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PORTFÓLIO DE HISTOLOGIA II

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Faculdade Murialdo 
Curso de Graduação em Medicina Veterinária 
 
 
 
 
 
 
 
PORTFÓLIO DE LÂMINAS HISTOLÓGICAS 
HISTOLOGIA II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Iossif Albuquerque e Kathery Rech da Rosa 
Caxias do Sul 
2020
SUMÁRIO 
1 SISTEMA AUDITIVO, 1 
Cóclea, 1 
Orelha externa, 1 
2 SISTEMA CIRCULATÓRIO, 3 
Artéria – Aorta, 3 
Capilar sanguíneo, 3 
Coração, 4 
Veia, 5 
3 SISTEMA DIGESTÓRIO, 6 
CAVIDADE ORAL, 6 
Dente - Dentina e polpa, 6 
Língua, 7 
ESTÔMAGO DAS AVES, 7 
Pró ventrículo, 8 
Ventrículo – Moela, 8 
ESTÔMAGO DOS RUMINANTES, 9 
Abomaso, 9 
Omaso,10 
Retículo, 10 
Rúmen, 11 
ESTÔMAGO DOS MAMÍFEROS, 12 
Esôfago, 12 
Estômago – Cárdia, 12 
Intestino delgado – Jejuno, 13 
Intestino grosso – Duodeno, 13 
 
ORGÃOS ASSOCIADOS AO SISTEMA 
DIGESTÓRIO, 14 
Fígado, 14 
Glândula salivar, 15 
Pâncreas, 16 
4 SISTEMA ENDÓCRINO, 17 
Timo, 17 
Tireoide, 17 
5 SISTEMA NERVOSO, 19 
Cerebelo, 19 
Cérebro, 19 
Medula, 20 
Nervo, 20 
Placa motora – Neurônio motor, 21 
6 SISTEMA REPRODUTOR 
FEMININO,22 
Ovário, 22 
Tuba uterina, 22 
Útero, 23 
7 SISTEMA REPRODUTOR 
MASCULINO, 24 
Pênis, 24 
Próstata, 24 
Testículo, 25 
Vesícula seminal, 25 
8 SISTEMA RESPIRATÓRIO, 27 
Cavidade nasal, 27 
Pulmão de mamífero – Humano, 28 
Pulmão de ave, 28 
Traqueia, 29 
9 SISTEMA TEGUMENTAR, 31 
GLÂNDULAS, 31 
Glândula mamária, 31 
Glândula sebácea, 32 
Glândula sudorípara, 33 
PELE, 34 
Pata de rato, 34 
Pele de anfíbio -Sapo, 34 
Pele de mamífero – Humana, 34 
10 SISTEMA URINÁRIO, 36 
Bexiga, 36 
Rim, 36 
Ureter, 37 
11 SISTEMA VISUAL, 39 
Córnea, 39 
Retina, 39 
REFERÊNCIAS, 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 SISTEMA AUDITIVO 
O ouvido tem uma porção externa e uma porção interna, ambos com origem 
ectoderma do embrião. Há também uma porção média com os ossículos que são 
presentes apenas nos mamíferos com origem mesodérmica do embrião. O ouvido 
além da função da audição está relacionado com o equilíbrio dos animais e o senso 
de direção. 
 
Cóclea 
A cóclea que é um canal totalmente espiralado e no seu interior sobre a 
membrana basilar há um conjunto de células que compõe o órgão de Corti que 
construí o epitélio sensorial, neste encontra-se células pilosas, a passagem de som vibra 
nos cílios da célula e desta forma o som é enviado até o encéfalo para ser codificado. 
 
Figura 01: Imagem histológica da cóclea no aumento de 40x, no qual observa-se a presença da escala 
vestibular (seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Orelha externa 
Ouvido externo, orelha ou pavilhão auditivo com estrutura de pele e muita 
cartilagem elástica, canal auditivo com pelos e glândulas sebáceas que atuam na 
proteção desta região e a membrana timpânica (tímpano) de epitélio pavimentoso 
cúbico. 
A aurícula da orelha é revestida por uma pele fina, na qual há presença de 
glândulas sudoríparas, sebáceas e folículos pilosos que são revestidos por um epitélio 
escamoso estratificado descamativo no qual forma o cerúmen ou cera de ouvido. A 
estrutura de sustentação é a cartilagem elástica que se encontra na região externa e 
o osso nas proximidades da membrana timpânica (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 02: Imagem histológica do ouvido externo no aumento de 100x, no qual se observa a presença de 
fina camada de tecido cartilaginoso (seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA CIRCULATÓRIO 
 O sistema circulatório é composto pelo sistema vascular sanguíneo e pelo 
sistema vascular linfático. 
O sistema circulatório é o responsável pelo transporte de sangue, bem como a 
linfa para os tecidos do corpo. Os elementos que compões esses líquidos incluem 
células, nutrientes, resíduos, hormônios e anticorpos (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Artéria – Aorta 
 As artérias levam o sangue do coração para todas as partes do corpo, 
subdividem-se em artérias elásticas e artérias musculares. 
As artérias se subdividem em duas partes, as artérias elásticas que possuem 
uma túnica interna, sendo mais espessas que as outras artérias, sua camada 
subendotelial contém células musculares lisas, fibroblastos, fibras colágenas e 
numerosas fibras elásticas. A túnica média é mais espessa e consiste em lâminas 
elásticas. As artérias musculares contêm uma túnica interna que é formada pelo 
endotélio, juntamente com uma camada subendotelial delgada subjacente 
composta de fibras colágenas e fibras elásticas. Sua túnica média é espessa, 
integrada por células musculares lisas, além de fibras de colágeno. A túnica externa 
constitui-se de fibras colágenas, fibroblastos e fibras elásticas (EURELL & FRAPPIER, 
2006). 
A artéria aorta é uma artéria elástica de grande calibre. 
 
Figura 03: Imagem histológica da artéria aorta no aumento de 100x onde observa-se a túnica média bem 
desenvolvida (seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Capilar sanguíneo 
 Os capilares sanguíneos regulam a quantidade de sangue que vai chegar nos 
tecidos, são eles que levam o sangue para dentro dos tecidos e é por isso que eles 
têm um calibre extremamente fino. Estruturalmente são classificadas em três tipos, 
capilar continuo, capilar, fenestrado e capilar sinusoide. 
 
Figura 04: Imagem histológica de capilar contínuo no aumento de 40x, observa-se as células endoteliais 
(seta) e tecido adiposo (hexágono). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Coração 
 O coração é formado por três túnicas, o epicárdio, miocárdio e endocárdio, é 
revestido pelo pericárdio no coração também há as válvulas cardíacas e o nodo sino 
atrial aonde se tem células musculares especializadas em gerar corrente elétrica para 
que o coração contraia. 
O endocárdio, possui vasos sanguíneos que entram e saem do coração, 
células musculares lisas, tecido denso irregular com fibras elásticas e de colágeno. O 
miocárdio é uma camada muscular contrátil média, é constituído por feixes de células 
musculares cardíacas, ramos de fibras de condução cardíaca, uma rede capilar 
abundante e o esqueleto cardíaco. O epicárdio é a camada mais externa, composta 
por células mesoteliais, na qual se encontra uma camada de tecido conjuntivo frouxo 
rico em fibras elásticas, formando bainhas protetoras em torno dos vasos sanguíneos e 
nervos. As células musculares cardíacas são capazes de produzir contrações rítmicas 
espontâneas que bombeiam o sangue para o sistema vascular (EURELL & FRAPPIER, 
2006). 
 
