Buscar

MANUAL DE CUIDADOR DE IDOSOS (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 48 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MANUAL DE CUIDADOR DE IDOSOS 
 
 
Francelise Pivetta Roque 
Helen Arruda Guimarães 
Organizadoras 
 
 
Material de apoio ao 1º Curso de Introdução à Formação de Cuidadores 
de Idosos da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas – 
UNCISAL 
 
 
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL E BOAS VINDAS AO CURSO 
 
Este manual foi elaborado pela equipe de profissionais que integra o 
Programa de Extensão Interdisciplinar Pró-Idoso (PEIPI) da Universidade 
Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas – UNCISAL. Trata-se da revisão da 
primeira versão, que foi elaborada em 2006, numa parceria entre o PEIPI e a 
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público Tocqueville. 
O PEIPI é um programa de extensão universitária, atualmente 
coordenado pela terapeuta ocupacional Profa. Me. Ana Elizabeth dos Santos 
Lins, que tem como objetivo promover a qualidade de vida do idoso, mediante 
ações voltadas à saúde e educação na área do envelhecimento. Para tanto, 
conta com a participação de docentes e funcionários da UNCISAL, além de 
colaboradores voluntários e estudantes universitários. 
Este material servirá de apoio para o acompanhamento das aulas, e 
também para consulta no decorrer da sua prática de prestação de cuidados. 
Sejam bem vindos ao 1º Curso de Introdução à Formação de Cuidadores de 
Idosos da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas – 
UNCISAL! Estamos orgulhosos desse feito, e satisfeitos por tê-los conosco! 
 
Um abraço fraterno! 
Profa. Dra. Francelise Pivetta Roque 
Fonoaudióloga, Professora Ajunto da UNCISAL e Coordenadora do Núcleo de 
Estudos Pró-Idoso (NEPI) do PEIPI – UNCISAL. 
 
Ms. Helen Arruda Guimarães 
Médica Geriatra da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas e 
Integrante do Programa de Extensão Interdisciplinar Pró-Idoso. 
 
 
 
Índice 
Apresentação do material e boas vindas ao Curso ............................................1 
A Ética e o Cuidar do Idoso ................................................................................3 
Saúde do Idoso: Aspectos Biológicos e Médicos .............................................. 4 
Aspectos Psicológicos do Envelhecimento......................................................... 6 
Auxiliando o Idoso na realização das Atividade de Vida Diária.......................... 8 
A Mobilidade da Pessoa Idosa......................................................................... 11 
Cuidados diários aos Idosos............................................................................. 14 
Cuidando do Comunicação da Deglutição do Idoso..........................................17 
Cuidando da Nutrição e da Alimentação do Idoso............................................ 21 
 
A ÉTICA E O CUIDAR DO IDOSO 
Assistente Social Marta Ferreira Gomes 
 
 
 
Qual o sentido da Ética? 
O homem vive em sociedade, daí ser considerado um ser social. O ser humano 
não sobrevive isolado por muito tempo, portanto são criadas algumas normas 
que devem reger a relação com as pessoas que estão no seu convívio como 
seres humanos. 
 
Mas o que é sociedade? Você já parou para pensar sobre isso? 
Sociedade é o conjunto de pessoas que vivem em determinada faixa de tempo 
e de espaço – seguindo normas comuns – e que são unidas pelo sentimento 
de consciência do grupo. É a reunião de seres que vivem em grupo. Assim, os 
homens formam uma sociedade, como exemplo: a família, o trabalho, a igreja, 
a escola, os grupos de convivência e outros. 
 
Pois bem! A partir da constatação de que vivemos em sociedade, encontramos 
regras, leis, normas que regulam as relações entre os homens. E por que 
existem essas regras, leis e normas? Elas são necessárias porque a 
convivência dos homens precisa acontecer dentro de uma certa ordem. Por 
ordem humana, entende-se o conjunto de normas, regras, leis, valores, modos 
de relacionamento: seja no trabalho, na família, entre amigos, nas 
organizações governamentais e nas não governamentais, enfim nos mais 
variados espaços da vida diária das pessoas. 
 
Essas normas são baseadas em: 
 Respeito ao próximo; 
 Fazer com os outros o que gostaria que fizessem a você; 
 Solidariedade; 
 Amor ao próximo; 
 Profissionalismo; 
 Dedicação em tudo o que fizer na vida; 
 Responsabilidade nos seus atos; 
 Cuidado com as palavras, muitas vezes magoam mais do que os atos. 
 
A reflexão ética passa pelo estabelecimento de juízos de valor para o que está 
conforme ou contrário às normas de convivência dos homens em sociedade. 
Daí serem tão comuns as expressões ético e antiético quando nos referimos a 
certas atitudes e comportamentos dos indivíduos em sociedade. 
 
A questão ética apresenta-se assim, como um conflito entre o que deve fazer e 
o que quer fazer. Daí pode-se entender ética como a seguinte definição: 
É a parte da filosofia que estuda os valores morais e os principais ideais da 
conduta humana. 
 
Ética Profissional é o conjunto de princípios morais que se devem observar 
no exercício de uma profissão. A ética é importante quando utilizada porque 
facilita a realização das pessoas. Com a ética pretende-se a perfeição do ser 
humano. A ética é, portanto, uma reflexão crítica sobre a moralidade. Mas ela 
não é puramente teoria. Á ética é um conjunto de princípios e disposições 
voltados para a ação, historicamente produzidos, cujo objetivo é balizar as 
ações humanas. Ela existe como uma referência para os seres humanos em 
sociedade, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais 
humana. 
 
A ÉTICA E O CUIDAR DO IDOSO: 
Da mesma forma que os profissionais da Geriatria e Gerontologia, os 
CUIDADORES DE PESSOAS IDOSAS devem destinar muita atenção ao 
desenvolvimento de suas ações no dia a dia, em suas decisões e 
procedimentos junto ao idoso. Tratam-se de exigências de caráter ético, que 
são de fundamental importância para a qualidade da atuação profissional do 
cuidador, que tem como finalidade precípua o bem-estar e a qualidade de vida 
do idoso. 
 
As formas de envelhecer são sempre diferentes, uns envelhecem com 
dignidade outros não, isso é uma questão não bem resolvida pela sociedade e 
tem um significado ético. 
 
Alguns procedimentos fundamentais para o trato ético com idoso: 
 Ouvi-lo com bastante atenção; 
 Atenção ao seu bem-estar; 
 Garantir sua liberdade preservando sempre a sua autonomia e a sua 
independência, com observância do seu estado de segurança; 
 Observar o sigilo profissional, não expondo as questões pessoais de 
caráter individual do idoso, salvo quando a gravidade e a natureza do 
fato exigirem um procedimento contrário; 
 O respeito as pessoas idosas exige que não sejam tratadas com 
preconceito e discriminação, fazendo parte também do conjunto das 
exigências éticas, pois a velhice faz parte do ciclo de vida do homem, 
portanto é um direito antes de tudo personalíssimo; 
 Respeitar a história de vida do idoso, na qual está presente a sua 
contribuição com a sociedade. O idoso é um ser que possui direitos e 
deveres de cidadania, construídos ao longo de sua vida: 
 Respeito pelos seus desejos; 
 Respeito pelos valores intrínsecos de suas vidas; 
 Respeito pelos seus interesses. 
 Conhecer os direitos dos idosos; 
 Ter interesse de conhecer e acompanhar na medida do possível o 
desenvolvimento das políticas públicas para os idosos; 
 Compreender o que é a velhice e o envelhecimento; 
 Ter noção acerca da realidade minimante dos idosos, do seu município 
e, se possível, do Estado e do país; 
 Entender as formas de violência e maus tratos contra a pessoa idosa, 
para orientar e denunciar junto aos serviços especializados. 
 
 
 
E AINDA: 
Para tudo isso é fundamentalo desenvolvimento de um comportamento ético 
com: 
 O próprio idoso; 
 A família; 
 Os demais membros da família; 
 A instituição para quem presta serviços: Instituição de Longa 
Permanência – ILPI; 
 Os profissionais envolvidos com as diversas modalidades de atenção ao 
idoso com o auto cuidado. 
 
O CUIDADOR DE PESSOAS IDOSAS tem uma missão de expressiva 
relevância na sociedade, com o processo do envelhecimento populacional, 
sobretudo, O CUIDAR DA PESSOA IDOSA DEPENDENTE nos vários graus. 
 
Portanto procure sempre: 
Ser capaz! 
Ser comprometido! 
Ser responsável ! 
Ser disponível! 
Ter zelo por suas atividades ! 
É a base de qualquer que seja a ética de cuidar ! 
 
SEJA ÉTICO! 
O RESPEITO PELAS PESSOAS É FUNDAMENTAL !!! 
OS IDOSOS E A SOCIEDADE EM GERAL AGRADECEM! 
 
______________________________________________________________ 
 
SAÚDE DO IDOSO: ASPECTOS BIOLÓGICOS E MÉDICOS 
Médica Geriatra Helen Arruda Guimarães 
Médica Geriatra Ronny Roselly Domingos de Oliveira 
 
 
O que é envelhecimento? 
Envelhecimento é um processo contínuo, lento, no qual ocorrem modificações 
no organismo em vários aspectos, que determinam diminuição da capacidade 
de adaptação do indivíduo ao meio ambiente, ocasionando maior fragilidade 
frente aos processos patológicos tornando-o mais suscetível às doenças, que 
terminam por levá-lo à morte. 
 
Envelhecimento é comum a todas as pessoas e não é induzido por 
doenças. 
 
Envelhecimento é um processo biológico! NÃO é doença!!! 
 
ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO: 
 O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial; 
 Há um crescimento mais elevado da população idosa com relação aos 
demais grupos etários; 
 No Brasil vivem hoje cerca de 18 milhões de idosos, o que representa 
9,9 % do total de brasileiros; 
 A população dos “muito idosos” também aumenta em ritmo acelerado: é 
hoje o segmento populacional que mais cresce no Brasil. 
 
