMANOS d) O pressuposto da justiça é fomentar o critério de igualdade a fim de que esse valor tome-se absoluto em todas as sociedades. e) O aspecto fundamental da justiça é o exercício de dominação e controle, evitando a desintegração de uma sociedade diversificada. 18. (UERJ) Depois da votação no parlamento alemão da resolução que classifica a matança de armênios pela Turquia como genocídio, as relações entre Turquia e Alemanha ameaçam congelar. A Comissão de Relações Internacionais do Parlamento turco acusou os alemães de deturparem fatos históricos sobre os acontecimentos de 1915. A Turquia, até hoje, nega veementemente que se trate de genocídio a morte de até 1,5 milhão de armênios em massacres e marchas ao deserto ordenadas pelo Império Otomano, sobretudo entre 1915 e 1917. Adaptado de O Globo, 03/06/2016. No contexto dos efeitos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a ONU passou a conceber o genocídio como um crime contra o Direito Internacional. De acordo com o texto acima, o posicionamento do governo turco indica o temor de possíveis punições, especialmentese esse organismo internacional conceber o massacre dos armênios como um ato deliberado de: a) limpeza étnica b) segregação política c) rivalidade nacionalista d) discriminação religiosa 19. (ENEM) Na regulamentação de matérias culturalmente delicadas, como, por exemplo, a linguagem oficial, os currículos da educação pública, o status das Igrejas e das comunidades religiosas, as normas do direito penal (por exemplo, quanto ao aborto), mas também em assuntos menos chamativos, como, por exemplo, a posição da família e dos consórcios semelhantes ao matrimônio, a aceitação de normas de segurança ou a delimitação das esferas pública e privada — em tudo isso reflete- se amiúde apenas o autoentendimento ético-político de uma cultura majoritária, dominante por motivos históricos. Por causa de tais regras, implicitamente repressivas, mesmo dentro de uma comunidade republicana que garanta formalmente a igualdade de direitos para todos, pode eclodir um conflito cultural movido pelas minorias desprezadas contra a cultura da maioria. HABERMAS, J. A inclusão do outro: estudos de teoria política. São Paulo: Loyola, 2002. A reivindicação dos direitos culturais das minorias, como exposto por Habermas, encontra amparo nas democracias contemporâneas, na medida em que se alcança a) a secessão, pela qual a minoria discriminada obteria a igualdade de direitos na condição da sua concentração espacial, num tipo de independência nacional. b) a reunificação da sociedade que se encontra fragmentada em grupos de diferentes comunidades étnicas, confissões religiosas e formas de vida, em torno da coesão de uma cultura política nacional. c) a coexistência das diferenças, considerando a possibilidade de os discursos de autoentendimento se submeterem ao debate público, cientes de que estarão vinculados à coerção do melhor argumento. d) a autonomia dos indivíduos que, ao chegarem à vida adulta, tenham condições de se libertar das tradições de suas origens em nome da harmonia da política nacional. e) o desaparecimento de quaisquer limitações, tais como linguagem política ou distintas convenções de comportamento, para compor a arena política a ser compartilhada. 20. (ENEM) A ética precisa ser compreendida como um empreendimento coletivo a ser constantemente retomado e rediscutido, porque é produto da relação interpessoal e social. A ética supõe ainda que cada grupo social se organize sentindo- se responsável por todos e que crie condições para o exercício de um pensar e agir autônomos. A relação entre ética e política é também uma questão de educação e luta pela soberania dos povos. É necessária uma ética renovada, que se construa a partir da natureza dos valores sociais para organizar também uma nova prática política. CORDI et al. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2007 (adaptado). O Século XX teve de repensar a ética para enfrentar novos problemas oriundos de diferentes crises sociais, conflitos ideológicos e contradições da realidade. Sob esse enfoque e a partir do texto, a ética pode ser compreendida como a) instrumento de garantia da cidadania, porque através dela os cidadãos passam a pensar e agir de acordo com valores coletivos. b) mecanismo de criação de direitos humanos, porque é da natureza do homem ser ético e virtuoso. c) meio para resolver os conflitos sociais no cenário da globalização, pois a partir do entendimento do que é efetivamente a ética, a política internacional se realiza. d) parâmetro para assegurar o exercício político primando pelos interesses e ação privada dos cidadãos. e) aceitação de valores universais implícitos numa sociedade que busca dimensionar sua vinculação à outras sociedades. APROFUNDAMENTO EXERCÍCIOS DE 01. (UNICAMP) Pode parecer inconcebível que um crime de proporções gigantescas como o Holocausto, que também é um dos crimes mais bem documentados, estudados e testemunhados da história, possa ser negado, especialmente hoje, quando são numerosos os meios de informação sobre o tema. Adaptado de Bruno Leal Pastor de Carvalho, “O negacionismo do Holocausto na internet”. Faces da História, Assis, v. 3, n.1, jan.- jun. 2016, p. 6. A partir do excerto e de seus conhecimentos, analise o impacto da internet nos debates sobre o Holocausto no mundo contemporâneo. 02. (UNICAMP) A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) foi criada em dezembro de 1950 por resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas. Iniciou suas atividades em janeiro de 1951. O Protocolo de 1967 reformou a Convenção de 1951 e expandiu o mandato da ACNUR para além das fronteiras europeias e das pessoas afetadas pela Segunda Guerra Mundial. Em 1995, a Assembleia Geral designou a ACNUR como responsável pela proteção e assistência dos apátridas em todo o mundo. Nas últimas décadas, os deslocamentos forçados atingiram níveis sem precedentes. Estatísticas recentes revelam que mais de 67 milhões de pessoas no mundo todo deixaram seus locais de origem por causa de conflitos, perseguições e graves violações de direitos humanos. Adaptado de http://www.acnur.org/portugues/convencao-de-1951/. Acessado em: 31/08/2018. a) Explique o contexto de criação da ACNUR e seu principal objetivo. b) Levando em consideração os princípios da ONU, relacione a condição de refugiado com a noção de cidadania e de direitos humanos. 