Figura 01: Imagem histológica do coração no aumento de 100x, no qual se observa o musculo estriado 
cardíaco (circulo); fibras colágenas (seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Veia 
 As veias transportam sangue dos leitos capilares para o coração, nelas a túnica 
adventícia é mais desenvolvida do que a túnica média. 
 As pequenas veias dispõem de endotélio e da lâmina basal de revestimento, 
células musculares lisas e uma quantidade variável de tecido conjuntivo. 
 As veias médias são constituídas por uma túnica interna que representa um 
revestimento endotelial e uma camada subendotelial de fibras elásticas e colágenas. 
A túnica média é composta por uma camada de músculos lisos com redes elásticas 
de colágeno e células musculares lisas, sua túnica externa compõe-se de colágeno e 
também existe a presença de fibras elásticas. 
 As grandes veias apresentam uma túnica interna com a mesma estrutura 
acometida pelas veias médias, entretanto, com o endotélio mais espesso, o qual existe 
a presença de células musculares lisas. A túnica média é delgada e dispõe de 
colágeno, fibras elásticas e células musculares lisas. A túnica é composta por feixes de 
células musculares lisas, juntamente com fibras elásticas (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 06: Imagem histológica de veia no aumento de 40x, no qual se observa túnica íntima (hexágono); 
túnica média (cubo); túnica adventícia a qual é mais espessa e mais desenvolvida (seta);capilares 
sanguíneos (circulo). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DIGESTÓRIO 
Nos mamíferos o sistema digestório é constituído pela cavidade oral, pela 
faringe, pelo tubo digestório (esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e 
canal anal) e seus anexos (pâncreas, fígado e vesícula biliar).O sistema digestório 
degrada o alimento em moléculas pequenas, absorvíveis pelas células, que são 
usadas no desenvolvimento e na manutenção do organismo e nas suas necessidades 
energéticas. 
Nas aves o sistema digestório é constituído pelo bico córneo, faringe, esôfago, 
papo, pro ventrículo, moela, intestino e cloaca. 
 
CAVIDADE ORAL 
A cavidade oral é revestida por um epitélio pavimentoso estratificado, 
queratinizado ou não, dependendo da região. A camada queratinizada protege a 
mucosa oral de agressões mecânicas durante a mastigação e pode ser observada na 
gengiva e no palato duro. A lâmina própria nessas regiões contém várias papilas e 
repousa diretamente sobre o periósteo. Epitélio pavimentoso não queratinizado 
reveste o palato mole, lábios, bochechas e o assoalho da boca. A lâmina própria tem 
papilas similares às observadas na derme e é contínua com a submucosa, que 
contém glândulas salivares menores distribuídas difusamente. Nos lábios observa-se 
uma transição do epitélio oral não queratinizado para o epitélio queratinizado da 
pele. O palato mole contém, no seu centro, músculo estriado esquelético e numerosas 
glândulas mucosas e nódulos linfoides na submucosa (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013). 
Os dentes são estruturas localizados na cavidade oral, formados por uma parte 
com grande índice de mineralização que circundam a cavidade pulpar, conhecida 
como polpa dental, seu núcleo é constituído por tecido conjuntivo, vasos sanguíneos, 
vasos linfáticos e nervos. 
 
Dentina e polpa 
 A dentina é uma estrutura tubular com deposição contínua e lenta de dentina 
ao longo da vida, tem deposição rápida em resposta a traumas, é composta por 
odontoblasto que á uma célula colunar responsáveis pela síntese de matriz da pré-
dentina. A polpa é composta por tecido conjuntivo. 
 
 
 
Figura 07: Estrutura histológica do dente em um aumento de 40x, no qual se observa a dentina (seta). Fonte: 
Arquivo pessoal. 
 
Língua 
A língua tem a função mecânica sobre a mastigação, gustação e deglutição 
dos alimentos e também atua na fala. A face dorsal da língua possui uma mucosa 
especializada de epitélio estratificado pavimentoso parcialmente queratinizado que 
dispõe de pequenas projeções, as papilas linguais. 
 
Figura 21: Imagem histológica de língua no aumento de 40x, no qual se observa as papilas linguais (seta); 
tecido muscular estriado esquelético (hexágono; mucosa de revestimento (cubo). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
ESTÔMAGO DAS AVES 
 O estômago das aves não se assemelha ao dos mamíferos, pois não possui 
região glandular, contudo, entre o esôfago e o duodeno existem dois órgãos, o 
proventrículo e o ventrículo ou moela (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
 
Ventrículo 
O ventrículo é demasiadamente muscular, responsável pela trituração e 
maceração do material ingerido pelas aves. Seu revestimento é conhecido como 
cutícula. Adicionalmente, a glândula mucosa e as células epiteliais superficiais 
presentes no ventrículo secretam um produto denominado colina, desse modo, as 
glândulas formam os bastonetes duros desta substância. 
 O epitélio de revestimento superficial é do tipo colunar simples, contudo, o das 
glândulas mucosas tubulares é simples do tipo cuboide. Sua lâmina própria e a 
submucosa são constituídas por tecido conjuntivo frouxo, a túnica muscular é 
caracterizada por uma camada simples e espessa de células musculares lisas (EURELL 
& FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 12: Imagem histológica de ventrículo no aumento de 40x, no qual se observa a túnica muscular (seta). 
Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Proventrículo 
No proventrículo a mucosa obtém papilas macroscópicas com numerosas 
pregas que estão dispostas concentricamente em torno de seu duto solitário. O 
epitélio de revestimento é o colunar simples e as glândulas são revestidas por epitélio 
cuboide simples, podendo ser também colunar, as células presentes são adjacentes. 
 A lâmina própria é constituída por tecido conjuntivo frouxo, contudo, a 
muscular é subdividida por glândulas, as quais estão dispostas em uma camada 
interna muito fina e uma camada externa mais espessa (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 13: Imagem histológica de proventrículo no aumento de 40x, no qual se observa a lâmina própria 
preenchida por numerosas glândulas (seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
ESTÔMAGO DOS RUMINANTES 
 Estomago divido em quatro compartimentos: retículo, abomaso, omaso e 
rúmen. O rúmen, retículo e omaso e são revestidas por uma mucosa não glandular e 
compostas por epitélio escamoso estratificado queratinizado. A quarta parte é 
formada pelo abomaso e revestida por uma mucosa glandular (EURELL & FRAPPIER, 
2006). 
 