 
QUEM É O IDOSO? 
No Brasil (países em desenvolvimento) é a pessoa que tem 60 anos ou mais e 
nos países desenvolvidos aquele com 65 anos ou mais. No Brasil nós 
contamos com cerca de 15 milhões de idosos. E para 2025 existe uma 
projeção para 32 milhões de idosos (6ª população mundial.) 
 
CONSEQUÊNCIAS: 
Aumento do número de doenças crônicas e neoplásicas, às vezes, com 
presença de várias doenças no mesmo indivíduo ao mesmo tempo; 
Uso de muitas medicações (polifarmácia). 
 
Veja algumas doenças que são comuns na população idosa: 
 
DEMÊNCIA: 
Antigamente conhecida por “esclerose”, “caduquice” e relacionadas como 
sinônimo de envelhecimento, a demência é uma síndrome adquirida, produzida 
por uma doença orgânica, que produz uma deterioração persistente de 
diversas funções mentais, que acarretam uma incapacidade funcional, em 
pacientes SEM alteração da consciência. 
 
A prevalência de demência dobra a cada ano após os 60 anos de idade. 
 
A prevalência estimada aos 85 anos é de 25-45% em idosos da comunidade e 
50% nos institucionalizados. 
 
Existem muitos fatores de risco para o desenvolvimento dessa doença: 
 História familiar positiva 
 Síndrome de Down 
 Trauma crânio-encefálico (Pugilistas) 
 Aterosclerose 
 HAS 
 Diabetes 
 Dislipidemia 
 Mulheres (devido à uma maior sobrevida e menor escolaridade). 
 
 
Existem também fatores de proteção: 
 Escolaridade (quanto maior escolaridade, menor o risco) 
 Exercício físico (reduz o risco para doença de Alzheimer e outros tipos 
de demência). 
 
Os idosos com demência apresentam tendência à repetição das respostas, 
dificuldade para memorizar, recordar e reconhecer a informação recente. 
 
A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência no idoso – 50 a 
60% dos casos de demências. Manifesta-se com déficit de memória, alterações 
de comportamento são comuns, início insidioso e curso progressivo. Sintomas 
psicóticos como desilusões, alucinações são muito freqüentes. A sobrevida 
varia de 2 a 20 anos com média de 10 anos de duração após o diagnóstico. 
 
OSTEOPOROSE: 
Doença que atinge principalmente mulheres na menopausa (cerca de 1 em 
cada 3 mulheres com mais de 50 anos), caracterizada por uma diminuição da 
massa óssea, o que leva a uma fragilidade óssea com conseqüente propensão 
para fraturas. A fratura de fêmur é a conseqüência mais dramática da 
osteoporose, causando a morte de cerca de 1/3 dos pacientes em até 1 ano 
após a fratura. Metade dos sobreviventes ficará dependente para a realização 
das atividades básicas diárias. 
 
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são de grande importância 
para a diminuição das fraturas, seqüelas e mortes. 
 
Fatores de risco: 
 Idade avançada 
 Raça branca 
 Sexo feminino 
 História familiar 
 Baixa ingesta de cálcio 
 Sedentarismo 
 Tabagismo 
 
Existem ainda muitas doenças comuns na população de idosos, como 
hipertensão arterial, diabetes, câncer, doença de Parkinson, “derrame”, entre 
outras. Todas com grande impacto na qualidade de vida dos idosos. Conhecer 
um pouco sobre elas é importante para todos nós que cuidamos dessa 
população. Porém precisamos ter em mente que é possível a busca por um 
envelhecimento ativo, com saúde, segurança e participação na sociedade. 
 
 
 
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DO ENVELHECIMENTO 
Psicóloga Luciana Dantas Tenório 
Psicóloga Josilma Santos de Lima 
 
Você sabe como sente, como pensa uma pessoa que está envelhecendo? 
 
Vamos conversar um pouco sobre isso! 
 
Para compreendermos melhor, precisamos saber algo muito importante! O que 
é qualidade de vida! 
 
Sabemos que todo indivíduo precisa de um razoável estado de equilíbrio, não 
só físico como mental, de acordo com suas possibilidades e características, 
construindo, assim, um estilo particular de viver e se relacionar. Cada pessoa 
tem um jeito próprio, uma visão própria das coisas que lhe são importantes, e 
de suas necessidades como o trabalho, o lazer, alimentação, sexo, segurança, 
etc. Quando há harmonização desses fatores, podemos dizer que esse 
indivíduo possui qualidade de vida! 
 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), Qualidade de Vida é 
“a percepção do indivíduo sobre sua posição no mundo, no contexto da cultura 
e no sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, 
expectativas, padrões e preocupações”. Percebemos, dessa forma, que viver 
muito, e acima de tudo viver bem, passa por diversos fatores que precisam ser 
conhecidos e respeitados, e no caso da pessoa idosa são direitos garantidos 
pelo Estatuto do Idoso desde outubro de 2003. 
 
O envelhecimento pode ser uma etapa de vida difícil, pois além de suas 
características próprias, encerra ainda muitos preconceitos e desconhecimento 
de seu processo, tornando difícil a aceitação da sociedade para as mudanças 
que se apresentam. O resultado disso é que o idoso, muitas vezes, traz 
consigo a sensação de inadequação no meio em que vive, o que explica muitas 
das mudanças no seu comportamento, seu estado de humor, hábitos, etc. 
Vejamos algumas mudanças ocasionadas pelo envelhecimento, que podem 
estar associadas às alterações comportamentais de muitos idosos: 
 Aposentadoria, muitas vezes acompanhada de perdas financeiras, 
 Ausência de ocupações e de interesses; 
 Dificuldade de reinserção no mercado de trabalho; 
 Saída dos filhos da companhia dos pais - o “ninho vazio”; 
 Morte do cônjuge, amigos e familiares; 
 Declínio do vigor físico e da saúde; 
 Dificuldades de adaptação às novas tecnologias e costumes. 
 
Lidar com as modificações e perdasvão requerer do idoso uma estrutura 
pessoal, sociofamiliar e econômica equilibradas na vivência dessas fases. E a 
estrutura de personalidade de cada um pode ser a diferença entre uma velhice 
bem ou mal sucedida. 
 
Num olhar mais cuidadoso é preciso atentar para alguns sinais que essas 
experiências causam ao idoso, podendo revelar estados depressivos ou 
mesmo a própria doença: a depressão! Ela está entre os principais quadros de 
transtornos mentais na população, atingindo aproximadamente de 15 a 20% 
dos idosos, sendo que 2% apresentam depressão grave. 
 
Mas, o que é mesmo a depressão? 
É um distúrbio que afeta diretamente a capacidade afetiva do indivíduo, 
desencadeando estado de profunda e persistente tristeza, com desinteresse 
por atividades simples, comprometendo a dinâmica pessoal diária de 
alimentação, sono, higiene, etc. 
 
Quais os sintomas da depressão no idoso? 
 Humor diminuído; 
 Perda do interesse por atividades que antes realizava com prazer; 
 Alteração do apetite e, conseqüentemente, do peso; 
 Alterações no sono; 
 Agitação ou lentificação psicomotora; 
 Dificuldades em coordenar pensamentos e concentração; 
 Idéias recorrentes de morte e depreciação de si mesmo; 
 Estado de ânimo que pode variar da tristeza ao desespero. 
 
Detectar a depressão em idosos pode ser difícil, pois os mitos sociais acerca 
do envelhecimento (idoso é mal-humorado, lento, queixoso) o estigmatizam. As 
“coisas da idade” e outras características que apontam uma baixa na qualidade 
de vida podem confundir uma situação real de doença. Sintomas assim podem 
levar o idoso pouco a pouco ao isolamento, podendo ser diagnosticado como 
depressão, que pode ser crônica – quando persistiu no tempo, chegando à 
etapa do envelhecimento, e tardia – quando decorre das situações existenciais 
(perdas, lutos, doenças) vivenciadas no processo de envelhecimento de uma 
forma geral. 
 
Com as perdas sofridas no envelhecimento a perspectiva da morte torna-se 
mais real. São várias as “mortes” que o idoso vê diante de si; algumas físicas, 
outras sociais, psicológicas ou afetivas. Faz parte do processo de aceitação 
dessa realidade uma postura serena e de reflexões sobre a vida como os feitos 
do passado, suas realizações, os investimentos na constituição da família e 
que lições deixam para seus descendentes. 
 
É saudável o reconhecimento das possibilidades e ganhos nesta fase, 
desenvolvendo um estilo de vida que permita vivenciar com prazer: 
 Mais tempo livre para dedicar a lazer ou atividades que sejam 
prazerosas 
 Investimento numa nova carreira profissional, 
 Prática de atividades físicas e conhecimento de novas pessoas, contato 
com as novas tecnologias, viagens, namoro... 
 
É comprovado cientificamente que a pessoa idosa é perfeitamente capaz de 
manter uma vida sexual ativa, e hoje, despertada por oportunidades de 
encontros e convivências em grupos, clubes , etc, o idoso tende a reconsiderar 
seu próprio corpo para os contatos. Essa nova forma de se relacionar pretende 
derrubar mitos e preconceitos da sociedade pelo desconhecimento das 
capacidades dos idosos em manterem relacionamentos amorosos. 
Consideradas as alterações fisiológicas e as hormonais, próprias do 
envelhecimento, as experiências de relacionamento amoroso no casal de idade 
madura podem refletir uma vivência saudável para ambos, resultando em bem-
estar geral. 
 
Nesse contexto, a continuidade dos contatos sociais e afetivos favorece a 
aquisição de novos interesses como a leitura, a música, as artes, o cinema, 
atividades que proporcionem prazer em novos espaços de lazer e educação, 
onde se encontram várias gerações, indispensável à manutenção da saúde 
mental dos idosos. Estamos falando de intergeracionalidade. 
 