03. (UERJ) Aqueles que, como nós, estão no coração do movimento em defesa dos animais almejam um mundo no qual a vida e os interesses de todos os seres sencientes [que tenham sensações] sejam respeitados pelo sistema jurídico, de modo que os animais PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 20 DIREITOS HUMANOS 7 SOCIOLOGIA de estimação tenham uma morada confortável e boa durante toda sua vida, que os animais silvestres possam viver livremente de acordo com seus instintos, em um meio ambiente que atenda suas necessidades, em um mundo onde os animais não sejam explorados, aterrorizados, torturados ou controlados para servir a propósitos humanos gananciosos ou frívolos. Joyce Tischler, diretora-executiva do Fundo Legal de Defesa dos Animais. Adaptado de animallaw.info. Japão pede fim da proibição da caça à baleia A caça à baleia faz parte da cultura do Japão, mas encontra-se restringida desde 1946, ano em que uma moratória internacional estabeleceu que a caça só era permitida para fins científicos. Em 1986, foi estabelecida uma proibição total, mas Tóquio continuou a exercer a atividade para supostos “fins científicos” – com a carne de baleia continuando a ser comercializada nos restaurantes japoneses. Adaptado de publico.pt, 11/09/2018. Há algumas décadas, os direitos dos animais passaram a ser reconhecidos juridicamente no âmbito de decisões internacionais, como no caso da proibição da caça às baleias. Apresente um dos princípios nos quais se baseia a defesa dos direitos dos animais, na atualidade. Em seguida, explicite um argumento favorável e outro contrário à aplicação plena desses direitos. 04. (UFJF-PISM 2) Observe os documentos abaixo, e a seguir, faça o que se pede: Documento 1 Na Constituição Política do Império do Brasil, de 1824, temos: Art. 94. Podem ser Eleitores, e votar na eleição dos Deputados, Senadores, e Membros dos Conselhos de Província todos, os que podem votar na Assembleia Paroquial. Excetuam-se: I. Os que não tiverem de renda líquida anual duzentos mil réis por bens de raiz, indústria, comércio, ou emprego. II. Os Libertos. III. Os criminosos pronunciados em querela, ou devassa. Documento 2 Na Constituição da República Federativa do Brasil atual, promulgada em 1988, temos: CAPÍTULO IV - DOS DIREITOS POLÍTICOS Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos (...): § 1º O alistamento eleitoral e o voto são: I. obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II. facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menoresde dezoito anos. A partir das informações acima e de seus conhecimentos, analise UMA diferença entre o direito à participação política no Brasil Império e no Brasil atual. 05. (UNICAMP) A charge de Carlos Latuff, publicada em 2016, faz associações sobre diversos processos do mundo contemporâneo. A primeira-ministra britânica, Theresa May, ouve uma voz enquanto carrega tijolos para a construção de um polêmico muro em Calais, na França. Por que a questão dos muros tornou-se um assunto recorrente na política internacional do século XXI? Justifique sua resposta a partir de uma das referências da charge. GABARITO EXERCÍCIOS PROPOSTOS 01.D 02.D 03.D 04.D 05.A 06.E 07.B 08.D 09.D 10.E 11.C 12.B 13.C 14.D 15.A 16.B 17.B 18.A 19.C 20.A EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO 01. As redes sociais mudaram a forma de se relacionar, comunicar, fazer política, organizar movimentos sociais, etc. A facilidade de acesso à internet contribuiu para compartilhar notícias verdadeiras e falsas, muitas pessoas por falta de conhecimento acabam aceitando teorias falsas sem qualquer contestação. 02. a) A ACNUR foi criada após a Segunda Guerra Mundial para ajudar no deslocamento de pessoas do Leste Europeu expulsos de seu território por motivos étnicos. b) Refugiados são pessoas que sofrem perseguições políticas, religiosas, étnicas, culturais e que por esses motivos, não têm seus direitos humanos assegurados, o que os leva a deslocar para outros países mesmo não participando e exercendo uma cidadania local. 03. Entre os argumentos utilizados pelos defensores dos “Direitos dos Animais” está à defesa de causas ambientais, direito a vida selvagem, condenação dos maus-tratos e da exploração sem limites dos animais, etc. No final do século XX, surgiram diversas leis no mundo em defesa da vida dos animais. Entre os argumentos favoráveis as leis estão o risco de extinção de algumas espécies bem como o sofrimento dos animais. Entre os argumentos contrários as leis estão interesses econômico-comerciais, hábitos culturais, bem como a utilização de animais para o avanço das ciências, etc. 04. A constituição atual foi promulgada em 05 de outubro de 1988. Denominada “Cidadã”, a magna carta ampliou os Direitos Sociais, Civis e Políticos. No que diz respeito aos direitos políticos, permitiu o voto para analfabetos. Portanto, a constituição de 1824 restringia o voto, somente homens ricos participavam enquanto a constituição de 1988 ampliou a cidadania. Vale dizer que o voto feminino foi estabelecido na constituição de 1934. 05. No século XXI, vimos ressurgir em alguns países práticas que beiram a xenofobia: em defesa da soberania nacional, tais países buscam meios de impedir a entrada e a circulação de estrangeiros nas suas fronteiras. A partir da charge, podemos usar o exemplo do Muro do México: erguido pelos EUA para tentar impedir a entrada de latino- americanos nas suas terras. PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR8 SOCIOLOGIA 20 DIREITOS HUMANOS ANOTAÇÕES
Compartilhar