Abomaso 
O abomaso é caracterizado por duas pregas mucosas, isto é, a vela abomasal 
que possui modificações de epitélio estratificado queratinizado para o epitélio colunar 
simples. Em ruminantes, a mudança acontece no ápice das pregas, em contraponto 
aos pequenos ruminantes, os quais a mudança ocorre no lado omasal. A lâmina 
própria é menos densa no lado abomasal das pregas, sua mucosa dispõe de todas as 
características glandulares do estômago (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 É o estomago químico, onde serão lançadas enzimas digestivas, por isso é 
chamado de câmara glandular. 
 
Figura08: Imagem histológica do abomaso no aumento de 40x, no qual se observa a camada glandular do 
epitélio (seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
Omaso 
 No omaso, o revestimento é de epitélio escamoso estratificado queratinizado, 
sua lâmina própria é aglandular e contém uma rede capilar subepitelial densa. Sua 
túnica muscular possui uma camada longitudinal externa e delgada, além de uma 
camada de músculo liso que é mais espessa (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
As “pregas” do omaso tem ação muscular com função de compactação do 
alimento. 
 
Figura 092: Imagem histológica do omaso no aumento de 40x, no qual se observa a camada de túnica 
muscular que dispõe de uma camada longitudinal externa e delgada (seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Retículo 
 O retículo dispõe de uma mucosa que possui pregas interconectantes 
permanentes, suas cristas reticulares dão ao retículo um aspecto de colmeia. O 
epitélio escamoso estratificado queratinizado é semelhante ao do rúmen e sua própria 
submucosa consiste em colágeno e fibras elásticas. A lâmina muscular encontra-se 
presente na parte superior das cristas reticulares, dessa maneira sua lâmina própria é 
fundida com a submucosa. 
A túnica muscular do retículo é composta por duas camadas de células de 
músculo oblíquo e sua serosa é semelhante ao do rúmen (EURELL FRAPPIER, 2006). 
O retículo tem aparência de favos, é o retículo que recebe o alimento primeiro, 
é onde as partículas de alimentos são quebradas. 
 
Figura 10: Imagem histológica do retículo no aumento de 40x, no qual se observa a camada de epitélio 
estratificado pavimentoso (seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Rúmen 
 O rúmen possui epitélio escamoso estratificado queratinizado, tendo como 
uma das suas principais funções a proteção, além do metabolismo e absorção, 
atuando na fermentação. 
 Não há presença de uma lâmina muscular, sua lâmina própria se funde com a 
submucosa. As papilas presentes dispõem de um centro onde existe a presença de 
fibras elásticas, reticulares e de colágeno, uma densa rede de capilares está situada 
logo abaixo da sua membrana basal. Sua serosa é constituída por tecido conjuntivo 
frouxo e possui mesotélio, além do tecido adiposo unilocular (também conhecido 
como gordura branca), vasos sanguíneos, linfáticos e nervos (EURELL & FRAPPIER, 2006).É aonde ocorre a metabolização dos ácidos graxos voláteis, é bastante sensível 
a alterações de pH. O alimento parcialmente digerido na boca chega no rúmen, 
ocorre a fermentação e o rúmen envia o alimento para o reticulo para que ele volte 
para a boca para que aconteça a ruminação. 
 
Figura 11: Imagem histológica do rúmen no aumento de 40x, no qual se observa o tecido conjuntivo frouxo 
(circulo); papilas (seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
ESTÔMAGO DOS MAMÍFEROS 
 O estômago é dividido em quatro porções, cada uma com diferentes células e 
funções. Suas porções são cárdia, fundo corpo e piloro. 
 
Esôfago 
 Basicamente é o canal que conduz o alimento até o estômago, serve como 
meio de união da laringofaringe com o estômago. Sua mucosa é dividida em três 
túnicas que são denominadas como, epitélio escamoso estratificado, lâmina própria e 
muscular. A quantia de queratina do epitélio escamoso estratificado é variável de 
acordo com as espécies, em um aspecto geral, a queratina não se faz presente em 
carnívoros, pouca queratina é encontrada em suínos, um pouco mais em equinos e 
muita em ruminantes (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 15: Imagem histológica do esôfago no aumento de 40x, no qual se observa o epitélio pavimentoso 
estratificado não queratinizado (seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Estômago – Cárdia 
O estômago possui como uma das principais funções o fracionamento 
enzimático e hidrolítico do alimento até que este vire o bolo alimentar com nutrientes 
digeríveis. Este órgão é revestido por uma mucosa glandular nos carnívoros, 
entretanto, em herbívoros, além da região glandular, existe uma parte não glandular 
da mucosa, a qual está revestida por epitélio escamoso estratificado. A mucosa é 
composta por um epitélio e uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo típico e 
uma lâmina muscular. Desse modo, a serosa é constituída de mesotélio suprajacente e 
uma camada de tecido conjuntivo frouxo (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
São glândulas tubulares enoveladas e ramificadas simples e curtas, realizam a 
secreção do muco, tendo as suas células em formato cuboide e seus núcleos estão na 
parte basal da célula (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
Responsável por regular a passagem do alimento de um órgão para o outro, 
além de impedir o refluxo deste. 
 
Figura 14: Imagem histológica da glândula cárdica no aumento de 40x, no qual se observa células em 
formato cuboide e epitélio colunar simples (seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Intestino delgado – Jejuno 
O intestino delgado compreende três regiões, sendo elas o duodeno, jejuno e 
íleo. A redução do alimento até que seja absorvível possui seu início quando as 
secreções pancreáticas, bile e secreções intestinais atuam no estômago, continuando 
por toda a sua extensão da estrutura intestinal. 
 A eficiência da absorção deve-se as microvilosidades que revestem a mucosa 
do intestino delgado que são variáveis em seus comprimentos, aumentando a área da 
superfície exposta ao conteúdo intestinal (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
É o órgão responsável pela absorção de aminoácidos e lipídios já parcialmente 
digeridos pelo estômago e pelo duodeno. 
 
Figura 19: Imagem histológica de jejuno - intestino delgado no aumento de 40x, no qual se observa a 
camada mucosa com vilosidades(seta); camada submucosa (hexágono); camada muscular(cubo). Fonte: 
Arquivo pessoal. 
 