O que é Intergeracionalidade? 
É o encontro, o contato de indivíduos de faixas etárias diferentes. Um embate 
de tradições, de valores, costumes e modos de viver que podem contribuir para 
a construção e troca de conhecimentos entre gerações. 
 
O que uma geração pode ensinar a outra? O que um idoso pode transmitir para 
um jovem e vice-versa? Esse é o princípio da intergeracionalidade! Nem 
sempre essas relações são tranqüilas e produtivas, pois são mundos e visões 
diferentes, de contextos sócio-históricos também diferentes onde se colocam 
em questão os valores adquiridos. 
 
As relações intergeracionais devem proporcionar espaço de discussão e 
reflexão sobre conceitos, vivências e experiências de vida, contribuindo na 
educação dos mais jovens – formação de valores éticos, conhecimento das 
tradições e histórias, e dos mais velhos – na aprendizagem de novas 
tecnologias, valores e comportamentos do mundo atual, tornando mais flexível 
e saudável a convivência. 
 
______________________________________________________________ 
 
AUXILIANDO O IDOSO NA REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DE VIDA 
DIÁRIA 
Terapeuta Ocupacional Ana Elizabeth dos Santos Lins 
 
No cotidiano de cada pessoa, atividades são realizadas durante todos os dias, 
o tempo inteiro, desde o momento do nascimento até a morte num ciclo 
denominado vida. Essas ações são chamadas de Atividades de Vida Diária. 
São todas as atividades que realizamos em nosso cotidiano. Elas podem ser 
mais elaboradas como construir um prédio, fazer uma pesquisa, ou 
simplesmente vestir as próprias roupas, preparar o café da manhã, tomar 
banho, escovar os dentes, realizar compras em supermercados, até conseguir 
manusear adequadamente uma ferramenta (como tesouras, copos, talheres, 
etc), ou dirigir um carro, etc. Todas essas ações possuem um ponto em comum 
que as tornam fundamentais, elas são significativas para quem as faz, 
possuem características individuais que são próprias de cada indivíduo. 
 
As atividades de vida diária (AVD) compreendem aquelas atividades que se 
referem ao cuidado com o corpo das pessoas (vestir-se, fazer higiene, 
alimentar-se), as atividades instrumentais de vida diária (AIVD) são as 
relacionadas com atividades de cuidado com a casa, familiares dependentes e 
administração do ambiente (limpar a casa, cuidar da roupa, da comida, usar 
equipamentos domésticos, fazer compras, usar transporte pessoal ou público, 
lidar com as finanças). 
 
As AVD e AIVD são atividades que, para os idosos, possuem certo grau de 
complexidade, principalmente para aqueles idosos que já possuem algum 
comprometimento da saúde. No entanto, o que fica claro é que as AIVD 
possuem um grau de complexidade superior às AVD devido, principalmente ao 
seu caráter de envolvimento social. Assim, muitos idosos são capazes de 
realizar todas as tarefas dentro de sua própria casa, mas se for necessário 
fazer qualquer atividade que necessita de um contato social fora das 
dependências em que está habituado, ele se sente impossibilitado. 
 
O indivíduo quando apresenta dificuldades para realizar essas atividades de 
maneira satisfatória, dizemos que ele possui uma disfunção ocupacional e o 
profissional habilitado por lei a reabilitar e tratar as AVD é o terapeuta 
ocupacional O desempenho de atividades da vida diária são determinantes 
para o bem-estar e a qualidade de vida do idoso, desde a realização de 
serviços de rotina (vestir-se, tomar banho, realizar atividades domésticas...), 
até atividades relacionadas ao lazer (dançar, caminhar no parque, brincar com 
os netos, controlar a própria medicação e finanças). 
 
A habilidade para desenvolver tarefas de cuidado pessoal contribui para o nível 
de independência da auto-estima. A independência em habilidades de vida 
diária permite liberdade para desempenhar tarefas de trabalho e lazer que se 
tornam significativaspara a pessoa. A dificuldade para desempenhar tarefas de 
cuidado pessoal e dependência de outros para completá-las pode ter 
fundamental importância no bem-estar psicológico, social e financeiro de uma 
pessoa. 
 
O trabalho desenvolvido em relação às atividades de vida diária, tornam as 
pessoas responsáveis e autônomas com relação as suas necessidades 
básicas, simplesmente ao poderem pentear seus cabelos, escolherem e 
decidirem sobre sua aparência, pela forma de se apresentar ao mundo e de 
expressar sua identidade. Ao comerem sozinhas, decidirem quanto e o que lhe 
apetece, a quantidade que desejam ingerir e quando isso deve ocorrer, isso 
chamamos de autonomia. 
 
Sabemos que, depender de terceiros para realizar essas atividades traz uma 
sensação de incapacidade e dependência da vontade e disponibilidade do 
outro, para que suas necessidades e desejos sejam atendidos. Quantas vezes 
podemos observar as pessoas alimentando idosos de forma rápida e 
impessoal, não por falta de amor ou dedicação, mas por falta de tempo e até 
de uma real identificação dos desejos daquele indivíduo. Poder realizar essas 
tarefas sozinho, o idoso também está desenvolvendo sua autonomia, e essa 
atitude traz ao indivíduo uma relação muito íntima com a manutenção e 
promoção da vida. 
Assim, o Terapeuta Ocupacional reabilita o idoso através da realização de 
atividades cotidianas, como também utiliza atividades de trabalho, de lazer e de 
auto cuidado para tornar sua vida mais significativa. 
 
Agora vamos conhecer o termo CAPACIDADE FUCIONAL: que é capacidade 
do idoso para executar as atividades que lhe permitem cuidar de si próprio e 
viver independentemente em seu meio. É medida por meio de instrumentos 
que avaliam a capacidade do idoso para executar as Atividades de Vida Diária 
(AVD) e Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD). 
 
As AVDs - Englobam todas as tarefas que uma pessoa precisa realizar para 
cuidar de si próprio. A incapacidade de executá-las implica em alto grau de 
dependência. 
 
As AIVDs - Compreendem a habilidade do idoso para administrar o ambiente 
onde vive. 
 
Atividades da Vida Diária (AVD) 
 
CUIDADOS PESSOAIS 
 Comer 
 Banho 
 Vestir-se 
 Ir ao banheiro 
 
MOBILIDADE 
 Andar com ou sem ajuda 
 Passar da cama para a cadeira 
 Mover-se na cama 
 
CONTINÊNCIA 
 Urinária 
 Fecal 
Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVD) 
 
DENTRO DE CASA 
 Preparar a comida 
 Serviço doméstico 
 Lavar e cuidar do vestuário 
 Trabalhos manuais 
 Manuseio da medicação 
 Manuseio do telefone 
 Manuseio de dinheiro 
 
FORA DE CASA 
 Fazer compras (alimentos, roupas 
 Usar os meios de transporte 
 Deslocar-se (ir ao médico, compromissos sociais e religiosos 
 
Existem inúmeras escalas que servem para quantificação da capacidade para 
executar as Atividades da Vida Diária (AVD) e as Atividades Instrumentais 
da Vida Diária (AIVD), muitas delas validadas no Brasil, que são utilizadas 
pelos profissionais de saúde. Elas são breves, simples e de fácil aplicação para 
que atinjam o seu principal objetivo, que é servir como instrumento rápido de 
avaliação, triagem e estratificação de risco de dependência. 
 
Orientações Posturais para as Atividades de Vida Diária: 
 
1. Dormir: 
O colchão ideal deve ser firme e sobre um estrado inteiriço. Use um travesseiro 
que preencha o espaço cabeça-ombro e outro entre as pernas...ou, um 
travesseiro baixo para cabeça e nuca e uma almofada em baixo dos joelhos. 
 
2. Vestir: 
Sentar para se vestir e para calçar meias e sapatos. 
 
3. Atividades Domésticas: 
Agachar-se para arrumar a cama..ou ajoelhe-se, ou use uma cadeira. 
 
4. Repousar: 
Essa é a posição de máximo relaxamento para a coluna e deve ser realizada 
diariamente por 20 minutos. 
 
5. Levantar: 
Antes de levantar, mexa os braços e as pernas. Vire-se de lado, apóie-se nos 
braços e ponha as pernas para fora da cama. 
 
6. Sentar: 
Evite permanecer sentado durante muito tempo. Essa posição causa uma 
sobrecarga grande na coluna. Sentado, apóie-se no encosto da cadeira e 
mantenha os pés no chão e se possível os braços apoiados. Para deitar faça o 
contrário 
 
7. Trabalhar em pé: 
Sempre que possível coloque um dos pés sobre uma elevação. 
 
8. Realização de Trabalhos Manuais: 
Coloque uma almofada no colo para apoiar os cotovelos, evite abaixar muito o 
pescoço. 
 
9. Leitura, escrita e TV: 
Procure apoiar os cotovelos nos braços da cadeira ou mesa, evite abaixar 
muito o pescoço e inclinar o corpo. 
 
10. Sapatos e bolsas: 
Use sapatos confortáveis, com saltos largos de 3 a 4cm. Use uma bolsa 
pequena e leve. Carregue-a cruzada no peito ou utilize uma mochila de duas 
alças. 
 
11. Carregar objetos: 
Não dobre nunca o corpo a partir da cintura. Agache ou ajoelhe para pegar ou 
colocar objetos em lugares baixos. Evite levantar pesos do chão acima de 20% 
do seu peso corporal. Suba para pegar ou colocar objetos em lugares altos. 
 
12. Lavar e Passar roupas 
Para lavar e passar roupa, encoste a barriga no tanque ou na mesa e use um 
banquinho ou um tijolinho para apoiar o pé. Coloque o balde com a roupa 
molhada em cima de uma cadeira para prendê-la no varal, que deverá estar na 
altura de seu rosto. 
 