Intestino grosso – Duodeno 
No intestino grosso, a ação microbiana é ativa no material ingerido, isto é, este 
órgão possui diversas funções como, a absorção da água, vitaminas, eletrólitos e a 
secreção de muco também ocorrem nesta estrutura. A diferença das características 
do ceco, cólon e reto se dá através da ausência de vilosidades, glândulas intestinais 
tubulares simples e mais longas, menos enoveladas e com muitas células caliciformes. 
O ceco é um importante órgão de fermentação bacteriana em herbívoros, nos 
mamíferos domésticos, por exemplo, a quantidade substancial de nódulos linfáticos é 
dispersa por todo o seu comprimento e estão em grande volume em torno do óstio 
ileal. Já o cólon possui uma mucosa mais espessa em comparação com a do intestino 
delgado propriamente dito, isso se deve em razão ao seu comprimento das glândulas 
intestinais, a superfície da mucosa é lisa e possui uma maior quantidade de células 
caliciformes (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 20: Imagem histológica de duodeno - intestino grosso no aumento de 40x, no qual se observa a 
mucosa desta estrutura que não apresenta vilosidades, mas sim grande quantidade de células caliciformes 
(seta); submucosa (hexágono); muscular interna e muscular externa (cubo). Fonte: Arquivo pessoal. 
ORGÃOS ASSOCIADOS AO SISTEMA DIGESTÓRIO 
Os órgãos associados ao trato digestivo incluem as glândulas salivares, o pâncreas, o 
fígado e a vesícula biliar (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013). 
 
Fígado 
 O fígado é a maior glândula corporal existente, exerce funções complexas na 
excreção de substâncias que não serão aproveitadas pelo organismo, secreção de 
bile, armazenamento de lipídeos, vitaminas e outros nutrientes, além disso, trabalha na 
síntese de fibrinogênio, destoxificação de agentes farmacológicos lipossolúveis, 
conjugação de substâncias tóxicas, esterificação de ácidos graxos livres, metabolismo 
de proteínas e homopoese em embrião. 
 A estrutura do fígado subdivide-se em cápsula e estroma, parênquima, 
canalículos biliares, dutos biliares e vesícula biliar. A cápsula e o estroma dispõem de 
um revestimento de serosa típica suprajacente a uma cápsula de tecido conjuntivo 
em cada lobo hepático. 
 O parênquima possui lâminas hepáticas consistentes em fileiras de hepatócitos 
que exibem seis ou mais superfícies, possuindo três diferenciações, superfícies 
microvilosas que ficam voltadas para o espaço perissinusoide, superfícies canaliculares 
que margeiam os canalículos biliares e superfícies de contato entre hepatócitos 
adjacentes, no qual as membranas celulares em aposição podem ter junções estreitas 
e desmossomos. Os hepatócitos, células características do órgão por dispor de um 
núcleo esférico com localização no centro da célula, podendo ter um ou mais 
nucléolos conspícuos e aglomerados dispersos de heterocromatina, células 
binucleadas não estão presentes nesta estrutura. O citoplasma dos hepatócitos é 
variável em decorrência das mudanças nutricionais e funcionais. 
 Os hepatócitos possuem como uma das suas principais funções a absorção de 
bilirrubina do sangue e o secreta como um dos componentes da bile, os demais 
componentes são proteínas, colesterol e sais biliares. A bile é transportada pelos 
canalículos até que ocorra a entrada nos dúctos biliares que são revestidos por 
epitélio cuboide simples. As células de Kupffer estão espalhadas entre as células 
endoteliais sinusoides, longos pseudópodos remetem através dos poros endoteliais ou 
entre as células. Todas as vias biliares extra-hepáticas são revestidas por epitélio 
colunar (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 17: Imagem histológica do fígado no aumento de 100x, no qual se observa os septos fibrosos(seta); 
lóbulos (hexágono). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Glândula salivar 
 As glândulas apresentam uma porção secretora que produz as substâncias que 
compõem a saliva, e uma porção condutora, que leva a secreção para a cavidade 
oral. A porção secretora pode conter células serosas e/ou mucosas. São três grandes 
pares de glândulas salivares: as parótidas, as submandibulares e as sublinguais. 
 
Figura 18: Imagem histológica de glândula salivar no aumento de 40x, no qual se observa ducto excretor 
(seta); glândulas salivares (circulo). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Pâncreas 
 O pâncreas é uma glândula encapsulada, tubuloacinar composta e lobulada, 
dispõe de uma região exócrina e uma endócrina. A região exócrina do pâncreas 
produz amilase, lipase e tripsina, enzimas que atuam na digestão gástrica quando 
chegam ao duodeno. Seu parênquimaé dividido por lóbulos distintos por um estroma 
de tecido conjuntivo. 
 As unidades secretórias são tubuloacinares, as células epiteliais glandulares 
possuem um formato piramidal com um núcleo esférico na periferia da célula, seu 
citoplasma circunda o núcleo e é basofílico, contendo grande quantia de Retículo 
Endoplasmático Rugoso e bastante mitocôndrias. Uma cápsula delgada que origina 
os delicados septos de tecido conjuntivo é o que consiste o estroma deste órgão, os 
corpúsculos de Pacini estão presentes no tecido conjuntivo interlobular dos felinos 
(EURELL & FRAPPIER, 2006). 
Na porção endócrina, as ilhotas pancreáticas ou de Langerhans, secretam 
hormônios para a corrente sanguínea, e a porção exócrina, composta por células 
serosas, que produzem enzimas digestivas a serem liberadas no duodeno. Secretam 
insulina, glucagon e outros hormônios para os capilares fenestrados. 
 
Figura22: Imagem histológica do pâncreas no aumento de 40x, no qual se observa os ácinos pancreáticos 
(seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
SISTEMA ENDÓCRINO 
O sistema endócrino é composto por órgãos endócrinos, além de possuir 
tecidos e células em pequenas quantidades em órgãos não endócrinos, entretanto, é 
desprovido de dutos. As secreções endócrinas são liberadas no compartimento 
intercelular (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Timo 
O timo possui origem proveniente do epitélio da terceira bolsa faríngea. A 
migração das células tronco linfóciticas ocorre no início da ontogenia desde a medula 
óssea até o timo, o qual invade os interstícios, ocupando os espaços entre as células 
epiteliais. No interior no timo, células tronco linfóciticas desenvolvem-se e originam os 
linfócitos T. O órgão compõe-se de lóbulos direito e esquerdo, bem como cada qual 
são circundados por uma cápsula de tecido conjuntivo (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura23: Imagem histológica do timo no aumento de 100x, no qual se observa zona cortical(seta); zona 
medular (circulo). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Tireoide 
A glândula tireoide possui como função a regulação da homeostase e faz-se 
essencial no metabolismo, é responsável pela secreção de três hormônios, sendo eles, 
a tiroxina T4 e triiodotironina T3, os quais atuam na regulação do metabolismo basal e 
tecidual, bem como na produção de calor no qual influenciam o crescimento e o 
desenvolvimento corporal e a calcitonina que reduz os níveis sanguíneos de cálcio ao 
suprir a ação absortiva dos osteoclastos e promove o depósito de cálcio nos ossos ao 
aumentar a taxa de calcificação dos osteoides (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 3: Imagem histológica da tireoide no aumento de 100x, no qual se observa os folículos tireoidianos 
(seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA NERVOSO 
Os neurônios e as células de sustentação, conhecidas também como 
neuroglias formam o parênquima do tecido nervoso. Este tecido compõe o sistema 
nervoso, o qual é subdividido em sistema nervoso central e sistema nervoso periférico. 
O sistema nervoso central é constituído pelo cérebro e pela medula espinhal, em 
contraponto, o sistema nervoso periférico é composto por nervos cranianos espinhas, 
raízes nervosas e gânglios associados (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Cerebelo 
A região superficial cerebelar exibe fólios separados por sulcos, com isso, possui 
um revestimento de substância cinzenta, a qual é denominada córtex cerebelar, que 
pode ser subdividida em três camadas, sendo elas, a camada molecular, camada de 
células granulosas e camada de células piriformes (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 25: Imagem histológica de cerebelo no aumento de 100x, no qual se observa camada de células 
granulosa (seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Cérebro 
O cérebro comanda todas as nossas atividades e sentimentos através dos 
neurônios como os movimentos corporais e sentimentos, assim ele projeta respostas 
musculares e glandulares para tais. 
 