13. Varrer: 
Alongue o cabo das vassouras, rodos e pás, para não curvar-se durante a 
limpeza. 
 
_______________________________________________________________ 
 
A MOBILIDADE DA PESSOA IDOSA 
Fisioterapeuta Augusto César Alves de Oliveira 
 
Caro(a) CUIDADOR(A), saiba que você é uma pessoa muito importante, pois 
terá a oportunidade de acompanhar outra pessoa no decurso de sua vida: o 
idoso. Sei que muitas vezes você não escolheu ser “CUIDADOR(A)”, 
simplesmente você se viu na obrigação de ser “CUIDADOR(A)”. 
 
Devo parabenizá-lo (a) por ser você uma pessoa capacitada para auxiliar o 
idoso o qual apresenta limitações para realizar as atividades e tarefas da vida 
quotidiana, fazendo elo entre o idoso, a família e serviços de saúde ou da 
comunidade. 
 
É importante que você CUIDADOR(A) tenha em mente que ao lidarmos com 
idoso devemos atentar para a preservação da capacidade funcional do idoso. A 
capacidade funcional se divide em dois outros termos, a autonomia e a 
independência. Quando estamos proporcionando ao idoso sua capacidade de 
decidir o que fazer, como fazer e quando fazer estamos garantindo sua 
autonomia; por sua vez quando o idoso realiza suas atividades com sua própria 
capacidade física, estamos garantindo sua independência. 
 
O(A) CUIDADOR(A) é a aquela que observa e identifica o que o idoso pode 
fazer por si, avalia as condições e ajuda o idoso a fazer as atividades. Você 
não vai fazer pelo idoso, mas ajudá-lo quando ele necessitar, estimulando-o a 
conquistar sua autonomia, mesmo que seja em pequenas tarefas. 
 
Permita-me, como fisioterapeuta, contribuir com essa sua tarefa tão digna, com 
algumas dicas práticas e simples que poderá tornar seu trabalho mais eficaz e 
prazerosos. Sem mais delongas, vou apresentar os temas que pretendo 
abordar: úlceras de pressão, posicionamento, fatores de risco de quedas, 
transferências, exercícios e massagens. 
 
 
 
O QUE É ÚLCERA POR PRESSÃO (“ESCARA”)? 
São feridas que surgem na pele do idoso, quando permanece por muito tempo 
numa mesma posição. É causada pela diminuição da circulação do sangue nas 
áreas do corpo que ficam em contato com a cama ou com a cadeira. A úlcera 
de pressão também é conhecida por escara, e surge de uma hora para outra e 
pode levar meses para cicatrizar.Lembrete: Os locais mais comuns onde se formam as escaras são: região final 
da coluna, calcanhares, quadril, tornozelos. 
 
COMO PREVENIR AS ÚLCERAS POR PRESSÃO (“ESCARAS”)? 
 Estimule ou ajude o idoso acamado a mudar de posição pelo menos a 
cada 2 horas 
 Ao mudar o idoso de lugar ou de posição, faça isso com muito cuidado, 
evitando que a pele roce no lençol ou na cadeira, pois a pele está muito 
fina e frágil e pode se ferir. 
 Mantenha a roupa da cama e do idoso bem esticadas, pois as rugas e 
dobras da roupa podem ferir a pele. 
 Caso o idoso fique muito tempo em cadeira de rodas, ajude-o aliviar o 
peso do corpo sobre as nádegas. 
 Alguns apoios podem ajudar o idoso a se segurar e mudar de posição 
sozinha: barras de apoio para cabeceiras da cama, faixas de pano 
amarradas na cabeceira, nas laterais ou nos pés da cama ajudam o 
idoso a levantar ou mudar de posição na cama. 
 Proteja os locais do corpo onde os ossos são mais salientes com 
travesseiros, almofadas, lençóis ou toalhas dobradas em forma de rolo. 
 Ao fazer a higiene corporal, evite esfregar a pele com força, pois isso 
pode romper a pele. 
 
ORIENTAÇÕES DE POSICIONAMENTO NO LEITO: 
A posição em que o idoso permanece deitado pode causar: úlcera de por 
pressão, dor na coluna, dificuldade respiratória, e diminuição da qualidade do 
sono. 
Mudar, de 2 em 2 horas, para as posições: barriga para cima (decúbito dorsal), 
barriga para baixo (decúbito ventral), de lado (decúbito lateral), sentar no leito 
ou em poltrona e caminhar com o idoso se for possível. 
 
Lembretes: 
 A permanência prolongada numa mesma posição pode facilitar o 
aparecimento de úlceras por pressão. 
 Realize as mudanças de posição frequentemente, no ideal em 2 em 2 
horas. 
 O posicionamento adequado ao leito é fundamental para a prevenção da 
úlcera por pressão. 
 Diminua progressivamente o tempo de repouso no leito, levando-se em 
conta a condição clinica do paciente. Passar um período de tempo 
sentado é muito importante. 
 O idoso que permanecer um longo período em uma mesma posição fica 
com a sua circulação, seus movimentos e sua sensibilidade 
comprometidas. 
 A caminhada é uma atividade importante, pois ajuda a melhorar a 
circulação sanguínea e a manter o funcionamento das articulações, 
entre outros benefícios. 
 
Dicas: 
 Para auxiliar o idoso cuidado a andar é preciso que o cuidador lhe dê 
apoio e segurança. 
 Se o idoso incapacitada de andar, deixá-la parte do tempo na sala, local 
onde ocorre maior circulação dos membros da família, diminuindo o 
sentimento de solidão. 
 
 
PREVENÇÃO DE QUEDAS 
A prevenção de quedas é tarefa difícil devido à variedade de fatores de risco 
nos quais o idoso está exposto, que sejam dentro ou fora de casa. 
 
Dicas para prevenir as quedas: 
Dentro de casa: 
 deixe os caminhos livres, retirando móveis e entulhos; 
 retire tapetes soltos, cordões e fios (telefone, extensões) do assoalho; 
 não deixe animais soltos; 
 prenda tacos soltos e bordas soltas de carpetes; 
 não encere os pisos; 
 coloque uma iluminação adequada para a noite, principalmente no 
caminho do banheiro; 
 as escadas devem ter corrimãos, boa iluminação e faixa colorida e 
antiderrapante na borda dos degraus; 
 substitua ou conserte móveis instáveis; 
 evite cadeiras muito baixas e camas muito altas (deve ter a altura do 
joelho do idoso); 
 evite o uso de chinelos, salto alto e sapatos de sola lisa; 
 não deixe o idoso andar de meias; 
 guarde itens pessoais e objetos mais usados ao nível do olhar ou um 
pouco mais embaixo. 
 
No banheiro: 
 instale barras de apoio no chuveiro e no vaso sanitário; 
 instale um vaso sanitário mais alto; 
 mantenha um banquinho para lavagem dos pés; 
 use capachos e tapetes antiderrapantes; 
 não use chaves na porta dos banheiros. 
 
Fora de casa: 
 conserte calçadas e degraus quebrados; 
 remova soleiras altas das portas; 
 limpe caminhos e remova entulhos; 
 instale corrimão em escadas e rampas; 
 instale iluminação adequada em calçadas, portas e escadas. 
 
Com relação ao idoso: 
 evite que ele se levante rapidamente após acordar: esperar alguns 
minutos 
 antes de sentar e de caminhar; 
 atravesse a rua sempre nas faixas de segurança; 
 dar medicamentos somente sob orientação médica 
 estimule o idoso à prática de atividades de coordenação e concentração 
como dança, artesanato, palavras cruzadas e jogos. 
 
EXERCICIOS E MASSAGENS FEITAS PELO CUIDADOR 
O idoso por diversas razões pode ficar muito tempo acamado, com diminuição 
da mobilidade e comprometimento da sensibilidade e da circulação. 
 
O CUIDADOR deve ajudar o idoso recuperar movimentos e funções do corpo, 
prejudicados pela doença ou pela falta de mobilidade. Para isso deve incentivar 
ou realizar exercícios físicos no idoso e massagens. 
 
MASSAGENS 
Podem ser feitos com a mão, com uma esponja macia, toalha ou com panos de 
várias texturas. Nas massagens é bom usar creme ou óleo. 
- As massagens podem ser feitas no corpo todo. Os toques e massagens 
ajudam o idoso a perceber o próprio corpo e a relaxar, além de ativar a 
circulação e melhorar os movimentos. 
 
EXERCICIOS 
Os exercícios podem ser realizados mesmo que os idosos estejam acamados, 
em cadeira de rodas. Os exercícios devem ser fáceis e práticos. 
- Movimente cada um dos dedos dos pés, para cima e para baixo, para os 
lados e com movimentos de rotação. 
- Segure o tornozelo e movimente o pé para cima, para baixo, para os dois 
lados e em movimentos circulares. 
- Dobre e estenda uma das pernas, repita o movimento com a outra perna (sem 
atritar o calcanhar na cama, que favorece o surgimento de feridas). 
- Com os pés do idoso apoiados na cama e os joelhos dobrados: faça 
movimentos de separar e unir os joelhos; solicite que o idoso levante os 
quadris e abaixe lentamente; Levante e abaixe os braços do idoso, depois abra 
e feche; Faça movimentos de dobrar e estender os cotovelos, os punhos e 
depois os dedos; Ajude o idoso a flexionar suave e lentamente a cabeça para 
frente e para trás, para um lado e depois para o outro, isto alonga os músculos 
do pescoço. 
_______________________________________________________________ 
 
CUIDADOS DIÁRIOS AOS IDOSOS 
Enfermeira Ana Paula Rebelo 
 
Cuidador, aqui você aprenderá como melhorar a qualidade da assistência que 
você presta ao idoso. Sabemos que diariamente o ajudamos. Dias mais 
simples até as mais complexas atividades de vida do idoso, onde muitas vezes 
ele depende (de nós) do nosso cuidado para tudo: tomar banho, vestir-se, 
escovar os dentes e assim por diante. 
 
Vamos aprender? 
1. Higienização e Vestuário: 
As atividades relacionadas à higiene e ao vestuário são essenciais na vida do 
idoso, pois previnem doenças, desconforto físico e psicológico. 
 
1.1. Banho: 
Se o idoso se nega a tomar banho, devemos entender primeiramente esta 
causa, que pode ser desde uma timidez em mostrar o corpo ou mesmo o 
horário em que queremos dar o banho. Pode não ser o horário habitual (de 
costume) do idoso. 
 
1.2. Ambiente: 
No que se refere ao ambiente, devemos ter alguns cuidados antes de levar o 
idoso para o banho, como ter cuidado em manter o piso seco, usar tapetes 
antiderrapantes, o que previne quedas ou escorregões. (Pode-se colocar) 
barras de seguranças devem ser colocadas em todo o banheiro, o que permite 
que o idoso tenha onde apoiar-se durante o uso do banheiro e também auxilia 
na sua movimentação. 
 
Muitos idosos conseguem tomar banho sozinhos, apenas apoiando-se nas 
barras como auxilio, entretantodevemos estar por perto para o que for 
necessário. Se você perceber que ele não consegue se manter em pé durante 
todo o banho, pode ser providenciada uma cadeira de banho. 
Esta mesma cadeira deve ser utilizada no caso de idosos acamados, pois 
estes também devem tomar banho de chuveiro (banho de aspersão), pois 
permitirá a sua saída da cama. De preferência, não opte pelo banho na cama, 
pois além de não ser tão relaxante para o idoso, aumenta as chances de 
formação de úlceras, pelo risco que se tem de deixar áreas úmidas da cama, 
além de prejudicar a postura do cuidador. 
 
Os passos a serem seguidos antes do banho: 
- Separe todos os materiais que serão usados; prepare o banheiro; separe no 
quarto as roupas limpas do idoso a serem utilizadas e as de cama quando 
necessário. Se possível estimule para que o próprio idoso escolha sua roupa. A 
autonomia (capacidade de decisão) do idoso deve ser sempre estimulado. 
- É essencial que os materiais de higiene pessoal sejam escolhidos pelo idoso, 
e quando isto não for possível, informe-se da sua preferência. Durante o banho 
só faça por ele aquilo que ele não consegue fazer por si só, aproveite este 
momento par observar a pele, couro cabeludo, tamanho das unhas, presença 
de (se há) assaduras ou áreas ressecadas. (Pode ser feito) Durante a higiene 
com o sabonete, pode ser feita uma massagem no corpo do idoso, o que relaxa 
e ainda favorece a circulação. 
- Depois do banho enxugue bem o corpo do idoso. Enxugue os espaços entre 
os dedos das mãos e pés, atrás das orelhas e assim por diante. Para 
locomovê-lo do banheiro para o quarto você pode utilizar um roupão, que o 
protege das correntes de ar e é de uso fácil. 
 
1.3. Higiene oral: 
A higiene oral ou bucal deve ser feita sempre após as refeições, utilizando a 
escova de dentes, o fio dental e se possível o anti-séptico. Use escovas 
macias, pequenas e não escove com força. 
Faça movimentos de vai e vem e circulares com a escova, e não esqueça de 
escovar a lingua. Se o idoso consegue escovar sozinho, você deve permitir, 
apenas oriente-o se for preciso. 
Se há uma dificuldade de uso da escova de dente, envolva a ponta de uma 
espátula com gaze, prenda com esparadrapo e molhe em um anti-séptico e 
faça a higiene da cavidade oral. Não é recomendado colocar seu dedo na boca 
do idoso, ele pode, mesmo sem querer lhe morder. 
 
1.4. Próteses: 
Quanto aos idosos que fazem uso de próteses dentárias, estas devem ser 
retiradas diariamente após cada refeição e escovadas com escova de dente e 
passado fio dental. 
Quando retirar as próteses faça higiene da boca com uma gaze presa na 
espátula, o que retirará restos alimentares e prevenirá infecções. 
 
1.5. Vestuário: 
As roupas e sapatos a serem utilizadas pelo idoso devem seguir dois pontos: 
· Serem confortáveis e seguras 
· Serem do estilo e escolha do idoso. Sempre que ele puder escolher a roupa 
que quer usar você deve permitir, assim ele se sentirá melhor com o que vai 
usar e terá suas vontades respeitadas. 
Use roupas que se adequem à estação do ano, ou seja, no inverno use 
agasalhados, suéteres, moletons, meias e no verão, roupas frescas e de 
algodão. Evite tecidos sintéticos que podem causar alergias. Você pode 
escolher roupas que tenham abertura na frente o que facilita a colocação e a 
retirada, mas lembre-se: a vontade do idoso deve ser seguida. Se o idoso 
consegue se vestir (só) sem sua ajuda, você deve permitir, mesmo que isto 
demore além do esperado. 
 
Quanto aos sapatos, dê preferência aos de velcro, com elástico e de tecidos 
moles e antiderrapantes, o que evita quedas e são fáceis de calçar, como por 
exemplo, as alpercatas. As sandálias que deixam o calcanhar “solto”, 
aumentam o risco de quedas. 
 
2. Úlceras por Pressão e Cuidados com a Pele: 
Os idosos têm muita facilidade em (de) apresentar úlceras de pressão, 
principalmente os que ficam muito tempo deitados ou sentados, os que têm 
déficit nutricional (desnutrição), que não ingerem muito líquido, aqueles que 
têm infecções e uma péssima higienização. 
 
Para prevenir o aparecimento de “escaras” deve-se: 
 oferecer água freqüentemente ao idoso; 
 enxugá-lo bem após o banho; 
 usar cremes hidratantes; 
 esticar bem os lençóis da cama, não deixando dobras e trocá-los 
sempre que houver sujidades, restos de comidas ou se estiverem 
molhados. 
 
Se o idoso passa muito tempo deitado você deve: 
 colocar colchão casca de ovo oi colchão d`água (“anti-escara”); 
 colocar travesseiros sobre as proeminências ósseas; 
 mudar a posição dele na cama a cada 2 horas. 
 
2.1. Pele: 
A pele do idoso deve ser observada diariamente durante o banho, trocar de 
fraldas e sempre que possível. Observe se há hematomas, lesões, cortes, 
hiperemia (pele vermelha), o início da formação de uma úlcera. 
Para prevenir tais complicações devemos além de hidratar o idoso com líquidos 
e hidratantes, trocar a fralda constantemente e fazer a higiene íntima sempre 
que o idoso apresentar diurese ou defecar. 
Tenha cuidado ao levantá-lo ou transportá-lo: sua pele é mais delicada e fina e 
pode lesionar muito fácil. Evite o uso de produtos sintéticos, de cheiro forte e 
de talcos. 
 
3. Medicação: 
A administração de medicamentos ao idoso deve ser feita com muita atenção e 
cuidado. Antes de tudo, não confie na sua memória: anote cada medicação que 
o idoso irá tomar, o horário e a dose. Só administre o que está prescrito e se 
não souber como, peça auxílio. 
Sempre confira a data de validade das medicações e sempre a coloque em um 
copinho, tipo os de cafezinho, para poder dar ao idoso e nunca diretamente na 
sua mão. Lembrar a regra dos 5 certos: medicamento certo, paciente certo, 
dose certa, hora certa, via certa. 
Não deixar medicações para o idoso tomar “daqui a pouco”, sendo ele lúcido 
ou não, peça para ele tomar (que ele tome) a medicação na sua frente. Antes e 
após administrar qualquer medicação, lave as mãos. 
 
4. Curativos: 
MATERIAL necessário: 
 Máscara 
 Luva estéril (02 pares) 
 Luva de procedimento (01 par) 
 Soro fisiológico 500ml 
 Gaze estéril (01 pacote) 
 Esparadrapo 
 Cobertura, se houver (papaína, ácidos graxos, fibrase) 
 Saco para lixo 
 Bandeja 
 
TÉCNICA: 
 Lave as mãos para evitar infecção; 
 Reúna todo o material em uma bandeja; 
 Coloque o idoso em posição adequada; 
 Coloque luva de procedimento, molhe o curativo com soro fisiológico e 
remova o curativo anterior; 
 Descarte o curativo no saco de lixo; 
 Retire as luvas; 
 Lave as mãos; 
 Abra o pacote de gaze sem contaminar, bem como a cobertura (pomada 
ou creme ou medicação para o curativo); 
 Calce a luva estéril; 
 Com o soro fisiológico molhe a lesão, em jato; 
 Enxugue as bordas da (com gaze /enxugar a) lesão com gaze; 
 Coloque a cobertura se for o caso; 
 Retire as luvas; 
 Coloque o esparadrapo; 
 Recolha o material; 
 Lave as mãos. 
 
5. Cuidados com a alimentação enteral: 
Quando um idoso não consegue ou tem dificuldade em (de) se alimentar, 
normalmente pela boca, apresenta engasgos e tosse com frequência, 
(cavidade oral) (ou não consegue mais), ele pode passar a se alimentar por 
uma sonda nasoenteral temporária ou definitivamente. Esta sonda (se) consiste 
em um tubo que é passado pelo nariz até o estomago ou o intestino, pela 
equipe de enfermagem. 
Este meio de alimentação, também conhecido como gavagem, previne a perda 
de peso, desnutrição, problemas gastrointestinais (constipação, diarréia) e 
ajuda o idoso na sua recuperação. 
 
A dieta a ser ingerida pela sonda é prescrita por um nutricionista. Esta dietapode ser caseira ou artesanal (dura cerca de 12 horas) ou ainda industrializada 
(cerca de 24 horas). 
 
Devemos ter alguns cuidados com a nutrição enteral: 
· Antes de administrá-la, elevar a cabeceira do idoso, (colocar o idoso na 
posição de fowler), o que previne aspirações, refluxos e vômitos. 
· Depois que ele receber a alimentação, não deitá-lo imediatamente, deixá-lo 
com a cabeceira elevada (na posição) por no mínimo 30 minutos. 
· Após administrar a dieta, lavar a sonda com água e durante os intervalos da 
dieta, a sonda também pode ser lavada com água. A quantidade a ser 
administrada é estabelecida pelo nutricionista. 
· Deixar a sonda fechada quando terminar para a dieta não retornar. 
· Se a sonda sair por inteiro ou parcialmente, não tentar recolocar, guarde-a 
apenas e providencie auxílio com profissionais de saúde. Estas sondas podem 
ser utilizadas por cerca de 15 dias a 6 meses, dependendo do material delas. 
 