Figura 26: Imagem histológica de cérebro no aumento de 100x, no qual se observa o núcleo das células da 
glia (seta); corpos celulares dos neurônios (circulo). Fonte: Arquivo pessoal 
Medula 
A medula espinhal dispõe de um formato cilíndrico e apresenta um canal 
central de substância branca em forma de “H”, na qual é subdividida no plano 
mediano por uma fissura mediana ventral e por um septo mediano dorsal. A 
substância cinzenta espinhal inerva os membros e possuem três categorias de 
neurônios, sendo eles, os interneurônios, neurônios de projeção e neurônios eferentes 
(EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 27: Imagem histológica da medula espinhal no aumento de 100x, no qual se observa a substância 
cinzenta (seta); substância branca (circulo). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Nervo 
Os nervos são um dos representantes do sistema nervoso periférico. Mediante a 
estas estruturas o sistema nervoso central recebe as informações sobre o organismo 
(proprioceptores e visceroceptores) e sobre o ambiente externo (externoceptores) e 
transmite as informações para as estruturas efetoras. 
 Os nervos são subdivididos dependendo da sua origem, sendo os que se 
conectam com o encéfalo diretamente (nervos cranianos), os que se conectam com 
a medula espinhal (nervos espinhais). Histologicamente, se está estrutura for cortada 
longitudinalmente é possível observar que as fibras dispõem de um trajeto ondulatório, 
o qual permite a distensão do nervo durante os movimentos do corpo. Também é 
possível observar os núcleos das células de Schwann e os fibroblastos (EURELL & 
FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 28: Imagem histológica de nervo no aumento de 100x, no qual se observa as fibras (seta). Fonte: 
Arquivo pessoal. 
Placa motora – Neurônio motor 
Os neurônios são responsáveis pela recepção e pelo processamento de 
informações, atividades que terminam com a transmissão de sinalização por meio da 
liberação de neurotransmissores. Os neurônios são formados pelo corpo celular, o 
qual dispõe de núcleo e citoplasma, dendritos e axônios. 
 Os neurônios motores, também conhecidos como eferentes, conduzem o 
impulso nervoso para glândulas, músculo lisos e estriados (EURELL & FRAPPIER, 
2006). 
 
Figura 29: Imagem histológica de neurônio motor (placa motora) no aumento de 100x, no qual se observa 
neurônio com corpo acentuado (seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO 
O sistema reprodutor feminino possui diversas funções, como, a produção do 
gameta feminino, além de fornecer o lugar apropriado para a ocorrência da 
fecundação, permite a nidação e oferece ao embrião condições para o seu 
desenvolvimento. 
 
Ovário 
Os ovários são uma glândula mista que atuam de forma exócrina e endócrina. 
Durante a secreção exócrina é produzido ovos e na endócrina ocorre a secreção dos 
hormônios ovarianos, como, a progesterona e os estrógenos. Está estrutura pode-se ser 
dividida em córtex e medula (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 O córtex possui epitélio de revestimento do tipo cuboide superficial, além de 
uma camada espessa de tecido conjuntivo, caracterizando-se por ser uma zona 
periférica, a qual possui folículos e corpos lúteos mergulhados em um estroma de 
tecido conjuntivo frouxo. A medula é a área interna do ovário que possui nervos, 
muitos vasos sanguíneos grandes enovelados e vasos linfáticos, além de consistir em 
tecido conjuntivo frouxo e filamentos de músculo liso (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 30: Imagem histológica de ovário no aumento de 40x, no qual se observa os folículos ovarianos (seta). 
Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Tuba uterina 
A tuba uterina é composta por um epitélio de revestimento do tipo colunar 
simples ou colunar pseudoestratificado, possui cílios com motilidade na maioria das 
células e microvilosidades. A própria submucosa consiste em tecido conjuntivo frouxo 
com muitos plasmócitos, mastócitos e eosinófilos (EURELL& FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 31: Imagem histológica de tuba uterina no aumento de 100x, no qual se observa o tecido muscular 
(circulo) e as dobras mucosas (seta). Fonte: Arquivo pessoal 
 
Útero 
O útero é composto pelo endométrio que é constituído por duas zonas, sendo 
uma funcional revestida por epitélio colunar simples em éguas e carnívoros e 
pseudoestratificado colunar simples em porcas e ruminantes. Suas células epiteliais 
estão ligadas à secreção de hormônios ao longo do ciclo, o qual pode ser menstrual 
para primata e estral para o restante dos animais domésticos. 
 O miométrio também faz parte da composição deste órgão, sendo formado 
por uma camada de células musculares lisas, as quais sofrem aumento em número e 
tamanho durante a prenhez. O perimétrio é composto por tecido conjuntivo frouxo e 
seu revestimento dá-se pelo mesotélio peritoneal, onde há presença de diversos vasos 
linfáticos, sanguíneos e fibras nervosas. Neste órgão ocorre a nidação, isto é, fixação 
do embrião na parede uterina (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 32: Imagem histológica de útero no aumento de 100x, no qual se observa o miométrio(seta); 
endométrio (circulo). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
 
 
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO 
O sistema reprodutor masculino é composto por órgãos internos e externos. Nas 
diferentes espécies ocorrem diferentes dimorfismos no órgão reprodutor. 
 