6. Atuação dos profissionais da enfermagem: 
A atuação dos profissionais de enfermagem junto ao idoso, engloba, além de 
todos os cuidados e técnicas de enfermagem, o conhecimento específico do 
processo de envelhecimento. 
 
O idoso passa por transformações físicas, psicológicas e sociais, que devem 
ser entendidas e respeitadas para que a assistência prestada seja eficiente. Tal 
assistência deve englobar ações que previnam complicações e que promova o 
seguimento da terapia seguida e leve à qualidade de vida. 
 
A enfermagem atua nesta área tanto em Instituições de Longa Permanência 
para Idosos, como em hospitais, que atendem idosos principalmente na área 
de clínica médica; pode atuar em Programas de Saúde da Família, que têm 
atividades voltadas para a Saúde do Idoso e ainda em cuidados domiciliares. 
 
_______________________________________________________________ 
 
CUIDANDO DO COMUNICAÇÃO DA DEGLUTIÇÃO DO IDOSO 
Fonoaudióloga Francelise Pivetta Roque 
 
Nesta parte do material vamos falar sobre dois assuntos: a comunicação e a 
deglutição (ato de engolir). 
 
Vamos começar pela COMUNICAÇÃO, que é o ato de trocar idéias, 
sentimentos e pensamentos, entre duas ou mais pessoas. 
 
A comunicação está presente em várias situações da nossa vida!!!! 
 
Para o idoso independente, a comunicação lhe permite se relacionar, tanto com 
as pessoas da sua idade, quanto com crianças e membros da família, além de 
preservar a sua identidade, contar sobre o seu passado e fazer planos. 
 
Pense um pouco sobre quantas vezes nós nos comunicamos com outras 
pessoas ou com a gente mesmo desde a hora em que acordamos até a hora 
em que dormimos!!! 
 
Quando o idoso é dependente em algum aspecto, necessitando de auxílio do 
cuidador, a comunicação lhe permite dizer o que está sentindo e o que quer, de 
forma que ele continue autônomo (decidindo sobre sua própria vida), e 
facilitando ao cuidador saber de suas necessidades e desejos durante o 
cuidado. 
 
A comunicação depende que a pessoa possa: 
 Ouvir 
 Entender o que ouviu 
 Ver (expressões faciais e escrita) 
 Compreender o que vê 
 Pensar no que quer falar 
 Lembrar e escolher as palavras certas 
 Usar as palavras certas na situação adequada 
 Saber o significado das palavras 
 Fazer a voz 
 Mexer a boca para os sons saírem 
 Ler (no caso da escrita) 
 Escrever (no caso da comunicação escrita) 
 
O idoso tem mudanças em todo o seu corpo, conseqüentemente, a 
comunicação dele também sofre mudanças. Um idoso saudável não se 
comunica como um jovem, mas ele consegue atingir o seu objetivo. Porém, 
mesmo saudável, ele provavelmente terá dificuldade para ouvir, e alguma 
dificuldade para ver, que podem ser leves ou mais sérias. 
Nestes casos, é importante saber que: 
 Se o idoso não conseguir se comunicar bem, ele pode ficar deprimido, e 
receber menos estímulos do ambiente, “enfraquecendo” a memória e o 
pensamento, podendo até ficar doente. 
 Mesmo que estas dificuldades sejam “normais” do idoso, elas têm 
tratamento, que pode ser remédio, cirurgia, ou uso de aparelho auditivo 
ou óculos. 
 Por estes motivos, o idoso deve ser levado ao médico, para avaliar e 
tratar estas dificuldades. No caso de dificuldade para ouvir, ele também 
deverá ser levado ao fonoaudiólogo, profissional que irá fazer os 
exames da audição e dizer qual é o aparelho certo para ele. 
 Existem também algumas dicas para facilitar esta comunicação. Estas 
dicas são fáceis de serem feitas, e o resultado é muito bom. 
 
Atenção!!!! 
O idoso pode ter outras dificuldades para se comunicar, que não são “normais” 
do envelhecimento! Problemas para falar, como na Doença de Parkinson, em 
que a voz fica muito fraca e a boca dele se mexe pouco (Disartria), problemas 
para entender e se expressar (Afasia), como pode acontecer no “derrame” e na 
Demência de Alzheimer, além de outros problemas (ex.: Dispraxia de fala). 
Nestes casos, o médico e o fonoaudiólogo devem ser consultados. O médico 
irá fazer a avaliação da doença e irá dar o tratamento medicamentoso. O 
fonoaudiólogo irá fazer a avaliação da comunicação e o tratamento com 
exercícios e orientações. 
 
Seja levando o idoso ao profissional adequado, seguindo as orientações dadas 
pelos profissionais, ou facilitando a comunicação com o uso de “estratégias”, o 
papel do cuidador na garantia da comunicação é fundamental!!!! 
 
DICAS PARA FACILITAR A COMUNICAÇÃO COM OS IDOSOS 
 
Idoso com problemas para ouvir ou entender (como nas Afasias, após 
“derrame”, ou nas Demências, como na Doença de Azheimer): 
1) Deixe o ambiente claro enquanto fala com ele(a); 
2) Diminua ou elimine barulhos de fundo quando estiver conversando; 
3) Aproxime-se de uma forma que o(a) idoso(a) perceba sua aproximação, pois 
caso contrário ele(a) pode se assustar com a sua presença. Chegue perto 
dele(a) devagar e pela frente, ou use o toque para chamá-lo; 
4) Fique de frente para o(a) idoso(a) com o(a) qual se está comunicando, e 
perto o suficiente antes de começar a falar, mantendo contato de olho com ele, 
sempre que possível; 
5) Evite comer, mastigar, fumar ou pôr as mãos na frente do rosto enquanto 
fala, pois senão sua fala será mais difícil de ser entendida; 
6) Fale numa velocidade normal, sem gritar, mexendo bem a boca! 
7) Use frases curtas e simples para tornar a comunicação mais fácil; 
8) Use objetos, fotografias e escrita para auxiliar a compreensão (ex.: „bote o 
café na mesa‟, apontando para o café e/ou para a mesa”); 
9) Permita tempo suficiente para conversar com um(a) idoso(a). Evite 
interromper a fala dele. Se estiver apressado poderá gerar estresse e criar 
barreiras para uma conversação com significado; 
 
Idoso com problemas para ouvir: 
1) Se o(a) idoso(a) usa AASI (Aparelho de Amplificação Sonora Individual = 
aparelho auditivo) e continua com dificuldade para ouvir, veja se o AASI está 
na orelha dele(a); 
2) Também verifique se o aparelho auditivo (AASI – Aparelho de Amplificação 
Sonora Individual) está ligado, e com a bateria funcionando. Se tudo estiver 
“OK” e o(a) idoso(a) continuar com dificuldade para ouvir, identifique quando foi 
a última avaliação; 
3) Se o(a) idoso(a) tiver dificuldade para ouvir algo, encontre um jeito diferente 
de dizer a mesma coisa, ao invés de repetir as mesmas palavras várias vezes; 
4) Lembre-se de que, quando estas pessoas estão cansadas ou doentes, elas 
escutam e entendem menos; 
 
Idoso com problemas para entender e se expressar (como nas Afasias, 
após “derrame”, ou nas Demências, como na Doença de Azheimer) 
1) Faça uma pergunta ou dê uma ordem por vez; 
2) Faça perguntas fechadas, ou seja, perguntas em que você dá asopções 
para resposta, como por exemplo: você quer suco ou água? Você quer sair? 
(sim ou não); 
3) Faça perguntas abertas quando você quiser manter diálogo, como por 
exemplo, “como foi hoje no médico?” ou “o que você achou do passeio?”; 
4) Repita o que ele não entendeu usando as mesmas palavras; 
5) Repita o que ele não entendeu usando outras palavras; 
6) Ajude-o a lembrar de uma palavra, pedindo que ele fale sobre o que está 
querendo lembrar; 
7) Tente entender o que ele está querendo interpretando o comportamento 
dele; 
 
Idoso com problemas graves para enxergar: 
1) Se você está entrando num local com alguém com dificuldades visuais 
grandes, descreva o ambiente, outras pessoas que estão no quarto e o que 
está acontecendo; 
2) Diga à pessoa quando você estiver indo embora, e diga se alguém ficará no 
quarto, ou se ela ficará sozinha; 
3) Aproveite a visão residual (o “resto de visão” que ele tem), não desconsidere 
o pouco que ele vê (quando ele vê pouco); 
4) Permita à pessoa utilizar o seu braço como guia; 
5) Enquanto você falar, deixe o(a) idoso(a) saber a quem você está se 
dirigindo; 
6) Pergunte como você pode ajudar: acendendo a luz, lendo o cardápio, 
descrevendo onde estão as coisas, ou de outra forma; 
7) Deixe as coisas onde elas estão a não ser que o(a) idoso(a) peça para tirar 
do lugar; 
8) Chame o nome do(a) idoso(a) antes de tocá-lo. Fazendo isso você irá 
permitir que ele saiba que você o está ouvindo; 
9) Permita à pessoa tocar você; 
10) Trate-o(a) como um(a) idoso(a) que vê, na medida do possível; 
11) Use palavras como “olhe” e “se parece” normalmente; 
12) Nem sempre a cegueira é total. Use movimentos e gestos amplos, e cores 
contrastantes; 
13) Explique o que você está fazendo, por exemplo, olhando para alguém ou 
puxando a cadeira; 
14) Descreva caminhos em lugares rotineiros. Use pistas auditivas e olfativas; 
15) Estimule a familiaridade e a independência o quanto for possível. 
 
Vamos agora falar sobre DEGLUTIÇÃO, que é o ato de engolir, importante 
para que possamos nos alimentar. 
É pela deglutição que a comida e a saliva passam da boca até o estômago. Ela 
tem várias fases, integradas entre si. 
Pela deglutição, não somente as pessoas podem conseguir o alimento para o 
corpo, como também têm momentos de prazer e de convivência 
proporcionados pelos momentos de alimentação. 
 
Importante!!! 
Às vezes, por alguma doença ou outro problema de saúde, comuns nos idosos, 
o alimento ou a saliva podem se desviar do “caminho” esperado, podendo 
chegar até o pulmão. Estes tipos de problema para deglutir se chamam 
“disfagia”, e podem levar o idoso a ter pneumonia, desnutrição, desidratação, 
perda do prazer de se alimentar, podendo chegar, em alguns casos mais 
graves, à morte. 
 
ATENÇÃO AOS PRINCIPAIS SINAIS DE DISFAGIA!!!!! 
 Tosse 
 Febre sem causa aparente 
 Engasgo 
 Pneumonias de repetição 
 Dificuldade para respirar durante a alimentação 
 Perda de peso que não foi planejada, nem indicada pelo médico ou 
nutricionista 
 Saída de alimento pela boca ou pelo nariz 
 Perda de apetite 
 Voz “molhada” ( voz de “gargarejo”) 
 Qualquer outra dificuldade para deglutir 
 Sensação de que o alimento está “parado” na garganta 
 
Na presença de um ou mais destes sinais, o médico e o fonoaudiólogo devem 
ser consultados. O médico irá diagnosticar e tratar a causa da disfagia e o 
fonoaudiólogo irá indicar qual a forma mais segura de se alimentar (pela boca 
ou por uma sonda), as consistências dos alimentos que ele consegue deglutir 
(líquido, pastoso ou sólido), além de outras orientações e exercícios. 
 
Em relação à deglutição, novamente o papel do cuidador é 
importantíssimo!!!! Por estar mais próximo do idoso, muitas vezes ele é o 
primeiro a identificar os sinais que podem indicar a disfagia. Além disso, o 
modo como ele oferece a alimentação é decisivo na saúde no idoso, bem como 
o seguimento das orientações do fonoaudiólogo. 
 
DICAS PARA AJUDAR O IDOSO A DEGLUTIR DE FORMA MAIS SEGURA 
Estas dicas não substituem a avaliação do médico e do fonoaudiólogo, elas 
apenas complementam. 
1) Só dê comida para ele(a) quando ele(a) estiver bem acordado. 
2) Dê comida para ele(a) em um lugar calmo, sem barulho e sem muitas coisas 
para distraírem a atenção dele. 
3) Ajude-o(a) a engolir quando perceber que não engoliu: diga para ele(a) 
engolir, e use também gestos, toque e outras pistas. 
4) Ele(a) deve comer sentado (de preferência 90º) e continuar sentado 40 min 
depois que comer. 
5) Limpe a boca e a prótese dentária depois das refeições. 
6) Tente chamar a atenção dele se ele estiver distraído durante a alimentação. 
7) Coloque pouco alimento/bebida por vez, na colher, garfo ou no copo. 
8) Veja se ele(a) engoliu antes de lhe dar mais comida. 
9) Não use líquidos para fazer a comida descer. 
10) Se ele(a) tossir, não dê mais líquido logo em seguida. 
11) Se ele(a) engasgar, peça a ele(a) que tussa com força. 
_______________________________________________________________ 
 
CUIDANDO DA NUTRIÇÃO E DA ALIMENTAÇÃO DO IDOSO 
Nutricionista Emilia Maria Wanderley de Gusmão Barbosa 
 
O QUE É PRECISO SABER PARA CUIDAR DA ALIMENTAÇÃO DO IDOSO? 
Primeiramente, é preciso que o cuidador conheça as preferências alimentares 
do idoso e procure oferecer: 
 O número de refeições deve ser de 5 a 6 por dia, com refeições 
menores e fracionadas, para evitar que o cansaço prejudique a 
alimentação e a nutrição; 
 A alimentação do idoso, como regra geral, deve ser um pouco mais mole 
que a do adulto, mas não pastosa ou líquida, possibilitando o exercício 
da mastigação e dos seus músculos, ainda que estes já não sejam tão 
vigorosos; 
 O ritmo deve ser lento, para permitir uma adequada coordenação entre 
as funções de deglutição e respiração; 
 O idoso deve alimentar-se sem ajuda ou com a ajuda mínima possível e 
necessária. Isto mantém estimulado o ato de alimentar-se, devendo o 
cuidador permanecer ao lado dele, supervisionando a refeição; 
 A posição sentada é obrigatória em qualquer alimentação, devendo-se 
evitar que o idoso deite até pelo menos 30 minutos após a refeição. Para 
idosos acamados deve-se ter o cuidado de manter a cabeceira elevada. 
Assim, evita-se o refluxo alimentar e a aspiração para o pulmão. 
 
A alimentação correta é um dos fatores que tem maior influência na saúde e no 
bem-estar do idoso. A manutenção de um estado nutricional adequado e a 
alimentação equilibrada estão associadas a um processo de envelhecimento 
saudável. 
 Refeições em horários regulares; 
 Pratos atrativos, coloridos e saborosos; 
 Refeição em local agradável e confortável, de preferência compartilhada 
com outras pessoas; 
 O local deve ser adequado, sem televisão ligada ou barulhos e 
distrações excessivos. 
 O idoso lúcido pode ser orientado a realizar deglutições com mais força 
e consciência dos movimentos como forma de exercitar-se. O cuidador 
pode estimular com palavras de ordem como: mastigue!, engula! 
 
E QUANTO AO CONTEÚDO DAS REFEIÇÕES? 
 Devem ser oferecidos alimentos variados, lanches entre as refeições 
principais, sucos de frutas naturais, frutas, legumes e verduras, carne 
magras, peixes, aves, leite e seus derivados (queijos brancos, iogurte), 
dentre outros alimentos da preferência do idoso. 
 Doenças crônicas são comuns no idoso, como diabetes mellitus, 
hipertensão arterial, doença cardíaca, alterações no colesterol, etc. É 
importante observar se há necessidade de dieta especial, decorrente 
destas doenças, buscando orientação alimentar individualizada com 
profissional de saúde especializado, queestará apto a reconhecer tais 
obstáculos e ajudá-lo a manter a melhor qualidade de vida possível e 
merecida pelo idoso. 
 Nos casos em que a capacidade mastigatória e de deglutição estejam 
prejudicadas (por falta de dentes, próteses mal adaptadas ou certas 
doenças), poderá ser necessária a mudança da consistência de alguns 
alimentos, ou seja, preparações de consistência macias (purês, papas, 
carnes moídas e desfiadas, frutas amassadas) e/ou semi-líquidas 
(vitaminas, sopas cremosas, mingaus). 
 ATENÇÃO: a partir dos 60 anos aumentam as chances da pessoa ficar 
desidratada, ao mesmo tempo em que diminui a sensação de sede. O 
idoso deve tomar muitos líquidos, especialmente quando o tempo estiver 
quente. Ofereça líquidos com freqüência, mesmo que ele não solicite. 
 A visão geralmente debilitada dificulta a escolha dos alimentos. No caso 
do idoso fazer suas próprias compras, acompanhe-o para que escolha 
alimentos saudáveis, variados e em bom estado de conservação e 
higiene. Observe o prazo de validade no rótulo dos produtos. 
 Verifique com o médico quais são os remédios que causam enjôos e 
azia, para oferecê-los em horários distantes das refeições. 
 Com o envelhecimento,diminui a capacidade de sentir o gosto e o cheiro 
dos alimentos. Use temperos naturais para acentuar o sabor dos 
alimentos, sem abusar do sal, como: coentro, alho, cebola, cebolinha, 
orégano, hortelã, folha de louro, entre outro. 
 Evite alimentos industrializados. Ofereça sempre comida caseira, que é 
natural e saudável, e não contém conservantes, corantes, produtos 
químicos e gorduras prejudiciais à saúde. 
 
QUAIS OS PASSOS QUE DEVEM SER SEGUIDOS PARA UMA 
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA AS PESSOAS IDOSAS? 
Segundo o Ministério da Saúde, são 10 os passos com orientações práticas 
sobre como ter uma alimentação saudável: 
 
1º passo: Faça pelo menos 3 refeições (café da manhã, almoço e jantar) e 2 
lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições! 
Oferecer 6 a 8 copos de líquidos durante os intervalos das refeições, como 
água, chás, sucos, para evitar a desidratação e melhorar o hábito intestinal. 
A higiene oral deve ser rigorosa e habitual após cada refeição. 
 
2º passo: Inclua diariamente 6 porções do grupo de cereais nas refeições 
(arroz, milho e trigo, pães e massas; tubérculos como a batata; raízes com 
macaxeira/inhame). Dê preferência aos grãos integrais (aveia, gérmen de trigo, 
pão integral) e aos alimentos na sua forma mais natural. 
 
3º passo: Coma diariamente pelo menos 3 porções de legumes e verduras 
como parte das refeições e 3 porções ou mais de frutas nas sobremesas e 
lanches. 
 
4º passo: Coma feijão com arroz todos os dias ou, pelo menos, 5 vezes por 
semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom 
para a saúde. 
5º passo: Consuma diariamente 3 porções de leite e derivados e 1 porção de 
carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele 
das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis! 
 
6º passo: Consuma, no máximo, 1 porção por dia de óleos vegetais, azeite, 
manteiga ou margarina. 
 
7º passo: Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e 
recheados, sobremesas doces e outras guloseimas como regra da 
alimentação. Coma os, no máximo, 2 vezes por semana. 
 
8º passo: Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. 
 
9º passo: Beba pelo menos 2 litros (6 a 8 copos) de água por dia. Dê 
preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições. 
 