Pênis 
O pênis possui corpos cavernosos que são circundados por uma túnica 
albugínea, isto é, uma camada espessa de tecido conjuntivo denso irregular que 
dispõe de fibras elásticas e células musculares lisas. Em garanhões e caninos há a 
presença de uma glande peniana bem desenvolvida que é circundada por uma 
túnica albugínea rica em fibras elásticas e é coberta pelo prepúcio (EURELL & 
FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 33: Imagem histológica do pênis no aumento de 100x, no qual se observa os corpos cavernosos(seta). 
Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Próstata 
A próstata possui em sua estrutura um número variável de glândulas 
tubuloalveolares individuais. O revestimento dos túbulos secretórios, alvéolos e dutos 
intraglandulares é circundado por uma cápsula de tecido conjuntivo denso irregular 
que contém muitas células musculares lisas. As regiões de secreção e os dutos da 
próstata são circundados por tecido conjuntivo frouxo que dispõe de células 
musculares lisas (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 34: Imagem histológica da próstata no aumento de 100x, no qual se observa as regas epiteliais (seta). 
Fonte: Arquivo pessoal. 
Testículo 
Quando o desenvolvimento masculino se inicia, o mesênquima é responsável 
pela origem das células de Leyding, as quais atuam na produção de testosterona que 
estimula o desenvolvimento do primórdio indiferenciado em um testículo. O embrião é 
essencial para o desenvolvimento das gônadas no feto masculino, entretanto, a 
puberdade é responsável pela produção de espermatozoides e do desenvolvimento 
de características sexuais. Na fase adulta, os testículos são essenciais para a 
manutenção das espermatogêneses e das glândulas sexuais acessórias (EURELL & 
FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 35: Imagem histológica de testículo no aumento de 100x, no qual se observa os túbulos seminíferos 
com epitélio germinativo (seta). Fonte: Arquivo pessoal 
 
Vesícula seminal 
As vesículas seminais consistem em dois tubos muito tortuosos, quando o órgão 
é seccionado, o mesmo tubo é observado em diversas orientações. A sua mucosa é 
pregueada e forrada com epitélio cuboide ou pseudoestratificado. As células 
epiteliais são ricas em grânulos de secreção, semelhantes aos encontrados em células 
que sintetizam proteínas. A lâmina própria é rica em fibras elásticas e é envolvida por 
uma espessa camada de músculo liso. As vesículas seminais não são reservatórios para 
espermatozoides. Elas são glândulas que produzem uma secreção amarelada que 
contém substâncias importantes para os espermatozoides, como frutose, citrato, 
inositol, prostaglandinas e várias proteínas. Carboidratos produzidos pelas glândulas 
acessórias do sistema reprodutor masculino e secretados no líquido seminal constituem 
fonte energética para a motilidade dos espermatozoides. O monossacarídeo frutose é 
o mais abundante desses carboidratos. Setenta por cento do volume de ejaculado 
humano se origina nas vesículas seminais. A altura das células epiteliais das vesículas 
seminais e o grau da atividade secretora da glândula dependem dos níveis circulantes 
de testosterona. (JUNQUEIRA & CARNEIRO, 2013). 
 
 
Figura 36: Imagem histológica de vesícula seminal no aumento de 100x, no qual se observa um túbulo 
tortuoso que tem muitas pregas da mucosa (circulo); epitélio em alguns locais, é simples cúbico e, em 
outros, simples colunar, chegando a pseudoestratificado(seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 O trato respiratório divide-se em porção condutora, que leva o ar, faz parte 
dessa porção a cavidade nasal, faringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos e 
porção respiratória onde acontece a hematose que é dentro dos alvéolos 
pulmonares, a hematose é a troca gasosa entrada de oxigênio no corpo e saída de 
gás carbônico do corpo via alvéolo pulmonar. Este sistema também está envolvido 
na fala e no olfato. 
O sistema respiratório permite o transporte do O2 para o sangue, a fim de ser 
distribuído para as células, e a retirada do CO2, dejeto do metabolismo celular, do 
sangue para o exterior. Ele está envolvido na fala e nele ocorre ainda o olfato e, 
implicado com este, a percepção de sabores mais apurados. O sistema respiratório 
pode ser dividido em uma porção condutora, que conduz o ar para os locais onde se 
dão as trocas gasosas, e uma porção respiratória, onde ocorre a troca de gases entre 
o ar e o sangue. A porção condutora é formada por: cavidades nasais, faringe, 
laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais. A porção respiratória 
consiste em: bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos. 
O sistema respiratório possui como uma das suas principais funções as trocas 
gasosas de oxigênio e dióxido de carbono entre o organismo e o meio ambiente. As 
vias aéreas dispõem de funções protetoras ao condicionamento do ar, como, o 
aquecimento do ar para a temperatura corporal, sua saturação em 100% de umidade 
relativa e filtragens dos gases (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Cavidade nasal 
 A cavidade nasal é dividida em metades simétricas pelo septo nasal. Ela 
contém o vestíbulo, a área olfatória e a área respiratória. 
 
Figura 37: Imagem histológica do aparelho respiratório, sem aumento definido pelo autor onde se observa o 
epitélio pseudoestratificado ciliado com células caliciformes (seta). Fonte: Artigo, Aparelho respiratório de 
suínos e seus mecanismos de defesa. 
Pulmão mamífero 
 Os pulmões dos mamíferos são compostos por milhares de brônquios e alvéolo, 
são revestidos por uma camada serosa a pleura. 
O pulmão esquerdo e direito ocupam grande parte da cavidade torácica, sendo 
divididos em vias de condução intrapulmonar (brônquios e bronquíolos), áreas de 
trocas gasosas (zona de transição, dutos alveolares e alvéolos) e pleura (uma 
membrana serosa, a qual reveste completamente os dois pulmões, exceto o hilo e o 
ligamento pulmonar). Os brônquios e bronquíolos são revestidos por um epitélio 
cilíndrico simples ciliado que está apoiado e uma lâmina própria. Entretanto, nos 
bronquíolos existe a presença de uma camada muscular lisa e células claras. 
 Os alvéolos são ricos em vasos sanguíneos e formados por três células, sendo 
elas, os pneumócitos I, pneumócitos II e pelos macrófagos alveolares (EURELL & 
FRAPPIER, 2006). 
 
 
Figura 38: Imagem histológica de pulmão mamífero no aumento de 40x, no qual se observa os alvéolos 
pulmonares (seta); bronquíolos (circulo).Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Pulmão de ave 
As aves tem o pulmão dividido em três brônquios, são eles, brônquios primários, 
secundários e terciários. O processo respiratório das aves não é como o dos mamíferos 
(uma inspiração e uma inspiração), anexado ao pulmão há os sacos aéreos o ar vai 
primeiro para os sacos aéreos, o ar entra pelo brônquio primário, o brônquio primário 
envia o ar para o brônquio secundário e este envia o ar para os sacos aéreos primeiro 
caudal e depois cranial e após ocorre a hematose no brônquio terciário. 
O pulmão das aves, diferentemente do mesmo órgão nos mamíferos, é 
composto por brônquios primários, secundários, terciários, átrios e capilares aéreos. 
Os brônquios primários são revestidos por um epitélio colunar pseudoestratificado e 
dispõe de glândulas mucosas e células caliciformes, ainda há feixes de musculatura 
lisa. 
 Os brônquios secundários são compostos e revestidos por um epitélio colunar 
ciliado com células mucosas e uma camada muscular bem desenvolvida. Já os 
brônquios terciários também são denominados como parabrônquios e revestidos pelo 
epitélio cuboide, o qual possui feixes de células musculares lisas e uma fina camada 
de tecido conjuntivo. Os átrios e capilares aéreos são revestidos pelo epitélio 
escamoso simples com células do tipo I e II (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
 