10º passo: Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de 
atividade física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo. 
 
E SE O IDOSO APRESENTAR ALGUMA ALTERAÇÃO INTESTINAL? 
Alguns medicamentos podem ocasionar efeitos colaterais indesejáveis, 
atuando no hábito intestinal do idoso. Alimentos contaminados ou estragados 
também podem causar alterações, por isso a importância da escolha de 
alimentos em bom estado de conservação e preparados de forma higiênica. 
 
NA PRESENÇA DE DIARRÉIA: 
Oferecer líquidos com freqüência (água, água de côco, sucos de frutas); 
 Trocar o leite de vaca por leite de soja; 
 Evitar fibras (alimentos integrais, verduras cruas, repolho, couve ); 
 Evitar alimentos gordurosos e frituras; 
 Oferecer frutas e sucos com efeito constipante: caju, maçã, banana, 
maracujá; 
 Oferecer legumes cozidos em forma de saldas e sopas: batata-inglesa, 
cenoura, chuchu. 
NA CONSTIPAÇÃO INTESTINAL (PRISÃO DE VENTRE): 
 Oferecer líquidos com freqüência; 
 Oferecer alimentos ricos em fibras, como verduras cruas (alface, tomate, 
pepino, cebola); frutas cruas (laranja com bagaço, mamão, melão, 
melancia, ameixa seca, uva passa); legumes e verduras (quiabo, 
maxixe, couve, repolho) e alimentos integrais (pão e arroz integral, 
aveia, farelo e gérmen de trigo); 
 Adicionar ao almoço e jantar uma colher de sopa de azeite de oliva. 
 
E QUANDO O IDOSO PRECISA ALIMENTAR-SE POR SONDA? 
Quando o idoso não consegue alimentar-se por via oral, é necessária a 
alimentação por via enteral, ou seja, através de sonda nasogástrica. Ele pode 
estar hospitalizado ou em domicílio. Caso esteja em domicílio, as refeições 
serão ofertadas em horários determinados. Serão oferecidos líquidos finos, 
para não causar obstrução da sonda, que podem ser industrializados (fórmulas 
prontas) ou preparados de forma artesanal e liquidificados. 
 Prepare o conteúdo da sonda de forma higiênica e conforme as 
orientações do nutricionista; 
 Administre a dieta pela sonda gástrica, de forma lenta, colocando o 
idoso em posição sentada ou semi-sentada; 
 Lave a sonda após a dieta, com 20 ml de água filtrada; 
 Observe se ocorre tosse excessiva ou diarréia persistente. Nestes 
casos, comunicar ao médico e/ou nutricionista. 
__________________________________________________________ 
Referências bibliográficas: 
 
1) Boult C. et al. Screening elders for risk of hospital admission. J Am 
Geriatric Soc. v. 41, p.811-7,1993. 
 
2) Guillén-Llera F, Martin JPM. Síndromes y cuidados en el paciente 
geriátrico. Barcelona: Masson, 1994. 
 
3) Camarano AA. Muito além dos 60: Os novos idosos brasileiros/Org Ana 
Amélia Camarano- RJ: IPEA, 1999. 
 
4) Rocha SM, Gomes MGC, Filho JBL. Tratado de Geriatria e Gerontologia. 
In Editora Guanabara Koogan S.A, RJ. 2006. 
 
5) Carvalho Filho ET, Papaléo M. GERIATRIA - FUNDAMENTOS, CLÍNICA 
E TERAPÊUTICA. Rio de Janeiro: Atheneu, 1994. 
 
6) Principles of Geriatric Medicine and Gerontology. New York: Hazzard, 
W.R., Mcgraw-Hill, 1994. 
 
7) Siqueira AB, Cereda R, Perracini MR, Ramos LR. Impacto Funcional da 
Internação Hospitalar em idosos. Rev. Saúde Publica 2004;38(5):687-
94. http://www.scielo.br/pdf/rsp/v38n5/21757.pdf. 
 
8) Perracini MR. Fatores relacionados a quedas em uma coorte de idosos 
residentes na comunidade. Rev Saúde Pública 2002; 36(6):709-716. 
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v36n6/13525.pdf. 
 
9) Ramos LR, Toniolo Neto J, Cendoroglo MS, Garcia JT, Najas MS, 
Perracini M, Paola C, Santos FC, Bilton TS, Macedo MBM, Clineu AMF, 
Nasri F, Miranda RD, Gonçalves M, Santos ALP, Fraietta R, Vivacqua I 
N, Alves MLM, Tudisco ES. Two-year follow-up study of elderly residents 
in S. Paulo, Brazil: methodology and preliminary results. Rev Saude 
Pública 1998; 32(5):397-407. http://www.scielo.br/pdf/rsp/v32n5/32n5a3.pdf. 
 
10) Suzuki HS. (Org.). Coleção CEFAC para Atender Bem o Paciente Idoso. 
1 ed. Ed. Pulso 2003. Ortiz KZ. (org.) Distúrbios Neurológicos 
Adquiridos. Linguagem e Cognição. Barueri: Manole; 2005. 
 
11) Ortiz KZ. (org.) Distúrbios neurológicos adquiridos– fala e deglutição. 
São Paulo: Manole, 2006. Russo I. (org.). Intervenção Fonoaudiologica 
na Terceira Idade. Rio de Janeiro: Revinter, 1999. 
 
12) Small JA, Gutman G. Recommended and reported use of 
communication strategies in Alzheimer caregiving. Alzheimer disease 
and associated disorders. 2002;16(4):270-8. 
 
13) Spinola NM, Souza AR, Sachs ALM, Guedes A, Sampaio ACB, Ramos 
L et al. Eating patterns among the elderly of different socioeconomic 
groups resident in an urban area of Southeastern Brazil. Rev. Saúde 
Pública [serial on the Internet]. 1994 June [cited 2008 Nov 18] ; 28(3): 
187-191. Available from: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
89101994000300004&lng=en. doi: 10.1590/S0034-
89101994000300004. 
 
14) Coutinho DC, Leão MM, Recine E, Sichieri R. Condições nutricionais da 
população brasileira: adultos e idosos: pesquisa nacional sobre saúde e 
nutrição. S.l; INAN; 1991. 
 
15) Guigoz Y, Vellas B. A Mini avaliação nutricional (MAN) na classificação 
do estado nutricional do paciente idoso: apresentação, história e 
validação da MAN. In: Mini Avaliação Nutricional (MAN): pesquisa e 
prática no idoso. Nestlé Nutr Workshop Ser Clin Perform Programme. 
1998; 1:01-02. 
 
16) Corrêa ACO. Envelhecimento, depressão e doença de Alzheimer. Belo 
Horizonte: Health; 1996. Rosa Tereza Etsuko da Costa, Benício Maria 
Helena D'Aquino, Latorre Maria do Rosário Dias de Oliveira, Ramos Luiz 
Roberto. 
 
17) Fatores determinantes da capacidade funcional entre idosos. Rev. 
Saúde Pública [serial on the Internet]. 2003 Feb [cited 2008 Nov 17] ; 
37(1): 40-48. Available from: 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
89102003000100008&lng=en. doi: 10.1590/S0034-
89102003000100008. 
 
18) Borsoi SA. Terapia ocupacional aplicada à Gerontologia. In: Netto, MP. 
Gerontologia: a velhice e o envelhecimento em visão globalizada. São 
Paulo, Atheneu, 2002. p.348-354. 
 
19) Castro MR, Figueiredo NMA. O estado da arte sobre cuidado ao idoso: 
diagnóstico da produção científica em enfermagem. Physis [online]. 
2009, vol.19, n.3. 
 
20) Sakano LM, Yoshitome AY. Diagnósticos e intervenções de 
enfermagem em idosos hospitalizados. Acta paul. enferm., São Paulo, 
v. 20, n. 4, Dec. 2007 . Available from 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
21002007000400018&lng=en&nrm=iso>. access on 15 Feb. 2011. 
doi: 10.1590/S0103-21002007000400018. 
 
21) Araújo LAO, Bachion MM. Diagnósticos de enfermagem do Padrão 
Mover em idosos de uma comunidade atendida pelo Programa Saúde 
da Família. Rev. esc. enferm. USP [online]. 2005, vol.39, n.1. 
 
22) Brito FC, Ramos LR. Serviços de atenção à saúde do idoso. In: Netto, 
M.P.: Gerontologia. São Paulo: Atheneu, 1996. Veras,R.P. País jovem 
com cabelos brancos: a saúde do idoso no Brasil. Rio de Janeiro: 
Relume-Dumará,1994. 
 
23) Berquó E. Considerações sobre o envelhecimento da população no 
Brasil. In: Néri AL, Debert GG.(org). Velhice e sociedade. Campinas: 
Papirus,1998. Benevides,M.V de M- A Cidadania Ativa: Referendo, 
Plebiscito e Iniciativa Popular. SP: Ed. Atica,1998. 
 
24) Coutrim RME. Quem disse que os aposentados estão inativos? O 
movimento dos aposentados e pensionistas e o jogo de resistência 
contra o poder. Textos sobre o Envelhecimento, V.4,no.7 2002 RJ 
UnATi- Uerj. 
 
25) Fortes ACG, Néri AL, Cupertino APFB. Eventos estressantes, 
estratégias de enfrentamento, auto-eficácia e sintomas depressivos 
entre idosos residentes na comunidade.. Psicologia. Reflexão e Crítica, 
v. 21, p. 74-82, 2008. 
 
26) Fortes ACGB, Neri AL. Eventos de vida estressantes entre idosos 
brasileiros residentes na comunidade. Estudos de Psicologia (UFRN), v. 
14, p. 000-000, 2009. 
 
27) Batistoni SST, Neri AL. Sintomas depressivos entre idosos: estudo 
prospectivo de suas relações com variáveis sociodemograficas e 
psicossociais. Psicologia: Reflexão e Crítica (UFRGS. Impresso), v. 000, 
p. 000-000, 2009.

Continue navegando