Figura 39: Imagem histológica de pulmão de ave no aumento de 40x, no qual se observa a túnica 
adventícia (seta). Fonte: Arquivo pessoal 
 
Traqueia 
 A traqueia é um canal e é responsável por levar o ar para o interior dos 
pulmões, é formado por três camadas, a mucosa, a submucosa e a adventícia. 
A traqueia bifurca-se nos brônquios primários ou principais, que, ao entrarem 
nos pulmões, ramificam-se em três brônquios secundários ou lobares, no pulmão direito 
e dois no esquerdo: um para cada lobo pulmonar. 
A traqueia é um tubo semiflexivel de epitélio respiratório, no qual as células 
encontradas neste órgão são caliciformes, ciliadas, em escova, exócrinas 
bronquiolares, basais e neuroendócrinas. 
 As glândulas traqueais presentes são revestidas por células secretoras de muco. 
A traqueia também consiste em uma faixa de músculo liso e de cartilagem hialina 
(EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 40: Imagem histológica da traqueia no aumento de 40x, no qual se observa a cartilagem 
hialina(seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA TEGUMENTAR 
A pele é uma estrutura complexa, integrada e dinâmica. Suas funções vão 
muito além do que simplesmente proteção dos tecidos subjacentes ao meio externo, 
é o maior órgão do corpo animal e consiste em uma epiderme superficial e uma 
derme subjacente. É mais espessa na superfície dorsal do corpo e lateralmente aos 
membros, sendo mais delgada na superfície ventral do corpo e nas mediais dos 
membros. Sua superfície pode ser lisa em algumas áreas, entretanto, dispõe de cristas 
ou dobras, refletindo, desse modo, o contorno da camada de tecido conjuntivo 
subjacente (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
O sistema tegumentar recobre o corpo, protegendo-o contra o atrito, a perda 
de água, a invasão de micro-organismos e a radiação ultravioleta. Tem papel na 
percepção sensorial (tato, calor, pressão e dor), na síntese de vitamina D, na 
termorregulação, na excreção de íons e na secreção de lipídios protetores e de leite. 
GLÂNDULAS 
O sistema tegumentar é constituído pela pele e seus anexos: pelos, unhas, 
glândulas sebáceas, sudoríparas e mamárias 
 
Glândula mamária 
 A glândula mamária é uma área modificada dapele com glândulas 
sudoríparas especializadas na secreção de nutrientes sob a influência hormonal. A 
glândula mamaria tem uma região chama de lóbulo e outra região chamada de 
alvéolo. O alvéolo é aonde o leite é produzido, após esse leite é enviado para o 
lóbulo, o lóbulo recebe o leite e envia para o ducto, o ducto envia o leite para a 
cisterna da glândula, a cisterna da glândula envia o leite para a cisterna da teta, a 
cisterna da teta envia o leite para o exterior. 
As glândulas mamárias estão presentes apenas em mamíferos, os quais há a 
presença de lóbulos e glândulas tubuloalveolares compostas, sendo que a função 
destes lóbulos é a secreção de leite. Cada lóbulo está imerso em tecido conjuntivo 
intralobular frouxo e é altamente celularizado, este tecido é responsável por separar os 
lóbulos, além de ser mais denso e possuir menos quantidades de células. O epitélio 
dos mamilos encontra-se sobre uma camada de tecido conjuntivo, o qual é rico em 
fibras musculares (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
 
Figura 41: Imagem histológica de glândula mamária no aumento de 40x, no qual se observa tecido 
adiposo(hexágono); tecido fibroso(circulo); ducto (seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Glândula sebácea 
 As glândulas sebáceas estão associadas aos folículos pilosos, em virtude da sua 
origem, situam-se na derme. São glândulas exócrinas, alveolares, ramificadas 
holócrinas. Possuem um ducto curto, de epitélioestratificado pavimentoso, que 
desemboca no folículopiloso. Secretam sebo que lubrificam o pelo e a pele. 
As glândulas sebáceas são glândulas alveolares simples, podem ser ramificadas 
ou compostas, as quais liberam sebo pelo modo holócrino. O sebo é a substância 
secretada por esse tipo de glândula, sendo uma secreção oleosa que possui uma 
mistura de lipídeos e células desintegradas, tendo como uma das principais funções 
uma ação antibacteriana e em mamíferos pilosos, ação impermeabilizante. Está 
estrutura desenvolve-se a partir de células epiteliais dos folículos pilosos (EURELL & 
FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 42: Imagem histológica de glândula sebácea no aumento de 100x, no qual se observa os 
ductos(seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
 
Glândula sudorípara 
 As glândulas sudoríparas estão distribuídas pela superfície corporal, 
excetuando-se os lábios, o clitóris, os pequenos lábios, a glande e a superfície interna 
do prepúcio. Elas são abundantes nas regiões palmar e plantar. A porção secretora 
situa-se profundamente na derme ou na parte superior da hipoderme. São glândulas 
exócrinas tubulares simples enoveladas merócrinas (ou écrinas). 
As glândulas sudoríparas são classificadas em relação a sua estrutura e 
natureza da sua secreção. As glândulas sudoríparas écrinas são espiraladas simples e 
possuem como função a regulação da temperatura corporal, dispõe de dois 
segmentos, sendo eles, um secretor, o qual se localiza profundamente na derme e um 
ductal, menos espiral, diretamente contínuo que também ajuda na regulação da 
temperatura, entretanto, auxilia através do resfriamento, o qual resulta na evaporação 
d’água pelo suor na superfície do corpo. O segmento secretor da glândula sudorípara 
écrina possui três tipos celulares, como, as células claras, escuras e mioepiteliais. 
 As glândulas sudoríparas apócrinas são tubulares de luz grande, estão 
associadas aos folículos pilosos, sendo que a porção secretora possui uma luz mais 
larga em comparação com a das glândulas écrinas e é composta por um único tipo 
celular. Seu citoplasma é eosinófilo e a porção secretora da glândula é formada por 
epitélio simples. As células mioepiteliais estão localizadas entre as células secretórias e 
a lâmina basal. Esse tipo de glândula é encontrado nas axilas, aréolas, no mamilo da 
glândula mamária e na pele ao redor do ânus e genitália externa (EURELL & FRAPPIER, 
2006). 
 
Figura 43: Imagem histológica de glândula sudorípara no aumento de 100x, no qual se observa a glândula 
com ducto (seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
 
 
 
PELE 
Pata de rato 
 
Figura 46: Imagem histológica de pele de rato no aumento de 40x, no qual se observa a camada lúcida 
(seta). Fonte: Arquivo pessoal 
 
Pele de anfíbio - Sapo 
A pele de sapo possui como uma das principais características a umidade, 
tendo a presença de células responsáveis pelacoloração desta, os cromatóforos. O 
muco que é produzido é o que auxilia na respiração cutânea. Alguns sapos dispõem 
de glândulas paratireoides que tem como função a defesa do anfíbio (EURELL & 
FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 45: Imagem histológica de pele de anfíbio (sapo) no aumento de 100x, no qual se observa o tecido 
conjuntivo (seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Pele de mamífero - Humano 
A pele dos mamíferos dispõe de um revestimento do tipo escamoso 
estratificado queratinizado que tem sua derivação do ectoderma e consiste na 
camada mais externa da pele. A pele dos mamíferos apresenta vários anexos 
especializados que variam de acordo com o tipo de espécie, como, os pelos, as 
glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas, cascos, unhas, coxins digitais, penas, 
chifres e glândulas especializadas. 
 As células da epiderme são de dois grupos maiores, sendo os queratinócitos e 
não queratinócitos, relacionados à queratina. As camadas da epiderme seguem 
subdivisões, como, a camada basal, camada espinhosa, camada granulosa e 
camada córnea (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 44: Imagem histológica de pele humana no aumento de 40x, no qual se observa um folículo 
piloso(seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA URINÁRIO 
A urina é produzida nos rins, passa pelos ureteres até a bexiga, onde é 
armazenada, e é lançada ao exterior por meio da uretra. O sistema urinário retira do 
organismo, através da urina, as substâncias em excesso e os produtos residuais do 
metabolismo, contribuindo para a manutenção da homeostase, ou seja, da 
composição química do meio interno. 
 
Bexiga 
As células de revestimento do lúmen são as células superficiais, as quais são 
epiteliais de transição. Quando relaxada, as células superficiais possuem 
tubulovesículas membranosas intracitoplasmáticas extensas que se inserem na 
membrana plasmática quando distendida. 
 As células de transição adjacentes são conectadas pelos desmossomos com 
longos filamentos intermediários que vão por todo o citoplasma, durante a distensão e 
extensão da bexiga, os desmossomos e os filamentos mantêm a integridade epitelial. 
A lâmina muscular é composta por pequenos feixes de músculo liso, esta lâmina é 
dividida em tecido conjuntivo frouxo em uma lâmina própria interna e uma 
submucosa externa (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 47: Imagem histológica de bexiga no aumento de 100x, no qual se observa a musculatura lisa(seta). 
Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Rim 
Os rins localizam-se pela posição retroperitonial e estão encostados nos 
músculos lombares ou até mesmo suspensos desde a porção dorsal do abdome. O rim 
direito está localizado mais cranialmente em relação ao esquerdo, dado que as 
artérias, veias renais, vasos linfáticos, nervos e ureter passam pelo hilo. Uma cápsula 
fibrosa recobre este órgão. 
 O néfron pode ser classificado perante a localização dos glomérulos no córtex 
como, superficiais, mediocorticais ou justamedulares, podendo ainda ser 
caracterizado pelo comprimento da alça de Henle, a qual pode ser curta ou de 
longa. Os néfrons, os quais possuem alça curta, os glomérulos estendem-se em direção 
a medula externa antes de voltarem ao córtex. Contudo, os de alça longa obtêm 
glomérulos e túbulos que vão até o interior da medula. 
 A pelve renal, ureter, bexiga e uretra possuem características histológicas 
similares, obtém uma túnica mucosa e o epitélio é de transição, possuem uma 
camada de tecido conjuntivo frouxo subjacente e uma túnica muscular de músculo 
liso, o qual forma camadas longitudinais internadas, circular intermediária e 
longitudinal externa, uma túnica adventícia de tecido conjuntivo frouxo ou uma túnica 
serosa de mesotélio e tecido conjuntivo quando presente um revestimento peritoneal 
visceral (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 48: Imagem histológica de rim no aumento de 100x, no qual se observa os corpúsculos renais; artérias 
e veias(circulo). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Ureter 
Ureter, constituído por: epitélio de transição, lâmina própria, camada muscular 
e adventícia ou serosa. 
O ureter possui uma mucosa, a qual se dobra longitudinalmente quando 
estendido, possui um lúmen estreito e por conta da dobra longitudinal confere ao 
lúmen uma aparência estrelada nas secções transversais. Em equinos, existe a 
presença de glândulas mucosas (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 49: Imagem histológica de ureter no aumento de 100x, no qual se músculo liso (circulo); tecido 
conjuntivo (seta). Fonte: Arquivo pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA VISUAL 
O principal órgão da visão localiza-se na órbita óssea, juntamente aos músculos 
extraoculares, ligamentos, tecido adiposo, vasos sanguíneos, nervos e glândulas. A 
proteção deste órgão é feita pela terceira pálpebra, pálpebras e aparelho lacrimal 
(EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Córnea 
A córnea é uma estrutura transparente, a qual é uma lente convexo-côncava 
e dispõe em sua composição de cinco camadas, sendo elas, um epitélio anterior 
revestido por epitélio escamoso estratificado, um epitélio anterior, o qual é revestido 
por epitélio escamoso estratificado não queratinizado, no qual existe a presença de 
células basais, poliédricas e escamosas não queratinizadas, além de uma membrana 
basal subepitelial que consiste em uma lâmina basal e uma camada de fibras 
reticulares. 
 O epitélio superior é comumente conhecido como endotélio corneal, as 
células fazem intensa interdigitação e contêm numerosas mitocôndrias e vesículas 
pinocitóticas. O epitélio atua na transferência da córnea (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 50: Imagem histológica da córnea no aumento de 40x, no qual se observa o epitélio anterior da 
córnea(seta). Fonte: Arquivo pessoal 
 
Retina 
A retina origina-se de uma evaginação do diencéfalo que, à medida que 
evolui aprofunda-se no centro, formando uma estrutura de paredes duplas, o cálice 
óptico. A parede mais externa dá origem a uma delgada camada constituída por 
epitélio cúbico simples, com células carregadas de pigmento, o epitélio pigmentar da 
retina. Os fotorreceptores e todo o restante da retina têm origem na parede interna do 
cálice óptico. A camada pigmentar da retina adere fortemente à coroide, mas 
prende-se fracamente à camada fotossensível (interna). 
A retina é a camada mais externa do olho, consiste em dois componentes, 
sendo eles a retina neural, a qual é a camada mais interna e dispõe de receptores 
sensíveis à luz e redes neurais, além do epitélio pigmento que é a camada mais 
externa, sendo revestido por epitélio simples de células cúbicas contendo melanina. 
 As células presentes nessa estrutura são os cones, os quais dão a coloração das 
imagens, pigmento iodopsina e os bastonetes, os quais irão formar a imagem em preto 
e branco, pigmento rodopsina. Os pontos cegos também fazem parte da retina, não 
tendo a presença de células (EURELL & FRAPPIER, 2006). 
 
Figura 51: Imagem histológica da retina no aumento de 40x, no qual se observa a camada nuclear 
externa(seta). Fonte: Arquivo pessoal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
ANN EURELL, Jo; L. FRAPPIER, Brian. Histologia veterinária de Dellmann. 
Barueri: Manoele, 2006, ed.6. 
 
JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa; CARNEIRO, José. Histologia Básica: Texto 
e Atlas. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan LTDA, 2013, ed.12.

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